sergipe - governadores e presidentes da província (1821 ...quando declarada a independência da...

29
Sergipe - Governadores e Presidentes da Província (1821 – 1889) Subsídios Biografico-genealógicos Por Decreto Régio de 08.07.1820, o território sergipano se emancipou, politicamente, desanexando-se do da Bahia, do qual fez parte desde a descoberta do rio São Francisco, em 04.10.1501. Vinha satisfazer as aspirações populares defendidas pelo Capitão-Mor Mesquita Pimentel, restituindo-lhe os antigos foros de Capitania independente da Bahia. Conde de Palma, do Meu Conselho, Governador e Capitão general da Capitania da Bahia”. Amigo – Eu El-Rei vos envio muito saudar como aquelle que amo. Convindo muito ao bom regimem deste Reino do Brasil, e a propriedade a que Me proponho eleva-o, que a Capitania de Sergipe D´El-Rei tenha um Governo independente do dessa Capitania. O primeiro governador, depois da Carta Régia, foi Carlos César Burlamaqui, nomeado em 25.07.1820 para substituir o brigadeiro Luiz Antonio da Fonseca Machado, que vinha exercendo a administração sobre a comarca de Sergipe desde 1814. Segue a relação dos Presidentes de Província de Sergipe, com dados biográficos e genealógicos, para compor nosso tema Subsídios Biográfico-Genealógicos, da seção Arquivos Genealógicos. Carlos Eduardo de Almeida Barata Nota: Índice no final da Parte II. Parte I 1821-1855 Carlos César Burlamaqui (1821) 1.º Governador (independente da Bahia) Nomeado em 25.07.1820, empossado somente a 20.02.1821. Nascido em 1775, em Lisboa, e falecido em 23.05.1844, no Rio de Janeiro, RJ. Filho de Ippólito Burlamaqui e de Mathilde Valentina Pedegache. Militar. Tenente-Coronel do Estado Maior do Exército. Coronel. Passou ao Brasil, em 1806, onde tornou-se o patriarca da família Burlamaqui, que teve berço no Piauí. Nomeado pelo Rei de Portugal para o cargo de Capitão-Mor da Capitania de São José do Piauí, tomou posse do cargo em 21.01.1806, sendo então Capitão de Infantaria, exercendo o cargo até 20.10.1810, quando foi afastado do governo, sendo preso e seus bens confiscados pelo capitão-general do Maranhão. Por Carta Régia do príncipe regente de 08.03.1811, foi restituído à liberdade com a posse dos seus bens e soldos vencidos, reprovando o príncipe o ato do capitão-general. Quando declarada a independência da capitania de Sergipe d’El Rei, até então sujeita à Bahia, foi nomeado seu governador em 25.07.1820. Encontrava-se em Oeiras, no Piauí, de onde saiu em fins de 1820, com dois filhos, chegando a Bahia em 03.01.1821. De lá saiu somente em 5 de fevereiro e, depois de 14 dias de viagem, chegou a Sergipe, tomando posse do Governo em 20.02.1821. Depois de todo este esforço, governou poucos dias. Tornou-se brasileiro pela independência do Brasil. Cavaleiro da Ordem de Cristo a 20.06.1805.

Upload: others

Post on 05-Feb-2021

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Sergipe - Governadores e Presidentes da Província (1821 – 1889)

    Subsídios Biografico-genealógicos

    Por Decreto Régio de 08.07.1820, o território sergipano se emancipou, politicamente, desanexando-se do da Bahia, do qual fez parte desde a descoberta do rio São Francisco, em 04.10.1501. Vinha satisfazer as aspirações populares defendidas pelo Capitão-Mor Mesquita Pimentel, restituindo-lhe os antigos foros de Capitania independente da Bahia.

    Conde de Palma, do Meu Conselho, Governador e Capitão general da Capitania da Bahia”.

    Amigo – Eu El-Rei vos envio muito saudar como aquelle que amo. Convindo muito ao bom regimem deste Reino do Brasil, e a propriedade a que Me proponho eleva-o, que a Capitania de Sergipe D´El-Rei tenha um Governo independente do dessa Capitania.

    O primeiro governador, depois da Carta Régia, foi Carlos César Burlamaqui, nomeado em 25.07.1820 para substituir o brigadeiro Luiz Antonio da Fonseca Machado, que vinha exercendo a administração sobre a comarca de Sergipe desde 1814.

    Segue a relação dos Presidentes de Província de Sergipe, com dados biográficos e genealógicos, para compor nosso tema Subsídios Biográfico-Genealógicos, da seção Arquivos Genealógicos.

    Carlos Eduardo de Almeida Barata

    Nota: Índice no final da Parte II.

    Parte I 1821-1855

    Carlos César Burlamaqui (1821) 1.º Governador (independente da Bahia) Nomeado em 25.07.1820, empossado somente a 20.02.1821. Nascido em 1775, em Lisboa, e falecido em 23.05.1844, no Rio de Janeiro, RJ. Filho

    de Ippólito Burlamaqui e de Mathilde Valentina Pedegache.

    Militar. Tenente-Coronel do Estado Maior do Exército. Coronel. Passou ao Brasil, em 1806, onde tornou-se o patriarca da família Burlamaqui, que teve berço no Piauí.

    Nomeado pelo Rei de Portugal para o cargo de Capitão-Mor da Capitania de São José do Piauí, tomou posse do cargo em 21.01.1806, sendo então Capitão de Infantaria, exercendo o cargo até 20.10.1810, quando foi afastado do governo, sendo preso e seus bens confiscados pelo capitão-general do Maranhão. Por Carta Régia do príncipe regente de 08.03.1811, foi restituído à liberdade com a posse dos seus bens e soldos vencidos, reprovando o príncipe o ato do capitão-general.

    Quando declarada a independência da capitania de Sergipe d’El Rei, até então sujeita à Bahia, foi nomeado seu governador em 25.07.1820. Encontrava-se em Oeiras, no Piauí, de onde saiu em fins de 1820, com dois filhos, chegando a Bahia em 03.01.1821. De lá saiu somente em 5 de fevereiro e, depois de 14 dias de viagem, chegou a Sergipe, tomando posse do Governo em 20.02.1821. Depois de todo este esforço, governou poucos dias.

    Tornou-se brasileiro pela independência do Brasil. Cavaleiro da Ordem de Cristo a 20.06.1805.

  • Deixou numerosa descendência de seus três casamentos: o primeiro, em 03.10.1797, ainda em Lisboa, com sua prima Dorotéia Adelaide Ernesta Pedegache da Silveira, nascida por volta de 1761, em São Sebastião de Setúbal, Portugal, filha de Miguel Tibério Pedegache Brandão Ivo e de Febronia Guilhermina Ribeiro da Gama. No Brasil, casou mais duas vezes: em segundas núpcias, em Oeiras, Piauí, com Maria Benedita Castelo Branco, falecida antes de 1834, trineta de D. Francisco da Cunha Castelo Branco, patriarca desta família Castelo Branco, no Piauí; e, em terceiras núpcias, casou em 21.09.1834, no Rio de Janeiro, com Maria Joaquina de Lima e Silva, nascida em 06.10.1788, no Rio de Janeiro, RJ, onde faleceu em 1862, filha do Marechal José Joaquim de Lima e Silva, patriarca da família Lima e Silva, do Rio de Janeiro, e de Joana Maria da Fonseca Costa, descendente de famílias de povoadores da Cidade do Rio de Janeiro, no século XVI. Pais de (1.º matrimônio):

    I-1. Trajano César Burlamaqui, coronel, que ainda vivia em 1857, no Recife, Província de Pernambuco.

    I-2. Frederico Leopoldo Cesar Burlamaqui, Brigadeiro, nascido em 1803, e falecido em 14.06.1866, no Rio de Janeiro - vitimado de tuberculose pulmonar. Casado, com geração.

    (2.º matrimônio): I-3. Tibério César Burlamaqui, nascido em 1810, em Oeiras, Piauí, e falecido

    em 24.09.1863. Jornalista e comerciante. Casado, com geração.

    Pedro Vieira de Melo (1821-1823), Brigadeiro Governador subordinado à Bahia e nomeado pelo governo da Bahia em 06.02.1821. Tomou posse da administração do Sergipe a 20.03.1821 Brigadeiro

    José de Barros Pimentel (1823-1823), Militar Tomou posse em 1823.

    Dr. José de Barros Pimentel, nascido em 17.05.1817, em Maroim, Sergipe, e falecido em 06.05.1893, no Rio de Janeiro, RJ. Filho do coronel José de Barros Pimentel e de Maria Vitória de Almeida Barros. Sexto neto de Antônio de Barros Pimentel, proprietário dos Engenhos do Morro e Escurial, em Porto Calvo, e de Maria de Holanda e Vasconcelos. 1759

    Médico. Iniciou seus estudos de medicina, em Paris, onde se diplomou em 1841. Também estudou Direito em Paris, França. De regresso ao Brasil, foi atraído pela política, filiando-se no Partido Liberal. Secretário do Governo do Sergipe, por Decreto de 11.06.1842. Fiscal do Banco Industrial, Comercial e Territorial do Rio de Janeiro, até 12.1861. Fundou e dirigiu por muitos anos o Banco da Bahia, onde foi diretor e Presidente da Sociedade de Colonização.

    Deputado à Assembléia Geral Legislativa por Sergipe, em 5 legislaturas: 5ª, de 01.011843 a 24.05.1844 (substituído entre 11.04. a 05.06.1843); 6ª, de 01.01.1845 a 18.09.1847 (substituído entre 19.07. a 14.09.1845); 10ª, de 03.05.1857 a 16.09.1860; 12ª, de 01.01.1864 a 16.09.1866; e 13ª, de 22.05.1867 a 20.07.1868.

    Sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Membro honorário da Sociedade Literária Nova Arcádia, da cidade de Cunha, na província de São Paulo. Colaborou na Imprensa de Aracajú (SE).

    Agraciado com a Ordem da Rosa, no grau de Oficial, em 1860.

  • Guilherme José Nabuco de Araújo (1823-1823) Guilherme José Nabuco de Araújo, nascido em 1786, na Bahia, e falecido em

    25.03.1825, em Estância, província de Sergipe. Filho do Dr. Manuel Fernandes Nabuco, Cirurgião Ajudante do 2º Regimento de Infantaria de Salvador, Bahia, e de Mariana Josefa Joaquina dos Mártires Sá Araújo – origem da união do duplo sobrenome Nabuco de Araújo.

    Militar. Promovido a Alferes em 1809. Tenente da Legião de Caçadores. Sargento-Mor de Infantaria da Legião de Milícias de Santa Luzia do Rio Real, na Capitania de Sergipe d’El Rey, em 14.04.1817. Coronel em 1821. Nomeado Brigadeiro graduado, em 23.10.1822, com encargo do comando da vila da Estância, Sergipe. Comandante das Armas, interino, de Sergipe, em 05.1823. Juiz ordinário da vila de Estância, SE.

    Os Nabucos do Sergipe, procedem de Guilherme José Nabuco de Araújo. Pai de:

    I-1. Pedro Leopoldo d'Araújo Nabuco, nascido entre 1823 e 1825. Tenente-coronel da Guarda Nacional de Sergipe. Cavaleiro da Ordem de Cristo [02.12.1854]. Foi agraciado pelo Decreto de 06.10.1872 com o título de barão de Itabaiana (2.º). Casou duas vezes, com geração.

    Junta Provisória (1822-1823) Junta Provisória eleita em 01.10.1822, empossada em 01.10.1822. Composta de:

    1. José Mateus da Graça Leite Sampaio, Presidente. Nascido em 10.1824, no engenho Várzea Velha, no município de Divina

    Pastora, Sergipe, e falecido em 12.07.1891, no engenho Mucury, no mesmo município. Filho do tenente coronel João Machado de Novais e de Antonia Eugenia de Aguiar.

    Homem de grande cultura literária. Agricultor abastado e político de prestígio. Deputado provincial no Sergipe. Coronel, Comandante Superior da Guarda Nacional. Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. Membro do Comício Agrícola Sergipano, de que foi 2º secretário.

    2. Serafim Alves da Rocha, Padre. 3. Domingos Dias Coelho de Melo Nascido em 1785 e falecido em 11.04.1874, no Sergipe, com 89 anos de

    idade. Filho de outro Domingos Dias Coelho e Melo, Sargento-Mor, e de Maria Teresa de Jesus.

    Foi agraciado pelo Decreto de 14.03.1860, com o título de barão de Itaporanga - título de origem toponímica, tomado à localidade onde se situava seu Engenho do Colégio.

    Casado com Maria Micaela Dantas, filha do coronel José Rodrigues Dantas e Melo e de Maria Rosa de Araújo. Pais de:

    I-1. Antonio Dias Coelho de Melo, nascido em 1822, no engenho Colégio, freguesia de Itaporanga – Sergipe, e falecido em 05.04.1904¸ em São Cristóvão - Sergipe, sepultado na igreja do "Colégio". Deputado Geral, Senador do Império, Juiz de Paz e Vereador, presidente da Câmara Municipal de Itaporanga. Também administrou a província de Sergipe, em 1884, conforme segue adiante. Comendador da Ordem de Cristo. Comendador da Ordem da Rosa. Agraciado com o título de Barão da Estância, pelo decreto

  • de 18.09.1867. Casou três vezes. I-2. Joana Dias Coelho de Melo, natural de Sergipe. Casada, com

    geração. 5. José Francisco de Menezes Sobral, Padre. José Francisco de Menezes Sobral, nascido em 01.11.1788, em São

    Cristóvão, Sergipe, e falecido em 04.08.1854, fazenda Caiçá, Simão Dias, Sergipe, filho do capitão-mor Semeão Teles de Menezes e de Raimunda de São José Sobral - cuja união foi a origem do duplo sobrenome Menezes Sobral.

    Presbítero secular do hábito de São Pedro. Ordenado no Seminário da Bahia. Membro da junta provisória eleita a 01.10.1822, para administrar a Província de Sergipe [01.10.1822, até 05.03.1824]. Membro do conselho do Governo [1830] - nesta qualidade administrou a Província de Sergipe [04.05.1831 a 21.07.1831].

    Deputado provincial da primeira composição da Assembléia Provincial de Sergipe, para o triênio 1834-1837. A Assembléia Legislativa Provincial de Sergipe, composta de 20 deputados, iniciou os seus trabalhos em 11.01.1835. Assumiu a presidência da Província de Sergipe, em mais duas vezes: 13.12.1844 a 15.04.1845 e 03.07.1847 até 16.10.1847.

    Serafim Alves da Rocha (1823-1823), Padre.

    Manoel Fernandes da Silveira, Brigadeiro, 1º Presidente. nomeado por Carta Imperial de 25.11.1823, empossado em 05.03.1824, deixando o cargo em 15.02.1825 Nascido em 1757, em Estância, Capitania do Sergipe, e falecido em 26.11.1829, em

    Salvador, Província da Bahia. Filho do sargento-mor Antonio Fernandes da Silveira e de Francisca Catarina Soutomaior.

    Assentou praça de soldado no 1º regimento de infantaria da Bahia em 20.08.1775, Foi reconhecido cadete a 25.03.1777. Promovido a alferes em 17.12.1787. Promovido a tenente em 13.05.1796, sendo confirmado nesse posto pelo real Decreto de 19.08.1796.

    Capitão-Mor Governador da Capitania do Espírito Santo por Decreto de 31.05.1797 e patente de 05.12.1796. Passados alguns meses foi chamado à Corte de Lisboa para tratar de vários negócios, seguindo na esquadra que em 1798 partira da Bahia, de onde regressou para reassumir o governo da Capitania do Espírito Santo, onde permaneceu até 29.03.1800.

    Ao terminar o governo do Espírito Santo, foi agregado como sargento-mor no 2.º regimento de linha por Decreto der 24.05.1800. Foi efetivado nesse posto em 17.04.1805. Promovido a Tenente-Coronel em 06.02.1808. Servia, então, na Bahia, onde foi um dos membros da comissão militar que, a 11.06.1817, condenou alguns dos revolucionários de Pernambuco.

    Promovido a Coronel por Decreto Real de 21.07.1819, sendo mandado comandar a legião de caçadores da Bahia, em cujo posto se reformou com as honras de Brigadeiro por ato da Junta Governativa da Bahia de 11.04.1821.

    Presidente da Província de Sergipe, conforme se disse acima.

    Era tio materno do Capitão-Mor Joaquim Martins Fontes, que foi nomeado Governador interino do Sergipe, empossado em 23.07.1839, conforme segue

  • adiante.

    Manoel Clemente Cavalcante de Albuquerque, 2º Presidente nomeado em 01.12.1824. Após um período caracterizado por disputas políticas, assumiu em 15.02.1825, falecendo no cargo em 02.02.1826. Nascido em 1798, em Pilar, Paraíba, e falecido em 02.11.1826, em São Cristóvão,

    província de Sergipe, deixando testamento, datado de 29.10.1826, feito em São Cristóvão.

    Fervoroso adepto do movimento revolucionário de 1817, pelo qual combateu com leal dedicação. Abastado lavrador em Itabaiana, Paraíba. Levantou Itabaiana e ao lado do capitão André Dias de Figueiredo dirigiu-se à capital, após a adesão da vila de Pilar. Quando foi sufocado o movimento na Paraíba, participou da guerrilha em Pernambuco. Esteve nos cárceres da Bahia até 1821 (Almanak da Paraíba, 1899; e Odilon, Dicionário, 161).

    Delegado da Junta da Paraíba no Conselho de Procuradores convocado pelo príncipe D. Pedro, como regente do Brasil, em 1822.

    Conselheiro do Império [1822]. Procurador da Província da Paraíba do Norte em 1822. Presidente da Província de Sergipe, conforme se disse aicma, até a data do seu falecimento, em 02.02.1826, assumindo, interinamente, o Vice-Presidente.

    Nunca casou. Pediu, em seu testamento, que fosse sepultado em uma das igrejas de São Cristóvão. Deixou por seu único herdeiro, seu pai, o capitão-mor João Batista do Rêgo Cavalcanti

    Manoel de Deus Machado, Capitão-Mor, Governador Em virtude do falecimento do Presidente, foi nomeado Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 02.11.1826, deixando o cargo em 20.02.1828. Assumiu a administração de Sergipe, em quatro ocasiões: de 02.11.1826 a

    20.02.1828; de 01.04.1828 a 13.07.1828; de 11.08.1830 a 16.01.1831; e de 04.04.1831 a 04.05.1831.

    Inácio José Vicente da Fonseca, Brigadeiro, 3.º Presidente nomeado em 07.04.1827, empossado em 20.02.1828, afastando-se do cargo, temporariamente, em 01.04.1828. Nascido na Província de São Paulo, e falecido em 11.08.1830. Filho de João Vicente

    da Fonseca.

    Oficial do Exército. Bacharel em Matemáticas. Seguiu para Portugal, a fim de fazer seus estudos superiores, matriculando-se no curso de Matemática da Universidade de Coimbra, em 21.10.1808, tomando o grau de bacharel em Matemáticas a 12.06.1808, com formatura realizada em 05.07.1809.

    Promovido a capitão em 09.08.1809. Promovido a Sargento-Mor em 17.12.1809. Promovido a Tenente-coronel graduado em 13.05.1813. Efetivado no posto de Tenente-coronel em 21.08.1820. Promovido a Coronel em 06.08.1823. Promovido a brigadeiro graduado em 01.12.1824.

    Foi da brigada de artilharia da legião dos voluntários reais de São Paulo. Nomeado Comandante das armas da província de Sergipe em 01.12.1824.

    Deputado à Assembléia Geral Legislativa por São Paulo, na 1ª legislatura, sUplente,

  • tendo assumido o cargo entre 08.05.1826 a 03.09.1829.

    Presidente da Província de Sergipe, conforme se disse acima, de 20.02.1828 a 01.04.1828; reassumindo em 13.07.1828, falecendo no cargo em 11.08.1830.

    Manoel de Deus Machado, Capitão-Mor, Governador Em virtude do afastamento temporário do Presidente, foi nomeado pela segunda vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 01.04.1828, deixando o cargo em 13.07.1828. Citado acima.

    Inácio José Vicente da Fonseca, Brigadeiro. Reassumiu o Governo, para o qual havia sido nomeado em 07.04.1827, empossado em 13.07.1828, falecendo no cargo em 11.08.1830 Citado acima.

    Manoel de Deus Machado, Capitão-Mor, Governador. Em virtude do falecimento do Presidente, foi nomeado pela terceira vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 11.08.1830, deixando o cargo em 16.01.1831. Citado acima.

    Joaquim Marcelino de Brito, Bacharel, 4º Presidente nomeado em 30.10.1830, empossado em 16.01.1831, deixando o cargo em 4.04.1833. Nascido a 02.06.1799, na cidade de Salvador, capitania da Bahia, e falecido em

    27.01.1879, Rio de Janeiro, RJ, sendo sepultado no Cemitério da Ordem de São Francisco de Paula, no Catumbi. Filho do Capitão Manuel Joaquim de Brito e de Ana Maria da Silva.

    Em 31.10.1817, matriculou-se na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra. Bacharel em Leis, pela mesma Universidade [19.07.1821]. Formatura [03.06.1822]. Leitura de Bacharel [1822].

    Regressou ao Brasil no mesmo ano, sendo nomeado, por D. Pedro I, Juiz de Fora de Fortaleza,província do Ceará, por decreto de 13.01.1823, cargo que deixou antes de completar o tempo, por haver sido nomeado Ouvidor da comarca de Sergipe, em 1824.

    Desembargador da Relação de Pernambuco, nomeado pelo decreto de 12.10.1826; aí permaneceu por mais de sete anos até ser removido para a Relação da Bahia, por decreto de 03.02.1834. Novamente desembargador da Relação de Pernambuco [1844].

    Pertenceu ao Tribunal do Comércio da Província da Bahia, onde exerceu o cargo de fiscal por nomeação em decreto de 28.11.1850.

    Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, nomeado pelo decreto de 12.10.1855, empossando-se no cargo a 12.12.1855.

    Foi nomeado Presidente do tribunal, em decreto de 05.02.1864. A esse alto cargo foi reconduzido por quatro vezes - decreto de 23.01.1867, 09.02.1870, 22.02.1873 e 23.02.1876.

    Foi Deputado à Câmara dos Deputados, pelo Ceará na 1ª legislatura, de 08.05.1826

  • a 03.09.1829; por Sergipe na 2ª legislatura, de 03.05.1830 a 06.10.1833; pela Bahia, em quatro legislaturas: na 4ª, de 03.05.1838 a 21.11.1841; na 6ª, de 23.08.1846 a 18.09.1847, substituido, desde 25.08.1846 até o fim da sessão de 1847, por José Alves da Cruz Rios; na 8ª, de 19.05.1850 a 04.09.1852, sendo substituído em 19.05.1851 por Manoel Vieira Tosta, nomeado Senador; na 9ª, de 11.08.1853 a 04.09.1856, sendo substituído por Francisco Mendes da Costa Corrêa, de 14.05.1856 até 10.06.1856, e por Manoel Joaquim Pinto Paca, suspenso das respectivas funções na referida data de 10.06.1856. Foi Presidente da Câmara na 4ª legislatura.

    Exerceu o cargo de Presidente em duas províncias do Império: Sergipe, conforme foi dito acima; e Pernambuco — nomeado em 16.04.1844, empossado em 04.06.1844 , tendo permanecido até 08.10.1844.

    Foi Ministro de Estado, ocupando a pasta da Justiça, de 02.05.1846 a 04.05.1846, e as pastas do Império, de 02.05.1846 a 21.05.1847, e da Fazenda, de 20.03.1847 a 18.04.1847, cumulativas.

    Nomeado, pelo decreto de 18.04.1865, membro da Comissão encarregada de examinar o projeto do Código Civil do Império, organizado por Augusto Teixeira de Freitas.

    Conselheiro do Império, por decreto de 07.09.1840. Comendador da Ordem de Cristo, por decreto de 18.07.1841. Teve o foro de Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, por decreto de 25.09.1856. Grã-Cruz da referida Ordem, por decreto de 17.05.1871.

    Deixou geração do seu casamento com Senhorinha Accioly de Madureira, nascida por volta de 1815 e falecida em 1879, filha do comerciante baiano Luiz Barbosa Madureira e de Ana de Faro Rollemberg, membros das tradicionais famílias Madureira, da Bahia, e Rollemberg, de Sergipe. Pais de:

    I-1. Maria Guilhermina Accioly de Brito, nascida em 1824, no Sergipe, e falecida e 1907, no Rio de Janeiro. Casada, com geração;

    I-2. Luiz Barbosa Accioly de Brito, nascido por volta de 1825, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 12.01.1900. Magistrado. Bacharel em Direito. Juiz de direito. Desembargador da Relação. Ministro do Supremo Tribunal de Justiça. Conselheiro do Império. Casado, com geração;

    I-3. Joaquim Marcelino de Brito II, nascido em 29.07.1830, no Engenho Peiperi, Santo Amaro, Sergipe, e falecido em 12.05.1878, no Rio de Janeiro, RJ. Médico. Cirurgião-mor. Pouco antes de falecer registrou seu diploma de médico, no ano de 1877, Livro 1, pág. 112. Serviu na Guerra do Paraguai. Moço Fidalgo da Casa Imperial. Cavaleiro da Ordem de Cristo.

    Manoel de Deus Machado, Capitão-Mor, Governador. Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado pela quarta vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 04.04.1831, deixando o cargo em 04.05.1831. Citado acima.

    José Francisco de Menezes Sobral, Padre, Governador. Em virtude do afastamento do Presidente interino, foi nomeado Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 04.05.1831, deixando o cargo em 21.07.1831. Citado acima.

  • Joaquim Marcelino de Brito, Bacharel, 4º Presidente. De volta da Assembléia, assume novamente a presidência da Província, para a qual havia sido nomeado a 20.10.1830, empossado em 21.07.1831, deixando o cargo em 04.02.1833. Citado acima.

    José Pinto de Carvalho, Governador. Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 04.02.1833, deixando o cargo em 29.10.1833. Proprietário rural, dono de um grande armazém. No princípio do século XIX, existia,

    em terras da atual cidade de Maroim, um engenho de açúcar no lugar denominado Maruim de Baixo, que pertenceu, primeiro, a Manuel Rodrigues de Figueiredo e, depois, a José Pinto de Carvalho.

    Considerado um dos responsáveis pelo progresso de Maroim, tendo integrado a primeira Assembléia Provincial e o Conselho da Província que a antecedeu. Foi distribuidor dos principais jornais editados em Sergipe, entre eles, o Recopilador Sergipano, editado em Estância, em 1832.

    Deputado provincial da primeira composição da Assembléia Provincial de Sergipe, para o triênio 1834-1837. A Assembléia Legislativa Provincial de Sergipe, composta de 20 deputados, iniciou os seus trabalhos em 11.01.1835.

    Casado com Ana Aguiar Pinto. Pais de:

    I-1. Sebastião Pinto de Carvalho, nascido em 12.01.1827, em Maroim, Sergipe, e falecido em 24.11.1899, na Ilha de Itaparica, Bahia. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, Portugal, em 1850. Deputado provincial em Sergipe. Professor de Filosofia no Liceu da Bahia.

    José Joaquim Geminiano de Morais Navarro, Bacharel, 5º Presidente nomeado em 15.07.1833, empossado em 29.10.1833, deixando o cargo em 13.02.1835. Nascido em 19.12.1799, em Natal, no Rio Grande do Norte.

    Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de Olinda, na turma de 1832. Foi o primeiro norte-riograndense a bacharelar-se em Olinda. Envolveu-se nos acontecimentos políticos da Independência e Confederação do Equador. Ocupou cargos de magistratura, sendo Juiz de Direito no Recife. Presidente da província de Sergipe, conforme se disse acima.

    Casado com Joana Francisca Xavier Sève, nascida em 03.12.1817, filha de João Batista Maria Sève e de Isabel da Silveira e Miranda Mota Leal. Tiveram 7 filhos

    Manoel Ribeiro da Silva Lisboa, Bacharel, 6º Presidente nomeado em 22.10.1834, empossado em 13.02.1835, deixando o cargo em 10.10.1835. Nascido por volta de 1809, na Bahia, e falecido por assassinato em 11.04.1838,

    quando encontrava-se exercendo o governo do Rio Grande do Norte. Filho de Manuel Ribeiro da Silva e de Maria Rosa.

    Passou a Portugal para realizar seus estudos superiores, matriculando-se no curso de Direito, a 31.10.1827, da Universidade de Coimbra. Foi um dos “paraquedista”da turma de 1833 da Academia de Olinda, pois veio da Universidade de Coimbra. Trouxe dois anos de Coimbra, e bacharelou-se em Direito pela Academia de São Paulo, na turma de 1833.

  • Presidente da província de Sergipe, conforme se disse acima. Foi nomeado 8º Presidente da Província do Rio Grande do Norte, em 10.03.1837, empossado em 26.08.1837, cargo que exerceu até 11.04.1838, data do seu falecimento.

    Casado duas vezes: a primeira, com Josefa Joaquina Fernandes da Silva; e, a segunda, em 15.07.1833, no Rio de Janeiro, com Maria Francisca Carneiro de Campos, nascida por volta de 1812, na Bahia (Santana), filha do Desembargador Francisco Carneiro de Campos e de Maria José Carolina Maia.

    Inácio Dias de Oliveira, Capitão-mor, 6º Vice-Presidente. Em virtude da nomeação do Presidente para reger a Província do Rio Grande do Norte, assumiu o Vice-Presidente, nomeado em 26.03.1835, empossado em 10.10.1835, permanecendo nove dias na presidência, deixando o cargo em 19.10.1835. Deputado provincial da primeira composição da Assembléia Provincial de Sergipe,

    para o triênio 1834-1837. A Assembléia Legislativa Provincial de Sergipe, composta de 20 deputados, iniciou os seus trabalhos em 11.01.1835.

    Sebastião Gaspar de Almeida Boto, Tenente-Coronel, 2º Vice-Presidente Em virtude do afastamento do 6º Vice-Presidente, assumiu o Governo, empossado em 19.10.1835, permanecendo pouco mais de um mês na presidência, deixando o cargo em 06.12.1835. Nascido a 17.09.1802, no engenho Maroim de Cima, então pertencente à vila de

    Santo Amaro, província de Sergipe, e falecido a 31.05.1884, no Engenho Poxim, São Cristóvão, Sergipe. Seus restos mortais foram trasladados para a Igreja Matriz de São Cristóvão. Filho do coronel João de Aguiar Caldeira Boto e de Ana Jeronima da Silveira.

    Tenente-Coronel. Aos dezenove anos (1821), apresentou-se voluntariamente a manter à sua custa uma companhia de guardas milicianos, que comandou como tenente, durante as lutas da independência.

    Em 1836 comandou as forças legais contra os sediciosos de Santo Amaro. Foi, em seguida, perseguido por rancorosos inimigos.

    Deputado provincial da primeira composição da Assembléia Provincial de Sergipe, para o triênio 1834-1837. A Assembléia Legislativa Provincial de Sergipe, composta de 20 deputados, iniciou os seus trabalhos em 11.01.1835. Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Sergipe, nas 4ª e 5ª legislaturas, respectivamente: de 03.05.1838 a 21.11.1841, e 01.01.1843 a 24.05.1844. Neste mandato foi substituído entre 01.03.1843 a 07.03.1843.

    Vice-presidente da Província de Sergipe, por quatro vezes, conforme se verá no decorrer deste estudo, assumindo, efetivamente, a presidência, nos seguintes períodos: 19.10.1835 a 06.12.1835, 05.08.1836 a 08.09.1836, 23.03.1838 a 21.01.1839 e 28.03.1839 a 23.07.1839.

    Foi nomeado presidente efetivo da mesma província por Carta de 16.11.1841, empossado pela quinta vez, em 19.12.1841, deixando o cargo em 28.12.1842.

    Coronel comandante superior da Guarda Nacional de Sergipe. Comendador da Ordem da Rosa, por decreto de 18.07.1841, dia da sagração e coroação de D. Pedro II.

    Em 1863 abandou a política, passou a direção do partido ao seu cunhado, o comendador Antonio Dias Coelho e Melo, mais tarde Barão da Estância, e que

  • também presidiu a província de Sergipe, conforme segue adiante.

    Foi casado com Ana Dias Coelho de Melo, de importante família sergipana, irmã do barão de Estância, filha do barão de Itaporanga, Domingos Dias Coelho e Melo, e de Maria Micaela Coelho Dantas de Melo, falecida antes da concessão do título ao seu marido. Pais de:

    I-1. Rita Dias de Almeida Boto, casada com primo.

    Manuel Joaquim Fernandes Barros, Doutor, 1.º Vice-Presidente. Em virtude do afastamento do 1º Vice-Presidente, assumiu o Governo, empossado em 06.12.1835, permanecendo três mês e três dias na presidência, deixando o cargo em 09.03.1836. Nascido em 17.03.1802, na cidade de Penedo, província de Alagoas, e falecido em

    02.10.1840, na Bahia, vítima de traiçoeiro punhal de um sicário. Filho de José Fernandes Chaves e de Teresa de Jesus Barros Leite.

    Médico e Doutor em Medicina pela universidade de Strasburgo, onde apresentou a dissertação De Factionde vair sur l´homme, em 28.08.1825. Doutor em Ciências Físicas pela Faculdade de Paris, França, onde defendeu a tese Dissertacion sur la metereologie, em 12.02.1827.

    Bacharel em Letras, bacharel em ciências e licenciado pela Academia de Montpellier. Trabalhou no Laboratório de Gay-Lussac. Foi escolhido membro da comissão de lentes, organizada de ordem do governo francês, para analisar as minas da Alta-Gasconha e as do Palatinato, sendo depois elogiado pelo mesmo governo.

    Deputado à Assembléia Geral Legislativa por Alagoas, na 3ª legislatura, de 03.05.1834 a 25.10.1835.

    Na qualidade de Vice-Presidente da Província de Sergipe, assumiu o governo, conforme se disse acima.

    Membro da Sociedade Filotécnica de Castelnaudary, da Sociedade das Ciências, Agricultura, e Artes dos departamentos do Baixo-Reno, da Sociedade de História Natural de Montpellier, da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e da Sociedade de Instrução Elementar do Rio de Janeiro.

    Bento de Melo Pereira, Coronel, 7º Presidente nomeado por Carta Imperial de 27.08.1835, empossado em 9.03.1836, deixando o cargo em 19.01.1837. Houve, nesse período, duas interinidades. Nasceu em 1780 em Vila Nova (hoje Neópolis), Sergipe, onde faleceu em

    23.09.1866, e onde se acha sepultado. Filho de Felipe de Melo Pereira e de Rosa Maria do Espírito Santo.

    Prestou muitos serviços à legalidade, quando o movimento revolucionário em 1817 em Pernambuco, repercutiu nas margens do rio São Francisco.

    Nomeado 7º Presidente da Província de Sergipe por Carta Imperial de 27.08.1835, empossado em 9.03.1836, deixando o cargo em 19.01.1837. Houve, nesse período, duas interinidades. De volta ao governo, para o qual havia sido nomeado em 27.08.1835, foi empossado em 08.09.1836, deixando o cargo em 19.01.1837. Foi Vice-Presidente da Província de Sergipe, em quatro ocasiões: 1834, 1837, 1839 e 1842.

    Capitão-mor das ordenanças de Vila Nova. Comandante das armas do Sergipe de

  • 1827 a 1829. Membro do Governo Provisório em 1830. Comandante superior da Guarda Nacional da Comarca de Vila Nova, cargo do qual foi exonerado a 17.10.1843.

    Entrou na lista tríplice para o preenchimento do lugar de Senador, vagos pelo falecimento de José Teixeira da Mata Bacelar. Concorre, na eleição procedida em 25.05.1838, contra o padre Antonio Fernandes da Silveira e o Marques de Monte Alegre José da Costa Carvalho. Foi o terceiro colocado com 322 votos, saindo nomeado o padre Silveira, por Carta Imperial de 30.04. Novamente indicado na lista tríplice para o preenchimento do lugar de Senador, na nova cadeira criada, na eleição procedida em 1858. Concorria contra Antonio Diniz de Siqueira e Melo e o Barão de Continguiba, Bento Pereira de Melo. Foi o primeiro colocado com 275 votos, no entanto foi preterido, e saiu nomeado Antonio Diniz, por Carta Imperial de 03.03.1859.

    Comendador da Ordem de Cristo. Oficial da Ordem da Rosa. Agraciado com o título de barão de Cotinguiba em 25.03.1849 - título de origem toponímica, tomado do Rio do mesmo nome, no Sergipe. Do tupi ku’ting, língua branca, vela de embarcação, e üba, árvore, árvore da vela, mastro. Martius tirou do tupi ko’tuk, lavar, iba, árvore, árvore lavatória, um Sapindus cujos frutos fornecem um sabão [Antenor Nascentes, II, 82].

    Casou duas vezes: a primeira, com Tereza Rabelo Leite Sampaio; e a segunda, com Francisca de Aguiar Caldeira Boto, tia do presidente Sebastião Gaspar de Almeida Boto, também citado neste estudo. Pais de (1.º matrimônio):

    I-1. Manoel Leite Sampaio I-2. Maria Helena Leite Sampaio (2.º matrimônio): I-3. João de Aguiar Boto de Melo I-4. Anna de Melo Pereira Barros

    Inácio Dias de Oliveira, Capitão-Mor, 6º Vice-Presidente. Em virtude do afastamento temporário do Presidente, foi nomeado pela segunda vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 12.06.1836, deixando o cargo em 05.08.1836. Citado acima.

    Sebastião Gaspar de Almeida Boto, Tenente-Coronel, 2.º Vice-Presidente. Em virtude do afastamento Presidente interino, foi nomeado pela segunda vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 05.08.1836, permanecendo no cargo um mês e três dias, deixando o cargo em 08.09.1836. Citado acima.

    Bento de Melo Pereira, Coronel, 7º Presidente De volta ao governo, para o qual havia sido nomeado em 27.08.1835, foi empossado em 08.09.1836, deixando o cargo em 19.01.1837. Foi, depois, agraciado com o título de Barão de Cotinguiba. Citado acima.

    José Mariano de Albuquerque Cavalcanti, 8º Presidente nomeado em 18.10.1836, empossado em 19.01.1837, deixando o cargo em 30.05.1837. Nascido em 20.05.1772, fazenda Pau-Cardo, na povoação (hoje cidade) de Santana,

    Ceará, e falecido em 20.08.1844, no Rio de Janeiro, em seu sítio Guapimirim, antigo

  • Município de Magé, hoje de Guapimirim. Filho de Antonio Coelho de Albuquerque e de Maria da Conceição Bezerra. Sétimo neto de Felipe Cavalcanti, o “Florentino”.

    Presidente das seguintes províncias: Ceará [nomeado a 29.08.1831, posse a 08.12.1831 e período: 1831 a 26.11.1833], Santa Catarina [nomeado a 15.09.1835, posse a 04.11.1835 e período: 1835 a 28.05.1836] e Sergipe [nomeado a 18.10.1836, posse a 19.01.1837 e período: 1837 a 30.05.1837].

    Teve mercê da Carta de Brasão de Armas, em 17.11.1806, passada em Lisboa. Registrada no Livro de Registro de Brasões de Armas da Nobreza e Fidalguia, fls. 127v: um escudo partido em pala, com as Armas dos Albuquerques (I) e dos Cavalcantis (II.). Elmo: de prata, aberto guarnecido de ouro. Paquife: dos metais e cores das Armas. Timbre: dos Cavalcantis. Diferença: uma brica de ouro

    Casado duas vezes: a primeira, em 11.02.1789, em Frecheiras, na Serra da Meruoca, ceará, com Francisca das Chagas Pessoa, nascida em 28.11.1773, filha do Capitão-Mor de Sobral Manuel José do Monte e de Ana América Uchoa; e, a segunda, com Cândida Rosa de Melo e Albuquerque, filha do famoso José de Barros Lima, denominado O Leão Coroado, e de Teresa de Jesus Albuquerque. Pais de (1.º matrimônio):

    I-1. Mariana de Albuquerque Cavalcanti, casada. I-2. Maria da Conceição de Albuquerque Cavalcanti, nascida por volta de

    1812. Casada. I-3. José de Albuquerque Cavalcanti; I-4. Vicente de Albuquerque Cavalcanti; I-5. Carlos de Albuquerque Cavalcanti; I-6. Candida Rosa de Albuquerque Cavalcanti, nascida por volta de 1823, no

    Rio de Janeiro, e falecida em 02.03.1876, em Além Paraíba, Minas Gerais;

    I-7. Dulce Pereira Albuquerque Cavalcanti, nascida por volta de 1827, casada, com geração;

    I-8. José Mariano de Albuquerque Cavalcanti, natural do Rio de Janeiro (Inhaúma). Casado.

    José Eloy Pessoa da Silva, Coronel, 9º Presidente nomeado em 5.04.1837, empossado em 31.05.1837, deixando o cargo em 23.03.1838 Nascido em 27.06.1792, em Salvador, Bahia, e falecido em 02.03.1841, vítima de

    covarde assassinato na mesma cidade de Salvador. Filho do cirurgião-mor major Cristóvão Pessoa da Silva e de Josefa Maria Pessoa.

    Brigadeiro. Passou a Portugal para realizar seus estudos superiores, matriculando-se no curso de Matemática, a 14.10.1815, e no de filosofia, em 30.10.1815, da Universidade de Coimbra. Bacharel em matemáticas em 07.06.1819, com formatura a 26.07.1819, e bacharel em filosofia em 12.06.1829, pela mesma Universidade.

    Em 1812, estando na Bahia, no posto de Major, tomou parte no movimento de novembro deste ano com o fim de depor a Junta Provisória. Foi preso e enviado para Lisboa. Depois de solto, retorna à Bahia, na ocasião em que se organizaram no Recôncavo as forças para expulsar as forças lusitanas do general Madeira e aclamar-se a Independência. Trabalhou com todo ardor nesse sentido, sendo em seguida encarregado do governo civil e militar de Sergipe, província que presidiu depois, e que representou na câmara temporária. 9º Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 5.04.1837, empossado em 31.05.1837, deixando o cargo em 23.03.1838.

    Foi professor da aula de artilharia e fortificação e exerceu muitas comissões

  • importantes, quer de paz, quer de guerra, desde a campanha da independência.

    Deputado à Assembléia Provincial da Bahia e Presidente da Província de Sergipe.

    Moço da Imperial Câmara. Membro correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

    Foi casado, primeiro, por volta de 1820, com Maria Sabina do Couto, nascida cerca de 1799, e falecida em 1821, possivelmente no parto de seu filho Sabino; e, casado segundo, a 27.10.1821, com Lourença Constança de Barros Reis, nascida por volta de 1795, em Salvador, Bahia, onde faleceu, filha de José de Barros Reis e de Maria Teodora de Araújo Góis. Pais de (1.º matrimônio):

    I-1. Sabino Eloy Pessoa, nascido em 21.05.1821, em Coimbra, Portugal, e falecido em 02.05.1897, no Rio de Janeiro. Veio com seu pai para o Brasil, em 1821, estabelecendo-se na Bahia, onde foi batizado. Fez seus primeiros estudos e depois, o curso da Academia de Marinha, onde serviu no Corpo da armada até o posto de Capitão-Tenente. Comendador da Ordem da Rosa e de São Bento de Aviz. Condecorado com am dealha da campanha da Cisplatina. Conselheiro do Imperador. Casado, com geração.

    (2.º matrimônio): I-2. Maria da Glória de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador,

    Bahia,onde faleceu. Casada. I-3. Lourenço Eloi de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia, onde

    faleceu. Casada, com geração. I-4. Gurrity Eloi de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia, onde

    faleceu. Casado. I-5. Afra Eloisa de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia¸onde

    faleceu. Casada, com geração. I-6. Olavo Eloi de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia, onde

    faleceu. Casada, com geração. I-7. Cirino Eloi de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia, onde

    faleceu. Casada, com geração. I-8. Arquimínio Eloi de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia,

    onde faleceu solteiro.

    Sebastião Gaspar de Almeida Bôto, Tenente-Coronel, 2.º Vice-Presidente Em virtude do afastamento Presidente, foi nomeado pela terceira vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 23.03.1838, permanecendo no cargo dez meses, deixando-o em 21.01.1839. Citado acima. Joaquim José Pacheco, Bacharel, 10º Presidente nomeado em 07.10.1838, empossado em 21.01.1839, deixando o cargo dois meses depois, em 28.03.1839 Nascido em 11.12.1808. cidade de São Salvador, Bahia, e falecido a 01.06.1884, na

    cidade do Rio de Janeiro. Filho de outro Joaquim José Pacheco e de Ana Joaquina Chaves.

    Bacharel em Direito pela Academia de São Paulo, na turma de 1833. Defendeu tese a 11.04.1834, tirando o título de Doutor. Abriu escritório de advocacia em São Paulo. Juiz de Direito em 1839. Aposentou-se com honras de desembargador, em 1854. Em seguida, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde abriu banca de advocacia.

    No mesmo ano de sua formatura foi eleito deputado à Assembléia Provincial de São Paulo, para o biênio de 1833-1834, e foi reeleito para os biênios de 1838-1839, 1840-1841, 1844-1845, 1852-1853, e na qualidade de suplente, de 1846-1847, 1848-1849 e 1854-1855. Deputado à Assembléia Geral por São Paulo, nas 4ª , 5ª,

  • 8ª, 9ª (como suplente com assento) e 10ª legislaturas, respectivamente: de 03.05.1838 a 21.11.1841, 01.01.1843 a 24.05.1844, 01.01.1850 a 04.09.1852 e 09.07.1853 a 04.09.1856, e 03.05.1857 a 16.09.1860.

    Inspetor da fazenda de São Paulo em 1838. Presidente da província de Sergipe, conforme se disse acima. Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

    Casado em 25.04.1835, no Rio de Janeiro, em casa dele, com Margarida Domenech, nascida em 1814, Montevidéu, Uruguai, e falecida em 20.06.1889, no Rio de Janeiro, na rua Miguel de Frias 37 - sepult. no cemitério do Caju, filha de Nicolau Magion Domenech Otero e de Joana Maria Garsón. Pais de:

    I-1. Maria Guilhermina Pacheco, nascida em 1835¸ em São Paulo (Sé), e falecida em 03.07.1865, no Rio de Janeiro, na rua do Conde 121 d, tísica, sepultada no Cemitério de São João Batista. Baronesa de Bela Vista, pelo seu segundo casamento, tendo falecida antes da elevação do título de seu marido à Visconde. Com geração.

    I-2. Josefina Sidona Pacheco, casada, com geração. I-3. Leonisia Auta Pacheco, natural de São Paulo (Sé). Casada, com geração.

    Sebastião Gaspar de Almeida Boto, Tenente-Coronel, 2.º Vice-Presidente. Em virtude do afastamento Presidente, foi nomeado pela quarta vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 28.03.1839, permanecendo no cargo cerca de quatro meses, deixando-o em 23.07.1839. Citado acima.

    Joaquim Martins Fontes, Capitão-Mor, Vice-Presidente. Em virtude do afastamento Presidente interino, foi nomeado Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 23.07.1839, permanecendo no cargo pouco mais de um mês, deixando-o em 28.08.1839. Nascido em 27.07.1798, no engenho Campo da Barra, Itabaianinha, província de

    Sergipe, e falecido em 20.08.1860, no engenho S. Francisco, Laranjeiras, província de Sergipe. Filho de João Martins Fontes [1762-1848], capitão mor de Estância, Sergipe, e de Ana Francisca da Silveira [1780-1806].

    Sobrinho materno do BrigadeiroManoel Fernandes da Silveira, 1º Presidente da Província de Sergipe, conforme se disse acima.

    Político de grande evidência no Sergipe. A sua investidura nos diversos cargos públicos que ocupou, as distinções oficiais que por mais de uma vez lhe foram conferidas pelo governo imperial, as repetidas provas de confiança política dadas por seus co-provincianos atestam o grau de prestígio de que sempre gozou, enquanto militou ativamente na política regional. Capitão-Mor das Ordenanças da vila do Lagarto, Sergipe.

    Deputado provincial da primeira composição da Assembléia Provincial de Sergipe, para o triênio 1834-1837. A Assembléia Legislativa Provincial de Sergipe, composta de 20 deputados, iniciou os seus trabalhos em 11.01.1835.

    Comandante Superior da comarca de Estância desde 1837. Membro do Conselho do Governo. Presidente da Câmara Municipal e Juiz de Órfãos ainda do Lagarto.

    Deputado Provincial em vários biênios e Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Sergipe, na 3ª legislatura, de 03.05.1834 a 15.10.1837. Na qualidade de 1º Vice-Presidente da Província de Sergipe, assumiu a sua administração, por quatro vezes: 23.07.1839 a 28.08.1839, 08.08.1840 a 19.10.1840, 30.04.1841 a

  • 15.06.1841 e 01.07.1841 a 19.12.1841.

    Pelos serviços prestados à causa da Independência do Brasil, foi remunerado com a mercê de Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro. Comendador da Ordem de Cristo [18.07.1841].

    Deixou geração dos seus dois casamentos: o primeiro, por volta de 1823, com Ana Joaquina Portela; e o segundo, com Ana Maurícia da Silveira. Pais de (1.º matrimônio):

    I-1. Joana Narcisa Martins Fontes, nascida cerca de 1825, no Sergipe. Casada, com geração.

    I-2. José Martins Fontes, nascido em 03.07.1829, no Sergipe. Bacharel, Vice-Presidente. Assumiu o governo de Sergipe em 09.02.1878 – conforme segue adiante.

    (2.º matrimônio): I-3. Eugenio Teles da Silveira Fontes, nascido em 07.02.1845, no Sergipe. I-4. Antonio da Silveira Fontes, casado, com geração.

    Wenceslau de Oliveira Belo, Coronel, 11.º Presidente. nomeado em 24.05.1839, empossado em 28.08.1839, deixando o cargo em 08.08.1840 Nascido cerca de 1787, na Fazenda Ribeirão de Alberto Dias, Minas Gerais, e falecido

    em 22.07.1852. Filho de do Coronel Luiz Alves de Freitas Belo [1740-c.1833], Comandante das Milícias da Comarca do Rio das Mortes e de Ana Quitéria Joaquina de Oliveira [c1759- 1837].

    Militar. Coronel. Brigadeiro graduado. Brigadeiro. Marechal reformado. Assentou praça voluntariamente na antiga companhia de artilharia nº 1 do exército de Portugal, a 01.01.1804. Reconhecido cadete de 1ª classe, por despacho do vice-rei D. Fernando José de Portugal. Seguiu para Lisboa a fim de fazer os estudos próprios da arma de artilharia, retornando em 04.1808. Promovido a 2º Tenente, por carta régia de 04.08.1808, passando para a Companhia de Artilharia a Cavalo em 17.12.1808. Promovido a 1º Tenente em 17.12.1812.

    Em 1812 estava matriculado na Real Academia Militar. Marchou para o Rio Grande do Sul em 1814, recebendo a graduação do posto de capitão por despacho de 20.07.1814. Fez, como Comandante das Armas, a Campanha da Cisplatina; combateu contra os Farrapos. Efetivado no posto de capitão por despacho de 22.01.1818. Promovido a Sargento-Mor de artilharia por decreto de 26.08.1819, continuando a servir em Montevidéu. Tenente-Coronel graduado por despacho de 14.08.1820. Promovido à efetividade do posto de tenente-coronel para o estado maior do exército por decreto de 01.12.1824.

    Nomeado comandante das armas da província do Rio Grande do Norte. Promovido a coronel por despacho de 12.10.1826. Nomeado comandante das armas da província das Alagoas, por despacho de 28.04.1828. De Alagoas passou a servir o mesmo cargo em Sergipe, por decreto de 02.07.1829.

    Nomeado Presidente da Província de Sergipe por Carta Imperial de 24.05.1839, empossado em 28.08.1839, deixando o cargo em 08.08.1840, exonerado a seu pedido, recolhendo-se ao seu quartel no Rio de Janeiro, seno nomeado para comandar interinamente a fortaleza de Santa Cruz, por aviso de 27.03.1841. Graduado no posto de brigadeiro por decreto de 20.12.1841.

    Nomeado Presidente da Província do Espírito Santo por Carta Imperial de 09.01.1843, empossado em 15.12.1843, deixando o cargo em 01.12.1843. Nomeado Presidente da Província do Rio Grande do Norte por despacho de

  • 25.05.1844, empossado em 19.07.1844, deixando o cargo em 28.04.1845.

    Efetivado no posto de brigadeiro por decreto de 25.03.1845. Solicitou reforma, que lhe foi concedida por decreto de 06.03.1847, no posto de marechal de campo.

    Agraciado em 1823 com a medalha de distinção, por ter feito a campanha Cisplatina, de 1816 a 1820. Agraciado com os hábitos de cavaleiro das ordens de São Bento de Aviz e imperial do Cruzeiro, por decretos de 20.05. e 18.10.1825. Elevado ao grau de comendador da Ordem de São Bento de Aviz, por carta imperial de 18.07.1841.

    Casado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, com Ana Flora Ribeiro Viana, natural de Porto Alegre - Rio Grande do Sul, filha do Sargento-mor André Alves Ribeiro Viana e de Florinda Flora Leite de Oliveira. Pais de:

    I-1. Luiz Alves Leite de Oliveira Belo, que foi 45º Presidente de Sergipe, conforme segue adiante.

    I-2. André Alves Leite de Oliveira Belo, nascido em 23.09.1818, bat. a 23.1.1819, em Porto Alegre – RS, e falecido em 17.11.1867, de cólera morbus em Tuyu-cué - na guerra do Paraguai. Tenente-Coronel. Casado.

    Joaquim Martins Fontes, Capitão-Mor, 1º Vice-Presidente. Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado pela segunda vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 08.08.1840, permanecendo no cargo pouco mais de dois meses, deixando-o em 19.10.1840. Citado acima.

    João Pedro da Silva Ferreira, Coronel, 12.º Presidente nomeado em 20.08.1840, empossado em 19.10.1840, deixando o cargo em 16.06.1841. No decorrer deste período houve uma interinidade. Militar. Em 1812, seu nome consta do Livro 1º de matrículas do 2º, 3º e 4º anos da

    Academia Militar da Corte, que corresponde ao período de 1811 a 1822

    Joaquim Martins Fontes, Capitão-Mor, 1º Vice-Presidente. Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado pela terceira vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 30.04.1841, permanecendo no cargo um mês e meio, deixando-o em 15.06.1841. Citado acima.

    João Pedro da Silva Ferreira, Coronel, 12.º Presidente. Reassume a presidência, para a qual havia sido nomeado em 20.08.1840, empossado em 15.06.1841, deixando o cargo no dia seguinte, em 16.06.1841. Citado acima.

    João Lins Vieira Cansanção do Sinimbu, Bacharel, 13.º Presidente nomeado em 01.04.1841, empossado em 16.06.1841, deixando o cargo em 01.07.1841. Nascido em 20.11.1810, no Engenho Sinimbu, município de São Miguel dos Campos,

    Alagoas, e falecido em 21.12.1906, no Rio de Janeiro.Filho de Manuel Vieira Dantas, Capitão de Ordenanças - comerciante de gado, e de Ana Maria José Lins, heroína das Revoluções de 1817 e 1824. Quinto-neto de Cristóvão Lins, I, nascido em 1529, no senhorio de Dorndorf, ao sul de Ulm, Alemanha, falecido antes de 1602, em Porto Calvo, e de Adriana de Holanda, que ainda vivia em 1645, com mais de 100 anos.

  • Magistrado. Bacharel em Direito, pela Faculdade de Direito de Olinda, Pernambuco, 11.11.1835, onde havia se matriculado em 1831. Depois de formado, seguiu para a Alemanha, com destino a Universidade de Yena, situada no Grão ducado de Saxe-Weimar, onde se doutorou em 09.09.1837.

    Na qualidade de Vice-Presidente da Província de Alagoas, assumiu a presidência, interinamente, de 30.10.1839 a 03.11.1839. Nomeado Presidente da Província de Alagoas a 21.12.1839 - exerceu a Presidência de 01.01.1840 a 17.07.1840. Nomeado Presidente da Província de Sergipe, a 01.04.1841 - exerceu a Presidência de 16.06.1841 a 18.12.1841.

    Deputado à Assembléia Geral Legislativa, em duas legislaturas: na 5ª Legislatura, por Alagoas, de 01.01.1843 a 23.07.1843 (Dissolvida pelo Decreto de 24 de Maio de 1844); e na 9ª Legislatura, por Alagoas, de 07.05.1854 a 12.08.1856.

    Nomeado Ministro Residente do Brasil, no Uruguai. Nomeado Juiz de Direito da Comarca da Chapada, Maranhão [Decreto de 02.12.1845]. Removido da Comarca da Chapada para o lugar de Juiz de Direito da Comarca de Porto Imperial, Goiás [Decreto de 12.12.1846]. Removido de Porto Imperial, para o lugar de Juiz de Direito da Comarca de Cantagalo, Rio de Janeiro [Decreto de 14.04.1848].

    Nomeado Presidente da Província do Rio Grande do Sul, a 16.09.1852 - exerceu a Presidência de 02.12.1852 a 01.07.1855. Chefe de Polícia da Corte (Rio de Janeiro) de 05.07.1855 a 14.03.1856. Nomeado Presidente da Província da Bahia, a 28.07.1856 - exerceu a Presidência de 19.08.1856 a 27.09.1858.

    Senador (vitalício), por Alagoas - nomeado por Carta Imperial de 21.04.1857, exerceu de 15.05.1858 a 15.11.1889 - perdeu o lugar pela dissolução do Senado com a Proclamação da República. Serviu pelo espaço de 48 anos. Havia concorrido a esta cadeira do senado, junto com o advogado José Corrêa da Silva Titara, e Manuel Sobral Pinto, na vaga aberta em virtude do falecimento do senador Visconde de Sepetiba, em 25.09.185. Foi o primeiro colocado com 630 votos, contra 406, de Tirara, e 335 de Sobral Pinto.

    Ministro dos Estrangeiros, no 15º Gabinete, do II Reinado (D. Pedro II), de 10.08.1859 a 02.03.1861. Ministro da Agricultura, no 18º Gabinete, do II Reinado (D. Pedro II), de 30.05.1862 a 08.02.1863. Ministro da Justiça, no 18º Gabinete, do II Reinado (D. Pedro II), (acumulado), de 02.06.1862 a 08.02.1863. Ministro da Justiça, no 18º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 09.02.1863 a 14.01.1864. Ministro da Agricultura, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 05.01.1878 a 23.03.1880. Presidente do Conselho Ministerial, no 27º Gabinete do II Império (D. Pedro II), de 05.01.1878 a 27.03.1880. Ministro da Fazenda, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), (acumulado), de 05.01.1878 a 13.02.1878. Ministro dos Estrangeiros, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 08.02.1879 a 03.06.1879. Ministro da Guerra, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 06.10.1879 a 09.10.1879.

    Vice Presidente do Senado, de 1885 a 1886; 18º Presidente do Senado, de 04.05.1887 a 03.05.1888.

    Nomeado, pelo Ministro dos Estrangeiros Paulino José Soares de Sousa, por Decreto de 27.05.1843, para a função de Ministro Residente do Brasil, em Montevidéu, Uruguai. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

    Obras publicadas; 1. “Notícia das Colônias agrícolas Suíssa e Alemã, fundadas na freguesia de S. João Baptista de Nova Friburgo, escrita por João Lins Vieira Cansansão de Sinimbu. Niterói, Typ. de Amaral e Irmão, 1852, in-4º. 2. “Opinião a cêrca da instrução primária e secundária”, 1843. 3. “A Verdadeira inteligência a dar-

  • se à expressão “Prédio”. 1876.

    Em 1876 residia na Rua de D. Luiza, nº 38, Rio de Janeiro. Em 1891 residia no Rio de Janeiro, à rua Serra, n.º 6, no Engenho Novo, onde o encontramos, ainda residindo, em 1896.

    Teve a Mercê do Hábito da Ordem de Cristo [17.07.1841]. Comendador da Ordem de Cristo [18.07.1841]. Oficial da Ordem da Rosa [02.12.1854]. Comendador da Ordem da Rosa [02.12.1854]. Grã-Cruz da Legião de Honra de França. Grã-Cruz da Imperial Ordem Austríaca da Coroa de Ferro. Grã-Cruz da Real Ordem dos Guelfos de Hannover. Grã Cruz da Real e Distinta Ordem Espanhola de Carlos III. Grão Cruz da Ordem da Coroa da Itália.

    Grande do Império. Conselheiro do Imperador. Conselheiro de Estado (2º Conselho) Extraordinário [1882]. Agraciado com o título de Visconde de Sinimbu, com grandeza, por mercê da Princesa Imperial Regente de 16.05.1888 - «Em 1888, o governo imperial fê-lo visconde. Não o envaideceu a honraria. De muito, desde o nascimento, era ele um fidalgo da melhor nobreza, da que se não obtem por decreto. Nunca deu importância a esse título nobiliarquico, assinando-o mui raramente, só em papéis oficiais”.(Craveiro Costa).

    O Senador João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu foi casado em 1846, em Maceió – Alagoas, com Valéria Tourner Vogeler, nascida em 16.06.1819, em Londres, Inglaterra, e falecida em 22.12.1889, no Rio de Janeiro, na rua Vinte e Quatro de Maio, n.º 77 - RJ. Sepultada no Cemitério de São João Batista. Seu nome foi lembrado pelo Conde Alessandro Fé d´Ostiani, para ser condecorada com a Ordem de Malta. Filha de Jacob Frederich Vogeler, natural de Hamburgo, Alemanha, e de Clélia Tourner, natural de Londres, Inglaterra. Pais de:

    I-1. Maria Valéria Cansanção de Sinimbu, nascida em 26.07.1847, no Rio de Janeiro, bat. a 27.04.1848, e falecida em 26.02.1907, no Rio de Janeiro, sem descendentes. Sepultada no Cemitério de São João Batista. Conhecida como Bubu.

    I-2. Clélia Cansanção de Sinimbu, nascida em 1849, e falecida em 09.1932. Conhecida como Baby.

    I-3. João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu Júnior, nascido em 20.05.1853, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, quando seu pai ali exercia a presidência da província, e falecido em 25.02.1937, no Rio de Janeiro. Deputado Provincial (1881). Foi grande advogado na Grã-Bretanha. Após a proclamação da República, afastou-se da política e retirou-se para a Europa. Foi casado com uma francesa, com quem teve uma filha, que foi noiva do Comandante Afonso Cavalcanti de Albuquerque, e foi vista pela última vez por D. Dolores da Rocha Campos, no começo da Guerra de 1914, em Paris, estando de partida para a Suíça.

    I-4. Inácio Cansanção de Sinimbu, nascido em 26.07.1860, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 04.01.1864 - sepultado no Cemitério de São João Batista.

    I-5. Francisca Eulália Lins Cansanção de Sinimbu, que foi casada com Anísio Salathiel Carneiro da Cunha.

    Fonte: Genealogia do Visconde de Sinimbu, in Presidentes do Senado no Império, de Carlos Eduardo Barata, Capítulo XVIII, 1997.

    Joaquim Martins Fontes, Capitão-Mor, 1º Vice-Presidente Em virtude da nomeação do Presidente, para administrar a província do Rio Grande do Norte, foi nomeado pela quarta vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 01.07.1841, permanecendo no cargo cinco meses e dezoito dias, deixando-o em 19.12.1841.

  • Citado acima.

    Sebastião Gaspar de Almeida Boto, Tenente-Coronel Coronel, 14.º Presidente nomeado em 16.11.1841, empossado pela quinta vez, em 19.12.1841, deixando o cargo em 28.12.1842 Citado acima.

    Anselmo Francisco Perretti, Bacharel, 15.º Presidente nomeado em 25.10.1842, empossado em 28.12.1842, deixando o cargo em 17.02.1844 Nascido em 21.04.1812, em Goiana, província de Pernambuco, onde faleceu em

    09.10.1877. Filho do doutor João Sebastião Perretti, médico, e de Maria Joaquina de Castro.

    Magistrado. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de Direito de Olinda, Pernambuco, na turma de 1835. Logo seguiu para a Europa, cursando em Paris a Universidade, onde bacharelou-se em Letras. Ocupou os cargos de juiz de direito criminal do Brejo, de Goiana, Limoeiro e Vitória, e primeiro juiz de direito especial do comércio, da comarca do Recife. Desembargador da Relação de Pernambuco, Presidente do Tribunal do Comércio e da Relação de Pernambuco, quando faleceu, em 1877.

    Vereador da Câmara Municipal do Recife. Procurador Fiscal da Tesouraria de Fazenda de Pernambuco, interinamente.

    Foi Secretário do governo das províncias do Maranhão e do Ceará. Nomeado Presidente da Província de Sergipe, em 25.10.1842, empossado em 28.12.1842, deixando o cargo em 17.02.1844, por ter sido nomeado 15º Presidente da Província de Alagoas, em 27.11.1843, empossado em 01.03.1844, exercendo o cargo até 30.06.1844.

    Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Piauí, na 8ª legislatura, de 03.05.1842 a 16.02.1844. Foi, ainda, suplente a deputado geral pelo Ceará.

    Nomeado 8º Presidente da Província do Piauí, em 11.04.1848, empossado em 11.07.1848, exercendo o cargo até 24.12.1849.

    Nomeado 1º Vice-Presidente da Província de Pernambuco, a 19.04.1864, quando exercia a presidência o bacharel Domingos de Souza Leão. No afastamento deste último, assumiu interinamente a presidência, empossado a 01.12.1864, exercendo o cargo até 25.01.1865, até a posse do novo presidente, Dr. Antonio Borges Leal Castelo Branco. Foi, ainda, Vice-Presidente da Província do Ceará.

    Foi nomeado Professor de geografia e história do Liceu de Pernambuco, cargo que não chegou a exercer. Provedor da Santa Casa de Misericórdia do Recife, de 1860 a 1872. Orador do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano. Oficial e comendador da Ordem da Rosa. Comendador da Ordem de Cristo. Conselheiro do Império.

    Redigiu a Constituição e Pedro II, periódico que circulou em Pernambuco e Paraíba, entre 1836 e 1837, no qual defendia o governo do regente Feijó e tinha por principal objetivo combater a regêcia da Princesa D. Januária.

    Manoel Vieira Tosta, Desembargador, 16º Presidente nomeado em 24.11.1843, empossado em 17.02.1844, deixando o cargo em 15.07.1844 Manuel Vieira Tosta, nascido em 12.07.1807, Cachoeira, província da Bahia, e

  • falecido em 22.02.1896, no Rio de Janeiro, RJ, na rua Marquês de Olindqa 16 – sepultado no cemitério de São João Batista. Filho de Manuel Vieira Tosta, natural da Ilha Terceira, e de Joana Maria da Natividade.

    Neto paterno de Pedro Vieira. Neto materno de Sebastião Vieira Tosta e de Ana Maria do Nascimento.

    Magistrado. Deputado. Senador do Império. Conselheiro do Império. Ministro de Estado. Ministro do Supremo Tribunal e Presidente das Províncias do Sergipe e do Rio Grande do Sul.

    Fez seus estudos de humanidades em Salvador. Segui depois para Portugal, a fim de realizar seus estudos superiores, matriculando-se a 30.10.1824, no curso de Direito da Universidade de Coimbra. Aparece na relação dos estudantes da Universidade com o nome de Manuel Vieira Tosta, porém, no da matrícula e certidão de idade, aparece como Manuel Vieira Forte, o que é um engano. Por Aviso Régio de 28.03.1829, foi mandado riscar seu nome da Universidade, por fazer parte, como soldado da 5ª Companhia, do Batalhão de Voluntários Acadêmicos, organizado no ano letivo de 1826-1827, em defesa da carta constitucional outorgada por D. Pedro IV. Sem que se houvesse envolvido nos acontecimento do reino no ano de 1828, quando teve lugar a usurpação de D. Miguel, foi obrigado a retirar-se de Portugal, faltando-lhe um ano para completar os seus estudos. Seguiu para a França, e aí recebendo a notícia de se achar riscado do número dos alunos de Coimbra, permaneceu em Paris, e tornou-se assistente das lições dos professores da escola de direito, e também das de economia política no Conservatório das Artes, ministradas pelo célebre Jean Baptiste Say. Voltou para a Bahia em 1830 e, em virtude da criação das Academias de Direito, em São Paulo e Olinda, pode aproveitar, depois de lutar por uma vaga, junto com Paulino Soares e Vieira Tosta, os anos cursados na de Coimbra, e logo matriculou-se na de São Paulo, onde formou-se bacharel em Direito em outubro de 1831.

    Juiz de Fora do termo de Cabo Frio e Macaé, onde serviu até 1833. Depois de ser nomeado para diversos lugares de juiz de direito, foi mandado ocupar o da Cachoeira, sua cidade natal. Chefe de Polícia da mesma cidade, por ocasião da revolução que rebentou a 07.11.1837.

    Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, na 4ª, 7ª e 8ª legislaturas, respectivamente: 03.05.1838 a 21.11.1841, 03.05.1848 a 05.10.1848, e 01.01.1850 a 11.09.1850. Entre a 4ª e a 7ª legislatura, foi Juiz dos Feitos da Fazenda da Bahia, em cujo exercício esteve de 1842 a 1843. Neste último ano foi elevado pelo governo a um dos lugares de desembargador da relação de Pernambuco. Do tribunal de Pernambuco foi passado para o da Bahia; e sendo nomeado chefe de polícia daquela província, não chegou a tomar posse do cargo porque teve que seguir para Sergipe na qualidade de Presidente.

    Presidente das Províncias do Sergipe, nomeado em 24.11.1843, empossado em 17.02.1844, deixando o cargo em 15.07.1844; de Pernambuco, nomeado em 11.12.1848, empossado em 25.12.1848, deixando o cargo em 01.07.1849; e do Rio Grande do Sul, nomeado em 30.06.1855, empossado em 17.09.1855, deixando o cargo em 27.04.1856. Entre as Presidências do Sergipe e do Rio Grande do Sul, esteve novamente na relação da sua província, de 1844 a 1848, e no exercício de desembargador na relação da Corte, para onde passou em 1853.

    Ministro de Estado da Marinha no 10º Gabinete (de 23.07.1849 a 10.05.1852), da Guerra (de 31.08.1849 a 10.05.1852); da Justiça no 14º Gabinete (de 21.03.1859 a 09.09.1859. e novamente da Guerra no 23º Gabinete (de 16.07.1868 a 28.09.1870), acumulando a pasta da Justiça, de 09.06.1870 a 28.09.1870.

    Senador do Império, pela Bahia, de 06.05.1851 a 15.11.1889, data da Proclamação

  • da República.

    Havia concorrido à cadeira do Senado, junto com o o presidente de província Francisco Gonçalves Martins (Visconde de São Lourenço), e os magistrados Caetano Silvestre da Silva, João Joaquim da Silva, Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos (Visconde de Montserrat) e Francisco José Coelho Neto, nas duas vagas abertas em virtude dos falecimentos dos senadores Visconde do Rio Vermelho e Manuel Antonio Galvão, respectivamente, em 15.01.1850 e 21.03.1850. Foi o segundo colocado com 1904 votos, contra 1553, de Caetano, 1295, de João Joaquim, 952 do Visconde de Monserrat e 814, de Coelho Neto. Foi nomeado Senador por Carta Imperial de 01.05.1851, assim como o foi o mais votado, o Visconde de São Lourenço, por Carta Imperial da mesma data, havendo obtido 1920 votos.

    Aposentou-se em 1857, com honras de Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, sendo desembargador da Relação da Corte. Militou com proficiência na imprensa política. Em 1858 foi nomeado, pelo marquês de Olinda, presidente da Associação Central de Colonização, onde permaneceu até tomar posse da pasta da Justiça.

    Membro do Conselho de Estado. Conselheiro do Imperador D. Pedro II, por Carta de 1849. Grande do Império. Dignitário da Ordem do Cruzeiro. Comendador [1858] e Dignitário da Ordem da Rosa. Comendador da Ordem de Cristo em 1841. Foi agraciado, sucessivamente, com os títulos de barão com honras de grandeza de Muritiba [14.03.1855], visconde com honras de grandeza de Muritiba [15.10.1872] e marquês de Muritiba [16.05.1888].

    Deixou geração do seu cas. com Isabel Pereira de Oliveira, nascida na Bahia, e falecida em 15.02.1873, no Rio de Janeiro, sendo baronesa e viscondessa com honras de grandeza de Muritiba, e falecida antes da concessão do título de marquês, ao seu marido. Filha de José Antonio Ribeiro de Oliveira e de Joana Pereira de Barros. Pais de:

    I-1. Francisco José de Oliveira Tosta, nascido por volta de 1838¸e falecido em 31.08.1906, no Rio de Janeiro, na rua Buarque de Macedo 63 - sepult. no cemitério de São João Batista.

    I-2. Desembargador Manuel Vieira Tosta Filho, nascido em 14.10.1839, em Salvador - capital da Província da Bahia, e falecido em 05.08.1922, a bordo do vapor Bagé, em águas do estado do Espírito Santo, quando regressava da Europa. Foi agraciado, a 13.07.1888, com o título de barão (2.º) com honras de grandeza de Muritiba.

    I-3. Isabel Amélia de Oliveira Tosta, nascida cerca de 1840, e falecida em 24.06.1879, no Rio de Janeiro, na rua Marquês de Abrantes 14 - sepultado no Cemitério de São João Batista. Casada, com geração.

    I-4. Joana de Oliveira Tosta, nascida por volta de 1843, e falecida em 02.04.1913, no Rio de Janeiro. Com geração.

    José de Sá Bitencourt Câmara, Brigadeiro, 17.º Presidente nomeado em 23.05.1844, empossado em 15.07.1844, deixando o cargo em 13.12.1844 Nascido em 23.01.1797, na Vila de Camamu, Bahia, onde faleceu em 28.10.1861.

    Filho do coronel José de Sá Bitencourt Câmara.

    Militar. Oficial do Exército. A 16.06.1818, achando-se em companhia de seu pai em Minas Gerais, assentou praça como capitão no 2.º regimento de infantaria da 2.ª linha da comarca de Sabará. Saltando os postos intermediários, foi nomeado, por decreto de 12.10.1818, tenente-coronel agregado ao mesmo regimento.

    Em 23.04.1823 marchou por terra a fim de reunir-se ao “Exército Pacificador” na província da Bahia, comandando um batalhão organizado com praças do referido regimento e com ele tomou parte nas lutas pela independência. Promovido a Coronel

  • por decreto de 02.07.1825.

    A 28.02.1826 teve nova praça, sendo por decreto de 19.04, transferido da 2ª linha para o estado maior do Exército, no posto de Coronel. Governador das armas da província da Bahia por decreto de 18.08.1827, exercendo esse cargo até 06.04.1829. Marchou com 200 praças a pacificar as comarcas do sul da Bahia por ocasião da revolução denominada Sabinada. Promovido a Brigadeiro graduado do Estado Maior por decreto de 20.08.1838. Nomeado por decreto de 02.12.1839 c comandante das armas da província da Bahia. Brigadeiro efetivo por decreto de 07.09.1842.

    Deputado à Assembléia Geral Legislativa por Sergipe, na 6ª legislatura, de 01.01.1845 a 18.09.1847, sendo substituído entre 22.06.1846 a 30.06.1847.

    Presidente da província de Sergipe, nomeado em 23.05.1844, empossado em 15.07.1844, deixando o cargo em 13.12.1844.

    Por aviso de 15.01.1846, teve permissão para residir na Bahia, onde permaneceu interinamente no comando das armas desta província, de 19 a 25.11.1848 e de 16.06. a 16.08.1851.

    Em 11.1856 foi eleito presidente da Câmara municipal da vila de Ilhéus, onde exercia o cargo de diretor dos terrenos diamantinos.

    Cavaleiro da Ordem de Cristo por decreto de 19.05.1818. Oficial da Ordem do Cruzeiro por decreto de 12.10.1823. Comendador da Ordem de São Bento de Aviz, por decreto de 18.07.1841. Agraciado com a Medalha de Guerra da Independência, em 02.07.1825.

    José Francisco de Menezes Sobral, Cônego, Governador. Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado pela segunda vez, em 13.12.1844, permanecendo no cargo quatro meses e dois dias, deixando-o em 15.04.1845. Citado acima.

    Antônio Joaquim Álvares do Amaral, Comendador, 18.º Presidente nomeado em 10.01.1845, empossado em 15.04.1845, deixando o cargo em 29.10.1846 Nascido em 25.07.1795, na Bahia, onde faleceu em 18.05.1853.

    Proprietário. Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, na 4ª legislatura, de 03.05.1838 a 21.11.1841.

    Presidente da província de Sergipe, nomeado em 10.01.1845, empossado em 15.04.1845, deixando o cargo em 29.10.1846. Foi 16º Presidente da Província do Maranhão, nomeado em 17.02.1848, empossado em 07.04.1848, deixando o cargo em 07.01.1849.

    Escrivão da Santa Casa da Misericórdia da Bahia. Comendador da Ordem de Cristo. Casado, pai de:

    I-1. José Alvares do Amaral, nascido na Bahia, onde faleceu em 1882. Matriculado em 1841 no curso de Matemática da Universidade de Coimbra. Delegado de Polícia. Oficial aposentado da secretaria do Tesouro Provincial. Casado.

    I-2. Manuel Maria do Amaral, desembargador.

  • José Ferreira Souto, Bacharel, 19.º Presidente nomeado em 10.09.1846, empossado em 30.10.1846, deixando o cargo em 3.07.1847 Nascido em Jacobina, Bahia, e falecido em 22.02.1864, no Rio de Janeiro. Filho de

    Antonio Ferreira Souto.

    Magistrado. Seguiu para Portugal a fim de estudar Direito, matriculando-se na Universidade de Coimbra, em 25.10.1825. Por Aviso Régio de 28.03.1829, foi mandado riscar seu nome da Universidade, por fazer parte, como soldado da 5ª Companhia do Batalhão de Voluntários Acadêmicos, organizado no ano letivo de 1826-1827. Voltou ao Brasil em 1829-1830 e, em virtude da criação das Academias de Direito, em São Paulo e Olinda, pode aproveitar os anos cursados na de Coimbra, e logo matriculou-se na de Olinda, onde bacharelou-se em Direito, na sua primeira turma, em 1832.

    Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, nas 4ª, 6ª, 7ª, 8ª (suplente) e 9ª (suplente) legislaturas, respectivamente, de 03.05.1838 a 21.11.1841, 01.01.1845 a 18.09.1847 (sendo substituído de 26.06.1847 a 18.09.1847); 03.05.1848 a 05.10.1848, 15.03.1850 a 04.09.1852, e 15.05.1853 a 20.09.1853. Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Sergipe, de 30.10.1846 a 17.10.1847.

    19º Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 10.09.1846, empossado em 30.10.1846, deixando o cargo em 3.07.1847

    José Francisco de Menezes Sobral, Cônego, Vice-Presidente. Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado pela terceira vez, em 03.07.1847, permanecendo no cargo três meses e treze dias, deixando-o em 16.10.1847. Citado acima.

    João José de Bittencourt Calazans, Doutor, Vice-Presidente. Em virtude do afastamento do Presidente interino, foi nomeado Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 16.10.1847, permanecendo no cargo apenas dois dias, deixando-o em 18.10.1847. Nascido em 12.06.1811, na antiga vila de Santa Luzia, Sergipe, e falecido em

    18.08.1870, no seu engenho Castelo, pertencente a mesma vila onde nasceu. Filho de José de Calasans Bittencourt e de Antonia da Vera cruz Brake.

    Matriculou-se no curso de direito da Academia de Olinda, onde cursou até o quarto ano, que interrompeu, seguindo para Bruxelas, em cuja Universidade conseguiu a carta de Doutor em Direito.

    Dedicou-se ao serviço da lavoura, introduzindo em seu engenho arados e maquinismos a vapor, depois de ter feito estudos especiais nos Estados Unidos e na ilha de Cuba sobre o melhor sistema de cultura de cana e do fabrico de açúcar.

    Foi suplente de juiz Municipal e presidente da câmara municipal de Santa Luzia. Deputado provincial no Sergipe em mais de uma legislatura. Em virtude do afastamento do Presidente interino, foi nomeado Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 16.10.1847, permanecendo no cargo apenas dois dias, deixando-o em 18.10.1847.

    Hospedou D. Pedro II, em 1860, quando viajou com sua família pelas províncias do Norte do Império.

    Comendador da Ordem de Cristo. Membro da Diretoria do Imperial Instituto Sergipano de Agricultura.

  • Joaquim José Teixeira, Bacharel, 20.º Presidente nomeado em 14.08.1847, empossado em 18.10.1847, deixando o cargo em 28.04.1848 Nascido em 27.08.1811, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 01.01.1885. Filho do

    Brigadeiro Domingos José Teixeira e de Engrácia Rosa Peregrina. Neto paterno de Felipe José Teixeira e de Rosa Monteiro. Neto materno do capitão Pedro Ferreira dos Santos e de Maria do Nascimento.

    Magistrado. Bacharel em Letras pela Universidade de Paris, França. Bacharel em Direito pela Faculdade de São Paulo, na turma de 1834. Advogado na Corte. Foi poeta. Juiz Municipal na província do Rio de Janeiro.

    Deputado provincial pelo Rio de Janeiro, em várias legislaturas. Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Sergipe, 7ª legislatura, de 03.05.1848 a 05.10.1848.

    Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 14.08.1847, empossado em 18.10.1847, deixando o cargo em 28.04.1848.

    Oficial da Ordem da Rosa. Sócio fundador do Instituto dos Advogados Brasileiros. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

    Colaborou em diversos jornais, entre eles o Jornal do Comércio, e em muitas revistas, como a Minerva Brasileira (periódico dedicado às ciências, letras e artes, que circulou no Rio de Janeiro, entre 1843 e 1845), o Iris (periódico que circulou no Rio de Janeiro, entre 1848 e 1849), a Actualidade, e o Bazar Valente, onde usava do pseudônimo Papagaio.

    Casado em 27.08.1835, no Rio de Janeiro, em casa do pai da noiva, com Rita Manuela Duque Estrada Furtado de Mendonça, nascida em 14.07.1822, no Rio de Janeiro, e falecida em 15.07.1872, no Rio de Janeiro, de tifo, na rua do Catete 257 - sepultada no Cemitério de São João Batista, filha do senador Luiz Joaquim Duque Estrada Furtado de Mendonça e de Rita Maria da Costa – descendentes de famílias de povoadores da cidade do Rio de Janeiro no século XVI. Pais de:

    I-1. Luiz Joaquim Duque Estrada Teixeira, nascido em 06.06.1836, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 09.09.1884, às 16:30, na rua do Aqueduto, em Santa Teresa. Bacharel em Direito, político na cidade do Rio de Janeiro. Deputado Geral pelo distrito da Corte. Casado, com geração. Sua esposa era filha de Manuel Vieira Tosta, citado nesse estudo, por ser o 16.º Presidente de Sergipe.

    Zacarias de Goes e Vasconcelos, Doutor, 21.º Presidente nomeado em 11.03.1848, empossado em 28.04.1848, deixando o cargo em 17.12.1849 Nascido em 15.11.1815, na cidade de Valença, Bahia, e falecido em 28.12.1877,

    vítima de uma linfatite perniciosa, no Rio de Janeiro. Era irmão do Ministro do Supremo Tribunal de Justiça João Antonio de Vasconcellos.Filho do Capitão Antônio Bernardo de Vasconcellos e D. Maria Benedita de Assunção. Neto paterno de Luiz Bernardo de Vasconcelos e de Josefa Catarina de Santana.

    Professor em Direito. Doutor em direito pela Academia de Olinda, formado na turma de 1838. Professor jubilado da mesma Academia de Olinda.

    Em 1840 entrou para a política. Presidente da Província do Piauí, de 28.06.1845 a 06.09.1847. Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 11.03.1848, empossado em 28.04.1848, deixando o cargo em 17.12.1849. Presidente da Província do Paraná, de 19.12.1853 a 09.03.1856, da qual foi o instalador por ser o

  • primeiro presidente nomeado em sua criação.

    Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Sergipe, na 8ª legislatura, de 01.01.1850 a 04.09.1852. Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, de 03.05.1853 a 20.09.1856, de 03.05.1853 a 20.09.1856 e, na 12ª legislatura, pelo 3º Distrito, a 01.01.1864 a 14.01.1864.

    Ministro da Marinha, de 11,05.1852 a 05.09.1853. Presidente do Conselho de Ministros no 17º Gabinete, de 24.05.1862 a 29.05.1862. Ministro do Império, de 24.05.1862 a 29.05.1862. Novamente Presidente do Conselho de Ministros, no 19º Gabinete, de 15.01.1864 a 30.08.1864. Ministro da Justiça de 15.01.1864 a 30.08.1864. Novamente Presidente do Conselho de Ministros, no 22º Gabinete, de 03.06.1866 a 15.07.1868. Ministro da Fazenda, de 03.08.1866 a 15.07.1866.

    Desde 1862 passou a militar sob as fileiras do partido liberal. Senador do Império, pela Bahia, de 16.02.1864 a 28.12.1877.

    O Senador Zacarias havia concorrido a uma cadeira no Senado, em três oportunidades: a primeira, em 04.1856, junto com o presidente de província João Maurício Wanderley (barão de Cotegipe), os magistrados Angelo Maria da Silva Ferraz (Barão de Uruguaiana), Inocencio Marques de Araújo Gois, Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos (Visconde de Monteserrat), e o advogado Casimiro de Sena Madureira, nas vagas abertas em virtude dos falecimentos dos senadores 2º Visconde de Caravelas e Visconde da Pedra Branca, respectivamente, em 13.07.1855 e 20.03.1855. Foram nomeados por Carta Imperial de 01.05.1856, os dois mais votados: Barão de Cotegipe, com 2117 votos, e Barão de Uruguaiana, com 1798 votos. Zacarias havia sido o terceiro colocado com 1411 votos, contra 1331, de Araújo Góis, 1311, do Visconde de Monserrat, e 1211, de Sena Madureira.

    Na segunda oportunidade, em maio de 1858, concorreu novamente a uma cadeira no Senado, com o advogado Alvaro Tibério de Moncorvo e Lima, e o magistrado José Tomaz Nabuco de Araújo, na vaga aberta em virtude do falecimento do senador Cassiano Esperidião de Melo Matos, em 05.07.1857. Embora tivesse sido o primeiro colocado, com 1317 votos, a escolha do Imperador recaiu sobre Nabuco de Araújo, o terceiro colocado, com 1008 votos, e nomeado por Carta Imperial de 26.05.1858. Moncorvo de Lima, o segundo colocado, alcançou 1259 votos.

    Finalmente, uma terceira chance surgiu nas eleições de janeiro de 1864, na vaga aberta em virtude do falecimento do senador Manuel dos Santos Martins Valasques, em 21.11.1862. Concorreu com os proprietários José Antonio Saraiva e Antonio de Souza Espínola. Foi o primeiro colocado com 2694 votos, contra 2588, de Saraiva, e 2194, de Espínola. Foi nomeado por Carta Imperial de 10.02.1864.

    Eloquente e erudito. Foi um dos notáveis oradores do Brasil. Sócio do Instituto Histórico da Bahia. Comendador da ordem da Rosa. Grã-Cruz de 2ª Classe da ordem de São Gregório Magno de Roma.

    Casado em 08.10.1853, no Rio de Janeiro, com Carolina de Matos Vieira, nascida em 1839, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 17.11.1913, filha de Domingos de Matos Vieira e de Joana Carolina Leite de Castro. Pais de:

    I-1. Zacarias de Gois e Vasconcelos, nascido em 15.08.1854, em Curitiba, Paraná, e falecido em 18.02.1856, no Rio de Janeiro, na rua Nova do Conde 225 - sepult. no Cemitério do Caju.

    I-2. Maria da Glória Vasconcelos, nascida em 06.10.1855¸ no Rio de Janeiro, onde faleceu em 05.08.1917. Casada, com geração.

    I-3. Rita de Góis e Vasconcelos. I-4. Domingos de Gois e Vasconcelos, casado, com geração.

  • I-5. João Antonio de Góis e Vasconcelos, nascido em 02.02.1861¸ no Rio de Janeiro.

    I-6. Carolina de Góis e Vasconcelos, falecida em 06.05.1865. I-7. Ana de Góis e Vasconcelos, nascida em 30.07.1865¸ no Rio de Janeiro.

    Amâncio João Pereira de Andrade, Bacharel, 22.º Presidente nomeado em 09.10.1849, empossado em 17.12.1849, deixando o cargo em 19.07.1851 Bacharel. Político. Deputado pela Bahia na 6ª legislatura do Império (1845-1847).

    Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 09.10.1849, empossado em 17.12.1849, deixando o cargo em 19.07.1851.

    José Antonio de Oliveira e Silva, Bacharel, 23º Presidente nomeado em 02.06.1851, empossado em 19.07.1851, deixando o cargo em 14.07.1853, Filho do comendador José Antonio de Oliveira e Silva e de Francisca Tomazia. Neto

    paterno de David de Oliveira e de Joana Rita. Neto materno de Joaquim José e de Maria do Rosário.

    Casado em 1856, no Rio de Janeiro, com Mariana Leite de Oliveira e Castro, filha de Francisco de Salles de Oliveira e Castro e de Ana Tereza Vidal Leite Ribeiro. Pais de:

    I-1. Mariana Otavia de Oliveira e Silva, casada. I-2. Francisca Leite de Oliveira e Silva, nascida em 03.08.1868, e falecida em

    17.01.1919, em Paris, França - baronesa de Vidal, por seu casamento. Com geração.

    I-3. Agostinho Leite de Oliveira e Silva. I-4. Virgílio Leite de Oliveira e Silva. I-5. Gastão Leite de Oliveira e Silva.

    Luiz Antonio Pereira Franco, Bacharel, 24º Presidente nomeado em 21.03.1853, empossado em 14.07.1853, deixando o cargo em 17.11.1853 Dr. Luiz Antônio Pereira Franco, nascido em 19.10.1826, na Bahia, e falecido em

    20.01.1902, no Rio de Janeiro, RJ. Filho do Dr. Luiz Antônio Pereira Franco [1796-1852], e de Maria Antonieta Alves Branco Muniz Barreto [c.1799-1887].

    Formado em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito de Olinda, PE [13.10.1847]. Juiz municipal e de órfãos do termo de Purificação [18.10.1848]. Removido, a pedido, para o de Nazaré [12.09.1850]. Juiz de direito da comarca da Feira de Santana, BA [19.10.1855]. Removido para a vara de órfãos da capital da província [15.12.1871] e 1ª vara cível de Niterói, a pedido [23.10.1875]. Desembargador da Relação da Corte [30.03.1887] - cargo em que foi aposentado [09.05.1888]. Sub-procurador da Corte de Apelação do antigo Distrito Federal [RJ-26.11.1890] - ato sem efeito. Juiz da Corte de Apelação do antigo Distrito Federal [RJ-31.12.1890]. Ministro do Supremo Tribunal Federal [29.01.1891; posse: 26.02.].

    Deputado à Assembléia Provincial pela Bahia [1848], sendo reeleito em sete legislaturas. Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, nas 10ª, 11ª, 14ª, 15ª, e 16ª, legislaturas, respectivamente: de 03.05.1857 a 16.09.1860, 03.05.1861 a 16.09.1864, 11.05.1869 a 22.05.1872, 21.12.1872 a 10.10.1875, e 01.02.1877 a 14.10.1877.

    Senador do Império, pela Bahia, de 05.05.1888 a 15.11.1889, data da proclamação da República. Havia com corrido, anteriormente, a uma cadeira do senado, nas eleições de janeiro de 1873, junto com o ministro da guerra João José de Oliveira Junqueira, e o magistrado Inocencio Marques de Araújo Góis, na vaga aberta em virtude do falecimento do senador Visconde de São Lourenço, em 10.09.1872. Foi o

  • segundo colocado com 2852 votos, contra 2810, de Araújo Góis, e 3041, de Oliveira Junqueira, o primeiro colocado, e nomeado por Carta Imperial 01.03.1873.

    Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 21.03.1853, empossado em 14.07.1853, deixando o cargo em 17.11.1853. Ministro da Marinha em dois Gabinetes: de 29.09.1870 a 06.03.1871 e 25.06.1875 a 04.01.1878; e, Ministro interino da Guerra, de 23.02.1876 a 21.03.1876.

    Oficial da Ordem da Rosa [1860]. Comendador da Ordem da Rosa [06.09.1866]. Comendador da Ordem da Conceição de Vila Viçosa [1892]. Conselheiro do Império [29.09.1870]. Foi agraciado com o título [Dec. 20.06.1888] de barão com honras de grandeza de Pereira Franco.

    Casado com Leonor Felisberta Accioly, Baronesa de Pereira Franco, falecida a 30.08.1901, no Rio de Janeiro. Filha do desembargador Inácio Accioly de Vasconcelos e de Leonor Felisberta de Azevedo. Pais de:

    I-1. Eloisa Accioly Pereira Franco. I-2. Manuel Accioly Pereira Franco, capitão, casado. I-3. N... Pereira Franco. I-4. Leonor Accioly Pereira Franco, nascida em 1855, na Bahia, e falecida em

    08.08.1893, no Rio de Janeiro, rua Conde de Bonfim 61 – sepult. Cemitério de São João Batista. Casada, com geração.

    I-5. Elvira Accioly Franco, casada.

    Inácio Joaquim Barbosa Júnior, Bacharel, 25º Presidente nomeado em 07.10.1853, empossado em 17.11.1853, deixando o cargo em 10.09.1855. Nascido em 1823, na cidade do Rio de Janeiro, e falecido em 06.10.1855, em

    Estância, Sergipe, quando jovem, vitima da epidemia coléra-morbus, que matou milhares de pessoas em Sergipe. Sepultado em uma cripta especial da Capela de São Salvador do Aracaju, para onde foi trasladado em 19.02.1858.

    Filho de Inácio Joaquim Barbosa e de Francisca Rosa do Amaral. Neto materno do Sargento Mor Inácio Antonio do Amaral e de Luiza Rosa da Conceição.

    Bacharel em Ciência Jurídica e sociais pela Faculdade de São Paulo, em 1844. Juiz municipal do termo da Paraíba do Sul, em 1846. Secretário do governo do Ceará, em 1848. 1º Oficial da Secretaria da Fazenda, no Rio de Janeiro, em 1850.

    Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Ceará, nas 8ª e 9ª legislaturas, de 03.05.1852 a 04.09.1852 e 03.05.1853 a 04.09.1853.

    Presidente da província de Sergipe, nomeado em 07.10.1853, empossado em 17.11.1853, deixando o cargo em 10.09.1855. Foi durante a sua gestão que se transferiu a capital de Sergipe, então em São Cristóvão, para o povoado de Santo Antonio de Aracaju, elevando-o à categoria de cidade.

    Oficial da Ordem da Rosa.

    José da Trindade Prado, Major, Comendador, Vice-Presidente. Em virtude do afastamento do Presidente, por motivos de doença, foi nomeado Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 10.09.1855, permanecendo no cargo apenas dezessete dias, deixando-o em 27.09.1855. Nascido em 1804, na Freg.ª de Santo Amaro de Brotas, Sergipe, e falecido em

    25.06.1875, no seu engenho Várzea Grande, depois usina Santa Clara, Sergipe. Foi sepultado no cemitério da Capela do Engenho. Filho do Capitão-Mor José da

  • Trindade Pimentel e de Mariana Francisca de Menezes.

    Assentou praça voluntariamente no extinto batalhão nº 25 de caçadores, em 29.01.1823, no posto de capitão. Fez a Campanha do Sul [1827-1829]. Instrutor geral da Guarda Nacional. Reformado no posto de major [02.12.1829]. Coronel, comandante superior de vários municípios do norte de Sergipe.

    Deputado Provincial. Vice-Presidente do Sergipe, exercendo o governo cinco vezes: de 10.09.1855 a 27.09.1855; 10.04.1857 a 05.08.1857; 10.08.1868a 27.11.1868; 18.06.1869 a 08.11.1869; e 21.08.1871 a 17.02.1872.

    Membro da Diretoria do extinto Imperial Instituto Sergipano de Agricultura. Sócio benemérito do Gabinete Literário Sergipano.

    Oficial e Comendador da Ordem da Rosa. Cavaleiro e Comendador da Ordem de Cristo. Agraciado com o título de barão de Propriá pelo decreto de 14.03.1860.

    João Gomes de Melo, Barão de Maroim, Comendador Em virtude do afastamento do Presidente interino, foi nomeado Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 27.09.1855, permanecendo no cargo cinco meses, deixando-o em 27.02.1856. Nascido em 18.09.1809, no engenho Santa Bárbara, município de Maroim, Sergipe,

    e falecido em 23.04.1890, no Rio de Janeiro, RJ.

    Filho de Teotônio Corrêa Dantas e de Clara Angélica de Menezes.Neto paterno de Antonio Coelho Barreto e de Quitéria Gomes de Sá.

    Proprietário. Agricultor. Comandante Superior da Guarda nacional de Maroim em Sergipe. Ergueu em suas terras um majestoso templo, que depois passou a servir de igreja matriz da cidade de Maroim.

    Deputado Provincial por diversas vezes. Deputado à Assembléia Geral, pelo Sergipe, nas 9ª e 10ª legislaturas, respectivamente: de 03.05.1853 a 20.09.1856, e 03.05.1857 a 16.09.1860, sendo substituído neste último mandato, em duas ocasiões: 03.05.1857 a 22.06.1857 e 12.05.1860 a 16.08.1860.

    Entrou na lista tríplice para o preenchimento do lugar de Senador, na nova cadeira criada, na eleição procedida em 1858. Concorria contra Antonio Diniz de Siqueira e Melo e o Barão de Continguiba Bento Pereira de Melo. Foi o primeiro colocado com 275 votos, no entanto foi preterido, e saiu nomeado Antonio Diniz, por Carta Imperial de 03.03.1859. Finalmente, Senador do Império pelo Sergipe, escolhido por Carta Imperial de 21.05.1861, depois de concorrer à vaga aberta pelo falecimento do senador Marquês de Monte Alegre, a 18.09.1860. Obteve 380 pontos contra os 360 do Barão de Propriá, e 349 de Alexandre Pinto Lobão. Exerceu seu mandato de 21.05.1861 a 15.11.1889, data da Proclamação da República.

    Grande do Império. Cavaleiro da Ordem de Cristo, Oficial da Ordem do Cruzeiro, Cavaleiro da Ordem da Rosa e Comendador da Ordem de S. Gregório Magno de Roma. Foi agraciado, sucessivamente, com os títulos de barão de Maroim [Dec. Imp. de 12.10.1848], e barão com honras de grandeza de Maroim [02.12.1854]. Teve mercê da Carta de Brasão de Armas, datado de 11.07.1867. Registrado no Cartório da Nobreza, Livro VI, fls. 81: um escudo partido em pala; na primeira pala, em campo de prata, um leão de negro rompente; e na segunda pala, em campo vermelho, seis besantes de prata e