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Sequência Didática 04 Espacialização e distribuição da Covid-19 pela cidade de Goiânia/GO

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  • Sequência Didática 04 Espacialização e distribuição da Covid-19

    pela cidade de Goiânia/GO

  • DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) (Bibliotecário Filipe Reis – CRB n.° 3388)

    C328 Cartografia da Covid-19 [manuscrito] : orientações para uso no ambiente escolar / Denis Richter, Diego Tarley Ferreira Nascimento (Organização.). – 2020.

    70 p. : il. color.

    Material de orientação didática sobre a seleção de fontes, plataformas de representação espacial e dados confiáveis, a disseminação do conhecimento científico e o papel da universidade num contexto da pandemia Covid-19.

    Responsabilidades autorais: Seção 1: Denis Richter e Diego Tarley Ferreira Nascimento Seção 2: Míriam Aparecida Bueno e Loçandra Borges de Moraes Seção 3: Laís Rodrigues Campos e Marquiana de Freitas Vilas Boas

    Gomes

    1. Cartografia. 2. Covid-19. 3. Pandemia. I. Richter, Denis. II. Nascimento, Diego Tarley Ferreira. 1.

    CDU: 616-036.21

    Grupo de Estudos e Pesquisa de Cartografia para Escolares - GECE

    Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação Geográfica - LEPEG

    Instituto de Estudos Socioambientais - IESA

    Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação - CEPAE

    Universidade Federal de Goiás - UFG

    Universidade Estadual de Goiás - UEG

    Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro

  • Introdução

    No presente texto encaminhamos uma proposta didática para o trabalho com a temática da Covid-19, com a utilização das plataformas e dos materiais já disponibilizados anteriormente nesse documento. Utilizaremos a linguagem cartográfica como metodologia para o desenvolvimento das atividades, sendo assim, trata-se de um material em que a cartografia se apresenta como um importante instrumento para o ensino-aprendizagem dos conteúdos geográficos trabalhados.

             A temática dessa proposta tem como objetivo possibilitar aos professores trabalhar em sala de aula com a espacialização da Covid-19 e desenvolver atividades relacionadas ao estudo do espaço urbano. Como exemplo, tomaremos a cidade de Goiânia-GO como recorte espacial, e para a elaboração das atividades será utilizada a plataforma Covid-Goiás, disponível na seção 1 deste material.

             De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018), as questões relacionadas ao urbano são estudadas no 7º ano do ensino fundamental, na unidade temática “Mundo do Trabalho”. Sendo assim, a referida proposta didática está segmentada para aplicação e desenvolvimento nesse seguimento da educação básica.

             Tendo em vista o segmento para o qual a proposta é indicada, serão trabalhados nesse material diferentes níveis de atividade cartográfica, assim como proposto por Simielli (1999), sendo eles alfabetização cartográfica; letramento cartográfico; localização e análise; e correlação. Tais níveis de atividade já foram exemplificados na seção 2 deste material, entretanto, apresentaremos nas próximas páginas, algumas concepções mais gerais desses níveis de atividade. 

    Objetivos

    • Localizar os bairros da cidade de Goiânia com incidência da Covid-19;

    • Descrever a distribuição geográfica dos bairros com casos da doença, considerando o primeiro registro da plataforma até os dias atuais;

    • Estabelecer correlação entre a espacialização da doença pelos bairros da cidade em dois períodos; e

    • Produzir três mapas de Goiânia que apresentem a espacialização da Covid-19 pelos bairros da cidade, em períodos diferentes da ocorrência da doença. 

    01

  • Encaminhamentos didáticos

    Trabalhar com a plataforma 3 (Covid-Goiás) possibilita ao professor potencializar a internalização de elementos da experiência social e cultural dos alunos para a formação de conceitos, traduzida na sequência didática problematizar-sistematizar-sintetizar (CAVALCANTI, 2013). Neste sentido, é possível esquematizar o caminho sequencial das atividades de aula, tendo como base elementos do processo de ensino – objetivos, conteúdos e métodos –, articulando entendimentos mais gerais do processo com elementos de maior especificidade.

    A etapa inicial consiste em problematizar a temática de estudo (Quadro 1), que auxilia na mobilização de elementos sobre o tema, a partir de questionamentos em sala de aula, como: por que é relevante aprender sobre a espacialização da Covid-19 no lugar onde você mora? O que já se sabe sobre a doença? Como é a experiência cotidiana e espacial em relação à doença? Uma das formas de alcançar os conhecimentos dos alunos é por meio de questionamentos com foco temático e conceitual (PORTELA, 2017). Neste caso, os alunos observarão o mapa que informa a distribuição espacial da Covid-19 pela cidade de Goiânia (Plataforma Covid-Goiás), a partir de questões que impulsionam os raciocínios geográficos, dando condições para que haja o confronto dos conhecimentos cotidianos e científicos acerca da temática proposta.

    Para sistematizar a relação dessas ideias, com meta à formação de conceitos geográficos, há uma variedade de temas/conteúdos que permitem compreender a espacialização da Covid-19 pela cidade de Goiânia, a distribuição da doença pelos bairros e regiões geográficas mais afetadas ao longo do tempo, bem como estabelecer relações com a dinâmica local-regional-global. Desse modo, com o auxílio da plataforma, pode-se estabelecer como eixo temático alguns conteúdos sobre o espaço urbano, produção e organização da cidade de Goiânia (Quadro 1).

    Utilizando as ferramentas de interação disponíveis na plataforma Covid-Goiás (Figura 1), há possibilidades de serem trabalhados alguns aspectos da dinâmica do novo coronavírus pela cidade de Goiânia, como: identificação dos bairros e regiões geográficas de Goiânia (A); concentração do número de casos confirmados em cada bairro (B); o modo de produção/circulação pela cidade – camada de dados>informações>tráfego urbano – (C); a dinâmica de expansão, distribuição e concentração da doença pela cidade (D); verificação dos bairros que demonstram maior risco de contaminação – projeções – (E); ações públicas de enfrentamento da doença na cidade – dicas e tutoriais>informe epidemiológico Covid-19 de Goiânia – (F).

    02

  • A etapa sintetizar proporciona um momento muito importante para que aconteça a mobilização do conhecimento vivenciado/produzido pelo aluno durante sua interação com a plataforma Covid-Goás. Sintetizar, nesta perspectiva, corresponde a significar o conhecimento construído ao longo do processo de mediação, revela o entendimento adquirido sobre a distribuição espacial da doença pelo aluno e seu sentido para a vida individual e coletiva. Conforme pode ser verificado no Quadro 1, logo a seguir, esse momento da aprendizagem permitirá aos alunos a elaboração de sínteses dos conhecimentos desenvolvidos nas etapas anteriores. A finalidade central será a produção de mapas que comuniquem a espacialidade do fenômeno da doença, a sua distribuição/concentração/expansão geográfica pela cidade de Goiânia, bem como a relação direta da Covid-19 com a vida dos sujeitos envolvidos no processo: professores e alunos.

    03

    E

    B

    C

    D

    F

    Figura 1: Captura de tela da plataforma Covid-Goiás desenvolvida pelo LAPIG/UFG, representando os casos de Covid-19 nos bairros de Goiânia/GO. Fonte: https://covidgoias.ufg.br/ (02/06/2020).

    A

  • 04

    POSSIBILIDADES TEMÁTICAS PARA O ESTUDO DO ESPAÇO URBANO E FORMAÇÃO DE CONCEITOS (7° ano)

    Problematizar Sistematizar Sintetizar

    − Por que é importante aprender sobre a distribuição espacial da Covid-19 pela cidade de Goiânia?

    − Quais a regiões da cidade apresentaram os primeiros casos da doença?

    − Todas as regiões da cidade foram afetadas ao mesmo tempo?

    − Qual a região da cidade é mais atingida atualmente pela doença?

    − Por que a incidência era maior em alguns bairros no início da pandemia?

    − Por que depois a doença se espalhou por outros bairros e regiões da cidade?

    − No bairro em que você mora, tem algum caso confirmado da doença?

    − Algum parente seu testou positivo para a doença? Como essa pessoa pode ter contraído o vírus?

    − Uso e ocupação da terra urbana em Goiânia: expansão/concentração de casos da Covid-19;

    − Processo de expansão da cidade: circulação do novo coronavírus;

    − Crescimento da periferia e de condomínios fechados: aspectos que impactam na disseminação da Covid-19;

    − Segregação socioespacial e os casos de Covid-19;

    − Estrutura e ocupação da população urbana: fenômenos que interferem no número de casos da Covid-19;

    − Espaços públicos e privados: lugares de disseminação da Covid-19;

    − Mobilidade urbana e o controle da Covid-19; − Atividades produtivas na cidade em tempos

    de pandemia da Covid-19: indústria, comércio e serviços;

    − Espacialização e distribuição da Covid-19 pela cidade;

    − Locais da cidade que apresentam elevado risco de contaminação pelo vírus;

    − Políticas urbanas para o enfrentamento da Covid-19.

    − Distanciamento social urbano.

    − P r o d u ç ã o d e 3 m a p a s d a distribuição espacial da Covid-19 em Goiânia, em diferentes períodos da doença (a partir de 12/04 até o momento atual);

    − Fazer levantamento dos primeiros bairros e regiões geográficas da cidade a serem afetados pela Covid-19;

    − Identificar o avanço da doença no b a i r r o o n d e m o r a n o s t r ê s períodos;

    − Localização as regiões mais afetadas atualmente pela doença;

    − Correlação entre as regiões com maior e menor número de casos da doença, a partir da diferenciação dos 3 mapas.

    Quadro 1: Sequência didática para utilização da Plataforma (Covid-Goiás)

  • Para fazer a leitura do mapa pela plataforma que espacializa os casos da Covid-19 nos bairros do município de Goiânia, desenvolvida pela Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (LAPIG/UFG), é possível alcançar a escala geográfica do local, a partir da visualização dos dados de casos, óbitos e letalidade por município (Figura 2). Nesse mapa, a manifestação é zonal, assim, cada bairro foi preenchido com tonalidades da cor rosa, a depender da classe de intervalo representado; ou seja, valores mais claros de rosa para representar quantidades menores e valores mais escuros da mesma cor para representar os locais com maiores quantidades de casos da Covid-19. Conforme pode ser observado a seguir na Figura 2.

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    Figura 2: Captura de tela da plataforma Covid-Goiás desenvolvida pelo LAPIG/UFG, representando os casos de Covid-19 nos bairros de Goiânia. Fonte: https://covidgoias.ufg.br/ (02/06/2020).

    BA

    C

  • 06

    A plataforma permite visualizar o valor exato de casos em cada bairro, basta dispor o cursor do mouse sobre a área do respectivo bairro (A). Outra informação relevante é o quadro indicado na parte inferior direita da página (B) que expõe um quadro com a classificação ordenada dos bairros, segundo a quantidade de casos confirmados da doença no período atual. Uma ferramenta que pode ser utilizada também, pode ser encontrada no canto inferior esquerdo da página (C), neste caso, o usuário pode selecionar na barra de tarefas o item “histórico”, assim é possível variar a escala temporal e observar a distribuição e avanço da doença pelos bairros ao longo do tempo, a partir do dia 12/04/20.

    Para o desenvolvimento da presente proposta didática serão utilizados diferentes níveis de atividade cartográfica, que são orientados por Simielli (1999), onde esta autora aponta a necessidade do desenvolvimento pelos alunos de três níveis de atividade cartográfica para compreensão dos fenômenos geográficos. Segundo a autora:

    Localização e análise – cartas de análise, distribuição ou repartição, que analisam o fenômeno isoladamente. Correlação – permite a combinação de duas ou mais cartas de análise. Síntese – mostra as relações entre várias cartas de análise, apresentando-se em uma carta-síntese (SIMIELLI, 1999, p. 97) (grifo nosso).

    Esta pesquisadora apresenta os níveis de atividade cartográfica que, em sua concepção, permitem contribuir para o avanço cognitivo e de leitura e análise dos mapas pelos alunos, além de colaborar na perspectiva da formação de um sujeito mapeador (habilidade destacada no Quadro 1). Considerando que se trata de um processo de aprendizagem que se desenvolve juntamente com o decorrer dos anos escolares, é adequado para o ensino dos alunos do 7º ano a utilização de apenas dois níveis de atividade, a localização/análise e correlação.

    O processo de localização e análise é resultado do emprego de conhecimentos cartográficos adquiridos anteriormente, por meio da alfabetização cartográfica e do letramento cartográfico. Essas duas dimensões dizem respeito à compreensão das técnicas e convenções cartográficas para representação dos fenômenos, bem como sua aplicação na construção de materiais cartográficos, conforme é possível visualizar na Figura 3, logo a seguir. Existem algumas variáveis para representar um determinado fenômeno em um mapa, a depender da natureza da informação. Na figura 4 será demonstrada as diferentes variáveis e qual delas é mais potente para especializar a Covid-19.

  • 07

    Figura 3: Variável visual de Bertin. Fonte: OLIVEIRA; ROMÃO (2013, p. 33).

    Figura 4: Captura de tela da plataforma Covid-Goiás desenvolvida pelo LAPIG/UFG, representando os casos de COVID-19 nos bairros de Goiânia. Fonte: https://covidgoias.ufg.br/ (02/06/2020).

  • A representação dos casos da Covid-19 na cidade de Goiânia, por bairros, trata-se de um fenômeno de razão ordenada, em que a melhor variável para a espacialização é a de valor, a partir da manifestação zonal. Sendo assim, observe que cada bairro é preenchido com diferentes tonalidades de uma mesma cor, de acordo com o número de casos confirmados naquela localidade. Portanto, as áreas com as tonalidades mais claras representam os menores números de casos, enquanto as de tonalidade mais escura concentram o maior número de casos da doença.

    Com o uso da plataforma Covid-Goiás, é possível direcionar os alunos para que identifiquem o bairro em que moram e onde está localizada a escola, e solicitar que analisem qual deles apresenta um maior número de casos registrados, a partir da variável valor (figura 4), ou se há algum bairro nas proximidades que apresente altos índices de casos confirmados. Essa atividade conduzirá o aluno a desenvolver o primeiro nível de atividade proposto, a localização e análise do fenômeno representado.

    O segundo nível a ser trabalhado através dos encaminhamentos da proposta é o da correlação. Essa atividade cartográfica compreende a combinação e o estabelecimento de relação de diferentes mapas e/ou informações geográficas (gráficos, tabelas, etc.). Portanto,

    caracteriza-se como uma operação cognitiva mais complexa que localizar e analisar. A correlação, a ser desenvolvida nessa proposta didática, estabelece-se a partir da escala temporal, tendo em vista que esta plataforma possibilita verificar o número de casos por bairros e regiões geográficas da cidade de Goiânia, em diferentes períodos históricos.

    Para o desenvolvimento dessa atividade, o professor deve solicitar aos alunos que pesquisem, por meio da plataforma Covid-Goiás, os casos por bairros e regiões geográficas na cidade de Goiânia, em datas diferentes (A e B), utilizando o ícone da ferramenta histórico. Depois dessa ação, o aluno terá analisados dois mapas, com diferentes informações, assim como é possível observar nas figuras 5 e 6, seguintes.

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  • 09

    Figura 5: Captura de tela da plataforma Covid-Goiás desenvolvida pelo LAPIG/UFG, representando os casos de Covid-19 nos bairros de Goiânia. Fonte: https://covidgoias.ufg.br/ (03/06/2020).

    Figura 6: Captura de tela da plataforma Covid-Goiás desenvolvida pelo LAPIG/UFG, representando os casos de Covid-19 nos bairros de Goiânia. Fonte: https://covidgoias.ufg.br/ (03/06/2020).

    A

    B

  • A figura 5 apresenta a espacialidade de casos da Covid-19 na cidade de Goiânia no dia 12/04/2020, data de início do registro dos dados pela plataforma, enquanto a figura 6 espacializa os casos do novo coronavírus no dia 03/06/2020, data de captura de tela da plataforma. Nesse momento, os dois mapas permitem que os alunos correlacionem as informações, constatando, por exemplo, as áreas nas quais houve maior expansão da doença ou qual era o nível de incidência em seu bairro na figura 6 e agora na figura 7. Esse processo, permite que os alunos construam um entendimento mais complexo quanto a espacialidade da doença na cidade de Goiânia, como também em seu bairro, destacando pontos críticos de disseminação.

    Outra possibilidade de correlação disponibilizada pela plataforma Covid-Goiás, refere-se à comparação do mapa com a variável valor, com os dados totais de casos da Covid-19, por bairros, dispostos em arquivo anexo. Para acessar tais dados, basta selecionar o item bairros de Goiânia (A), em seguida, clicar com o cursor do mouse no ícone PDF (B). O documento será baixado (download) e possível de ser visualizado no dispositivo celular/computador.

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    Figura 7: Captura de tela da plataforma Covid-Goiás desenvolvida pelo LAPIG/UFG, representando os casos de Covid-19 nos bairros de Goiânia. Fonte: https://covidgoias.ufg.br/ (05/06/2020).

    A

    B

  • Avaliação

    A atividade avaliativa indicada nesta proposta didática tem como intuito contribuir para a construção de um sujeito que além de leitor, seja também, um mapeador. Para alcançar esse nível, inicialmente o aluno é conduzido a utilizar de seus conhecimentos cartográficos e geográficos para localizar e analisar os casos da Covid-19 na cidade de Goiânia e, num segundo momento, é direcionado a aprofundar para níveis mais complexos da atividade cognitiva, sendo capaz de estabelecer a correlação entre mapas com escalas temporais distintas.

             Tendo em vista que estamos trabalhando com a temática da espacialização e distribuição da Covid-19 na cidade de Goiânia, será disponibilizado (anexo 01) um mapa mudo com a representação dos limites dos bairros e regiões geográficas da cidade. De posse do mapa mudo o aluno deverá construir três mapas, acompanhando a seguinte ordem: Mapa 1 - Espacialização dos casos da Covid-19 no primeiro dia de coleta de dados da plataforma; Mapa 2 - Espacialização da Covid-19 em data intermediária ao período de ocorrência dos casos na cidade; Mapa 3 - Espacialização dos casos da Covid-19 na data de realização da atividade, ou na última data de atualização dos dados disponíveis pela plataforma.

    A elaboração desses mapas precisa obedecer aos mesmos procedimentos já utilizados pelos alunos quando pesquisaram, através da plataforma Covid-Goiás, os casos da Covid-19, em diferentes períodos de ocorrência da doença. Desse modo, o aluno terá em mãos uma coleção de mapas que representam a espacialidade e distribuição da doença na cidade de Goiânia. A partir desse material, será possível desenvolver outras atividades de localização/análise e correlação do fenômeno da Covid-19 em espaços urbanos, que irá possibilitar o estudo de diferentes fenômenos e conceitos geográficos, como, por exemplo, as redes de transporte; a concentração de pessoas e atividades econômicas em determinadas regiões da cidade; as desigualdades sociais, entre outros.

    A meta, portanto, é que através das atividades trabalhadas para a compreensão da espacialidade da Covid-19 por bairros e regiões geográficas da cidade de Goiânia, o aluno consiga desenvolver análises e correlacionar fenômenos, a fim de construir o pensamento geográfico.

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    REFERÊNCIAS

    BRASIL. Base nacional comum curricular. Brasília: Ministério da Educação/Secretária de Educação Básica, 2018. 

    CAVALCANTI, Lana de Souza. Os conteúdos geográficos no cotidiano da escola e a meta para a formação de conceitos. In: ALBUQUERQUE, Maria Adailza M. de; FERREIRA, Joseane A. de S (org). Formação, pesquisa e prática docente: reformas curriculares em questão. João Pessoa: Editora Mídia, 2013. p. 367-394.

    OLIVEIRA, Ivanilton José de; ROMÃO, Patrícia de Araújo. Linguagem dos mapas: cartografia ao alcance de todos. Goiânia: Editora UFG, 2013.

    Goiânia: Editora UFG, 2013. PORTELA, Mugiany O. B. Propostas para o ensino de cidade: problematizar, sistematizar, sintetizar e significar. In: OLIVEIRA, Karla A. T.; PIRES, Lucineide M. (org). Ensinar sobre a cidade. Goiânia: Editora Espaço Acadêmico, 2017, p. 13-29.

    SIMIELLI, Maria Elena R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A. A (org.). Geografia em sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. p. 92-108.

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    Anexo 01: Mapa mudo do município de Goiânia

  • Equipe GECE

    Autores da Sequência Didática 04

    Gabriel Martins Cavallini Mestrando PPGeo/UFG Igor de Araújo Pinheiro Doutorando PPGeo/UFG e professor da Rede Estadual do Piauí e Maranhão

    Coordenadoras da Seção 3

    Laís Rodrigues Campos Professora do CEPAE/UFG Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes Professora da Unicentro

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