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Laboratório de Pesquisa em Ensino de Química e Tecnologias Educativas 1 Metodologia do Ensino de Química Sequência Didática Mina de ferro, quanto Vale? A lama de rejeitos da mineração de Mariana e os impactos de sua composição química. ELABORAÇÃO: Aline de Negri Dante Rodella Maite Gothe Paula Werder Robson Raphael Guimarães ORIENTAÇÃO: Prof. Dr. Marcelo Giordan 2016

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Laboratório de Pesquisa em Ensino de Química e Tecnologias Educativas

1 Metodologia do Ensino de Química

Sequência Didática x

Mina de ferro, quanto Vale?

A lama de rejeitos da mineração de Mariana e os impactos de sua composição química.

ELABORAÇÃO:

Aline de Negri Dante Rodella Maite Gothe Paula Werder Robson Raphael Guimarães ORIENTAÇÃO:

Prof. Dr. Marcelo Giordan

2016

Laboratório de Pesquisa em Ensino de Química e Tecnologias Educativas

2 Metodologia do Ensino de Química

SUMÁRIO Público Alvo .................................................................................................................................................. 3

Caracterização dos alunos: ...................................................................................................................... 3

Caracterização da escola: ......................................................................................................................... 3

Caracterização da comunidade escolar: .................................................................................................. 3

Problematização ........................................................................................................................................... 3

Objetivo geral ............................................................................................................................................... 4

Aula 1 ............................................................................................................................................................ 4

Objetivos específicos: .............................................................................................................................. 4

Conteúdos: ............................................................................................................................................... 5

Atividade 1: Apresentação ) ................................................................................................................... 5

Atividade 2: Vídeo de Sensibilização ao tema .......................................................................................... 5

Atividade 3: A química e a mineração ..................................................................................................... 6

Atividade 4: O ferro: do minério ao aço .................................................................................................. 6

Aula 2 ............................................................................................................................................................ 7

Objetivos específicos: .............................................................................................................................. 7

Conteúdos: ............................................................................................................................................... 7

Atividade 1: Solubilidade e Concentração .............................................................................................. 7

Atividade 2: Análise da tabela do laudo técnico dos compostos presente na lama de mariana (toxicidade) .............................................................................................................................................. 8

Atividade 3: Experimento ....................................................................................................................... 9

Atividade 4: Linha de Mineração do Ferro e Simulador – Para Casa ..................................................... 9

Aula 3 .......................................................................................................................................................... 10

Objetivos específicos: ............................................................................................................................ 10

Conteúdos: ............................................................................................................................................. 10

Atividade 1: Experimento: Bauxita ........................................................................................................ 10

Atividade 2: Entendendo o experimento .............................................................................................. 11

Aula 4 .......................................................................................................................................................... 12

Objetivos específicos: ............................................................................................................................ 12

Conteúdos: ............................................................................................................................................. 12

Atividade 1: Discussão em grupo .......................................................................................................... 12

Atividade 2: exposição oral das respostas ............................................................................................ 12

Atividade 3: Para casa: Redação ........................................................................................................... 13

Avaliação .................................................................................................................................................... 13

Referências Bibliográficas ........................................................................................................................... 14

Material utilizado ....................................................................................................................................... 15

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Laboratório de Pesquisa em Ensino de Química e Tecnologias Educativas

3 Metodologia do Ensino de Química

PÚBLICO ALVO

CARACTERIZAÇÃO DOS ALUNOS:

O público para o qual esta sequência didática é voltada são alunos de cursinhos populares distribuídos pela Universidade de São Paulo. Os cursinhos são destinados a alunos de baixa renda que não conseguem pagar as mensalidades dos cursinhos comerciais, e portanto o público alvo também é caracterizado por alunos de baixa renda formados em escolas públicas, que passar nos exames de vestibular. Muitos possuem uma rotina de estudo e trabalho simultaneamente. O público é altamente heterogêneo pois os alunos são de diversos cursinhos dentro da USP, sendo que em cada cursinho já há uma alta heterogeneidade, visto que os alunos moram em regiões distintas e geograficamente distantes entre si. .

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA:

A sequência didática será aplicada na sala 1 do bloco B da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. A sala é equipada com 9 mesas para trabalho em grupo, a qual comporta aproximadamente 20 alunos, possui uma bancada longa, com 12 saídas de gás e 10 tomadas e outra bancada, sem saída de gás e 8 tomadas, duas pias, armários contendo reagentes e vidrarias, um projetor e uma lousa digital, um computador com teclado e caixas de som, uma lousa verde com giz, uma tabela periódica, uma estante contendo livros didáticos. .

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR:

A Faculdade de Educação está inserida no campus Butantã – USP, localizado na Zona Oeste de São Paulo, no bairro do Butantã, próximo a uma estação de metrô e com linhas de ônibus que melhoram o acesso à Universidade. A comunidade frequentadora do campus é majoritariamente de graduandos, pós-graduandos, professores e funcionários da Universidade. O campus não é comumente frequentado por um público externo, porém há cursos de extensão pela Universidade, os quais realizam atividades e atendem esse público.

PROBLEMATIZAÇÃO

A mineração tem elevada importância no setor econômico brasileiro, atividade que teve início no século XVII, sofrendo algumas alterações no foco do produto extraído. Atualmente, o principal produto de mineração no Brasil é o ferro, representado 5% do PIB nacional e 16% do PIB da Indústria - dados referentes ao ano 2014, do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O país é o segundo maior produtor mundial do minério, cujas principais jazidas encontram-se no estado de Minas Gerais, representando 71% do total de extração. Um dos aspectos significativos do beneficiamento é a grande geração de rejeitos, causada por processos físicos e químicos da mineração, liberando partículas dissolvidas e em suspensão, metais de transição e outras substâncias, as quais ficam retidas na barragem. Logo, é de extrema importância realizar planejamentos e projetos de qualidade para o descarte dos objetos estéreis e a construção de barragens de rejeitos, principalmente devido à possibilidade de ruptura das barragens.

No dia 5 de novembro de 2015, na cidade de Mariana (MG), a barragem de Fundão da mineradora Samarco se rompeu e liberou uma enorme quantidade de lama, devastando cidades, aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas, além de promover a poluição de rios e do oceano, causando o maior acidente mundial com barragens dos últimos 100 anos[14].

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4 Metodologia do Ensino de Química

Entre as principais consequências sociais e econômicas, houve o aumento significativo do número de desabrigados, disseminação de doenças, escassez dos recursos hídricos e alimentícios contaminados pela lama e elevação do desemprego em larga escala, visto que cerca de 80% das atividades econômicas do município estavam ligadas à mineradora antes do desastre, segundo a economista Isabela Garcia.

A região também sofre seriamente com problemas ambientais devido a desestruturação química, como infertilidade do solo, assoreamento dos rios e destruição da vegetação. Um outro problema está relacionado à impermeabilização do solo, devido à reorganização dos compostos constituintes da lama de rejeitos em formação rochosa sólida no leito do rio, impedindo a infiltração de água e das raízes de plantas, dificultando a recuperação ambiental do rio.

Considerando-se a importância do tema e a necessidade de um papel mais ativo na sociedade, para que os alunos tenham um posicionamento crítico sobre o desastre de Mariana, é necessário que tenham conhecimento sobre a sociedade, história e economia da região, associado à compreensão acerca do processo de mineração no Brasil. Logo, devem entender os conceitos químicos por trás das causas e consequências da tragédia, como soluções e a solubilidade dos compostos presentes nas rochas das quais se extrai o ferro e nos rejeitos da mineração.

OBJETIVO GERAL

Pretende-se apresentar o processo de mineração de ferro, que é uma prática econômica de elevada importância no país, reconhecendo os aspectos econômicos, impactos sociais e impactos ambientais dessa atividade. Além disso, abordar conceitos químicos sobre substâncias e reações químicas, grau de pureza de uma substância, estequiometria e concentração e solubilidade das soluções para discutir a composição dos rejeitos gerados pela extração desse minério.

As atividades procuram ser diversificadas a fim de avaliar os diferentes conhecimentos procedimentais dos alunos, com uma atividade experimental e uma atividade na sala de multimídias.

Durante a sequência didática, também será avaliada a capacidade argumentativa dos alunos a parir de materiais de leitura e interpretação e a união dos conhecimentos químicos adquiridos.

METODOLOGIA DE ENSINO

AULA 1

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Refletir sobre o ocorrido em Mariana (MG);

Introduzir o processo de mineração como atividade econômica e industrial;

Relacionar o processo de mineração com as transformações físicas e químicas

que ocorrem, associando os conceitos de reações químicas, substâncias puras

e misturas

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CONTEÚDOS:

Contexto econômico da mineração no Brasil;

Barragem de rejeito;

Transformações químicas e físicas na mineração;

Representação de reação química;

Substância pura, mistura homogênea e mistura heterogênea;

Leitura e interpretação de gráficos;

Grau de pureza de uma substância;

Balanceamento de equações químicas.

.

ATIVIDADE 1: APRESENTAÇÃO )

TEMPO: 10 min

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Interativa dialógica

PROPÓSITO: Estabelecer um primeiro contato entre estudantes e professores e introduzir brevemente o tema da sequência didática e o que será abordado nela

CONTEXTO: MENTAL

Conhecimentos prévios de meios de comunicação sobre o desastre de Mariana

SITUACIONAL

A sala de aula deverá ser organizada em círculo, de forma que todos possam se ver

MATERIAIS DE APOIO: Texto “Acidente de Mariana?”

DESCRIÇÃO: Os estudantes serão recepcionados na sala e sentarão em círculo junto com os professores. Em seguida, cada um irá se apresentar, no final os professores irão apresentar a sequência e dizer o que será abordado nas aulas. Por fim, irão perguntar aos alunos o que sabem sobre o desastre de Mariana, dando início à leitura do texto do material de apoio “Acidente de Mariana?”

ATIVIDADE 2: VÍDEO DE SENSIBILIZAÇÃO AO TEMA

TEMPO: 15 minutos

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Interativa de autoridade e não interativa de autoridade

PROPÓSITO: Apresentar o acidente da barragem de Mariana e sensibilizar os alunos para a importância do tema, com a reflexão dos alunos acerca de algumas questões.

CONTEXTO: MENTAL

Conhecimentos prévios de meios de comunicação sobre o desastre de Mariana

SITUACIONAL

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Os alunos assistem ao vídeo de apresentação do tema.

MATERIAIS DE APOIO: Vídeo editado sobre o desabamento da barragem de Mariana (MG) e perguntas sobre o vídeo do material de apoio.

DESCRIÇÃO: Os alunos irão assistir ao vídeo com a leitura prévia das questões que serão respondidas após a reprodução do vídeo.

ATIVIDADE 3: A QUÍMICA E A MINERAÇÃO

TEMPO: 40 minutos

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Interativa de autoridade e interativa dialógica

PROPÓSITO: Abordar os conceitos de minérios, relacionando-os com a economia da produção e exportação do ferro no Brasil e com os conceitos de substâncias puras, misturas homogêneas, misturas heterogêneas e grau de pureza de uma substância.

CONTEXTO: MENTAL

Constituição da matéria, o que é uma substância, quantidade de matéria (mol), tabela periódica, massa atômica, leitura e interpretação de gráficos, exportação na economia brasileira

SITUACIONAL

A sala não irá mais se organizar em círculo, agora os alunos irão se sentar em fileiras voltados para a lousa.

MATERIAIS DE APOIO: Texto "Química e a mineração", giz e lousa e questões sobre o texto "Química e a mineração" e o tópico "Substância pura ou mistura?"

DESCRIÇÃO: O professor iniciará a leitura do texto "Química e a mineração" com os alunos, dando sequência às leituras dos gráficos e tabelas referentes à economia da produção do ferro no Brasil. Então, ao se tratar dos minérios de ferro, serão introduzidos os conceitos de substância pura, mistura homogênea e mistura heterogênea, com os cálculos de pureza da hematita. Por fim, os alunos terão o restante do tempo da atividade para responder às questões.

ATIVIDADE 4: O FERRO: DO MINÉRIO AO AÇO

TEMPO: 40 minutos

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Interativa de autoridade e interativa dialógica

PROPÓSITO: Mostrar todas as etapas de extração e beneficiamento de um minério e as etapas da produção do aço no alto-forno, mostrando o que é uma reação química nos aspectos macroscópico, submicroscópico e representacional.

CONTEXTO: MENTAL

Estados físicos da matéria

SITUACIONAL

Os alunos estão sentados em fileiras, voltados para a lousa

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MATERIAIS DE APOIO: Equações a serem balanceadas no material de apoio, giz e lousa e apresentação de slides sobre os processos de mineração e produção do aço.

DESCRIÇÃO: O professor irá seguir uma série de slides apresentando os processos de extração e beneficiamento da mineração, com as etapas e transformações físicas e químicas. Então, na lousa, ao se tratar da produção do aço, será introduzido o conceito de transformação química, abordando todos os aspectos de uma equação e como representá-la, dando enfoque ao balanceamento e à Lei de Lavoisier. Os alunos terão, por fim, de 5 a 10 minutos para balancear todas as equações químicas contidas no material de apoio referentes à produção de aço.

AULA 2

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conceituar concentração comum e molar das soluções;

Exercitar as fórmulas utilizadas para calcular as diferentes expressões de

concentração e a massa molar das soluções;

Revisar a tabela periódica, símbolos dos elementos químicos, fórmulas das

substâncias químicas e conversão de medidas;

Relacionar concentração dos metais de transição com toxicidade;

Interpretar, conceitual e graficamente, a solubilidade de substâncias;

Identificar, no gráfico, a solubilidade de alguns metais presentes na lama de

Mariana;

CONTEÚDOS:

Concentração comum;

Título;

Concentração em quantidade de matéria por volume;

Diluição de uma solução;

Curva de solubilidade;

Precipitação;

Toxicidade dos metais de transição;

Ordenação, classificação e propriedades dos elementos químicos

ATIVIDADE 1: SOLUBILIDADE E CONCENTRAÇÃO

TEMPO: 30 min

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Não interativa de autoridade

PROPÓSITO: Aplicar definições e conceitos de solubilidade e concentração

CONTEXTO: MENTAL

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Tenham conhecimento sobre o que é uma mistura, solução, concentração, molaridade, teoria atômica, relação de proporcionalidade

SITUACIONAL

Os alunos estarão em uma sala, sentados com mesas, e o professor estará usando a lousa digital para apresentar slides com conteúdos sobre concentração e solubilidade

MATERIAIS DE APOIO: Atinks- Princípios de Química

DESCRIÇÃO: Durante a aula serão feitas as seguintes perguntas:

O que podemos chamar de soluções?

O que é o coeficiente de solubilidade?

Como sabemos se uma solução é saturada, insaturada?

Depois será apresentado os slides explicando os cálculos estequiométricos e de solubilidade de uma solução.

ATIVIDADE 2: ANÁLISE DA TABELA DO LAUDO TÉCNICO DOS COMPOSTOS

PRESENTE NA LAMA DE MARIANA (TOXICIDADE)

TEMPO: 20 min

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Interativa de autoridade

PROPÓSITO: Nessa atividade procuramos que os alunos consigam identificar os grupos da tabela periódica, além de relacionar concentração com toxicidade.

CONTEXTO: MENTAL

Tabela periódica e concentração

SITUACIONAL

Os alunos estarão em grupo com três a quatro participantes e analisarão as tabelas dos laudos técnicos encontrados no site do IBAMA, que contém as colunas com os metais e suas concentrações, logo depois o professor irá explicar como a concentração desses elementos prejudica a saúde

MATERIAIS DE APOIO: Laudo técnico com a concentração dos metais de transição, tabela periódica e toxicidade de alguns metais

DESCRIÇÃO: Inicialmente o professor irá distribuir uma tabela periódica e explicar a divisão da tabela por diferentes cores, evidenciando que a maioria dos metais são de transição. Em seguida cada grupo receberá uma tabela com as informações dos laudos técnicos encontrados no site do IBAMA, como os metais presentes e a concentração pressente na lama (essa tabela foi editada para conter somente os metais de quatro maiores concentrações), será pedido para que os alunos identifiquem na tabela periódica os metais presentes na lama de Mariana. Além disso, o professor irá apresentar em projeção uma tabela com nível limite permitido desses metais na água e solo, além dos efeitos desses metais no organismo humano. Os alunos preencherão uma tabela com os dados obtido da análise e será discutido a toxicidade desses metais.

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ATIVIDADE 3: EXPERIMENTO

TEMPO: 20 min

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Interativa de autoridade

PROPÓSITO: A partir de um gráfico de solubilidade espera-se que os alunos consigam fazer soluções saturadas, insaturadas e saturadas com corpo de fundo.

CONTEXTO: MENTAL

Conceitos de soluto, solvente, concentração, solubilidade e leitura de gráfico

SITUACIONAL

Os alunos estarão ao redor da bancada, em grupos, e farão soluções saturadas, insaturada e saturada com corpo de fundo, sob orientação do professor e com o auxilio de gráficos de solubilidade de diferentes sais, já apresentada durantes os slides na aula teórica.

MATERIAIS DE APOIO: Pisseta, béquer, proveta, balança, termômetro, diferentes sais e suas curvas de solubilidade.

DESCRIÇÃO: Os alunos serão separados em grupos e cada grupo receberá uma pisseta, três béqueres, um sal e a curva de solubilidade correspondente, conforme apresentado na aula teórica. O professor irá explicar que os alunos precisaram fazer uma solução insaturada, saturada e saturada com corpo de fundo para cada amostra de sal recebida, assim os alunos precisaram medir a temperatura do laboratório e consultar o gráfico de solubilidade para conseguir preparar as soluções. Após o preparo os alunos apresentarão as suas soluções e as contas necessárias.

ATIVIDADE 4: LINHA DE MINERAÇÃO DO FERRO E SIMULADOR – PARA

CASA

TEMPO:

ABORDAGEM COMUNICATIVA:

PROPÓSITO: Espera-se que os alunos consigam relacionar as informações apresentadas nessa aula e no simulador através de um esquema com os passos da extração do minério

CONTEXTO: MENTAL

Conceitos de soluto, solvente, concentração, solubilidade e leitura de gráfico, tenham conhecimento sobre o que é uma mistura, solução, concentração e molaridade.

SITUACIONAL

Atividade será realizada na casa dos estudantes

MATERIAIS DE APOIO: Papel, lápis e caneta.

DESCRIÇÃO:

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10 Metodologia do Ensino de Química

Como encerramento do primeiro dia de atividades o professor Irá propor que os alunos façam em casa uma linha de mineração do ferro, para trazer na próxima aula. Para isso, devem usar os conhecimentos adquiridos nas últimas aulas e acessar o simulador do processo de mineração e completa-lo, o qual está disponível em

< www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_ferro.htm >

AULA 3

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Síntese de compostos;

Efetuar cálculos de concentração das soluções;

Promover o trabalho em grupo;

Explicar um fenômeno observado por meio dos conteúdos aprendidos;

Manuseio de aparelhagem, técnicas laboratoriais;

CONTEÚDOS:

Reação química

Concentração

Diluição

Habilidade de argumentar e explicar fenômenos observados usando os

conceitos aprendidos

ATIVIDADE 1: EXPERIMENTO: BAUXITA

TEMPO: 60 min

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Interativa de autoridade

PROPÓSITO: Mostrar um tipo de extração de minério e como são os silicatos, relacionando com a lama de Mariana.

CONTEXTO: MENTAL

Leitura e interpretação de roteiro

SITUACIONAL

Os alunos estarão na bancada do laboratório, com vidrarias e reagentários, em posse do roteiro e farão o experimento

MATERIAIS DE APOIO: Béquer (250mL);

Chapa de Aquecimento;

Tela de Amianto;

Pinça Metálica;

Almofariz;

Espátula;

Aparelhagem de filtração à vácuo;

Papel de filtro;

Balança;

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Vidro de relógio;

Bauxita;

Água Destilada (H2O);

Ácido Sulfurico 1mol/L (H2SO4);

Hidróxido de Sódio 3,5mol/L (NaOH)

DESCRIÇÃO: Primeiramente o professor fará um colóquio sobre segurança no laboratório e após será explicado o

procedimento experimental, abaixo descrito:

1. Transfira 10,0 g de bauxita previamente triturada para um béquer de 100 mL e, em seguida,

acrescente 30 mL de um solução aquosa de NaOH 3,5 molL-1 . Cuidado! ao manipular solução

concentrada de base! Mantenha a mistura sob agitação à temperatura de ebulição por 30 minutos,

adicionando água destilada periodicamente para repor as perdas de volume por evaporação.

2. Filtre a mistura e lave o sólido com água destilada.

3. Reserve o resíduo sólido avermelhado do qual foi extraído o alumínio.

4. Transfira o filtrado para um béquer de 250 mL e precipite o hidróxido de alumínio por meio da

adição lenta de aproximadamente 30 mL de H2SO4 1 mol L-1 , sob agitação. Interrompa a adição

do ácido à solução básica quando o pH da mistura estiver entre 7 e 8 (controle o pH com papel

indicador universal). Cuidado! ao manusear soluções concentradas de ácido sulfúrico!

5. Aqueça a mistura em bico de Bünsen por aproximadamente 10 min. para promover a melhor

aglutinação do sólido e isole-o por filtração.

6. Transfira o filtrado para um béquer de 250 mL e precipite o hidróxido de ferro (II), por meio de

adição lenta de aproximadamente 15 mL de H2SO4 1 mol L-1 , sob agitação.

ATIVIDADE 2: ENTENDENDO O EXPERIMENTO

TEMPO: 20 min

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Interativa de autoridade

PROPÓSITO: Questões serão feitas para que o aluno tenha um melhor entendimento do experimento

CONTEXTO: MENTAL

Roteiro do experimento e suas várias etapas

SITUACIONAL

Os alunos após o experimento estarão em mesas sentados em grupos

MATERIAIS DE APOIO: papel e caneta

DESCRIÇÃO: Após o experimentos os alunos irão responder questões com a ajuda do professor

Qual a fórmula molecular da bauxita?

Qual o metal obtido a partir da extração realizada? Dê exemplos de materiais produzido com este metal.

ostre em forma de esquemas ou desenho a etapa de produção do rejeito.

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12 Metodologia do Ensino de Química

Qual o aspecto do rejeito?

Cite os principais constituentes do rejeito.

Com a ajuda do professor, faça a reação química importantes de cada etapa

AULA 4

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Problematização da mineração como processo industrial de larga escala.

Apresentar uma visão crítica e própria sobre o desastre de Mariana

Possibilitar a exposição de opinião textualmente e verbalmente Espera-se que os alunos consigam problematizar e discutir sobre os assuntos apresentados nessa SD e tenham uma posição sobre o processo de Mineração no Brasil

CONTEÚDOS:

Processo de Mineração;

Capacidade de argumentação; Redigir um artigo de opinião

ATIVIDADE 1: DISCUSSÃO EM GRUPO

TEMPO: 50 min

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Interativa dialógica e interativa de autoridade

PROPÓSITO: Reflexão sobre as consequências do desastre de Mariana e as medidas a serem tomadas, associando os aspectos sociais, ambientais e econômicos do acidente.

CONTEXTO: MENTAL

Interpretação de texto e argumentação textual e oral

SITUACIONAL

Os alunos estarão sentados em grupos, cada grupo com uma mesa.

MATERIAIS DE APOIO: Textos e resumos fornecidos na aula 4 – atividade 1

DESCRIÇÃO: Serão formados 3 grupos de alunos para lerem trechos dos textos selecionados pelo professor e discutir as perguntas a seguir: 1. Quais foram as principais consequências do acidente de Mariana? 2. As medidas tomadas tanto pela Samarco quanto pelo estado foram suficientes? 3. Quais medidas judiciais devem ser tomadas e a quem deve cair a responsabilidade pelo desastre? 4. Qual é a avaliação da atuação das mineradoras no Brasil de modo geral?

Cada integrante do grupo deve expor sua opinião. A cada resposta debatida, um integrante do grupo irá redigir a resposta, de forma objetiva. As respostas serão avaliadas.

ATIVIDADE 2: EXPOSIÇÃO ORAL DAS RESPOSTAS

TEMPO: 40 min

ABORDAGEM COMUNICATIVA:

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Interativa dialógica

PROPÓSITO: Concluir a SD permitindo reflexão e debate em turma sobre aspectos sociais, ambientais e econômicos relacionados ao desastre de Mariana e as ações da Samarco e do governo, não necessariamente chegando a um consenso.

CONTEXTO: MENTAL

Discussão e argumentação dos tópicos abordados na atividade 1

SITUACIONAL

A sala se manterá na configuração da atividade 1, de forma que os grupos se mantenham integrados.

MATERIAIS DE APOIO: Redação das respostas da atividade 1

DESCRIÇÃO: Após a elaboração das repostas da atividade anterior, os grupos irão expor suas produções para toda a sala, possibilitando uma discussão sobre o que cada grupo escreveu. A cada roda de resposta o professor fará uma síntese das respostas. Nesta atividade será avaliada a capacidade argumentativa.

ATIVIDADE 3: PARA CASA: REDAÇÃO

TEMPO: Para ser realizada em casa

ABORDAGEM COMUNICATIVA: Não interativa de autoridade e interativa dialógica

PROPÓSITO: Permitir uma atividade extraclasse que propicie a exposição da opinião dos alunos textualmente.

CONTEXTO: MENTAL

Argumentação textual

SITUACIONAL

Atividade extraclasse, os alunos farão a redação em casa e enviarão suas redações por um e-mail que será divulgado nesta atividade.

MATERIAIS DE APOIO: Textos e resumos trabalhados nas aulas 1, 2 e 3 juntamente com novos materiais distribuídos na aula 4 (atividade 1) e proposta de redação

DESCRIÇÃO: Esta atividade não é obrigatória. Com base no que foi discutido ao longo de toda a Sequência Didática, os alunos irão elaborar uma redação em casa e enviarão a mesma por um e-mail que será divulgado na atividade 3 da aula 4. A redação consiste na escrita de um artigo de opinião sobre os tópicos abordados durante o minicurso e na atividade 2 da aula 4. Após o envio da redação por e-mail pelos alunos, os professores enviarão feedbacks para os estudantes.

AVALIAÇÃO

Todas as aulas irão conter avaliação, e será avaliado tanto os conceitos adquiridos pelos alunos como os conteúdos procedimentais, como interpretações e leituras, manuseio de materiais de laboratório e capacidade de debate.

Todas as produções contidas no material de apoio do aluno serão avalidas:

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14 Metodologia do Ensino de Química

Aula 1 - Resposta às questões sobre o vídeo de mariana, resposta às questões sobre o texto "Química e a mineração" e o tópico "Substância pura ou mistura?" e equacionamento das transformações químicas na produção do aço;

Aula 2 - Respostas às questões sobre solubilidade e coeficiente de solubilidade, análise do laudo e preenchimento da tabela da seção analisada, preparo das soluções dos sais na sala e esquema das principais etapas da mineração do ferro;

Aula 3 - Procedimentos referentes às normas de segurança em laboratório, transferência de sólidos e soluções para recipientes, filtração do sólido e respostas às perguntas referentes ao experimento;

Aula 4 - Leitura e interpretação do material a ser analisado pelo grupo, capacidade do de trabalho em grupo nas respostas às questões, capacidade de debater perante ideias contrárias às ideias do aluno durante o debate e a exposição das respostas

Haverá também uma possibilidade de feedback avaliativo aos alunos que entregarem a redação (opcional) por email.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, L. C. R.; Caracterização de rejeitos de mineração de ferro, in natura e segregados, para aplicação como material de construção civil, Viçosa, Minas Gerais, 2014 DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL – DNPM. Informe Mineral, Julho – Dezembro/2015 - Brasília - DF, Junho/2016 INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO – IBRAM. Informações sobre a economia mineral brasileira – 2015 DEPARTAMENTO DE PESQUISAS E ESTUDOS ECONÔMICOS – DEPEC - Bradesco. Minério de Ferro; Agosto – 2016 INSTITUTO AÇO BRASIL – Indústria Brasileira do Aço – Situação Atual e Principais desafios. ABM/Maio/2011 LADEIRA, A. C. Q.; PANIAGO, E. B.; DUARTE, H. A.; CALDEIRA, C. L.; Especiação Química e sua Importância nos Processos de Extração Mineral e Remediação Ambiental; Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, nº 8, p. 18-23, Maio 2014 MORAIS, C. A.; ALBUQUERQUE, R. O.; LADEIRA, A. C. Q.; Processos Físicos e Químicos Utilizados na Indústria Mineral; Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, nº 8, p. 9-17, Maio 2014 E os sites:

http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2015/12/entenda-o-acidente-de-mariana-e-suas-

consequencias-para-o-meio-ambiente (acessado pela última vez em 15/09/2016)

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/as-consequencias-da-enxurrada-de-lama-com-os-

rejeitos-da-samarco/ (acessado pela última vez em 15/09/2016)

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-01/desastre-em-mariana-e-o-maior-

acidente-mundial-com-barragens-em-100-anos (acessado pela última vez em 15/09/2016)

https://ge902ferro.wordpress.com/

http://www.labvirtq.fe.usp.br/applet.asp?time=10:42:38&lom=10628

http://solo.cetesb.sp.gov.br/wp-content/uploads/sites/34/2014/12/valores-orientadores-nov-

2014.pdf

Laboratório de Pesquisa em Ensino de Química e Tecnologias Educativas

15 Metodologia do Ensino de Química

http://www.educacional.com.br/lip2/COL2/ED10/QUIEM2V1/?tipo=LA2z

http://www.ibama.gov.br/phocadownload/noticias_ambientais/relatorio_analise_agua_janeir

o.pdf

http://manualdaquimica.uol.com.br/fisico-quimica/estudo-grafico-coeficiente-solubilidade.htm

http://www.soq.com.br/conteudos/em/solucoes/p1.php

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MATERIAL UTILIZADO

Vídeo editado da reportagem do Domingo Espetacular de 09 de novembro de 2015 <https://www.youtube.com/watch?v=KlQf3PvaWCY>

Simulador LabVirt – FEUSP: Como produzir o ferro? <http://www.labvirtq.fe.usp.br/applet.asp?time=10:42:38&lom=10628>