sequencia didatica consciencia negra sid

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EEEFM “POLIVALENTE DE LINHARES I” SEQUENCIA DIDÁTICA AREA: Códigos e Linguagens (Línguas Portuguesa e Inglesa, Educação Física, Artes PROFESSORES: Lilian, Sidineia Zélia, Lívia, Ozília e Penha PERIODOCIDADE: 10 aulas TEMA: Consciência Negra CONTEÚDOS - Leitura, escrita e reescrita - Influencia da língua africana na língua portuguesa; - Exploração de textos jornalísticos; - Tradução de textos; - Esquemas corporais nas danças africanas e artes cênicas; - Regras de jogos (Kalah) - Características de obras de artistas plásticos. OBJETIVOS - Apropriar-se dos conhecimentos sobre estruturação de textos. - Promover atividades que propiciem reflexões sobre o tema; - Produzir textos em diferentes contextos (gravura, arte, literatura, etc). - Oportunizar a pesquisa e o envolvimento em atividades que garantam um olhar crítico sobre a situação do negro da sociedade. - Valorizar a diversidade cultural e compreender o processo de formação dos povos. DESENVOLVIMENTO 1-As atividades serão divididas nas diferentes disciplinas da área de linguagens conforme descritas a seguir: LÍNGUA PORTUGUESA - Proposta de Leitura, escrita e reescrita de textos com base nas seguintes obras: menina bonita do laço de fita, Negrinho do Pastoreio, O ratinho branco e o grilo sem asas. - Pesquisa sobre a influência africana na língua Portuguesa. -Debate: Cotas de negros: Oportunidade ou discriminação? LÍNGUA INGLESA -Confecção de bandeiras de países da África e tradução. - Proposta de pesquisa sobre celebridades negras e sua biografia. (Bob Marley, Nat King Colle, Martin Luther King, Malcon. - Tradução da música “Oh happy day EDUCAÇÃO FÍSICA -Confecção DO JOGO “kalah” - Danças africanas

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Page 1: Sequencia Didatica Consciencia Negra Sid

EEEFM “POLIVALENTE DE LINHARES I”

SEQUENCIA DIDÁTICA

AREA: Códigos e Linguagens (Línguas Portuguesa e Inglesa, Educação Física, ArtesPROFESSORES: Lilian, Sidineia Zélia, Lívia, Ozília e PenhaPERIODOCIDADE: 10 aulasTEMA: Consciência Negra

CONTEÚDOS- Leitura, escrita e reescrita- Influencia da língua africana na língua portuguesa;- Exploração de textos jornalísticos;- Tradução de textos;- Esquemas corporais nas danças africanas e artes cênicas;- Regras de jogos (Kalah)- Características de obras de artistas plásticos.

OBJETIVOS- Apropriar-se dos conhecimentos sobre estruturação de textos. - Promover atividades que propiciem reflexões sobre o tema;- Produzir textos em diferentes contextos (gravura, arte, literatura, etc).- Oportunizar a pesquisa e o envolvimento em atividades que garantam um olhar crítico sobre a situação do negro da sociedade.- Valorizar a diversidade cultural e compreender o processo de formação dos povos.

DESENVOLVIMENTO1-As atividades serão divididas nas diferentes disciplinas da área de linguagens conforme descritas a seguir:LÍNGUA PORTUGUESA- Proposta de Leitura, escrita e reescrita de textos com base nas seguintes obras: menina bonita do laço de fita, Negrinho do Pastoreio, O ratinho branco e o grilo sem asas.- Pesquisa sobre a influência africana na língua Portuguesa.-Debate: Cotas de negros: Oportunidade ou discriminação?

LÍNGUA INGLESA-Confecção de bandeiras de países da África e tradução.- Proposta de pesquisa sobre celebridades negras e sua biografia. (Bob Marley, Nat King Colle, Martin Luther King, Malcon.- Tradução da música “Oh happy day

EDUCAÇÃO FÍSICA-Confecção DO JOGO “kalah”- Danças africanas-Dramatização: Isso é racismo

ARTES- Releitura de obras africanas- Pesquisa de gravuras de atos fraternos entre brancos e negros (técnica de recorte e colagem)- confecção da africana.

TODAS AS DISCIPLINAS DE LINGUAGENS- Organização de uma mostra africana onde serão expostos os trabalhos dos alunos e:- Instrumentos musicais (berimbau, batuque, etc)- Culinária africana (mesa de degustação)-Artesanato africano (máscaras, panela de barro, peneiras, etc.)- Religiosidade africana (candoblé, macumba,ubanda, etc)

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Mural: técnica de recorte e colagem com as fotos dos alunos

RECURSOS-LIED;-Xerox de textos;-Clipes de repentistas-Data Show e computador;-Arranjos musicais;- Máquina fotográfica-Bola de soprar-Cola- Papel cenário-Papel cartão

AVALIAÇÃOAcontecerá no decorrer do desenvolvimento das etapas com a participação dos alunos e apresentações.

REFERENCIASPesquisas na internet em sites com os conteudos descritos.

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ANEXOSO ratinho branco e o grilo sem asas

m ratinho branco encontra um grilo preto que nasceu sem asas.Eles se tornam grandes amigos. Conheça o início dessa amizade.—E das minhas asas, que é que você acha ?—Quer saber ? Eu nem noto mais isso. Acho que você é formidável.—Obrigado.—Sua casa é aí ?—É. Moro aqui há muito tempo. E você onde mora ?—Logo ali. Não é longe. Quer ir até lá ?—Gostaria, mas você sabe, ando muito devagar e ...—Mas eu não tenho pressa. Poderíamos conversar ...—Você gosta de conversar ?—Se gosto. Gosto muito mesmo. E você ?—Gosto, mas converso pouco. Quase não tenho amigos. Esse meu defeito...—Não pense nisso. Você gostaria de Ter um rato branco como amigo?—Adoraria.—Muito bem ! Olhe para mim. Já somos amigos. Agora vamos.

E foi assim que um ratinho branco e um grilo preto e sem asas tornaram – se amigos. Caminhavam lentamente sobre a relva, e o sol, que já descia no céu, cobria com seus raios de luz os amigos aquecidos pelo afeto que brotava em seus corações.Conversaram muito, e nessa conversa foram compreendendo e aceitando a realidade de cada um. É maravilhosa a amizade quando aceitamos o outro como ele é.

Read more: http://www.pragentemiuda.org/2008/05/historia-o-ratinho-branco-e-o-grilo-sem.html#ixzz26UniBeBI

Negrinho do PastoreioConta-se que havia um menino negro escravo cuja idade era de catorze anos. Ele era responsável pela tarefa de cuidar do pasto e dos cavalos de um rico fazendeiro, seu sinhô. Porém, num determinado dia, o menino voltou do trabalho e foi acusado pelo patrão de ter perdido um dos cavalos. O fazendeiro mandou açoitar o menino escravo, que teve que voltar ao pasto para recuperar o cavalo.

Após horas e horas procurando ele não conseguiu encontrar o tal cavalo. Ao voltar para a fazenda foi novamente castigado pelo fazendeiro. Desta vez, o patrão, para aumentar o castigo. colocou o menino pelado dentro de um formigueiro e o deixou lá a noite inteira. No dia seguinte, o patrão foi ver a situação do menino escravo e ficou surpreso. O garoto estava livre, sem nenhum ferimento e montado no cavalo baio que havia sumido. Conta a lenda que foi um grande milagre que salvou a vida do menino, que foi transformado num anjo.

Fonte: http://pt.shvoong.com/society-and-news/culture/2251426-lenda-negrinho-pastoreio/#ixzz26UomWJHL

A menina e o barril

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Certa manhã quatro amigas estavam se divertindo na praia até que acharam uma lina concha. Ao pôr-do-sol elas resolveram voltar para sua aldeia, cujo o trajeto era por meio da floresta. No meio do caminho, já de noite uma delas resolve voltar para buscar a concha, pois havia esquecido ela na praia. As outras amigas suplicaram para que la não volta-se, porém ela voltou sozinha. Ao voltar a praia, ela viu sua concha na mão de um homem sinistro com estatura baixa. Ela pediu ao homem que devolvesse sua concha. O homem então estendeu a mão com a concha, quando a menina se aproximou, ele a agarrou e a colocou dentro de um barril. Ele falou então que era na verdade um duende e que ela seria sua escrava para sempre. Em cada aldeia que ele parava, ele batia no barril e ela cantava uma canção, assim ele ganhava comida dos ouvintes. Foi assim de aldeia em aldeia. Até que um dia ele chegou na aldeia da menina, quando a menina começou a cantar, seus pais reconheceram sua voz. Eles avisaram de maneira discreta todos os habitantes da aldeia. Alguns habitantes distrairam o duende enquanto outros soltaram a menina e em seu lugar colocaram o mesmo peso em abelhas e formigas guerreias. Quando o duende foi para a próxima aldeia e bateu no barril os insetos o atacaram infrigindo o mais doloroso sofrimento, ele tentou fugir para a floresta, mas os insetos o perseguiram, nunca mais foi visto.

Leia mais em Muitosposts http://muitosposts.blogspot.com/2010/09/lendas-africanas.html#ixzz26UpGOUbE

Cota para negros reabre discussão sobre o racismo nas Universidades

O projeto de lei que quer garantir 20% das vagas para negros e pardos em todos as universidades do Brasil vem gerando opiniões opostas em toda a sociedade. Argumentos contra e a favor é que não faltam. De um lado aqueles que historicamente foram escravizados e discriminados e que vêem nesta política uma forma de diminuir as desigualdades sociais entre negros e brancos no país. E de outro, aqueles que se sentem prejudicados por verem as suas chances de passar no vestibular diminuídas, e injustiçados por sentirem que desta forma estarão pagando por políticas mal elaboradas, que não incluem todos de forma igualitária.

O Rio de Janeiro foi o primeiro estado brasileiro a adotar o critério das cotas para negros. As duas universidades estaduais - UERJ, na capital, e UENF, em Campos - reservam 40% de suas vagas para negros e pardos, o que já ocasionou grande polêmica por lá.

Aqui no Pará, o Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará, (Cedenpa) é uma entidade que se mobiliza para que esta idéia dê certo. Criado em 10 de agosto de 1981, o Cedenpa trabalha contra a discriminação racial e tenta abrir espaço para a população negra no estado do Pará. Segundo a professora Zélia Amador de Deus, uma das fundadoras do movimento negro, dados do IBGE e do Ipea ( Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas) apontam que os negros acumulam desvantagens em todos os setores da vida, seja na questão da moradia, da renda, do trabalho ou da educação.Desvantagens estas que têm sua razão na história da escravidão e que são reforçadas pelo racismo.

"A nossa luta é que os negros saiam do patamar de desvantagem e passem a alcançar um patamar de igualdade em relação aos outros grupos que não foram vítimas de discriminação".diz a professora

Muitos são os argumentos contrários a implantação do sistema de cotas nas universidades, como a questão da meritocracia, que é a obtenção de algo por merecimento pessoal; a inconstitucionalidade de estabelecer qualquer tipo de discriminação positiva que fere o princípio da igualdade; a impossibilidade de distinguir quem é branco e quem é negro no Brasil, devido à miscigenação de raças; e o fato de que essa medida pode contrariar as políticas de caráter universalistas.

Page 5: Sequencia Didatica Consciencia Negra Sid

Segundo Zélia Amador, as políticas de cunho universalista não conseguem diminuir as desigualdades e completa: "As pesquisas do Ipea, apontam que no Brasil existem 22 milhões de pobres, dos quais 60% são constituídos por negros. Então a pobreza tem cor, a miséria tem cor no país, como é que eu posso fugir dessa questão racial, se tem dados me demonstrando que tem cor a miséria".?Zélia também coloca o fato de os negros serem excluídos do mercado de trabalho: "quem é que está na direção das empresas? São os negros? Quem é que está no parlamento, quem é que está ocupando o papel de mando no país? São os negros? Não! Mas eles são a maioria pobre no país."

O pró-reitor de Ensino e Graduação da UFPA, Roberto Ferraz, diz que a universidade ainda não tem uma posição sobre a questão de cotas para negros. "A nossa função no momento está sendo de provocar o debate. Os argumentos são bem interessantes, tanto a favor quanto contra, então o que agente pretende é colocar internamente na universidade esta discussão".

O pró-reitor disse ainda que já esteve em reunião com o movimento negro e que algumas metas. ficaram de ser traçadas "Ficou decidido na reunião que na próxima matrícula nós iremos tentar fazer uma pesquisa no sentido de identificar a quantidade de alunos negros que nós temos na universidade hoje. Faríamos também no próximo semestre letivo, lá pelo mês de outubro ou novembro, um seminário aonde viriam pessoas de fora para discutir mais abertamente este tema, chamando a comunidade universitária para discutir o assunto".

Um outro fator que condena as políticas de cotas é o acirramento das relações inter-raciais, ou seja, o aumento da discriminação entre brancos e negros. E ainda, qual será o critério para classificar pessoas negras e pardas? Zélia Amador de Deus esclarece que: "Como tivemos muita miscigenação, a gente acaba trabalhando com convenções, negros são aqueles que tem fenótipo de negro, porque aqui no Brasil se trabalha com a questão do fenótipo, e são esses que tem maiores dificuldades".

Bandeiras dos Países da África 

A seguir são apresentadas as bandeiras dos países africanos. Clique sobre a bandeira desejada para vê-la em tamanho maior. Algumas delas possuem link com mais informações sobre o país.

 

África do Sul

 

Angola

 

Argélia

 

Benin

 

Botsuana

 

Burkina Fasso

 

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Burundi

 

Cabo Verde

 

Camarões

 

Chade

 

Congo

 

Costa do Marfim

 

Djibuti

 

Egito

 

Eritréia

 

Etiopia

 

Gabão

 

Gambia

 

Gana

 

Guiné

 

Guiné Bissau

 

Guiné Equatorial

 

Lesoto

 

Libéria

 

Líbia

 

Madagascar

 

Malavi

 

 

Mali

 

Marrocos

 

Ilhas Comores

 

Page 7: Sequencia Didatica Consciencia Negra Sid

Ilhas Maurício

 

Mauritânia

 

Moçambique

 

Namíbia

 

Niger

 

Nigéria

 

Quênia

 

República Centro-africana

 

República Democrática

do Congo

 

Ruanda

 

Saara Ocidental

 

Santa Helena

 

São Tome e Príncipe

 

Senegal

 

Serra Leoa

 

Seychelles

 

Somália

 

Suazilândia

 

Sudão

 

Tanzânia

 

Togo

 

Tunísia

 

Uganda

 

Zaire(atual Rep.

Democrática do Congo)

 

Zâmbia

 

Zimbábue

 

    

 

Page 8: Sequencia Didatica Consciencia Negra Sid

Oh Happy dayOh happy day, oh happy dayOh happy day, oh happy day

When Jesus washedOh when he washedWhen Jesus washedHe washed my sins away!Oh happy day, oh happy day

He thought me howTo watch, fight and prayFight and pray

And he’ll rejoice And he’ll, and he’llRejoice in things we sayAnd he’ll rejoiceIn things we sayThings we sayYes, things we say

Ev’ry, ev’ry day, ev’ry dayOh happy day, oh happy dayOh happy day, oh happy day

Oh dia felizOh dia feliz, dia feliz ohOh dia feliz, dia feliz oh

Quando Jesus lavouOh quando ele lavouQuando Jesus lavouEle lavou os meus pecados!Oh dia feliz, dia feliz oh

Ele achava-me comoPara assistir, lutar e rezarLutar e orar

E ele vai se alegrar E ele vai, e ele vaiAlegrai-vos coisas que dizemosE ele vai se alegrarEm coisas que dizemosCoisas que dizemosSim, as coisas que dizemos

Ev'ry, dia ev'ry, dia ev'ryOh dia feliz, dia feliz ohOh dia feliz, dia feliz oh

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TÍTULO: ISSO É RACISMO.

DEDICATÓRIA

Dedicamos esta peça teatral a todas as vítimas do racismo e aos que lutam para o fim desta doença moral.

PRÓLOGO

NARRADOR - Há muitas estórias a contar. Muitas delas acontecem todo dia, a todo instante, perto de nós, mas passam despercebidas. Bem escondida em meio à realidade, existe uma doença do espírito. Vamos descobrir qual é.

CENA I

MÚSICA NEGRO DRAMA, DOS RACIONAIS MC’S

Entra um rapaz negro, vestido com terno e gravata, sapatos lustrosos. Movimenta-se com sutileza e firmemente. Olha a platéia de modo sério e sereno. Em seguida, vê um mendigo branco e loiro, que estende o chapéu desgastado em sua direção.

Ele lhe dá esmola, e o pedinte, então, agradece.

PEDINTE – Valeu, Doutor!

O rapaz faz leve cumprimento e sai.

Entra uma Senhora negra, trajada com vestido longo, andando distraída pela rua, quando um menino branco passa correndo e rouba sua bolsa. Ela grita.

SENHORA NEGRA – Branquinho! Pivete!

Chega o Policial.

POLICIAL – O que foi, Madame?

SENHORA NEGRA – Ora, eu fui roubada.

POLICIAL – Como era o marginal?

SENHORA NEGRA – Um moleque branquelo...

Sai a Senhora. O Policial começa a procurar o delinqüente. De repente, pergunta à platéia.

POLICIAL – Ei! Vocês viram um indivíduo com pinta de marginal por aqui? Aquele meliante roubou na cara-dura uma senhora de respeito, na saída do banco.

Aparece novamente o rapaz negro.

RAPAZ NEGRON– Olá, Sargento, muito trabalho?

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POLICIAL – Só uma figura que tá fazendo terror aqui no pedaço. Mas, eu acerto ele. Não viu ninguém suspeito por aí?

RAPAZ NEGRO – Olha, para falar a verdade, eu avistei um rapaz não muito confiável. Ele foi por ali.

POLICIAL – Valeu, Doutor.

RAPAZ NEGRO – Disponha. Boa noite.

Entra um Menino Branco que até então não havia aparecido em cena.

POLICIAL – Ei! Tu aí, malandro!

MENINO BRANCO – Ta falando comigo, autoridade?

POLICIAL – Tem outro malandro na área?

MENINO BRANCO – Se quer saber, eu estudo, valeu, aqui em Outeiro mesmo.

POLICIAL – Vai passar a lição na cela, brancão.

MENINO BRANCO – Ei! Qual é? Não fiz nada, meu!

POLICIAL – Cala a boca, seu branco!

INTERVALO

Entra o Mestre de cerimônia, meio negro, meio branco, trazendo pelo braço um senhor branco.

MESTRE DE CERIMONIA – Este cidadão é bastante conhecido, está muito presente em nosso dia-a-dia. Apresento-lhes o Cidadão branco. Detalhe, ele não é racista.

CIDADÃO BRANCO - Racismo não existe mais, isso foi só na época da escravidão. É isso aí, nesse país todos são tratados como iguais, tá na constituição. O preto já pode fazer coisa de branco, não é mais como antes.

MESTRE DE CERIMONIA – Este, senhoras e senhores, é o cidadão negro, personalidade antes alegre. Mas, que anda agora falando sério.

CIDADÃO NEGRO – A escravidão não nasceu com ninguém, foi criada pelo preconceito e pela maldade do homem. Negro não é sinônimo de escravo. A escravidão é filha do racismo, e não o contrário, e ele permanece até hoje.

CONTINUA MÚSICA NEGRO DRAMA, DOS RACIONAIS MC’S

CENA II

Entra um rapaz branco. Numa mesa, uma secretária negra, de cabelos étnicos.

Secretária – Diga.

RAPAZ BRANCO – Eu vim pelo anúncio...

SECRETÁRIA NEGRA– (Interrompendo-o) – A vaga já foi preenchida!

RAPAZ BRANCO – Mas, eu cheguei às seis da manhã, eu fui o primeiro a chegar...

SECRETÁRIA NEGRA – Só que não tem mais vaga.

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RAPAZ BRANCO - E esse pessoal aí na fila?

SECRETÁRIA NEGRA – Estão retornando para entrevista.

RAPAZ BRANCO – Mas, o anúncio?

SECRETÁRIA NEGRA – Escuta, ô, rapazinho, o anúncio diz boa aparência, entendeu, é pra tratar com cliente VIP, você não serve.

RAPAZ BRANCO – Mas, eu tenho experiência.

SECRETÁRIA NEGRA – Não posso fazer nada.

CAPOEIRA

DIA VAI,

DIA VEM,

E O NEGRO CONTINUA SEM APARECER.

INVISÍVEIS SOMOS NÓS

EMPREGADO E BANDIDO DENTRO DA TV.

TENHO NOME,

SOU ALGUÉM

COM A COR DA PELE ESCURA NÃO MOLHO ROSÉ.

SEI FALAR.

SEI LUTAR

PELA MINHA NEGRITUDE QUE VOCÊ NÃO VÊ.

DIA VAI,

DIA VEM,

E O NEGRO CONTINUA SEM APARECER.

INVISÍVEIS SOMOS NÓS

EMPREGADO E BANDIDO DENTRO DA TV.

INTERVALO

CIDADÃO BRANCO – O problema dos pretos é que eles mesmos se excluem. É preciso eles se valorizarem, terem alma de branco, limpa, clara.

CIDADÃO NEGRO – Será mesmo? Qual é a cor da maioria dos médicos, juízes, prefeitos, governadores, presidentes. Quantos são negros?

CIDADÃO BRANCO – De repente eles não estão a fim.

CIDADÃO NEGRO – Somos a metade da população do Brasil, e somos tratados como minoria.

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MESTRE DE CERIMÔNIA – Senhores, deixem de discussão. Afinal, este país é uma democracia, um paraíso onde todos podem falar o que quiser... (fala baixinho) contanto que não incomode quem manda no pedaço.

DESENHO PARA O MURAL

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MODELO DE AFRICANAS

RELEITURAS DAS TELAS

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KALAH ( jogo de origem africano)

Tabuleiro

32 peças (16 para cada jogador)

OBJETIVO

O kalah (espaço circular) contendo o maior número de peças ao final do jogo indicará o vencedor. Caso os dois kalahs tiverem o mesmo número de peças um empate será declarado.

REGRAS

1) Para iniciar o jogo distribui-se 3 peças em cada espaço, com exceção dos centrais que deverão conter 4 peças. Os

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Kalah deverão estar vazios no início do jogo.

2) Os jogadores fazem suas jogadas alternadamente, procurando sempre acumular peças em seu kalah.

3) Cada jogador, na sua vez, pega todas as peças em um dos espaços do seu lado do tabuleiro, colocando-as uma a uma em cada espaço seguinte. A direção deverá ser da esquerda para a direita.

4) Um jogador não deverá colocar peças no kalah do adversário.

5) Se a última peça colocada cair no kalah do jogador ele tem direito a jogar de novo. Essa regra pode se repetir várias vezes numa mesma jogada, basta que a última peça colocada caia no kalah várias vezes seguidas.

6) Se a última peça colocada pelo jogador cair num espaço vazio, do seu lado do tabuleiro, o jogador “captura” todas as peças do adversário que estiverem no espaço diretamente oposto ao seu e coloca-as no seu kalah. Neste caso o jogador não ganhará outra jogada neste momento.

7) O jogo termina quando um dos jogadores, na sua vez, não tiver nenhuma peça para movimentar. Os jogadores comparam seus kalah para determinarem quem tem mais peças e é, consequentemente, o vencedor.

RACIOCÍNIOS ENVOLVIDOS

- Resolução de problemas.

- Cálculo: contagem, correspondência um a um, igualdade, desigualdade.

- Lógico: observação, hipótese e experimentação, raciocínio dedutivo, raciocínio indutivo.

- Geométrico/ Espacial: direcionalidade.

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Esquema do jogo

KALAH

KALAH