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SENTIMENTOS DAS MÃES DOS NEONATOS SOB FOTOTERAPIA.
BARROSO, Havana Vasconcelos; OLIVEIRA; Talita Nicolau1
RESUMO
Vinhal et al. (2009) explicam que a icterícia ou hiperbilirrubinemia neonatal é caracterizada pela coloração amarela da pele dos recém-nascidos (RN) em consequência de elevação da bilirrubina acima de 5-7mg/dl. A fim de tratá-la é
necessária a utilização da fototerapia, a qual consiste em um tratamento que utiliza a ação da luz e exige que o recém-nascido (RN) permaneça exposto a uma fonte de luz fluorescente ou halógena. Seu objetivo, como explicam Maisels e McDonagh
(2008), é reduzir a concentração da bilirrubina circulante ou impedir seu crescimento. Muitas mães, ao vivenciarem o filho em fototerapia, manifestam os mais diversos comportamentos, conforme podemos observar durante a pesquisa.
Dessa forma, é de fundamental se estabelecer o processo de comunicação da equipe de saúde com a mãe, no intuito de esclarecê-la sobre a terapêutica a qual seu filho é submetido. Portanto é fundamental que haja a comunicação entre a
equipe de enfermagem e os pais do RN, pois quando os pais não recebem as informações adequadas, nem o apoio emocional necessário, eles acabam se afastando da UTI-neonatal e consequentemente, dos seus filhos. Diante do exposto,
o objetivo deste estudo é a identificação dos sentimentos das mães de neonatos sob fototerapia. A presente pesquisa é do tipo descritiva com abordagem qualitativa, realizada em dois hospitais de grande porte de Fortaleza/CE com cinco mães, cujas
as quais responderam uma entrevista semi-estruturada. Os dados foram coletados entre março e abril/2008, respeitando os preceitos éticos da resolução 196/96. Conclui-se que, na concepção das mães, a fototerapia representa a separação do
binômio, provocando angústia e desalento. Sendo assim é necessário estabelecer um canal de comunicação mais efetivo com a mãe e a família do RN sob fototerapia, explicando detalhadamente todos os pontos que se referem ao tratamento, dando
ênfase aos seus benefícios e desmistificando a fototerapia independente do nível de instrução do familiar.
1 Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). [email protected]