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196 - 31/JANEIRO/2012

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SENGE INFORMA - NO 196 - 31/JANEIRO/20121

SENGE INFORMA - NO 196 - 31/JANEIRO/20122

SINDICATO DE ENGENHEIROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - Rua Araguari, 658 - Barro Preto- CEP 30190-110 - Belo Horizonte-MG - Tel.: (31) 3271.7355 - Fax: (31) 3546.5151 e-mail:[email protected] - site: www.sengemg.org.br - GESTÃO 2010/2013 - DIRETORIA EXE-

CUTIVA • Presidente: Raul Otávio da Silva Pereira; 1º Vice-Presidente: Krisdany Vinícius Santos de Magalhães Cavalcante; 2º Vice-presidente: Nilo Sérgio Gomes; 1º Tesoureiro: Antônio Iatesta; 2ª Tesoureira: Glauci Any Gonçalves Macedo; Secretário Geral:Rubens Martins Moreira; 1º Secretário: Fátima Regina Rêlo Costa DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS: Diretor de Aposentados:Wanderley Acosta Rodrigues; Diretor de Ciência e Tecnologia: Anderson Silva de Aguilar; Diretor de Assuntos Comunitários:Anderson Luiz de Figueiredo; Diretor de Imprensa: Tércio de Sales Morais; Diretor Administrativo: Cláudio Neto Fonseca; Diretorade Assuntos Jurídicos: Gabriele Rodrigues Cabral; Diretor Saúde e Segurança do Trabalhador: Gilmar Cortês Sálvio Santana; Diretorde Relações Intersindicais: José Flávio Gomes; Diretor Negociações Coletivas: Júlio César de Lima; Diretor de Interiorização:Pedrinho da Mata; Diretor Sócio-econômico: Sérgio Teixeira Soares; Diretor de Promoções Culturais: Antonio José Betel RibeiroGomes DIRETORIA REGIONAL NORTE NORDESTE: Diretor Administrativo: Antônio Carlos Souza; Diretores Regionais: AnildesLopes Evangelista, Guilherme Augusto Guimarães Oliveira, Jessé Joel de Lima, João Gilberto de Souza Ribeiro, Rômulo BuldriniFilogônio DIRETORIA REGIONAL SUL: Diretor Administrativo: Fernando de Barros Magalhães; Diretores Regionais: AntônioAzevedo, Arnaldo Rezende de Assis, Carlos José Rosa, Gladyston Rodrigues Carvalho, Nelson Gonçalves Filho, Nelson BeneditoFranco, Ney Lopes Procópio, Robson Monte Raso Braga DIRETORIA REGIONAL ZONA DA MATA: Diretor Administrativo: JoãoVieira de Queiroz Neto; Diretores Regionais: Silvio Rogério Fernandes, Carlos Alberto de Oliveira Joppert, Eduardo Barbosa

Monteiro de Castro, Francisco de Paula Lima Netto, Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu, Paulo César de Lima DIRETORIA REGIONALTRIÂNGULO: Diretor Administrativo: Élcio Barreto Borges; Diretores Regionais: Ismael Figueiredo Dias da Costa Cunha, Antônio BorgesResende, Jean Marcus Ribeiro, João Carlos Moreira Gomes, Marco Túlio Marques Machado, Luciano Lopes Veludo, Clóvis Scherner,Wilton Freitas Mendes, Norberto Carlos Nunes de Paula DIRETORIA REGIONAL VALE DO AÇO: Diretor Administrativo: José Couto FilhoDiretores Regionais: Alberto Carlos da Silva Junior, Daniel Linhares Carlesso, Ildon José Pinto, Cláudio Luiz Maciel Junqueira DIRE-TORIA REGIONAL CAMPO DAS VERTENTES: Diretor Administrativo: Wilson Antônio Siqueira; Diretores Regionais: Nélson HenriqueNunes de Sousa, Domingos Palmeira Neto DIRETORIA REGIONAL CENTRO: Diretor Administrativo: Dorivaldo Damacena DiretoresRegionais: Carlos Henrique Amaral Rossi, Cláudio Lúcio Fonseca, Francisco de Paula Mariano, Élder Gomes dos Reis, Éderson Busta-mante, Evaldo de Souza Lima, Iocanan Pinheiro de Araújo Moreira, Jairo Ferreira Fraga Barrioni, José Maurício Andrade Ferreira, JúniaMárcia Bueno Neves, Antônio Lombardo, Antônio Cury, Luiz Antônio Lobo de Abreu, Marcelo dos Reis Lopes, Marcelo de CamargosPereira, Marcelo Fernandes da Costa, Maria José Maciel Ribeiro, Mário Evaristo Borges, Maurício Fernandes da Costa, Orlando JoséGarcia Dangla, Paulo Roberto Magalhães, Teodomiro Matos Bicalho, Vicente de Paulo Alves Lopes Trindade, Adevaldo Rodrigues deSouza, Alfredo Marques Diniz, Arnaldo Alves de Oliveira, Clóvis Geraldo Barroso, Abelardo Ribeiro de Novaes Filho, Fernando AugustoVillaça Gomes, Hamilton Silva, Luiz Carlos Sperandio Nogueira, Waldyr Paulino Ribeiro Lima CONSELHO FISCAL: Augusto Cesar Santiagoe Silva Pirassinunga, Getúlio Soares de Almeida, Ruy Lopes Teixeira Filho, José Tarcísio Caixeta, Lúcio Fernando Borges• Edição: Miguel Ângelo Teixeira Redação: Miguel Ângelo Teixeira, Luiza Nunes e Marcelo Costa Arte final: Viveiros EditoraçãoImpressão: Imprimaset

OPINIÃO

HomologaçãoO serviço de homologação é a garantia para

os engenheiros e engenheiras de que, se foremdemitidos, os valores que vão receber na resci-são do contrato estarão corretos. Nos casos decontrato de trabalho acima de um ano, é obri-gatório que a mesma seja realizada pelo Sindica-to. Em 2011 foram realizadas 1.894 homologa-ções no Senge-MG, 60% a mais do que em 2010,quando o número de homologações realizadasfoi de 1.183. O agendamento de horário pararealização de homologações já pode ser feito pelosite www.sengemg.org.br, em Serviços.

Departamento JurídicoEm 2011, o Departamento Jurídico do Sen-

ge-MG continuou seu trabalho em defesa dosdireitos dos engenheiros e engenheiras. O DJdo Sindicato passou a contar, no ano passa-do, com uma equipe de dois advogados, umestagiário e uma coordenadora. Atualmenteo departamento conta com 346 processosativos, sendo 114 cíveis, 117 processos tra-balhistas em geral e 37 ações de outras natu-rezas. Os advogados do Senge-MG atende-ram os engenheiros e engenheiras durante 195dias de plantão e tiveram 77 ações julgadasprocedentes e pagas em 2011. No total, osengenheiros que ganharam as ações recebe-ram R$ 898.861,53.

Cursos de QualificaçãoAlém de lutar pelos direitos dos engenheiros

e engenheiras de Minas Gerais, o Senge-MG tam-bém tem a preocupação com a qualidade técni-ca desses profissionais. Por isso, o Sindicato ofe-rece a sócios e não sócios cursos de qualificaçãodurante o ano. Em 2011, foram promovidos oitocursos de qualificação, entre eles AutoCad Bási-co, MSProject Básico e Excel Avançado.

Oportunidades de EmpregoO Senge-MG busca auxiliar os profissionais

que estão em busca de um novo emprego oude uma colocação no mercado de trabalho.Por isso, oferece a toda categoria, em seu site,o serviço “Oportunidades de Emprego”, emque divulga as vagas disponíveis nos mais di-versos ramos da engenharia, não só em MinasGerais, mas em todo o Brasil. Para ver as va-gas divulgadas é só acessar o site do Sindicatoe entrar em “Empregos”. O Senge-MG tam-bém disponibiliza um serviço de Banco de Ta-lentos, em que cadastra currículos e os enca-

minha de acordo com o perfil desejado pelasempresas. Os interessados devem enviar o cur-rículo para [email protected].

Plano de SaúdeO Sindicato de Engenheiros oferece, aos

seus associados, a possibilidade de ter um pla-no de saúde da Unimed com preços diferenci-ados. Os planos oferecidos possuem cobertu-ra ambulatorial e hospitalar em todo o Estadode Minas Gerais. Com preços mais acessíveis,os sócios do Sindicato podem escolher entreos planos com ou sem co-participação e, alémdos titulares, o benefício também se estendeaos cônjuges, filhos solteiros com até 35 anose aos pais com comprovação de dependênciaeconômica. Também é possível contratar aten-dimento odontológico e transporte aeromédi-co. Para aderir ao plano é necessário ser sóciodo Senge-MG e estar em dia com a AnuidadeSocial. A adesão deve ser feita por meio daAliança (www.aliancaadm.com.br/sengemg).Outras informações através do telefone:(31)3785-2158.

Anuidade Social Premiadaançamentos tecnológicos, o Senge-MG, em

2011, inovou nos prêmios da promoção Anui-dade Social Premiada. Foram sorteados, de ju-nho a dezembro, seis iPads entre os sócios coma anuidade social em dia. Os ganhadores fo-ram os engenheiros Franklin Otávio CoelhoMendonça, Alberto Elísio Vilaça Gomes, Da-nilo Rodrigues Pereira, Mario Cesar de Sa Hor-ta, Getulio Matias Ribeiro e Warlem CésarHenriques Maldonado. Os seis receberam umtablet com 32GB de memória, tela Multi-Tou-ch de 9.7" e equipado com acesso a internetpor Wi-Fi, dentre outros recursos. No dia 26de janeiro de 2012, o Sindicato sorteou o ulti-mo prêmio da promoção de 2011, um Mac-book Air. O ganhador foi o engenheiro eletri-cista Virgílio Almeida Medeiros.

WarlemMaldonado(esq) recebeo iPad dodiretor doSenge,AntonioCarlos Souza

Balanço positivoGarantir direitos e avançar nas conquistas.

Este é o desafio permanente do Sindicato. Em2011, o Senge trabalhou incessantemente pelaconstrução de relações de trabalho sustentá-veis, o que significou priorizar as negociaçõescoletivas e as demandas específicas da catego-ria. Ao mesmo tempo, procurou ampliar a suainserção política e social, buscando a interlo-cução constante e a participação efetiva epropositiva nos foros de interesse da engenha-ria e da sociedade. Neste Senge Informafazemos uma retrospectiva da atuação doSindicato em 2011 e apresentamos as nossasexpectativas para 2012.

Aprimorar a prestação de serviços aosnossos associados é uma das principais metasdo Senge. Nas notas ao lado, você tem umaidéia dos serviços que o Sindicato presta e decomo acessá-los. Na página 3, o presidenteRaul Otávio da Silva Pereira faz um balanço dasações desenvolvidas em 2011 e apresenta asprioridades para 2012, ano em que o Sindicatocomemora 65 anos de fundação. E, por falarem aniversário, na página 4 você confere ashomenagens que o Sindicato recebeu porocasião dos seus 64 anos e as que prestou àcategoria no Dia do Engenheiro.

Um amplo balanço das principais negocia-ções coletivas desenvolvidas em 2011, queresultaram em acordos e convenções coletivasde trabalho celebrados com diversas empresase sindicatos patronais, é apresentado naspáginas 5 a 8. Na maioria delas o resultado foipositivo, seja pela garantia de direitos adquiri-dos, seja pelos avanços conquistados.

O Sindicato foi, também, espaço dedebates com a discussão de temas importantespara a categoria. É o que traz a página 9, comum resumo dos fóruns e seminários realizadosem 2011. Os futuros engenheiros e os profissi-onais aposentados também estiveram na pautade trabalho do Sindicato. Na página 10,apresentamos o Senge Jovem e o que foi feitoem prol dos aposentados. O processo deinteriorização das ações do Sindicato tem sedado por meio da atuação de suas sete regio-nais. Na página 11 apresentamos um balançodestas ações.

Finalmente, na página 12, falamos de comoo Sindicato se estrutura para desenvolver a suamissão. A sua sustentação econômica é feitapela categoria, por meio de suas contribuições,entre elas a Contribuição Sindical que é devidapor todos os profissionais em atividade e quedeve ser paga até o dia 29 de fevereiro.

Serviços com qualidade

SENGE INFORMA - NO 196 - 31/JANEIRO/20123

A atual gestão do Senge-MGtomou posse em novembro de2010 para um mandato de trêsanos. Nesta entrevista, o presiden-te do Sindicato, Raul Otávio da Sil-va Pereira, faz um balanço das açõesdesenvolvidas em 2011 e fala dassuas expectativas para este ano.

Como foi comandar o Sen-ge nesse primeiro ano do seumandato?

Foi uma experiência gratifican-te, que veio acompanhada de umaforte e enorme responsabilidade.O Senge é uma referência para osengenheiros do estado de MinasGerais e sempre somos acionadospara orientações gerais, reivindica-ções salariais e trabalhistas, bemcomo outros problemas relativos àprofissão. O engenheiro vê – e estácorreto nessa leitura – o Sengecomo a entidade que pode auxi-liá-lo em seu dia a dia profissional,tanto no que diz respeito a ques-tões rotineiras como também àssuas outras demandas profissionais.Esse é o dia a dia do sindicato, quenecessita estar estruturado organi-zacionalmente para suprir essasdemandas – isso tudo sem deixarde lado a negociação coletiva, focoprincipal da entidade.

Qual foi o principal desafioaté o momento?

Todos os dias são desafiantes, namedida em que o Senge é umaentidade que não tem as caracte-rísticas de uma empresa, de umafábrica, e na medida em que não“produz” sempre o mesmo produ-to. Sendo assim, não existem solu-ções prontas para as demandas querecebemos diariamente, bem comopara o comportamento da entida-de nas questões políticas e negoci-ais. O desafio, portanto, é ter sere-nidade para encarar e propor a me-lhor solução possível para aquilo quese apresenta, sempre buscando omelhor para os associados.

O que você aponta como amaior mudança implementadaem 2011?

Acredito firmemente que paraatendermos de forma mais adequa-da aos profissionais que nos pro-

curam, é necessário termosum grupo de pessoas mo-tivadas, dedicadas, treina-das e principalmente, quetenham prazer de trabalharno Sindicato. Muitas vezesos engenheiros nos procu-ram com problemas sériose nos consideram, eventu-almente, uma tábua de sal-vação. Por isso, é impor-tante que sejam atendidospor pessoas que realmen-te se importam com suasdemandas. Sendo assim,buscamos trabalhar, nesseprimeiro momento, noambiente interno do Sindi-cato, propiciando melhorescondições de trabalho eadequando as pessoas àstarefas com as quais elastêm mais afinidade.

No lado político, buscamos –sem deixar de conduzir e qualifi-car mais ainda nossas práticas roti-neiras de negociação coletiva –implementar um programa gradu-al de conscientização de estudan-tes de engenharia. Criamos o Sen-ge Jovem que, a médio e longoprazo, com certeza, vai agregar aoperfil profissional dos futuros for-mados um viés de análise políticada profissão, da sociedade e domundo em que vivemos, na me-dida em que esses jovens se intei-ram das práticas sindicais, históriapolítica e também passam a conhe-cer melhor o Sindicato – o que é,o que faz, para que serve.

Como você avalia a atuaçãosindical do Senge e a defesa doSalário Mínimo Profissional nes-se primeiro ano de mandato?

A questão sindical – e nisso seincluem as demandas pelo recebi-mento do Salário Mínimo Profissi-onal – têm, na atualidade, um per-fil diferenciado de outras épocas.Muitas vezes observamos que osprofissionais não desejam se expor,com receio de perder seus empre-gos e, dessa forma, preferem atéque o Sindicato não atue mais in-cisivamente nos casos de descum-primento da Lei 4950/A. Infeliz-mente esse é um perfil predomi-nante do profissional do século XXI,

que caracteriza, em minha opinião,um progressivo processo de des-truição de consciência coletiva, eque vem ocorrendo mais significa-tivamente a partir da década de1990. Podemos dizer então que,enquanto não ocorre uma mudan-ça no perfil político das pessoas, osindicato passa a agir – infelizmen-te – exclusivamente sob deman-da, e não proativamente, como eracomum em outras épocas. De qual-quer forma, temos obtido sucessoem nossas demandas judiciais e po-líticas (via negociação coletiva)quando efetivamente entramosnesses processos, acionados pelosprofissionais.

Quais são as suas expecta-tivas para o segundo ano demandato?

Para esse segundo ano, vamosbuscar cada vez mais a qualificaçãodas pessoas que trabalham conos-co, buscando aprimorar o atendi-mento aos profissionais. Acredita-mos, também, que o Senge neces-sita de buscar novas formas de in-serção política na sociedade e, lo-gicamente, junto aos profissionais,buscando justamente resgatar e in-centivar o processo de criação deuma consciência de classe que,

como dissemos, encontra-se emprocesso de declínio, ou pelo me-nos de transformação em sua for-ma. Dessa forma, buscaremos queo Sindicato amplifique e qualifiqueo diálogo com os engenheiros que,em primeira instância, são as pes-soas que devem ser objeto de todanossa atenção e esforço.

Que projetos você pretendeimplantar ou que discussõespretende começar ou continu-ar no Senge?

Existem várias iniciativas quetentaremos desenvolver nesseano. Acredito que precisamosaprofundar o debate, no que dizrespeito à questão previdenciária.O debate da previdência, se nãofor realizado com maior amplitu-de, vai continuar apresentando asdistorções que já conhecemos,quais sejam tempo necessário paraaposentadoria, índices de reajus-te e principalmente o fator previ-denciário. Isso sem contar a ques-tão da previdência complementar,apresentada na década de 90como uma “solução”, mas para aqual percebemos claramente a ne-cessidade de aprimoramento dasinstituições que as regulamentame dirigem, sob pena de se ter opatrimônio dos trabalhadores di-lapidado por gestões eventual-mente temerárias.

É necessário também investir-mos mais no processo de interiori-zação do sindicato. E, para isso, otrabalho coletivo de nossas dire-ções regionais passa a ser prepon-derante. Neste sentido, vamosampliar o atendimento jurídico e aparticipação em algumas negocia-ções coletivas.

Finalmente, nesse ano o Sen-ge completa 65 anos. Para mim éuma grande honra estar presidin-do o sindicato nessa data, e já es-tamos planejando uma programa-ção para todo o ano, com várioseventos e, também, com a cons-trução de um projeto de preserva-ção da memória da instituição.Acredito que o Senge deve simrelembrar e apresentar aos enge-nheiros toda sua história de lutas econquistas travadas durante todasessas décadas.

Diálogo com a categoria e

interiorização são as prioridades

O presidente do Senge-MG,Raul Otávio Pereira

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Câmara Municipal de BH

homenageia o Senge pelos 64 anosO Sindicato de Engenheiros no

Estado de Minas Gerais (Senge-MG) completou 64 anos em 2011e recebeu, em 6 de outubro, umahomenagem da Câmara Munici-pal de Belo Horizonte. “O Sengeé uma referência no movimentosindical e social em Minas Gerais”,afirmou a vereadora Neusinha San-tos (PT), autora do pedido de ho-menagem. Para Neusinha, o Sin-dicato foi um dos que enfrentoua ditadura militar e que percebeuque deveria ter envolvimento coma sociedade civil. O presidente doSenge-MG, Raul Otávio Pereira,afirmou que o sindicato deveria“ouvir o barulho das ruas para cor-

responder aos anseios da socie-dade”.

Raul Otávio ressaltou a impor-tância da política para as conquis-tas sociais e no dia a dia cidadão.“Infelizmente, nos últimos 20anos, a sociedade brasileira foibombardeada pela ideologia neo-liberal, fazendo as pessoas se afas-tarem da política”. Ele argumen-tou que todo o arcabouço ideoló-gico neoliberal fez com que enti-dades que discutem política, comoos sindicatos, passassem a ser vis-tas como desnecessárias. “O desa-fio, hoje, é restabelecer a honra-dez, a dignidade do ato político,da vivência política.”

Os presidentes do Sindicato deEngenheiros (Senge-MG) entre1981 e 2011 encontraram-se noúltimo dia 16 dezembro de 2011para um almoço de confraterni-zação. Participaram do encontroos ex-presidentes Luiz de Vascon-celos (1981-1984), AugustoDrummond (1984-1987), JoséMarcius de Carvalho Vale (1987-1990), Maria Cristina de Sá Oli-veira Matos Brito (1990-1995),Rubens Martins Moreira (1995-2004) e Raul Otávio Pereira (atualpresidente, com mandato inicia-do em 2010). Nilo Sérgio Gomes,

No dia 11 de dezembro écomemorado o Dia do Enge-nheiro. Mais uma vez, o Sindi-cato de Engenheiros no Estadode Minas Gerais (Senge-MG)homenageou os engenheiros eengenheiras com uma amplacampanha na mídia. O tema dacampanha foi a construção dacidadania, destacando o papeldo profissional na busca de so-luções para a construção de ummundo cada vez melhor. Estacampanha já faz parte das co-memorações dos 65 anos doSindicato, que acontece no dia25 de agosto de 2012.

Para levar a sua mensagem,o Sindicato utilizou, além de seusveículos de comunicação (Sen-ge Informa e Site), a mídia im-pressa (jornal Estado de Minas);veiculação de spot de 5/12 a 10/12 na rádio Itatiaia no Jornal daManhã e no programa de espor-te de 11h30; anúncio na web(Portal Uai); backbus em trasei-ras de ônibus de linhas de trans-

porte coletivo de Belo Horizon-te e Região Metropolitana; e aveiculação de VT na Rede Glo-bo, no dia 11/12, nos intervaloscomerciais dos programas Glo-bo Horizonte, Pequenas Empre-sas e Grandes Negócios e GloboRural, com cobertura nas princi-pais cidades de Minas Gerais.

Se você não teve a oportuni-dade de ver ou ouvir a mensagemdo Senge, basta acessar o site dosindicato (www.sengemg.org.br).O VT também está disponível noyoutube (Dia do EngenheiroSenge-MG 2011).

presidente do Senge por duas ges-tões (2004-2007 e 2007-2010),não pode comparecer por estarrepresentando o Senge numa au-diência no Tribunal Regional doTrabalho.

“É uma honra poder recebê-los aqui”, disse o presidente doSenge-MG, Raul Otávio Pereira.Ele disse que o encontro, além deser uma homenagem aos ex-pre-sidentes do Senge, também erauma oportunidade de se abrir umespaço para que todos pudessemdialogar e dar sugestões sobre oSindicato.

O presidente do Senge, Raul Otávio, agradeceu a homenagem edestacou a importância da política para os movimentos sociais

Sindicato promove encontro com ex-presidentes

Da esquerda para a direita: Raul Otávio, Luiz de Vasconcelos, MariaCristina, Augusto Drumond, José Marcius e Rubens Moreira.

Campanha do Dia doEngenheiro ressalta a

construção da cidadania

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Engenheiros garantem conquistas

e direitos nas mesas de negociações

Profissionais conseguemaumento real na Cemig

Garantir os direitos e conquis-tas dos engenheiros e engenhei-ras é o principal objetivo do Sen-ge Minas Gerais nas negociaçõescoletivas realizadas durante todoo ano. Em 2011, com a partici-pação da categoria, o Sindicatoconsolidou e ampliou a sua atua-ção em diversas campanhas queresultaram em convenções e acor-dos coletivos de trabalho com di-versos sindicatos patronais e em-presas e instituições públicas e pri-vadas. A principal luta do Sindi-cato nas mesas de negociação foigarantir as conquistas históricas,preservar o valor real dos saláriose que os bons resultados alcança-dos pelas empresas fossem com-partilhados pela categoria.

Além das negociações já tra-dicionais, o Sindicato foi deman-dado pelos engenheiros e enge-nheiras de diversas empresas paraliderar o processo de negociação

de seus Acordos Coletivos de Tra-balho, atuando em conjunto comdiversos sindicatos de diferentescategorias em campanhas unifi-cadas. Por outro lado, o Sengemanteve-se vigilante com relaçãoaos planos de previdência priva-da, questionando na Justiça me-didas tomadas que julgou preju-dicial aos trabalhadores.

O Senge-MG ainda mantevefirme a bandeira do Salário Míni-mo Profissional, lutando em to-dos os níveis para que esta con-quista fosse respeitada tanto nosetor privado, quanto no setorpúblico.

A seguir, apresentamos umbalanço das principais negocia-ções realizadas em 2011 e que,em sua maioria, resultaram emacordos ou convenções coletivasde trabalho com significativosavanços para os profissionais deengenharia.

O Acordo Coletivo de Tra-balho (ACT) firmado com aCemig garantiu um reajustesalarial e das demais cláusulaseconômicas de 8,2%, retroa-tivo a 1º de novembro e umaPLR de 3,7 remunerações parao PNU. Como as negociaçõesentre os sindicatos e a Cemignão foram suficientes para sefechar o ACT e a PLR, foi ins-taurado dissídio coletivo. As-sim, o TRT se tornou media-dor da questão e apresentou aproposta que foi aceita pela

O presidente do Senge, Raul Otávio, conduz a Assembleia queaprovou a proposta de acordo do TRT

empresa e aprovada pela As-sembleia Geral realizada em 20de dezembro. Os engenheirosconquistaram, ainda, a cláu-sula de respeito ao Salário Mí-nimo Profissional, liberação deum terceiro diretor para o Sen-ge-MG e a criação de um gru-po para discutir os critériospara o nível Master, líder fun-cional e coordenador técnico.As negociações com a Cemigforam conduzidas pelos dire-tores Raul Otávio, Nilo Sérgioe Antônio Betel.

Reajuste salarial correspon-dente ao INPC (6,1%) mais umaumento real de 1,5%, totali-zando 7,69%, PLR de três remu-nerações básicas e um abono deR$2.800,00. Estas foram as prin-cipais conquistas dos trabalha-dores da Gasmig na campanhasalarial de 2011. Além do au-mento real, os trabalhadores con-

Trabalhadores ampliamconquistas na Gasmig

AGE, realizada em 6/12, aprova a proposta de acordo

seguiram co-participação pro-gressiva do tíquete refeição; tí-quete alimentação extra, sem co-participação; auxílio-creche es-tendido até a criança completarsete anos; e gratificação de salade controle de 15% sobre o sa-lário base. A negociação foiconduzida pelo diretor Nilo Sér-gio Gomes.

As reuniões setoriais, realizadas no Sindicato, foramimportantes para manter a mobilização dos engenheiros

SENGE INFORMA - NO 196 - 31/JANEIRO/20126

Mobilização foi fundamental para

garantir conquistas na CopasaForam necessários quatro me-

ses, incontáveis reuniões de nego-ciação e a realização de uma gre-ve, que contou com grande ade-são por parte dos trabalhadores,para que a Copasa apresentasseuma contraproposta com aumentoreal para a categoria. No entanto, agrande mobilização dos trabalha-dores, no final, garantiu algumasconquistas. A proposta de AcordoColetivo de Trabalho (ACT), apro-vada em Assembleia unificada, re-alizada no dia 19 de julho, garan-tiu aos trabalhadores da Copasa re-ajuste salarial de 6,3% mais aumen-to na GDI de 1,5%.

O Plano de Cargos, Carreira eSalários (PCCS), uma das princi-pais reivindicações dos engenhei-ros, também foi contemplado.Apesar de não ter implantado oPlano exatamente como os tra-balhadores queriam, uma vez queos ganhos financeiros não foramperceptíveis, a Copasa cumpriuo cronograma estipulado no ACTpara o PCCS e os empregados ga-nharam novos enquadramentosdentro da empresa. As negocia-ções com a Copasa tiveram a par-ticipação dos diretores e tambémfuncionários da empresa, Antô-nio Azevedo e Arnaldo Oliveira.

Os engenheiros e engenheirasque trabalham na Gerdau Açomi-nas aprovaram, em AssembleiaGeral Extraordinária (AGE) reali-zada no dia 28 de novembro, acontraproposta feita pela empre-sa, que ofereceu reajuste salarialcorrespondente a 100% da varia-ção do INPC-IBGE mais um au-mento real de 1,5% e, em caráterexcepcional, um Abono no valorbruto de R$1.000,00 e um Abo-no Especial, também em caráterexcepcional, no valor bruto deR$1.600,00, pagos dentro do pra-zo de até 10 dias após a aprova-ção do acordo.

O Sindicato, em parceria com a

Depois de mais de dois mesesem operação padrão, os servidoresdo Sistema Estadual de Meio Am-biente (Sisema) finalizaram amobilização no dia 23 de novem-bro, cumprindo a sua parte no acor-do feito com o governo estadual,que prometeu incorporar a Geda-ma (Gratificação de Escolaridade,Desempenho e Produtividade Indi-vidual e Institucional) de forma li-near aos salários dos servidores eretirar o artigo 10 do Decreto44.775/08 (que institui a Gedama)caso o movimento fosse encerra-do. A incorporação da Gedama aossalários, com a revogação do arti-

Associação dos Aposentados daAços (AAA) e com a AssociaçãoNacional dos Participantes de Fun-dos de Pensão (Anapar), acompa-nhou e participou ativamente dasdiscussões sobre as mudanças doplano previdenciário complementar,procurando esclarecer as dúvidasdos participantes ativos e aposen-tados da Gerdau Previdência. O Sen-ge moveu, ainda, uma ação judici-al contra a Gerdau Previdência, queencontra-se em tramitação. As ne-gociações com a Gerdau são con-duzidas pelo presidente Raul Otá-vio Pereira e os diretores WilsonAntônio Siqueira e Domingos Pal-meira Neto.

go 10, representa um aumento de63,33% nos vencimentos dos ser-vidores. Estas duas conquistas es-tavam entre as principais reivindi-cações dos servidores, que tiveramtodo o apoio logístico do Sengedurante o processo de negociação,liderado pelo diretor Tércio de Sa-les Morais.

Assembleia Geral Unificada que aprovou a contraproposta da Copasa

A negociação demandou uma série de reuniões, até quesurgisse uma proposta condizente com as reivindicações

Categoria garante avançosna Gerdau Açominas

Assembleia Geral discute as mudanças do planoprevidenciário da Gerdau Previdência

Sindicato apóia negociaçãodos servidores do Sisema

Manifestações contaramcom o apoio do Senge-MG

SENGE INFORMA - NO 196 - 31/JANEIRO/20127

Profissionais do setor metalúrgico

conquistam reajuste de até 10%A Convenção Coletiva de Traba-

lho (CCT) 2011/2012 dos emprega-dos das empresas do setor metalúr-gico de Minas Gerais foi assinadaem 21 de outubro pelos sindicatosque representam os trabalhadores dacategoria. A contraproposta aprova-da pelos engenheiros do setor, emAssembleia Geral, garantiu reajustesalarial de 9,5% nas empresas comaté 50 empregados; reajuste salarialde 10% nas empresas com mais de50 empregados e, para os empre-

gados que ganhavam mais do queR$4.930,62 um aumento único deR$ 493,00. As empresas que nãopossuíam programas de PLR para2011 se comprometeram a pagarum abono único no valor deR$440,00. A CCT tem, também,uma cláusula de garantia de empre-go ou salário, na qual ficou estabe-lecido que, em caráter de excepcio-nalidade, as empresas garantiriam apermanência no emprego a seusempregados até 31/12/2011.

Em Assembleia Geral Extraordi-nária (AGE) realizada pelo Senge-MG no dia 19 de janeiro de 2012,os engenheiros e engenheiras daConstrução Civil de Minas Geraisaprovaram a proposta apresenta-da pelo Sinduscon-MG, sindicatopatronal. A proposta prevê reajus-tes de 6,66% e 9%. Os reajustesvão funcionar da seguinte manei-ra: a parte do salário atéR$4.999,99 será reajustada em 9%e, a parte do salário que ficar aci-

ma dessa quantia será reajustadaem 6,66%. Assim, se um traba-lhador receber R$8.000,00 de sa-lário, a parte que vai atéR$4.999,99 terá um reajuste de9%. O restante terá reajuste de6,66%. Além disso, houve mudan-ças no seguro de vida em grupo,que teve os valores das apólicesreajustados. Já as negociações dosetor da Construção Pesada de Mi-nas Gerais foram concluídas comreajustes de até 14,13%.

A forte mobilização dos metalúrgicos foi fundamental para as conquistas na CCT

Construção civil de MGgarante até 9% de reajuste

Os trabalhadores do setor de en-genharia e arquitetura consultiva deMinas Gerais aprovaram, em As-sembleia Geral realizada no dia 15de julho, a Convenção Coletiva deTrabalho (CCT) 2011/2012, que ga-rante o reajuste salarial de 7,5%,correspondente ao INPC (6,5%)mais 1% de aumento real. As de-mais cláusulas econômicas foramreajustadas pelo mesmo índice doreajuste salarial. Foi, também, ga-rantido aos trabalhadores enquadra-

dos no regulamento do Programade Alimentação do Trabalhador(PAT) auxílio refeição, ou vale refei-ção, ou vale alimentação, no valorfacial de mínimo de R$14,00 (qua-torze reais) cada um, a partir de 1ºde maio/2011, e em quantidadeequivalente ao número de dias tra-balhados no mês. Além disso, ospisos salariais das diversas catego-rias que atuam nas empresas deConsultoria tiveram reajustes signi-ficativos.

O diretor Abelardo Novaes (primeiro à direita)representou o Senge nas negociações.

Consultoria fecha CCTcom aumento real de 1%

A atividade fim de todo sindica-to é lutar pelos direitos das catego-rias que representam. Para o Sindi-cato de Engenheiros no Estado deMinas Gerais (Senge-MG), uma dasbandeiras principais de luta é a de-fesa do Salário Mínimo Profissional(SMP), instituído pela lei 4.950-Aem 1966. Apesar de ser uma deter-minação legal antiga, muitas empre-sas ainda desconhecem e descum-prem o piso profissional, o que tor-na a atuação do Senge-MG funda-mental para garantir o pagamentocorreto dos vencimentos de enge-nheiros e engenheiras contratadossob o regime da CLT.

Com relação aos engenheiros eengenheiras contratados sob o regi-me estatutário, que não são atendi-dos pela lei 4.950-A/66, uma Pro-

Defesa do Salário MínimoProfissional é prioridade

posta de Emenda à Constituição(PEC) está em tramitação no Sena-do para estender o Salário MínimoProfissional da categoria tambémaos servidores públicos. A PEC 02/2010 estabelece como princípio dosistema remuneratório do servidorpúblico a observância do piso sala-rial nacional das diversas categori-as, nos termos da lei federal. A jus-tificativa para a proposta é superar ainjustiça sofrida pelos profissionaiscuja categoria tem piso salarial fixa-do em lei, mas têm esse direito des-prezado pelo poder público.

O departamento de NegociaçõesColetivas do Sindicato de Engenhei-ros recebe denúncias do descumpri-mento do piso profissional dos en-genheiros e garante o anonimato dodenunciante.

SENGE INFORMA - NO 196 - 31/JANEIRO/20128

Engenheiros de Contagem

conquistam gratificação de 100%Uma gratificação, regulamen-

tada por meio do Decreto 1655,no dia 22 de agosto de 2011, foia principal conquista dos enge-nheiros, arquitetos, geógrafos ebiólogos que trabalham na Prefei-tura de Contagem. A Lei Comple-mentar 112/2011, sancionadapela prefeita de Contagem, Marí-lia Campos, no dia 20 de junho,prevê que os profissionais terãodireito a uma Gratificação por Ati-vidade Técnica (GAT) de até 100%sobre o valor de R$ 2.350,00, queé o vencimento básico para enge-nheiros e arquitetos da Prefeiturade Contagem.

A regulamentação da LC 112/2011 foi uma vitória que encer-rou uma luta na qual o Senge-MGestava envolvido desde 2009,quando iniciou as negociaçõespara correção salarial e constru-ção de um Plano de Cargos, Car-reiras e Vencimentos (PCCV) paraos engenheiros e engenheiras daPrefeitura de Contagem. O PCCVfoi aprovado pelos vereadores deContagem em dezembro de 2010e, apesar ter sido consideradoamador pelos servidores, garan-tiu uma jornada de trabalho de 30horas semanais, o que foi avalia-do como uma conquista positiva.

Reajuste salarial de 6,3% em2011, retroativo a maio, e 7,17%em 2012, com o compromisso depagar a diferença em favor dos tra-balhadores, caso a inflação de 12meses (medida pelo INPC) até adata-base de 2012 seja maior que7,17%. Esta foi a proposta de rea-juste salarial feita pela Urbel e apro-vada pelos trabalhadores em As-sembleia Geral Extraordinária(AGE), realizada no dia 7 de ju-lho. Além disso, a proposta apro-vada garantiu o reajuste do tíque-te e o horário flexível. A licençamaternidade de 180 dias foi inclu-ída no Acordo Coletivo, que pre-via, ainda, a implantação do Plano

A regulamentação da Gratifica-ção de Incentivo Técnico de Enge-nharia e Arquitetura (GITEA) e aGratificação por Superação dasMetas de Otimização dos ServiçosPúblicos de Engenharia e Arquite-tura (GSMEA), para os engenhei-ros e arquitetos da Sudecap e SLU,foi uma grande vitória da mobili-zação dos profissionais, que con-tou com o amplo apoio do Senge-MG. O presidente do Sindicato, RaulOtávio Pereira, e o diretor Nilo Sér-gio Gomes se reuniram com o Se-cretário de Planejamento da PBH,Paulo Bretas e também com a ban-cada do PT na Câmara Municipalpara negociar e garantir uma boa

de Cargos, Carreiras e Salários(PCCS) até 30 de setembro. Asconquistas dos trabalhadores daUrbel só foram possíveis após maisde três meses de negociações, coma realização de diversas passeatase apitaços na porta da Prefeiturade Belo Horizonte (PBH).

A Urbel só entregou uma pro-posta de PCCS no dia 9 de outu-bro, depois que o Senge-MG já ti-nha entrado com ação na Justiçapelo cumprimento da cláusula doACT. A proposta apresentada foirejeitada pelos trabalhadores e aspartes só chegaram a um acordo,com a aprovação do PCCS, no dia5 de janeiro de 2012.

As negociações contaram com uma ampla mobilização dosprofissionais da Prefeitura de Contagem

Funcionários da Urbel, com o apoio do Senge,levaram as reivindicações à Prefeitura de BH

Urbel tem acordo dedois anos e novo PCCS

proposta para o Acordo Coletivo deTrabalho e a implantação das grati-ficações sem causar prejuízos aosservidores.

Assim, ficou garantido aos en-genheiros e arquitetos um acordocoletivo com duração de dois anos(2011 e 2012), a gratificação dedesempenho de R$1.000 (mil re-ais), ligada à produtividade, paratodos os engenheiros e arquitetos,reajuste do vale-refeição paraR$12,50, a partir de julho e paraR$ 15,00 a partir de novembro de2011 e um reajuste salarial de13,92%, dividido em quatro par-celas (julho e novembro de 2011 ejulho e novembro de 2012).

Negociação garantegratificação na Sudecap e SLU

As negociações relativas àConvenção Coletiva de Trabalho(CCT) dos engenheiros e enge-nheiras do setor de ConstruçãoCivil de Juiz de Fora foram finali-zadas no dia 20 de julho, quan-do ficou acordado um reajustesalarial de 8% para a categoria,que tem data base em 1º de abril.Participaram da negociação osdiretores do Senge-MG Diretoria

Regional Zona da Mata, JoãoQueiroz e Eduardo Barbosa, e aadvogada do Sindicato Dra. Si-mone Maria de Souza. Este re-sultado finalizou um processoiniciado no mês de março, quan-do foi convocada a primeira As-sembleia para o levantamento dapauta de reivindicações dos en-genheiros da Construção Civil deJuiz de Fora.

Engenheiros da construçãocivil de JF têm reajuste de 8%

SENGE INFORMA - NO 196 - 31/JANEIRO/20129

Escassez de engenheiros é

tanto mito quanto realidadeFaltam engenheiros em certos

setores e sobram em outros. Estafoi a posição apresentada pelo eco-nomista Márcio Pochmann, presi-dente do Instituto de Pesquisa Eco-nômica Aplicada (IPEA), durante oFórum de Debates “Escassez de En-genheiros: Mito ou Realidade?”,promovido pelo Senge-MG e reali-zado no dia 17 de março de 2011.Segundo Pochmann, temos a reali-dade da escassez localizada em de-terminados setores da atividade eco-nômica, em determinadas regiões,mas ao mesmo tempo também éum mito porque não podemos di-zer que estão faltando engenheirospara todas as áreas. “Temos enge-nheiros sobrando, inclusive, emdeterminados setores”, afirmou.

Para o economista Manuel Mar-

cos Maciel Formiga, há escassez deengenheiros no Brasil devido a pro-blemas nos cursos superiores deengenharia do país. “Não há faltade vagas nas faculdades – no anopassado sobraram 91.000 vagas.Acredito que o problema esteja naqualidade dos cursos, no anacro-nismo do modelo de ensino e naforma equivocada que a engenha-ria é apresentada como curso e pro-fissão”, disse. O então presidentedo Confea, Marcos Túlio de Melo,concordou que faltam engenheiros.“A realidade é que há, sim, escas-sez de engenheiros e a tendênciadesse cenário é se agravar nos pró-ximos anos”, afirmou.

Já para o presidente do Sindi-cato de Engenheiros no Estadodo Paraná (Senge-PR), Valter Fa-

O Senge-MG Diretoria Re-gional Zona da Mata promo-veu, em 30 de junho, em par-ceria com a Faculdade de En-genharia da UFJF e com Com-panhia de Saneamento Muni-cipal de Juiz de Fora (Cesama),o Seminár io Saneamento eMeio Ambiente, em Juiz deFora. O evento contou com aparticipação de mais de 200pessoas e teve como objetivodisseminar conhecimentos téc-n icos sobre saneamento emeio ambiente, a integraçãode políticas, a cooperação fe-derativa, o avanço da gestãodos serviços de saneamento eo controle social, através dadiscussão e implantação deprojetos.

Durante o evento, foramdiscutidos os principais proble-mas da coleta, afastamento etratamento do esgoto da cida-

“Se continuarmos com as mes-mas concepções, não há mudan-ça”. Com esta frase, o engenhei-ro eletricista e professor DorivalGonçalves Júnior ressaltou a im-portância de se ter um olhar so-cial sobre a área tecnológica e,consequentemente, sobre a en-genharia na palestra “Energia,Meio Ambiente e Sociedade noCapitalismo Contemporâneo” re-alizada no dia 10 de dezembrode 2011. Mestre e Doutor emEnergia pela USP e professor daUniversidade Federal do MatoGrosso (UFMT), Dorival Gonçal-

nini, a escassez de mão de obraé mito. Segundo ele, a escassezé boa para os profissionais, umavez que valoriza a profissão eaumenta os rendimentos, já que

Palestra debate energia,meio ambiente e sociedade

ves Júnior disse que falta ao en-genheiro pensar as questões so-ciais e ambientais envolvidas naengenharia.

Dorival Gonçalves explicou aimportância de se entender o fun-cionamento da sociedade capita-lista e suas implicações no traba-lho cotidiano dos engenheiros. Eledisse que é muito importante en-tender quais são as concepçõeshegemônicas para, assim, identi-ficarmos as tecnologias de gera-ção de energia consideradas lim-pas ou sujas, eficientes ou dispen-diosas. Para ele, hoje, a concep-ção de “energia limpa” está rela-cionada, basicamente, à emissãode CO2. Ou seja, se emite muitoC02 é suja e ineficiente. Ele mos-trou, então, que usinas hidrelétri-cas são consideradas fontes lim-pas, embora alaguem grandesporções de terra e causem outrosdanos ao meio ambiente.

de, até o lançamento final nomeio ambiente, chegando-se àconclusão de que são necessá-rios planejamento e obras paraaumentar o percentual de es-goto tratado (atualmente em10%), devolvido aos cursosd’água. Além disso, discutiu-se a drenagem das águas plu-viais urbanas, com ênfase naPoluição Difusa, mostrando oquanto se deve desenvolver,uma vez que a precariedade dainfraestrutura e a carência desoluções técnicas são tão fla-grantes.

Regional Juiz de Foradiscute saneamento

Com a participação de maisde 200 pessoas, o evento

debateu as políticaspúblicas de saneamento

Dorival Júnior ressaltou aimportância de se pensar asquestões sociais e ambientaisenvolvidas na engenharia

Os debates dividiram opiniões e a escassez pode ser considerada tanto um mito quanto uma realidade

a demanda, por enquanto, émaior do que a oferta de enge-nheiros e engenheiras. A íntegradas palestras e dos debates estádisponível no site do Senge.

SENGE INFORMA - NO 196 - 31/JANEIRO/201210

No dia 4 de fevereiro, um gru-po de estudantes de engenhariareuniu-se com o a diretoria doSenge com o objetivo de discutirformas de ampliar a sua partici-pação no Sindicato. O resultadofoi a criação do Senge Jovem, umespaço onde os futuros engenhei-ros pudessem debater os rumosda engenharia, compartilhar co-nhecimentos e idéias, conhecer osseus direitos e ter acesso a umaboa qualificação técnica.

Os integrantes do Senge Jovemrealizaram diversas reuniões paradetalhar o plano de ação do grupo.Em um primeiro momento, foi pri-orizada a participação de seus inte-grantes em eventos da engenharia.No primeiro semestre de 2011, osintegrantes do grupo participaramdo I Encontro Regional de Enge-nharia e Desenvolvimento Social(Ereds) da região Sudeste, realiza-do no campus João Monlevade daUniversidade Federal de Ouro Pre-

O ano de 2011 foi mais umperíodo de lutas e mobilização doSenge-MG pelos direitos das enge-nheiras e engenheiros aposentados.Filiado à Federação dos Aposenta-dos e Pensionistas de Minas Gerais(Fap-MG), o Senge-MG atuou naluta pelo reajuste maior do que ainflação para os aposentados queganham mais de um salário míni-mo e também pelo fim do FatorPrevidenciário.

O diretor Abelardo Ribeiro é orepresentante do Senge-MG na di-retoria da Fap-MG e esteve presen-te na mobilização em Aparecida(SP), que retomou as negociaçõesentre os aposentados e pensionis-tas e o governo federal em 2011,além de celebrar o Dia Nacional doAposentado, comemorado no dia24 de janeiro. “Essa manifestaçãofoi de extrema importância, uma

Senge Jovem é o espaço

dos futuros engenheirosto; do I Congresso Regional de En-genharia em Teófilo Otoni; e com-pareceram à Feira de Trabalhos In-terdisciplinares de Graduação (TIG),na Uni-BH, e à Feira de Engenhariada Fumec.

Entre os dias 27 e 31 de ju-lho, o Senge-MG realizou a I Se-mana do Senge Jovem na EscolaSindical, em Belo Horizonte. Du-rante a semana, os estudantes par-ticiparam de palestras, debates ecursos de Oratória e Gestão daInformação e do Conhecimento.E, a partir deste encontro, o gru-po passou, então, a se organizarem polos regionais em Belo Hori-zonte (Pólo Centro), Teófilo Oto-ni (Pólo Norte) e Formiga (PóloOeste), João Monlevade (PóloVale do Aço) e Leopoldina (PóloZona da Mata).

O Senge Jovem também parti-cipou do 9º Congresso Nacionalde Sindicatos de Engenheiros(Consenge), realizado em Porto

Velho, Rondônia; do 8º EncontroNacional de Engenharia e Desen-volvimento Social (Eneds) emOuro Preto; e da Feira de Traba-lhos Acadêmicos da PUC-Minas.

Para participar do Senge Jo-vem, basta que o estudante de en-genharia, de qualquer período,torne-se sócio-aspirante do Sindi-

Este foi o grupo de estudantes de engenhariaresponsável pela fundação do Senge Jovem

cato e se inscreva no grupo. Ossócios-aspirantes são isentos deanuidade. Acompanhe as notíci-as e veja as fotos dos eventos queo Senge Jovem participa no site(www.sengemg.org.br), peloTwitter (@sengemg) e pelo Face-book (www.facebook.com/senge.mg).

Sindicato amplia luta pelos direitos dos engenheiros aposentadosvez que deu início à luta dos apo-sentados e pensionistas e abriu umcanal para que as reivindicações dacategoria chegassem ao poder le-gislativo”, disse.

O reajuste dos benefícios devecontinuar sendo o foco das nego-ciações em 2012, uma vez que ogoverno federal anunciou, no dia 6de janeiro, que a correção dos be-nefícios com valor acima de umsalário mínimo será de 6,08%, per-centual apurado pelo IBGE para oIndíce Nacional de Preços ao Con-sumidor (INPC). Em relação ao anopassado, tal reajuste representa umretrocesso, uma vez que o reajustedos benefícios maiores que um sa-lário mínimo foi de 7,71%, fican-do acima do INPC acumulado em2010. “O nosso principal objetivoserá evitar perdas”, completou Abe-lardo Ribeiro.

A manifestação anual em Aparecida do Nortejá é uma tradição do movimento

SENGE INFORMA - NO 196 - 31/JANEIRO/201211

Uma das principais metas doSenge-MG sempre foi e continuousendo, em 2011, a interiorizaçãodas atividades do Sindicato por todoo Estado, com o objetivo de aten-der às demandas do maior númerode profissionais da Engenharia pos-sível. Para isso, o Senge-MG conta,atualmente, com sete Diretorias Re-gionais, cada uma responsável poruma região de Minas Gerais. As Di-retorias Regionais foram, em 2011,espaço importante para o debatedos temas de interesse da catego-ria, se destacando na discussão dasteses para o 9º Consenge, realizadoem setembro, em Porto Velho, Ron-dônia. Veja, a seguir, as principaisrealizações das Regionais em 2011.

Zona da MataO Senge-MG Regional Zona da

Mata, com sede em Juiz de Fora,participou dos principais debates domunicípio em 2011. Além de estarpresente na discussão sobre a pos-sibilidade da criação de um setorde Engenharia e Arquitetura Públi-cas na Prefeitura de Juiz de Fora, osdiretores da Regional lutaram con-tra o aumento do IPTU e rejeitaramas mudanças na legislação que re-gulamenta as construções na cida-de, propostas pela Secretaria de Pla-nejamento da Prefeitura.

A Regional Zona da Mata tam-bém se empenhou na campanha devalorização profissional dos enge-nheiros e engenheiras da região.Foram publicados textos no jornalTribuna de Minas, enfatizando aimportância do profissional, e emhomenagem pelo Dia do Engenhei-ro, 11 de dezembro. A Regional re-alizou, também, um seminário, emparceria com a Universidade Fede-ral de Juiz de Fora e com a Compa-nhia de Saneamento Municipal deJuiz de Fora (Cesama), que discutiusaneamento e meio ambiente.

Os diretores da Regional Zona daMata também foram destaque em2011. João Queiroz esteve presenteem diversos debates representandoo Sindicato. O diretor Eduardo Bar-bosa de Castro recebeu o prêmio“Mãos Limpas do Meio Ambiente”,concedido pelo especialista Jorge

Regionais atuam na interiorização

das ações do SindicatoAntônio de Barros, durante a ceri-mônia de lançamento de seu livro“Química Ambiental – Uma Ciênciaao alcance de todos”. Já os direto-res Sílvio Rogério Fernandes e LuizAntônio Fazza tomaram posse comoconselheiros do Conselho Estadualde Desenvolvimento Regional e Po-lítica Urbana (Conedru), para o man-dato 2011/2014.

Diretoria Regional SulO Senge-MG, através da Dire-

toria Regional Sul, entre outras im-portantes atividades na região, par-ticipou das negociações entre ostrabalhadores do setor eletricitário,a Eletrobrás e Furnas Centrais Elé-tricas, representando os interessesdos engenheiros. Após um longoperíodo de negociações, a contra-proposta da empresa foi aprovadaem assembléia geral convocadapelo Sindicato. A Eletrobras ofere-ceu reajuste salarial e das demaiscláusulas econômicas pelo IPCA(6,51%). Já no caso do acordo es-pecífico de Furnas, os trabalhado-res realizaram uma paralisação de48 horas em protesto contra o rumodas negociações salariais. A princi-pal reivindicação da categoria foiaumento real de salário, a distribui-ção linear de PLR, a unificação dosbenefícios (com gratificação de fé-rias igual para todos), a unificaçãoda jornada de trabalho no SistemaEletrobras e o auxílio educacional.

Campo das VertentesAlém de representar os engenhei-

ros e engenheiras que trabalham naGerdau Açominas, localizada emOuro Branco (MG), nas negociaçõescoletivas, a Diretoria Regional Cam-pos das Vertentes também se en-volveu com as questões da GerdauPrevidência, plano de previdênciacomplementar dos trabalhadoresativos e aposentados da empresa. Aprincipal ação, em 2011, foi o deesclarecer as dúvidas dos participan-tes sobre as mudanças que ocorre-ram no Plano e dar informes sobre aação judicial que o Senge-MG ins-taurou contra a Gerdau Previdência,juntamente com outras entidades.Para isso, o Senge-MG em parceria

com a Associação dos Aposentadosda Aços (AAA) promoveu uma As-sembleia, na qual estiveram presen-tes o advogado responsável pelaação, Dr. Ricardo Só de Castro e apresidente da Associação Nacionaldos Participantes de Fundos de Pen-são (Anapar), Cláudia Ricaldoni.

Vale do AçoUm dos principais projetos da

Regional Vale do Aço é levar a as-sistência jurídica do Sindicato paraa região, tornando-a mais acessívelaos profissionais que trabalham eatuam no Vale do Aço. Diversasreuniões foram realizadas para dis-cutir esse assunto e o serviço deveser implantado em breve. Além dis-so, o diretor da Regional, José CoutoFilho, destaca a participação doSenge-MG na discussão e elabora-ção do Plano Diretor de Ipatinga edas políticas urbanas da RegiãoMetropolitana do Vale do Aço.

TriânguloAssim como as demais regio-

nais do Sindicato, a Regional Tri-ângulo atuou na divulgação doSenge-MG e de suas atividades paraos profissionais da região. Desta-que para a organização do encon-tro preparatório para o 9º Consen-

ge, realizado em Rondônia. Nesteencontro, a Regional propôs a so-cialização dos lucros, através deuma análise histórica da evoluçãoeconômica, política e social daNação, sugerindo aprofundar nasrelações da política brasileira nomundo globalizado, nos reflexosda política neoliberal a partir dogoverno Collor e adotar modelosque visem políticas públicas volta-das para o social, evitando a he-gemonia de grupos nacionais eestrangeiros, gerando imperialismonas áreas de exploração de energiae recursos hídricos.

CentroResponsável pela atuação do

Senge-MG na Região Metropolita-na de Belo Horizonte (RMBH), aRegional Centro teve papel impor-tante na divulgação das atividadesdo Sindicato para os profissionaisda categoria e nas campanhas sala-riais. Tiveram destaque as negocia-ções com a Prefeitura de Contagem,que garantiram uma gratificação de100% do salário para engenheirose engenheiras, e as negociaçõescom o Sistema Estadual de MeioAmbiente (Sisema), em que o rea-juste no vencimento dos servidoreschegou a 63,33%.

Norte/Nordeste: A situação dos profissionais de engenharia daRegião Norte foi discutida com o presidente do Sindicato, Raul Otá-vio. Na foto, da esquerda para a direita, Gilmar Pereira Narciso, Re-presentante do Senge no Colégio de Entidades do CREA, Raul OtávioPereira, presidente do Senge, Melquíades Ferreira de Oliveira, Inspe-tor Chefe do CREA de Montes Claros, e Leandro Laughton Millo,Inspetor Secretário do CREA de Montes Claros

SENGE INFORMA - NO 196 - 31/JANEIRO/201212

Ao longo destes 65 anos, o Sen-ge Minas Gerais, com a sua partici-pação, trabalhou incessantementepela construção da cidadania noPaís. Estivemos presentes nas mo-bilizações pela redemocratização dopaís e pela Constituinte e colabora-mos intensamente na reconstruçãodo sindicalismo brasileiro. Em tem-pos recentes, lutamos contra o de-semprego, contra o ataque aos di-reitos e conquistas dos trabalhado-res, as privatizações e o crescimen-to das desigualdades sociais.

E construção da cidadania con-tinua no dia a dia. São dezenas denegociações coletivas realizadas,anualmente, com sindicatos patro-nais e grandes empresas, garantin-do aumentos salariais e condiçõesde trabalho mais dignas para todosos engenheiros. É o trabalho per-manente pelo respeito ao SalárioMínimo Profissional, uma das prin-cipais conquistas da categoria. É oengajamento, ao lado dos movi-mentos sociais e populares, na lutapela democracia e por uma socie-dade mais justa e com oportunida-des para todos.

Para que estas lutas possam sertravadas, o Sindicato precisa mantera sua independência e estar prepa-rado para fazer frente ao poder pa-tronal. E isto depende da sua parti-cipação e contribuição. Basicamen-te, são três as principais receitas dossindicatos: a Contribuição Sindical,que é devida por todos os trabalha-dores; a Contribuição Social que éobrigação apenas dos sócios do Sin-dicato; e a Taxa Assistencial ou Taxade Fortalecimento Sindical, que de-pende da negociação da convençãoou acordo coletivo de trabalho decada setor econômico ou empresa.

Contribuição SindicalEstabelecida pela Consolidação

das Leis do Trabalho (CLT), a Contri-

buição Sindical é a principal fontede receita dos sindicatos. O seu re-colhimento é obrigatório e cabe aoSindicato 60% do valor recolhido.A Nota Técnica Nº 201/2009, doMinistério do Trabalho, esclarece queo valor da Contribuição Sindical, de-vida por todos os trabalhadores, in-clusive o profissional liberal, é oequivalente a um dia de salário.

Respaldado na Constituição Fe-deral, a Assembleia Geral da cate-goria, realizada no dia 15 de de-zembro de 2011, definiu o valorde R$ 154,40 (cento e cinquenta equatro reais e quarenta centavos)para a Contribuição Sindical de2012, que corresponde a um diade salário tendo como base o Salá-rio Mínimo Profissional do enge-nheiro vigente em 2011. Esse valordeve ser pago até o dia 29 de feve-reiro de 2012 e uma cópia da guiaquitada apresentada ao departa-mento pessoal da empresa em queo profissional trabalha, evitando,assim, o desconto de um dia desalário no mês de março.

Contribuição SocialPara os fins legais, os sindicatos

se equivalem às associações civissem fins lucrativos e são formadospor um quadro de filiados, os quaiscontribuem, por adesão livre e es-pontânea, com mensalidades ouanuidades para a manutenção da suaestrutura. No Senge-MG, a anuida-de vigente, definida em AssembleiaGeral, tem o valor de R$ 160,00 eos aposentados têm desconto de50%. Os profissionais que se encon-tram desempregados estão isentosaté que retomem as suas atividades.

Taxa AssistencialA Taxa Assistencial, que também

é chamada de Taxa de Fortaleci-mento Sindical ou Taxa Negocial, édecidida em assembleias gerais es-

CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS

Com a sua participação, há 65anos construimos a cidadania

pecíficas da categoria, conformeprevê o inciso IV do artigo 8º daConstituição Federal de 1988, e sedestina a cobrir os custos de cam-panhas salariais. Normalmente écobrada após a celebração de uminstrumento coletivo de trabalho.Diferentemente da contribuiçãosocial, esta taxa é definida em As-sembleia da qual participam asso-ciados e não-associados. Os traba-

lhadores que não concordarem coma sua cobrança podem se opor atra-vés de carta enviada ao sindicato.

A nossa história de lutas em de-fesa dos engenheiros, da engenha-ria e de toda a sociedade, ao longodestes 65 anos, é a certeza de quea sua contribuição é um excelenteinvestimento para que possamostrabalhar ainda mais na construçãoda cidadania.