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DiáriodoNordeste | FORTALEZA, CEARÁ Sábado e domingo, 4 e 5 de novembro de 2017 Gente diariodonordeste.com.br/gente D uas mulheres quase an- tagônicas, mas bastante representativas, ron- dam as imagens recen- tes ligadas à atriz carioca Juliana Paes: a Bibi, que ela viveu na novela “A Força do Querer”, e Dona Flor, uma das figuras cen- trais do romance de Jorge Ama- do, que ela interpreta agora no cinema. Embora vivam em épo- cas distintas e passem por prova- ções diferentes, as duas se asse- melham em um aspecto: se em- penham em conseguir aquilo que querem, e da maneira que podem, assumindo o papel de protagonistas do próprio desti- no, tal qual Juliana, que vive um momento ímpar na carreira. Mal terminou as gravações do folhetim da TV Globo, a atriz percorreu o País divulgando o longa “Dona Flor e seus dois ma- ridos”, atualmente em cartaz, e com quem Juliana revelou ter muita identificação. “A Flor tem uma criação muito castradora, das convenções da época, im- pregnada por uma sociedade ma- chista, patriarcal. E eu também, fui criada por uma mãe professo- ra, um pai militar, uma criação super rigorosa, e como filha mais velha, eu tinha que dar exem- plo”, compara ela, que em 2012 deu vida a Gabriela, outra mu- lher do universo literário de Jor- ge Amado. E ainda que Flor, segundo constata a própria Juliana, se preocupe em seguir as conven- ções sociais, o final da história traz algo de libertador ao permi- tir que a mulher consegue satisfa- zer os desejos. “Em tempos de empoderamento feminino, me dá muito orgulho de protagoni- zar um filme que termina com essa lição. Talvez seja piegas, mas que diz que uma mulher não é nem isso nem aquilo. Ela quer tudo, ela pode o que ela quiser”, atesta. Mulheres reais E enquanto Flor põe em debate os ideais que a sociedade prega para a mulher, e aquilo que ela realmente quer fazer, a perso- nagem Bibi – que desafiou prati- camente todas as convenções em busca do amor de um trafi- cante, na trama da novela – expõe uma outra faceta: as mu- lheres reais, que erram, acer- tam, e se arriscam pelo que querem. “Se você faz uma análi- se básica, a gente se identifica mais com o vilão do que com o mocinho, porque o público tem se identificado com persona- gens não maniqueístas. A gen- te entendeu que não existe mais o bom e o mau, todo mun- do tem um pouco disso dentro de si, e em certa medida, você se identifica com isso”, afirma a atriz, justificando a empatia que Bibi despertou dos teles- pectadores. “Você tem que humanizar os personagens, dar a eles contor- nos humanos, sentimentos. Qualquer um se identifica com a emoção alheia. Você pode não concordar, não compreen- der, mas você simpatiza”, ga- rante ela. Transformação Com o início da carreira ligado a trabalhos em que as persona- gens tinham a sensualidade co- mo um dos pontos característi- cos, Juliana Paes foi eleita, por três vezes, a mulher mais sexy do mundo, segundo a revista Vip, em 2006, 2007 e 2012 (o ano em que viveu Gabriela na televisão). Também em 2006, a revista nor- te-americana People a colocou na lista das 100 personalidades mais sensuais do mundo. Seu talento, contudo, foi ga- nhando cada vez mais espaço. Em 2009, interpretou a primeira protagonista da carreira na TV, a nobre indiana Maya, em Cami- nho das Índias. Hoje, aos 38 anos, Juliana não esconde, em sua expressão cheia de vida, o longo caminho de sucesso que deve trilhar nos próxi- mos anos. Sempre atual Após dar vida a Bibi, na TV Globo, e Dona Flor, no cinema, Juliana Paes fala do desafio de interpretar personagens antagônicas e essenciais aos dias atuais Em 2006, a revista norte-americana People colocou Juliana Paes na lista das cem personalidades mais sensuais do mundo

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DiáriodoNordeste | FORTALEZA, CEARÁSábado e domingo, 4 e 5 de novembro de 2017

Gentediariodonordeste.com.br/gente

Duas mulheres quase an-tagônicas, mas bastanterepresentativas, ron-dam as imagens recen-

tes ligadas à atrizcariocaJulianaPaes: a Bibi, que ela viveu nanovela “A Força do Querer”, eDona Flor, uma das figuras cen-trais do romance de Jorge Ama-do, que ela interpreta agora nocinema. Embora vivam em épo-casdistintas e passempor prova-ções diferentes, as duas se asse-melham em um aspecto: se em-penham em conseguir aquiloque querem, e da maneira quepodem, assumindo o papel deprotagonistas do próprio desti-no, tal qual Juliana, que vive ummomento ímpar na carreira.

Malterminouasgravações dofolhetim da TV Globo, a atrizpercorreu o País divulgando olonga “Dona Flor e seus dois ma-ridos”, atualmente em cartaz, ecom quem Juliana revelou termuita identificação. “A Flor temuma criação muito castradora,das convenções da época, im-pregnadaporumasociedadema-chista, patriarcal. E eu também,fuicriadaporumamãeprofesso-ra, um pai militar, uma criaçãosuperrigorosa,ecomofilhamaisvelha, eu tinha que dar exem-plo”, compara ela, que em 2012deu vida a Gabriela, outra mu-lher do universo literário de Jor-ge Amado.

E ainda que Flor, segundoconstata a própria Juliana, sepreocupe em seguir as conven-ções sociais, o final da históriatraz algo de libertador ao permi-tirqueamulherconseguesatisfa-zer os desejos. “Em tempos deempoderamento feminino, medá muito orgulho de protagoni-zar um filme que termina comessa lição. Talvez seja piegas,mas que diz que uma mulhernão é nem isso nem aquilo. Elaquer tudo, ela pode o que elaquiser”, atesta.

MulheresreaisE enquanto Flor põe em debateos ideais que a sociedade pregapara a mulher, e aquilo que elarealmente quer fazer, a perso-nagem Bibi – que desafiou prati-camente todas as convençõesem busca do amor de um trafi-cante, na trama da novela –

expõe uma outra faceta: as mu-lheres reais, que erram, acer-tam, e se arriscam pelo quequerem. “Se você faz uma análi-se básica, a gente se identificamais com o vilão do que com omocinho, porque o público temse identificado com persona-gens não maniqueístas. A gen-te entendeu que não existemais o bom e o mau, todo mun-do tem um pouco disso dentrode si, e em certa medida, vocêse identifica com isso”, afirma aatriz, justificando a empatiaque Bibi despertou dos teles-pectadores.

“Você tem que humanizar ospersonagens, dar a eles contor-nos humanos, sentimentos.Qualquer um se identifica coma emoção alheia. Você podenão concordar, não compreen-der, mas você simpatiza”, ga-rante ela.

TransformaçãoCom o início da carreira ligado atrabalhos em que as persona-gens tinham a sensualidade co-mo um dos pontos característi-cos, Juliana Paes foi eleita, portrêsvezes,amulhermaissexydomundo, segundo a revista Vip,em2006,2007e2012(oanoemqueviveuGabrielanatelevisão).Também em 2006, a revista nor-te-americana People a colocouna lista das 100 personalidadesmais sensuais do mundo.

Seu talento, contudo, foi ga-nhando cada vez mais espaço.Em 2009, interpretou a primeiraprotagonista dacarreira na TV, anobre indiana Maya, em Cami-nho das Índias. Hoje, aos 38anos, Juliana não esconde, emsua expressão cheia de vida, olongo caminho de sucessoque deve trilhar nos próxi-mos anos.

SempreatualApósdarvidaaBibi,naTVGlobo,eDonaFlor,nocinema,JulianaPaesfaladodesafiodeinterpretarpersonagensantagônicaseessenciaisaosdiasatuais

Em2006, a revista

norte-americana

People colocou

JulianaPaes na lista

das cem

personalidadesmais

sensuais domundo

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LuxoporMárciaTravessoni

Seleções

Joias, relógiose loções� A designer de joias Jussara Regás deu sua contribuição paraprojeto Estrelário, da Edisca: um colar especial, com duas estrelas,que podem ser banhadas a ouro ou prata, e serão vendidas na lojacriada especialmente para arrecadar fundos para o projeto socialdirigido por Dora Andrade. A loja Estrelário fica no RioMarFortaleza e será inaugurada no dia 9. Além das joias de Jussara, oespaço terá disponíveis criações personalizadas de diversas marcase designers locais.

� A relojoaria italiana Panerai repaginou alguns de seus modelosclássicos com tons de verde profundo: Radiomir 8 Days Titanio,Radiomir 1940 3 Days Acciaio e Luminor 1950 ChronoMonopulsante 8 Dias GMT Titanio. As três peças possuemmostradores semelhantes, com a presença da cor verde e demarcadores numéricos em bege, embora as funções técnicas sejamespecíficas de cada um. Dentre os modelos, o de maior número defunções é o Luminor 1950 (foto), que possui cronógrafo, horas,minutos, segundos, mostradores de data, segundo fuso horário(GMT) e reserva de marcha linear. As peças estão disponíveis nasboutiques Panerai.

� A linha “Amêndoa”, da L’Occitane en Provence, ganhou umcomplemento, em edição limitada: o creme tonificante amêndoa,que proporciona elasticidade, tonicidade e firmeza à pele. Já paraportfólio fixo da linha Amêndoa, a marca traz nova versão do cremede mãos, que além de hidratar, ajuda a suavizar as cutículas.

PINCÉISMILLENNIAL

AMAC lançourecentementeumkitdepincéisemrosamillennial, consideradaacordoanode2016equecontinuaemaltanomundodamoda.OSnowballBrushKit/Mini contacomtrêspincéis: umparapó,umchanfradoeumparasombra,todosemversãomini, acompanhadosdeumanécessairedamesmacor.Aspeças têmacabamentometalizadoebrilhante, efazempartedaseleçãodeNataleAnoNovodamarca.

Gente

Destaques

Aulade luxo

Conhecidonãoapenaspela carreiramusical,maspeloestilo e senso fashionmarcantes, o cantorPrince terá legado lembradoemexposiçãonaArenaO2, emLondres.Osvisitantespoderãoconferir itenspessoaiseos icônicos figurinosdoartista atéodia7de janeiro.Os ingressos jáestãoàvenda.

LUXURYMANAGEMENT

ENTRE13e18denovembro,Milãoserápalcodeumcursode luxo,o “LuxuryManagement”,organizadopelaMaisonduLuxeepelaPDDSConsulting.Serãoministradasaulassobregestãoebrandingde luxocomosprofessoresPiergiorgioDalSantoeRossellaBeato, atuantesdessesegmentonomercado.Alémdisso,osparticipantes farãovisitasguiadasemlocaiscomoa fábricaemuseudaLamborghini, aprimeira lojaPrada,amaiorboutiqueArmanieamaisondaValentino,naViaMontenapoleone,comapresençadoCEOdamarca.Ocursopretendeampliarosconhecimentosdosprofissionaisque jáestãooupretendementrarnessemercado.

EDITORA VERDES MARES LTDA - PRAÇA DA IMPRENSA CHANCELER EDSON QUEIROZ - DIONÍSIO TORRES - CEP 60135690 - FORTALEZA - CEARÁ - TELEFONE - (085)32669791/ 32269792 - FAX (O85) 32669797 - EDITORA - MÁRCIA TRAVESSONI -REPÓRTER - JÉSSICA COLAÇO - ESTAGIÁRIA - STÉPHANIE SOUSA - DIAGRAMAÇÃO/DESIGN EDITORIAL/CAPA: LOUISE ANNE DUTRA

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DIÁRIO DO NORDESTE

Gente | 3FORTALEZA, CEARÁ-SÁBADOEDOMINGO,4 E 5 DE NOVEMBRO DE 2017

MárciaTravessoniEmfesta� FilhosdeAnaCláudiaLimaeFranciscoAugustoVianaJredeNádyaeDãoCabral,MariaClaraeJoãoFilhoestãodecasamentomarcadoparaodia20dejaneiro,naparadisíacapraiadeFlecheiras.///FernandinhoGurgellevoutodaafamíliaparaaproveitaroferiadãoemIcaraizinho,ondehaveráacomemoraçãodeseuaniversário.///Tambémmudamdeidadenestefimdesemana:RaffaelaBaquit,CaioRocha,FernandoNovais,GilBezerradeMenezes,José(Baum)Jereissati,NatérciaBruno,AlfredoGurjão,AramicyPinto,EdsonLopes,LauroChaves,OlgaSanford,SimoneJucáeAmandaTávora.

Bastidores� Com um chá das cinco especial de Natal, paraconvidados, o RioMar Fortaleza inaugura, nestesábado, a decoração natalina, inspirada emLondres e assinada por Cecília Dale, e o Parque deGelo. O espaço, montado na praça de eventos,terá coquetel assinado pelo Lulla’s at Home.

� A Pinakotheke Cultural Rio de Janeiro, de Maxe Bia Perlingeiro, apresenta a exposição “OscarNiemeyer – Territórios da Criação”, que celebra110 anos de nascimento do genial arquiteto comum conjunto inédito de desenhos, pinturas,esculturas e peças de mobiliário feitos por ele. Aabertura será neste dia 9, às 19h, e a visitaçãosegue até 19 de dezembro.

Alto luxo� A rede de hotéis Carmel, do Grupo Carneiro deMelo – do qual Tarso e Ana Cristina Melo, na fotoabaixo, fazem parte –, vai construir um luxuosoempreendimento seis estrelas, assinado pelosmais renomados profissionais de arquitetura,design e paisagismo, na Taíba. Com apenas 33suítes, o hotel promete ser um divisor de águas noturismo de alto luxo no Ceará. Recentemente, arede inaugurou, no Cumbuco, o spa francêsCaudalie, com tratamentos exclusivos.

Destaque

AlexandreRangel e IvanaBezerra (2)

[email protected]

RenataeCláudioVale (1) DudaDelfino (3)

INSPIRADOpela ruaepelaculturaunderground,oartistaurbanoNarcélioGrudéumdoscolaboradoresdo4ºFestivalConcreto–Festival InternacionaldeArteUrbana,queacontecede10a26denovembro,emváriospontosdaCapital, eadiantaalgumasações.

ARTÍSTICO

TarsoeAnaCristinaMeloentreosnomespor trásdosempreendimentosluxuososdo litoral cearense.

FAMÍLIA

CAMILABENEVIDESescolheuoL’Ô142paracomemorarseus40anos juntodos filhos,BeatrizePauloJoséFilho,domaridoPauloJosé,dafamíliaeváriosamigos.Entreassurpresasdanoite,umadeclaraçãodeamoraosomdepiano,queaaniversarianteganhoudomarido.

Comosedeuoiníciodoseucontatocomaarte?A minha primeira memória é com o DanielAzulay, que tinha um programa infantil naTV Cultura. Pirava com as coisas que elefazia, de transformar um frasco seco de deter-gente em carrinho de Fórmula 1, usandoarame, borracha de chinelo velho... Na mi-nha casa, minha mãe também fazia umascoisas. Meu avô construía uns apetrechos prafacilitar a vida da minha avó. Eles não tinhammuito de intenção artística, mas foram asprimeiras portas para eu adentrar nesse uni-verso.

Apresençadaruaémuitomarcantenoseutrabalho.

Comoissosetornousuaassinatura?A rua sempre foi meu playground. Fui crian-ça em uma época onde era tranquilo brincarnela. Minha natureza era muito inquieta edesde muito cedo a cultura underground meatraiu: o movimento punk, a chegada doskate e da pichação no final dos anos 1980 emFortaleza, coisas que até hoje trago de algu-ma maneira comigo. O picho foi quem propor-cionou meu primeiro contato com o spray,esse pincel a jato que até hoje me fascina! Arua também já foi minha morada e hoje é omelhor laboratório para experimentar mi-nhas pesquisas. Faço parte da Galeria Cho-que Cultural, de São Paulo, especializada emarte urbana, que leva meus trabalhos prafeiras e exposições em espaços “oficiais” daarte, mas é na rua que sinto um pulsar mais

intenso, onde a arte é mais democrática, maisacessível e isso me faz feliz.

VocêestevenocomandodaintervençãodoMaraHo-

pe.Comofoiesseprocesso?Foi uma experiência incrível! Pude subir nonavio que me habitava desde a infância esentir na pele toda enferrujada, se deterioran-do, algo de mim mesmo, como se estivésse-mos envelhecendo juntos... O tamanho dele,aquela carcaça, é meio que como entrar nu-ma grande catedral, tem algo místico ali. Verfuncionar um conceito que havia pensado, oRe Prisma, que consiste em levar luz a algoatravés das cores, seguindo o caminho inver-so do prisma de cristal, e a partir disso,histórias do navio vieram à tona.

Oquevocêestáprogramandoemtermosdeinterven-

çõesparaoFestivalConcretodesteano?(...) Estaremos pintando as quatro paredeslaterais do Centro de Eventos do Ceará, me-dindo 25m de altura por 90m de largura,cada. Pintaremos as muralhas externas e in-ternas dos Centros Socioeducativos no Passa-ré, inaugurando uma parceria entre a Ampli-tude – Escola de Arte Urbana e a Superinten-dência do Sistema Estadual de AtendimentoSocioeducativo, onde estaremos desenvol-vendo, por um período inicial de um ano,atividades formativas em arte urbana com osinternos, além de algumas paredes do Con-junto Habitacional Sabiá, também no Passa-ré. Estaremos implantando um Parque Criati-vo no Jangurussu, atividade desenvolvidapor um grupo multidisciplinar composto dearquitetos, artistas e designers que desde asegunda edição do Festival Concreto vêmprocurando desenvolver de maneira maiscriativa o que conhecemos como mobiliáriourbano, também renovaremos alguns muraisno Centro Cultural Dragão do Mar e no PortoIracema das Artes, entre outras coisitas...

GIRO

CLÁUDIOVALEpreparauma lindafestaparaoaniversáriodaesposaRenata, dia9dedezembro,emSãoPaulo, comproduçãodeninguémmenosqueFloraGil (1). /// IVANABEZERRAescolheuadatadeseuaniversário,6de janeiro,paraoficializarocasamentocomAlexandreRangel (2). ///PRIMOGÊNITAdeSuyaneeDelfinoNeto,aqueridaDudacelebraráseus15anoscomfestadia10,nosofisticadoVillaBisutti, emSãoPaulo.Adebutanteconvidouváriosamigosde infânciaparacomporocortejo, eumapartedeles, inclusive,conhecemaaniversariantedesdeaépocaqueelamorouemFortaleza (3).

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ReginaTeixeira

RandalPompeu,RitaLougares,GinaPompeu,LedaeEmmanuelGuillemette

EdsonQueirozNetoeTicianaRolimQueiroz

ShirleiPaesLeme,MariaJoanaLeitãoeLuizSérgioArantes

RobertChacraeAndreiaRoccoMariaDanielaAlcântaraeRuiCamposMatos

LuísCaianoeJoanaMenano

AFundaçãoEdsonQueirozexpandiuasfrontei-rasdaatuação juntoàartee levouparaPortu-galaexposição“ModernismoBrasileironaCo-leçãodaFundaçãoEdsonQueiroz”,mostraqueilustraaproduçãomodernistanacional,execu-tadaentre1920e1960porartistascomoLa-sarSegall,DiCavalcanti,VictorBrechereteLy-giaClark,alémdoscearensesSérvuloEsmeral-doeAntonioBandeira.Aexibiçãofoiabertanaúltimasemana,noMuseuColeçãoBerardo,emLisboa,econtoucomapresençadapresidentedaFundaçãoEdsonQueiroz,LeniseQueiroz,edochancelerdaUniversidadedeFortaleza(Unifor),EdsonQueirozNeto,alémdediploma-tas,autoridadesecearensesqueresidememPortugal.Aexposição,quereúne76obrasdoacervodaFundação, temcuradoriadeReginaTeixeiraeestádispostaemumespaçode760m²,comprojetodosarquitetosDanielaAlcântaraeRuiCamposMatos.AntesdechegaremPortugal,amostrapassouporSãoPaulo.Be-loHorizonte,PortoAlegre,CuritibaeRiodeJa-neiro.ApresidentedaFundação,LeniseQuei-roz,evidenciou,nanoitedeabertura,a inten-çãodefazercomqueamostrapercorraaindaoutrospaíseseuropeus,ampliandosuaitinerânciaevisibilidade.

ComitivacearensequefoiparaaaberturadaexposiçãoemPortugal

FátimaVeraseFernandoFrota

MostraemLisboa

Galeria porMárciaTravessoni

NiceDiógeneseGeórgiaFontes

RenataJereissati, LeniseRocha,JoseBerardo,CarolinaConceiçãoePaulaFrota

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Gente | 5FORTALEZA, CEARÁ-SÁBADOEDOMINGO,4 E 5 DE NOVEMBRO DE 2017

LíviaMedeiroseCamilaOliveira

DaviDiógeneseStellaGirão

NatashaMontenegroePauloMello

HenriqueeGabrielaSoárezThaisAbranches,GladisBrazeAnaLuciaRocha MárioeValdineiaPerazo

OtacílioValente,RafaelRodrigueseTonyBittar

RaimundoCabral,AirtonBoris, CarlitoeÁtilaLira

NelsonGurgeleSandroRistov

Asmarcaspreferidaspelosconsu-midoresforamreconhecidaseho-menageadascomo8ºPrêmioGrandesMarcas,entreguepeloDiáriodoNordeste. Emsolenidadeconduzidapelosdiretoreseexecu-tivosdoDiáriodoNordeste,40companhias,dediversossegmen-tosdecomércioeserviços, recebe-ramoprêmio.

Partedosaraciadosdanoite

FelipeCapistrano, LunaMagalhãeseDiegoCosta GerardoAlbuquerqueeLorenRodrigues

Prêmio

Galeria porMárciaTravessoni

FláviaAquinoeAdamirMacedo

364046975

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FORTALEZA, CEARÁ-SÁBADOEDOMINGO,4 E5 DE NOVEMBRO DE 2017

FernandoNovaiseAnaVirgíniaFurlani

LuizaFiúza,CláudioQuinderéeRibeiroFilho

AnaCristinaMendes,TâniaVasconcelos,BiaPerlingeiro,MarcusNovaise

LucianaEloy

TotonhoLaprovíteraeVandoFigueiredo GabrielJereissati, LilianQuinderéeThiagoJereissati

TotonhoLaprovítera,VandoFi-gueiredoeManoAlencar levaramalgumasdesuascriaçõesparaumanoiteespecialdearte,noPi-po.Oencontroureuniuamigosefamiliaresdosartistas,alémdosamantesdaarte,queconferiramaindaasnovidadesdaáreaquedespontamemFortaleza.

EmíliaPortoeMarcosOriá

Exposição

Galeria porMárciaTravessoni

Estrelas esquecidas

Pela janela do trem

Já faz tempo, desde aúltima sexta-feira di-vertida. Vez por ou-tra, dizia que ia su-mir por uns tempos,

ir lá fora inventar desafiospara mim. Desnecessário àsvistas alheias, mas o tempome insultava, fazia provoca-ções na calada dos momen-tos sozinho. E aí, marcava odia e ia embora, deixandomeu lugar à mesa. Desenvol-vi o hábito de me despedir,a cada partida, com um “atéum dia”, “ou não”, o quepode até parecer dramático,mas não é nem nunca pre-tendeu ser. É a realidade.

As pessoas mais normaise principalmente as cheiasde fé costumam dizer “até avolta... Se Deus quiser!”. Ese Ele tiver lá os motivospara não querer mais? Eminglês, as despedidas sãosimples: é “gooodbye” mes-mo ou, no máximo, um “ho-pe see you again”. Esperover você de novo não é umacerteza. Quem parte levasaudade de alguém que ficachorando de dor – diz aletra da música antiga queos jovens nunca ao menosouviram falar – e por aí vai.

Os japoneses, mais come-didos, ficam no “sayonara”,que é adeus e pronto, sim-ples, objetivo e radical. Ca-da um tem seu jeito de di-

zer e sente dentro do peitoo tamanho da dor saudávela que fez jus. Um “vá efique por lá” é a despedidamurmurada por conta dasraivas passageiras, ou não.“Tomara que morra” é maisprofundo e ódio quase san-to, mas aí é preciso ter me-recido.

Já faz tempo que mar-quei um novo norte, sem-pre cada vez bem distante,arrumei a mochila e pegueia estrada. Precisa ficar tan-to tempo? – perguntaramem casa. “Cuidado! Dá notí-cias...”. Logo o cuidado édeixado de lado e dar notí-cias ficou fácil, é quase nãoter partido e pode até serchato “uotisappar” tododia. Melhor juntar assuntoou novidades mesmo. Novi-dade é pra quem fica.Quem está, onde quer queseja, passa a fazer parte docotidiano alheio e, aqui eali, paga ingresso para en-trar.

Retomando. Já faz tempodesde a última sexta-feira,a última taça e o últimopassar de régua, fechando aúltima conta. Ficou a cadei-ra vazia, depois os brindesregados a lembranças depassagens divertidas e o es-maecer normal da falta quefaz a se esticar tempo afora.Acordei com sede por conta

das caminhadas ao sol, de-baixo de muito calor e umi-dade. Aqui, nos confins doVietnam, mais precisamen-te Da Lat, em cima das mon-tanhas a leste de Saugon,que dificilmente será o des-tino de bom senso do nor-mais, logo depois da quen-tura nessa época, cai cadapé-d’água de assustar.

Fui dormir beirando o de-sidratado e o corpo acordoucobrando. Era noite de sex-ta-feira. Pior dia para acor-dar com sede longe da mesaalegre e divertida. Penseina minha cadeira, no pãoquente e na primeira taça.Senti uma saudade dessas.Nem cobrei se estava fazen-do falta. Era quase certezaque sim. Cadeiras vazias in-comodam. A escolha dos no-vos horizontes onde é qua-se sempre o dia seguintenão foi uma imposição, masuma escolha. Descobri quedepois das missões cumpri-das após mais de quarentaanos de responsabilidades,tinha chegado a hora de serum responsável nas ousa-

dias para não amofinanar-me.

As sexta-feiras remetiama sair da rotina, do claustronecessário das rotinas desobrevivência. Sexta-feirasquase sagradas. Distantes eeu longe demais. Daqui a

pouco pego outro ônibus.Na placa, um destino difícilde pronunciar, mas já com-prei o bilhete do trem queme levará à última frontei-ra dessas distâncias todassomadas e depois vou encos-tar a cabeça na janela desse

trem da volta e sonhar sen-tado à minha cadeira dassextas, com mil histórias di-vertidas para contar ou ape-nas degustar as boas e sa-dias taças de sempre.

Da Lat, Vietnam – Outu-bro'2017.

A.CAPIBARIBENETO [email protected]

364043535364047536

364040113