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ABERTURA A maior parte das Câmaras do distrito tem vindo a duplicar os subsídios de apoio a alunos carenciados do ensino básico. São novos casos em que as alterações da situação sócio-económica dos agregados familiares comprovam enormes dificuldades das famílias. Professores, auxiliares de educação e técnicos camarários relataram ao Semmais casos dramáticos, em que muitas crianças apenas nas escolas têm acesso a uma refeição quente. E a tendência é para aumentar este tipo de flagelo. XV A REGIÃO SOMOS NÓS! anos Cultura Mazgani canta amor no Luísa Todi 14 Cultura Revista à portuguesa anima Santiago 14 Negócios Grândola tem a melhor cortiça do mundo 15 Pub. Pub. www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 756 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sexta | 29.Março.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA PÁG. 6 PÁG. 2 Escolas da região já estão a matar a fome a crianças ÚLTIMA Os utentes do Serviço Nacional de Saúde de Sesimbra vão passar a ter o Hospital S. Bernardo como referência. O presidente da Câmara deu luz verde à mudança. POLÍTICA Vítor Proença quer emprego, investimentos e cultura para afirmar o concelho e reganhar auto-estima para os alcerenses. E promete uma campanha serena. FECHO A Escola de Azeitão já viu removida a cobertura que continha amianto. Seguem-se a Bernardim Ribeiro, no Torrão, e a Escola Básica da Trafaria. Pólvora ‘agarra’ São Bernardo Proença quer Alcácer positiva Governo limpa amianto na região Opinião Igor Carvalho Analisa a geração que se está perder. David Sequerra Relembra algumas coincidências. ESPECIAL O certame de Palmela decorre de 5 a 7 de Abril e este ano a organização espera chegar aos 20 mil visitantes. Os melhores produtores da região vão voltar a marcar presença . Festival do Queijo, Pão e Vinho arranca na Quinta do Anjo Lagoas da região abrem-se ao mar, mas assoreamento preocupa muito. ACTUAL PÁG. 4 PÁGS. 7 a 11 Fotos: DR

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Edição 29 de Março

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ABERTURA A maior parte das Câmaras do distrito tem vindo a duplicar os subsídios de apoio a alunos carenciados do ensino básico. São novos casos em que as alterações da

situação sócio-económica dos agregados familiares comprovam enormes dificuldades das famílias. Professores, auxiliares de educação e técnicos camarários relataram ao

Semmais casos dramáticos, em que muitas crianças apenas nas escolas têm acesso a uma refeição quente. E a tendência é para aumentar este tipo de flagelo.

XVA REGIÃO SOMOS NÓS!

anos

CulturaMazganicanta amorno Luísa Todi

14

CulturaRevista à portuguesa anima Santiago

14

NegóciosGrândola tem a melhor cortiçado mundo

15

Pub.

Pub.

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 756 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSexta | 29.Março.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

PÁG. 6

PÁG. 2

Escolas da região já estão a matar a fome a crianças

ÚLTIMA Os utentes do Serviço Nacional de Saúde de Sesimbra vão passar a ter o Hospital S. Bernardo como referência. O presidente da Câmara deu luz verde à mudança.

POLÍTICA Vítor Proença quer emprego, investimentos e cultura para afirmar o concelho e reganhar auto-estima para os alcerenses. E promete uma campanha serena.

FECHO A Escola de Azeitão já viu removida a cobertura que continha amianto. Seguem-se a Bernardim Ribeiro, no Torrão, e a Escola Básica da Trafaria.

Pólvora ‘agarra’ São Bernardo

Proença quer Alcácer positiva

Governo limpa amianto na região

Opinião

Igor CarvalhoAnalisa a geração que se está perder.

David SequerraRelembraalgumas coincidências.

ESPECIAL

O certame de Palmela decorre de 5 a 7 de Abril e este ano a organização espera chegar aos 20 mil visitantes. Os melhores produtores da região vão voltar a marcar presença .

Festival do Queijo, Pão e Vinho arranca na Quinta do AnjoLagoas da região

abrem-se ao mar, mas assoreamento preocupa muito.

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ABERTURA

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Escolas da região ajudam a matar a fome

Posso levar a carcaça e a maçã para casa?», a pergunta feita por um aluno do ensino

básico de uma escola do distrito surpreendeu a auxiliar de acção educativa que, em tom de brinca-deira, lhe respondeu: «Mas para que queres tu o pão e a maçã? O pão vai ficar duro e a fruta toda amassada até chegares a casa».

A criança diz que precisa porque «lá em casa não tenho nada para comer», com uma natu-ralidade desconcertante que deixa a auxiliar «sem reacção e com o coração apertadinho», como confessou ao SEMMAIS. Inocentemente, o menino expõe assim a fragilidade da família, pai e mãe desempregados, mais dois irmãos lá em casa. «Neste caso acabou por valer a solida-riedade de professores, auxi-liares e outros pais que conse-guiram reunir um conjunto de bens essenciais para esta família», explica a auxiliar, mas são cada vez mais os relatos de casos iguais um pouco por todo o país.

«Há crianças com fome nas nossas escolas e muitas delas a uma única refeição quente que fazem por dia é o almoço na escola», o retrato mais geral é

feito por professores, auxiliares e muitos autarcas que admitem que a situação se torna mais grave quando os alunos deixam o primeiro ciclo do ensino básico e saem da «protecção de um professor titular que os acom-panha e mais facilmente se aper-cebe de situações de carência».

A fome é, ainda que de alguma forma camuflada, uma realidade nas escolas do distrito e explicam alguns técnicos que «às segundas-feiras» é quando mais se nota. «A forma como as crianças comem demonstra as imensas necessidades alimen-tares que passam ao fim-de-semana», afere um dos profes-sores contactados pelo Semmais.

Para tentar colmatar algumas destas carências, há autarquias que mantiveram o fornecimento de refeições durante as férias da Páscoa a alunos carenciados. Em Sesimbra, desde que os alunos se tivessem inscrito para o efeito, continuam a ser fornecidas refei-ções, assim como em Alcácer do Sal, à semelhança do que já havia acontecido nas férias do Natal. Mas a situação é muito seme-lhante em todas as autarquias do distrito que acodem como podem.

Pedidosaumentam diariamente

Diariamente os técnicos das autarquias deparam-se com «situ-ações verdadeiramente dramá-ticas de famílias que ficam sem trabalho e sem rendimentos e que recorrem à câmara e à escola como únicas alternativas», avança uma técnica da Câmara de Setúbal, que admite que a tendência é para que essas situações aumentem. «Há dias em que saímos daqui completamente de rastos com os casos que nos aparecem para resolver. Há crianças a passar fome e só se fossemos comple-tamente desumanos não senti-ríamos uma revolta e uma tris-teza imensas», salienta.

O cenário não é muito dife-rente no concelho da Moita onde «as alterações nas condições socio-económicas do agregado familiar levam, muitas vezes, ao pedido de reavaliação do abono de família, junto da segurança social, cuja resposta nunca é imediata. Dada a relação de grande proximidade que mantemos com as escolas, conseguimos acompanhar estas situações e agir de imediato, sempre que seja necessário», explica autarquia moitense.

A intervenção imediata permite resolver apenas uma pequena parte do problema e, nos últimos meses, um pouco por todo o distrito o número de famílias em situação de carência grave têm aumentado

significativamente. Em Sesimbra os serviços de

acção social «sinalizaram casos de carência grave em várias famílias do concelho, entre as quais existem famílias com crianças em idade escolar e encaminhou esses casos para as diversas Instituições que prestam apoio alimentar.» Para

além disso, a câmara «disponibi-lizou directamente a 75 alunos do 2º e 3º ciclo, sinalizados pelas escolas e programa EPIS, um cabaz de alimentos no valor de 30 euros na pausa lectiva da Páscoa, como forma de compensação da refeição escolar que estas crianças tomam diariamente na escola».

Número de crianças com carências alimentares duplica e câmaras estão a duplicar apoios

Uma grande parte das crianças, que manifestam carências alimentares e são encaminhadas para o subsídio de apoio dos municípios, comem apenas a refeição quente na escola

Metade das refeições escolares são pagas pelas autarquias

Na maior parte dos casos têm sido as autarquias a apoiar directamente os casos em que se verifiquem «alterações da situação sócio-económica», mediante a solicitação do subsídio de refeição, explicaram ao Semmais fontes das várias autarquias contactadas. Alguns municípios estão mesmo a atribuir este tipo de apoio «a mais de metade dos alunos inscritos no ensino básico». E a tendência «é para aumentar».A autarquia comparticipa a totalidade do valor das refeições escolares a 880 crianças, o que representam 30,5% do total de alunos do 1º ciclo do ensino básico. De referir ainda que 470 alunos de Escalão B são subsidiados a 50%, representando 17% da totalidade dos alunos. A estes números juntam-se as crianças da Educação Pré-escolar o que aumenta para cerca de 50% o número de alunos carenciados

beneficiários.Em Setúbal são beneficiados mais de 40% dos cerca de 5 mil alunos inscritos nas escolas do concelho. Um número que já sofreu alterações desde o início do ano lectivo.Nas escolas do concelho de Sesimbra são servidas diariamente cerca de 650 refeições totalmente gratuitas. Em relação ao ano lectivo anterior há um aumento de mais de cem refeições. Para além disso, a autarquia comparticipa em 50% o almoço a cerca de 350 alunos.Em Alcácer a autarquia fornece refeições a metade dos alunos inscritos no primeiro ciclo do ensino básico, um número que «aumentou significativamente» em relação ao ano passado. E em Santiago do Cacém a autarquia garante diariamente a refeição a 1300 dos 3600 alunos que frequentam o ensino básico.

O número de crianças com graves carências alimentares está a aumentar no distrito. As câmaras municipais estão a ser ‘invadidas’ por pedidos de apoio e já duplicaram o número de refeições escolares.

Marta David

DR

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EspaçoPúblico

Não sendo necessário fazer uma breve introdução sobre a actual conjun-

tura difícil em que o país se vê mergulhado, começaria por dizer que muito embora me preocupe a situação delicada que as pessoas de todas a gerações atravessam, inquieta-me, especialmente, a realidade dos jovens portugueses. Já todos temos a consciência da quão preparada técnica e acade-micamente esta geração está, pelo que também não importará constatar o que é óbvio aos olhos de todos. Importa sim, reflectir sobre o fenómeno da emigração jovem à luz do actual mundo globalizado em que vivemos e sobre as consequências nefastas que advirão num futuro relativa-mente próximo. Todo e qualquer jovem que se sinta preparado para sair do seu país à procura de oportunidades que só poderá encontrar ultrapassando fron-teiras deve fazê-lo, porém o que nunca pode acontecer é existir um convite à emigração, por não existirem oportunidades primá-rias nem perspectivas de futuro.

Portugal, hoje, não consegue oferecer aos seus jovens “indig-nados” condições basilares que lhes confiram emancipação. Assistimos portanto, a uma geração que investiu intelectu-almente na sua formação como nunca e a uma geração anterior (a dos seus pais) que investiu financeiramente para que os seus filhos pudessem almejar o que eles nunca conseguiram alcançar. Sem acesso a trabalho, é consequentemente vedado o acesso à habitação própria ou à constituição de uma família, por não existirem as condições básicas que proporcionem o desvinculo natural entre país e filhos.

Com a emigração maciça, a que hoje assistimos, não se trata apenas de Portugal saltar uma geração e permitir que activos valiosos do seu país produzam riqueza noutros lados, trata-se eventualmente de se saltar duas, porque grande parte dela não voltará tão cedo e não contri-buirá, portanto, para o aumento da taxa de natalidade.

Importa ainda pensar, que a este negro enquadramento se junta o facto de uma fatia consi-

derável dos custos com a educação de um jovem ser suportada pelo Estado, como me parece natural que seja. Contudo, o busílis da questão encontra-se no facto de que quando o jovem se prepara para entrar no mercado de trabalho e retribuir os recursos que a sociedade anteriormente lhe facultou, esse mesmo jovem se vê obrigado a emigrar e a contri-buir economicamente para o crescimento de um país que não teve gastos absolutamente nenhuns com a sua formação.

Parece-.me portanto, que podemos concluir facilmente que alguns países estão a fazer um excelente negócio com o recrutamento dos nossos jovens e que mais uma vez Portugal é que sai a perder.

Coincidência- simultanei-dade de diversos factos ou acontecimentos. Acto

de coincidir.Há-os de muitas espécies entre

as quais as onomásticas, de nomes iguais de figuras públicas como por exemplo, a de Manuel de Oliveira, o extraordinário cine-asta centenário, o bem conhecido Técnico de futebol que Setúbal conhece bem e o magnífico atleta sportinguista, corredor de fundo, que conseguiu um muito aplau-dido brilharete nos Jogos Olím-picos de 1964, em Tóquio (4º lugar nos 3.000 mil metros obstáculos).

No reino das coincidências poderíamos “circular” com um bom número de situações.

Por hoje, todavia, divagamos em redor do nome de Jorge Vieira e vamos, de seguida, explicar porquê.

Muito recentemente, o professor Jorge Vieira, de intensa ligação ao Atletismo, foi eleito Presidente da respectiva Fede-ração Nacional, culminando assim uma carreira valiosa, encetada em 1975/76, quando diplomado em Educação Física.

Conhecemo-lo bem, desde a sua tão promissora adolescência e acreditamos nos seus propó-sitos de valorização regional com o Distrito de Setúbal em bom plano de preocupações progressivas e justificadas.

Em pública intervenção, no Ginásio Clube Português, em mais uma sessão do laborioso clube Panathlon, Jorge Vieira deixou perceber com quanto empenho desejara assinalar as melhorias da sua modalidade em Setúbal, intenção que bem merece o apoio do “Semmais”.

Mas há outras coincidências onomásticas a partir do nome de Jorge Vieira.

O muito bem cotado “capitão” da equipa de Portugal nos Jogos Olímpicos de 1928, em Amesterdão, era Jorge Vieira, um “gentleman” que se tornou verdadeira figura de proa no Sporting Clube de Portugal.

Nos anos 50/60, um dos bons futebolistas portugueses era Jorge Vieira, ex-aluno dos Pupilos do Exército, atacante talentoso ao nível da 1ª Divisão Nacional.

E houve ainda o registo do nome de Jorge Vieira para um

dinâmico empresário nos domí-nios do futebol, com ligações à Cidade Invicta (F.C. Porto) e ao Brasil, bastante “badalado” nas décadas consequentes de 70/80.

Registe-se, portanto, como o Jorge Vieira do Atletismo está bem acompanhado, no reino das coin-cidências que deixamos aqui assi-naladas.

Com perene lembrança ao “leão” de 1928, na Holanda, e a justificadíssima consideração para o “patriarca” do cinema português – Jorge Vieira e Manuel de Oliveira - concluímos este texto, de uma certa originalidade, quanto à coincidência de nomes, com particular apelo ao presi-dente da F.P.A., o ainda jovem “cinquentão” Jorge Vieira para que não tarde com a concreti-zação de maiores apoios à moda-lidade em toda a área de Setúbal com particular ênfase num boa pista de atletismo, conveniente-mente localizada na cidade, com apoios estatais condignos onde se rebusquem jovens talentosos capazes de dignificar todo o distrito de Setúbal.

As duas pistas existentes são exíguas e um tanto ultrapassadas.

Com esta reflexão pretendemos “fazer força” junto do novel Presi-dente Jorge Vieira e ousamos sugerir à redacção do “Semmais”, uma boa entrevista com o prin-cipal responsável desta nossa diva-gação onomástica.

Temos a antecipada certeza de que Jorge Vieira se afirmará como um excelente entrevistado.

David SequerraColaborador

Igor CarvalhoInvestigador Universitário

No reino das coincidências

“E Depoisdo Adeus”

O aparente regresso de José Sócrates à nação, condenado por meio mundo político é, ao contrário do que muitos anteveem, um arzinho da democracia a funcionar. Nunca fui socrático deveras, mas também não o coloco na fogueira de todas as culpas. E acho que isso é ser justo.

A maior parte das análises políticas que nos últimos dois anos se têm espraiado em redor da sua gestão governativa padecem de um malquisto muito à portuguesa, que passa – porque é mais fácil – por encontrar um alvo para abater, uma espécie de bode expiatório. Acomoda desaires futuros e aligeira outras responsabilidades de todos os outros tempos. E sem enquadramento é sempre terreno escorregadio.

Os portugueses já fizeram contas com Sócrates. Ganhou tudo e perdeu tudo. Foi cilindrado nas últimas eleições a troco de um experimentalismo ideológico que quase ninguém ousou perceber e fez colocar à frente dos destinos do país um liberal mal preparado e, a bem da verdade, igualmente arrogante, na forma e no estilo.

Só que Sócrates, como se viu bem na entrevista desta quarta-feira à RTP, preparou bem este ‘ajuste de contas’ e blindou especulações sobre um regresso aos bancos do poder. Sosseguem os portugueses, ‘ensaiados’ para bater no ex-primeiro-ministro, porque este garantiu não ser candidato a nada.

Mas o fundamental é olhar para o país e para o que está a acontecer todos os dias. Às famílias, às empresas e ao Estado no seu todo, num percurso que cava cada vez mais um gigantesco hiato para o futuro.

É nesta premissa que interessa recolocar as atenções porque, passado o período de nojo a que Sócrates se devotou, há culpas a repartir.

E que este seu aparecimento furtuito não venha toldar de novo a realidade. Porque isso, sim, seria culpa de todos nós.

Na verdade, nos últimos trinta anos de democracia, olhando para cada período de ‘per si’, como a análise histórica exige, ouvimos poucas retratações e ainda menos assunção de culpas.

Em democracia deve haver culpados, apuradas e comprovadas que sejam as responsabilidades, mas nunca proscritos. Os tempos da Inquisição e das almas superiores já se esfumaram e ainda bem.

As culpas de Sócrates e o olhar para a realidade

Editorial // Raul Tavares

Portugal, hoje, não consegue oferecer aos seus jovens “indignados” condições basilares que lhes confiram emancipação. Assistimos portanto a uma geração que investiu intelectualmente na sua formação como nunca e a uma geração anterior que investiu financeiramente para que os seus filhos pudessem almejar o que eles nunca conseguiram alcançar.

Muito recentemente, o professor Jorge Vieira, de intensa ligação ao atletismo, foi eleito presidente da Federação Nacional, culminando uma carreira valiosa, encetada e, 1975.

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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Maiores de 23 no IPS Amarsul protege mancha florestal

O INSTITUTO Politécnico de Setúbal abriu o período de candidaturas às provas de acesso ao ensino superior, para maiores de 23 anos. A avaliação da capacidade para a frequência dos cursos supe-

riores do IPS envolve análise do currículo escolar e profis-sional do candidato, análise de motivações e uma prova escrita centrada nos conheci-mentos e nas competências indispensáveis aos cursos.

A PLANTAÇÃO de seis ciprestes no Pinhal Novo foi a última acção de sensibilização ambiental da Amarsul empresa responsável pela gestão, trata-mento e valorização de resí-duos sólidos urbanos da

margem sul do Tejo. A inicia-tiva contou com a oferta de composto orgânico (Amar-terra) suficiente para as diversas iniciativas do município, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Floresta.

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Os esforços dos técnicos do Ministério do Ambiente e das respectivas autar-

quias nem sempre dão frutos, por força do sucessivo assore-amento provocado pela forte acumulação de areias no cordão que fecha as lagoas. Se em Santo André o problema ainda não é preocupante, uma vez que a acumulação do cordão dunar tem sido ultrapassada, embora com algum esforço que chega a durar dois dias, já em Albu-feira é «praticamente todos os anos a mesma história», conta ao Semmais fonte da Quercus. Apesar de este ano não ter ocorrido, esta é uma situação «recorrente ao longo da última década», sustenta a mesma fonte. O problema é do conhecimento da autar-quia que há vários anos pede a intervenção do Ministério do Ambiente para um «desassore-amento» da lagoa, de modo a garantir a vida daquele ecos-sistema único. Já em 2008, aquando da apresentação do plano de ordenamento da lagoa, o autarca Augusto Pólvora aler-tava para a urgência de uma

intervenção de fundo mas até hoje o município continua à espera de medidas concretas. Esta semana, a ministra do Ambiente anunciou um plano de intervenção e consolidação das zonas costeiras mas, segundo o Semmais apurou, nenhuma das lagoas do distrito consta no documento.

Espectáculode rara beleza

Em Albufeira, os trabalhos de abertura duraram, este ano, três dias, com sucesso, adianta fonte da autarquia, para quem este é sempre um momento «de rara beleza». De resto, o espec-táculo cativa sempre centenas de curiosos todos os anos por altura do Equinócio da Prima-vera.

A abertura das lagoas é realizada com marés vivas e considerada fundamental para renovar as águas interiores e assegurar o equilíbrio do ecos-sistema lagunar, composto por

uma grande variedade de peixes, bivalves e aves.

Normalmente o canal mantém-se aberto durante vários meses, o que propor-ciona a entrada do mar e garante as condições essen-ciais para a reprodução e sobre-vivência de várias espécies. No entanto, nalguns anos esta ligação é interrompida alguns dias ou semanas depois da primeira abertura, devido à acumulação de areia trazida pelas marés.

Quando tal se verifica, as respectivas autarquias procede a nova abertura, com o objec-tivo de manter a qualidade das águas interiores. «É uma acção de gestão não só do ecossis-tema - as lagoas costeiras são habitats prioritários e como tal temos obrigação de os proteger e renovar -, mas também para que a pesca continue a existir na lagoa», explica a respon-sável da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, Ana Vidal.

Lagoas cada vez mais assoreadas

Dias a fio de trabalho bruto com maquinaria pesada é o que todos os anos, por esta altura, ocorre nas lagoas de Albufeira, em Sesimbra; e na de Santo André, na Costa Alentejana numa tentativa de abrir as águas das lagoas ao oceano Atlântico. Mas nem sempre tudo corre bem, uma vez que o assoreamento tem vindo a ameaçar a ligação entre os dois ecossistemas.

Ecossistemas únicos no paísA abertura da lagoa de Albufeira, uma zona húmida protegida, já se faz desde há muito. Antes do aparecimento dos tractores ou, mais recentemente, de maquinaria pesada, este trabalho era feito pela população com auxílio de pás, enxadas e juntas de bois.A abertura artificial da Lagoa de Santo André ao mar também se repete todos os anos perto da Primavera. Esta tradição remonta ao século XVII, embora no passado fosse cumprida com a força dos homens, que usavam pás para romper as dunas.A Lagoa de Santo André está classificada como Sítio RAMSAR - Zona Húmida de Importância Internacional.

LUÍS Lima inaugura no dia 1, às 18 horas, na Casa do Alen-tejo, em Lisboa, a exposição de pintura sobre paisagem alente-jana. Embora não seja a sua acti-vidade principal, Luís Lima confessa que sempre desenhou e, quando passou pela Escola de Belas Artes do Porto, ainda se dedicou com maior profun-didade a esta actividade, mas, só mais tarde, começou a pintar regularmente a óleo e só aos 40 anos fez a sua primeira expo-sição.

O pintor, de 55 anos, que trabalha na Baía do Tejo, SA.,

como director adjunto, tem neste momento outras exposições montadas no Soul Lisbon Hostal, e na Tasca do Sousa, no Seixal. O Alentejo, o mar, o corpo humano e muitos desenhos e aguarelas de locais que visita é a realidade que mais gosta de retratar na tela.

Sonho de transmitir sentimentos

Apesar de não ter ganho nenhum prémio, Luís Lima sente cada exposição como um «pequeno prémio», sublinhando

que nos seus trabalhos «apenas transmito formas e cores que cada um irá sentir de uma maneira própria», mas em certos dias, também sente necessidade de pintar por «revolta». E opina: «Hoje há muita gente que pinta e muitos estão convencidos que reproduzir fotografias os torna pintores, mas não é assim, porque uma pintura, mais do que uma imagem, é um processo com uma história».

Natural de Lisboa e a residir na Amadora, Luís Silva confessa que o seu grande sonho na pintura passa por «conseguir

transmitir sentimentos, a textura da matéria, o peso e a leveza, a transparência, a energia intima, a alegria de cada forma, a coerência entre a forma, e a expressividade e a história, e o vento».

Luís Lima conta que, talvez um dia, a pintura possa vir a tornar-se a sua actividade pofis-sional, sublinhando que não tem «qualquer preocupação com estilos ou escolas», o que «me liberta totalmente para pintar sem restrições, apesar de contra-riar esta sociedade especiali-zada».

Luís Lima leva o Alentejo até Lisboa

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Sexta // 29 . Mar . 2013 // www.semmaisjornal.com 5

O SECRETÁRIO de Estado do Emprego considerou esta semana, no Seixal, que o «flagelo» do desem-prego em Portugal só poderá ser resolvido caso a União Europeia dê um passo em frente em maté-rias como a reindustrialização, a baixa cambial da moeda única ou a imposição de pautas aduaneiras que salvaguardem a competitivi-dade comunitária e impeçam a destruição de mais postos de trabalho. Pedro Roque sublinhou,

deste modo, que a previsão da taxa de desemprego nacional para 2013, de 18,2 por cento, é «histórica e socialmente um drama» e voltou a afirmar que só com a consoli-dação das contas públicas o país poderá crescer economicamente.

O governante considerou, na mesma ocasião, que as declarações recentes de Abebe Selassie, chefe da missão do FMI para Portugal, evidenciam «falta de sensibilidade política» e lamentou que os técnicos da Troika insistam em refugiar-se em pormenores técnicos e não em questões políticas. «Se a Troika é o principal agente deste país nos dias que correm, talvez as suas polí-ticas tenham de ser revisitadas», acrescentou.

Apesar de considerar que este é um problema europeu, Pedro Roque recordou o esforço que o Governo tem desenvolvido no sentido de promover políticas activas de emprego, ao abrigo de programas como o “Impulso Jovem”, o “European Youth Guarantee” ou o “Estímulo 2013”, este último destinado especialmente aos desempregados com mais de 45 anos. O Secretário de Estado lembrou igualmente que a taxa de desemprego juvenil nacional está actualmente nos 34 por cento, o dobro da verificada entre a popu-

lação geral. «É preciso consolidar as nossas contas para obtermos crescimento económico e com ele mais emprego», reforçou. As decla-rações do governante foram dadas durante a realização de mais um “Café com…”, iniciativa promovida por Paulo Edson Cunha, vereador na Câmara Municipal do Seixal.

Os númerosdo desemprego na região

Segundo dados recentes da União de Sindicatos de Setúbal, o número de desempregados na região em Feve-reiro passado era de 65 891, o equi-valente a uma taxa de desemprego de 18 por cento, em linha com os

números nacionais. Comparativa-mente ao mês anterior, ficaram desempregadas mais 708 pessoas, ou seja, 25 pessoas por dia. Face ao mesmo mês do ano de 2012, mais 13 034 pessoas ficaram desempregadas.

Mais de metade da população desempregada, 50,2 por cento, é mulher. O desemprego de longa duração (36,9 por cento) mantém a tendência de aumento, assim como o desemprego entre os jovens trabalhadores até aos 25 anos (10,7 por cento). Verificou-se ainda uma diminuição dos desempregados com mais de 55 anos (16,6 por cento) e nos desempregados com formação académica superior (11,1 por cento).

Pedro Roque considera que houve falta de sensibilidade política nas declarações recentes do chefe da missão do FMI para Portugal sobre o desemprego. Mas reforçou a necessidade de estabilizar contas nacionais para que país volte a crescer economicamente.

Secretário de Estado do Emprego apela a «mais Europa» no combate ao desemprego

Taxa de desemprego na região atingiu 18 por cento em Fevereiro, o valor mais elevado de sempre

Passeio solidário nos Loureiros

A SECÇÃO de ciclismo BTT/ABTT, da colectividade “Os Loureiros”, de Palmela, levou a cabo, no passado dia 10, um passeio solidário pedestre e de BTT, com um percurso de 26 quilómetros, com a finalidade de angariar bens alimentares para serem distribuídos a insti-tuições de solidariedade social do concelho.

Foram recolhidos cerca de 110 quilos de bens alimentares, os quais foram distribuídos equi-libradamente pelas seguintes instituições: Igreja de S. Pedro aos Vicentinos e Igreja de Santo António (Aires). Estas institui-ções doaram depois os bens angariados às famílias mais carenciadas.

Inscreveram-se 80 partici-pantes mas acabaram por aparecer apenas 40 pessoas, 25 no pedestre e 15 no BTT.

José Martins, da organi-zação, mostra-se satisfeito com a adesão de participantes. «Houve uma boa adesão ao evento. Os valores da solida-riedade e fraternidade estiveram sempre presentes», acrescen-tando que, no futuro, poderão ocorrer outras acções do género coma finalidade de ajudar outras instituições de Palmela.

Bruno Cardoso

O membro do Governo foi a figura principal no ‘Café Com...’ do PSD/Seixal

A CANDIDATA do PS à Câmara de Palmela, Natividade Coelho, cuja apresentação está agendada para o próximo dia 12, conclui quarta-feira um períplo pela freguesia da Quinta do Anjo, em visitas a empresas da zona e um conjunto de instituições despor-tivas, culturais e sociais. «Estas deslo-cações servem para ouvir os agentes locais e perceber as suas dificuldades em áreas que vão fazer parte da nossa acção programática, como o desen-volvimento, o emprego, o apoio à cultura e questões sociais», sintetizou a candidata ao Semmais.

Em jeito de balanço, Natividade Coelho, apontou a necessidade de a Câmara acompanhar o desenvolvi-mento da Associação de Moradores dos Olhos de Águas porque, diz, «apesar de já não ser uma AUGI têm ainda muitas habitações ilegais». Outro dos pontos críticos, registados pela candidatura socialista, prende-se com «algumas obras que haviam sido nego-ciadas entre a autarquia e a Pelicano», com intervenções no Quintajense, Sociedade Instrução Musical e Centro Social da Quinta do Anjo, que nunca

chegaram a avançar. «Detetámos um forte descontentamento até porque é público que a Pelicano terá entregue as verbas para estes fins», afirmou Natividade Coelho.

Como ponto positivo, a candi-data diz ter ficado «alentada» com algumas das empresas PMEs que operam na zona, as quais apesar da crise, «têm mantido forte actividade, criando e até aumentando postos de trabalho. Natividade Coelho, prometeu, em caso de eleição, «criar um gabinete de apoio e sobretudo medidas para facilitar e agilizar a acti-vidade empresarial».

MAIS de 27 mil euros foi o resul-tado do peditório efectuado pela Cáritas de Setúbal que se realizou no início de Março. «Apesar do agudizar da crise, este valor numerário «repre-senta mais 12,5 por cento» do conse-guido o ano passado, explica o presi-dente Eugénio Fonseca., para quemc este aumento muito terá contribuído a adesão de mais sete paróquias rela-tivamente ao ano anterior, que permi-tiram um maior número de pessoas a recolherem os donativos.

Estiveram envolvidas cerca de 393 pessoas, mais 24,5% que em 2012, que solicitaram o donativo a apro-ximadamente, 60.000 concidadãos, mais 34%.

Candidata do PS ‘tira medidas’ à Quinta do Anjo

Crise aumenta solidariedade

Natividade Coelho

Eugénio Fonseca

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de vinte e seis de Março do ano de dois mil e treze, lavrada de folhas trinta e cinco e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e sessenta e nove-A, deste Cartório, CESALTINA AUGUSTA FERREIRA DA CRUZ, natural da freguesia de São Julião, do concelho de Setúbal, e marido FERNANDO JESUS DA CRUZ, natural da freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, que declararam ser casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes habitualmente na Rua das Gaivotas, número 44, Rés-do-chão, Bairro do Peixe Frito, Setúbal, contribuintes fiscais, respectivamente, números 114348391 e 114348405, justificam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do prédio rústico composto de terras de semeadura e alguma vinha, com a área de cinco mil metros quadrados, situado em Algeruz-Gare, na freguesia e concelho de Palmela, que confronta do Norte com Duarte Pereira, do Sul com Joaquim Farinha Júnior, do Nascente com Gaspar Manuel da Saúde Gonçalves, e do Poente com Aceiro, que se encontra inscrito sob o artigo 96 da Secção M-Um, da matriz rústica da freguesia de Palmela, constando como titular do referido artigo matricial António Augusto da Cruz Fernandes. Que, no tocante ao registo predial, encontra-se descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número doze mil cento e noventa e seis, de dezanove de Junho de mil novecentos e noventa e cinco, da citada freguesia de Palmela, com registo de direito de propriedade a favor de António Augusto da Cruz Fernandes e mulher Cacilda Antónia Correia Fernandes, casados sob o regime da comunhão de bens adquiridos, pela inscrição requisitada pela Apresentação catorze, de doze de Fevereiro de mil novecentos e sessenta e oito.

ESTÁ CONFORME.Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha

Alves, aos vinte e seis de Março do ano 2013.

O Notário(Lic. João Farinha Alves)

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Desconfortável, ou pelo menos pouco confortável, assim se parece ter sentido José

Mourinho durante a visita à expo-sição que assinala os seus 50 anos de vida e que foi inaugurada no passado sábado, em Setúbal, na Galeria de Exposições do reno-vado Quartel do 11.

«Este não é o meu habitat natural», começou por dizer aos jornalistas na conferência de imprensa que se seguiu à abertura oficial da mostra que retrata a vida pessoal e profissional do Special One. «As homenagens tocam-me muito e eu não gosto de não controlar as minhas emoções», confessou depois de se ter mostrado particularmente sensibilizado com a última foto da exposição, uma fotografia de família onde Mourinho e a mulher Matilde surgem em contraluz, numa janela, retratados pela objectiva da filha do casal.

Pouco habituado a expor a família e a vida privada, Mourinho assume que aceitou e autorizou esta exposição porque espera que ela seja vista «pelos miúdos setu-balenses e gostava que isso os ajudasse a acreditar que é possível lutar pelos seus sonhos».

Admitindo ser pouco apegado aos objectos que estão expostos, entre eles algumas das taças e meda-lhas conquistadas ao longo da carreira, o treinador confessa que recorda acima de tudo as sensações que viveu. «É das sensações e das emoções que me recordo. Os objectos para mim não têm tanto significado como essas vivências. É um patri-mónio que é dos meus filhos e que será dos meus netos e dos quais a minha mulher é a guardiã».

Apesar dos muitos objectos apresentados na exposição, Mourinho admitiu que espera ver

ainda aumentado o espólio «preparem-se porque ainda falta muito, ainda nem cheguei a metade. Se quiserem podemos fazer outra exposição daqui a algum tempo», disse bem-humorado.

Deputados europeus na região Piscina em obras

NO ÂMBITO da actividade regular de contactos com insti-tuições e população, os depu-tados comunistas no Parlamento Europeu, João Ferreira e Inês Zuber, vão estar na Península de Setúbal nos próximos dias

2 e 3 de Abril. Encontros com a ADREPES, Festróia, trabalha-dores da AutoEuropa, Asso-ciação dos Municípios da Região, Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal constam na agenda dos trabalhos.

POR MOTIVOS de avaria mecâ-nica, a Piscina Municipal do Lavradio (Barreiro) encontra-se encerrada para intervenção de melhoramentos nas infraestru-turas. Aguarda-se confirmação da data de abertura.

POLÍTICA DESPORTO

Sexta //29 . Mar . 2013 //

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A decisão tardou, mas o trabalho de casa foi feito e o ainda presidente da Câmara de

Santiago do Cacém promete uma «candidatura serena e ganhadora». Na apresentação da candidatura, com casa a abarrotar, Vítor Proença percorreu os caminhos da história do município, para garantir que será «um grande lutador dos interesses da terra», colocando as suas forças e a sua experiência ao serviço dos alcacerenses.

Na sua carteira «sem promessas» mas com compro-missos, Proença quer potenciar o estuário, o rio e as lezírias para atracção de investimentos turís-ticos, lutar por mais emprego, apoiar a cultura e requalificar a urbe alcacerense, o seu centro histórico e as freguesias. «Temos que ganhar auto-estima e colocar de novo Alcácer a sorrir com

orgulho na sua história», frisou, num dos momentos altos da sua apresentação pública.

Combater o atrasodos últimos anos

O candidato não tem dúvidas que o seu maior adversário será «o atraso» em que, nas suas pala-vras, «Alcácer está mergulhado» e deixou claro ao Semmais que vai estar «lado dos agentes econó-micos, da população e da cultura» para «virar a página», uma vez que o concelho «deixou-se ultrapassar nos últimos anos».

Em termos políticos, Vítor Proença promete uma campanha serena, diz ter comunicado previa-mente a sua decisão ao actual presi-dente socialista da autarquia, Pedro Paredes, mas não deixou de atirar as primeiras farpas: «A nossa candi-datura não tem origem em conflitos, guerras pessoais ou ambições. É uma candidatura construtiva que não exclui ninguém», afirmou. Garantindo ao Semmais, à margem da sessão de apresentação, que os seus adversários «olham para esta candidatura como uma candida-tura vencedora».

Numa mensagem mais virada para a campanha eleitoral, Proença adverte que os alcacerenses não devem «escolher projectos e cami-nhos que enfraquecem ainda mais o concelho», realçando a sua expe-riência, conhecimentos e contactos para «construir o relançamento de

Alcácer do Sal». «Asseguro que vamos criar um ambiente onde não existe o medo e vou bater-me com afinco junto de todos os poderes para reclamar para a nossa terra mais desenvolvimento», garantiu.

Emprego, investimentos e auto- -estima para afirmar AlcácerVítor Proença, o candidato da CDU à Câmara de Alcácer, elege «o atraso em que o concelho mergulhou» como o seu principal adversário. Promete uma campanha serena e com uma mão-cheia de ideias para colocar a ‘marca Alcácer’ na linha da frente.

Proença apresenta-se para relançar concelho «ganhador»

Brito e Gracieta na campanha eleitoralNão foi sem alguma emoção que Vítor Proença lembrou os presidentes anteriores eleitos pela CDU. Dois deles marcaram presença na sua apresentação, Gracieta Baião e Rogério Brito. «É a herança destes grandes autarcas que quero recuperar», frisou o candidato.Carlos Brito, que antecedeu, em nome da CDU, às presidências socialistas de Pedro Paredes, não podia estar mais animado: «Não é um regresso à política, mas vou estar muito activo nesta candidatura, porque se trata de um autarca e cidadão exemplar», disse ao Semmais. E fez um balanço «francamente mau» da gestão de Paredes, como «obra mal planeada e com erros crassos que só prejudicaram a população».

Amor sadino nas voltas pela Europa«Sinto muita emoção por estar aqui, por estar a ser homenageado na minha terra» referiu aos jornalistas, «levo sempre o carinho desta cidade para comigo porque em Setúbal é o único local onde eu sou eu».O treinador, admite que Setúbal é o seu eterno ponto de retorno e que é na cidade que o viu nascer e fazer-se homem que se sente bem. «Setúbal é o único local onde me tratam como gosto de ser tratado. Gosto que me deixem andar sossegado, e que me chamem Zé…»Normalmente pouco emotivo e sempre bastante controlado foi um Mourinho mais exposto aquele que recordou fotos dos tempos de liceu e da universidade, etrabalhos feitos na escola primária recuperados para a exposição. O silêncio foi uma constante enquanto fazia o percurso cronológico da sua vida e, sempre que falou da família ou das vivências pessoais, emocionou-se.

O ainda actual presidente da Câmara de Santiago e ‘trunfo’ da CDU em Alcácer teve casa-cheia na apresentação

«Setúbal é o eterno ponto de retorno» do ‘Zé’Mourinho inaugurou a exposição setubalense do seu 50.º aniversário e gostou do que viu. E arrastou jornalistas.

Marta David

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Pub.Pão, queijo e vinho vão voltar a animar Palmela

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Pelo menos 15 mil pessoas são esperadas este ano, entre os dias 5 a 7 de

Abril, em mais uma edição do Festival Queijo, Pão e Vinho, em S. Gonçalo, na freguesia de Quinta do Anjo, em Palmela. À semelhança dos anos ante-riores, esta 19.ª edição promete dar a conhecer as potencia-lidades turísticas do terri-tório aos visitantes e esti-mular a economia local, tão precisada em altura de crise.

Ao longo dos três dias do evento são esperadas as já habituais animações musi-cais, diversos passeios pedestres, demonstrações de tosquia, corridas de ovelhas, laboratórios de gosto, espectáculos eques-tres e aulas de equitação. Mas, este ano, os destaques recaem essencialmente nos show cookings que contarão com a presença de reno-mados chefs, nomeadamente Nuno Diniz, Hélder Martins e Rui Matias. A reserva nos shows cookings deve ser feita antecipadamente junto da Casa Mãe Rota de Vinhos e tem um custo de 5 euros.

Além desta novidade, a ARCOLSA (Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida) lembra ainda a existência de um espaço infantil no Museu do Ovelheiro, que abrirá no Sábado e Domingo às 11 horas, os workshops de flamenco, danças sevilhanas, salsa e ritmos latinos, promovidos pela Sociedade Filarmónica Humanitária, e o regresso da bênção dos

rebanhos, junto à capela de S. Gonçalo. A inauguração oficial do festival está prevista para as 18 horas de sexta-feira, dia 5.

“Palmela Tourist Card”vai oferecer descontos

Tal como em 2012, o preço do bilhete diário é de 1€, valor que duplica caso o visitante queira adquirir entrada para os três dias do certame. Para já, está confir-mada a presença de 45 parti-cipantes, menos 7 do que no ano passado.

O orçamento da 19.ª edição do festival ascende a 25 mil euros. 4 mil euros são apoio directo da Câmara Municipal de Palmela.

Paralelamente ao festival e no âmbito da campanha turística “Palmela Conquista”, vai decorrer um fim-de-semana gastronó-mico do queijo de ovelha, que conta com a participação de 16 restaurantes locais. A iniciativa integra o programa “À Conquista do Queijo, Pão e Vinho”, que tem ainda prevista a realização de visitas guiadas ao castelo de Palmela e aos moinhos de vento, bem como um conjunto alargado de descontos na restauração, lazer e hotelaria local para os detentores do “Palmela Tourist Card”. Os detentores do cartão turístico têm ainda um desconto de 50 por cento na entrada do Festival Queijo, Pão e Vinho.

Bruno Cardoso

HÁ MOTIVOS reforçados para vir entre os dias 5 a 7 de Abril até S. Gonçalo, ao Festival Queijo, Pão e Vinho, que conta, uma vez mais, com um programa aliciante e diversi-ficado. Pretendemos que os visitantes e os turistas venham ao festival, mas que não se fiquem apenas por ele.

Temos, por isso mesmo, uma campanha de promoção turística, o “Palmela Conquista”, cujo roteiro integra um conjunto de iniciativas, como por exemplo o fim-de-semana gastronómico dedi-cado ao queijo de ovelha, que vai contar com o apoio de 16

restaurantes. É um apoio muito importante para dinamizar a economia local e é um impulso que a câmara dá para estimular o sector.

Todos os que vierem ao concelho poderão beneficiar ainda, caso sejam detentores do “Palmela Tourist Card”, de descontos nos nossos hotéis, nas empresas de animação turística, de visitas guiadas ao castelo, podendo ainda adquirir a preços mais redu-zidos produtos na Casa Mãe Rota de Vinhos. Há, por isso, vários e bons motivos de inte-resse para vir a Palmela nestes dias.

O festival ocupa uma posição central na estratégia de desenvolvimento que pretendemos para o território, mas existirão, certamente, ao longo do ano outros momentos construídos com os parceiros para dinamizar o sector, especialmente em tempos difíceis. Reforçando a cooperação entre a autar-quia e agentes do sector vamos conseguir amortecer os efeitos da crise.

Luís Calha,Vereador do Desenvolvimento Económico e Turismo na Câmara Municipal de Palmela

29 de Março | 2013

19.º FESTIVAL QUEIJO, PÃO E VINHO

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Xavier Santana lança novo vinho branco no Festival

Pegões acentua ‘portfólio de prémios’ e confiança

A ADEGA Xavier Santana, localizada em Palmela, vai lançar o novo vinho branco, um Palmela DOC colheita de 2012, por altura do Festival do Queijo, Pão e Vinho deste ano. O novo néctar é distribuído em 7 500 garrafas.

André Pereira, o enólogo da casa, realça que se trata de um vinho obtido das castas Fernão Pires, Moscatel-Graúdo (Setúbal), Arinto e Viosinho, provenientes das vinhas da empresa. É um produto que se apresenta com uma cor citrina e aroma frutado com uma nuance floral. Na boca é intenso e fresco com um final agradável e persistente, podendo ser apreciado com pratos de peixe, mariscos e aperitivos ligeiros.

No decorrer do presente ano, a Xavier Santana tem previsto o lançamento de novas colheitas do

Quinta do Monte Alegre (tinto e rosé), Terras da Vinha (tinto e branco), bem como, mas a longo prazo, uma gama de mono-castas, nomeadamente Syrah, Cabernet-Sauvignon, Alicante e Touriga-Nacional.

André Pereira faz um balanço positivo do Queijo, Pão e Vinho, sublinhando que se trata de um certame que tem sido «positivo e benéfico» para a região e produtores, contribuindo para um valor «acrescentado» do queijo de

Azeitão e Moscatel de Setúbal.

A seu ver, o certame já se impôs no

calendário dos entu-siastas dos produtos ‘gourmet’ e dos consu-midores que dão valor

aos produtos tradicio-nais e gostam das activi-

dades ligadas à agricul-tura e pecuária. Além disso,

vinca que o «festival, que tem vindo a melhorar em termos

de organização, traz muito público da região e de fora da região, o que se traduz numa boa montra de vinhos e em bons negócios».

André Pereira faz um balanço «positivo» do espaço da adega recentemente aberto ao público com a finalidade de receber os turistas, anun-ciando, por outro lado, que a Xavier Santana irá enviar os seus vinhos para o concurso de vinhos de Portugal, que envolve jurados de renome internacional.

OS ÚLTIMOS prémios conquistados no ‘Vinalies Inter-nacional 2013’, em França, no ‘China Wine & Spirits Awards’, em Hong Kong, comprovam a excelência cada vez mais reconhecida além-fronteiras dos vinhos produzidos na Adega Cooperativa de Santo Isidro de Pegões.

São trezentas as distinções recebidas num espaço de uma década e o ano passado «foi o melhor ano de todos», sublinha ao Semmais Jaime Quendera, da direcção da Coope-rativa. Um ano em cheio, durante o qual foram batidos vários recordes da empresa, desde logo a produção que ultrapassou os dez milhões de garrafas. «Crescemos cerca de doze por cento em facturação, o que é muito relevante, tendo e conta a crise financeira e económica, num ano em que o mercado desceu 5 por cento»,

explica o responsável.Para este crescimento foi

decisivo a contínua aposta na internacionalização da Coope-rativa, processo iniciado em 2000, e que conta já com a presença da marca em cerca de 35 países, com mercado chinês a ganhar dimensão. «Estamos a fazer grandes esforços na exportação e acre-ditamos que este ano vamos continuar a crescer de forma sustentada», garante Jaiem Quendera, que é também o enólogo da empresa.

Com um portfólio para todos os gostos e carteiras, a Cooperativa de Pegões ainda

mantém um peso muito relevante no mercado

interno, atingindo ainda cerca de 75 por cento da produção total.

«Somos dos que mais vendemos no mercado interno

e isso reflecte o facto de produ-

zirmos bons vinhos e de sermos de confiança», afirmam os responsáveis da Coopera-tiva.

A Cooperativa dispõe de cerca de 100 associados, que recebem mais-valias directas do produto final e opera numa zona com mais 1100 hectares de vinha produzida e requa-lificada. Para este ano está previsto o lançamento de um moscatel superior e a cami-nhada dos espumantes, um dos vinhos com mais mercado a nível internacional.

André Pereira Jaime Quendera

29 de Março | 2013 | 19.º FESTIVAL QUEIJO, PÃO E VINHO8

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Sivipa aposta em nova imagem da gama Veritas

Cabernet Sauvignon de Ermelinda Freitas em alta

A SIVIPA vai apresentar a nova imagem da gama de tintos e brancos Veritas, no Festival do Queijo, Pão e Vinho. Trata-se de uma das marcas tradi-cionais desta produtora de vinhos de Palmela, criada desde o arranque da empresa, e que tem proporcionado grandes alegrias à adega na conquista de importantes prémios.

Filipe Cardoso, o enólogo, salienta que a marca Veritas, mais direccionada para produtos de alta gama, foi eleita, no ano passado, o melhor vinho pela Decoproteste, em termos de preço/qualidade, e ganhou, também no mesmo ano, uma medalha de bronze no Chal-lenge International du Vin, em Bordéus.

O Ameias, que ganhou recentemente uma medalha de ouro em Paris, a gama Serra Mãe reserva e os famosos moscatéis de

Setúbal vão estar à disposição do público, para prova e venda, no certame de Quinta do Anjo.

Na óptica de Filipe Cardoso, o Festival do Queijo, Pão e Vinho é um evento «muito importante» que tem lugar na nossa região, uma vez que ajuda a «promover os nossos vinhos de grande qualidade e tão premiados além-fronteiras».

O enólogo não tem dúvidas de que a firma tem concreti-zado «importantes negócios» nesta feira, dado que o negócio é «mais directo» para o

consumidor. Sobre o figurino do festival,

Filipe Cardoso aplaude a transferência dos stands dos vinhos, que assim passam a ficar localizados entre os

espaços do pão e do queijo. «No ano passado

ficámos num stand unica-mente de vinhos e isso não

funcionou. O que faz sentido é casar o queijo, o pão e o vinho

para ficarmos todos dentro do mesmo espaço», sublinha. A Sivipa, de acordo com Filipe Cardoso, goza de «boa saúde» e está a atravessar um «momento bom, apesar da crise, conquistando medalhas em vários concursos, o que comprova a alta qualidade que é depositada nos nossos produtos». Aliás, o enólogo orgulha-se de afirmar que a crise tem sido contornada com a produção de «muito bons» vinhos, sempre a «preços competitivos».

A CASA Ermelinda Freitas, localizada em Fernando Pó, Palmela, uma das adegas da região que mais medalhas conquistam em concursos internacionais, com os seus vinhos de excelência, volta a marcar presença na 19.ª edição do Festival do Queijo, Pão e Vinho.

A gerente Leonor Freitas garante que os principais vinhos da casa vão estar à disposição dos visitantes do certame, com especial realce para o tinto Cabernet Sauvignon, colheita de 2010, que alcançou este ano a medalha de ouro no concurso Vina-lies International 2013, que teve lugar em França. «Estamos a aguardar resultados de outros concursos, com outras colheitas, mas, neste festival, este tinto vai ser a nossa grande aposta em termos de divulgação», vinca.

Esta empresária de sucesso, vê no Festival do Queijo, Pão e Vinho uma «excelente forma de divulgar os vinhos e de estar próximo do consumidor. «Trata-se de uma feira regional pelo que temos muito orgulho em marcar presença com os nossos produtos de grande qualidade e que têm muita procura».

Leonor Freitas felicita a organização do evento, a ARCOLSA, pelo facto de, durante «tantos anos» ter conseguido manter este «grande evento» que tem «divulgado e chamado milhares» de consumidores

à região.Trabalhar cada vez

mais, em prol da quali-dade e de uma boa relação qualidade/

preço, para total satisfação dos

consumidores, é o grande trunfo da empresa para

os tempos que se avizinham. O processo da nova adega

parece estar no bom caminho. Leonor Freitas espera que as obras do novo e amplo espaço, dotadas de equipamento mais arrojado, estejam concluídas no início do próximo ano. «O tempo chuvoso que se tem feito sentir tem dificultado um pouco os trabalhos. É um espaço de grande importância porque nos permite produzir vinhos de grande qualidade em melhores condições tecnoló-gicas», remata.

Filipe Cardoso Leonor Freitas

19.º FESTIVAL QUEIJO, PÃO E VINHO | 29 de Março | 2013 9

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Festival quer chegar aos 20 milSemmais - Quais as expecta-tivas para a edição deste ano do Queijo, Pão e Vinho?Luís Macheta – As expecta-tivas são as melhores. Espe-remos que o festival este ano tenha uma maior adesão de público e que o tempo ajude. No ano passado choveu du-rante os três dias do festival, o que afastou algum públi-co. Queremos atingir este ano os 20 mil visitantes, contra os cerca de 12 mil do ano pas-sado. Apelo para que as pes-soas venham provar os nos-

sos produtos de qualidade.

As entradas continuam a ser pagas? O bilhete vai continuar a cus-tar um euro, sendo que as re-ceitas revertem a favor do agru-pamento de escuteiros de Quin-ta do Anjo.

Quantos expositores vão marcar presença?Este ano, por questões de es-paço, temos menos exposito-res. No total, o público vai en-contrar 50 expositores de quei-

jos, vinhos, pão e bolos.

Quais as principais novidades deste ano? Vai haver a bênção dos re-banhos, que terá na Cape-la de S. Gonçalo. E vamos ter demonstrações de atle-tas, workshops de cozinha, apresentações das escolas de música da Sociedade Hu-manitária, de Palmela, e da Sociedade de Instrução Mu-sical, de Quinta do Anjo. A corrida das ovelhas irá manter-se.

Qual o orçamento e apoios deste ano? Os valores são idênticos aos do ano passado, ou seja, atin-ge os 25 mil euros. A Câma-ra de Palmela, além dos apoios logísticos, concede 4 mil euros, enquanto a Jun-ta de Freguesia de Quinta do Anjo deu-nos 500 euros. Podemos dizer, que o festival já faz parte do calendário das actividades culturais da re-gião?Exactamente. A nossa gran-de aposta é a divulgação dos produtos da região. O festi-

val tem tido uma aceitação geral muito grande e é já uma referência na divulgação dos produtos da nossa região. Estou convencido que vai continuar a crescer e o mu-nicípio está apostado em apoiar e em mantê-lo vivo e activo.

Os parques de estacionamen-to estão garantidos?Sim, estão. Cada pessoa paga-rá um euro para estacionar o seu carro, sendo que ao longo da estrada da Coca-Cola as pes-soas também poderão esta-cionar as suas viaturas.

A ARCOLSA, entidade organizadora do 19.º Festival Queijo, Pão e Vinho, deposita boas expectativas para este ano e quer ultrapassar os 12 mil visitantes registados o ano passado.

29 de Março | 2013 | 19.º FESTIVAL QUEIJO, PÃO E VINHO10

O PRESIDENTE da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS), Henrique Soares, orgulha-se de o certame registar, ano após ano, uma maior envolvência de vinhos da região, o que demonstra que a importância na divulgação dos vinhos de qualidade. «É uma excelente iniciativa que tem vindo sempre a crescer e a melhorar. E é bom constatar que os produtores da região acreditam que o certame é um óptimo meio de promoção e de concretização de vendas», sublinha.

Henrique Soares relembra que a região já é palco de um conjunto de eventos «muito relevantes» na área dos vinhos, nomeadamente o próprio Festival de Queijo, Pão e Vinho, a Mostra de Vinhos de Fernando Pó e a Festa das Vindimas. O líder da CVRPS revela que entre 3 e 5 de Maio, em Setúbal, vai ter lugar um «importante» Festival de Vinhos, numa organização do município sadino que conta com o apoio da CVRPS.

Henrique Soares é peremptório em confirmar a satisfação dos produtores de vinho pelo facto de partici-parem no certame de Cabanas. «O excelente espaço dedicado

aos vinhos e um grande número de produtores presentes falam por si. Todos os produtores estão a dar boas referências do retorno do Festival do Queijo, Pão e Vinho, e pretendem voltar no ano seguinte. Não pára de aumentar a aderência dos produtores de vinho», argu-menta.

Satisfeito com o espaço onde é realizado o festival, devido às condições «adequadas e que têm vindo a ser melhoradas» para a reali-zação do evento, Henrique Soares diz que valeu a pena a mudança do festival para Cabanas. «Para já, é o local que parece reunir as melhores condições para a realização do festival, porque tem vindo a sofrer melhorias, ano após ano, levadas a cabo pela orga-nização», vinca.

CVR gaba festival na promoção dos vinhos

Henrique Soares, da CVRPS

Luís Macheta (à direita) no festival do ano passado

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O PRESIDENTE da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, Valentim Pinto, considera que o Festival do Queijo, Pão e Vinho constitui a «principal mostra de produtos locais tradi-cionais» da freguesia. Por outro lado, salienta que o certame expressa «bem» as potencia-lidades das actividades econó-micas e da dimensão cultural enraizada na própria história da freguesia, em particular da aldeia de Quinta do Anjo.

O autarca tece «os maiores» elogios a toda a organização da feira, devido à sua «enorme competência técnica e ao empenho» que têm depositado no evento. No que concerne ao espaço da feira, considera que o mesmo tem-se revelado como «uma boa alternativa, particularmente pela sua loca-lização, dimensão, acessibili-dades, zonas de parqueamento e características das próprias instalações».

«O facto de a aldeia não dispor de espaço e depois da queda do pavilhão do Quin-tajense, penso que o novo espaço encontrado dignifica o evento, os produtores e a Quinta do Anjo na diversidade das suas características locais», argumenta o presidente.

Valentim Pinto, apesar da crise, mostra-se optimista em relação ao futuro do festival. «É um certame que se irá manter, consolidar e mesmo expandir, sobretudo se o País encontrar um outro rumo polí-tico que permita o crescimento da economia e o bem-estar social das populações», sublinha o autarca.

O responsável teme que, por causa da «profunda crise económica e social, o número de visitantes possa decrescer em comparação com o ano passado». Contudo, apesar da crise e dos «fortes» constran-gimentos financeiros, Valentim

Pinto garante que o mesmo mantém «elevados padrões de qualidade que muito contri-buem para a dignificação da actividade dos nossos produ-tores e para a afirmação da freguesia, do concelho e da própria região».

Valentim Pinto apela para que a população visite o festival, tanto a da freguesia como dos concelhos vizinhos e de toda a Área Metropoli-tana de Lisboa.

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«O certame é a principal montra de produtos locais tradicionais»

Presidente da Junta muito entusiasmado

Valentim Pinto

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Mexa-se em Palmela Loureiros em estágio

DÊ as boas-vindas à Prima-vera com actividades físicas ao ar livre e viva a nova estação de forma mais saudável. Ao longo do mês de Abril, um pouco por todo o concelho, o programa

“Mexa-se em Palmela” promove a realização de caminhadas com diversos graus de dificuldade, ideais para toda a família, e convida à descoberta dos benefícios do Yoga e da Hidroginástica.

A SOCIEDADE Filarmónica Palmelense “Os Loureiros” vai realizar o concerto de encerramento do seu 6.º estágio de banda sob a direcção dos maestros Yibin Seow e Pedro Ferreira e ainda

com as participações do professor Reinaldo Guer-reiro e da soprano Isabel Biu. O concerto acontece este sábado, às 21h30, no Cine-Teatro S. João, Palmela, e o ingresso custa 3 euros.

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Novo paredão sobre o rio vai ser realidade

Frente ribeirinha de Alcocheteestá em obras

Palmela recebe queima do Judas

Arrancam esta segunda-feira, as obras relacionadas com a regeneração da frente ribei-

rinha de Alcochete, que abrange a Rua do Norte, o Largo da Miseri-córdia e a Av. D. Manuel I.

Esta intervenção foi objecto de uma candidatura, ao abrigo do Programa Operacional Regional

de Lisboa (PORL) do QREN, apro-vada em 2009, e que tinha sido apresentada pela autarquia em parceria com um conjunto de dife-rentes entidades, nomeadamente a APL – Administração do Porto de Lisboa, Fundação João Gonçalves Júnior, Santa Casa da Misericórdia de Alcochete e ICNB – RNET, Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade – Reserva Natural do Estuário do Tejo, que actualmente tem a desig-nação de ICNF - Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.

Nesta fase da obra, a inter-venção envolve a Câmara e a APL – Administração do Porto de Lisboa.

Os estaleiros de apoio à obra já estão a ser montados no Largo da Feira, e a intervenção terá influ-ência na circulação e estaciona-mento automóvel, pelo que a autar-quia apela à compreensão de todos

pelos incómodos causados durante esta obra que visa a requalificação de toda a zona ribeirinha de Alco-chete.

A Regeneração da Frente Ribei-rinha representa um custo total de 2.060.512,68 euros assumindo a autarquia um investimento de mais de um milhão para a execução das intervenções que são da sua responsabilidade tendo garantido 80 por cento de comparticipação de Fundos Comunitários.

A obra implica a reparação de patologias e renovação de estru-turas, reabilitação das guardas late-rais com recurso a materiais

adequados às condições de expo-sição marítima, substituição do pavimento existente e a substi-tuição da actual rede de iluminação pública, com instalação de novos candeeiros, assim como cablagens e tubagens de protecção integral-mente novas.

Na avenida D. Manuel I está prevista a construção de um novo paredão sobre o rio, com uma extensão de 485 metros e com um avanço de 15 metros relativamente ao muro de contenção actualmente existente, concebido para mitigar os efeitos da ondulação sobre os transeuntes.

O CENTRO histórico de Palmela é palco da tradicional Queima do Judas este sábado, a partir das 21h30. Com início no Largo dos Loureiros, este ritual teatral propõe um percurso pela vila, marcado pelo rufar dos tambores, com para-gens em diversos pontos, onde as associações locais aguardam o público para a leitura do testa-mento, texto teatral, de tom satí-rico, que aborda temas da actua-lidade.

À luz dos archotes, o cortejo desfila até encontrar nova paragem, onde o Judas conhece o seu destino e expia, simbolicamente, os males do mundo no ano que passou. A noite termina com a actuação do Bardoada, no Largo de S. João, e fogo de artifício.

A queima do Judas cruza-se, este ano, com o Manifest’Arte, uma iniciativa desenvolvida por um grupo de jovens de Palmela, que pretende envolver e sensibilizar a comunidade, de forma criativa, para valores como o respeito e a tolerância. Assim, este grupo de jovens participará na queima do Judas com a dinamização de um testamento e a realização de uma marcha pela tolerância.

A REABILITAÇÃO urbana dos núcleos urbanos do concelho, no sentido da sua recuperação e recon-versão urbanística, é um dos objec-tivos do plano aprovado esta semana.

O documento, denominado Plano Municipal de Reabilitação

Urbana Moita/2025, vem ao encontro das prioridades do muni-cípio, no sentido de promover estra-tégias para o processo de reabili-tação, regeneração e revitalização urbana, a desenvolver, durante os próximos 12 anos, nos aglomerados urbanos do concelho.

Barreirenses adaptam carta educativa à nova realidade social

Encontro Eco-Escolas do Seixal

Reabilitação urbana da Moita promete mudar imagem

O BARREIRO arrancou esta semana com a revisão da Carta Educativa Concelhia, por consi-derar que «a sociedade se encontra em progressiva mudança e em que as relações entre a escola, a comu-nidade educativa e o poder local colocam desafios para a educação».

O presidente da autarquia, Carlos Humberto, sustenta que o documento constitui «um instru-mento de planeamento estratégico para o desenvolvimento das polí-ticas locais e de apoio às decisões em matéria de política educativa, sendo a sua revisão obrigatória sempre que a rede não esteja adequada aos princípios, objectivos técnicos e parâmetros definidos para o reordenamento da rede educativa concelhia».

Para além desta obrigatorie-dade legal de revisão do documento, existe um conjunto de factores subja-centes que devem ser igualmente equacionados, argumenta o execu-

tivo, referindo-se aos processos de agregação que o Ministério da Educação tem em curso para o concelho, «à publicação dos resul-tados dos censos de 2011, à revisão do PDM e à reforma do mapa admi-nistrativo do país».

A revisão do documento tem como principal objectivo a formu-lação de uma proposta de reorde-namento da rede educativa conce-lhia, que se considere mais adequada à procura previsível no médio/longo prazo.

A PRIMEIRA edição do Encontro Eco-Escolas do Seixal realiza-se no próximo dia 22 de Abril, no Auditório dos serviços centrais da autarquia.

Uma oportunidade para conhecer os projectos que as escolas participantes desenvolveram, no âmbito deste projecto e para cele-brar o Dia Mundial da Terra, come-morado a 22 de Abril.

O encontro é um programa inter-nacional que encoraja acções e reco-nhece o trabalho de qualidade desen-volvido pelas escolas, no âmbito da Educação Ambiental e Educação para o Desenvolvimento Sustentável.

A iniciativa resulta de uma organização conjunta entre a autar-quia, a Agência Municipal de Energia do Seixal e a Escola Secun-dária José Afonso.

Na iniciativa participam perso-nalidades como Joaquim Tavares, vereador do Ambiente e Serviços Urbanos; Margarida Gomes, direc-tora técnico-pedagógica da Asso-ciação Bandeira Azul Europa (ABAE); e Isabel Silva, vice-directora da Escola Secundária José Afonso.

A reabilitação da zona ribeirinha da vila de Alcochete só é possível graças a uma candidatura ao Programa PorLisboa aprovada em 2009, que envolve diversas entidades. O custo total é superior a 2 milhões de euros.

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Novo piso de alcatrão e novos candeeiros estão incluídos na reabilitação

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Novos desafios para a educação

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O CORPO do presidente da Junta de Freguesia do Pragal, Carlos Mourinho, foi a enterrar na terça-feira no cemitério do Feijó. O autarca faleceu segunda-feira, aos 66 anos, vítima de doença prolongada.

Para a concelhia do PCP de Almada, Carlos Mourinho foi um homem «íntegro», tendo pautado a sua vida na «luta pela defesa dos trabalhadores e das populações». Com «grande combatividade e

firmeza», Mourinho «esteve sempre na linha da frente pela defesa do poder local democrático e pelos valores de Abril, pela democracia e pelo Socialismo». Desempenhava o cargo de presidente da Junta desde 1993.

Almada perde autarca do Pragal

O autarca Carlos Mourinho

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Sexta // 29 . Mar . 2013 // www.semmaisjornal.com 13

INICIATIVAS

O TEATRO do Elefante culmina este sábado, na Casa da Cultura, em Setúbal, às 15 horas, um ciclo de workshops. Desta feita, o workshop ‘O que é a criativi-dade?’ é dirigido por Fernando Casaca e integra-se no projecto Escola de Artes Performativas. A participação tem um custo de cinco euros.

A CMA está a sensibilizar os jovens para a inclusão social. Até 30 de Abril, no concurso de ideias “Acessibilidade no Edifi-cado e Espaço Público”, os candi-datos deverão realizar uma análise e a proposta de solução dos problemas identificados em relação às Casas Municipais da Juventude.

A CÂMARA Municipal do Barreiro volta a assinalar, a 7 de Abril, o Dia Nacional dos Moinhos com visitas ao Moinho Poente. Assim, neste dia, entre as 14 e as 17 horas, as portas do Moinho Poente vão estar aberta, permitindo que o público o possa visitar e, assim, conhecer o seu interior.

A PRÓXIMA sessão das “Conversas com a Presidente”, da Câmara de Setúbal, através do Facebook, realiza-se a 1 de Abril, entre as 21 e as 23 horas, estando acessível no Facebook através de uma ligação exis-tente em www.mun-setubal.pt. Cada participante poderá colocar até cinco questões.

Workshopde teatro

Inclusãosocial

Moinho com portas abertas

Conversas com a presidente

Autarca de Santiago estreita laços com Cuba

Grandolenses reciclam na feira da ladra

O AUDITÓRIO Conde de Ferreira lotou, no domingo, na ceri-mónia de atribuição do Prémio Espi-chel 2013, entregue à família Chagas e a José Gouveia, pelo mérito, percurso profissional e contributo para a promoção de Sesimbra.

«Estamos perante dois premiados que apesar de terem seguido percursos distintos têm em comum protagonismos seme-lhantes e também a inovação, que lhes permitiu destacarem-se nas suas áreas. Quer a família Chagas, quer José Gouveia têm demons-trado uma genuína afeição ao seu trabalho, sem exuberâncias, sem vaidades, mas com muito afecto à comunidade sesimbrense, sendo por isso, merecedores deste prémio», sublinhou Odete Graça, presidente da Assembleia Muni-cipal, perante uma plateia composta por autarcas, repre-

sentantes de diversas entidades, familiares e amigos dos premiados.

Promoçãoa Sesimbra

Sensibilizado com a distinção, Hélder Chagas agradeceu a honra e o facto do prémio ter sido atri-

buído à sua família como um todo, e não apenas a alguns elementos. «A minha família tem-se dedi-cado à promoção de Sesimbra e da sua gastronomia. Herdei esta vocação, o estoicismo e a capa-cidade de improviso do meu pai e, hoje, são os meus filhos que seguem estes ensinamentos».

Também José Manuel Gouveia se mostrou surpreendido. «Fiquei sem palavras», confessa o especia-lista internacionalmente conhecido pelo trabalho no estudo dos azeites.

O Prémio Espichel foi insti-tuído pela Assembleia Municipal em 2003 e destina-se a reconhecer e evidenciar o mérito de pessoas singulares e colectivas por actos relevantes que tenham influência directa na vida do concelho ou que constituam uma forma de promoção de Sesimbra, em Portugal e no mundo.

O PRESIDENTE da Câmara de Santiago do Cacém, Vítor Proença, reuniu com o Embai-xador de Cuba, Eduardo González Lerner, na embaixada em Lisboa.

O embaixador de Cuba abordou a situação económica do seu país e deu ainda conhe-cimento ao Autarca das conse-quências do bloqueio econó-mico e financeiro imposto pelo Governo de Washington contra Cuba.

Vítor Proença fez um balanço do seu mandato à frente da autarquia, que termina em Outubro, e abordou com o embaixador as próximas elei-ções autárquicas.

Eduardo González mani-festou o desejo de continuar a fortalecer os laços com a Câmara de Santiago do Cacém. Vítor Proença afirmou igualmente o seu apoio a iniciativas bilate-rais que resultem no desenvol-vimento dos laços de amizade entre ambos os povos.

O LARGO Catarina Eufémia, no centro da cidade, vai ser este sábado palco para um dos mais tradicionais certames locais.

A Feira da Ladra, onde, diz a autarquia, promotora do projecto, «basta aparecer e expor as tralhas», realiza-se mensalmente, no último sábado de cada mês, no Largo Catarina Eufémia, junto ao posto dos Correios, a partir das nove da manhã.

Objectos usados e em bom estado de conservação, com as mais variadas características como é o caso de mobiliário, anti-guidades, roupas, quadros, artigos de decoração, bijutarias ou livros estão disponíveis, num espaço partilhados por todos os que quiserem vender ou trocar objectos.

O espaço da Feira da Ladra está também direccionado para jovens artesãos que queiram mostrar e vender os seus traba-lhos.

A organização deste certame é da Câmara Municipal de Grândola.

A EXPOSIÇÃO da Embaixada da Republica da Polónia em Lisboa, que estará patente ao público na Biblio-teca Municipal para dar conhecer o percurso de Janusz Korczak, médico, escritor, pedagogo, e fundador de um orfanato para crianças judias, que acompanhou até ao fim no campo de extermínio de Treblinka.

Nascido em Varsóvia, em 1878, Janusz Korczak, pseudónimo de Henryk Goldsmit formou-se em Medicina e desenvolveu, paralela-mente, uma promissora carreira lite-rária; contudo, a sua notoriedade deve-se à dedicação ao ensino dos mais jovens e aos inovadores métodos pedagógicos.

LER o ambiente é o nome da iniciativa pedagógica lançada pela autarquia montijense entre os dias 2 e 5 de Abril, direccionada aos mais pequenos.

A ideia deste projecto, que vai para o terreno através dos técnicos da Casa do Ambiente, é a de promover comportamentos

ambientais correctos entre as crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico.

O objectivo é sensibilizar os mais novos para as temáticas rela-cionadas com o ambiente, como a reciclagem e o papel que cada um de nós deve ter na defesa do planeta.

O FESTIVAL 7Rock realiza-se este sábado, às 22 horas, na Capricho Setubalense, com um concerto dos seBENTA e a final do 9.º Concurso de Bandas de Garagem.

Participam os Surveillance, Flaming Joseph, Corda, Gapura, e Sugiru, que serão avaliadas pelo júri, composto por Pedro Brinca, do Setúbal na Rede, Pedro Antunes e João Almeida, músicos, João Miguel Fernandes, da Fábrica de Artistas, Fábio Batista, em repre-sentação da Capricho, e Hugo Tavares, pelo município.

O vencedor do concurso, orga-

nizado pelo município e Capricho, é premiado com actuações no festival Super Bock Super Rock, na Feira de Sant’Iago e na Semana Académica de Setúbal, recebendo ainda um cheque de mil euros.

O vencedor do prémio Melhor Banda, cuja escolha é feita através de votação online no sítio do jornal Setúbal na Rede, além de receber 500 euros, sobe ao palco da Feira de Sant’Iago e tem ainda direito a actuar no festival Rock no Rio Sado.

O concurso entrega ainda 700 euros ao 2.º lugar, 500, ao 3.º, 200, ao 4.º, e 100, ao 5.º.

Alcácer do Sal expõe heróida 2. ª Guerra na biblioteca

Montijo ajuda os mais pequenosa proteger o meio ambiente

Bandas rock animam Setúbal

Sines vai ter novo parque de campismo

Sesimbra premeia mérito e inovação em mais um Prémio Espichel

O EXECUTIVO de Sines realiza, no dia 8, uma hasta pública para adjudicação de um direito de superfície a constituir sobre o Lote 1 do Loteamento Municipal do Parque de Campismo de Sines.

O objectivo é a criação, no local do parque de campismo actual-mente desactivado, de um novo parque de campismo, com um mínimo de quatro estrelas, nos termos e com os limites aprovados no Plano de Pormenor da Zona Poente da Cidade de Sines.

O novo Parque de Campismo de Sines vai ser dotado de condi-ções para funcionar todo o ano e acolher um máximo de 850 utentes em alojamentos turísticos variados, desde bungalows, auto-caravanas e tendas.

A Capricho Setubalense vai estar ao rubro para receber bandas rock

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Dores Meira ouve munícipes

A líder da AM, Odete GraçaD

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Queima do Judas em Palmela Extremo estreia nova produção

O CENTRO histórico de Palmela é palco da Queima do Judas este sábado. Com início às 21h30, no Largo dos Loureiros, este ritual teatral propõe um percurso pela vila, marcado pelo rufar dos

tambores, com paragens em diversos pontos, onde as associações locais aguardam o público para a leitura do testamento, texto teatral, de tom satírico, que aborda temas da actualidade.

O TEATRO Extremo, em parceria com o Teatro Forum de Moura, vai estrear no próximo dia 7 de Abril, às 15 horas, no Forum Romeu Correia, em Almada, a peça para a

infância “Os Barrigas e os Magriços”, de Álvaro Cunhal, cuja encenação está a cargo da dupla Jorge Feli-ciano e Catarina Pé-Curto. A interpretação pertence a Andreia Egas.

CULTURA

Sexta //29 . Mar . 2013 //

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Com encenação de Jorge Silva Melo, “A Estalajadeira”, de Carlo Goldoni, vai estar nos palcos de Almada até ao dia 7. Trata-se de uma produção dos Artistas Unidos, em co-produção com o TNSJ/CCB.

Teatro Joaquim Benite | 21h30.

O inglês David Philips, um dos mais promissores songwriters da actualidade, vai apresentar o seu novo disco. A sua música é comparada a nomes como Jack Johnson, Ryan Adams ou Ray La Montagen, e a sua voz aparentada a Eric Clapton.

Cine-Teatro S. João,Palmela | 21h30.

“A Estalajadeira”

Novo CD de David Philips

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“O CERCO de Leninegrado”, pelo Teatro Estúdio Fontenova, sobe ao palco do Forum Luísa Todi, em Setúbal, este sábado, às 21h30, e domingo, às 16 horas. A Ence-nação é de José Maria Dias e as interpretações estão a cargo de Graziela Dias e Sara Costa.

Trata-se de uma criação baseada no olhar, na acção e nas memórias de duas mulheres que vivem encerradas num velho teatro, lutando e nunca se rendendo, contra a sua demolição anunciada. “Teatro” como metáfora para tudo o que se desmorona e que tem o fim anunciado por imposições tecnocratas e economicistas.

O musical “Peter Pan” continua em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, sob a batuta do mestre Filipe La Feria. Não deixe de ver e de levar os seus filhos a ver o pequeno rapaz voador que se recusa a crescer e passa a vida a ter aventuras mágicas. Na verdade, trata-se de uma das mais belas e imortais histórias do imagi-nário que perdura há mais de um século como uma obra-prima. É a maravilhosa história de um menino criado pelas fadas, que conseguia voar e vivia numa terra mágica onde nunca enve-lhecia. Para ganhar convites para as sessões de sábado, às 15 horas, ligue 918 047 918.

Ganhe convites para “Peter Pan”

“O Cerco de Leningrado”no Forum

Revista alentejanaO grupo cénico da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba (Pazôa) leva à cena a revista popular “A Tasca”, da autoria de Tozé Grilo. Conta a história de uma taberna de aldeia rural alentejana, onde todos sabem de tudo, mas ninguém viu nada.Auditório António Chaínho, S. Cacém | 21h30.

Mazgani conta históriasde amor e de desencontro no novo CD

A ESCOLA Profissional do Montijo (EPM) celebrou, no passado domingo, no Cine-Teatro Joaquim d´Almeida, os 20 anos de actividade através de um espectáculo que contou com lotação esgotada.

Outras iniciativas vão ter lugar mas esta teve um sabor especial: tal como a EPM, há 20 anos, o Conser-vatório Regional de Artes do Montijo está a dar os primeiros passos e sendo a mais recente criação da Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo, foi

bonito de se ver o carinho com que os mais novos quiseram associar-se à celebração de uma data que, também eles, daqui a 17 anos, vão querer celebrar como sublinhou o director João Martins.

Segundo João Martins, a grande carência da escola prende-se com a necessidade de novo espaço tecnológico, embora o projecto funcione em edifício próprio desde a sua fundação. «O projecto de arquitectura está concluído e andamos, neste momento, à

procura de parceiros», frisa. A numerosa assistência que

encheu o Joaquim d'Almeida compre-endeu o alcance da celebração.

O cantor e compositor Mazgani apresentou na passada sexta-feira, no Forum Luísa Todi, em

Setúbal, o seu novo e terceiro disco de originais intitulado “Common Ground”, com casa esgotada, para ouvir as suas histórias de amor e de desencontro.

Mazgani admite que as suas músicas destinam-se a um público específico e “Common Ground” levou cerca de dois anos a preparar. Apesar da introdução de novas sonoridades, mantém o registo de contador de histórias, com a voz a prevalecer sobre o instrumental, num ambiente

envolvido pela intimidade. Questionado sobre a mensagem

do seu novo registo, Mazgani afirma que acredita que «a mensagem de qualquer trabalho criativo pretende devolver a quem o recebe o seu centro e a sua inteireza». E sublinha que ficará grato se o disco oferecer um «momento de conforto a algum ouvinte».

Produzido por John Parish e Mick Harvey, o sucessor de “Song of Distance”, de 2010, foi integralmente gravado e misturado em Bristol, na Inglaterra, e tem em “Distant Gardens” o primeiro cartão-de-visita. O cantor

iraniano já gravou 4 álbuns, 3 LP e um EP. Foi eleito em 2005, pela conceituada revista “Les Inrockup-tibles”, como um dos 20 novos melhores artistas europeus.

Depois de viver cerca de 30 anos em Setúbal, Mazgani decidiu mudar-se Lisboa. Recebeu a Medalha de Honra do Município de Setúbal na classe Actividades Culturais.

No dia 17 de Maio, às 21horas, “Common Ground” terá honras de apresentação no Centro Cultural de Belém, com bilhetes a doze euros.

EPM à procura de espaço tecnológico

Mazgani lançou CD em Setúbal

“Common Ground” vai subir até ao CCB

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

MÚSICADIA 30/03 ÀS 22H00 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFONSO – CONCERTO DE PÁSCOA. Espétaculo com o Coro de Câmara de Setúbal. / Entrada: 3€DIA 30/03 ÀS 21H30 NA CAPRICHO SETUBA-LENSE – FESTI-VAL 7ROCK. Final do 9º Concurso de bandas de Garagem, com a participação especial Dos seben-ta./ Gratuito

DIA 5/04 ÀS 21H30 NO FÓRUM LUÍSA TODI - TOUR ÍNTIMO/ JORGE PALMA. CONCERTO ACÚSTICO DE JORGE PALMA, com piano e guitarra, que recorda quaren-ta anos de carreira, com a participação do filho, Vicente Palma./ Bilhete: 14€ LAZERDIA 6/04 ÀS 10H00 - NOS ARRABALDES DO CÉU. Passeio de

natureza pelo local usado por pescadores para rezar, num caminho seguido por pastores,

mercadores e ermitas. Inclui visita ao Convento da

Arrábida./ Informações: 265 227 685 / www.sal.pt / Preço:

8€ geral, 4€ residentes e turistas alojados. II MOSTRA DE ARTESANA-TO E PRODUTOS TRADICIO-NAIS DO DISTRITO DE SETÚBALDIAS 5,6 E 7 DE ABRIL NO

LARGO JOSÉ AFONSO. Certame de venda de

doçaria conventual e regional, mel, compotas e outros produtos da região

de Setúbal, como faianças, azulejaria,

miniaturas, trabalhos em madeira, ferro e tecido e bijuteria artesanal./ Gratuito./ Horário: sex. das 17h00 à 23h00, sáb. das 11h00 às 24h00 e dom. das 11h00 às 19h00.

Concerto lotou Teatro do Montijo

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Cartão para estudantes Geração Auris de 5 estrelas

O FREEPORT d Alcochete acaba de lançar um cartão de descontos destinado exclusivamente a estu-dantes universitários. Concebido para a faixa etária entre os 18 e os 24

anos, o cartão oferece 20 por cento de desconto sobre o preço outlet até um máximo de 50 por cento sobre o preço original, sempre às quartas-feiras.

APRESENTADO no início do ano, a nova geração Toyota Auris mantém os elevados padrões de segu-rança activa e passiva da Toyota. Foi o primeiro automóvel do segmento C

a alcançar as 5 estrelas no programa de testes Euro NCAP 2013. Está equipado com ABS e repartidor elec-trónico de travagem EBD. A marca espera boas vendas com este novo ‘bólide’.

NEGÓCIOS

Sexta //29 . Mar . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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A floresta do concelho de Grân-dola é de «grande impor-tância» para a economia

nacional. Segundo o vereador Paulo do Carmo, é na serra de Grândola que existe a «melhor cortiça do Mundo». Por outro lado, abunda também uma «grande mancha» de pinheiro manso, com produção de pinhão de «grande qualidade».

Paulo do Carmo realça que o município de Grândola tem vindo a apostar, de uma forma «muito forte», na protecção ambiental, de onde se realçam acções contra os fogos ambientais. «A floresta desem-penha um grande impacto na economia local do nosso concelho. Esta riqueza natural deve continuar a ser preservada em prol da criação da riqueza tanto a nível local nacional como nacional».

De acordo com o autarca, o município tem desenvolvido diversas acções com vista a poten-ciar este cluster natural. É de destacar uma brigada de canari-nhos, constituída por cinco pessoas, que está em alerta permanente contra os fogos florestais, durante todo o período do ano, entre outros trabalhos. «Estes homens estão a ser pagos pelo município para, diariamente, terem uma acção preventiva e de esclarecimento sobre a importância da floresta junto da comunidade», argumenta, acres-centado, por outro lado, o trabalho de parceria também com a Asso-ciação dos Agricultores para a limpeza e prevenção dos fogos na época de Verão.

Além de grande riqueza, Paulo do Carmo diz que a floresta de Grân-

dola está «bem cuidada e preser-vada» e que contribui para «a criação de emprego e rendimentos». A seu ver, Grândola é o concelho do País com «melhores condições» para a prática de BTT. «Não é por acaso que este ano se vai realizar em Grân-dola, em Outubro, o Campeonato Mundial de Orientação e BTT, que vai envolver mais de 500 atletas.

O Dia Mundial da Floresta e da Árvore, que se celebrou um pouco por toda a região, no passado dia 21, ficou marcado em Grândola pela plantação de 50 novas árvores, na instalações da comunidade “Ponte”, localizada em Filha do Pascoal, destinada à recuperação de pessoas com problemas de álcool e de drogas. «Foi uma parceria que correu muito bem e que deu frutos», vinca o autarca.

Serra de Grândola produza melhor cortiça do Mundo O GRUPO Portucel Soporcel, em

parceria com o município, volta a comemorar o Dia Mundial da Floresta com a iniciativa “Dá a Mão à Floresta”, na qual vai oferecer várias centenas de plantas aos habitantes do concelho.

A iniciativa, que se enquadra na política de responsabilidade social do grupo, tem como objectivo sensi-bilizar as populações para a impor-tância de proteger a floresta e o meio ambiente e decorrerá na próxima quarta-feira, dia 1 de Abril, na Praça do Bocage.

As plantas a distribuir são produ-zidas nos viveiros do grupo e foram seleccionadas de acordo com as carac-terísticas da região. Entre as espé-cies a oferecer encontram-se euca-liptos, sobreiros, carvalhos, azinheiras, alfazemas, alecrins e medronheiros.

Sob o mote “365 dias a cuidar da Floresta”, a iniciativa deste ano foi concebida a pensar nos mais novos,

procurando sensibilizar este público-alvo para a temática da protecção da floresta e da preservação e conser-vação dos recursos naturais. O Jogo da Floresta, a Árvore dos Desejos e, ainda, a Dança da Floresta são algumas das actividades previstas que irão animar as escolas participantes.

O grupo Portucel Soporcel é um grupo florestal verticalmente inte-grado, com actividade de investi-gação própria, desenvolvendo acti-vidades em toda a cadeia de valor, desde a floresta à produção de pasta de celulose, energia e papel. Com activos industriais em Portugal e 13 subsidiárias comerciais nos Estados Unidos, Europa e Norte de África, o Grupo é líder europeu na produção de papéis finos de impressão e escrita não revestidos e 6.º a nível mundial. É ainda uma das principais referên-cias mundiais na produção de pasta branqueada de eucalipto.

Portucel oferece plantasà população de Setúbal

Desempregona Atlantic Ferries gera protestos

PRESSIONAR a autoridade portuária a impedir a aplicação dos novos horários previstos pela concessionária dos transportes no Sado, foi um dos objectivos do plenário dos trabalhadores reali-zado terça-feira.

Segundo explica a União de Sindicatos de Setúbal, estrutura

regional da CGTP, o objectivo é levar a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra a evitar mudanças nas carreiras fluviais entre Setúbal e Tróia e que, aponta, implicaria despedimentos.

O sector agro-florestal tem uma grande força na região, nomeadamente na nossa Costa Alentejana

Casa do Peixe lança cardápio de promoções O RESTAURANTE Casa do

Peixe, onde imperam os produtos da região e os pratos à base de peixe, acaba de lançar uma série de regalias de forma a cativar e a fidelizar os seus clientes, bem como proporcionar algumas vantagens à camada estudantil.

Os cartões Cliente e do Estu-dante permitem aos seus utiliza-dores beneficiarem de algumas refeições grátis. Os estudantes podem também ganhar um desconto de 15 por cento nos almoços e jantares das quintas-feiras. No menu económico, servido diariamente, os clientes pagam apenas 7,50 euros. E para grupos

acima das 8 pessoas, que pretendam realizar a sua festa de aniversário, a Casa do Peixe oferece a refeição do aniversariante.

O gerente Luís Cruz realça que estas acções têm como objec-tivo «combater a crise de uma forma séria» e «estimular a ida das pessoas» à Casa do Peixe, durante todo o ano. «Aqui come-se com qualidade, com peixe fresco da costa, e legumes e vinhos da região a preços agra-dáveis», argumenta, acrescen-tando que a gerência da Casa do Peixe está a preparar uma carta de apresentação para distribuir à população e empresas das

imediações. «Este documento visa divulgar as nossas promo-ções para que as pessoas se habi-tuem a comer bem de uma forma mais económica».

De relembrar que os clientes que apresentarem o anúncio de primeira página do Semmais têm direito a 50 por cento de desconto na refeição do acom-panhante.

No que diz respeito a acti-vidades culturais, às sextas-feiras à noite canta-se o fado e em Abril, sobretudo aos sábados, está previsto o arranque de noites temáticas, com música flamenca, celta, açoriana e de

autor. As exposições e a poesia vão também prosseguir neste espaço ligado ao mar, à Arrá-bida e a outras tradições de Setúbal.

Este espaço gastronómico de referência de Setúbal, com 5

mil amigos no facebook e mais de 1 300 likes na página de fãs, encerra à segunda-feira e só serve jantares às quintas, sextas-feiras e sábados. Fica localizado na Rua General Gomes Freire, número 138, em Setúbal.

Para além da boa cozinha que apresenta o ‘chef’ Luis Cruz é um bom conviva

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PUBLIREPORTAGEM

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Manuel Bola homenageado no Dia Mundial do Teatro

MANUEL Bola chorou! Uma e outra e outra vez! Emocionou-se com os amigos, colegas de profissão e camaradas de arte que o homenagearam no Dia Mundial do Teatro na sala polivalente do renovado Fórum Luísa Todi comple-tamente cheia para aplaudir o homem que tantas vezes foi aplaudido em cima das tábuas do palco.

«Esta é a homenagem mais importante que me fizeram», disse ao Semmais, já com as lágrimas a aflo-rarem aos olhos ainda a ceri-mónia não tinha começado. «É um tributo feito por aqueles que partilharam comigo o palco e, ainda por cima, é no dia Mundial do Teatro».

Aos 68 anos, com uma

vida inteira dedicada ao teatro e ao cinema, Manuel Bola, ou Carlos Rodrigues, é uma figura incontornável no panorama cultural setuba-lense. Conhecido não só pelos muitos papéis que repre-sentou, mas também como cidadão que, no dia-a-dia, percorre as ruas da baixa da cidade rindo e brincando com quem se cruza, contando anedotas, fazendo sorrir.

A emoção foi a palavra de ordem numa homenagem sentida. «Isto é o mesmo que dizerem “Aquele gajo valeu a pena”», disse ao Semmais, quando questionado sobre a forma como interpretava o tributo. O público presente, e que tornou pequena a sala onde se realizou a home-nagem, não tem dúvidas quanto a isso.

Sexta //29 . Mar . 2013 //

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A PARTIR da próxima segunda-feira, dia 1 de Abril, a população de Sesimbra vai passar a ter como primeira Hospital de referência o Hospital de São Bernardo, em Setúbal, em vez do Hospital Garcia de Orta, em Almada.

A situação já tinha sido apresentada à câmara muni-cipal há uns meses e quando confrontado com esta possi-bilidade, o presidente da autarquia, Augusto Pólvora, assume que nessa altura foi necessário ponderar os prós e contras da eventual alte-ração. «Na altura o assunto foi abordado, quer pela câmara quer na assembleia municipal e chegámos à conclusão que seria mais vantajoso para a população de Sesimbra passar a ter como primeiro hospital o São Bernardo».

Em causa está, segundo o autarca, a situação de quase rutura que se vive no hospital de Almada. «As urgências estão sempre no

limite, existem listas de espera intermináveis para as consultas de especiali-dade, os próprios acessos a Almada e os constantes congestionamentos no trân-sito foram analisados. Daí que nos pareça mais vanta-joso para a população do concelho passar a usar o S. Bernardo e foi essa a indi-cação que demos quando confrontados com o problema», explica o edil.

Ainda o novo hospital do

SeixalApesar de continuar a

considerar a necessidade da construção de um centro hospitalar que sirva os concelhos de Sesimbra e do Seixal, o presidente da câmara admite que não estando esta possibilidade num horizonte de tempo mais próximo «mais vale um pássaro na mão que dois a voar».

O Serviço de Atendimento Permanente existente no concelho, a funcionar entre as 10 e as 22 horas, «deixa muito a desejar», na opinião do autarca. «Trata-se de um serviço prestado por uma empresa contratada pelo Ministério da Saúde e que não serve as necessidades da população». Para além disso o autarca reclama a neces-sidade do SAP existente no concelho passar a ter em consideração o facto de Sesimbra ser um destino turístico e, por isso, passar a ter um horário mais alargado na época do Verão.

Câmara de Sesimbra deu luz verde ao S. Bernardo

PSD tem nova vereadora no Barreiro

Garcia de Orta deixa de ser hospital referência

A SOCIAL-democrata Olga Alves já substituiu Nuno Banza enquanto vereadora da Susten-tabilidade Ambiental na Câmara Municipal do Barreiro.

O convite foi feito pelo presidente da autarquia, Carlos Humberto, que decidiu manter a postura de oferecer pelouros aos vereadores da oposição, «tendo em vista uma gestão democrática e partilhada».

Olga Neves assumiu assim a pasta deixada vaga por Nuno Banza, que pediu suspensão do mandato pelo período de 18 de Março até ao próximo dia 30 de Setembro inclusive. A autarca é também a repre-sentante do munícipio na Agência Regional de Energia do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.

O edil Augusto Pólvora

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