semmais 31 janeiro 2015

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Sábado | 31 janeiro 2015 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 841 • 8.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa CULTURA 13 Revista popular "Pró Diabo Kus Carregue", sobe ao palco no Montijo. Fotos: DR BALANÇO DO ANO NEGÓCIOS 11 Novo Terminal de Contentores do Barreiro capta interesse de grupo Chinês. SOCIEDADE 4 "Trojan Horse Was a Unicorn Festival", em Tróia, é o melhor do mundo na sua área. As transferências do Orçamento de Estado este ano para os municípios do distrito totalizam 114 milhões de euros, mais 6 milhões comparadas com as do ano anterior. A oposição fala em «embuste» Antiga ministra já antevia rutura no Garcia de Orta SOCIEDADE Ana Jorge explica ao Semmais porque veio a terreiro para defender os seus colegas clínicos demissionários, devido à crise das urgência daquela unidade hospitalar de Almada. PÁG. 2 AFS é pioneira no projeto "Cartão Branco" do fair play DESPORTO A iniciativa é inédita a nível nacional e vai premiar vai premiar jogadores, dirigentes e público em jogos juvenis. E arranca já a 7 de Março na fase final dos campeonatos infantis e benjamins. PÁG. 10 "Casa Ermelinda Freitas" conquista PME Excelência NEGÓCIOS Pela terceira vez conse- cutiva a empresa vitivinícola de Palmela arrecada este prémio de gestão pelo seu bom desempenho económico-financeiro. Mas a crise em Angola preocupa. PÁG. 11 Pub. Estado dá mais seis milhões às Câmaras, mas não convence oposição Ceia da Silva — A Figura Arrábida chumba — O Acontecimento As escolhas maiores da redação do Semmais para figurarem no balanço do ano de 2014 recaíram em Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo e na retirada da candidatura da Arrábida a Património Mundial. Mais há mais referências a completar a carteira de escolhas. Tudo para conferir nas centrais desta edição. PÁGS. 8 e 9

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Edição do Semmais de 31 de Janeiro

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Sábado | 31 janeiro 2015 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 841 • 8.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

CULTURA 13Revista popular "Pró Diabo Kus Carregue", sobe ao palco no Montijo.

Fotos: DR

BALANÇO DO ANO

NEGÓCIOS 11Novo Terminal de Contentores do Barreiro capta interesse de grupo Chinês.

SOCIEDADE 4"Trojan Horse Was a Unicorn Festival", em Tróia, é o melhor do mundo na sua área.

As transferências do Orçamento de Estado este ano para os municípios do distrito totalizam 114 milhões de euros, mais 6 milhões comparadas com as do ano anterior. A oposição fala em «embuste»

Antiga ministra já antevia rutura no Garcia de OrtaSOCIEDADE Ana Jorge explica ao Semmais porque veio a terreiro para defender os seus colegas clínicos demissionários, devido à crise das urgência daquela unidade hospitalar de Almada.

PÁG. 2

AFS é pioneira no projeto "Cartão Branco" do fair playDESPORTO A iniciativa é inédita a nível nacional e vai premiar vai premiar jogadores, dirigentes e público em jogos juvenis. E arranca já a 7 de Março na fase final dos campeonatos infantis e benjamins.

PÁG. 10

"Casa Ermelinda Freitas" conquista PME ExcelênciaNEGÓCIOS Pela terceira vez conse-cutiva a empresa vitivinícola de Palmela arrecada este prémio de gestão pelo seu bom desempenho económico-financeiro. Mas a crise em Angola preocupa.

PÁG. 11

Pub.

Estado dá mais seis milhões às Câmaras, mas não convence oposição

Ceia da Silva — A FiguraArrábida chumba — O AcontecimentoAs escolhas maiores da redação do Semmais para figurarem no balanço do ano de 2014 recaíram em Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo e na retirada da candidatura da Arrábida a Património Mundial. Mais há mais referências a completar a carteira de escolhas. Tudo para conferir nas centrais desta edição.

PÁGS. 8 e 9

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ENFOQUE

Antiga ministra considera «inevitável»rutura nas urgências do Garcia de Orta

A RUTURA que se instalou nas urgências do Hospital Garcia de Orta ao longo dos últimos dois meses já era esperada pela anti-ga ministra da Saúde, Ana Jorge, que esta semana saiu em defesa dos sete chefes da equipa do ser-viço de urgência que continuam demissionários. A ex-governan-te percebe o que levou os profis-sionais a darem o «murro na mesa», perante a falta de condi-ções de trabalho, alertando que «não podem ser responsabiliza-dos por aquilo que acontece aos doentes».

Recorde-se que Ana Jorge é a responsável por um serviço de formação do hospital Garcia de Orta, tendo considerado que «era inevitável que isto acontecesse ao fim destes anos», acrescentan-do mesmo que administração já tinha sido alertada para o risco desta situação estar na iminên-cia de poder ocorrer.

Os números falam por si. As urgências do Hospital Garcia de Orta estão sobrelotadas desde o início de Dezembro. Os serviços têm capacidade para atender 350 doentes por dia, mas a média de utentes não tem baixado dos 450, segundo apurou o Semmais jun-to de fonte hospitalar.

Perante os cem utentes diá-

rios em excesso os serviços têm entrado em frequente rutura, com os pacientes a terem que espe-rar largas horas por consultas, levando a que até a Câmara de Almada já tenha entrado em cena para classificar de «extrema gra-vidade» o pedido de demissão apresentado pelos sete chefes do Serviço de Urgência.

O presidente Joaquim Judas acrescenta que as razões apre-sentadas pelos profissionais para justificar o abandono dos car-gos, sobretudo a alusão ao fac-

to do risco do ato clínico ter atin-gido «um ponto crítico e inacei-tável». Para o autarca, esta po-sição comprova «a falência das condições de atendimento e de trabalho».

Chefias denunciam falta de camas para internar doentes

Recorde-se que os sete che-fes de serviço demissionários alegaram não ter condições de trabalho, havendo denúncias de macas espalhadas pelos corre-

dores com doentes, porque, se-gundo a fonte do Semmais, não há camas em número suficien-te que permitam internar os doentes.

Por tudo isto, também o Con-selho Regional do Sul da Ordem

dos Médicos já manifestou o seu apoio aos profissionais que se demitiram, considerando que, com esta atitude, os médicos não se deixaram «enredar em pro-cessos vazios de apaziguamen-to da opinião pública» e «reve-laram uma enorme dignidade profissional e uma forte ligação ao seu compromisso com os doentes».

Para esta secção da Ordem, os sete médicos resistiram «a pressões, coesos nas suas con-vicções e, determinados, defen-dem os seus doentes em parti-cular e todo o Serviço Nacional de Saúde». «O senhor ministro da Saúde revelou mais uma vez a sua incapacidade para com-preender a importância das suas funções e aludiu a uma velada desresponsabilização daqueles que se demitem», lê-se no co-municado.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, já garantiu estar em cur-so «um conjunto de medidas» que espera que deem «mais se-gurança às equipas, aos pacien-tes e à qualidade dos serviços prestados».

Hospital de Almada a ferro e fogo com urgências, falta de meios e negociações com médicos em cima da mesa

Há dois meses que o Garcia de Orta está a ser fustigado com mortes polémicas, falta de meios e demissões de chefias. Aos ‘murros na mesa’, a tutela e a gestão da unidade têm respondido aos avanços e recuos.

Texto Roberto Dores

Hospital quis contratar à pressaO Hospital Garcia de Orta tinha pu-blicado um anúncio recentemente na imprensa a pedir médicos para as urgências, precisamente na se-mana em que duas pessoas morre-ram nos serviços daquela unidade de saúde. O hospital, que se apre-senta no anúncio como unidade de grande dimensão e com projetos de relevo nacional, com urgência polivalente, oferece contratos a tem-po inteiro ou meio tempo a médi-cos de medicina interna e outras es-pecialidades para integrarem a equi-pa fixa do serviço de urgência. Abre também vagas para anestesiologia e ortopedia.

Joaquim Santos pressiona construção do novo hospital no SeixalNA SEQUÊNCIA da crise com as urgências do Garcia de Orta, o presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos, afirmou-se sur-preendido pela revelação do mi-nistro da Saúde de que teria atri-buído 120 milhões de euros à uni-dade de Almada e pediu explica-ções sobre a utilização desse di-nheiro.

«O senhor ministro, hoje, dei-xou-nos surpreendidos ao dizer que investiu neste hospital [Gar-cia de Orta] 120 milhões de eu-ros», disse o autarca, lembrando que a construção do hospital do Seixal permitia descongestionar

o Garcia de Orta e custava ape-nas metade do dinheiro.

O autarca do Seixal lembra que o novo hospital do Seixal, que «resolvia o problema», custa 60 milhões de euros. E acrescentou: «Há que explicar no que é que o senhor ministro gastou 120 mi-lhões de euros e porque é que apesar desse investimento, o Gar-cia de Orta tem ainda as urgên-cias num estado caótico, tem mor-tes nas urgências.

O autarca do Seixal, que fa-lava à Lusa durante uma concen-tração em defesa do Serviço Na-cional de Saúde (SNS) junto ao

Hospital Garcia de Orta, em Al-mada, no distrito de Setúbal, lem-brou que foi o próprio Ministé-rio da Saúde a reconhecer que a solução para descongestionar o Hospital Garcia de Orta passava pela construção do hospital do Seixal.

Joaquim Santos lembrou ain-da que o Hospital do Seixal surge num estudo do Ministério da Saú-de como uma solução para o pro-blema de sobrelotação do Hospi-tal Garcia de Orta, em Almada. Re-corde-se que o Garcia de Orta foi construído para 155.000 utentes, mas serve mais de 400.000. O presidente da Câmara do Seixal tem estado em todas as iniciativas

DR

A ex-ministra da Saúde, Ana Jorge, é responsável por um serviço de for-mação da unidade hospitalar. À direita, o administrador do Garcia de Orta.D

RD

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SOCIEDADE

No âmbito de um acordo estabelecido com o Governo de Timor-Leste o município de Grândola e de Lagoa estão a apoiar o pro-cesso de construção do Poder Local no dis-trito de Lautém, em Timor-Leste, e irão de-

senvolver um conjunto alargado de inicia-tivas, durante o ano de 2015, visando a for-mação e qualificação de técnicos timoren-ses e o apoio técnico e logístico à criação do futuro município de Lautém.

A Junta da Costa de Caparica está a orga-nizar o 11.º Concurso da Caldeirada à Pes-cador, que decorre entre 7 de Fevereiro e 8 de Março. Este concurso é o segundo even-

to gastronómico mais antigo a nível nacio-nal e visa dinamizar a gastronomia da lo-calidade e aumentar o número de visitan-tes nos fins de semana.

Grândola na campanha para biblioteca em Timor Caldeiradas à Pescador voltam aos restaurantes

Três mortos e acidentes graves em semana trágica no distrito

«FOI UM acidente tão vio-lento que deixou o cadáver irreconhecível». O relato fei-to pelo comandante dos Bombeiros de Grândola, Ri-cardo Ribeiro, retratava as consequências do embate frontal, entre um camião e uma viatura ligeira, que há uma semana ceifava a vida ao condutor de um BMW no IC 33, entre Grândola e Si-nes. Seria apenas o primei-ro acidente mortal de um to-tal de três que no espaço de oito dias «mancharam» as estradas do distrito.

Fonte da Brigada de Trânsito limita-se a subli-nhar que «há semanas as-sim», em que mesmo sem estarmos a atravessar qua-dras festivas «os acidentes acontecem com mais fre-quência do que o habitual”. E as condições climatéricas não têm sido das piores, atestam as autoridades.

No caso de embate em Grândola, admitem ter sido uma ultrapassagem mal cal-culada. A estrada chegou a

estar intransitável nos dois sentidos durante largas ho-ras para remoção dos des-troços, devido à violência do embate que aconteceu num troço de alto de risco, segundo o comandante dos bombeiros de Grândola. «Cada vez que há ali um aci-dente já sabemos que é sem-pre grave», disse, tratando--se de uma zona de retas que convida a acelerar, ha-vendo outros exemplos de choques frontais ao longo dos últimos anos.

26 de Janeiro marca página negra na região

Entra uma série de ou-tros acidentes nas estradas da região com feridos gra-ves e ligeiros e muita chapa amolgada, eis que o 26 de Janeiro ficaria marcado na

agenda rodoviária do dis-trito com uma página negra. Uma criança perdeu a vida na Ponte Vasco da Gama, na sequência de um despiste. As autoridades não arrisca-ram a dizer o que terá esta-do na origem do sinistro. Um helicóptero do INEM ainda foi acionado e esteve no lo-cal, mas acabou por não efe-tuar transporte de feridos. Já não havia nada a fazer pelo menino que residia em Estremoz.

Mas nesse mesmo dia a região tinha sido notícia pelos piores motivos, após a colisão frontal entre um ligeiro e um pesado de mer-cadorias em plena ponte de Alcácer do Sal, no sen-tido norte-sul. Eram qua-se 06.00 da manhã. O con-dutor do ligeiro teve mor-te imediata.

DR

Foi uma semana horribilis nas estradas da região, numa altura em que a sinistralidade rodoviária atém tem vindo a diminuir. Mas há estradas que não desarmam.

Texto Roberto Dores

Mecenato ajuda Câmara de Setúbal a recuperar forte de AlbarquelDESATIVADO DESDE o fi-nal da década de 90 do sé-culo passado, o forte de Al-barquel, em Setúbal, deve ganhar nova vida dentro de aproximadamente um ano quando estiverem concluí-das as obras de requalifica-ção daquelas instalações mi-litares cedidas pelo Estado português à Câmara de Se-túbal através de um proto-colo assinado esta quinta--feira.

O forte de Albarquel é um dos dezassete edifícios militares existentes no dis-trito de Setúbal, de um lote de cerca de seis dezenas a nível nacional, e que o Mi-nistério da Defesa pretende rentabilizar. As instalações

militares, cedidas à autar-quia por um prazo de 32 anos, que pode ser prorro-gável, vão ser alvo de um projeto de reabilitação ge-ral orçado em mais de dois milhões de euros. O inves-timento vai ser feito pela au-tarquia com o apoio da The Helen Hamlyn Trust, um dos principais mecenas da cida-de nos últimos anos.

Pub.

ATEC promove Open DayA ATEC – Associação de Formação para a Indús-tria, também conhecida por Academia de Forma-ção, localizada na fregue-sia de Quinta do Anjo, mais propriamente no Parque Industrial da Volkswagen Autoeuropa, vai levar a cabo, a 7 de Fevereiro, en-tre as 14h30 e as 17h30, mais um Open Day. Está garantida uma tarde cheia de surpresas e de muita animação.

O Open Day da ATEC visa despertar nos jovens que participem na visita o interesse pelas áreas técni-cas, nomeadamente as áreas ligadas à Mecatrónica Au-tomóvel, Mecânica Indus-trial, Soldadura, Automa-ção, Eletrónica, Sistemas Informáticos e Redes, e, por outro lado, mostrar aos ati-vos onde é dada a nossa for-mação, toda a tecnologia que é utilizada na mesma e que alternativas temos em

termos de formação profis-sional e de formação intra e inter-empresas.

A ATEC ministra for-mação em áreas profissio-nais muito técnicas liga-das à indústria e com for-te procura no seio do te-cido industrial português. Mas tem também um le-que muito variado de for-mações na área de Desen-volvimento Pessoal e Or-ganizacional e na área de LEAN.

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SOCIEDADE

“Trojan horse” de Tróia é o melhor do mundo

É UM evento com impacto global e junta criativos das industrias do cinema e dos jogos, em Tróia, a um nível muito elevado. E mesmo sem apoios, foi agora considerado o pri-meiro dos festivais a ser visitados este ano por artistas, animadores e ilustradores de todo o mundo.

À frente do projeto está André Lourenço, um jovem empreende-dor que luta pela consolidação e reconhecimento da iniciativa de alcance mundial. «É com orgulho que recebemos este reconheci-mento internacional, onde o nos-so trabalho é valorizado, sobretu-do quando o evento ocorre num país sem qualquer passado de re-levo nesta industria», diz ao Sem-mais. E por isso mesmo, acrescen-ta, «ter o melhor evento do mun-do é certamente um feito que nos podemos orgulhar».

Na verdade, a iniciati-va, denominada “Trojan Horse Was a Unicorn Festival”, já agendada para Setembro deste ano, na sua terceira edição, reune a nata desta industria, um “exército” de excepcio-nais artistas que promo-

vem com o seu talento o crescimen-to desta indústria do entretenimen-to a nível mundial.

Autênticos mestres capazes de fabricar fantásticas imagens e efei-tos especiais que compõem, na atualidade, o mundo dos filmes e dos videojogos.

O festival, que este ano decor-re, em Tróia, entre 15 e 19 de Setem-bro, oferece oficinas práticas, con-ferências e promove a celebração de contratos com diretores de arte, capazes de relançar carreiras ape-tecíveis, num mercado que tem vin-do a crescer.

Segundo o “CreativeBloq”, que colocou o festival português à fren-te dos melhores do mundo, trata--se de um evento único que ocorre “no ensolarado Portugal, numa ilha de luxo, com trabalho em rede inti-

mista e de inspiração dura-doura”.

Agora só falta um olhar diferente por parte da região e do país.

Pub.

Tem passado despercebido ao país e à região, mas é o melhor festival do género à escala mundial. A terceira edição está já em andamento.

Realiza-se desde 2013, em Tróia, sob a batuta de um jovem empreendedor. Foi agora considerado, por um reputado blogue internacional, como o melhor evento de arte digital para ver este ano.

O jovem de Setúbal, André Lourenço, é o

grande impulsionador do “Trojan Horse Was a

Unicorn Festival”

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Pub.

Montepio Geral garante apoio ao crescimento da Universidade Sénior de Setúbal

REPRESENTANTES da As-sociação Mutualista e da Fundação Montepio esti-veram de visita, na passa-da segunda-feira, às insta-lações da Universidade Sé-nior de Setúbal (Uniseti) para conhecer, mais de per-to, o trabalho desenvolvi-do por esta instituição e in-teirar-se da situação atual e das suas principais carên-cias. Carlos Beato, Admi-nistrador da Associação Mu-tualista Montepio Geral, su-blinhou a importância da UNISETI como «um proje-to credível que muito tem contribuído para o desen-volvimento de Setúbal», e sublinhou que o Montepio e a sua fundação, vão con-tinuar a apoiar a institui-ção, contribuindo, assim, para o crescimento de «um projeto que faz tanta gente feliz».

A ampliação das insta-lações, localizadas no Par-que do Bonfim é a princi-pal carência e a grande prio-ridade da Universidade Sé-nior de Setúbal. Com cerca de 400 alunos e 60 profes-sores, as salas de aula tor-nam-se demasiado peque-nas e sem as condições ade-quadas de trabalho.

O projeto de amplia-ção da estrutura, na ordem dos 150 mil euros, já foi acordado entre a UNISETI e a Câmara de Setúbal e conta com a colaboração de várias empresas e enti-dades. «As nossas instala-ções já são exíguas e cada vez mais a procura é maior. Lançamos um projeto de

ampliação do espaço jun-tamente com a Câmara, e já temos resposta positiva da Autarquia. Podemos fa-zer a ampliação das nos-sas instalações neste espa-ço verde do Parque do Bon-fim, um parque de excelên-cia da cidade», referiu Ar-mando Sacramento, Presi-dente da UNISETI, subli-nhando a importância do apoio dos vários parceiros, como é o caso da Funda-ção Montepio, instituição com a qual a UNISETI man-tém uma relação de longa data. «Procuramos envol-ver as entidades e empre-sas neste projeto, que é a nossa necessidade mais premente e a forma que te-

mos para responder à gran-de procura temos tido. A Fundação Montepio é nos-so parceiro há dez anos e tem estado sempre do nos-so lado».

Para Armando Sacra-mento, a grande adesão por parte dos alunos e profes-sores deve-se ao papel que a instituição tem na socie-dade e à natureza do pró-prio projeto. «Este é um pro-jeto muito bonito, de com-bate à exclusão, sobretudo dos mais idosos. Setúbal é uma cidade muita antiga, com muitos idosos, e a nos-sa universidade tem um pa-pel determinante na ques-tão do desenvolvimento so-cial desta cidade”.

Responsáveis da Associação Mutualista e Fundação Montepio visitaram instalações da Uniseti

Texto Rita Matos

Montepio e Uniseti: uma década de parceria

O Montepio é um dos parceiros mais antigos da Uniseti. Carlos Beato, Administrador da associação mutualista, constatou a «ur-gente» necessidade de ampliar o espaço e garantiu que a institui-ção que representa, «dentro das suas possibilidades e valências», estará de braços abertos para ajudar. «Para além de ver com os próprios olhos, a nossa presença aqui hoje serve ainda para dei-xar um sinal de que o Montepio não deixará de contribuir para que este projeto continue a fazer mais pessoas felizes».O responsável acrescentou ainda que «O Montepio é uma insti-tuição solidária que tem também como objetivo ir ao encontro daquilo que são as necessidades das pessoas e nesta instituição estão centenas de alunos séniores a estudar, a partilhar, a envol-ver-se e a acrescentar valor e dinâmica à própria cidade».Realçando a importância do trabalho das Universidades Seniores, Carlos Beato, disse ao Semmais que «hoje em dia, a função e o de-sempenho que as universidades da terceira idade têm são insubs-tituíveis, porque as pessoas precisam de continuar a sentir-se pes-soas, a sentirem-se valorizadas, para além da sua idade». E, acres-centou: «O Montepio tem no seu ADN uma ideia muito forte que é “juntos podemos sempre fazer mais e melhor”. Aqui, hoje, ficá-mos a saber que as coisas estão bem projetadas e que há o envol-vimento por parte da autarquia e de outras instituições, e isso é muito positivo e motivador».

«Para nós, enquanto Montepio e Fundação, faz todo o sentido apoiar este projeto»

Depois da visita às instalações, seguiu-se uma reu-nião de trabalho entre a UNISETI e os responsáveis do Montepio para esclarecer alguns pontos essen-ciais do projeto. «Vamos explorar o enquadramento que a proposta deve ter. Cada vez mais é fundamen-tal que as instituições enquadrem os seus pedidos de apoio com determinados critérios, e que tenham par-cerias constituídas, modelo de negócio sustentável e elementos de avaliação de impacto, para que per-mitam ao financiador ou ao investidor social atuar em conformidade», explicou a diretora da Fundação Montepio, Paula Guimarães.A dirigente frisou ainda a relação de proximidade en-tre a Fundação e a UNISET e deixou a garantia de que o Montepio irá apoiar, de diversas formas, a institui-ção de Setúbal direcionada à população sénior. «A UNISETI foi a primeira Universidade Sénior com a qual celebrámos um protocolo. Foi, de facto, pioneira nes-

ta relação. Já recebeu o apoio da Fundação e recebe-rá, novamente, para além de apoio técnico e o apoio ao nível da relação e do networking que é preciso fa-zer nestas questões. A ideia é procurar encontrar uma convergência entre as necessidades da instituição e as nossas possibilidades», afirmou Paula Guimarães.A diretora da Fundação Montepio salientou ainda que a instituição que dirige preside ao “Grace”, a maior organização de empresas na área da respon-sabilidade social, na base do qual «irá apresentar este projeto a outras empresas associadas», para que elas se sensibilizem. «Estamos muito envolvi-dos com a questão do envelhecimento ativo, até porque dispomos de residências séniores e por-que o mutualismo atua ao longo do ciclo de vida e, portanto, faz todo o sentido para nós, enquanto Fundação e Montepio, estarmos próximos deste projeto», concluiu Paula Guimarães.

DR

Armando Sacramento, da Uniseti, expli-ca a Carlos Beato e a Paula Magalhães,

do Montepio, situação da instituição

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POLÍTICA

Sábado • 31 janeiro 2015 • www.semmaisjornal.com 6

Pub.

A Federação Internacional de Resisten-tes está a promover a passagem da To-cha da Liberdade e da Paz por vários paí-ses da Europa para assinalar os 70 anos do fim da II Guerra Mundial. O símbolo

vai permanecer em Grândola, no próxi-mo dia 3 de fevereiro. A chegada está pre-vista para as 9h30, na emblemática Pra-ça da Liberdade, a que se seguirá a inau-guração da exposição da URAP.

Tendo em conta os últimos acontecimen-tos nas urgências do Garcia de Orta, a con-celhia do CDS-PP Almada lamenta os mor-tos ocorridos nas urgências, apela à urgen-te construção do Hospital do Seixal, uma

vez que o número de utentes tem vindo a aumentar de forma «considerável», tal como o tempo de resposta que tem sido dado aos diversos casos sem entrar, contudo, em con-clusões «abusivas e especulativas».

Tocha da liberdade e da paz passa por Grândola PP Almada e as urgências do Garcia de Orta

Os 6 milhões de euros que dividem opiniões entre partidos no distrito

SERÁ UM sinal de mudan-ça? À direita ouve-se um “sim”, mas da esquerda sai um claro “não”. Os dados oficiais revelados pelo Go-verno apontam para um aumento de 6 milhões de euros nas transferências para as câmaras do distri-to em sede do Orçamento de Estado. Os municípios vão receber este ano 114 mi-lhões de euros, depois de no ano passado terem en-caixado apenas 108 mi-lhões.

Almada é o município que mais recebe (16,5 mi-lhões de euros depois de em 2014 ter sido contem-plado com 15,7), à frente do Seixal (14,1 em 2015 e 13,4 em 2014) e de Setúbal (11,9 -11,2) com Santiago do Ca-

cém a surgir na quarta po-sição (11,4-10,8). Alcoche-te é o município que me-nos verbas vão ver trans-feridas com 2,8 milhões de euros, depois dos 2,6 de há um ano.

Nas reações, Pedro do Ó Ramos, deputado do PSD , considera estar aqui o si-nal de que «o pior já pas-sou», após os anos de «mui-to aperto», considerando que as autarquias «cum-priram muito bem a sua função, porque reduziram a despesa muitíssimo e equilibraram as suas con-tas».

Segundo o parlamen-tar, «o Governo colocou instrumentos à disposição das autarquias - caso do PAEL – que permitiram aos municípios liquidarem dí-vidas a fornecedores locais, que já estavam com mui-

tas dificuldades», susten-tando que esta medida «contribuiu claramente para ajudar as câmaras a cumprirem».

CDU fala em «embuste», PS quer

saber prioridades

Mas Paula Santos, de-putada do PCP, tem um vi-são diferente, consideran-do que os 6 milhões a mais não passam, afinal, de um «embuste», alegando que se «estão a juntar rubricas que não são juntáveis», con-vidando a analisar o Fun-do de Equilíbrio Financei-ro de 2014 e 2015.

«Existe o fundo que cor-responde à participação dos municípios nos recur-sos públicos traduzidos em 19,5%. A média dos impos-tos do Estado, contado IRS,

IRC e IVA dá uma redução de cerca de cinco milhões», assevera, alertando que Al-mada tem um redução de 30%, Seixal 25 e Setúbal 21. «Só para citar os concelhos mais afetados», sublinha a parlamentar, garantindo que a Lei das Finanças «não está a ser cumprida».

Já segundo Ana Catari-na Mendes (PS), tudo o que signifique um aumento de verbas para a região é bem--vindo. Contudo, a deputa-da quer saber quais vão ser as prioridades, depois dos constrangimentos financei-ros dos últimos anos, alu-dindo, por exemplo, à Lei dos Compromissos.

«Esperamos que esses mais 6 milhões não venham servir para tapar dívidas que ficaram de anos ante-riores, mas que permitam prestar serviços às pessoas. É o que interessa”, subli-nha, alertando para exis-tência de autarquias na pe-nínsula «com uma situa-ção financeira muito má». E conclui: «Se olharmos

para a política fiscal dos municípios de Setúbal, fa-cilmente percebemos que a CDU opta por uma polí-tica muito idêntica à Go-verno e isto penaliza as fa-mílias».

Para Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, o au-mento dos 6 milhões de eu-ros significa que «os con-tribuintes estão a pagar mais». E porquê? «Se fizer-mos a comparação entre 2014 e 2015, verificamos que aquilo que sobe e bastan-te, porque supera os dez mi-lhões de euros, de facto, são as receitas transferidas por via do IRS», justifica.

A deputada insiste ain-da que todas as outras re-ceitas, provenientes de ou-tros fundos, como o Fundo Social Municipal, «descem», pelo que «quem vai pagar mais é outra vez o contri-buinte em sede de IRS».

O Semmais tentou ou-vir a opinião de represen-tantes do CDS, mas até ao fecho desta edição ainda não tinha sido possível.

Transferência do Estado para autarquias do distrito somam este ano 114 milhões de euros

As Câmaras do distrito vão receber este ano mais dinheiro do Estado. No total são 114 milhões de euros. PS quer saber aplicação das verbas e o resto da oposição tem muitas dúvidas que se trata mesmo de mais dinheiro.

Texto Roberto Dores

Deputada comunista Rita Rato denuncia atrasos de verbas ao ensino profissional

Catarina Marcelino denuncia falta de financiamento a casa abrigoA DEPUTADA ‘rosa’ Catari-na Marcelino, acompanhada por outras figuras da região do PS, visitou, no passado dia 26, a Casa Abrigo da Funda-ção COI, no Pinhal Novo que, que foi inaugurada na Prima-vera de 2013, continua encer-rada por falta de financiamen-to do Estado.

Para Catarina Marcelino, é «incompreensível» que a casa continue fechada, num distri-to onde ocorrem diversas de-nuncias de violência domés-tica, acusando o Governo PSD/PP de «não permitir que se avance para a permanência das vítimas nas suas casas e por outro lado não favorece a abertura de respostas de aco-lhimento».

A deputada recorda que

no final de 2014 foram esta-belecidos no distrito, entre a Segurança Social e institui-ções de solidariedade, 12 no-vos acordos de cooperação que contemplaram 193 luga-res em equipamentos sociais, representando cerca de 1 mi-lhão de euros, tendo a Casa

Abrigo da Fundação COI fi-cado de fora.

A Casa Abrigo foi, total-mente, recuperada e mobi-lada, a custas próprias da Fundação COI, é um equi-pamento «necessário num dos distritos mais afetados por este flagelo, pelo que o

PS Setúbal, através dos seus deputados, irá questionar o Governo sobre esta situa-ção, pretendendo uma so-lução rápida que permita mais resposta às vítimas de violência doméstica na re-gião».

Catarina Marcelino visi-tou ainda a Misericórdia de Palmela, onde foi confron-tada com a diminuição de utentes nos serviços de fisio-terapia, sendo a causa apon-tada pelo Provedor, os cus-tos dos transportes de doen-tes que deixaram de ser com-participados, a ausência de transportes públicos e o au-mento das taxas moderado-ras que penalizou fortemen-te as populações das zonas rurais do Concelho.

A deputada socialista diz que a situação da

Casa Abrigo é «insus-tentável»

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A DEPUTADA do PCP na As-sembleia da República, Rita Rato, deslocou-se, no passa-do dia 26, à Escola Profissio-nal para a Educação e Desen-volvimento, no Monte da Ca-parica, onde esteve reunida com a direção da escola e com a associação de estudantes.

Esta visita permitiu abor-dar o problema «gravíssimo» dos atrasos das verbas de fi-nanciamento público a estas escolas e dos impactos daqui decorrentes. «Esta situação é análoga aos atrasos na trans-ferência das verbas para as es-colas de música e conserva-tórios regionais com contra-to de patrocínio», sublinhou.

A EPED, à semelhança de outras escolas do conce-lho, «aguarda ainda pelo pa-gamento do MEC referente a Setembro de 2014, o que cria dificuldades ao seu nor-mal funcionamento tendo em conta a necessidade de pagamento de salários e des-pesas fixas com fornecedo-res», contou.

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LOCAL

Sesimbra valoriza áreas do Espichel

Moita atribui méritos desportivos

NO ESPICHEL decorre a requa-lificação da horta dos peregri-nos, restauro dos muros envol-ventes e acesso à Casa da Água, ordenamento do estacionamen-to e criação de percurso museo-lógico para pessoas com mobi-lidade condicionada, desde a igre-ja até à Ermida da Memória e an-tigo forte.

A intervenção, que resulta de candidatura aprovada pelo Pro-grama de Desenvolvimento Ru-ral, foi aprovada pela Direção-Ge-ral do Património Cultural, e está a ser feita com acompanhamen-to arqueológico. Estão a ser utili-zadas soluções técnicas adequa-das a este tipo de estruturas.

O MUNICÍPIO reconhece este sá-bado, os valores desportivos, às 21 horas, no Fórum da Baixa da Banheira. Também serão entre-gues os prémios da época des-portiva 2013/14 do AtletisMoita. Vai ser uma noite de distinção de atletas, treinadores e clubes que, na época passada, se sagraram campeões ou vice-campeões na-cionais.

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Moita está atenta aos filhos da terra

Banda de Alcochete dá concerto no Forum

A BANDA da Sociedade Im-parcial 15 de Janeiro de 1898 festeja o seu 117.º aniversário com a realização de um con-certo dirigido pelo maestro António Menino este sábado, dia 31, às 17h30, no Fórum Cul-tural.

Serão apresentadas peças de Hélder Bettencourt, a saber “Milhafre Overture”, “The Rise 2351” e “Em Trânsito”, sendo que esta última obra foi dedi-cada à banda de Alcochete pelo compositor que estará presen-te no concerto. Destaque ain-da para a interpretação de Tia-go Menino (clarinete) e Hélder Alves (saxofone-alto).

OS TERMOS de referência para a elaboração do Plano de Porme-nor da Salmoura, na zona de Azei-tão, foram aprovados quarta-fei-ra, em reunião pública ordinária do município.

Na zona da Salmoura, com 147,5 hectares, estão identificados vá-rios problemas relacionados com a necessidade de estruturar e qua-lificar o território marcado pela dispersão urbana e com falta de infraestruturas básicas.

O plano de pormenor a elabo-rar deverá também assegurar con-dições que garantam a sustentabi-lidade económica de unidades em-presariais instaladas na área e en-quadrar os equipamentos sociais existentes de maneira a garantir os parâmetros necessários ao respe-tivo funcionamento e à qualifica-ção da oferta atual e futura.

A proposta salienta que, “de modo a ajustar e conciliar os inte-resses públicos e os privados repre-sentados no território”, a Câmara auscultou os principais proprietá-rios na área de intervenção sobre o

eventual interesse em participar no processo de desenvolvimento do plano, tendo a Refrige, o externato Rumo ao Sucesso e a Metalúrgica de Alhos Vedros declarado o dese-jo de celebrar o contrato.

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Setúbal prepara plano de pormenor para zona complicada de Azeitão

Palmela preenche lojas nos mercados A CÂMARA de Palmela promove a 24 de fevereiro, às 10 horas, no auditório da Biblioteca, uma Has-ta Pública para arrematação do di-reito de ocupação de vários espa-ços de venda nos mercados de Pal-

mela e de Pinhal Novo. Os espaços de venda disponíveis são uma flo-rista (500 euros como base de lici-tação), charcutaria ou florista (300 euros) e papelaria/tabacaria ou pro-dutos regionais (300 euros).

Festa decorre no Forum do Seixal

Seixal promove antropologia, cinema e arte no Forum Cultural

O FORUM do Seixal vai ser pal-co, entre 20 e 31 deste mês, da Festa de Antropologia, Cinema e Arte.

O programa sugere a reflexão sobre a transversalidade dos cam-pos artístico e antropológico, atra-vés de duas esferas: a do cinema, com uma mostra de filmes que exploram os mundos da antro-pologia visual, e a da arte.

A empresa Refrige já mostrou interesse em participar no desenvolvimento do plano

Sines avança com obras na ETAR

A CÂMARA Municipal de Sines já arrancou, esta semana, com a remodelação da Estação Eleva-tória de Águas Residuais da Bai-xa S. Pedro.

Esta é a maior estação ele-vatória da cidade e a última an-tes da entrega dos efluentes para tratamento na ETAR da Ribeira dos Moinhos. A intervenção con-siste na construção da “obra de entrada”, fundamental para re-moção de areias e materiais gros-seiros que provocam desgaste e avarias nos sistemas de bom-bagem.

Durante a primeira fase da obra serão utilizados os descarregado-res de tempestade da estação ele-vatória e drenado efluente para o mar, esperando-se que a situação esteja normalizada no prazo de cerca de duas semanas.

Grândola já começou a ouvir a população «GRÂNDOLA, Santa Margarida da Serra e Azinheira dos Barros já receberam as primeiras visi-tas do executivo municipal, no âmbito da “Ao Encontro das Po-pulações – Ouvir, Debater, Es-clarecer”.

Para o edil Figueira Mendes, estas visitas apresentam saldo bastante positivo: «A forma en-tusiasta com que fomos recebi-dos nas localidades que visitá-mos é a prova que estamos no caminho certo. O forte envolvi-mento das populações nas con-versas que tivemos e a partici-pação ativa nas reuniões que pro-movemos possibilitou uma im-portante troca de opiniões e par-tilha de ideias para, que todos juntos, possamos trabalhar em prol dum futuro melhor para o concelho».

Almada distingue talentos

A COMPANHIA de Dança de Al-mada, João Tempera, João Par-gana, Maria Canilhas e Cláudia Candeias foram os premiados do 6.º Jovens Talentos, cuja gala de-correu no dia 23.

O evento, promovido pelo mu-

nicípio, visa premiar os jovens do concelho, dos 12 aos 35 anos, que se distinguem nas mais diversas áreas pelo seu envolvimento na comunidade. Aos vencedores fo-ram atribuídos prémios no valor de 500 e de mil euros.

Alcáce do Sal vai ter delegação da liga portuguesa contra o cancro ALCÁCER do Sal vai ter uma de-legação da Liga Portuguesa Con-tra o Cancro, mais propriamen-te na Rua da República, funcio-nando de segunda a sexta-feira, uma a duas horas por dia nesta primeira fase.

A Liga Portuguesa Contra o Can-cro pretende iniciar uma campa-nha sobre bons hábitos de alimen-tação nas escolas do concelho e passará a ter condições para de-senvolver atividades de rastreio e sensibilização contra o cancro.

Santiago do Cacém retoma projeto ‘fechado’ pelo GovernoHÁ “NOVA vida” na Escola de Bres-cos, desde o dia 22, com reativa-ção do projeto “Fazendo e Apren-dendo”, destinado aos idosos, após o encerramento do equipamento por parte do Ministério da Educa-ção, no início deste ano letivo.

Com o mote “A escola é para todos”, os últimos tempos têm sido dedicados a arranjos no espaço. O edil Álvaro Beijinha considera que estes «projetos fazem com que

as pessoas continuem a ter papel importante na sociedade e nestas pequenas comunidades. A Câma-ra faz aquilo que lhe compete, que é dar o apoio dentro das nossas possibilidades, neste caso com a cedência das instalações e tam-bém a outros níveis».

Já Jaime Cáceres, presidente da Junta, enaltece projeto que en-volve a população de uma locali-dade onde a escola foi fechada.

Barreiro eleita amiga da juventude NO ÂMBITO do 1º Prémio “Ci-dade Amiga da Juventude”, or-ganizado pela Casa da Juventu-de de Guimarães, o Barreiro foi distinguido como uma das “7 Ci-dades Amigas da Juventude”, en-tre um total de cerca de 20 can-didaturas.

Segundo a organização, os

critérios de eleição «prendem--se sobretudo, com o tipo de in-fraestruturas, equipamentos, ser-viços e apoios que os Municí-pios disponibilizam à Juventu-de, em especial, aqueles que se dedicam em exclusividade ao apoio da Juventude».

Forcados do Montijo em festa O FECHO das comemorações dos 50 anos dos Forcados Amadores do Montijo, este sábado, inclui vi-sita à exposição do Museu Muni-cipal, conferências sobre a origem dos forcados e o lançamento do Livro dos 50 Anos dos Forcados Amadores do Montijo.

A partir das 15h30, no Museu da Casa Mora realiza-se a visita guiada à exposição alusiva ao gru-

po que dá a conhecer os marcos fundamentais de cinco décadas de atividade ininterrupta do grupo. Às 16h30, na Galeria Municipal, decorrem as conferências “As ori-gens do forcado e a evolução his-tórica da taromaquia” e “De Alde-galega a Montijo - Forcados e Gru-pos, proferidas, respetivamente, por José Cáceres e Vasco Lucas, dois experts sobre touros.

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BALANÇO DO ANO

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A Figura

Figuras em destaque

Herdou a zona do Ribatejo para gerir e agarrou o desafio de forma entusiástica, mesmo com afinados cortes da admi-nistração central. O ano passado foi o ano das grandes es-tratégias e das grandes conquistas. Calcorreou o território para o envolver no novo plano que, acredita, ditará um fu-turo risonho para o turismo do Alentejo e Ribatejo, alavan-cado pelo novo Quadro Comunitário 2014-2020. Confirmou que o turismo do Alentejo está em alta, tendo fechado o ano com os melhores resultados operacionais de sempre, e ain-da viu consagrado o Cante Alentejano como Património Imaterial da Humanidade, na UNESCO, em Paris. Sem es-quecer a saborosa luta que ditou Reguengos de Monsaraz como a “Capital Europeia do Vinho” de 2015.

Ceia da SilvaPres. da Entidade Regional de Turismo do Alentejo

DEMÉTRIO ALVES – Indicado pela CDU, conseguiu congregar as forças polí-ticas à sua volta na polémica que en-volveu a escolha para a liderança da Comissão Executiva Metropolitana de Lisboa. Um feito que na desdita partidária não é muito comum, ain-da por cima com um PS forte na AML.

ANA CATARINA MENDES – A deputa-da socialista foi eleita líder da fede-ração distrital num processo em que estava em causa o poder nacional do PS, na luta entre António Costa e António José Seguro. Mas venceu categoricamente e é agora olhada como figura de peso nacional.

MARIA LUIS ALBUQUERQUE – A mi-nistra das Finanças ultrapassou todos os seus detratores e impôs-se de for-ma clara. E com isso, amealhou muito capital político. Tem estado no centro das decisões, para o bem e para o mal e já a apontam como sucessora da Pas-sos Coelho. A região também a quer.

AMÉLIA ANTUNES e ANA CLARA BIR-RENTO – Foram grandes apostas das suas forças políticas nas eleições euro-peias, mas ficaram pelo caminho, em-bora quase à pele. A ex-presidente da Câmara do Montijo também perdeu na luta dos ‘Costas’ no PS, a diretora da Se-gurança Social pode ter outros voos.

JOÃO FRANCO e VÍTOR CALDEIRI-NHA – Estão juntos nesta galeria por-que, à frente dos portos de Sines e Setúbal, respetivamente, alcança-ram os melhores resultados de sem-pre em carga movimentada e ainda prepararam estas duas plataformas portuárias para mais crescimento.

CARLOS BEATO – Depois de meses antes ter sido condecorado com a Ordem da Liberdade, o ex-edil de Grândola e administração da Asso-ciação Mutualista Montepio Geral, foi nomeado peloo Presidente da Re-pública para Vogal do Conselho das Ordens Onoríficas Nacionais.

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O Acontecimento

Depois de tanta luta e de tanta expeta-tia, a candidatura da Arrábida a Patrimó-nio Mundial foi retirada pelo Estado por-tuguês naquele que se pode considerar um forte revés para o reconhecimento internacional daquela área protegida. A candidatura gizada pelos municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra chumbou no relatório da Internacional Council on Monuments & Sites of Nature. Tratou-se de um desaire que fez com que os representantes dos municípios

perdessem alento momentâneo, com escassas declarações, embora se admi-ta a possibilidade de reversão do pro-cesso, o que muitos poucos acreditam, dados os critérios apertados da entida-de que aprova e aclama candidaturas análogas. A Quercus não perdeu tem-po e veio dizer que a decisão já era es-perada e ter-se-ia ficado a dever à pre-sença da cimenteira Secil, que o pro-cesso das autarquias aparentemente teria omitido.

Chumbo da Arrábida a património mundial

Acontecimentos em destaque

MAR AGITADO NA COSTA – Recor-rente na zona, o inverno rigoroso vol-tou a fazer das suas na Costa da Ca-parica, ameaçando o Verão naque-la que é a praia que mais turistas re-cebe em todo o litoral do distrito. Mas a grande questão da reposição de areias voltou a avanços e recuos.

ALEGRO EM SETÚBAL – Setúbal era a única grande cidade da região que não dispunha de uma grande super-fície, mas o Alegro abriu vinte meses depois do arranque da obra, num in-vestimento de 110 milhões de euros e com a espetativa de criar muitas centenas de postos de trabalho.

NOVO PORTO NO BARREIRO? – A po-lémica ainda se estende, mas foi ano em que o Barreiro viu confirmado o sinal do Governo em instalar no seu território o novo terminal de conten-tores do Porto de Lisboa. Chegou a ser falado para a Trafaria, hipótese que morreu. Setúbal não concorda.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – O ano fe-chou com um ranking que nos enver-gonha, ditado pelos números da vio-lência doméstica. Fomos a região do país em que mais mulheres foram mor-tas em casos passionais, uma posição recorrente. Curiosamente 2015 abriu com mais um homicidio do género.

CHUMBO ORÇAMENTO MONTIJO – A Câmara do Montijo, mercê da per-da da maioria política do PS no ex-cutivo camarário, viu chumbado o seu orçamento para 2015. A diver-gência partidária, aliás, correu o ano inteiro, num despique entre PS e PSD, que parece eternizar-se.

SARNA NA CADEIA – Foi um episó-dio com contornos pouco divulgados, numa das cadeias mais lotadas do país, cerca de 225% da sua capacidade ins-talada. Os guardas prisionais anteve-ram a crise e o médico da ‘casa’ tam-bém, mas a direção da unidade prisio-nal terá sacudido algumas culpas.

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DESPORTO

Cartão branco da AFS premeia atitudes de fair play

A INICIATIVA é inédita e pio-neira e, para já, uma experiên-cia piloto. Arranca já a partir do dia 7 de Março e vai abranger perto de um milhar de atletas dos escalões infantis e benjamins na fase final dos campeonatos de seis escalões, quatro de fute-bol 7 (sub-13, sub-12, sub-11 e sub-10) e dois de futsal.

Trata-se de uma iniciativa pioneira no futebol nacional ao nível das competições de clubes e vai servir para “premiar” a con-duta de fair-play não só dos jo-gadores como também de todos os agentes envolvidos no fute-bol. Não confundir com o car-tão branco defendido por Michel Platini. O presidente da UEFA quer um cartão branco que seja utilizado para “penalizações” de dez minutos ao jogador sancio-nado.

O cartão branco é uma ini-ciativa conjunta da Associação de Futebol de Setúbal, em par-

ceria com o Plano Nacional de Ética no Desporto, a Confede-ração das Associações de Juízes

e Árbitros de Portugal e a Asso-ciação Portuguesa de Árbitros de Futebol e pretende «incenti-var as atitudes de desportivis-mo logo a partir dos escalões mais jovens» porque como diz o povo «de pequenino é que se torce o pepino», explica Sousa Marques, presidente da Asso-ciação de Futebol de Setúbal.

Cartão por ser alargada a outras competições

A implementação do cartão pode ser alargada no futuro às várias competições realizadas pela associação assim como a ou-tras modalidades. Para já, nesta primeira fase, o objetivo é «ana-lisar os resultados, testar as boas práticas e procurar ajustar o re-gulamento porque seguramen-te poderão existir lacunas».

A amostragem do “cartão branco” é uma decisão que cabe ao árbitro de cada jogo, não ha-vendo limite para o número de vezes que o poderá exibir, e de-verá fazê-lo sempre que enten-der que se trata de um «compor-tamento de fair play em prol do futebol». Para além de premiar jogadores e demais agentes, o cartão branco é também uma forma de encarar os árbitros de forma positiva» sendo que no fi-nal do campeonato serão atri-buídos prémios de “fairplay” à equipa que tenha um maior nú-mero de cartões brancos.

Sousa Marques, o presidente da Associação de Futebol de Setúbal vai liderar confia no projeto

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Bruno Ribeiro quer ser finalista na Taça da LigaDESDE QUE Bruno Ribeiro chegou ao Bonfim para substituir Do-mingos Pa-ciência, no fi-nal da primei-ra volta da Liga, a equipa do Vitó-ria parece outra. Mais garra e mais luta têm sido a receita que parece estar a resul-tar e a equipa verde e branca re-começa a reconquistar os exigen-tes adeptos sadinos.

A vitória sobre o Rio Ave, por quatro bolas a uma, em casa, deu novo alento aos jogadores que, ao longo das primeiras 17 jorna-das do campeonato, demonstra-ram falta de «motivação e con-fiança». Bruno Ribeiro diz que está no Bonfim para alterar esse estado se espírito e assegura que os jogadores «Sabem que têm aqui uma pessoa que assume tudo e têm de deixar de ter medo de falhar».

Na próxima jornada, o Vitória desloca-se ao terreno do lanter-na vermelha à procura dos três pontos. O Gil Vicente tem apenas dez pontos e um único jogo gan-ho em casa e, apesar da campa-nha vitoriana fora de portas tam-bém ser bastante negativa - ape-nas dois empates – o objetivo é vencer e fugir aos lugares do fun-do da tabela.

Um triunfo por dois a zero frente ao Guimarães para a Taça da Liga e um empate ante o Spor-ting, em Alvalade, deixam a equi-pa setubalense numa boa posi-ção para chegar às meias-finais da competição que venceu na pri-meira edição.

Para tal o Vitória terá de ven-cer o Boavista, quarta-feira, no Bonfim. À entrada para a última jornada da fase de grupos, o Vitó-ria tem cinco pontos, os mesmos que o Belenenses, e menos dois que o Sporting que está isento e como tal já não vai pontuar.

Apesar de estar mais preo-cupado com a campanha vito-riana no Campeonato nacional, Bruno Ribeiro admite que gos-taria de voltar à final da Taça da Liga. «Ganhámos a primeira Taça da Liga e queremos chegar ou-tra vez à final. Vamos fazer tudo para ganhar ao Boavista e ver se conseguirmos chegar às meias--finais com o Benfica», diz o trei-nador.

VITÓRIA – BOAVISTA dia 4 às 16 horas, no Bonfim

Cartão branco vai premiar fair play de jogadores, dirigentes e público que acompanhe os jogos da fase final dos campeonatos distritais de benjamins e infantis da Associação de futebol de Setúbal.

A Câmara da Moita reconhece publicamen-te, este sábado, os valores desportivos do concelho, na Cerimónia de Atribuição dos Méritos Desportivos, a decorrer no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa

da Banheira. A autarquia distingue atletas, treinadores e clubes que, na época passa-da, conquistaram títulos nacionais ou que representaram o Município da Moita no es-trangeiro nas mais variadas modalidades.

O Parque Santiago, nas Manteigadas, em Setúbal, recebe no próximo dia 11 de Feve-reiro a fase distrital do Corta-mato escolar onde está prevista a participação de perto de quatro mil atletas apurados ao longo das

oito fases locais realizadas nos concelhos da Península de Setúbal. A prova vai con-tar com a participação de alunos dos vá-rios ciclos do ensino básico, assim como do secundário e ensino profissional.

Câmara reconhece valores desportivos da Moita Perto de quatro mil no corta-mato distrital

Associação de Futebol de Setúbal com iniciativa pioneira no futebol juvenil

Texto Marta David

D’ “Os Pastilhas” da Cova da Piedade para a FIFALUÍS FIGO apresentou esta sema-na a intensão de se candidatar a pre-sidente da FIFA – Federação Inter-nacional de Futebol Amador – de-frontando assim Joseph Blatter, o atual presidente do organismo que gere o futebol mundial.

Luís Figo nasceu em Lisboa, mas desde criança viveu em Almada, na freguesia do Laranjeiro, daí que os primeiros pontapés na bola foram dados no União Futebol Clube “Os Pastilhas”, um clube de bairro da fre-guesia da Cova da Piedade, de onde se transferiu para o Sporting Clube de Portugal.

Aos 42 anos, o antigo capitão da seleção nacional, tenta agora reu-nir apoios para derrotar Blatter, numa luta que, aparentemente, se apre-senta desigual e desequilibrada para o lado do português.

Ainda assim, Luís Figo não pa-rece desarmar até porque acredita

ter condições de mudar e credibili-zar o organismo que gere o futebol internacional. «Foi uma decisão pon-derada. Assente na vontade de mu-dança, numa visão reformadora e na necessidade que vejo de dar mais transparência a uma instituição que

vai perdendo credibilidade e a sua capacidade moralizadora. Olho para a reputação da FIFA neste momen-to e não gosto do que vejo. O fute-bol merece melhor», diz o antigo jo-gador no vídeo publicado no site da Federação Portuguesa de Futebol.

Percurso carregado de conquistas fechou em 2009

Luís Figo colocou fim à carreira de jogador profissional em 2009 de-pois de ter conquistado diversos cam-peonatos e troféus, como uma Taça de Portugal, quatro Campeonatos Espanhóis de Futebol, uma Liga dos Campeões da UEFA, uma Taça das Taças, uma Supercopa Europeia, uma Copa Intercontinental, quatro Campeonatos Italianos, uma Coppa Italia e três Supercopas Italianas.

No ano 2000 conquistou a Bola de ouro, em 2001 foi eleito melhor jogador da FIFA e fez parte da ge-ração de ouro do futebol portu-guês, tendo sido campeão do Mun-do, de juniores, em Riad e 2º clas-sificado no campeonato da Euro-pa de 2004.

Marta David

Figo e natural da região e começou a jogar no pequeno clube da Cova da Piedade

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NEGÓCIOS

O Troia Resort promove um Dia dos Na-morados especial. De 14 para 15 de Feverei-ro, o Aqualuz Suite Hotel propõe um paco-te que inclui uma noite de alojamento para duas pessoas em suite T1, jantar romântico

e pequeno-almoço, no valor de 159 euros. Nos Apartamentos Troiaresidence, o Troia Resort sugere noite de alojamento para duas pessoas em apartamento T1, com jantar ro-mântico, a partir de 145 euros.

A marca “Setúbal é um mundo – Visit Se-túbal” está a mostrar-se em Madrid, até ao dia 1 de fevereiro, na Feira Internacio-nal de Turismo (FITUR), um dos mais im-portantes eventos mundiais do género.

O município está presente com um pa-vilhão de promoção do concelho, que as-senta em três linhas de força diferencia-doras – Arrábida e Sado, Gastronomia e Vinhos e Birdwatching.

Troia promove romance no dia de S. Valentim Setúbal mostra potencialidades na FITUR

Novo Terminal de Contentores do Barreiro capta investimento privado

O INTERESSE do grupo chinês Fosun pretender investir na cons-trução do novo Terminal de Con-tentores do Barreiro levou o ve-reador do Planeamento, Rui Lopo, a elogiar tal passo. «Isto só prova que quanto mais interessados hou-ver na obra, mais firme fica a per-ceção de que é um projeto exequí-vel e que é importante para o de-senvolvimento da região e do País».

O autarca reconhece que Bru-xelas está atenta e mostra também interesse neste projeto da Área Me-tropolitana de Lisboa, revelando que no próximo dia 10 de Feverei-ro, o embaixador da Dinamarca visita o concelho do Barreiro e que tem conhecimento de que existe também um grupo dinamarquês interessado em investir no Termi-nal do Barreiro.

Já o presidente do município, Carlos Humberto, realça que não se está apenas a discutir o Termi-nal de Contentores do Barreiro mas, também, «um terreno anexo à Quimiparque de 300 hectares que permite a atração de ativida-

des ligadas diretamente à ativida-de portuária que irão aproveitar a proximidade do porto para se expandir e para não terem gastos de deslocação com transportes».

Segundo Carlos Humberto, o País tem de estar preparado para um aumento «muito significati-vo» de transportes de contento-res, pois só assim Lisboa e a Área Metropolitana de Lisboa poderão ser «uma referência à escala eu-ropeia» e afirmar-se como uma «cidade região».

Carlos Humberto não tem dú-vidas de que a localização do por-to no Barreiro, obra avaliada em cerca de 600 milhões de euros, pode ser um importante contri-buto para o desenvolvimento do País, região e concelho, e que o mesmo não inviabiliza a cons-trução da terceira travessia so-bre o tejo.

O município já entregou à Agência Portuguesa do Ambien-te o parecer sobre a proposta de definição de âmbito do Estudo

de Impacte Ambiental do Termi-nal de Contentores, depois de ter expirado o período de consulta pública. O documento aponta as preocupações do município na área ambiental, acessibilidades e inserção urbana, e pede o re-forço de acessibilidades e as li-gações Barreiro/Seixal e Seixal/Almada ou a Circular Regional Externa da Moita. E que deve ser estudada, ainda, uma ligação Bar-reiro/Montijo/ponte Vasco da Gama.

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A Câmara do Barreiro diz que o interesse do grupo chinês prova a convição de que o projeto é importante para o desenvolvimento da região e do país. O presidente diz que está muito coisa em causa.

Texto António Luís

Casa Ermelinda Freitas conquista PME Excelência pela terceira vez consecutiva A CASA Ermelinda Freitas, em Fer-nando Pó, acaba de conquistar, pela terceira vez consecutiva, o PME Ex-celência, do Instituto de Apoio às Pe-quenas e Médias Empresas (IAPMEI). O prémio tem em conta, entre ou-tros fatores, o bom rating, a rendibi-lidade do ativo, o crescimento do vo-lume de negócios e a autonomia fi-nanceira.

A gerente Leonor Freitas mos-tra-se orgulhoso com tal distinção, sublinhando que se trata de «um gran-de estímulo» para continuar a trilhar «o rumo de equilíbrio entre a orga-nização da empresa e os seus resul-tados económicos e financeiros».

A empresária de sucesso dedica o PME Excelência a toda a equipa que trabalha consigo. «Este prémio de gestão, que é também o resulta-do do trabalho da equipa, em fun-ção dos objetivos atingidos, que têm sido reconhecidos, nomeadamente o crescimento nas vendas e o gran-de equilíbrio em todos os fatores eco-nómicos da empresa.

Leonor Freitas recorda que no ano passado, a Casa Ermelinda Frei-tas fechou o ano com um crescimen-to de 10 por cento, mas que ficaria «muito satisfeita» se este ano, ape-sar das adversidades no arranque do ano, conseguíssemos crescer da mesma forma».

Os recentes entraves do Gover-no de Angola à entrada de produ-tos externos, com a imposição de quotas para a importação de vinho português, são, para Leonor Frei-tas, uma «grande preocupação», uma vez que a empresa, nos últi-mos anos, tem crescido «bastan-te» nesse mercado.

A empresária recorda que ainda há pouco tempo esteve em Angola e constatou, in-loco, a forma como os nossos vinhos têm vindo a ser im-plementados e acarinhados por este mercado, com o aumento de ven-das. «Este ano seria o ano da conso-lidação, mas estas dificuldades de exportação, agravada pelo risco de recebimento, é um problema. Temos uma encomenda para seguir e, ago-ra, o risco aumenta», sublinha Leo-nor Freitas.

Apesar de tudo, a empresária en-cara a situação como um «misto» de preocupação e esperança. «Julgo que os governos dos dois países podem encontrar uma solução bi-lateral para desbloquear a situação, porque a nossa ligação a Angola é muito es-pecial».

António Luís

ARTLANT de Sines tem plano para voltar a operarA EMPRESA ARTLANT, Sines, vai avançar com a implementação de um Plano Especial de Revitalização (PER) no Tribunal de Lisboa. O ob-jetivo, explica a administração em comunicado, passa por tentar im-primir «um novo fôlego» que tem o reinício da sua operação como meta.

Recorde-se que chegaram a cir-cular notícias que admitiam o recur-so ao layoff na fábrica, mas a empre-sa sustenta que vai manter as equi-pas que têm vindo a garantir a “se-gurança e a funcionalidade da fábri-ca em permanência”. Contudo, como consequência do PER, deverão ser

agora reduzidos os horários de tra-balho dos 155 funcionários afetados por esta medida.

A administração da ARTLANT garante ainda que não há salários em atraso e que também não será suspenso qualquer contrato de tra-balho, recusando a suspeição de um possível encerramento da fábrica de PTA de Sines. Pelo contrário, afirma estar otimista e preparada para efe-tuar o «rearranque da fábrica logo que possível». E já há uma data es-timada: o final do Verão poderá mar-car o inicio do ciclo de negócio da atividade.

ATEC promove Open DayA ATEC – Associação de Forma-ção para a Indústria, também co-nhecida por Academia de Forma-ção, localizada na freguesia de Quinta do Anjo, mais propriamen-te no Parque Industrial da Volks-wagen Autoeuropa, vai levar a cabo, a 7 de Fevereiro, entre as 14h30 e as 17h30, mais um Open Day. Está garantida uma tarde cheia de surpresas e de muita ani-mação.

O Open Day da ATEC visa des-pertar nos jovens que participem na visita o interesse pelas áreas técnicas, nomeadamente as áreas ligadas à Mecatrónica Automó-vel, Mecânica Industrial, Solda-

dura, Automação, Eletrónica, Sis-temas Informáticos e Redes, e, por outro lado, mostrar aos ativos onde é dada a nossa formação, toda a tecnologia que é utilizada na mesma e que alternativas te-mos em termos de formação pro-fissional e de formação intra e in-ter-empresas.

A ATEC ministra formação em áreas profissionais muito técni-cas ligadas à indústria e com for-te procura no seio do tecido in-dustrial português. Mas tem tam-bém um leque muito variado de formações na área de Desenvol-vimento Pessoal e Organizacio-nal e na área de LEAN.

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CULTURA

Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

VISIBILIDADE É a qualidade ou estado daquilo que é visí-vel, perceptível ; o que pode ser visto, o que é evidente, mani-festo, claro; o que não admite dúvida. Visibilidade é, também, um parâmetro utilizado em ter-mos meteorológicos e de via-ção para definir e indicar a dis-tância a que um dado objecto ou luz pode ser percepciona-do. Por vezes, a visibilidade é uma questão de adaptação: os olhos preparam-se, habituam--se às trevas.

À visibilidade do que é pri-vado, chamamos devassa. O que é íntimo deverá ser preser-vado dos olhares – invisível, por-tanto, para os demais. A visibi-lidade e a fama; a visibilidade é a fama. A visibilidade é a luz que incide, o foco. A visibilidade tem os seus próprios caprichos e ilu-sões. A imagem desgasta. O re-colhimento é uma forma (e uma força) da invisibilidade. O invi-sível é, assim e simultaneamen-te, o que não se vê e o que não se pode (ou deve) ver. O invisí-vel é o contrário do óbvio, da-quilo que «salta à vista», do pre-visível, do vulgar, por isso Jean Cocteau, em «Visão Invisível», defende que «A Invisibilidade é a condição da elegância».

Mas a invisibilidade social/pública nem sempre é deseja-da. Estar invisível não significa estar ausente ou inexistente. Ve-mos geralmente o que já conhe-cemos, o que se lhe assemelha ou aquilo que esperamos ver – o visível é o compreensível, o reconhecível. Reconhecemos e damos reconhecimento numa espécie de círculo vicioso e vi-ciado - a visibilidade tem a ver com o cânon e é, por isso, su-jeita a modas, a ciclos, a círcu-los, circuitos fechados, selados. Para Paul Klee, a Arte «não re-produz o visível. Torna visível». «Dar a ver» é, muitas vezes, um atributo ou uma função da Arte e dos críticos que, por sua vez, deverão «dar a ver» os artistas. Não dar visibilidade equivale a silenciar. Impedir a visibilida-de é impedir a voz, condenar a um mutismo - questão(ões) de Poder e de contra-Poder. A vi-sibilidade «dá-se» ou nega-se.

O esquecimento e a morte são as formas mais comuns de invisibilidade. A invisibilidade é uma das características do Rei-no dos Mortos – a capa da in-visibilidade de Hades.

«O Invisível para os homens é o visível para os deuses», afir-ma Roberto Calasso em «As Núpcias de Cadmo e Harmo-nia» porque, tal como Saint--Exupéry escreveu: «O essen-cial é invisível para os olhos». Humanos.

«O Homem Invisível», H. G. Wells – a história de um cien-tista com uma obsessão: encon-trar a fórmula da invisibilida-de; ver sem ser visto, desejo que começa na infância (quando nos cobrimos com uma man-ta ou escondemos a cara) e se prende com outro desejo: o de transgredir sem castigo. A vi-são é a culpa. Sem sermos vis-tos, não há pecado.

Os «amigos invisíveis» das crianças e de alguns adultos - invisíveis só para os outros; li-miares entre a sanidade e a lou-cura. «O que é, pois, aparecer?», perguntava Michel Foucault. Manifestar-se, mostrar-se, dar(--se) a ver, tornar-se (mesmo que momentaneamente) visível. Nascer é tornar-se visível; mor-rer é perder visibilidade.

A «tinta invisível»: truques e ilusionismos. O olhar não é coisa simples nem imediata.

«O Visível e o Invisível - so-bre o amor e outras mentiras», de Lucía Etxebarría; «O Visível e o Invisível», de Merleau-Pon-ty; «O Fio Invisível», de Júlio Machado Vaz; «Invisível», de Paul Auster, «Deixem passar o Homem Invisível», de Rui Car-doso Martins.

Nas suas «Seis Propostas para o próximo Milénio», Italo Calvino inclui a Visibilidade. O problema maior da visibilida-de e do poder daqueles que «dão a ver» está na escolha do que se mostra ou torna visível e na es-colha do que se oculta ou (so)nega e por vezes, como defen-deu Oscar Wilde, «o verdadei-ro mistério do mundo é o visí-vel, não o invisível».

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VISIBILIDADE

UHF revelam histórias curiosas e mal contadas em novo livro

“POR DETRÁS Do Pano” é o novo livro dos UHF que reúne as 35 his-tórias que António Manuel Ribei-ro escreveu para a Antena 1, entre Novembro e Dezembro de 2013, para revelar o interior da banda que impulsionou o rock português com o tema “Cavalos de Corrida”.

A obra, com 340 páginas, con-tém um breviário dos UHF mas não pretende ser uma biografia. «Sou apenas o relator de situações que vivi com os UHF num tempo de renovação da música portugue-sa», frisa António Manuel Ribei-ro, acrescentando: «Esta obra cul-mina a digressão dos 35 anos do grupo e revela histórias concre-tas, curiosas e desconhecidas ou mal contadas».

Editado pela Chiado Editora, o livro pretende passar a mensa-gem de que «um dia houve um gru-po de rapazes que construiu com convicção uma identidade musi-cal e que acabaram por fazer his-tória em Portugal».

O líder dos UHF já editou qua-tro livros de poesia, sendo que três são inéditos, bem como uma co-letânea da poética que escreveu e foi gravada pela banda.

A apresentação, a cargo de Rui Pego, diretor de programação de rádio da RTP, terá lugar dia 29, às 18h30, na livraria Desassossego, em Lisboa.

António Manuel Ribeiro diz que

os UHF continuam a promover, ao vivo, nos auditórios FNAC, de norte a sul do País, o novo disco duplo ao vivo “Duas Noites em De-zembro”, e a preparar mais uma digressão.

António Manuel Ribeiro lança livro na livraria do Desassossego

António Manuel Ribeiro, o líder dos UHF, orgulha-se de ter criado a banda

DR

Texto António Luís

OS LOUREIROS de Palmela são palco, este sábado, a partir das 21h30, do concerto de Ano Novo, que conta com as participações da Orquestra de Câmara, Orques-tra Juvenil e Banda de Música, di-rigidas respetivamente pelos maes-tros António Campos, Pedro Al-meida e Pedro Ferreira.

A Orquestra de Câmara é a mais

recente aposta da coletividade, le-vando o presidente dos Loureiros a reconhecer que se trata de um projeto que fazia falta em Palme-la. «É um projeto que dá andamen-to ao trabalho que alguns alunos que têm tido nas várias escolas de música para mostrar à comuni-dade o trabalho que é possível fa-zer com talentos deste calibre».

Já o maestro da OCL, António Campos, que dá aulas de Oboé e faz parte da direção pedagógica da es-cola de música dos Loureiros, diz que a ideia é colocar em palco uma orquestra de cordas, um projeto «pouco usual» em Portugal e que permite acolher músicos que tenham como prioridade outras profissões.

O OCL foi criada em meados de setembro de 2014 e é constituí-da por cerca de 20 elementos oriun-dos de Palmela, Setúbal e Azeitão. A OCL já fez duas apresentações ao público.

Se pretende tocar na OCL pode inscrever-se através de [email protected].

O Barbeiro de Sevilha, Capri-cho Italiano, Cenas do Velho Oes-te, Polar Express, Arabesque, Bo-naparte e Sombras da Madruga-da são alguma das peças que se-rão tocadas em palco. O maestro Campos (ao centro), durante uma das duas apresentações OCL

DR

“Por Detrás do Pano”, com o selo

da Chiado Editora, inclui um breviário

dos UHF mas não pretende ser uma

biografia

Concerto do ano novo dos Loureiros une três projetos musicais em palco

A peça “Sítio do Picapau Amarelo” sobe ao palco para apresentações a 1 e 8 de fe-vereiro, às 17 horas, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal. Com adaptação e encenação de Diogo Novo, a partir da obra de Mon-

teiro Lobato, fazem parte do elenco os jo-vens Lucília Mateiro, Ricardo Botelho, Ca-tarina Mouro, Yoann Auboyneau, Tomás Crawford, Lua Santos, Inês Branco, André Henriques, Pedro Alves e Sofia Fonseca.

Foi durante a primeira Blues Night des-te ano, com os “So What?”, dia 24, no Fó-rum José M. Figueiredo, na Baixa da Ba-nheira, que foram divulgadas as datas do IV BB Blues Fest: de 18 a 21 de junho,

os blues voltam a ouvir-se em vários es-paços deste equipamento. O evento é pro-movido pela Associação BB Blues Por-tugal e esta edição aposta na qualidade e diversidade dos espetáculos.

“Sítio do Picapau Amarelo” no palco do Luísa Todi BB Blues aquecem noites da Moita

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Ofertas Semmais - Inscreva-se já!

Ganhes convites duplos para “Amor e Informação”TEMOS 5 convites duplos para oferecer aos nossos leitores para irem dia 5 de Fevereiro, às 21h30, ao Teatro Aberto, em Lisboa, as-sistir à representação de “Amor e Informação”, de Caryl Chur-chill, com encenação de João Lourenço.

“Amor e Informação” é uma peça caleidoscópica, fora do vul-gar, que propõe uma reflexão so-bre o modo como lidamos com a informação, o amor, os afetos, a memória e a privacidade no momento presente, profunda-mente marcado pela tecnologia e pelas ligações digitais que se estabelecem na sociedade con-temporânea. «Há um alerta la-tente nesta peça em relação ao que está a acontecer à nossa me-mória com a evolução da tecno-logia, mas também às relações entre as pessoas. É uma reflexão sobre este mundo hiperinforma-do em que vivemos e sobre o lu-gar do amor e dos afetos na so-ciedade atual globalizada», re-fere o diretor Francisco Pesta-na, que acrescenta que a peça

está a ter «grande recetividade» por parte do público, uma vez que o texto é «muito fora do co-mum em termos dramatúrgicos. São apresentados ao espetador 54 quadros, de curta duração, que são pequenos excertos de vida que abordam vários temas».

Está em cena de 4.ª a sába-do, às 21h30, e domingo, às 16 horas, e conta com as interpre-tações de Ana Guiomar, Carlos Malvarez, Cristóvão Campos, Francisco Pestana, Irene Cruz, João Vicente, Marta Dias, Mar-ta Ribeiro, Melim Teixeira, Pa-trícia André, Paulo Oom, Rui Neto e Teresa Sobral. Ligue 918 047 918 e ganhe convites.

Diabo na Cruz dão concerto Os Diabo na Cruz, uma das bandas sensação da música moderna portuguesa, apresen-tam o seu novo álbum “Diabo na Cruz”, lançado no final de 2014, de que fazem parte temas como “Vida de Estrada” e “Ganhar o Dia”, integra uma digressão que a banda realiza até abril por salas portuguesas. Forum Luísa Todi, Setúbal, 21h30

Pub.

Bailado por uma boa alimentaçãoA Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo apre-senta “Pic Nic”. O espetáculo, dirigido à comunidade educa-tiva, com sessões às 10h30 e 14h30, estimula a imaginação, através de pequenas histórias, relativamente a uma alimen-tação saudável e equilibrada. Teatro S. João, Palmela, 21h30.

31Sáb

ado

Penicos dão música e poesia erótica Os Penicos de Prata apostam num concerto de música e poesia erótica e satírica portuguesa. O quarteto de voz e cordas formado em Almada adapta poemas de autores como Adília Lopes, António Botto, Fernando Pessoa, Lib-erto Cruz e Natália Correia.Teatro Joaquim Benite, Almada, 21h30

31Sába

do

Revista popular anima MontijoNatalina José, Anita Guerreiro,

Vitor Emanuel, Ana Paula Moita, Paulo Oliveira e Filipa Giovanni são

os atores que dão corpo à revista popular “P´ro Diabo Kus Carregue!”,

a nova aposta das Produções C2E que conta com textos humorísticos

de conceituados autores nacionais e músicas populares.

Teatro Joaquim D´Almeida,Montijo, 21h30

31Sába

do

Cantar Alentejo, com humor“Cantar Alentejo com humor” é o título do espetáculo que conta com as participações do grupo Os Alente-janos, de Serpa, e do humorista Jorge Se-rafim, sempre irrever-ente e engraçado. Auditório António Chaínho, Santiagodo Cacém, 21h30

4Quarta

31Sába

do

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OPINIÃO

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

ATÉ OITO de Fevereiro teremos em cena em Almada “Kilimanjaro”, a partir do célebre conto de Ernest Hemingway “As neves do Kiliman-jaro”. Neste conto Hemingway pro-jecta em Harry aquele que seria por-ventura um dos seus maiores me-dos na altura, quando, depois de su-cessos como “O adeus às armas” e “Fiesta”, o autor de “O velho e o mar” começava a tornar-se numa cele-bridade: tinha medo de que a “per-sona” social que ele próprio criara o engolisse enquanto escritor. Que o mito aniquilasse o artista.

Ernest Hemingway terá sido o primeiro escritor-celebridade da História. No dealbar de um século que se encerraria sob o signo da glo-balização, o escritor deu eco, na sua obra, a um certo “malaise” daque-la que Gertude Stein baptizou como “geração perdida”. Estamos a falar dos sobreviventes da I Grande Guer-ra, que atingiram a maioridade du-rante o conflito. Estamos a falar da-queles que tiveram de lidar com o facto de terem sobrevivido, quan-do uma grande parte dos seus con-temporâneos pereceu. Estamos a falar daqueles que, nos “années fol-les”, se revoltaram contra o conser-vadorismo político e social instituí-do pelas mesmíssimas nações que enviaram milhões para a morte nas trincheiras sem o mínimo piscar de olhos, acenando com a vacuidade do heroísmo e do amor pátrio.

Precisamente nessa época o re-cém-casado Hemingway vivia po-bremente em Paris, com a jovem Hadley e o filho de ambos. Lutava para tornar-se escritor e ganhava a vida como correspondente de jor-nais americanos. Cobriria o confli-to greco-turco, a guerra civil espa-nhola, o conflito cino-japonês e a II Grande Guerra.

Por duas vezes Hemingway en-trevistou Mussolini, a quem cha-mou “o maior embuste da Europa”. Rodou um documentário, narrado

por si, durante a guerra civil espa-nhola, intitulado “The Spanish ear-th”, cuja receita serviu para adqui-rir ambulâncias para a causa repu-blicana. Durante a Segunda Gran-de Guerra acompanhou o desem-barque do dia D na Normadia, a li-bertação de Paris, e perseguiu os nazis até território alemão – che-gando mesmo a combater, lideran-do uma força de milícia, sendo qua-se preso por isso. O conto “Che ti dice la patria?”, um relato de uma viagem por Itália no qual se descre-ve o ambiente social vivido no pós I Grande Guerra que levou à ascen-são do fascismo, é quase um pan-fleto político.

Em África, a morrer com gan-grena, e à medida que vai passan-do a vida em revista, Harry chega à conclusão de que levou uma vida vã, e que nunca deveria ter deixa-do para mais tarde aquilo que po-deria ter escrito antes. Hemingway sublimava dessa forma um dos fan-tasmas que mais o atormentavam: transformar-se num escritor falha-do, consumido pelo álcool. Depois da sua morte, alguns dos seus de-tractores insistiram em bater nes-sa tecla.

Mas Papa Hem contradi-los, ser-vindo-se daquilo que melhor fazia: da literatura. Nunca deixando de dar voz ao contraditório, de com-preender em vez de julgar, Hemin-gway destaca-se como uma das vo-zes que no século XX nos alertaram contra o fascismo. Ouvi-lo-emos ainda hoje?

Hemingway e o fascismo: “Che ti dice la patria?”

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

AS IPSS são instituições consti-tuídas por iniciativa de particula-res, sem finalidade lucrativa, com o propósito de dar expressão or-ganizada ao dever moral de soli-dariedade e de justiça entre os in-divíduos, com vista à prossecu-ção de objetivos de solidariedade social consignados na Constitui-ção da República Portuguesa.

Em matéria da representati-vidade das IPSS no território na-cional, existem Uniões Distritais (UDIPSS) que convergem ao ní-vel da Missão, que visa promo-ver, entre vários fins, represen-tar, difundir e assumir a defesa dos interesses comuns das ins-tituições particulares de solida-riedade social, designadas por Associadas, sendo as UDIPSS en-tidades que devem desenvolver a sua atividade com total auto-nomia e independência a qual-quer partido ou ideologia polí-tica, credo ou religião.

Serve o enquadramento an-terior, para situar as eleições que se vão realizar no próximo dia 28 de Janeiro 15 para os Órgãos Sociais da União Distrital das IPSS do Distrito de Setúbal (UDIPS-SS), para o mandato do Triénio 2015-2018, tendo sido aprovado com 22 votos pela Assembleia Geral somente uma Lista e não aprovação de uma segunda, em virtude desta não reunir os re-quisitos definidos pelos Estatu-tos da UDIPSSS.

À data em que escrevo o pre-sente artigo de opinião, desco-nheço o resultado do sufrágio, o que me permite distanciar de futuras considerações que ve-nham a ser feitas depois de se saber o resultado das eleições, o qual já é previsível, na medi-da em que a Assembleia Geral da UDIPSSS permitiu que fosse a votos uma única Lista.

Sendo a Assembleia Geral da UDIPSSS o Órgão responsável

pela aprovação das Listas que se candidataram às eleições, tendo estado representadas 42 Asso-ciadas do universo das 192 IPSS do Distrito de Setúbal, dever-se--á questionar após ser conheci-do o resultado da votação, quais serão os Valores pelos quais se vão reger os futuros Órgãos So-ciais da UDIPSSS, em particular a “representatividade” e “servir os Interesses”, de quem, com pou-co mais de 10% dos votos das IPSS associadas.

De facto, quando se preten-de ter o “poder” e protagonismo a todo o custo, usando a legiti-midade com falta de sentido de responsabilidade, dificilmente o comum cidadão acreditará na transparência das práticas das IPSS ao nível da selecção e ad-missão de utentes das listas de espera de algumas respostas so-ciais, cujo financiamento da ati-vidade também é feito com di-nheiro dos contribuintes.

Sobre o valor da Solidarieda-de Social, esse não questiono, por-que apesar das Instituições Par-ticulares de Solidariedade Social serem representadas por pessoas, com durações de mandato, feliz-mente recentemente limitados por Lei, as IPSS são Organizações com uma história muita rica em valo-res morais e obra realizada, que não se compadecem com frases feitas de programas eleitorais, que mais se assemelham a manifes-tos carregados de ideologia poli-tica e partidária.

Paulo G. LourençoInvestigador Social

GATO ESCONDIDO COM O RABO DE FORA

AS RECENTES eleições para o parlamento grego vieram animar o debate político no nosso País e certamente em todo a Europa, porque o facto de ter sido um par-tido fora daquilo que chamam de “arco da governação”, ter conse-guido vencer quase com maio-ria absoluta, deixou a gaguejar muitos dos que estão sempre dis-poníveis para botar “faladura”.

As sondagens cedo deram a esperança ao povo helénico de

que o Syriza, que alguns chamam de radical, poderia vencer o su-frágio e afastar da área da gover-nação as forças que, ao longo de décadas conduziam aquele povo

a condições de vida que, tal como outros entre os quais nos incluí-mos, nunca tinham pensado que poderiam suportar.

Por um se ganha e por um se perde e se o Syriza tivesse con-seguido mais dois deputados te-ria alcançado a maioria absolu-ta, condição que tinha evitado a necessidade de, em curto espa-ço de tempo, ter acertado coliga-ção com outro partido de posi-ções ideológicas opostas mas com coincidências reivindicativas no que toca às relações com quem lhes tem emprestado dinheiro,

mas com cujas condições não concordam.

De salientar a rapidez com que os novos governantes da Grécia chegaram a acordo para enfren-tar a luta a que se propuseram e de imediato deram posse ao novo Governo.

De registar a postura de al-guns dos nossos governantes que, não conseguindo esconder o ner-vosismo, se esqueceram da pos-tura diplomática e tentaram mos-trar que são capazes de vir a fa-zer aquilo que, já deram provas, nunca irão conseguir.

Gregos

Jorge SantosColaborador

FIO DE PRUMO

Com a saúde não se brinca

APESAR DO martírio que a aus-teridade impôs ao setor social, nomeadamente ao Serviço Na-cional de Saúde, acompanhava, como muitos portugueses, algu-ma deferência pela gestão de Paulo Macedo à frente do Mi-nistério da Saúde.

Depois de Correia de Cam-pos que, a meu ver, e por duas vezes, foi o mais incompreendi-do e reformista da tutela na mo-dernidade a seguir ao período quente da revolução de Abril de 74 (por ser impossível as com-parações), Paulo Macedo detin-ha um veio moderado na inves-tida ideológica do atual gover-no contra tudo o que cheirasse a social.

Mas os factos ditam um re-vés e a história acabará por fin-tar a sua mestria empática que levou à compreensão dos por-tugueses. O seu maior trunfo foi ter conseguido abortar o contí-nuo percurso da dívida no setor e o embate com os monopólios instalados, nomeadamente o far-macêutico. Mas o desinvestimen-to no setor, a redução de efeti-vos, a falta de meios básicos nos hospitais públicos, os atropelos nos urgências e a regressão dos cuidados de saúde básicos, ao nível dos centros de proximida-de, são realidades concretas. Já para não falar das taxas mode-radores, esse eficaz modelo di-tado para reduzir afluência às urgências, mas igualmente per-nicioso, porque afasta muitos dos utentes que dela precisam, alguns até em casos de ‘vida ou morte’.

Nestes últimos meses, Ma-cedo quase se colocou ao nível dos colegas da Justiça e da Edu-cação, outros dois pilares essen-ciais do Estado democrático, nas trapalhadas e no zurzir por en-tre a confusão. Ao contrário do que a sua gestão sempre vincou, foi sempre a correr atrás do pre-juízo, obrigado a um trapezis-mo argumentativo que o deixou fragilizado.

O ano passado comemora-ram-se os 35 anos da instalação do Serviço Nacional de Saúde, reconhecido como política exem-plar em grande parte do mun-do. Macedo sempre disse que o estava a defender. Mas tem sido, nos últimos tempos, um dos seus detonadores. E nestas coisas não há volta a dar. O Ministro fica-rá marcado, porque com a saú-de não se brinca.

EDITORIALRaul Tavares

Sábado • 31 janeiro 2015 • www.semmaisjornal.com 15

PERFUME PODE não ser um aroma, pode não ser um odor – pode ser uma cor, um som, uma imagem, um gesto, um sentimen-to, uma sensação...

Um perfume é uma associa-ção, é um sinal elétrico que per-corre suavemente o nosso cor-po e evoca uma qualquer recor-dação, um verdadeiro perfume tem de cheirar a nostalgia e, por isso, aqueles frascos coloridos nas perfumarias ainda não são perfumes, ainda não têm uma história, uma memória associa-da, um vislumbre de paixão, de felicidade momentânea.

E o perfume, o odor, a fra-grância, não precisam de ser ol-fativos, precisam apenas de evo-car, tal como uma música pode chamar um momento passado, passando o som a ser aroma – o aroma de um momento espe-cífico, sendo irreversível, o efei-to de lembrança associado, in-

contornável.Essa magia envolve o corpo,

através de complexos desenca-deamentos neuronais, provo-cando, então, uma das mais be-las emoções – a nostalgia.

A nostalgia é difícil de deci-frar porque corrompe a mente, aliciando-a, lenta, prazerosa e sem escrúpulos, cria dependên-cia, condena e afunda quando sentida em doses elevadas, por isso, tomem cuidado – os per-fumes são, na realidade, nostal-gia líquida.

Perfume

Margarida NietoEstudante

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

A SEMANA que passou ficou in-delevelmente marcada pelas elei-ções na Grécia.

À dúvida inicial de se saber se o Syriza confirmaria nas ur-nas a vantagem obtida nas son-dagens, levou rapidamente à dú-vida seguinte: conseguirá maio-ria absoluta?

Ora, apesar do sistema políti-co eleitoral, bastante diferente do nosso e que visa criar estabilida-de governativa, a maioria absolu-ta não chegou e o Povo, que em Portugal costuma dizer-se que é sábio (seja lá o que isso quer di-zer), subscreveu uma página da sua história, entregando os desti-nos do País a um partido até aqui radical, mas não lhe quis dar a maioria absoluta, provavelmen-te desconfiando da receita, ou me-lhor, da dose exagerada que estes se propunham aplicar.

Agora a Europa e o mundo estão suspensos dos passos se-guintes. Mas os Gregos também o estão.

A verdade é que o novo Pri-meiro-Ministro Grego,qual cozi-nheiro que contestou todas as re-ceitas tradicionais e se propunha fazer novos e mais saborosos co-zinhados com outros ingredien-tes, vem agora dizer que afinal a receita que ele tem, tem muitos pontos de contacto com as tradi-cionais.

Naturalmente que não se faz omeletes sem ovos, nem um de-licioso arroz sem arroz, e qualquer substituto que encontremos, não produzirá esse milagre.

Mais, até me podiam vir dizer que não temos de cozinhar o ba-

calhau todos da mesma maneira e o truque está em inovar, apre-sentando precisamente essas no-vas receitas, com valores nutricio-nais semelhantes, um sabor, pelo menos aproximado e com custos mais reduzidos.

O que se passa é que esse co-zinheiro ainda tem de pagar a con-ta aos fornecedores dos cozinhei-ros anteriores e se não pagar, não vai ter verbas para adquirir novos ingredientes, porque os ingredien-tes custam dinheiro e a fonte é só uma, logo, se ele disser aos seus for-necedores que quer mudar de pro-dutos, tudo bem, mas desde que pague os anteriores e se não pagar os anteriores, eles não lhe vão dar outros produtos, porque ninguém gosta de ser enganado duas vezes.

A única opção que vejo é os Gregos terem a capacidade nego-cial de convencerem que a nova receita é tão boa e suculenta que vai gerar receitas que permita co-meçar a pagar e, mais, que se eles se afundarem, levam a Europa toda atrás e aí, a Chef Alemã, temendo não conseguir alimentar o seu “es-belto” corpinho, visivelmente mui-to necessitado de alimento, prefi-ra esquecer o que está para trás, não por altruísmo, mas para ga-rantir que não lhe vão faltar mui-tas e boas refeições no futuro

Paulo Edson CunhaVer. PSD/Seixal

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Tragédia Grega?APESAR do mau que nos tem acontecido, para grandes males grandes remédios. Como diz CR7 há que sermos ambiciosos no bom sentido e consumirmos na-cional.

Bom criar AISET — Associa-ção da Indústria da Península de Setúbal potencial motor de Em-preendedorismo/Inovação/ReIn-dustrialização da Península, fun-dado pelas maiores empresas, bem diversificadas. Pena os clus-ters da cortiça e conserveiro (que desapareceram da Região) não estarem representados. Lidera-da pela Volkswagen-Autoeuro-pa, o método Dual de Formação Profissional Alemã, pilar da sua liderança tecnológica (salvo evo-luções entretanto surgidas não é muito diferente dos Cursos Noc-turnos das Escolas Industriais nos anos 1963-79) dará respos-ta de qualificação às necessida-des empresariais e deve dinami-zar a Península no Portugal 2020.

DESENVOLVIMENTO ECONÓ-MICO depende de: Ciência/Ino-vação/Qualificação e Indústria de transacionáveis, Investimen-to/Empreendedorismo, MRK/Diplomacia Económica. Posse Tecnológica significa expansão de interesses Económicos sobre Territórios como Portugal nos Descobrimentos. Investigação/Guerras/Espacial/Ficção Cien-tífica têm contribuído para Des-cobertas/Invenções. Algumas fo-mentaram desigualdade/perda de vidas mas maioria contribue p/elevar Qualidade de Vida de que Internet é expoente máximo. Alemanha apesar de fragilizada p/guerras conquista Liderança Tecnológica. Não basta êxito de APP´s/Startups-Tecnológicas. Construtores TV usam tecnolo-gia tátil de empresa nacional, an-tes seriam cá fabricados. Diás-pora da criatividade de emigran-tes portugueses tem sido apro-veitada p/outros países desper-diçando Portugal esta riqueza e contribuindo para insustentável Seg.Social. Termos cedido à In-glaterra (desde Cruzadas), ADN comercial-colonial, cultura “trei-nadores de bancada quezilentos” atrasou-nos. Nem 1 Nobel da Fí-sica, só Medicina. Bom Senso/Ambição/Disciplina/Empreen-dedorismo/Inovação/Gestão e Ensino Profissional para as ne-cessidades empresariais, boas relações Comerciais c/:EU/EUA/EAU/BRICS/CPLP promovendo exportações c/bens tradicionais/inovadores de Qualidade, e ade-quada Política Energética, con-tribuem p/desenvolver Portugal.

Foi isto que fez a Alemanha de Bismark

PRODUTIVIDADE/QUALIDA-DE — É fazer mais c/menos re-cursos sem desperdícios/devo-luções. Eficiência operativa de-pende da curva-experiência, e economia de escala importa, ra-zão p/trocas comerciais. Novos

sistemas: concepção produto/tecnologia/organização indus-trial/qualificação, viabilizam pro-duzir pequenas séries/tornando PRODUTIVIDADE DOMINÁVEL. Aproveitar nova Revolução In-dustrial: prototipagem (FabLab)/Código aberto/Cloud/Fabrico e distribuição direta p/qualquer parte do Mundo, e redução do “Gap” salarial/aumento relativo do peso dos custos logísticos po-tenciam oportunidade de Portu-gal se Reindustrializar(cá) con-tribuíndo para Emprego/Susten-tabilidade Social.

COMPETITIVIDADE — Em mais de 300 critérios International Institute for Management ava-lia competitividade de 60 paí-ses onde Portugal é 43º. Espe-culação financeira/Euro forte (conjunturalmente mais baixos?) Desarmonizações: Fiscal/Finan-ceira, Economia Paralela/Cor-rupção, anulam ganhos de pro-dutividade.

BALANÇA COMERCIAL — Euro-pa c/superavit é falácia estatís-tica. Alemanha tem superavit gra-ças à sua capacidade(desde Re-volução Industrial). Portugal não consegue superavit estrutural(só: 1941/3 e 2012/3) por nos termos deixado atrasar, exportando na gama baixa da cadeia tecnológi-ca (salvo honrosas excepções) e importando da alta, como se não bastasse estarmos sujeitos a co-tas de produção p/EU, como acon-tece agora com a sardinha, dei-xando pescadores no desempre-go. Bons informáticos/Startups tecnológicas é insuficiente. Por-tugal tem de entrar em merca-dos potencialmente recetores dos nossos produtos. BRICS defen-dem-se: criam Banco Próprio, Rússia muda parceiros comer-ciais, China maior cliente do Bra-sil. Petróleo e juros baratos/des-valorização da moeda são jane-la de oportunidade-enquanto aberta-mas atenção a Angola. Para SUSTENTÁVEL Portugal tem de produzir transacionáveis para consumo interno/exportar se não quiser tornar-se num país de cozinheiros/empregados mesa/cantores/dançarinos. Última al-ternativa para salvar a Europa será o IMPENSÁVEL “EU fechar as portas económicas ao Mun-do p/salvá-la da Globalização”? Não faz sentido também pelo seu superavit comercial.

INVESTIMENTO — Cultura não empreendedora/redução do IDE são óbice. Dado Economia Glo-bal, previsões apontam p/EUA ser refúgio. Será que: Acordo de Par-ceria Portugal-EU 2014-2020, “mi-lagre dos pães do Plano Junker” (descricionário não permite fle-xibilidade PEC a Portugal), Quan-titative Easing de Draghi, IFD/Banca, Vistos Gold (c/ Investi-mento Industrial além da indús-tria da construção), Crowdfun-ding, remessas de Emigrantes, TTIP (?), ajudam a economia real

no Portugal-2020 e.v. de serem oportunidade à mercê de fraudes? Não basta injetar dinheiro se o modelo económico não for ade-quado e aplicação eficaz.

Rever: Plano Marshall/Fer-reira Dias/Melander/Porter c/upgrades

INTERNACIONALIZAÇÃO: Ban-ca s/controlo, escândalos c/des-vios de milhares de milhões (cul-pados não presos nem confisca-dos bens). Empresas de constru-ção/energéticas pós-ganharem experiência e deixarem-CÁ-fa-tura PPP/rendas penalizadoras para pagarmos, passam a empre-gar recursos mão-de-obra/ma-teriais e contribuir Fiscal/Seg.So-cial noutros destinos, não é bom para a nossa Economia/Empre-go. Bom é uma Empresa produ-zir CÁ usando ao máximo recur-sos nacionais, abastecer consu-mo interno/exportar e contribuir p/: Impostos/Segurança Social em Portugal. Empresas capital intensivo contribuírem mais p/Segurança Social. Porque lhes foi reduzida a TSU?

Boa decisão integrar Penín-sula de Setúbal no PLANO ES-TRATÉGICO para o TURISMO na REGIÃO de LISBOA (enquanto marca SETÚBAL não for visível). Não se entende porque maior Projecto Turístico Nacional–TRÓIA-não é integrado, apesar de não ser na P.Setúbal? Há mer-cados Reino Unido/Normandia que gostariam vir e.v. de p/con-gestionadas Rivieras Francesa/Italiana. Razões p/Aeroporto no Montijo, que também serve p/Distrito escoar bens perecíveis/alto valor acrescentado, assim a privatização TAP(maior expor-tadora/enorme impacto Turís-tico) salvaguarde eficazmente a manutenção do HUB Aeropor-tuário-Lisboa, e.v. Barajas.

Façamos tudo para que a pre-visão de Roubini (previu a crise de 2008) de nova crise global em 2016 não se confirme.

Caldeira Lucas(Eng.o, Gestor,Prof., Consultor)

Competitividade

“ Em mais de 300 critérios International Institute for Management avalia competitividade de 60 países onde Portugal é 43º. Especulação financeira/Euro forte (conjunturalmente mais baixos?) Desarmonizações: Fiscal/Financeira, Economia Paralela/Corrupção, anulam ganhos de produtividade. ”