seminário - rapport au savoir - 2

54
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS UM ESTUDO ACERCA DA NOÇÃO DE RELAÇÃO AO SABER (RAPPORT AU SAVOIR) Por Dilson Cavalcanti Recife, 16 de abril de 2012

Upload: dilson-cavalcanti

Post on 09-Sep-2015

17 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

Seminário - doutorado

TRANSCRIPT

Apresentao do PowerPoint

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCOPROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ENSINO DE CINCIASUM ESTUDO ACERCA DA NOO DE RELAO AO SABER (RAPPORT AU SAVOIR)

Por Dilson Cavalcanti Recife, 16 de abril de 2012JustificativaA ideia de Configurao EpistemolgicaO ensino e aprendizagem, em particular, da Matemtica, envolve um sistema de relaes, fenmenos, e variveis. Num dado momento, que pode ser capturado pelo pesquisador, possvel verificar a existncia de uma estrutura desses elementos configurando uma epistemologia interna que, por sua vez, pode caracterizar uma concepo de ensino-aprendizagem ou um modelo pedaggico.Pressuposto inicialA ideia de Configurao EpistemolgicaNuma primeira projetao dessa ideia, pressuponho que a natureza e dinmica das relaes estabelecidas nos processos de ensino e aprendizagem configuram uma epistemologia interna ou so configuradas por uma epistemologia interna associada a certos fenmenos didticos que emergem nas aulas de Matemtica. Por exemplo, numa aula de Matemtica qualquer, h uma manifestao de aspectos que envolvem a epistemologia dos saberes matemticos e sua transposio (CHEVALLARD, 1985) no lcus da sala de aula; as relaes que os sujeitos (professor e estudantes) estabelecem com esses saberes (CMARA DOS SANTOS, 1995) e a negociao de significados desses saberes incluindo os processos de validao, bem como os papis assumidos por esses sujeitos numa relao didtica (BROUSSEAU, 1996).

Configurao epistemolgica como estrutura organizacional

Configurao epistemolgica como framework tericoConfigurao epistemolgica como estrutura organizacional - Status do saber matemtico;O professor e sua relao com o saber;O estudante e sua relao com o saber Les Mathmatiques lcole Guy Brousseau quoi sert la didactique? Gerard VergnaudBROUSSEAUNotre premier exemple montre bien que tout le monde n'a pas le mme rapport aux mmes notions mathmatiques et ne leur donne pas le mme sens. Chaque Institution tend dvelopper sa propre culture :les parents, les lves, les professeurs, les mathmaticiens, les ingnieurs parlent avec les mmes mots de connaissances diffrentes, transposes. On peut mme ajouter que chacun de nous intgre plusieurs rapports diffrents aux mmes objets mathmatiques: titre Personnel, en tant que professeur, en tant qu'apprenants, nous utilisons des concepts, des techniques, des termes, diffrents et nous les ressentons diffremment. Des cloisons tanches s'lvent entre nos diffrents rapports et nous rendent incapables d'utiliser ce que nous savons dans certains cas. Nous pouvons mme, force de concessions aux possibilits de la situation, perdre compltement notre vigilance mathmatique. L'enseignement se faufile difficilement dans ce labyrinthe. D'autant plus que la plupart des partenaires croient qu'il existe naturellement une culture commune et des moyens naturels de transmission, au moins pour les connaissances simples de l'cole primaire et qu'ils refusent de renoncer cette illusion. (BROUSSEUA - Les mathmatiques l 'cole). BrousseauNosso primeiro exemplo mostra que nem todo mundo tem a mesma relao com os mesmos conceitos matemticos e no dado o mesmo sentido. Cada instituio tende a desenvolver sua prpria cultura: pais, alunos, professores, matemticos, engenheiros falam com as mesmas palavras de diferentes conhecimentos, transpostos. Podemos ainda acrescentar que cada um de ns temos vrias relaes diferentes para os mesmos objetos matemticos: por exemplo, pessoal, como professor, como aprendizes, utilizamos conceitos, tcnicas, termos diferentes e sentimos as coisas de forma diferente. Parties estanques surgem entre nossas diferentes relaes e nos fazem incapazes de usar o que sabemos, em alguns casos. Podemos at, por fora de "concesses" das possibilidades da situao, perder completamente a nossa vigilncia matemtica. O ensino difcil nesse labirinto. Especialmente porque a maioria dos parceiros acreditam que existe "naturalmente" uma cultura comum e e os meios "naturais" de transmisso, pelo menos para os conhecimentos "simples" da escola primria e eles se recusam a desistir essa iluso.VERGNAUDLa question du rapport au savoir ne peut pas tre bien analyse si n'est pas pose la question de la valeur opratoire de ce savoir. Les savoir-faire sociaux, la matrise du langage crit, les connaissances mathmatiques peuvent et doivent trouver leur fonctionnalit en situation ; la forme verbale et discursive de la connaissance n'est pas suffisante.

C'est donc la lumire de la pdagogie et de la didactique des situations qu'il faut aborder le rapport au savoir, qui est effectivement au centre du rapport l'cole, du rapport la formation, l'apprentissage, y compris dans l'apprentissage sur le tas.VERGNAUDA questo da relao com o saber no pode ser devidamente analisada se no se colocar a questo do valor operacional desse saber. As habilidades sociais, domnio da linguagem escrita, o conhecimento matemticos podem e devem encontrar a sua funcionalidade em uma situao; o conhecimento verbal e discursivo no suficiente.

, portanto, luz do ensino e situaes de aprendizagem que deve ser abordada a relao com o saber, que realmente o centro da relao com a escola, da relao formao, aprendizagem, incluindo a aprendizagem (atravs da prtica???) (no trabalho???).VERGNAUDLa forme discursive et prdicative que prend la connaissance dans des noncs et des textes (textes scientifiques, modes d'emplois ou recettes de cuisine), ne peut pas vritablement entrer en comptition avec la forme opratoire. On peut connatre par coeur certains thormes de mathmatiques et tre incapable de les mettre en oeuvre dans les situations o ils sont pertinents ; on peut connatre par coeur d'excellentes recettes de cuisine et tre un pitre cuisinier. Cela ne signifie nullement que les thormes et les recettes sont des aspects ngligeables de la connaissance et de la culture, mais ils sont radicalement insuffisants pour comprendre ce qu'est la culture et ce qu'est la connaissance.

Le concept de rapport au savoir doit donc tre largement examin et analys la lumire des diffrences, des convergences et des complmentarits entre la forme opratoire de la connaissance, qui permet d'agir en situation, et la forme prdicative qui permet de mettre en mots, en noncs et en textes, les objets du monde, leurs proprits, leurs relations et leurs transformations.VERGNAUDA forma discursiva e a forma predicativa, que coloca o conhecimento em enunciados e textos (textos cientficos, manuais de instrues ou receitas), no pode realmente competir com a forma operatria. Podemos conhecer de cor alguns teoremas matemticos e no sermos capazes de aplicar-los em situaes onde eles so pertinentes; pode-se conhecer de cor excelentes receitas e ser um cozinheiro ruim. Isso no significa que os teoremas e as receitas so aspectos negligencivies (insignificantes) do conhecimento e da cultura, mas eles so radicalmente insuficiente para compreender o que cultura e que o conhecimento.

O conceito de "relao com o saber" deve ser, portanto, amplamente discutido e analisado luz das diferenas, convergncias e complementaridades entre a forma operatria do conhecimento, que permite agir em uma situao, e a forma predicativa que permite colocar em palavras, frases e textos, os objetos do mundo, suas propriedades, suas relaes e transformaes.Noo, conceito METODOLOGIA DE LEITURACervo e Bervian (2002, p. 96) fases cronolgica e lgica - ao mesmo tempo - da leitura: viso global (sincrtica), viso analtica, viso sinttica.a fase da pr-leitura Permite uma viso global do assunto a ser tratado -leitura de reconhecimento;leitura seletiva - momento em que se separa efetivamente o que essencial do que dispensvel. No se trata ainda de uma leitura minuciosa, mas j o primeiro passo. Somente devero ser selecionados os dados que efetivamente podero luzes ao tema proposto. leitura crtica ou reflexiva - uma fase de estudos mais profundos que inclui processos reflexo (aprendizagem) e percepo deliberada dos significados (apreenso). Envolve operaes complexas como: anlise, comparao, diferenciao, sntese e julgamento. leitura interpretativa - essa fase implica em um trplice julgamento: " o leitor procura saber o que o autor realmente afirma, quais dados oferece e que informaes transmite. Qual o problema abordado, quais so suas hipteses, suas concluses. Feita a anlise e o julgamento, efetua-se a operao de sntese que a integrao e organizao dos dados ou o plano de assunto. Esse plano surgiu provisoriamente no incio da pesquisa e agora, ao final da leitura informativa, surge definitivo como sistema orgnico e cientfico. (CERVO; BERVIAN, 2002)

Consideraes iniciaisRapport au savoir sintagma proposto por Lacan nos anos 1966 (Beillerot et al., 1989). origem do termo RAPPORT AU SAVOIR...As expresses "relao com a cultura", "relao com a linguagem e o saber surgem no livro La reproduction, de Bourdieu e Passeron, de 1970 (Silva, 2008).Teorizao da relao com o saber como noo terica a partir da dcada de 80Centre de Recherche ducation ScolarisationESCOL - Paris VIIICentre de Recherche ducation et Formation CREF - Paris-XInstitut de Recherche sur lEnseignement des MathmatiquesIREM-Aix-MarseilleA questo da relao com o saber foi apresentada por:

Scrates Conhece-te a ti mesmo;

Plato Debate com os sofistas

Descartes no certe da dvida metdica

Hegel Na Fenomenologia do Esprito

Bachelard em sua obra epistemolgica ver tambm Vnculos entre a relao com o saber de Charlot e as categorias bachelardianas (Trpia e Caldeira, 2011) Le rapport au savoir question ancienne, notion nouvelle (Charlot, 2003Rapport au savoir et didactique. Org. Maury et Caillot,)Consideraes iniciaisRapport au savoir sintagma proposto por Lacan nos anos 1966 (Beillerot et al., 1989). origem do termo RAPPORT AU SAVOIR...As expresses "relao com a cultura", "relao com a linguagem e o saber surgem no livro La reproduction, de Bourdieu e Passeron, de 1970 (Silva, 2008).Teorizao da relao com o saber como noo terica a partir da dcada de 80Centre de Recherche ducation ScolarisationESCOL - Paris VIIICentre de Recherche ducation et Formation CREF - Paris-XInstitut de Recherche sur lEnseignement des MathmatiquesIREM-Aix-MarseilleUma noo utilizada em diferentes camposDIDTICA DA MATEMTICARAPPORT AU SAVOIREDUCAOSOCIOLOGIABourdieu e PasseronPSICANLISELacanDIDTICA DAS CINCIASPrincipais abordagens tericasRAPPORT AU SAVOIR...ABORDAGEM SOCIOLGICACentre de Recherche ducation ScolarisationESCOL - Paris VIIICentre de Recherche ducation et Formation CREF - Paris-XInstitut de Recherche sur lEnseignement des MathmatiquesIREM ou IUFM?-Aix-MarseilleABORDAGEM PSICANALTICAABORDAGEM ANTROPOLGICAABORDAGEM SOCIOLGICAA fala espontnea de estudantes sobre a Matemtica, frequentemente serve de ilustrao do seus discurso e de suporte a sua reflexo. Os julgamentos emitidos so enraizados de um tipo de relao evidente Matemtica ... Relao positiva ou negativa. (Crenas e atitudes?)... Matemtica, eu sempre adorei (Cristina boa aluna de matemtica da 3 srie)Existem professores que me do desgosto das matrias. Matemtica, por exemplo, uma coisa horrvel (Martine, aluna de baixo desempenho na mesma classe).Considerar isoladamente tais julgamentos dificilmente leva a compreender a relao com os saberes dos alunos Matemtica e a seu ensino.

ABORDAGEM SOCIOLGICACharlot (1997, p. 89) afirma que [...] por relao com o saber designa-se a relao com o aprender, independentemente da figura do aprendizado - e no apenas em relao a um objeto do saber, o que representa apenas uma figura do aprender. Para Charlot, a relao com o saber deve contemplar, ao mesmo tempo, as dimenses social e subjetiva do problema. Em particular, aprender propriar-se, por uma atividade intelectual pessoal, de um patrimnio comum aos homens. Portanto, a questo da atividade intelectual passa a ser fundamental na teorizao da questo do sucesso e fracasso escolar. ABORDAGEM SOCIOLGICAParticularmente, Charlot levanta a questo das fontes da mobilizao intelectual. O que faz com que o ser humano, coletiva e individualmente, se mobilize intelectualmente, entre em um processo de atividade intelectual, tente aprender? Da as trs questes que Charlot (2005, p. 59) apresenta como bsicas:

1) para um aluno, especialmente de meios populares, qual o sentido de ir escola?2) para ele, qual o sentido de estudar ou de no estudar na escola?3) qual o sentido de aprender, de compreender, quer na escola quer fora dela? (Conforme Silva, 2008).

ABORDAGEM PSICANALTICAPara os pesquisadores da perspectiva clnica, Beillerot, Bouillet, Obertelli, Mosconi e Blanchard-Laville (1989) e Beillerot, Blanchard-Laville e Mosconi (1996), a noo de relao com o saber, quase sempre utilizada no singular, refere-se noo de desejo, desejo de saber. , portanto, fundamentalmente ligada a pulso de saber de Freud. Na constituio desse desejo, a famlia e seus laos familiares inter-individuais so fundamentais. Mas essa constituio depende tambm da vida social. Atravs da famlia, a criana constitui a sua relao com o conhecimento no mais ntimo da sua psique, mas tambm no contexto do grupo familiar ee da cultura familiar, com a sua inscrio social, pelo qual o indivduo aprende uma maneira particular de se relacionar com diferentesconhecimento presentes na sociedade (Beillerot et al., 1996, p. 10, apud Caillot, 2001)ABORDAGEM PSICANALTICAMosconi (1996) insiste que a constituio da relao com o saber de cada indivduo envolve quatro nveis: le niveau intrapersonnel ; le niveau interpersonnel ; le niveau groupal ; et un niveau socioculturel.Conforme Beillerot (1989) se a relao com o saber, para os clnicos, constitutiva do psiquismo de cada indivduo, ela tambm o motor de novas aprendizagens, uma vez que tambm o processo pelo qual um sujeito, consciente e inconsciente, a partir de saberes adquiridos, produz novos saberes singulares que permitir-lhe pensar e transformar o mundo natural e social.ABORDAGEM PSICANALTICAClaudine Blanchard-Laville (1997) defende a ideia de que cada docente, pela sua fala e, de modo mais geral, pela maneira como organiza a sua aula, constri e impe aos alunos um determinado roteiro-cenrio, especfico dele. No se trata apenas de uma produo didtica, mas tambm, e acima de tudo, de um espao psquico. Mostrei que a relao do docente com o saber se atualiza de maneira singular por cada docente no espao psquico da classe, caminho para a transposio, e que ele molda este espao para a turma de alunos (Blanchard-Laville, 2003, p. 152).Por analogia com o conceito de transposio didtica, e usando a noo psicanaltica de transferncia, Blanchard-Laville d a esse processo o nome de transferncia didtica (Silva, 2008). CMARA DOS SANTOS, M. Le rapport au savoir de lenseignant de mathmatiques em situation didactique. Une approche par lanalyse de son discours. Thse de Doctorat sous la direction de Mme. Claudine BLANCHARD-LAVILLE. Nanterre, Univertsit Paris-X, 1995.ABORDAGEM ANTROPOLGICADefine trs noes fundamentais: objeto, relao pessoal, pessoa.

Objeto qualquer entidade, material ou imaterial, que existe para ao menos um indivduo. Portanto, tudo objeto, incluindo as pessoas.

Relao pessoal - Relao pessoal de um indivduo x a um objeto (0) o conjunto das interaes que o indivduo pode ter com o objeto. R(x,o).

Pessoa o par formado por um indivduo xe o sistema de relaes pessoais R(x, o), em algum ponto na histria de x. Em termos matemticos, isso seria como indivduo a varivel independente (invariante) e pessoa a varivel depende (variante que muda a partir das relaes).

APPROCHE ANTHROPOLOGIQUE DU RAPPORT AU SAVOIR ET DIDACTIQUE DES MATHEMATIQUEShttp://yves.chevallard.free.fr/spip/spip/IMG/pdf/Approche_anthropologique_rapport_au_savoir.pdf ABORDAGEM ANTROPOLGICAPor instituio deve-se entender as instituies pblicas, como a escola, mas tambm, de acordo com o sentido mais geral dessa noo na antropologia, a famlia, a religio, a linguagem, uma aula de matemtica etc. As instituies mantm relaes especficas com os objetos de saber ou, de modo mais geral, com o saber. Quando uma pessoa pertence a uma instituio, ou participa no seu funcionamento, se quiser apropriar-se do saber ligado a ela deve entrar na relao institucional caracterstica dessa instituio. Portanto, a relao pessoal com o saber constri-se articulao das relaes com o saber especficas das vrias instituies a que pertence um indivduo (Silva, 2008).A relao com o saber, nessa perspectiva, articula os conceitos de relao pessoal e de relao institucional com o saberCes utilisations multiples ne contribuent pas forcment la clart et la prcision de la notion.

Estas mltiplas utilizaes no contribuem necessariamente para a clareza e preciso dessa noo. Nicole Mosconi CREF - http://www.dijon.iufm.fr/IMG/pdf/colloque.pdf Consequncias das diferentes filiaes e abordagens tericasConsequncias das diferentes filiaes e abordagens tericasLa relacin com el saber se trata de una nocin y no de um conceptPara Beillerot (1998), la primera es uma aproximacin a la realidad que designa y describre; em cambio el concept se construye a parrtir de nociones, opera como instrumento de interpretacin y posibilita verificaciones que lo convalidan o invalidan. En este sentido, la relacin con el saber es uma nocin imprecisa, de contornos y condicin inciertos, pero es tambin uma nocin hablante em tanto su poder de evocacin es mayor porque en apariencia no es posible dar de ella uma definicin simple. Entendemos que la relacin com el saber no es uma nocin explicativa, que busque dar respuestas a ciertos problemas del orden de lo educativo, sino que se constituye como una nocin problmatizadora, capaz de generar nuevos .

Falavigna e Arcanio (2011).Consequncias das diferentes filiaes e abordagens tericas(....) a diversidade de quadros tericos para que a noo de relao com o saber retorna para alertar-nos que esta expresso no cobre, certamente, a mesma realidade. Diante de tal diversidade terica, como o didata pode utilizar esta noo em toda a sua riqueza, sem transform-la em um "conceito macio"??? (concept mou) - traduo de um certo sincretismo pouco consistente entre as diferentes abordagens - que, em seguida, perde todo o valor heurstico (...)Por conseguinte, necessrio especificar a utilizao da relao com o saber, feita em didtica, garantindo uma certa vigilncia epistmica.

Michel Caillot Rapports aux savoirs et didactique des sciences in: Les Didactiques des Disciplines: un dbat contemporain (Jonnaert et Laurin, 2001).Toutefois, la diversit des cadres thoriques auxquels la notion de rapport au savoir renvoie doit nous alerter du fait que ce groupe de mots ne recouvre srement pas la mme ralit. Devant une telle diversit thorique, comment le didacticien peut-il utiliser cette notion dans toute sa richesse, sans la transformer en un concept mou traduction dun certain syncrtisme peu cohrent entre les diffrentes approches qui alors perdrait toute valeur heuristique. Or, outre les travaux de certains lves de Chevallard en didactique des mathmatiques, des travaux rcents de didactique des sciences ou des mathmatiques font appel cette notion (Chartrain, 1998 ; Chartrain et Caillot, 1999 ; Dupin, Roustan-Jalin et Ben Mim, 1999 ; Jonnaert et Vander Borght, 1999 ; Simonneaux, 1999). Il est donc ncessaire de prciser lusage du rapport au savoir fait en didactique en sassurant dune certaine vigilance pistmique.Consequncias das diferentes filiaes e abordagens tericasNada menos que novo paradigma para alguns (Chabchoub, 2000); para outros, a noo de relao com o saber antes se apresenta como uma noo cujos contornos parecem [...] bem mal delimitados ainda que seu poder heurstico seja pouco contestvel, tanto pelo que ela critica, quanto pelas possibilidade que abre (Lanterrasse et al., 2002), apresentao esta ltima de que me inclinaria a compartilhar.

Jean Yves Rochex (2006)500 mots cls pour l'ducation et la formation Francis Danvers (2003)Abordagens tericas da relao com o saber como programas de pesquisa no sentido lakatosianoEstudo da dinmica das equipes de pesquisasEstabelecendo link com o Programa de Pesquisa Cientfica Imre lakatos (1974)Heurstica positiva

Heurstica negativa

Ncleo duro (irredutvel)

Proteo da falsificao - cinturo de hipteses auxiliares condies iniciais

Programas progressivos x degenerecentesA discusso no campo da DidticaRAPPORT AU SAVOIR...Rapports au savoirRapports aux savoirsRapport au savoirAlgumas questes para aprofundarRapport au savoir x relation au savoirLes Modes De Relations Aux Mathmatiques. Attitudes Et Reprsentations (Jacques Nimier) http://www.pedagopsy.eu/mathematique.htmUma hiptese sugesto... necessrio especificar a utilizao da relao com o saber, feita em didtica, garantindo uma certa vigilncia epistmica Michel CaillotEvitar o reducionismo psicanaltico, sociolgico e antropolgicoConfigurao EpistemolgicaQuestes para aprofundamentoHistoricidade do termo rapport au savoirRapport x Rapports au SavoirRapport x Rapports aux SavoirsRapport au savoir rede abrangente de conceitos e noes tericas concepes, crenas, crenas epistemolgicasAbordagens metodolgicasRelao com os saberes e Didtica das Cincias Michel Caillot

Pertinncia e limite da noo de relao com o saber no campo da didtica das cincias Bem Abderrahman M. Lamine

The notion of the relationship to knowledge: A theorical tool for research in science education Chantal Pouliot, Barbara Bader, Genevive Therriault (2010)

Relao com o(s) saber(es) conceito e usos Convergncias e diferenas entre duas abordagens Bernad Carlot (2006)

Balano sobre o lugar do tpico (relao com o saber) nas conceitualizaes de trs abordagens (PSICANALTICA, SOCIOLGICA e ANTROPOLGICA) Faouzia Kalali (2007) Siymposium: Rapports au(x) savoir(s): du concept aux usages

A noo de relao com o saber: convergncias e debates tericos Jean Yves Rochex (2006)

Redes tericas em torno a la relacin con el saber. Elemntos para el anlisis de uma nocin em construccin Carla H. Falavigna y Mariana Z. Arcanio (2011)Por uma fenomenologia didtica da relao com o saber no ensino de MatemticaVariveis hipotticas que podem provocar mudanas ou influenciar a relao com o(s) saber(es) matemtico(s)

EPISTEMOLGICAS- Natureza dual da Matemtica verificada em trabalhos de Rgine Douady, Carolyn Kieran, Grard Vergnaud, Anna Sfard, David Tall, Inge Schwank (JEREMY KILPATRICK);Concepes de Matemtica JOHN DOSSEY - FormalistasUBIRATAN DAMBRSIO, OLE SKOVSMOSE Scio-culturais

METODOLGICASModelagem MatemticaMatemtica Realstica (HANS FREUDENTHAL)ContextualizaoResoluo de Problemas

IDEOLGICAS Math Education For AllEmpowermentPolicies ....Valores

Variveis hipotticas

EPISTEMOLGICAS- Natureza dual da Matemtica verificada em trabalhos de Rgine Douady, Carolyn Kieran, Grard Vergnaud, Anna Sfard, David Tall, Inge Schwank (JEREMY KILPATRICK);Concepes de Matemtica JOHN DOSSEY, UBIRATAN DAMBRSIO, OLE SKOVSMOSE

METODOLGICASModelagem MatemticaMatemtica Realstica (HANS FREUDENTHAL)Tecnologias (A nova relao com o saber - Pierre Levy)Sociedade cognitiva por uma nova relao ao saber Phillipe Carr

IDEOLGICAS Math Education For AllEmpowermentPolicies ....

Redes...Motivao tem a ver com a relao com o saberSentido atribudoFracasso x sucessoNegociao contrato didticoTransposio Didtica recontextualizaoGesto do tempoGesto dos conflitos natureza epistemolgica, cognitiva, emocionalDiscurso do professor engenharia didtica - decises didticas Crenas concepes representaes conceitos em ao esquemas emoes atitudes fantasias (Nimier)

RefernciasALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWAMDSZNADJDER, F. O mtodo nas cincias naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. So Paulo: Pioneira, 1998.

BECKER, F. Modelos pedaggicos e modelos epistemolgicos. Educao e Realidade, v. 19, n. 1, p. 89-96. Porto Alegre, RS, 1999.

BOGDAN, R.C.; BIKLEN, S. K. Investigao Qualitativa em Educao Matemtica: uma introduo teoria e aos mtodos. Lisboa: Porto Editora, 1994.

BORBA, M. C. A Pesquisa Qualitativa em Educao Matemtica. Anais da 27 reunio anual da Anped, Caxambu, MG, 2004. Disponvel em: http://www.rc.unesp.br/igce/pgem/home/frames/downloads/artigos/borba/minicurso-borba.doc.

_____, M. C.; ARAJO, J. L. (Org.) Pesquisa Qualitativa em Educao Matemtica. Belo Horizonte: Autntica, 2006.

BRITO MENEZES, A. P. Contrato didtico e transposio didtica: inter-relaes entre os fenmenos didticos na iniciao lgebra na 6 srie do ensino fundamental. Tese de doutorado. Doutorado em Educao. Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2006.CMARA DOS SANTOS, M. Algumas concepes sobre o ensino e a aprendizagem em matemtica. Educao Matemtica em Revista, n. 12, p. 38-46. So Paulo, 2002.

CERVO, A. l.; BERVIAN, P. A. Metodologia cientfica. 5 ed. So Paulo: Pearson, 2002.

SILVA, Veleida Anahi da. Relao com o saber na aprendizagem matemtica: uma contribuio para a reflexo didtica sobre as prticas educativas. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 13, n. 37,Apr. 2008 . Available from . access on 15 Apr. 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-24782008000100013. Sintagma1 - unidade formada por um ou vrias palavras que , juntas, desempenham uma funo sinttica na frase. Essas unidades se combinam em conjunto em torno de um ncleo. Esse conjunto ( sintagma ) que desempenha uma funo na frase.Ex.: O especialista no respondeu todas as perguntas.O especialista sintagma nominalno respondeu todas as perguntas sintagma verbal

2 - Sintagma um segmento lingstico que expressa uma relao de dependncia. Nessa relao de dependncia, diz-se que existe um elemento determinado e outro determinante (ou subordinado), estabelecendo um elo de subordinao entre ambos.

Relao com o saber - sintagma nominal ou sintagma verbal?PODER HEURSTICOA heurstica como parte do mtodo cientfico

a parte da pesquisa que visa favorecer o acesso a novos desenvolvimentos tericos ou descobertas empricas. ...a heurstica assume uma soluo prxima da ideal baseada em um funo de avaliao do resultado. A soluo encontrada por uma heurstica no necessariamente a melhor possvelPara concluirUm pouco de minha relao ao saber (rapport au savoir)Onde eu estou nesse momento?

Tentando desenrolar o fio de Ariadne e achar o caminho pr fora do labirinto

Mas antes de sair... A batalha inevitvel (rapport au savoir - Quimera?)

O vocbulo quimera ou quimrico utilizado metaforicamente para descrever coisas que tm caractersticas advindas de distintas fontes. Derecho Penal Del Enemigo: Una Quimera Dogmtica O Un Modelo Orientado Al Futuro? - Karolina Vquez. Com muita dedicao, e com as contribuies de vocs, espero compreender a natureza complexa dessa quimera (rapport au savoir) e assim domin-la, para ento poder encontrar o caminho para fora do labirinto. Tenho certeza que voltarei mais melhor do que entrei.Meus colegas, prof. Dr. Marcelo Cmara e profa. Dra. Anna PaulaPela vossa ateno e contribuies, muito obrigado.Estudante: Dilson Cavalcanti