seminário hist. paisagismo - parte 1

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Cidade Clássica

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Cidade Clássica

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Ágora de Atenas(Reconstituição: 300 aC,Procissão Panatenaica)

Ágora

Ágora de Priene(Reconstituição: 350 aC)

De modo geral, ascidades gregas tinham

traçado irregular e eramcercadas por altas e

majestosas muralhas,de cujo portão principalpartia o caminho para a

ÁGORA, que era apraça do mercado, ou

seja, o local deassembleia e encontrocomunal, onde toda apopulação urbana se

juntava e opinava.

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Vista atual de Atenas

Akropole

Akropole de Atenas(Reconstituição: 400 aC)

Contudo, seu núcleourbano consistia na

AKROPOLE, um morrodefensável, sem ser muito

alto, que era uma praçaforte que mantinha a

vigilância sobre a cidade eseus campos cultivados,além de se constituir emrefúgio e domicílio do reinos tempos primitivos; e,

depois, concentrar ostemplos simbólicos.

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Ágora da cidade-colôniade Miletus (c. 490 aC, Grécia)

Antes mesmo do períodoclássico, os gregos já

tinham começado a disporalgumas CIDADES COLÔNIA

– como capitaispara nações-estado ousubstituição de cidades

destruídas pelos persas eoutros – em um plano

organizado, com ruas quese cruzavam regularmente

a ângulos retos.

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Cidade-colônia de Agrippina(atual Köln, Alemanha)

Cidade-Colônia de Barcino(atual Barcelona, Espanha)

A fundação de cidades, colônia romanas, representava um ato político, e a escolha deseu local era essencialmente de natureza prática, variando conforme as comunicações, ariqueza agrícola, o controle da travessia de um rio ou a existência de um porto natural.

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Rede de estradas imperiaisromanas na Europa

Cidade de Roma (reconstituição:Séc. I d.C, atual Itália)

A cidade clássicaencontrou em ROMA do

século I d.C. a suamáxima expressão:

uma metrópole de maisde um milhão de

habitantes, construída eembelezada segundo

os ideais da arquiteturagreco-romana, que

seria totalmente pilhadaa partir do início doperíodo medieval.

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Roma(Séc.I d.C.)

Império Romano

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Cidade gregaA civilização grega foi precedida pela cretense ou minuana (referente ao rei

Minos) – ou ainda Egéia (em referência ao mar Egeu) –, que surgiu a partir de 2000 a.C., quando foram fundadas diversas cidades na ilha de Creta e no sul da

Grécia continental (Península Balcânica). Devido ao relevo acidentado da região, composto por vales fragmentados, não se formou um Estado unificado,

mas pequenas CIDADES-ESTADO independentes que prosperaram graças ao comércio marítimo.

Cidade-palácio de Cnossos (Reconstituição: 1900 aC, Ilha de Creta)

Cidade-palácio de Micenas (Reconstituição:1400 aC, Grécia)

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Akropole de Atenas(Reconstituição:Séc. V aC, Grécia)

O núcleo da cidade livregrega (polis) era a

AKROPOLE, que, noperíodo clássico,

passou a abrigar ostemplos ao invés dos

palácios governantes etornou-se o símbolo da

vida democrática eigualdade dos

cidadãos. O restante dapolis aglomerava-se em

sua encosta.

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A mais popular e admirada dasacrópoles foi a de ATENAS, em

grande parte devido à sualiderança e enriquecimento após a

guerra contra os persas, o quecoincidiu com a era de Péricles napolítica; de Sócrates e Platão na

filosofia; de Sófocles no drama; deAristófanes na comédia; e de

Ictino e Fídias nas artes.

Parthenon

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Planta

Ruínas da Ágora de Atenas

O centro da cidade baixaera a ÁGORA, que

consistia no coração vivoda polis e foco de toda aatividade cívica, isto é, ocenário permanente davida social, comercial,

política, administrativa,legislativa, jurídica e

religiosa da comunidade.Com o passar do tempo,

na passagem da aristocracia para ademocracia, a ágora

tornou-se enfim o núcleocívico, restando à

acrópole o papel decentro religioso e simbólico. Ruínas

da Ágora de Atenas

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Reconstituição: Ágora de Atenas Stoa Attalos (Atenas)

De formatos bastante variados – mas sempre se evitando a monumentalidade axial –, a AGORA possuía prédios públicos articulados entre si, além de templos, pequenos santuários, chafarizes, esculturas e stoas, que funcionavam como extensão coberta da ágora em colunata.

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De formato irregular egeralmente amuralhado, apolis tinha seu centro na

ágora e a acrópole erguiasesobre um morro, em

cuja encosta construía-seo teatro semi-circular.

Outros focos de atraçãoespalhavam-se e algumasfunções que necessitavamde muito espaço, como o

ESTADIUM (centro deeventos) e o GYNANSIUM

(centro educacional,cultural e atlético),

situando-se na periferia ounos limites urbanos.

Vista geral de Atenas

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Cidade-colônia de Miletus(c. 479 aC, atual Turquia)

As áreas residenciaisdas cidades gregaseram modestas se

comparadas aotratamento dos

lugares públicos, sendo seu tecido

uniforme e ordenado sem pretensões tanto nos traçados regulares e repetitivos – como nas cidades-colônias

de Miletus, Olynthus ePriene – como nos

irregulares (Atenas).

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Cidade-colôniade Cyrene

Vesúvio

Cidade-colônia de Neapolis(futura Napoli ou Nápoles, Itália)

Desde o períodoanterior ao clássico, no

século IV a.C., aexpansão do império

macedônico deAlexandre, o Grande

(356-323 a.C.) exigiu acriação de IDADESCOLÔNIA,

as quais eram cuidadosamente

planejadas, em que osespaços cívicos tinham

se tornado a regraurbana na Grécia antiga.

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Ágora(Reconstituição)

Cidade-colônia de Miletus(c. 479 aC, atual Turquia)

Coube ao arquiteto jônioHIPÓDAMOS – supostoreconstrutor de Miletus

(c.479 a.C.) após suadestruição pelos persas,o princípio básico que

norteava o planejamentodas novas cidades gregas:a configuração ortogonalem “tabuleiro de xadrez”,

inclusive em terrenosacidentados, o que exigia o

emprego de terraços(altiplanos).

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Como regras básicas para a fundação de colônias gregas – como as de Rodes, Agrigento, Priene, Pesto, Neapolis (futura Nápoles) e Pompeii (Pompéia), destacavam-se as seguintes idéias:

a) Ruas sempre traçadas em ângulo reto e de dimensões modestas, com poucas vias principais (largura de 5 a 10 m) no sentido do comprimento, que dividiriam a cidade em faixas paralelas, e um número maior de vias secundárias transversais (largura de 3 a 5 m);

b) Grade de quarteirões retangulares e uniformes, a qual poderia variar nos casos concretos para se adaptar ao terreno e às outras exigências particulares (a distânciamenor desses quarteirões – a distância entre as vias secundárias – deveria ser suficiente para uma ou duas casas individuais, ou seja, de 30-35 m; e a distância entreas vias principais deveria ser de 50 a 300 m);

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c) As áreas especializadas, civis e religiosas, deveriam se adaptar à grade comum, sendo muitas vezes dispostas em um ou mais quarteirões normais (as ruas principais não entrariam nestas áreas, mas seriam a elas tangentes);

d) O perímetro da cidade – que não deveria ultrapassar 10.000 habitantes – não precisaria seguir uma figura regular, podendo os lotes terminarem de maneira irregular perto dos obstáculos naturais (montes e encostas);

e) Os muros deveriam correr rentes aos lotes, unindo as alturas mais defensáveis, mesmo a uma certa distância do povoado, razão porque tinham costumeiramente um traçado mais irregular.

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A constância da grade colonial grega confirmava a unidade do organismo urbano e a uniformidade de todas as áreas e das propriedades particulares perante a regra comum, imposta pelo poder público.

Tal REGULARIDADE não comprometia a hierarquia entre o homem e o mundo, pois permitia conceber, padronizar e/ou expandir uma cidade.

Cidade-colônia de Priene(350 aC, Monte Mycale Grécia)