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SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE EMERGÊNCIA AMBIENTAL

Segurança e gestão de riscos de barragens e barramentos

Engª Teresa Cristina Fusaro Cemig Geração e Transmissão S.A.

Porque falar em riscos associados a barragens?

Engenharia = Ciência exata

Modelos simplificados para representar a

realidade

A gestão da segurança de barragens é uma

questão de controle de riscos e tomada de

decisões sob condições de incertezas.

Inexatidões e Incertezas

?

Porque falar em riscos associados a barragens?

ESTATÍSTICAS RELATIVAS A ACIDENTES DE BARRAGENS

CAUSAS DE RUPTURA (segundo Middlebrooks)

30%

25% 15%

13%

5% 12%

Transbordamento

Percolação Escorregamento

de taludes

Perdas d’água

em condutos

enterrados

Proteção de taludes

Diversos

SEG

UR

AN

ÇA

ES

TRU

TUR

AL

Projeto e construção adequados

Minimização dos riscos

SEGURANÇA DE BARRAGENS

Investimentos em Projeto e Construção - $

Risco

Risco

remanescente

Fonte: Plano de Segurança de Barragens da Suiça, Biedermann,1997- adaptado

Como obter a segurança de barragens?

SEG

UR

AN

ÇA

ES

TRU

TUR

AL

Projeto e construção adequados

Minimização dos riscos

Risco

Risco O menor possível remanescente

Projeto e construção adequados

SEGURANÇA

Segura

nça

Estr

utu

ral

Monitora

mento

Conceito d

e

Em

erg

ência

Plano de auscultação

Planos de Emergência

Minimização dos riscos

Domínio do risco remanescente

Invest. em projeto e construção

Domínio do risco remanescente

O menor possível

SEGURANÇA DE BARRAGENS

MO

NIT

OR

A-

MEN

TO

Manutenção Preditiva

Manutenção Preventiva e

Corretiva

GES

TÃO

DE

EMER

GÊN

CIA

S

Planos de emergência

Como obter a segurança de barragens?

Modelo de causa de acidente - Queijo Suíço

Sucessivas camadas de defesas, barreiras e proteções

Projeto adequado

Construção adequada

Monitoramento

Manutenção

SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE EMERGÊNCIA AMBIENTAL

Como controlar os riscos associados a barragens?

Como garantir a segurança

destas estruturas?

SEG

UR

AN

ÇA

ES

TRU

TUR

AL

Projeto e construção adequados

Minimização dos riscos

Risco

Risco O menor possível remanescente

Projeto e construção adequados

SEGURANÇA

Segura

nça

Estr

utu

ral

Monitora

mento

Conceito d

e

Em

erg

ência

Plano de auscultação

Planos de Emergência

Minimização dos riscos

Domínio do risco remanescente

Invest. em projeto e construção

Domínio do risco remanescente

O menor possível

SEGURANÇA DE BARRAGENS

MO

NIT

OR

A-

MEN

TO

Manutenção Preditiva

Manutenção Preventiva e

Corretiva

GES

TÃO

DE

EMER

GÊN

CIA

S

Planos de emergência

Segurança na fase de Projeto e Construção

Segurança nas fases de Projeto e Construção

PONTOS DE ATENÇÃO

• Estudos hidráulicos adequados

• Estudos geológicos-geotécnicos adequados

• Projeto executado por equipe multi-disciplinar e

experiente

• Controle de qualidade da construção

• Documentação de projeto e construção

• Atenção com as “médias”

SEG

UR

AN

ÇA

ES

TRU

TUR

AL

Projeto e construção adequados

Minimização dos riscos

Risco

Risco O menor possível remanescente

Projeto e construção adequados

SEGURANÇA

Segura

nça

Estr

utu

ral

Monitora

mento

Conceito d

e

Em

erg

ência

Plano de auscultação

Planos de Emergência

Minimização dos riscos

Domínio do risco remanescente

Invest. em projeto e construção

Domínio do risco remanescente

O menor possível

SEGURANÇA DE BARRAGENS

MO

NIT

OR

A-

MEN

TO

Manutenção Preditiva

Manutenção Preventiva e

Corretiva

GES

TÃO

DE

EMER

GÊN

CIA

S

Planos de emergência

Segurança na fase de Operação

• Classifica a barragem, de acordo com o risco

envolvido, a partir do que são definidos os níveis de

monitoramento.

• Estabelece a metodologia empregada para garantir a

segurança das barragens em operação

PLANO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

PLANO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

Segurança na fase de Operação

Observações periódicas de campo

Coleta e análise dos dados da instrumentação

Monitoramento

OBSERVAÇÕES PERIÓDICAS DE CAMPO

As inspeções visuais têm por objetivo monitorar o

comportamento das barragens e estruturas associadas.

“O olho humano treinado é o melhor instrumento para avaliar

a performance de uma barragem. Apesar das inspeções

visuais terem limitações, nenhum outro método tem o

potencial de integrar rapidamente toda a situação do

comportamento”. (Corps of Engineers, 2000)

COLETA E ANÁLISE DOS DADOS

DA INSTRUMENTAÇÃO

A instrumentação permite a comparação de grandezas em

campo com as previstas no projeto.

• Leitura da instrumentação instalada e cálculo das

medidas sob monitoramento

• Estabelecimento de valores de controle de atenção e

alerta

• Análise dos dados e avaliação da segurança estrutural

com base nas medidas feitas pela instrumentação

PLANO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

Observações periódicas de campo

Coleta e análise dos dados da instrumentação

Dados de Deteriorações

VULNERABILIDADE

Dados de Projeto e Construção

POTENCIAL DE RISCO

Avaliação da Segurança das

Barragens e Estruturas Civis

Associadas

Segurança na fase de Operação

Planejamento e Programação de Manutenções

Contratação e fiscalização de

serviços de manutenção

SEGURANÇA DAS

ESTRUTURAS CIVIS

• Medida não-estrutural de segurança de barragens

• Deve ter foco na segurança das estruturas:

Como vou agir em caso de emergência?

PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL

– Detecção e avaliação

– Tomada de Decisão

– Notificação

– Alerta e Alarme

– Evacuação

EMPREENDEDOR

AUTORIDADES

• Etapas:

Segurança de Barragens no Setor Elétrico

• Na década de 70 teve início um “boom’ na construção

de grandes barragens para aproveitamento.

• Estas obras acompanharam toda a tecnologia de ponta

existente na época e contaram com consultores como

Terzaghi, Arthur Casagrande, Hilf, dentre inúmeros

outros.

• A engenharia de barragens brasileira chegou a ser

considerada uma das melhores do mundo!

• Como consequência, as grandes concessionárias de

energia formaram um quadro técnico experiente.

• Estas concessionárias sempre aplicaram métodos de

segurança de barragens seguindo normas técnicas e

legislações internacionais.

Legislação sobre Segurança de Barragens

Lei 12.334/2010 – Lei de Segurança de Barragens

• A assinatura da Lei 12.334/2010 é um marco

importante para o país, indo de encontro ao anseio do

meio técnico que atua na área de segurança de

barragens.

• O processo de regulamentação da Lei tem incentivado

uma rica troca de experiência entre proprietários,

operadores e órgãos reguladores, com a discussão e

disseminação das melhores práticas, contribuindo para

o objetivo maior: a segurança de barragens.

Art. 5º A fiscalização da segurança de barragens caberá, sem prejuízo das ações fiscalizatórias dos órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente- SISNAMA:

I – à entidade que outorgou o direito de uso dos recursos hídricos, (...), exceto para fins de aproveitamento hidrelétrico;

II – à entidade que concedeu ou autorizou o uso do potencial hidráulico, quando se tratar de uso preponderante para fins de geração hidrelétrica;

III – à entidade outorgante de direitos minerários para fins de disposição final ou temporária de rejeitos, ou a quem a autoridade (...) delegar.

IV – à entidade que forneceu a licença ambiental de instalação e operação para fins de disposição de resíduos industriais.

Lei 12.334/2010 – Lei de Segurança de Barragens

ANEEL

ANA ou órgãos estaduais de RH

DNPM

USOS MÚLTIPLOS

HIDRELÉTRICA

RESÍDUOS INDUSTRIAIS

REJEITOS DE MINERAÇÃO

Órgão ambiental que licenciou o empreendimento

Lei 12.334/2010 – Regulamentação e Fiscalização

Art. 7º As barragens serão classificadas pelos agentes fiscalizadores, por categoria de risco, por dano potencial associado e pelo seu volume com base em critérios gerais estabelecidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos. § 1º A classificação por categoria de risco em alto, médio ou baixo será feita em função das características técnicas, do estado de conservação do empreendimento e do atendimento do plano de segurança de barragem. § 2º A classificação por categoria de dano potencial associado à barragem em alto, médio ou baixo será feita em função do potencial de perdas de vidas humanas e dos impactos econômicos, sociais e ambientais decorrentes da ruptura da barragem.

Lei 12.334/2010 – Lei de Segurança de Barragens

Art. 8º O Plano de Segurança da Barragem deve compreender, no mínimo, as seguintes informações: I – identificação do empreendedor; II – dados técnicos referentes à implantação do empreendimento; III – estrutura organizacional e qualificação técnica dos profissionais da equipe de segurança da barragem; IV – manuais de procedimentos dos roteiros de inspeções de segurança e de monitoramento e relatórios de segurança; V – regra operacional dos dispositivos de descarga da barragem; VI – indicação da área do entorno das instalações e seus respectivos acessos, a serem resguardados de quaisquer usos ou ocupações permanentes, exceto aqueles indispensáveis à manutenção e à operação da barragem; VII – Plano de Ação de Emergência – PAE, quando exigido; VIII – relatórios das inspeções de segurança; IX – revisões periódicas de segurança.

Seção II – Do Plano de Segurança da Barragem

• CNRH – CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS RESOLUÇÃO No 143, DE 10 DE JULHO DE 2012.

Estabelece critérios gerais de classificação de barragens por

categoria de risco, dano potencial associado e pelo seu volume, em atendimento ao art. 7° da Lei n° 12.334, de 20 de

setembro de 2010.

• PONTOS A SEREM REGULAMENTADOS PELOS ÓRGÃOS FISCALIZADORES:

Plano de Segurança de Barragens

Tipos de inspeção e sua periodicidade

Planos de Ação Emergencial

Lei 12.334/2010 – Regulamentação

CONCLUSÕES:

O conhecimento das fontes de riscos para a segurança é

muito importante no desenvolvimento das estratégias de

resposta.

É essencial que a gestão do projeto, construção e operação

assegure que as incertezas sejam adequadamente

balanceadas com julgamento técnico competente.

A gestão do risco associado a barragens é feita

através das atividades de MONITORAMENTO:

Inspeções Visuais Instrumentação

Risco = Probabilidade x Consequência

< 10-5

SEGURANÇA DE BARRAGENS

PROJETO E CONSTRUÇÃO

MONITORAMENTO MANUTENÇÃO E REABILITAÇÃO