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1/3 Seminário Avaliação das Escolas: auto-avaliação e avaliação externa (2006-2009) Lisboa – 28 de Abril / Porto – 15 de Maio de 2009 NOTAS-SÍNTESE Sem qualquer pretensão de exaustividade, apresentam-se algumas notas-síntese de aspectos que se destacaram no decurso dos trabalhos: os programas pioneiros desenvolvidos em Portugal no âmbito da avaliação externa e da auto-avaliação; a constituição de equipas de auto-avaliação que envolvam o mais possível a comunidade educativa; a abrangência da auto-avaliação como um processo gradativo, que abarque várias áreas da escola/agrupamento; os diferentes processos de auto-avaliação e a sua intencionalidade; o trabalho de partilha, de diálogo, de reflexão e de formação interna que a auto- avaliação implica; a agilização dos mecanismos de recolha e tratamento de informação (por exemplo, instrumentos simples, não simplistas, podem ser muito úteis); a análise e divulgação dos resultados da auto-avaliação como suporte e justificação dos critérios de gestão e das opções estratégicas; a divulgação do trabalho desenvolvido – a necessidade do reconhecimento do trabalho realizado;

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Page 1: Seminário Avaliação das Escolas: auto-avaliação e … Seminário Avaliação das Escolas: auto-avaliação e avaliação externa (2006 -2009) Lisboa – 28 de Abril / Porto –

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Seminário Avaliação das Escolas: auto-avaliação e

avaliação externa (2006-2009)

Lisboa – 28 de Abril / Porto – 15 de Maio de 2009

NOTAS-SÍNTESE

Sem qualquer pretensão de exaustividade, apresentam-se algumas notas-síntese de

aspectos que se destacaram no decurso dos trabalhos:

os programas pioneiros desenvolvidos em Portugal no âmbito da avaliação

externa e da auto-avaliação;

a constituição de equipas de auto-avaliação que envolvam o mais possível a

comunidade educativa;

a abrangência da auto-avaliação como um processo gradativo, que abarque

várias áreas da escola/agrupamento;

os diferentes processos de auto-avaliação e a sua intencionalidade;

o trabalho de partilha, de diálogo, de reflexão e de formação interna que a auto-

avaliação implica;

a agilização dos mecanismos de recolha e tratamento de informação (por

exemplo, instrumentos simples, não simplistas, podem ser muito úteis);

a análise e divulgação dos resultados da auto-avaliação como suporte e

justificação dos critérios de gestão e das opções estratégicas;

a divulgação do trabalho desenvolvido – a necessidade do reconhecimento do

trabalho realizado;

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o sentido de identidade e de pertença e a cultura de escola orientada para a

mudança e para a melhoria, como mais-valias para o desenvolvimento de

processos de auto-avaliação; com destaque para três factores que conduzem à

melhoria das escolas:

a avaliação do progresso da escola

a cultura de auto-regulação e de qualidade educativa

a direcção e a gestão das escolas;

a promoção da auto-estima, do crescimento profissional e pessoal e da prestação

de contas;

o reforço da confiança nas escolas – os líderes têm necessidade de ter confiança e

de serem confiados e as lideranças intermédias desempenham um papel fulcral;

o enfoque nos resultados alcançados pelas escolas – através dos resultados é que

poderemos saber da qualidade e da eficácia do serviço público de educação;

a reflexão sobre o conceito de valor esperado, ou seja, o que é expectável de

determinada escola perante um determinado contexto;

o papel do amigo crítico pelo seu olhar externo e pela capacidade de fomentar a

reflexão, combinando exigência e apoio;

a importância de dar maior visibilidade às boas práticas e à capacidade de as

escolas mobilizarem parceiros internos e externos;

a avaliação externa pode constituir-se como motor de processos de auto-

avaliação, mas não substitui a auto-avaliação realizada pela escola.

o contributo da avaliação externa tem um alcance limitado se as escolas não se

empenharem na qualidade do serviço que prestam;

uma escola que se auto-avalia tem uma cultura de melhoria, reavalia os seus

objectivos, utiliza evidências para identificar pontos fortes e áreas para melhorar e

elabora relatórios do seu desempenho.

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A IGE constituiu um grupo de trabalho que pretende desenvolver uma base com múltiplas

referências úteis para o desenvolvimento dos processos de auto-avaliação das escolas.

Entre outras acções, este grupo pretende organizar e divulgar:

um portefólio de legislação sobre auto-avaliação de escolas em Portugal;

práticas, referentes e instrumentos de auto-avaliação desenvolvidos a nível

nacional e europeu;

bases bibliográficas, designadamente com trabalhos de investigação realizados

em Portugal;

sítios electrónicos com informação relevante sobre modelos de avaliação de

organizações escolares;

projectos internacionais nesta área;

incentivar redes de partilha como contributo para a formação em auto-avaliação;

estudar alguma forma de acompanhamento dos processos de auto-avaliação,

com a consciência de que esta tem de partir da escola e dos seus actores.

O interesse e a participação nos Seminários motivam-nos a dar continuidade ao trabalho que

tem vindo a ser realizado.

Maio de 2009

Maria Leonor Duarte