seminario ah sd 2010

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A ESCOLARIZAÇÃO E O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO Seminário de Altas Habilidades/Superdotação Porto Alegre 24 e 25 de agosto de 2010 SEDUC/DP/DGA/SEE

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Page 1: Seminario ah sd 2010

A ESCOLARIZAÇÃO E O ATENDIMENTO EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO PARA ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/

SUPERDOTAÇÃO

Seminário de Altas Habilidades/Superdotação

Porto Alegre 24 e 25 de agosto de 2010SEDUC/DP/DGA/SEE

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Educação Especial

A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular.

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No que tange aos alunos com altas habilidades/superdotação, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), contribui para:

- ampliar o debate sobre a formulação e a implementação de políticas públicas no campo educacional para alunos com altas habilidades/superdotação;

- suscitar a discussão sobre as formas de atendimento, tendo em vista a consideração das necessidades específicas de aprendizagem destes alunos;

- articulação dos processos de identificação e do desenvolvimento de habilidades no contexto da sala de aula comum do ensino regular e do atendimento educacional especializado.

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A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) conceitua alunos com altas habilidades/superdotação como aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes; também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.

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• No caso de alunos com altas habilidades/superdotação a educação especial deve promover a oferta de serviços e recursos auxiliares no processo de identificação das habilidades, desafiadores no sentido de estimular processos criadores e criativos, e potencializadores do conhecimento nas diferentes áreas;

• É necessariamente diferente do ensino escolar e atende as necessidades específicas dos alunos com altas habilidades/superdotação;

• É complementar e suplementar à formação do aluno, visando sua autonomia e independência

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Alunos Incluídos em Classes Comuns do Ensino Regularcom ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO - Rede

Estadual 2009

REDE Creche Pré-EscolaEnsino

Fundamental

Ensino Médio

EducaçãoProfissiona

l

Educação deJovens eAdultos

Total

Estadual 0 0 155 38 3 0 196

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Censo Escolar MEC/INEP

- Desde 1998, coleta dados de alunos com altas

habilidades/superdotação matriculados no sistema de ensino

brasileiro, tanto no que se refere à esfera pública, quanto privada;

- alteração no Cadastro do Aluno e o Cadastro da Turma Censo

Escolar MEC/INEP 2009, a fim de verificar:

a) se aluno com altas habilidades/superdotação está matriculado em

escola pública ou privada, em escola comum ou em escola

especial;

b) se freqüenta o atendimento educacional especializado;

c) se este atendimento educacional especializado é oferecido em

salas de recursos multifuncionais na própria escola que o aluno

está matriculado, ou em salas de recursos multifuncionais de outra

escola, ou ainda, em centros de atendimento educacional

especializado.

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Altas Habilidades/superdotação

Ao nos referir à identificação, é possível verificar que, historicamente os alunos com altas habilidades/superdotação não encontraram obstáculos quanto ao acesso na instituição escolar - ingresso e matrícula.

Alguns instrumentos, elaborados a partir de uma concepção centrada no desempenho acadêmico (especialmente lingüístico e lógico-matemático), não consideravam no processo de avaliação as habilidades diversas, a exemplo daquelas relacionadas a resoluções de desafios na vida cotidiana.

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● No debate atual sobre os processos de identificação de alunos com altas habilidades/superdotação, busca-se romper com o paradigma tradicional, que enfatizava a concepção hereditária e considerava o desenvolvimento de habilidades e comportamentos a partir de uma visão estanque e linear, e passa-se a investir em estratégias que envolvem a observação, o contexto e a convivência.

● Essa prática amplia a compreensão do processo de identificação de alunos com altas habilidades/superdotação e traz o contexto da escola como foco de análise e observação do professor, permitindo avaliar conhecimentos, estilos de aprendizagem e as estratégias utilizadas para a elaboração e organização dos trabalhos e produtos.

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A PESSOA COM ALTAS HABILIDADES ENFRENTA OBSTÁCULOS?

Sob este prisma, tendo em vista as diferentes áreas de desempenho, as habilidades distintas requerem proposições quanto a organização dos recursos pedagógicos, materiais didáticos diversificados, além de uma avaliação que possibilite a utilização de diferentes estratégias para a verificação da construção do conhecimento no processo educacional destes sujeitos

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Planejamento Escolar

Ao planejar, por exemplo, a caracterização do atendimento educacional especializado complementar ou suplementar ao ensino regular e integrante do Projeto Político Pedagógico, este, orientado por tal concepção dialogada, orienta que os alunos com altas habilidades/superdotação tenham atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito escolar e em articulação com as instituições de educação superior, institutos voltados ao desenvolvimento e promoção da pesquisa, das artes, dos esportes, entre outros.

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Esta abordagem reitera a importância da aprendizagem colaborativa no contexto escolar, que parte do princípio que a interação entre sujeitos com diferentes interesses, motivações, habilidades e dificuldades proporciona oportunidades que ampliam o confronto entre concepções, conhecimentos prévios, estratégias de estudo e formas de comunicação.

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Currículo

Outro elemento constituinte da prática pedagógica é o currículo; este, quando organizado para a promoção de práticas pedagógicas hegemônicas, pode acarretar na desvalorização das diferentes habilidades dos alunos.

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Definir conteúdos e prever recursosDefinir conteúdos e prever recursos

Início pela sala de aula: organização Curricular por Projetos de Trabalho

Produção de registros, sínteses e e levantamentos

Produção de registros, sínteses e e levantamentos

ProcedimentosProcedimentos

AvaliaçãoAvaliação

Globalização e inovação

Globalização e inovaçãoEleição e definição

dos temas

Eleição e definição dos temas

Definir conteúdos e prever recursos

Definir conteúdos e prever recursos

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Avaliação A avaliação pode ser considerada um obstáculo

quando compreendida como instrumento sancionador e qualificador, em que o sujeito da avaliação é somente o aluno e que o objeto da avaliação são as aprendizagens realizadas pelos mesmos. Na perspectiva da educação inclusiva, o objeto de avaliação deixa de centrar-se exclusivamente nos resultados obtidos pelos alunos e se situa prioritariamente na qualidade no processo de ensino e aprendizagem. Da mesma forma, a avaliação também se relaciona à prática da equipe de profissionais da educação que intervém no processo educativo.

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Função Suplementar: início e organização

Observação do professor da sala

de aula

Observação do professor da sala

de aula

Observação do professor do AEE

Observação do professor do AEE

Auto-indicaçãoAuto-indicação

Neste contexto de AEE:-Verificar os objetivos;- Estipular o tempo de

permanência média;- Analisar as habilidades e

as possibilidades de articulação;- Avaliar

Neste contexto de AEE:-Verificar os objetivos;- Estipular o tempo de

permanência média;- Analisar as habilidades e

as possibilidades de articulação;- Avaliar

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Pressupostos da função suplementar

Tem por objetivo a maximização da autonomia e da participação do aluno em atendimento educacional especializado;

Articula-se a ações escolares por meio da organização curricular flexível que, interrelacionados com a proposta da sala de aula comum e do atendimento educacional especializado ofertado em sala de recursos, ampliam a concepção de gestão escolar democrática;

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● Realiza atividades individuais ou em pequenos grupos baseadas em estratégias e práticas de pesquisa e desenvolvimento de produtos;

● Oferece subsídios para a indicação ou para a permanência do aluno no AEE baseado na indicação do professor da sala de aula comum, na autoindicação e na observação do professor do atendimento educacional especializado;

● Utiliza recursos e serviços que potencializem as habilidades dos alunos com necessidades específicas.

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Deve-se destacar que o atendimento educacional especializado pode favorecer a articulação dos serviços realizados na instituição escolar, na comunidade, a exemplo de serviços comunitários, e demais núcleos e instituições, como instituições de ensino superior e núcleos de atividades para alunos com altas habilidades/superdotação, de modo a possibilitar que este aluno tenha oportunidade de participar de atividades de estimulação em diferentes níveis de aprofundamento.

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Parecer CEED nº 251/2010Regulamenta a implementação, no Sistema Estadual de Ensino, do disposto na Resolução CNE/CEB nº 4, de 02 de outubro de 2009, que Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidadeEducação Especial, e dá outras providências.

16 - O Atendimento Educacional Especializado é efetivado por profissionais especializados, com suporte de pessoal de apoio sempre que necessário. O profissional especializado, em articulação com os professores das classes comuns e em consonância com o projeto pedagógico da escola de ensino regular por meio do qual se institucionalizará, em plano específico, a oferta de Atendimento Educacional Especializado, estabelece as atividades que complementarão e/ou suplementarão a formação dos alunos. Ele é responsável por identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que desafiem os alunos e possibilitem a plena participação nas classes comuns, consideradas suas necessidades específicas e de modo a assegurar a continuidade de estudos nos demais níveis de ensino.

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Vivemos um tempo de transformação de referências curriculares, que indicam que não cabe ao aluno se adaptar à escola tal como foi construída; a escola é que deve se reconstruir para atender a toda a sua comunidade, da qual fazem parte pessoas com e sem necessidades especiais.