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SeminSemináário Nacional de Sario Nacional de Saúúde Mental e Trabalho de Mental e Trabalho -- São Paulo, 28 e 29 de novembro de 2008 São Paulo, 28 e 29 de novembro de 2008
SeminSemináário Nacional de Sario Nacional de Saúúde Mental e Trabalhode Mental e Trabalho
São Paulo, 28 e 29 de novembro de 2008São Paulo, 28 e 29 de novembro de 2008
Oficina 2Oficina 2
SASAÚÚDE MENTAL E TRABALHADORES DA EDUCADE MENTAL E TRABALHADORES DA EDUCAÇÇÃOÃO
29 de Novembro de 200829 de Novembro de 2008
Palestrante:Palestrante:
Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidente da Associação dos Professores do Estado de São Paulo - APOESP
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DADOS DA PESQUISA
Público: Professores do ensino fundamental e médio da rede Estadual de São Paulo, delegados XIX Congresso da APEOESP.
Data: 19 a 23 de novembro de 2003.
Nº de questionários validados: 1626 entrevistas.
Objetivo: Levantar informações de percepções sobre condições de saúde e trabalho para subsidiar ações do sindicato.
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Trabalho e adoecer no Serviço Público
• Pouca informação sobre a saúde do servidor.
• Não existe uma cultura de Saúde e Segurança notrabalho.
• Desresponsabilização institucional.
• Descumprimento da legislação.
• Modelos médico - assistenciais insuficientes
• Lógica do controle pericial
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ADOECIMENTO NASOCIEDADE ATUAL
• Difícil separar doençado trabalho com doençanão relacionada aotrabalho.
• Diminuição dosacidentes tipo.
• Aumento das doenças“invisíveis”: mentais,LER e decorrentes deviolências e deacidentes de trajeto.
O TRABALHO NASOCIEDADE ATUAL
• Intensificação do ritmo, docontrole e das exigências.
• Maior sujeição(terceirização edesemprego).
• Ocupação do tempo livre.• Desregulamentação de
direitos - “flexibilização”.
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CONDIÇÕES DE TRABALHO
• Os professores consideraram como REGULAR ascondições de higiene da escola, com escores piores parasanitários, bebedouros e vestiários.
• Consideraram como REGULAR a estrutura física daescola. As lousas e as portas aparecem como os itensmais críticos.
• O Ruído, o calor e a ventilação são as principais queixasdas condições ambientais do trabalho.
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Pesquisa APEOESPDistúrbios Mentais e comportamentais
• Elevada incidência de professores com Estresse.- 46% confirmaram diagnóstico de estresse (principal)- 22% relataram estresse como doença relacionada ao trabalho(maior registro).
• Alta prevalência de diagnóstico confirmado de Depressão
- 25% entre os professores entrevistados.- 55% referiram sintomas de ansiedade.
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IAMSPE
• Uma das principais sugestões refere-se a melhoria eampliação dos serviços de assistência médica - IAMSPE.
• 57% informaram que utilizam habitualmente o IAMSPE
• O IAMSPE foi avaliado•18% de bom e ótimo•34% regular•19% péssimo•29% não responderam.
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Pesquisa APEOESPSintomas relacionados Síndrome de Burnout:
• Exaustão Emocional (cansaço, sobrecarga,frustração, sentimento de cobrança)
• Despersonalização (impaciência e insensibilidade)• Envolvimento pessoal (satisfação, motivação e
vontade de mudar de emprego).
CODO W- Estudo com 52.000 trabalhadores da educação - 1.440 escolas do Brasil.Resultado: Um em cada quatro educadores sofre de exaustão emocional, destes 48% sofrem algum sintoma de Burnout, ao mesmo tempo.
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Causas do SOFRIMENTO
• SUPERLOTAÇÃO DAS SALAS – 73% – apontada como a principal causa de sofrimento entre os pesquisados.
• Falta de Material Didático – 67%.
• Dificuldades de aprendizagem dos alunos – 66%.
•Jornada de trabalho excessiva – 64%.
• Sofrimento, o adoecer e as queixas dos educadores estão relacionadas às questões da organização do trabalho e das condições de trabalho.
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GRÁFICO 13Participação dos Professores da Rede Estadual,
segundo rede de ensino onde leciona - São Paulo, 200 3
76,1%
12,2%
0,1%
3,6%
2,9%
5,0%
somente na Rede Estadual
Rede Estadual e Municipal
Rede Estadual e Privada
Rede Estadual e Federal
Rede Pública e Privada
s/resposta
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GRÁFICO 11Participação dos Professores da Rede Estadual,
segundo carga horária semanal - São Paulo, 2003
0,9%
8,7%
18,2%
9,2%
1,6%
33,7%
21,0%
2,2%
4,6%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
até 10 hs 11-15 hs 16-20 hs 21-25 hs 26-30 hs 31-35 hs 36-40 hs + de 40 hs s/resposta
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GRÁFICO 14Participação dos Professores da Rede Estadual,
segundo o número de escolas nas quais trabalha - São Paulo, 2003
49,9%34,8%
3,9%8,9%
2,5%
1 escola
2 escolas
3 escolas
mais de 3 escolas
s/resposta
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GRÁFICO 15Participação dos Professores da Rede Estadual,
segundo período em que leciona - São Paulo, 2003
0,3% 0,2%
7,7%
23,3%
14,5%
34,1%
2,4%
17,5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
somentemanhã
somente atarde
somente anoite
manhã etarde
manhã enoite
tarde enoite
manhãtarde enoite
s/resposta
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GRÁFICO 16Participação dos Professores da Rede Estadual, segundo Faixa e número de alunos por sala de
aula - São Paulo, 2003
0,9%4,6%
15,9%
42,9%
7,4%4,0%
24,4%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
até 20 alunos 21-30 alunos 31-35 alunos 36-40 alunos 41-45 alunos 46-50 alunos s/resposta
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SUPERLOTAÇÃO
• Maior exigência cognitiva e mental.
• Exigência de mais tempo para controle da indisciplina na sala de aula.
• Menor possibilidade de vínculo professor – aluno.
• Dificulta dimensionar o produto do seu trabalho.
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SUPERLOTAÇÃO
• Santos, NSAM no seu estudo “Quando os dados oficiais revelam condições de trabalho” considerou o excesso de alunos como o maior indicador de agravo à saúde e bem estar do professor – 97,6% dos entrevistados. (média em torno de 36,2 alunos)
• O Estudo Docência e Exaustão Emocional – relacionou cansaço mental e nervosismo com o número de alunos por sala (média de 29,4 alunos).
•O estudo de Codo W, considerou que a carga mental exigida aumenta com o crescimento de alunos por sala devido o conflito entre as exigências e as possibilidades (média de 37 alunos).
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GRÁFICO 19Professores da Rede Estadual segundo queixas mais
freqüentes sobre o ambiente de trabalho - 2003
60,1%
55,4%
45,1%
15,4%
8,9%
8,5%
21,0%
60,9%
58,7%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
barulho
calor
ventilação insuficiente
poeira
iluminação precária
frio
umidade
s/resposta
vibrações
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GRÁFICO 20Professores da Rede Estadual, segundo causas de incômodo/sofrimento no ambiente de trabalho 2003
67,3%
64,5%
62,4%
51,5%
49,0%
47,3%
40,8%
31,1%
29,8%
28,2%
20,7%
11,2%
4,2%
64,9%
72,6%
57,8%
superlotação das salas de aula
falta de material didático
dificuldades de aprendizagem dos alunos
jornada de trabalho excessiva
violência na escola
situação social dos alunos
grade curricular
sobrecarga de atividades
falta de recursos pedagógicos
dupla jornada (trabalho remunerado + trabalho doméstico)
pressão da diretoria
rotina
excesso de responsabilidade
acúmulo de cargos
trabalho noturno
s/resposta
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GRÁFICO 21Professores da Rede Estadual, segundo principais
sintomas - 2003
61,1%
56,3%
55,2%
52,1%
48,5%
48,0%
46,9%
43,6%
41,3%
39,9%
39,4%
39,4%
37,9%
37,3%
34,6%
57,1%
79,7%
53,9%
cansaço
nervosismo
problemas com a voz
dores nas pernas
ansiedade
dores de cabeça
fadiga / cansaço
dores na coluna
esquecimento
dores musculares
angústia
dificuldades de enxergar
sonolência
dores nos braços
cansaço visual
irritação nos olhos
coceira no nariz
insônia
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GRÁFICO 2Professores da Rede Estadual, segundo doenças com
diagnóstico confirmado 2003
33,3%
27,2%
26,2%
21,4%
21,3%
20,9%
20,4%
17,5%16,9%
13,6%
13,1%
11,4%
10,7%
10,3%8,7%
32,3%
46,2%
24,4%
estresse
resfriado
gripe
rinite
problemas de voz
depressão
tendinite
enxaqueca
gastrite
varizes
sinusite
hipertensão arterial
micose
bursite
s/resposta
lombalgia
conjuntivite
vertigem
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GRÁFICO 23Participação dos Professores da Rede Estadual,
segundo doenças relacionadas ao trabalhoSão Paulo, 2003
17,6%
11,0%
8,7%
6,2%
3,7%
3,3%
3,3%
16,1%
21,8%
7,2%
estresse
problemas de voz
tendinite
s/resposta
bursite
depressão
rinite
varizes
alergia
gastrite
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GRÁFICO 24Participação dos Professores da Rede Estadual,
segundo tipo de assistência médica utilizadaSão Paulo, 2003
56,8%
38,7%
19,8%
6,4% 0,9%
IAMSPE
Convênio
SUS
s/resposta
Centro de Referência deSaúde do Trabalhador
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SINDROME DE BURNOUT
A Síndrome ocorre como uma reação ao estresse laboral crônico, acomete principalmente cuidadores, trabalhadores com contato direto e excessivo com outros seres humanos. No caso de desgaste extremo o trabalhador desiste, não agüenta mais, entra em burnout.
A síndrome envolve três componentes: Exaustão emocional, Despersonalização (“coisificação” das relações) e Falta de envolvimento pessoal no trabalho.
(Maslach e Jackson / Codo).
“O burnout é a desistência de quem ainda está lá, já desistiu e ainda permanece no trabalho” (Codo).
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Distribuição das Licenças Médicas para o servidor, por grupo de causas (CID X), na PMSP em 2002
Capítulos da C.I.D. %Transtornos mentais 21,4
Doenças do sist osteomuscular 19,1
Fatores que influen.est de saúde 15,0
Lesões, conseq de causas ext. 9,4
Doenças do ap respiratório 6,9
Doenças do ap circulatório 6,4
Doenças do ap geniturinário 2,5
Sint anormais de ex clínicos e lab 2,4
Doenças do ap digestivo 2,3
Gravidez, parto e puerpério 2,3
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Afastamentos e Licenças Médicas
Apenas em 2006• Mais de 25 mil pedidos de afastamento concedidos• A maior parte tira apenas um afastamento por 1 por ano,
mas a casos de professores que requerem até 8 afastamentos
• A maior parte desses afastamentos é concedida por 30 dias, havendo expressivo número de concessões de afastamentos de 90 e 60 dias
• Os afastamentos foram amparados nos art. 185/191/193/199 e EFP/25
Os dados do Diário Oficial indicam que cerca de 123 mil casos de afastamento foram julgados entre
08/2004 e 08/2007