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Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social III Autoria: Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes Tema 02 O Conceito de Welfare State e o Serviço Social

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material de estudo sobre a trajetória do Serviço Social

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Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social IIIAutoria: Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes

Tema 02O Conceito de Welfare State e o Serviço Social

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Tema 02O Conceito de Welfare State e o Serviço Social

Autoria: Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes

Como citar esse documento:GOMES, Elaine Cristina Vaz Vaez. Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social: O Conceito de Welfare State e o Serviço Social. Caderno de Atividades. Anhanguera Educacional: Valinhos, 2014.

Índice

© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma.

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Tema 02: O Conceito de Welfare State e o Serviço Social

Iniciaremos as discuFssões trazendo a influência e a presença do entendimento de “cultura” no interior do estudo proposto, o qual objetiva conceituar o Welfare State.

Mota (2008a, p. 108), sobre o assunto, abordando especificamente a cultura com base na crise no Brasil, salienta que

o núcleo temático dessa cultura é a socialização da ideia de que a crise afeta indistintamente toda a sociedade. Enfim, uma visão socializadora da crise que desqualifica, do ponto de vista político-econômico, as posições antagônicas das classes, ao mesmo tempo em que constrói um modo de integração passiva à ordem do capital.

Abreu (2011, p. 70) menciona que tal cultura traduz “a sociabilidade que consubstancia o ‘novo’ padrão societário sob a ordem do capital, o denominado Estado de Bem-Estar Social”, conhecido também como Welfare State.

No tema anterior explicitamos que o próximo assunto iria tratar dos aspectos referentes aos métodos de produção fordista e taylorista. Este tema, portanto, apresentará os conceitos desses modelos, além de ressaltar o de “Welfare State e o Serviço Social”. É importante destacar que tais definições contribuem para compreender as relações existentes no americanismo, bem como, no Welfare State e o Serviço Social. Este estudo vai tratar também do keynesianismo, sempre o correlacionando com o Serviço Social. As reflexões propiciam a continuidade da compreensão do termo “cultura” e seu entendimento no contexto das experiências fordistas e keynesianistas e dos aspectos relacionados ao taylorismo. Você pode até pensar que são muitos os termos a serem esclarecidos, mas perceberá que todos eles se relacionam entre si. É valido destacar, nesse sentido, que tal estudo parte das contribuições da autora Abreu (2011, p. 69), que registra: “o compromisso fordista/keynesiano [é] base da cultura do ‘bem-estar’”, salientando que tal cultura é “organizada a partir dos anos 30 e 40”. Sendo assim, vamos ficar por dentro tema, fazendo a leitura do tópico seguinte?

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Nesse contexto, de acordo com Antunes (2011, p. 23), a década de 1980 observou, nas nações de capitalismo avançado, transformações intensas “no mundo do trabalho, nas suas formas de inserção na estrutura produtiva, nas formas de representação sindical e política”.

Dentro desse processo de mudanças e transformações é que surgem os modelos fordistas e tayloristas.

Sendo assim, Lessa (2007, p. 297) questiona:

as transformações tecnológicas e nas estratégias gerenciais na segunda metade do século XX alteraram a produção da riqueza social a tal ponto que tornam anacrônica a categoria marxiana de trabalho, tal como definida em O Capital, isto é, o trabalho enquanto categoria fundante o ser social por efetivar a mediação orgânica do homem com a natureza, necessidade primeira, “eterna” e predominantemente na reprodução social?

Há, no questionamento anterior, a presença de inevitáveis alterações na produção da riqueza social. Em virtude de tais mudanças e das dificuldades na economia, Mota (2008a) acrescenta que a mencionada crise econômica dos anos 1980 e os mecanismos utilizados para enfrentá-la trazem, como consequências, mudanças no mundo do trabalho e mudanças na intervenção do Estado.

Nesse contexto, em que vigora o modelo fordista-keynesiano, para Mota (2008a, p. 117), essas mudanças são compreendidas “como parte do processo de reestruturação produtiva e produto das estratégias de superação do modelo fordista keynesiano em favor da acumulação flexível”.

Com relação às mudanças no cenário de trabalho na década de 1980, Antunes (2012, p. 23) aponta que, naquele período, de “grande salto tecnológico, a automação, a robótica e a microeletrônica invadiram o universo fabril, inserindo-se e desenvolvendo-se nas relações de trabalho e de produção do capital”.

Você pode perceber, portanto, que é no interior dessas mudanças que ocorrem também transformações para o trabalhador, isto é, para o operário que está trabalhado nas diversas fábricas e sofrendo com tais mudanças, dentre elas a exploração da força de trabalho, em virtude da luta existente entre capital e trabalho, classe dominante e o proletariado.

Sobre o surgimento do Welfare State, Abreu (2011, p. 72) afirma:

as lutas do operariado europeu contra a exploração econômica e a opressão políticas, na perspectiva de emancipação, constituem fator decisivo na formação do Welfare State, por intermédio das conquistas e da expansão dos chamados direitos democráticos nos países desenvolvidos.

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No que diz respeito aos aspectos inerentes ao taylorismo e ao fordismo que estão presentes no conceito de Welfare State e têm relação com o modo de produção do sistema capitalista, no Brasil, na França e no Japão há uma predominância quase absoluta da organização taylorista-fordista do trabalho, com uma rigorosa cisão entre produção, manutenção, controle de qualidade e gestão de fluxos (LESSA, 2007)

Nesse sentido, Faleiros (2009, p. 19) afirma que “o modo de produção capitalista mercantil e concorrencial transformou-se para reagir à lei da baixa tendencial da taxa de lucro”, salientando ainda que “foram profundas as transformações nas relações de produção e nas relações sociais de produção”.

Abreu (2011), sobre a influência dos chamados direitos sociais, salienta que a organização de um operariado direcionado conforme as diretrizes do movimento operário social-democrático, na luta coletiva por direitos, repercutiu na “tendência reformista do referido movimento”.

Sobre o assunto, a autora destaca:

a tendência reformista do referido movimento colocou-se como hegemônica no estabelecimento do chamado compromisso fordista/keynesiano, pacto que se estabelece entre classes traduzindo-se no consenso garantidor da socialização dos custos da produção, mantendo a apropriação privada da riqueza social, eixo central do novo equilíbrio de forças que consubstanciou o Welfare State. (ABREU, 2011, p. 74).

Nesse contexto todo, como você já observou, surgem os modelos fordistas e tayloristas. Antes de analisar a definição desses dois modelos, veja um pouco do que vem a ser o keynesianismo neste processo.

De acordo com o texto sobre o assunto na Wikipédia,

A escola Keynesiana ou Keynesianismo é a teoria econômica consolidada pelo economista inglês John Maynard Keynes, em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money), que consiste numa organização político-econômica, oposta às concepções liberais, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego. Tais teorias tiveram uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado (ESCOLA keynesiana, s.d, s.p.)

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De acordo com a mesma enciclopédia, a teoria de Keynes destinou ao Estado o direito e o dever de oferecer benefícios sociais que garantissem à população um padrão mínimo de vida com base nos seguintes fatores:

• Criação do salário-mínimo.

• Criação do seguro-desemprego.

• Redução da jornada de trabalho (que podia ultrapassar as 12 horas diárias).

• Assistência médica gratuita.

O keynesianismo é também denominado como “Estado de bem-estar social” ou “Estado Escandinavo”.

A experiência do Welfare State, segundo Clarke (1991, p. 118, apud ABREU 2011 p. 74), “concretiza a visão social-democrática de uma sociedade mediante combinação do dinamismo econômico do capitalismo com valores políticos do socialismo”.

Abreu (2011, p. 60) ainda esclarece a influência desse fenômeno no contexto do serviço social salientando que

a vertente europeia da institucionalização do Serviço Social como profissão, inicialmente marcada pela predominância da orientação filosófica neotomista, os avanços técnicos-científicos são introduzidos a partir da década de 40, no bojo da difusão e consolidação do padrão fordista/taylorista sob a regulação do Estado keynesiano em todo mundo.

Com relação ainda ao keynesianismo, Faleiros (2009, p. 18) contribui trazendo algumas considerações relevantes nesse processo. O autor coloca que para “Keynes, a incitação para investir se faz por intermédio da taxa de juro e a incitação para consumir, por intermédio da política fiscal ou da política social de inversões públicas”.

O autor salienta ainda que “nesse modelo ideal o indivíduo-consumidor é livre, mas desvinculado do indivíduo produtor. Este é obrigado a vender sua força de trabalho para poder consumir, nas condições impostas pela sua situação no sistema produtivo” (FALEIROS, 2009, p. 18).

Percebemos, assim, a dinâmica existente entre capital e trabalho e a luta classista entre classe dominante e classe trabalhadora (o operariado). Faleiros (2009, p. 18), no mesmo sentido, ainda coloca que “a teoria exposta se baseia nessa separação radical entre produção e consumo, pois é a produção que produz o consumidor. Ela se realiza para o intercâmbio e não para satisfazer às necessidades ou preferências individuais”.

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Conforme diz Mota (2008a), as mudanças na intervenção do Estado são marcadas pela crise do keynesianismo e pela emergência das propostas neoliberais (no contexto, portanto, do neoliberalismo). A autora menciona que isso ocorreu porque, “em termos políticos concretos, [houve] um desejo de reduzir o papel do Estado na área do bem-estar social, cortando os gastos e os impostos e transferindo os serviços para o setor privado” (MOTA, 2008a, p. 119).

No interior das mudanças relacionadas ao mundo e no que diz respeito às transformações do Estado, surge, portanto, o modelo denominado neoliberalismo como forma de intervenção estatal. É nesse processo de transformações em torno do sistema capitalista que há a necessidade de mencionar a existência dos modelos fordistas/tayloristas e também do keynesianismo como termos que direcionam o conceito de Welfare State.

Para Abreu (2011, p. 45), o modelo fordista/taylorista “significou tanto a introdução de uma nova tecnologia, como de novas formas de organização do processo de produção e de controle social”. Essa renovação equivale, nesse contexto, a uma nova política de controle e gerência do trabalho no interior das fábricas.

É interessante conceituar o que é fordismo e também analisar como se criou a palavra. Trata-se, segundo o texto sobre o assunto, oferecido pela Wikipédia, de um termo criado em meados da década de 1920 por Antonio Gramsci, ao fazer referência aos sistemas de produção em massa e de gestão desenvolvidos por Henry Ford, que, por sua vez, foi o fundador da companhia Ford Motor, em Detroit. O fordismo corresponde a uma maneira de racionalizar a produção capitalista a partir de inovações técnicas e organizacionais que se comunicam entre si, visando de um lado à produção em massa e, do outro, ao consumo em massa. Ou seja, esse “conjunto de mudanças nos processos de trabalho (semi-automatização, linhas de montagem) é intimamente vinculado às novas formas de consumo social” (FORDISMO, s.d., s.p).

Entende-se, então, que fordismo é um sistema de produção criado por Henry Ford; o termo, por sua vez, foi formulado por Gramsci.

Abreu (2011, p. 32) menciona que:

sob o ponto de vista dos interesses do capital, a reconstituição do seu projeto de hegemonia consubstancia-se em todo o processo de reestruturação econômica e político-cultural da sociedade capitalista face ao esgotamento mundial do padrão fordista/taylorista de produção, sob a regulação do Estado nos moldes Keynesiano.

Com base nos estudos de Kumar (1997 apud LESSA, 2007, p. 301) percebemos que, “mais do que a técnica da linha de montagem e o taylorismo, o fordismo seria o modo capitalista por excelência de controle do trabalho”.

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Com relação ao termo taylorismo, vale conceituá-lo também com a utilização da enciclopédia livre (Wikipédia). Trata-se de um modelo utilizado na administração. Veja a seguir a sua definição:

Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro norte-americano Frederick Taylor (1856-1915), considerado o pai da administração científica e um dos primeiros sistematizadores da disciplina científica da Administração de empresas. O taylorismo caracteriza-se pela ênfase nas tarefas, objetivando o aumento da eficiência ao nível operacional. É considerado uma das vertentes na perspectiva administrativa clássica.

Percebe-se que a proposta de um Estado de Bem-Estar Social em torno desse tema está correlacionada com a luta por um sistema de segurança, isto é, a seguridade social.

Nesse sentido, Mota (2008a, p. 121) coloca que

[...] a seguridade social transforma-se em objeto prioritário de mudanças e ajustes, tanto nos países hegemônicos quanto nos países periféricos, evidenciando a centralidade dessa política social, no conjunto das novas relações entre o Estado, o mercado e a organização social.

A autora ainda destaca que:

o paradigma histórico mais explicativo é a conjunção formada pela crise de 1929 com a implementação das políticas anticíclicas keynesianas, que redirecionaram a intervenção do Estado, o desenvolvimento do taylorismo e do fordismo e a formação dos grandes sindicatos de trabalhadores. (MOTA, 2008a, p. 121).

Você pode estar se questionando: “onde está a correlação entre Serviço Social e Welfare State?”. É importante entender os termos anteriormente conceituados e perceber que o sistema capitalista tem relação direta com as desigualdades sociais e suas expressões. Dentre estas estão a exploração, a fome, a violência etc., que compõem o cenário de atuação do Serviço Social, o qual deve agir por meio de políticas públicas que possam propiciar a autonomia e a transformação social do usuário, ações que não se traduzam por meio da caridade, destacando-se o assistencialismo. Nesse sentido, é de suma importância entender a história do Serviço Social e observar onde se iniciam tais práticas.

A autora de seu Livro-Texto nesse contexto destaca que, no Brasil, o Welfare State acontece por projeto populista, “no período getulista mediante implementação de políticas sociais de cunho clientelista e paternalista, próprias de um padrão assistencial e de filantropia estatal” (ABREU, 2011, p. 78).

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Estado de Bem-Estar Social

• É relevante entender um conceito sobre a perspectiva de autores diferentes, pois existem opiniões favoráveis e contrárias acerca de um mesmo tema: em nosso caso o “Estado de Bem-Estar Social”. Diante disso, é fundamental nos familiarizarmos com todos os conceitos e, a partir de então, percebermos que vamos nos identificar mais com um autor do que com o outro ou, de repente, com nenhum. De qualquer forma, construiremos uma opinião acerca do Welfare State. Por esse motivo, indico a leitura do artigo “O mito do declíneo do Welfare State” que tem como autor principal o prof. Dr. Clóvis Roberto Zimmermann.

Link: <http://dx.doi.org/10.5212/Emancipacao.v.9i2.225232>.

Estado de bem-estar social: padrões e crises

• Para investigar um pouco mais sobre alguns dos principais acontecimentos que marcaram essa trajetória do Welfare State e tecer algumas reflexões depois do Plano Beveridge, leia o artigo de José Luís Fiori, intitulado “Estado de bem-estar social: padrões e crises”.

Link para acesso: <http://www.scielo.br/pdf/physis/v7n2/08.pdf>.

Welfare State: tendências e lições da experiência internacional para o Brasil

• Para fazer relação entre o objeto de estudo desse tema e nossa contemporaneidade, assista em vídeo ao comentário da professora Dra. Sônia Draibe da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) a respeito da mesa-redonda que trata do tema “Welfare State: tendências e lições da experiência internacional para o Brasil”.

Link para acesso: <https://www.youtube.com/watch?v=4-N63AK_w6k>

Tempo: 7:07.

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Instruções:Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

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Questão 1

Assinale a alternativa com a sequência de palavras que completam corretamente as lacunas do parágrafo seguinte:

“A tendência reformista do referido movimento colocou-se como hegemônica no estabelecimento do chamado compromis-so_________________, pacto que se estabelece entre classes traduzindo-se no consenso garantidor da socialização dos custos da produção, mantendo a apropriação privada da____________, eixo central do novo equilíbrio de forças que consubstanciou o__________________.”

a) keynesiano/fordista, riqueza social, neoliberalismo.

b) fordista/keynesiano, riqueza social, Welfare State.

c) político, riqueza social, Welfare State.

d) fordista/keynesiano, riqueza social, neoliberalismo.

e) cívico, riqueza social, neoliberalismo.

Questão 2

Abreu (2011), no Livro-Texto, cita Bihr (1998), o qual menciona, sobre o compromisso fordista/keynesiano: “do ponto de vista do proletariado esse compromisso só pode ser comparado a uma espécie de imensa barganha, pela qual o proletariado renunciou à ‘aventura histórica’, em troca da garantia de sua ‘seguridade social’”. Segundo Abreu (2011), para qual aspecto o citado autor chama atenção? Descreva.

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Questão 3

Abreu (2011) concorda com a posição de que o Welfare State materializa-se, portanto, como um padrão de acumulação e de regulação econômica e política, em que a utilização do fundo público, a partir de regras definidas pelos principais grupos sociais e políticos, é o pressuposto do financiamento da economia capitalista. Diante disso, discorra sobre os avanços sociais e políticos mediante essa perspectiva.

Questão 4

Na conquista e na expansão dos chamados direitos democráticos nos países desenvolvidos, a sua influência deve ser entendida a partir das tendências do movimento operário social-democrático no mundo capitalista desenvolvido, ou seja, de suas variantes. Quais são elas? Indique a alternativa correta:

a) A conformista e a revolucionária.

b) A revolucionária e a política.

c) A democrática e a reformista.

d) A reformista e a revolucionária.

e) Nenhuma das alternativas citadas.

Questão 5

O Welfare State encarna, assim, a institucionalidade do ordenamento societário gestado nos marcos da racionalidade do pa-drão fordista/taylorista de produção e trabalho, sob a regulação do Estado Keynesiano. Abreu (2011, p. 70) coloca que “trata-se de uma cultura que traduz a sociabilidade que consubstancia o ‘novo’ padrão societário sob a ordem do capital, denominado Estado de Bem-Estar (Welfare State)”. Dito isso, responda: quando é organizada a cultura desse Estado de Bem-Estar Social, segundo Abreu (2011)?

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Você percebe que o tema propicia informações inerentes aos termos: keynesianismo, fordismo, taylorismo para a compreensão do significado do Welfare State e sua relação com o Serviço Social. Você observa também que em virtude das mudanças e transformações no mundo do trabalho, a classe trabalhadora se organiza para lutar por direitos, aqui mais especificamente por segurança, contexto em que você pode notar a presença do Serviço Social.

FINALIZANDO

ABREU, Marina Maciel. Serviço social e a organização da cultura: perfis pedagógicos da prática profissional. São Paulo: Cortez, 2011.

ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade no mundo do trabalho. 15. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

DRAIBE. Sônia M. Introdução à mesa-redonda de tema “Welfare State: tendências e lições da experiência internacional para o Brasil”. Seminário 2 – Aspectos Sociais Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento Brasileiro (UNICAMP). Vídeo/YouTube, Político Social, 2013. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=4-N63AK_w6k>. Acesso em: 13 mar. 2014.

ESCOLA keynesiana. Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_keynesiana>. Acesso em: 31 mar. 2014.

FALEIROS, Vicente de Paula. A política Social do estado Capitalista. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

FIORI, José Luiz. Estado de Bem-Estar Social: Padrões e Crises. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 129-147, 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/physis/v7n2/08.pdf>. Acesso em: 1 abr. 2014.

FORDISMO. Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 31 mar. 2014.

LESSA, Sergio. Trabalho e proletariado no capitalismo contemporâneo. São Paulo Cortez. 2007.

REFERÊNCIAS

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MOTA, Ana Elizabete. Cultura da Crise e Seguridade Social. Um estudo sobre as tendências e da assistência social brasileira nos anos 80 e 90. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2008a.

________ (org.). O Mito da Assistência Social ensaios sobre Estado, Política e Sociedade. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2008b.

ZIMMERMANN, Clóvis Roberto; ALVES, João Carlos Lima. O mito do declínio do Welfare State. Emancipação, Ponta Grossa, v. 9, n. 2, p. 225-231, 2009. Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/1067/832>. Acesso em: 1 abr. 2014.

REFERÊNCIAS

Crise: alteração súbita no curso de uma doença, ataque de nervos, conjuntura de incertezas, dificuldades e perigos, momento decisivo.

Exploração: tem correlação com a palavra explorar, a qual significa procurar; descobrir; sondar; pesquisar; fazer produ-zir; tirar proveito de; cultivar terras, matas dentre outros; abusar da boa-fé de; especular; ludibriar; ato de explorar.

Operário: relativo ao trabalho ou aos operários, trabalhador, artesão obreiro.

Modelos: é amplo o conceito de modelo, podendo significar imagem que se quer reproduzir; tipo exemplar; aquilo que serve de exemplo ou norma; indivíduo exemplar; o que serve para estudo prático de pintores ou escultores, manequim.

GLOSSÁRIO

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GABARITOQuestão 1

Resposta: alternativa B (fordista/keynesiano, riqueza social, Welfare State).

Abreu (2011, p. 74) aponta que a tendência reformista do referido movimento

colocou-se como hegemônica no estabelecimento do chamado compromisso fordista/keynesiano, pacto que se estabelece entre classes traduzindo-se no consenso garantidor da socialização dos custos da produção, mantendo a apropriação privada da riqueza social, eixo central do novo equilíbrio de forças que consubstanciou o Welfare State.

Questão 2

Resposta: O citado autor chama a atenção para as ambivalências do referido compromisso, principalmente no que diz respeito à questão da seguridade social, sob o ponto de vista tanto das classes subalternas quanto das classes dominantes.

Questão 3

Resposta: Não resta dúvida quanto aos avanços sociais e políticos que se processam nas relações entre as classes, decorrentes das formas e condições de participação dos sujeitos sociais na utilização dos recursos públicos. Todavia, importa considerar que essas não esgotam a perspectiva histórica de emancipação da classe trabalhadora, mas representam, como assinalado, modalidades consideradas progressistas de garantias de subsistência dessa classe sob a ordem do capital.

Questão 4

Resposta: alternativa D (a reformista e a revolucionária).

Abreu (2011, p. 72) diz que se deve considerar que, nesse período, “as lutas do operariado europeu contra a exploração econômica e a opressão política, na perspectiva de emancipação, constituem fator decisivo na formação do Welfare State, por intermédio da conquista e da expansão dos chamados direitos democráticas nos países desenvolvidos”. Essa influência deve ser entendida a partir das tendências do movimento operário social-democrático no mundo capitalista desenvolvido, ou seja, de suas variantes: a reformista e revolucionária.

Questão 5

Resposta: A cultura do Bem-Estar organiza-se a partir dos anos 1930 e 1940.

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