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ASSOCIAÇÃO ENTRE FUNGOS E INSETOS NO ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE TRIGO (Triticum aestivum). ISABEL HELENA DE ALMEIDA ZEITUNI PLAZAS Campinas Estado de São Paulo Junho – 2002

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ASSOCIAÇÃO ENTRE FUNGOS E INSETOS NO ARMAZENAMENTO DE

SEMENTES DE TRIGO (Triticum aestivum).

ISABEL HELENA DE ALMEIDA ZEITUNI PLAZAS

Campinas Estado de São Paulo

Junho – 2002

ASSOCIAÇÃO ENTRE FUNGOS E INSETOS NO

ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE TRIGO (Triticum aestivum).

ISABEL HELENA DE ALMEIDA ZEITUNI PLAZAS Engenheira Agrônoma

Orientadora: Dra. Priscila Fratin Medina

Dissertação apresentada ao Instituto Agronômica para obtenção do título de Mestre em agricultura Tropical e Subtropical – Área de Concentração em Tecnologia da Produção Agrícola.

Campinas Estado de São Paulo

Junho – 2002

A meu pai Jamil Zeituni Sobrinho

(in memorian), Que mesmo ausente sempre

esteve ao meu lado

AGRADECIMENTOS

A FAPESP ( Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo), pela bolsa

concedida, que proporcionou o desenvolvimento do trabalho.

A Dra. Priscila Fratin Medina, pela orientação, confiança e apoio para o

desenvolvimento do trabalho.

A Dra. Maria Aparecida Tanaka, Dr. José Poleze Soares Novo, Dr. Camilo Lazaro

Medina e ao Dr. Eduardo Caruso Machado, pela coorientação e apoio para o

desenvolvimento do trabalho.

Aos pesquisadores do Centro de Produção de Material Propagativo, Dr. Antonio

Augusto do Lago, Dra. Jocelly Andreuccetti Maeda e Dr. Luiz Fernandes Razera, pelo

apoio e orientação no desenvolvimento do trabalho

Aos técnicos do laboratório de sementes Ivonete Alves dos Santos, Dirceu Borges,

Cássio J. C. Miranda e em especial à Denise Sayuri Ysa, pela ajuda e apoio na realização

dos testes.

Aos funcionários do Centro de Produção de Material Propagativo, Maria Tereza

Signori, Maria Oliveira de Barros, Valéria A. Ishio, as engenheiras Cristiane Semprebone,

Micheli Penachim e todos aqueles que direta e indiretamente me ajudaram na confecção do

trabalho.

Ao meu esposo Rodrigo, a minha mãe Zorite e as minhas irmãs Ester e Maria José,

pelo apoio carinho e compreensão.

Aos meus colegas de pós-graduação Camila, Flávio, Deise, Gilvan, Fábio (in

memorian), Giuliana e a amiga Glaucia Miranda Ramirez, pelo companheirismo e

colaboração.

SUMÁRIO RESUMO ........................................................................................................................i

ABSTRACT ..................................................................................................................iii

1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................1

2. REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................3

2.1 Deterioração das sementes durante o armazenamento.........................................3

2.2 Incidência de pragas nas sementes armazenadas.................................................8

2.3 Controle químico das pragas no armazenamento das sementes.........................10

2.4 Incidência de fungos nas sementes armazenadas..............................................14

2.5 Controle químico de fungos no armazenamento das sementes.........................17

2.6 Associação entre fungos e insetos no armazenamento das sementes................19

3. MATERIAL E MÉTODOS.....................................................................................25

3.1 Sementes ..........................................................................................................25

3.2 Tratamento das sementes..................................................................................25

3.3 Armazenamento das sementes...........................................................................26

3.4 Procedência e criação dos inseto.......................................................................28

3.5 Infestação das sementes.....................................................................................28

3.6 Avaliação da qualidade das sementes................................................................29

3.6.1 Teor de água das sementes...........................................................................30

3.6.2 Sementes Infestadas.....................................................................................30

3.6.3 Sanidade.......................................................................................................30

3.6.4 Respiração das sementes............................................................................31

3.6.5 Crescimento de Plântulas...........................................................................32

3.6.6 Germinação................................................................................................33

3.6.7 Envelhecimento acelerado.........................................................................33

3.6.8 Condutividade Elétrica...............................................................................33

3.7 Delineamento Experimental e Foram de Análise dos Resultados...................33

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................36

4.1 Cultivar IAC-120 ..............................................................................................36

4.1.1 Teor de água das sementes..........................................................................36

4.1.2 Infestação das sementes por S .oryzae........................................................37

4.1.3 Infestação pelos fungos de armazenamento................................................41

4.1.4 Taxa de respiração das sementes................................................................43

4.1.5 Qualidade fisiológica das sementes............................................................44

4.2 Cultivar IAC-350.............................................................................................48

4.2.1 Teor de água das sementes..........................................................................48

4.2.2 Infestação das sementes por S .oryzae........................................................48

4.2.3 Infestação das sementes pelos fungos de armazenamento.........................50

4.2.4 Taxa de respiração das sementes................................................................51

4.2.5 Qualidade fisiológica das sementes............................................................52

4.3 Considerações Gerais......................................................................................54

5. CONCLUSÕES ...................................................................................................62

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................85

ANEXO 1.................................................................................................................. 63

FIGURA 1..................................................................................................................27

FIGURA 2..................................................................................................................31

FIGURA 3.................................................................................................................32

i

ASSOCIAÇÃO ENTRE FUNGOS E INSETOS NO ARMAZENAMENTO DE

SEMENTES DE TRIGO (Triticum aestivum)

RESUMO

A conservação da qualidade de sementes de trigo durante o armazenamento

tem sido pouco abordada nas pesquisas brasileiras. O esclarecimento de aspectos

como a associação entre fungos e insetos em sementes de trigo armazenadas, bem

como a qualidade física, fisiológica e sanitária das sementes neste contexto, é

essencial para aprimorar a preservação das sementes durante o armazenamento.

Os gorgulhos (Sitophilus spp.) apresentam grande importância econômica

devido à alta agressividade e, freqüentemente, infestam sementes armazenadas em

condições tropicais e subtropicais.

Diante disso, o presente trabalho foi realizado com os objetivos de: a) obter

informações adicionais sobre a associação existente entre fungos de armazenamento

e insetos da espécie Sitophilus oryzae; b) avaliar a eficiência do tratamento fungicida

e/ou inseticida e c) comparar a respiração e a qualidade física, fisiológica e sanitária

das sementes de trigo tratadas ou não com inseticida e/ou fungicida, durante o

armazenamento.

Para tanto, sementes de trigo dos cultivares IAC-350 e IAC-120 foram

tratadas ou não com o fungicida constituído da mistura de Carboxin e Thiram e/ou

com o inseticida Fenitrothion e armazenadas em condições de ambiente de

laboratório, em Campinas/SP, durante 18 meses. Em intervalos trimestrais, insetos

(Sitophilus oryzae) foram adicionados a amostras de sementes na metade dos

tratamentos, avaliou-se a sobrevivência, bem como a progênie resultante.

ii

Adicionalmente, as sementes foram analisadas quanto ao grau de umidade,

taxa de respiração, qualidade fisiológica (germinação, crescimento de plântulas,

condutividade elétrica e envelhecimento acelerado), sanidade e infestação por

insetos.

A análise dos resultados permitiu concluir que: a) o tratamento com o

fungicida Carboxin +Thiram é uma boa alternativa para proteger as sementes de trigo

contra a infestação por S. oryzae, durante o armazenamento, quando é necessário

armazená-las de uma safra para outra; b) o inseticida Fenitrothion, na dose

recomendada pelo fabricante, não protege as sementes contra a infestação por este

inseto, mesmo durante o armazenamento por períodos mais curtos; c) sementes

duras, como as do cultivar IAC-350, podem ser armazenadas de uma safra para a

outra em regiões com clima semelhante ao de Campinas, desde que apresentem

qualidade inicial elevada e sejam protegidas contra o ataque de insetos; d) os fungos

Aspergillus spp. e Penicillium spp.apresentam incidência relevante nas sementes de

trigo armazenadas, nas condições climáticas de Campinas, apenas quando são

infestadas por insetos; e) quando as sementes de trigo apresentam níveis elevados de

infestação, resultando em acréscimos significativos no teor de água das sementes, a

incidência de Penicillium spp. prevalece em relação à de Aspergillus spp.

iii

THE FUNGI AND INSECT ASSOCIATION ON THE STORAGE OF

WHEAT SEEDS.

ABSTRACT

There is not enough information about the storage of wheat seeds in Brazil.

Aspergillus spp. and Penicillium spp. growth on wheat seeds, associated to the insect

infestation in storage has not been approached. Information about seed quality and

seed health in this context is not available either. Sitophilus oryzae is a very

important insect, often infesting wheat seeds, stored in tropical and subtropical

regions.

The present work was carried out with the objectives of: a) studying the

association between storage fungus and insects of the species Sitophilus oryzae; b)

evaluating the fungicide and insecticide seed treatment efficiency c) measuring the

seed respiration and the physical, physiological and sanitary quality of wheat seeds,

treated with insecticide and fungicide, and of seeds without treatment, during the

storage.

In order to attain the objectives, wheat seeds of IAC-350 and IAC-120

cultivars were treated as follows: a) insecticide (Fenitrothion); b) fungicide

(Carboxin+Thiram); c) insecticide (Fenitrothion)+fungicide (Carboxin+Thiram) and

d) control. The treated seeds were stored in ambient conditions, of Campinas/SP,

during 15 months. Insects (Sitophilus oryzae) were trimonthly added to 100g seed

samples from all the treatments. The survival of the insects was evaluated as well as

the resulting progeny. The insects were eliminated and the seed respiration was

measured. The seeds physiological quality (germination, seedling growth, electric

conductivity and accelerated aging), fungi incidence and insect seed infestation were

also evaluated

iv

The results led to the following conclusions: a) the fungicide

(Carboxin+Thiram) treatment showed to be an excellent option for protecting wheat

seeds against S. oryzae infestation in storage for 15 months; b) the insecticide

treatment (Fenitrothion) is not efficient in protecting wheat seeds against S. oryzae

infestation, even in short-term storage; c) high quality hard seeds, as the seeds from

the IAC-350 cultivar, can be stored during 15 months in regions like Campinas/SP, if

protected against insect infestations; d) Aspergillus spp. and Penicillium spp. infect

wheat seeds, mainly when they are infested by insects; e) as the moisture content of

wheat seeds increases, when infested by S. oryzae, the percentage of seeds infected

by Penicillium spp. surpasses those infected by Aspergillus spp.

1

1. INTRODUÇÃO

A cultura do trigo é uma das melhores opções para o período de outono -

inverno, em rotação com a cultura da soja nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do

Sul e na Região Sul do Brasil, pois permite a redução dos custos desta cultura,

proporcionando aumento no lucro do produtor e contribuindo para a competitividade

da soja no mercado externo. Além disso, o consumo dos produtos derivados do trigo

cresce gradativamente, devido ao crescimento populacional, o que exige culturas

cada vez mais produtivas, de forma que, apesar de todas as adversidades que a

cultura do trigo tem sofrido no Brasil, ainda está entre as mais importantes, não só

economicamente, mas também do ponto de vista social.

Neste contexto, a utilização de sementes de alta qualidade, apresentando

pureza varietal, qualidade física, fisiológica e sanitária, é um fator essencial para o

sucesso da cultura, refletindo diretamente na produtividade e aumentando as chances

de competição com o trigo importado, e conseqüentemente, refletindo diretamente na

produtividade da agricultura do país.

O armazenamento é uma etapa crucial no programa de produção e

abastecimento de sementes de trigo, pois como para a maioria das culturas

propagadas por sementes, a época de colheita não coincide com a época mais

adequada à semeadura. E por se tratar de uma cultura de inverno, o período de

armazenamento (agosto/setembro a março/abril), no Estado de São Paulo, coincide

com umidades relativas e temperaturas elevadas, principalmente no verão. Desde que

as sementes tenham sido colhidas no ponto de maturidade fisiológica (quando a

qualidade também é máxima), secadas e beneficiadas, eliminando-se todos os fatores

desfavoráveis, como injúrias térmicas acarretadas no processo de secagem, a

preservação dessa qualidade fica na dependência direta das condições do

armazenamento das sementes. Dentre estas, a umidade relativa do ar, seguida pela

temperatura são as condições mais importantes, pois quanto mais elevadas, maior é a

taxa de respiração das sementes, fator que acelera a deterioração.

2

O teor de água das sementes, associado à umidade relativa elevada do ar,

também proporciona o desenvolvimento dos fungos e de um modo geral, intensifica

o desenvolvimento e a taxa de aumento da população de algumas espécies de insetos

e ácaros, que também aceleram a deterioração das sementes armazenadas.

No entanto, a conservação e o armazenamento de sementes de trigo tem sido

pouco abordados nas pesquisas brasileiras, razão pela qual, informações de caráter

prático e de utilização imediata são escassas ou empíricas e têm se baseado na

bibliografia e na experiência de outros países. O esclarecimento de aspectos como a

associação entre fungos e insetos em sementes de trigo armazenadas, bem como a

qualidade física, fisiológica e sanitária das sementes neste contexto, é essencial para

aprimorar a preservação das sementes durante o armazenamento.

Desta forma, o presente trabalho teve como objetivos: a) obter informações

adicionais sobre a associação existente entre Sitophilus oryzae e fungos no

armazenamento de sementes de trigo; b) avaliar a eficiência do tratamento fungicida

e ou inseticida quanto à proteção oferecida durante o armazenamento e, c) comparar

a intensidade respiratória e a qualidade física, fisiológica e sanitária das sementes de

trigo tratadas ou não com inseticida e ou fungicida, durante o armazenamento.

3

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Deterioração das sementes durante o armazenamento

A qualidade das sementes é máxima no ponto de maturidade fisiológica. A

partir deste momento inicia-se a deterioração, um processo degenerativo progressivo,

inevitável e irreversível, que se manifesta por meio de alterações físicas, fisiológicas

e bioquímicas (CHING e SCHOOLCRAFT, 1968).

Este processo ocorre com velocidade e intensidade dependentes de fatores

genéticos, de condições de ambiente anteriores à colheita, de injúrias mecânicas

durante a colheita e o processamento e das condições de armazenamento (DELOUCHE

e BASKIN, 1973).

Segundo DELOUCHE e BASKIN (1973), a deterioração segue uma seqüência

hipotética que envolve, na seguinte ordem, a degradação das membranas celulares,

redução das atividades respiratórias e biossintéticas, menor velocidade de

germinação, redução do potencial de conservação, menor taxa de crescimento e

desenvolvimento, menor uniformidade de desempenho, maior sensibilidade a

adversidades, redução da emergência de plântulas em campo, aumento no número de

plântulas anormais e, finalmente, a perda do poder germinativo.

Estudos mais recentes, conduzidos com sementes de trigo, sugerem que a

deterioração é um conjunto de eventos inter-relacionados, cada um resultante da

suscetibilidade das sementes a diferentes condições adversas do ambiente e não

necessariamente uma seqüência contínua de danificações e de efeitos deletérios, que

resulta primeiro na perda de vigor e por último na perda da viabilidade (NATH e

HAMPTON, 1991).

AGRAWAL (1978) observou que a redução do potencial de germinação de

sementes de trigo deveu-se ao acréscimo no número de plântulas anormais, durante o

período inicial de armazenamento e ao acréscimo no número de sementes mortas,

após 22 meses de armazenamento em condições ambientais de Nova Delhi, na Índia.

NO entanto, após este período, o conteúdo de amido das sementes foi reduzido em

3%, simultaneamente à queda no potencial de germinação de apenas 5 pontos

percentuais; porém, após 34 meses, o conteúdo de amido foi reduzido em apenas 7%,

4

embora o potencial de germinação tenha decrescido para 39%. A concentração de

açúcares redutores e de sacarose não se alterou neste período.

Por outro lado, a deterioração das estruturas não embrionárias, ou seja,

endosperma e camada de aleurona, pode levar a falhas no suprimento de nutrientes

ao embrião, envolvendo tanto a presença de inibidores quanto de substâncias tóxicas,

contribuindo para a perda da viabilidade das sementes (PETRUZZELLI e TARANTO,

1989). LIVESLEY e BRAY (1991) acrescentaram que as lesões originadas na camada

de aleurona, associadas as que ocorrem no tecido embrionário, desempenham papel

significativo na formação de plântulas anormais e, consequentemente, na perda da

viabilidade das sementes de trigo durante o armazenamento.

Para PETRUZZELLI e TARANTO (1989), o mau funcionamento dos ácidos

nucleicos e da síntese de proteínas é responsável pelas alterações metabólicas que

ocorrem no embrião das sementes de trigo, decorrentes do processo de deterioração

e, segundo BEWLEY e BLACK (1978), a síntese de proteínas é essencial para

completar o processo de germinação e para a protrusão da radícula

GRILLI et al. (1995) atribuíram o decréscimo na síntese de proteínas à

degradação do RNA mensageiro, associada à reduzida síntese da enzima poli

(A)+RNA, durante a germinação de sementes de trigo (T. durum) envelhecidas. A

deterioração das proteínas nos sistemas secos, embora lenta, também contribui

significativamente para o envelhecimento de sementes de trigo (PINZINO et al., 1999).

Porém, PINZINO et al. (1999) salientaram que o ataque de radicais livres é a

principal causa da deterioração de sementes de trigo e, de acordo com WILSON e

MCDONALD (1986), radicais livres causam a peroxidação dos lipídios constituintes

da membrana plasmática, levando à perda da sua integridade. GOLOVINA et al. (1997)

acrescentaram que em sementes de trigo, as alterações na permeabilidade da

membrana plasmática envolvem apenas o eixo embrionário e a camada de aleurona,

pois não se verificaram acréscimos de permeabilidade da membrana plasmática nas

células do escutelo.

Os principais fatores do ambiente que aceleram a deterioração das sementes

são a temperatura e o teor de água em equilíbrio com a umidade relativa do ar,

afetando direta e indiretamente a qualidade das sementes (HARRINGTON, 1963,

CHANG et al. 1994).

5

Nos países tropicais e subtropicais é comum a deterioração de sementes nos

armazéns, causada por umidades relativas elevadas, manifestando-se pela perda de

massa, por transformações químicas e pela presença de fungos e excrementos ou

fragmentos de insetos (MATIOLI, 1981).

Durante a maturação, há um período de rápido decréscimo no teor de água

das sementes. Em conseqüência dessa desidratação, ocorre a inativação das

macromoléculas e organelas, levando a semente ao estado quiescente. Neste, a

semente se caracteriza por um baixíssimo nível de atividade metabólica (POPINIGIS,

1985). As alterações físicas e metabólicas, que ocorrem nas sementes durante o

armazenamento, são aceleradas a medida em que o teor de água e a temperatura

aumentam; no entanto, a resposta das sementes ao teor de água é mais complexa,

pois pode haver diferenças na seqüência de eventos da deterioração entre sementes

armazenadas com baixos e altos teores de água (PETRUZELLI e TARANTO 1984 e

PETRUZELLI, 1986).

KARUNAKARAN et al. (2001) constataram que as taxas de respiração de

sementes de trigo foram relativamente baixas (máximo de 30mg de Co2/dia/kg de

massa seca de sementes) e as porcentagens de germinação permaneceram elevadas

(entre 90 e 98 %) por 94 dias, quando foram armazenadas a 25ºC e com teores de

água de 15 e 16%. Entretanto, as taxas de respiração cresceram linearmente com o

tempo e as porcentagens de germinação decresceram, quando as sementes foram

armazenadas a 25ºC e com teores de água de 17, 18 e 19 %, de forma que em apenas

10 dias, a respiração das sementes, que apresentavam teor de água de 19 %, foi de

822mg de Co2/dia/kg de massa seca de sementes, e a porcentagem de germinação

caiu para 32%.

De acordo com ROBERTS (1960), há uma relação matemática simples entre

temperatura, teor de água e período de viabilidade, semelhante para sementes de

trigo, aveia e cevada, de forma que, se o teor de água das sementes e a temperatura

forem conhecidos é possível se prever várias combinações de condições de

armazenamento necessárias para conseguir o período requerido de viabilidade.

Na literatura internacional, há diversos estudos sobre a viabilidade de

sementes de trigo durante o armazenamento, empregando-se diversas combinações

de temperatura e de umidade relativa.

6

LIKHATCHEV et al. (1984) não aconselharam o emprego de temperaturas

superiores a 37ºC em estudos como estes, por causarem desnaturação de proteínas,

alterando o curso das reações metabólicas e por catalisarem outros processos que não

ocorrem no armazenamento a temperaturas mais baixas. Acrescentaram que a rápida

perda de viabilidade de sementes armazenada em condições do ambiente deve-se

também aos produtos do metabolismo da microflora em rápido desenvolvimento.

Estes mesmos autores observaram que sementes de trigo (T. aestivum L.)

com teor de água de 12,6% e 94% de germinação, armazenadas a 37ºC conservaram

viabilidade e vigor elevados por apenas 29 dias.

Em estudo semelhante, DELL’AQUILA (1994) verificou que sementes de

trigo (T. durum), armazenadas a 35ºC durante 28 dias, sofreram queda do potencial

de germinação de 96% para 82% quando apresentavam teor de água de 12,5% e de

96% para 5% quando o teor de água era de 14,5%.

PETRUZELLI e TARANTO (1984) armazenaram sementes de trigo (Triticum

durum) que apresentavam 80% de germinação e teor de água de 10%, durante 6

meses a 20ºC. Simultaneamente, elevaram o teor de água de sementes do mesmo lote

para 12,5; 14,5 e 16,5% e as armazenaram por 14 dias a 30ºC. Constataram que o

aumento no teor de água das sementes, evidenciou alterações na composição e nos

teores dos fosfolipídios, antes de ser observada qualquer redução no potencial de

germinação, revelando que o conteúdo de água desempenha um importante papel na

deterioração das membranas, em conseqüência da deterioração dos fosfolipídios,

principais constituintes das membranas celulares. Concluíram que este realmente é

um estágio inicial da perda da viabilidade das sementes, mas que está intimamente

relacionado com as condições de armazenamento.

RHODEN e CROY (1987) também verificaram que o cultivar, teor de água e o

período de armazenamento exerceram efeitos significativos nos níveis de

condutividade elétrica e de germinação das sementes de trigo. Sementes com 93,3%

de germinação e teor de água de 13,5% não apresentaram sinais de deterioração após

12 semanas de armazenamento a 26ºC, enquanto que, as com teores de água mais

elevados, 15,5 e 17,5%, apresentaram decréscimos na porcentagem de germinação e

aumento na lixiviação de eletrólitos, detectada pelo teste de condutividade elétrica,

revelando perda da integridade das membranas celulares.

7

SRIVASTAVA e RAO (1994) estudaram diferentes temperaturas no

armazenamento de sementes de trigo embaladas hermeticamente, que apresentavam

germinação de 85% e teor de água de 15%. Observaram que a capacidade de

germinação permaneceu inalterada após três meses de armazenamento a 27 e 37 ºC ;

após 5 meses, houve queda relativa de germinação; que foi, mais acentuada a 37ºC

(58%) do que a 27ºC (70%). As sementes armazenadas a 50ºC perderam totalmente a

viabilidade, após três meses.

KARUNAKARAN et al. (2001) definiram período seguro de

armazenamento como o período em que o potencial de germinação das sementes de

trigo decresce apenas até 90%. Desta forma constataram que para um determinado

cultivar canadense, o período seguro de armazenamento de sementes com potencial

de germinação inicial de 98% e teor de água de 19% variou de 2,5 dias a 30ºC e a

35ºC até 37 dias a 10ºC. Reduzindo-se o teor de água das sementes para 17%, estes

períodos passaram a ser de 5, 7 e 15 dias a 35, 30 e 25ºC, respectivamente. No

entanto, estes autores também verificaram que este período seguro de

armazenamento varia entre genótipos diferentes.

Por outro lado, VERTUCCI e ROOS (1990) estabeleceram que há um nível

crítico de teor de água para a secagem, visando a máxima longevidade das sementes,

de forma que a secagem aquém desse nível pode acelerar a taxa de deterioração das

sementes.

CHAI et al. (1998), buscando os teores ótimos de água para armazenar

sementes a temperaturas ambientes, secaram sementes de trigo (T. durum) com

germinação em torno de 94%, a teores de água entre 0,5 e 11% e as armazenaram em

embalagens herméticas durante 5 anos em temperatura ambiente, que flutuou entre 0

e 35 ºC, com média de 18ºC. Teores de água entre 7,6 e 9,7% promoveram a menor

taxa de deterioração dessas sementes, refletida em maiores porcentagens de

germinação, após quatro e cinco anos.

HU et al. (1998) também verificaram que a secagem excessiva reduz a

longevidade das sementes de trigo (Triticum aestivum). Neste caso, sementes com

99% de germinação, armazenadas durante 42 meses a 45ºC, apresentaram redução

progressiva na porcentagem de germinação, porém com intensidade bem menor

quando apresentavam teor de água de 5%, em comparação as que foram conservadas

8

com teores, tanto inferiores quanto superiores a este, numa faixa de teores de água

entre 2 a10%. Em temperaturas mais baixas de armazenamento (22,5ºC e 0ºC), a

longevidade foi prejudicada apenas quando as sementes foram armazenadas com

teores de água inferiores a 4%.

2.2 Incidência de pragas nas sementes armazenadas

O armazenamento de sementes de trigo deve ser conduzido de maneira

extremamente cuidadosa, para possibilitar a preservação da qualidade, minimizando

o processo de deterioração das sementes, causada pelo ataque de insetos.

No Brasil, as perdas de grãos podem variar entre 0,2 e 30 % da produção total

, em função das condições precárias de armazenamento no meio rural e de condições

climáticas favoráveis ao crescimento da população de pragas (GALLO, 1988 e

ALMEIDA (1989); citado por PINTE et al., 1997).

As principais pragas de armazenamento de sementes e da farinha de trigo, de

acordo com PUZZI (1986), são: Plodia interpunctella (traça da farinha), Rhyzopertha

dominica (besouro), Sitophilus granarius (gorgulho do trigo), Sitophilus oryzae

(gorgulho do trigo), Sitophilus spp. (gorgulho), Sitotroga cerealella (traça dos

cereais) e Tribolium castaneum (besouro castanho).

Estes insetos são vistos como parte de um ecossistema único (SINHA, 1973),

pois as diferentes espécies estão associadas a nichos ecológicos, nos quais, tanto as

sementes sadias quanto o material quebrado e infectado por fungos podem ser o

substrato para desenvolvimento e multiplicação dos insetos (PHILIPS et al. 1993). A

capacidade de atacar grãos inteiros e sadios caracteriza os insetos primários; são

considerados secundários aqueles que são capazes de infestar apenas sementes

quebradas e farinha (PUZZI, 1986). Dentre os insetos primários, destacam-se aqueles

da ordem Coleoptera e Lepidoptera, sendo a temperatura e a umidade do ar

condicionantes da severidade dos danos (CARVALHO e NAKAGAWA, 1988).

Os Sitophilus spp., da Ordem Coleóptera, apresentam grande importância

econômica devido à alta agressividade; porém, SINHA et al. (1988) observaram que

estes insetos apresentam aparatos bucais especializados em se alimentar de sementes

inteiras e sadias e não conseguem se multiplicar em sementes trituradas ou em

9

farinha. Estes gorgulhos ovipositam dentro das sementes, onde suas larvas ápodes

completam o desenvolvimento. A oviposição não ocorre em sementes trituradas e

mesmo quando os ovos são postos, o desenvolvimento da larva é prejudicado.

PHILLIPS et al. (1993) constataram que S. oryzae é atraído por substâncias voláteis,

características de grãos frescos de trigo (valeraldeído, maltol e vanilina). Este

comportamento reflete seu nicho ecológico de atuação.

Raramente, insetos como gorgulhos ou traças são ativos em sementes com

teores de água inferiores a 8% e temperaturas entre 18 e 20 ºC BEWLEY e BLACK

(1994). Segundo SEDLACKE et al. (1991), o desenvolvimento e crescimento desses

insetos são favorecidos em sementes com teores de água entre 12 a 15% e

temperaturas entre 23 e 35ºC. No entanto, tais pragas estão adaptadas a uma dieta a

base de material vegetal seco (FARONI, 1992) e muitas delas possuem características

especiais que lhes permitem a sobrevivência em condições de baixa disponibilidade

de água (MODUE, et al., 1980). No entanto, temperaturas baixas provocam

desenvolvimento lento após a oviposição e grande redução das taxas de

desenvolvimento e crescimento dos insetos (GILBERT e RAWORTH, 1996).

FRANK et al. (1992) armazenaram sementes de trigo com teores de água de

11,2 a 13,7% a temperaturas de 15 a 35ºC, durante 10 meses. Observaram, que o

Sitophilus oryzae não sobreviveu nas sementes armazenadas a 15°C, sendo que a

20°C, sobreviveu apenas nas sementes com teor de água de 13,7%. Nas sementes

com teor de água de 11,2%, a progênie foi considerável apenas na temperatura de

35ºC e no décimo mês. A progênie desenvolvida nas sementes que apresentavam teor

de água de 13,7% foi no mínimo 4 vezes maior do que nas sementes com teor de

água de 12,1%. Nas sementes com teor de água de 13,7%, armazenadas a 25, 30 e

35ºC a progênie atingiu os valores máximos após o sexto mês, variando entre 430 e

633 insetos nesses tratamentos, até o décimo mês.

MICHEL et al. (2000) estudando o desenvolvimento da progênie de

Rhizopertha dominica em sementes, com teor de água de 13%, também observaram

que os fatores ambientais influenciaram o desenvolvimento da progênie. Demorou 17

dias a mais para a emergência de 50% da progênie a 27ºC em comparação com 34ºC.

Estes autores conduziram três experimentos idênticos, em condições de laboratório,

às temperaturas de 27 e 34ºC, num período de oito meses; verificaram, no entanto,

10

que a progênie foi bem maior no primeiro experimento, conduzido no outono do que

no segundo e no terceiro, conduzidos no inverno e na primavera, respectivamente.

Embora os insetos empregados tivessem sido criados em laboratório e os ensaios

tenham sido conduzidos em câmaras de crescimento, provavelmente a população

ainda exibia um fenômeno fisiológico, refletindo um comportamento natural

herdado, característico das populações selvagens, de variação da população em

função da estação do ano.

RAMZAN e CHAHAL (1985), na Índia, investigaram o efeito de diferentes

níveis de infestação inicial de Sitophilus oryzae sobre danos em grãos de trigo

armazenados e constataram que os danos causados nos grãos e a perda de viabilidade

das sementes aumentaram significativamente com o aumento do nível de infestação e

período de armazenamento.

MCGAUGHEY et al. (1990) também observaram que a dureza do grão pode

influenciar fortemente a habilidade de Sitophilus oryzae em se reproduzir no trigo

armazenado. Por isso, sementes de cultivares diferentes apresentam diferentes níveis

de resistência a insetos de armazenamento (SINGER e MATHEU, 1973; MCGAUGHEY

et al. 1990, CORTEZ – ROCHA et al. 1993).

De acordo com SING e AGRAWAL (1977) os cultivares mais suscetíveis ao

ataque de Sitophilus oryzae são os que apresentam menores valores para

características que indicam dureza da semente. Estes autores também observaram

uma correlação direta entre infestação por Sitophilus oryzae e a presença de ácido

úrico e ácidos graxos livres nas sementes. Por outro lado, SINHA et al. (1988)

relataram que a dureza da semente não influenciou significativamente a taxa de

multiplicação de gorgulhos, principalmente a do S. granarius. SING et al. (1975)

também relataram diferenças entre cultivares de trigo, quanto à resistência aos danos

causados por Sitophilus oryzae às sementes, traduzidas em maiores porcentagens de

germinação após as danificações.

2.3 Controle químico das pragas no armazenamento das sementes

O expurgo é uma prática bastante difundida no Brasil para eliminar focos de

infestação de pragas já existentes em grãos e sementes armazenadas de diversas

11

espécies de cereais, leguminosas e gramíneas forrageiras. Atualmente, a fosfina

(ALPH3), com o nome comercial de Gastoxin, é o fumigante mais empregado

(ANDRADE e NASCIMENTO, 1984), devido à sua eficiência, facilidade de aplicação e

disponibilidade no mercado (BITRAN et al. 1984).

Também já é amplamente conhecido que a fosfina não prejudica a

germinação das sementes. ANDRADE e NASCIMENTO (1984) constataram que três

expurgos com fosfina, em intervalos mensais, na dosagem de 10 comprimidos de

gastoxin por m3 (o dobro da dosagem recomendada), não prejudicaram o poder

germinativo de sementes de três cultivares de sorgo e duas de milho. O vigor,

avaliado pelos testes de envelhecimento artificial e índice de velocidade de

emergência, também não foi prejudicado.

A ação da fosfina pode ser mais efetiva pela elevação da dosagem e do

período de exposição; porém, a variação na eficiência do tratamento está associada

ao local de origem do foco de infestação, refletindo uma característica de resistência

da praga (BITRAN e KASTRUP, 1981). BITRAN et al. (1984) acrescentaram que foi

necessário aumentar as dosagens de fosfina de 1g para 2g/ 20 sacos e o período de

exposição de 72 horas para 96 horas para controlar o gorgulho (Sitophilus ssp.) em

sementes de milho, em face da eficiência limitada da fosfina no controle das formas

imaturas do gorgulho.

Devido ao expurgo com fosfina não ser capaz de proteger as sementes contra

novas infestações, o método mais utilizado para o controle de pragas em sementes e

grãos armazenados é o controle preventivo com inseticidas, por não ser caro, possuir

ação rápida e apresentar persistência aceitável.

Diversos inseticidas de contato são empregados na proteção de sementes e de

grãos armazenados (HAREIN, 1982 e SNELSON, 1987). Os inseticidas, que devem

atender a critérios de eficiência e segurança (SINHA e WATTERS, 1985), são efetivos

durante meses ou anos. Entretanto, problemas como de população de pragas

resistente aos inseticidas e a degradação dos mesmos, também devem preocupar a

pesquisa sobre proteção de sementes armazenadas, pois as comunidades de

artrópodes podem se estabelecer gradativamente nos grãos armazenados, à medida

que os resíduos decrescem (WHITE, 1995) e as pragas invadem os grãos (HAGSTRUM,

1989).

12

Fatores que afetam a degradação do inseticida, após a aplicação em

sementes de cereais, incluem temperatura, conteúdo de água da semente, tipo de

inseticida e formulação (HAREIN, 1982), além de propriedades físicas e fisiológicas

das sementes (ROWLANDS, 1975) e da atividade de fungos (MOSTAFA et al. 1972).

WHITE (1988) observou que os inseticidas organofosforados clorpirifós metil,

pirimifós metil e malathion não sofreram degradação durante oito meses, tanto em

sementes de trigo recém-colhidas quanto em envelhecidas (com 2 anos) e

armazenadas nas condições do Canadá, em temperaturas que flutuaram entre –15ºC e

27ºC. Apenas após 10 a 12 meses, quando as temperaturas do ambiente foram mais

elevadas, o decréscimo de resíduos dos inseticidas foi refletido pelo decréscimo na

mortalidade dos insetos Tribolium castaneum. À medida que os inseticidas foram

perdendo o efeito, a quantidade de insetos desorientados passou a ser superior à

mortalidade.

Por outro lado, FRANK et al. (1992) observaram que o inseticida clorpirifós

metil perdeu o poder residual em sementes de trigo armazenadas por 10 meses, desde

os primeiros meses, formando uma curva assintótica. A degradação dos resíduos

também foi maior à medida que se aumentou a temperatura do ar de 15 para 35ºC e o

teor de água das sementes de 11,2 para 13,7%. A progênie de S. oryzae e a

porcentagem de sementes danificadas pelos insetos se correlacionaram positivamente

com a sobrevivência dos insetos e negativamente com os níveis de resíduo.

Em outro experimento, sementes de trigo, com teores de água entre 12,2 e

15,1%, foram tratadas com clorpirifós metil e armazenadas por 18 meses em

temperaturas que flutuaram entre –20ºC e 30ºC, no Canadá. O inseticida se degradou

com o tempo, mas ofereceu controle efetivo de Tribolium castaneum (>90%) por 10

meses, na dosagem de 4,6ppm. A germinação das sementes não foi afetada pelo

inseticida (WHITE et al., 1997).

Outras pesquisas consideraram a qualidade fisiológica das sementes de

trigo tratadas com diversos inseticidas.

SING et al. (1998) estudando a eficácia residual de cinco inseticidas,

Deltametrina (3ppm), Fluvinate (10ppm), Clorpirifós metil (30ppm), Etrimfós

(10ppm) e Malathion (40ppm), como protetores na semente de trigo contra S. oryzae

13

e S. granarium, também constatarm que nenhum deles afetou a germinação das

sementes durante o armazenamento.

Porém, KASHY e DUHAN (1994) avaliaram os efeitos do período de

armazenamento e do tratamento de sementes de diferentes cultivares de trigo com

diferentes inseticidas (Aldrin 30EC, Endosulfan 35EC, Formothion 20EC e

Clorpirifós 20EC) e constataram que dependendo do cultivar e do inseticida, a

viabilidade e o vigor das sementes foram afetados. Formothion 20CE afetou todos os

parâmetros de viabilidade e vigor para a maioria dos cultivares e Endosulfan

forneceu resultados semelhantes à testemunha.

WHITE (1983) relatou que o tratamento com Malathion (8ppm)

proporcionou o controle efetivo de raças resistentes de T. Castaneum em sementes de

trigo; porém, favoreceu o crescimento do fungo Aspergillus glaucus, que pode ter

metabolizado o inseticida e o utilizado como fonte de fósforo e carbono. Nas

sementes não tratadas, a presença de insetos pode ter inibido o crescimento dos

fungos.

O inseticida fenitrothion (Fenitrothion 500CE) é especialmente formulado

para o tratamento de sementes. KAMEL e FAM (1973) observaram que após dois dias

do tratamento de sementes de trigo com fenitrothion, na concentração de 2ppm, a

mortalidade Sitophilus oryzae foi completa. Este produto, na concentração de 8ppm,

permaneceu tóxico aos insetos durante 6 meses e não afetou os valores de

germinação das sementes.

Na dosagem de 15ml/t, o fenitrothion (Fenitrothion 500CE) também se

mostrou eficiente no controle S. oryzae, até 60 dias após a aplicação, em arroz

acondicionado em sacos de ráfia e armazenado à temperatura de 25ºC (Pinto et al.,

1997).

PAWAR e YADAV (1985) também constataram a eficiência do tratamento de

sementes de trigo, que apresentavam teores de água de 10, 12 ou 14%, com

fenitrothion, no controle de Sitophilus oryzae durante quatro meses. Verificaram

também que o recipiente (de madeira,de cimento, latas ou sacos de juta), em que

foram acondicionadas as sementes, interferiu na velocidade de degradação do

inseticida. A degradação foi mais rápida nas sementes com teores de água de 12 e

14%, acondicionadas em sacos de juta ou em caixas de cimento.

14

2.4 Incidência de fungos nas sementes armazenadas

Vários patógenos podem estar associados às sementes de trigo, sendo a

maioria deles de origem fúngica (RICHARDSON, 1979; FORCELINI, 1995; NASSER,

1987; PATRÍCIO et al., 1995 e REIS e CASA, 1998).

Segundo CATELLANI et al. (1996), a presença de fungos pode reduzir a

capacidade germinativa de um lote de sementes, além de causar problemas na

interpretação dos resultados dos testes de germinação, conduzidos em condições de

laboratório.

Dentre os fungos mais importantes, merecem destaque os gêneros Alternaria,

Bipolaris, Drechslera, Fusarium, Pyricularia, Septoria, Tilletia e Ustilago (NASSER,

1987; GOULART et al., 1995 e REIS e CASA, 1998), que invadem as sementes ainda

no campo, e necessitam para o seu crescimento de umidade relativa em torno de 90 a

95% que, de acordo com DHINGRA (1985), representa um teor de água de 25% nas

sementes amilácias, como as de trigo. Quando há redução neste teor de água, ocorre

paralisação no desenvolvimento desses fungos e não ocorrem novas invasões (MILLS

e WALLACE, 1992 e DHINGRA, 1985).

A sobrevivência dos fungos de campo nas sementes depende da habilidade

em se manterem viáveis nas condições de temperatura e umidade relativa do

armazém (LAL e KAPOOR, 1979; BERJAK, 1987a; MERONUCK, 1987), do grau de

infecção e do teor de água das sementes (DHINGRA, 1985).

Por outro lado, os fungos do gênero Aspergillus e Penicillium estão presentes

nas sementes recém-colhidas, em porcentagens muito baixas e são capazes de

sobreviver em ambientes com baixa umidade, proliferando-se em sucessão aos

fungos de campo e causando a deterioração das sementes, culminando com a perda

da viabilidade e do valor comercial das sementes. (CHRISTENSEN, 1973; WALLACE et

al., 1976; BERJAK, 1987a; WETZEL, 1987; CARVALHO e NAKAGAWA, 1988).

Neste sentido, (WALLACE et al., 1976) constataram que os fungos de campo

predominaram inicialmente em 13,5 t de sementes de trigo que foram armazenadas

por cinco anos a granel, com teor de água inicial de 13,5%. A temperatura do

ambiente variou entre –15ºC e 30ºC, neste período. Depois de dois anos, surgiu uma

zona quente de 49ºC, resultando na redução imediata de Alternaria alternata e no

15

zona quente de 49ºC, resultando na redução imediata de Alternaria alternata e no

aumento dos fungos de armazenamento, primeiro Penicillium, seguido por uma

sucessão de Aspergillus. A incidência desses fungos também declinou, de forma que

depois de 5 anos o fungo predominante foi o saprófito Chaetomim dolichotrichum.

Esses autores também verificaram uma correlação positiva entre a infecção de A

alternata e viabilidade das sementes; porém, durante 4 anos a incidência deste fungo

decresceu de 91 para 1% e a germinação continuou elevada na superfície da massa

de grãos. O decréscimo na germinação ocorreu após cinco anos, coincidente com

aumento no teor de água para 14,5% e acréscimos na incidência de fungos de

armazenamento.

Embora os fungos de armazenamento se caracterizem por crescerem sem

água livre (CHRISTENSEN, 1973), costumam apresentar maior incidência em sementes

colhidas em anos mais úmidos (MILLS e WALLACE, 1992). Além disso, estes fungos

não crescem em sementes com teores de água em equilíbrio com umidades relativas

do ar inferiores a 68%; portanto, não podem ser responsabilizados pela deterioração

que ocorre em sementes com teor de água inferior a 13%, em sementes amilácias

(BEWLEY e BLACK, 1994).

Penicillium spp. não são tão comuns como as espécies de Aspergillus; mas

são encontrados às vezes em sementes de cereais, particularmente em lotes com teor

de água superior a 16% e armazenados a temperaturas relativamente baixas

(CHRISTENSEN e KAUFMANN, 1965, citados por BASRA, 1994).

KARUNAKARAN et al. (2001) verificaram que o crescimento de fungos foi

visível em sementes armazenadas com teor de água de 19 % a temperaturas entre 20

e 35ºC, apenas após a germinação das sementes ter caído abaixo de 90%. Por outro

lado, não houve crescimento de fungos em sementes armazenadas a 10 ou 15ºC,

mesmo após a porcentagem de germinação ter decrescido para 70 %.

GOSH e NANDI (1986) e ABRAMSON et al. (1990) acrescentaram que sob

condições favoráveis ao crescimento, estes fungos diferem quanto à habilidade de

invadir e deteriorar sementes. Por exemplo, durante os primeiros dias do

armazenamento de sementes de trigo com teor de água de 19 %, os níveis de

infecção de Aspergillus glaucus e A. flavus foram elevados a 35 ºC, de A. candidus a

30 e 25ºC e de A. candidus e de Penicillium spp a 20ºC. Em períodos posteriores do

16

armazenamento, o nível de infecção de A. glaucus permaneceu elevado a 35ºC, de .A.

candidus a 30 e 20ºC e de A. candidus e de A. glaucus a 25ºC. (KARUNAKARAN et al.,

2001).

Na literatura há diversos trabalhos que explicam o envolvimento destes

fungos no processo de deterioração das sementes de trigo. Segundo CHRISTENSEN

(1973), Aspergillus spp. e Penicillium spp. ocorrem de forma generalizada em todas

as partes do mundo, contaminando grãos e sementes, invadindo preferencialmente o

embrião e, conseqüentemente, reduzindo o potencial de germinação da semente.

Sementes de trigo, ervilha, abóbora e tomate foram inoculadas com diferentes

isolados de Aspergillus (A. ruber, A. chevaliere e A. restrictus). As sementes mais

suscetíveis a estes fungos foram as de trigo, embora tivessem apresentado

inicialmente 97% de germinação. A porcentagem de germinação foi reduzida em

25% por todos os isolados e 50% dos embriões foram invadidos, se tornaram

escurecidos e adquiriram consistência gelatinosa, quando embebidos (HARMAN e

PFLEGER, 1974).

GHOSH e NANDI (1986) verificaram que além da redução da germinação de

sementes de trigo inoculadas com Aspergillus spp.e Penicillium spp., estes fungos

também causaram a redução no crescimento das plântulas, provavelmente devido à

produção de substâncias tóxicas. Os fungos testados também foram capazes de

produzir amilase extracelular, de forma que as sementes perderam quantidades

consideráveis de carboidratos, que foram degradados pela atividade metabólica dos

fungos e utilizados para crescimento e desenvolvimento destes. O aumento de

quitina, verificado após 15 dias da incubação, revelou invasão e crescimento dos

fungos no interior das sementes. O fungo que mais cresceu, A flavus, também foi o

que produziu maior teor de quitina.

Aspergillus glaucus é capaz de deteriorar o sistema de membranas de

sementes de trigo, alterando sua permeabilidade (ANDERSON et al., 1970). Os

fosfolipídios são os principais constituintes da membrana plasmática e à medida que

aumenta o nível de infecção pelos fungos de armazenamento, aumenta o teor de

ácidos graxos livres, resultante da degradação de lipídios por estes fungos (SINHA et

al. 1989; ABRAMSON et al., 1990 e KARUNAKARAN et al., 2001).

17

A alteração na composição das proteínas do embrião devido ao aumento da

infecção por estes fungos foi verificada por SINHA et al.(1989). Este autor também

observou que a respiração dos fungos contribuiu para o aumento do teor de água das

sementes e da temperatura e do nível de CO2, em silos não ventilados.

2.5 Controle químico de fungos no armazenamento das sementes.

O tratamento fungicida foi desenvolvido originalmente para proteger as

sementes durante a germinação e o estabelecimento de plântulas, contra o ataque de

fungos de solo e para controlar alguns fungos transmitidos pelas sementes, como

Ustilago e Tiletia, patógenos do trigo.

Diversos fungicidas necessitam de água livre para serem efetivos, o que

dificulta o controle dos fungos que crescem nas sementes armazenadas em ambientes

com umidade relativa entre 70 e 90% (MORENO-MARTINEZ et al., 1998).

A aplicação de fungicidas em sementes, também pode produzir efeitos

tóxicos, que causam a formação de plântulas com deformações morfológicas, morte

das plântulas ou das sementes. Estes efeitos também podem ser ampliados de acordo

com as condições fisiológicas das sementes (BELL e HAMPTON, 1984).

BALARDIN e LOCH (1987) verificaram que o tratamento de sementes de aveia

e de centeio com o fungicida Thiram, na dosagem de 150g/100kg de sementes,

reduziu o poder germinativo das sementes e o comprimento do coleóptilo das

plântulas de ambas as espécies e o comprimento da radícula das plântulas de aveia.

KHALEEQ e KHATT (1986) estudaram o tratamento de sementes de trigo de

três cultivares com os inseticidas Aldrin, Heptacloro e Carbofuran, com os fungicidas

Carboxin 75% e Benlate 50%, ou mistura de inseticidas e fungicidas. Para cada

produto químico foram testadas 0,5; 1; 2 e 3 vezes as dosagens recomendadas pelos

fabricantes para o tratamento de sementes. Os autores verificaram respostas

diferentes aos tratamentos em função do genótipo. Constataram também que o

inseticida Carbofuran retarda a emergência de plântulas de trigo. Os dois fungicidas

prejudicaram a emergência das plântulas; porém o benlate foi mais prejudicial. A

combinação de dois ou três pesticidas, especialmente quando o Carbofuran era

18

incluído, foram ainda mais fitotóxicas, provavelmente devido à interação química

entre os produtos, à concentração elevada ou a ambas.

No México, observou-se efeito tóxico do Carboxin no tratamento de sementes

de trigo. Para verificar este efeito MORENO-MARTINEZ et al. (1998) trataram

sementes de trigo, que apresentavam 93% de germinação e teor de água de 10,6%,

com Captan (650ppm), Carboxin (880ppm), Chlorotalonil (750ppm),

Pentacloronitrobenzeno (1500ppm), Thiram (795ppm) e uma mistura de

Carboxin+Captan (160+360ppm); armazenaram as sementes por 120 dias a 25ºC e

umidade relativa de 60% ou de 80%. Constataram que na condição de umidade

relativa mais baixa a deterioração das sementes foi minimizada e os fungos não

cresceram. Após 30 dias, as sementes não tratadas e armazenadas a umidade relativa

de 80% atingiram teores de água de 18,2 e18,7% e tiveram o potencial de

germinação severamente prejudicado, devido à intensificação do processo de

deterioração; o crescimento de Aspergillus spp. ocorreu em 100% das sementes, até o

final do período de armazenamento. Nestas condições de armazenamento, os

fungicidas Captan e Chlorotalonil, seguidos pela mistura de carboxin+captan

protegeram as sementes contra o desenvolvimento de fungos de armazenamento e

preservaram o potencial de germinação das sementes (82 a 86%) por 60 a 75 dias.

Carboxin, Pentaclorobenzeno e Thiram não foram eficientes. Os autores verificaram

efeito negativo de Carboxin sobre as sementes tratadas, apenas na época inicial de

avaliação, desaparecendo nas épocas seguintes.

Por outro lado, LINHARES et al. (1979) relataram que aplicação da mistura dos

fungicidas Thiram+Benlate (0,5+0,5g de i.a./kg de sementes) às sementes reduziu a

ocorrência de fungos de campo e de Aspergillus spp. e Penicillium spp. no

armazenamento, equiparando lotes de sementes com vigor diferentes, quanto à

emergência de plântulas no campo e formação do estande; porém, não proporcionou

aumento de rendimento da cultura do trigo.

Também há na literatura, indicações de vantagens proporcionadas pelo

tratamento de sementes de milho com fungicidas antes de serem armazenadas.

Alguns trabalhos demonstraram a eficiência da mistura dos fungicidas Carboxin +

Thiram no controle de Aspergillus spp., Penicillium spp. e Fusarium moniliforme,

19

resultando em aumento significativo da emergência de plântulas no campo (MORAES

et al., 1987; DENUCCI et al., 1990; PATRÍCIO et al., 1995 e GOULART, 1993).

GOULART e FIALHO (1994) verificaram que Thiabendazole + Thiram,

Thiabendazole + Captan e Thiabendazole, seguidos por Captan e por Carboxin +

Thiram, foram os tratamentos mais eficientes para controlar esses fungos em

sementes de milho e também proporcionaram melhores resultados de germinação,

emergência de plântulas no teste de frio e em areia e massa fresca de plantas, quando

comparados com sementes não tratadas.

Efeitos positivos do tratamento das sementes com fungicidas misturados a

inseticidas também foram observados. TAKAHASHI e CÍCERO (1986) concluíram que

os inseticidas Deltametrina e Avermectin e a mistura com os fungicidas Terracoat ou

Captan, foram eficientes na proteção de sementes de milho por 12 meses; porém, os

tratamentos em que o fungicida Captan esteve presente ofereceram proteção por

maior período contra microrganismos existentes nas sementes e no solo.

2 6 Associação entre fungos e insetos no armazenamento das sementes

É fato bem conhecido, que a deterioração de grãos de trigo armazenados

resulta da interação do metabolismo da semente, microrganismos e artrópodes,

manifestando-se em alterações na qualidade do grão, aumento no teor de ácidos

graxos livres e presença de micotoxinas (HULTIN e MILNER, 1978; ABRAMSON et al.,

1990). No entanto, as inter-relações entre variáveis bióticas e abióticas nos

ecossistemas de grãos ou sementes armazenadas são geralmente complexas

(POMERANZ, 1992).

Diversas espécies de insetos podem invadir a massa de grãos,

simultaneamente ou sucessivamente. (LEFROVITCH, 1968, citado por WHITE e SINHA,

1980). A interação entre estes insetos e o ambiente, sob condições favoráveis de

temperatura e umidade relativa do ar, maximiza a atividade biológica, levando a uma

rápida sucessão da flora e da fauna e à deterioração das sementes de trigo (SINHA e

WALLACE, 1966).

As infestações de insetos aumentam o teor de água da massa de grãos e

concorrem para o desenvolvimento dos fungos de armazém, pois como todos os

20

organismos vivos, os insetos decompõem parte dos alimentos em gás carbônico e

água, aumentando, assim, o teor de água dos grãos infestados (PUZZI, 1986). WETZEL

(1987) acrescentou que os insetos também propiciam a disseminação destes fungos,

carregando seus esporos entre as sementes.

Neste sentido, AGRAWAL et al. (1957) verificaram que, após três meses de

armazenamento, amostras de grãos de trigo infestadas por Sitophilus granarius

apresentaram teores de água entre 17,6 e 23% e aumento nos níveis de infecção por

Aspergillus glaucus, em comparação a amostras não infestadas que estavam com

teores de água entre 14,6 e 14,8%.

KASHYAP e DUHAN (1994) também observaram no teste de germinação, um

intenso crescimento de fungos de armazenamento (Rhizopus spp., Aspergillus spp. e

Penicillium spp.) sobre o substrato de papel toalha, quando havia sementes com

endosperma danificado por insetos.

LUSTIG et al. (1977) não observaram diferenças significativas de teor de água

das sementes de trigo (16%), entre os tratamentos onde houve a infestação por

Tribolium castaneum e a testemunha sem infestação, mas atribuíram este fato à

pequena massa de grãos (130g) das amostras, mantidas à temperatura de 30ºC e

umidade relativa de 70-80%.

Neste mesmo trabalho, os autores constataram que as sementes infestadas por

Tribolium castaneum apresentaram maior teor de ácidos graxos livres e decréscimos

no potencial de germinação e na incidência do fungo Alternaria alternata.

Atribuíram o acréscimo de ácidos graxos livres nas sementes a uma ação indireta dos

insetos, por induzirem o crescimento de Aspergillus spp. e Penicillium, que se

caracterizam por uma elevada atividade lipolítica. A infecção das sementes por A.

alternata decresceu rapidamente, devido à inibição causada por Aspergillus spp,

ingestão pelos insetos ou ao baixo teor de água das sementes. WHITE e COLIN (1996)

também relataram a redução da incidência de A alternata após 5 semanas, em

sementes de trigo com teor de água de 14,5%, armazenadas a 30ºC e umidade

relativa de 70%.

Na literatura também há indícios de benefícios causados pelos fungos de

armazenamento aos insetos. VAN WYK et al. (1959), CHRISTENSEN e HODSON (1960)

e MISRA et al. (1961), pesquisando o comportamento de insetos em farinha ou

21

sementes de trigo armazenadas, demonstraram haver uma associação entre insetos e

os fungos de armazenamento; Tribolium confusum, Sitophilus granarius e Sitotroga

cerealellla eram mais atraídos pelo trigo infectado, principalmente por Aspergillus

spp, do que pelo trigo não infectado por esses fungos. O desenvolvimento dos insetos

também era melhor em sementes infectadas pelos fungos, de forma que maior

número de larvas da traça S. cerealella se desenvolvia nessas sementes em

comparação a sementes sadias, infestadas com igual número de adultos, nas mesmas

condições.

Várias espécies de fungos de armazenamento dos gêneros Aspergillus e

Penicillium foram consideradas como suplementos alimentares de valor para insetos

de armazenamento, inclusive S. granarius (SINHA,1971;WRIGHT et al.1980 e

WRIGHT e BURROUGS 1983).

LUSTIG et al. (1977) constataram que após a oitava semana de armazenamento

de amostras de 130g de sementes de trigo, que apresentavam teor de água de 16%,

em equilíbrio com umidade relativa de 70-80% e temperatura de 30ºC, o material

infestado com Tribolium castaneum apresentou menores níveis de infecção por

Aspergillus spp. e Penicillium ssp., provavelmente por terem sido ingeridos pelos

insetos ou por terem tido crescimento inibido por quinonas, produzidas pelos insetos.

A germinação das sementes decresceu acentuadamente na décima oitava semana de

armazenamento, devido à destruição do embrião, causada pela ingestão pelos insetos,

aliada à infecção pelos fungos e bactérias.

WHITE e COLIN (1996) e WHITE e DEMIANYK (1996) também relataram

menor número de sementes infectadas por Aspergillus glaucus e Penicillium spp.,

nos tratamentos com T. audax e T. confusum do que na testemunha sem insetos,

provavelmente por terem sido consumidos pelos insetos ou devido à liberação de

quinonas.

Por outro lado, WHITE e SINHA (1980b) comentaram que o consumo de

fungos e de seus subprodutos tóxicos pode explicar parcialmente o declínio na

população de insetos das espécies Rhyzopertha dominica (F.) (Bostrichidae),

Sitophilus oruzae (L.) (Corculionidae) e Tribolium castaneum (Herbst)

(Tenebrionidae) em um ecossistema de grãos em deterioração crescente, durante o

armazenamento prolongado.

22

MILLS e WALLACE al. (1992) estudaram o comportamento do inseto

Liposcelis bostrychophilus Badonnel em sementes de trigo armazenadas a 30ºC e

umidade relativa de 70% e verificaram que este inseto ingeriu com maior voracidade

o fungo de campo Bipolaris spicifera (Bainer) Subramanian, do que o de

armazenamento Aspergillus niger Van Tiegen. De modo geral, Rhyzopus stolonifer

(Ehrenb.) Lend, Nigrospora sphaerica (Saccardo) Mason, Alternaria alternata (Fr.)

Keissler e Fusarium poae (Peck) Wollenweber também foram preferidos aos fungos

de armazenamento.

De acordo com WHITE e SINHA (1980a), um ecossistema de grãos

armazenados é um sistema fechado, sem regeneração do suprimento de alimentos

para os insetos ou processos de desintoxicação dos detritos acumulados. A

competição por alimento afeta as populações de insetos, de modo que a

produtividade inicial elevada de formas imaturas de insetos declina à medida que as

espécies invasoras atingem densidades, que vão saturando o ambiente até a

capacidade máxima que o sistema pode suportar, seguida pela morte eventual ou

inativação da maioria dos agentes bióticos.

Diversas pesquisas foram realizadas na década de 80 em Manitoba, no

Canadá, direcionadas ao estudo das relações ecológicas de múltiplas espécies de

insetos e fungos, envolvidos na deterioração de sementes de trigo.

Estudou-se o ecossistema formado por silos de 200 litros, preenchidos com

sementes de trigo, com teor de água de 15,5%, em equilíbrio com umidade relativa

de 45% e temperatura de 30ºC, durante 60 semanas. Os tratamentos consistiram na

infestação das sementes com 500 insetos de cada uma das seguintes espécies:

Rhyzopertha dominica, Sitophilus oryzae e Tribolium Castaneum (WHITE e SINHA,

1980a; WHITE e SINHA, 1980b e WHITE e SINHA, 1980c).

Estes experimentos esclareceram diversos aspectos da seqüência de eventos,

que caracterizam a deterioração de grãos ou sementes de trigo a granel, quando

infestados por insetos de armazenamento, comuns em regiões tropicais e

subtropicais.

Neste contexto, todas as espécies de insetos se multiplicaram em taxas

exponenciais no início do experimento, seguidas por acentuada oscilação no número

de insetos. S. oryzae deixou de se reproduzir gradativamente até se tornar extinto na

23

21a semana. O mesmo ocorreu com R. dominica e T. castaneum; porém, tornando-se

extintos apenas na 45a semana.

O fungo A. alternata desapareceu na 18a semana, devido à competição com

Aspergillus spp. e Penicillium spp.. A. glaucus foi o fungo dominante na testemunha

e nos tratamentos infestados com insetos. No entanto, a incidência deste fungo

declinou rapidamente após a 30a semana, provavelmente por ter sido ingerido pelos

insetos, além de ter sido inibido pelo crescimento gradativo das bactérias que

infectaram 80% das sementes até o final do experimento.

As três populações de insetos correlacionaram-se positivamente com os danos

no embrião e no endosperma e com a perda de massa dos grãos, além de gerarem

temperaturas e teores de água elevados, condições favoráveis à intensa atividade

microbiana, em função da respiração acelerada e da atividade reprodutiva. Esta

invasão coletiva de organismos resultou no aumento da concentração de CO2 até

18% e redução na concentração de O2 até 7%, elevação na temperatura da massa de

grãos e nos níveis de ácidos graxos livres. O teor de água das sementes no final do

experimento chegou a 20,5%. O teor de ácidos graxos livres aumentou até a

deterioração das sementes se tornar intensa e depois declinou, provavelmente devido

à decomposição dos lipídios pelas bactérias e ao consumo completo dos embriões

pelos insetos. O potencial de germinação das sementes decresceu rapidamente após 4

semanas, tornando-se nulo na 15a semana.

Neste ecossistema não ventilado, os autores atribuíram o declínio na

população de insetos, parcialmente, ao consumo de fungos e de seus subprodutos

tóxicos. Salientaram ainda que a elevação dos níveis de CO2 até 18%, na 12a semana,

devem ter limitado a incidência dos insetos. De acordo com PETERSON et al. (1956),

citados por WHITE e SINHAa (1980), níveis de CO2 acima de 5% inibem o

desenvolvimento das larvas de Sitophilus spp.e entre 13,8 e 18,6% inibem o

crescimento de fungos e de insetos.

Outros experimentos na mesma linha de pesquisa foram conduzidos, por

SINHA (1983), que infestou amostras de 134g de sementes de trigo (com 50% de

germinação e teor de água de 15%) com insetos adultos de Cryptolestes ferrugineus

ou Oryzaephilus surinamensis (L.) e as armazenou a 30ºC e umidade relativa de

70%, durante 20 semanas. Em experimento semelhante, as sementes foram infestadas

24

com insetos adultos de S. granarius ou S. oryzae (SINHA, 1984). Mesmo com

amostras menores e com o envolvimento de apenas uma espécie de inseto em cada

tratamento, os resultados obtidos indicaram uma seqüência semelhante de eventos

que caracterizam a deterioração dos grãos ou sementes infestados por insetos.

SINHA (1984) também constatou que as populações S. granarius ou S. oryzae

causaram danos severos ao embrião e ao endosperma das sementes; porém, S. oryzae

preferiu o endosperma. Na 11a semana o potencial de germinação das sementes foi

reduzido a zero e na 14a semana, 90% dos embriões já tinham sido digeridos pelas

duas espécies. O grau de umidade das sementes infestadas por S.oryzae aumentou

constantemente, atingindo 35% na vigésima semana, enquanto que nas infestadas por

S. granarius o grau de umidade atingiu 18%, refletindo o tamanho da população e

nível de injúrias causadas às sementes por estes insetos.

A análise da literatura revela que há um grande volume de trabalhos,

conduzidos com grãos ou sementes de trigo, direcionados ao estudo de fungos de

armazenamento e seu controle com fungicidas, e de insetos de armazenamento e seu

controle com inseticidas.

Apesar do menor número de trabalhos direcionados ao estudo da inter-relação

entre sementes, insetos e fungos, este aspecto do armazenamento tem sido abordado

desde o final da década de 50, e com maior persistência, a partir da década de 80 por

entomologistas associados a fitopatologistas, no Canadá. Estes estudos foram

conduzidos, visando, principalmente, à preservação de grãos para consumo. Pouca

ou nenhuma atenção tem sido dispensada à avaliação mais detalhada da qualidade

fisiológica das sementes envolvidas neste processo. Além disso, não há informações

sobre este assunto, envolvendo sementes de genótipos brasileiros de trigo,

armazenadas nas nossas condições.

3. MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi conduzido no Instituto Agronômico de Campinas

(IAC) durante os anos de 1999 a 2001.

3.1 Sementes

Foram empregadas sementes de trigo (Triticum aestivum) do cultivar IAC-

350 (representando cultivares de sementes mais duras) e do cultivar IAC-120 (

representando cultivares com sementes mais moles), procedentes dos campos de

Produção de Sementes Básicas do IAC e colhidas no mês de setembro de 1999.

Logo após o beneficiamento, realizado na Unidade de Beneficiamento do

IAC no mês de novembro, 80kg de sementes de cada cultivar foram expurgados com

fosfina (fosfeto de alumínio ), na dose de 2 pastilhas de 3g por m3 durante 5 dias,

para eliminar todas as formas de insetos presentes.

3.2 Tratamento das sementes

As sementes expurgadas foram homogeneizadas e divididas pelo método

manual, descrito nas Regras Brasileiras para Análise de Sementes – RAS ( BRASIL,

1992 ).

Desta maneira foram obtidas 32 amostras de 2,4 Kg ( 8 tratamentos x 4

repetições ) para cada cultivar. Cada amostra constituiu uma repetição, que foi

tratada individualmente.

Os tratamentos consistiram na adição de inseticida, fungicida ou da mistura

destes às sementes de trigo e da testemunha sem fungicida e inseticida. O inseticida

empregado foi o fenitrothion, na dose de 20ml/ton de sementes e o fungicida

utilizado foi o Carboxin + Thiram - Thiram PM (Carboxin + Thiram), na dose de

250g/100kg de sementes. .

25

.

26

Em cada época de testes, conduzidos com intervalos trimestrais, insetos da espécie

Sitophilus oryzae foram adicionados às sementes, de forma que os tratamentos

foram assim dispostos:

T1) Sementes sem tratamento e sem insetos (Testemunha).

T2) Sementes sem tratamento e com insetos.

T3) Sementes com fungicida.

T4) Sementes com fungicida e insetos.

T5) Sementes com inseticida.

T6) Sementes com inseticida e insetos.

T7) Sementes com fungicida e inseticida.

T8) Sementes com fungicida, inseticida e insetos.

3.3 Armazenamento das sementes

As sementes dos dois cultivares ( IAC–350 e IAC–120 ) tratadas com

inseticida e/ou fungicida e das testemunhas sem tratamento foram acondicionadas

em recipientes de plástico de 17x17x23 cm, tampados com tecido de voal, para

permitir o equilíbrio do teor de água das sementes com a umidade relativa do ar e a

temperatura do ambiente de armazenamento, localizado no Laboratório de Análise de

Sementes do IAC.

Periodicamente, estas sementes foram expurgadas, da maneira já descrita,

para evitar infestações por insetos, indesejadas.

Os dados de umidade relativa do ar e de temperaturas máxima, média e

mínima, registrados por termohigrógrafo no Centro Experimental de Campinas

durante o armazenamento das sementes, encontram-se na Figura 1.

27

Fig

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1. D

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Temperatura (ºC)

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Umidade Relativa (%)

T. m

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UR

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1999

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abr

28

Os insetos da espécie Sitophylus oryzae foram coletados em sementes de

arroz, recebidas para beneficiamento no Instituto Agronômico. Esta espécie foi

escolhida por ter preferência marcante por trigo, apesar de também ser uma das

pragas de arroz, milho e sorgo, segundo PACHECO e PAULA (1995).

A espécie de insetos coletados foi confirmada no Setor de Entomologia do

Centro de Fitossanidade do IAC, pelo exame das estruturas genitais, descrito por

PACHECO e PAULA (1995). Para o exame, 10 insetos foram colocados em um

vidro com tampa, contendo uma solução de KOH a 10%. Após o aquecimento deste

vidro em banho-maria por cerca de 10 minutos, os insetos foram transferidos para

uma lâmina contendo água e as estruturas genitais foram separadas e limpas sob

estereomicroscópico; estas estruturas foram desidratadas em uma solução de álcool

de 70%, para montagem da lâmina permanente, que foi examinada em microscópio

composto.

Para a criação dos insetos, foram empregadas sementes de trigo previamente

armazenadas à temperatura de –20ºC, com objetivo de evitar infestação por outros

insetos e eliminar os ovos e larvas no interior das sementes. Aproximadamente 200

insetos adultos (Sitophilus oryzae ) foram mantidas em um recipiente de vidro com

200g destas sementes. Após 3 dias as sementes foram peneiradas para que os insetos

adultos fossem descartados e depois de 40 dias obteve-se a progênie desses insetos,

utilizada para a infestação das sementes nos tratamentos pertinentes.

A cada intervalo entre as épocas de armazenamento, a criação de insetos foi

renovada, seguindo-se os mesmos procedimentos descritos anteriormente, com o

objetivo de sempre se trabalhar com insetos de geração mais nova.

3.5 Infestação das sementes

Logo após o tratamento das sementes, amostras de 200g de cada repetição

foram acondicionadas em copos plásticos de 400ml, com tampas. Foram adicionados

20 insetos, procedentes da criação, às repetições pertinentes. Após 7 dias, essas

28

3.4 Procedência e criação dos insetos

29

amostras foram peneiradas para avaliação da sobrevivência destes insetos. Foi

registrado o número de insetos adultos vivos e de mortos. Em seguida, estes insetos

foram eliminados. Posteriormente, aos 51 dias, as sementes foram submetidas a uma

segunda peneiragem, para a contagem da progênie, que também foi eliminada. Em

seguida, foram retiradas as subamostras para a condução do teste de sanidade e o

restante das sementes de cada repetição foi expurgado, para impedir a continuidade

do desenvolvimento dos ovos, larvas e pupas, que ainda estivessem no interior das

sementes. Estes procedimentos foram repetidos trimestralmente, durante 19 meses.

Foram conduzidas seis épocas de teste: E1,E2, E3, E4, E5 e E6.

As datas das infestações, realizadas em intervalos trimestrais, e as datas em

que os insetos foram retirados das sementes, marcando o início das épocas de

avaliação da qualidade das sementes, encontram-se no Quadro1.

Quadro 1. Data da infestação das sementes dos tratamentos com insetos e do início

de cada época de teste,coincidindo com aretirada dos insetos.

Épocas Data da infestação Início da época de teste

E1 não houve infestação 13/12/99

E2 20/02/00 25/04/00

E3 14/06/00 18/08/00

E4 25/09/00 28/11/00

E5 21/12/01 25/02/01

E6 26/03/01 28/05/01

3.6 Avaliação da qualidade das sementes

Paralelamente à infestação das amostras com os insetos, outras amostras de

200g de cada repetição foram retiradas e colocadas em copos plásticos de 400ml,

para realização das avaliações iniciais da qualidade das sementes (E1).

30

A qualidade física, sanitária e fisiológica das sementes foi avaliada

inicialmente (E1) e após a retirada dos insetos, em cada uma das cinco épocas

seguintes, por meio dos testes descritos a seguir.

3.6.1 Teor de água das sementes

Esta determinação foi conduzida com uma amostra de 5 g de cada repetição,

pelo método da estufa a 105oC, durante 24 horas ( BRASIL, 1992 ).

3.6.2 Sementes infestadas

Esta avaliação foi realizada com uma amostra de 50 sementes por repetição.

As sementes permaneceram imersas em água por 24 horas. Em seguida, foram

cortadas ao meio e examinadas, considerando-se atacadas aquelas em que foi

constatada a presença de ovo, lagarta, pupa, adulto ou ainda o orifício de saída do

inseto (Sitophilus oryzae L.). Os resultados foram expressos em porcentagem.

3.6.3 Sanidade

Este teste foi realizado com uma amostra de 50 sementes por repetição,

utilizando-se o método do papel de filtro com congelamento, segundo a metodologia

recomendada para sementes de trigo (LUZ, 1987; SAPASEM, 1988). Primeiramente,

foram distribuídas, eqüidistantes entre si, sobre três folhas de papel de filtro

umedecidas com água destilada esterilizada, contidas em placas de Petri de plástico

transparente, de 9 cm de diâmetro. Em cada placa foram colocadas 25 sementes. A

seguir, foram incubadas em sala com temperatura de 20 ± 2oC, em regime

intermitente de 12 horas de luz fluorescente branca de 40w, e 12 horas de escuro,

durante 24 horas. A luz foi fornecida por tubos de 120 cm de comprimento,

paralelamente distantes 20 cm um do outro e 40 cm acima das placas. Em seguida, as

sementes foram submetidas ao congelamento, a -20oC, durante 24 horas, retornando,

após esse período, à sala de incubação, onde permaneceram durante mais cinco dias.

31

As avaliações foram realizadas pelo exame individual de cada semente em

estereomicroscópio e, quando necessária, a identificação dos fungos foi confirmada

pela observação de lâminas em microscópio composto e consulta à literatura

pertinente (BARNETT e HUNTER, 1972; WIESE, 1977; LUZ, 1987; REIS e

CASA, 1998).

3.6.4 Respiração das sementes

A respiração das sementes foi avaliada pela eliminação de CO2, empregando-

se um analisador de gás por radiação infra-vermelha, de circuito fechado (Li-6200-

LICOR). Amostras de 100 g de sementes de cada repetição foram colocadas na

câmara de 0,5 litro do aparelho. As medidas de liberação de CO2 foram tomadas por

5 minutos e a transpiração expressa em µmol de CO2. g-1. s-1. Os dados obtidos foram

transformados em µmol de CO2. kg-1. h-1 (Figuras 2 e 3).

Figura 2. Aparelho (IRGA) utilizado para medir a respiração das sementes de trigo

32

Figura 3. Câmara do IRGA, onde as sementes são acondicionadas para medir a

respiração.

3.6.5 Crescimento de Plântulas

Este teste foi conduzido com uma amostra de 50 sementes por repetição, em

rolos de papel toalha Germitest, à temperatura constante de 20ºC. O volume de água

para a embebição foi equivalente a 2,5 vezes o peso do substrato. Os rolos foram

agrupados com atílhos de borracha e fechados em sacos plásticos. Após a

permanência por 7 dias no germinador, as plântulas normais tiveram os restos das

cariopses removidas e a massa da matéria seca foi determinada após secagem durante

24 horas a 80ºC (AOSA, 1983).

33

3.6.6 Germinação

Este teste foi efetuado em conjunto com o teste de crescimento de plântulas.

A avaliação das plântulas normais foi realizada aos 7 dias, de acordo com as

prescrições das Regras para Análise de Sementes ( BRASIL, 1992 ).

3.6.7 Envelhecimento artificial

Este teste foi realizado com uma amostra de 50 sementes por repetição, em

caixas gerbox como compartimento individual (mini-câmaras), possuindo no seu

interior uma bandeja de tela de aço inoxidável, onde foram distribuídas as sementes. No

interior dessas mini-câmaras foram adicionados 40ml de água; os gerbox adaptados

foram mantidos a 42°C, durante 60 horas (McDonald Jr. e Phannendranath, 1978 e

TAO, 1979).

3.6.8 Condutividade elétrica

Este teste foi conduzido com uma amostra de 50 sementes por repetição, de

acordo com o método proposto por LOEFFLER et al. ( 1988 ). Apenas sementes

aparentemente não danificadas por insetos foram empregadas e colocadas no interior

de copos plásticos ( diâmetro da base de 6 cm ), após pesagem ( precisão de 0,01g );

a cada copo foram adicionados 75 ml de água destilada; as sementes imersas

permaneceram em germinador a 25o C, durante 24 horas. A condutividade da

solução foi avaliada em condutivímetro e expressa em µmhos/cm/g.

3.7 Delineamento Experimental e Forma de Análise dos Resultados

O delineamento experimental empregado foi o inteiramente casualizado em

esquema de parcelas subdivididas no tempo; as parcelas foram constituídas por 6

34

épocas bimestrais de avaliação e as sub-parcelas consistiram de oito tratamentos

(inseticida, fungicida e insetos), com quatro repetições.

Os dados obtidos no presente trabalho foram submetidos à análise de

variância , separadamente para cada cultivar, empregando-se o Programa de Análise

Estatística - SANEST (Zonta et al. 1987). As médias foram comparadas pelo teste de

Tukey ao nível de 5%.

Os esquemas das análises de variância encontram-se nos Quadros 1, 2 e 3.

Quadro 1: Análise de variância para cada genótipo, dos dados de teor de água,

sementes infestadas por insetos, incidência de Aspergillus spp. e de

Penicillium spp., germinação, massa seca das plântulas, envelhecimento

artificial e condutividade elétrica.

Causas da variação Graus de liberdade

Épocas (E) 5

Resíduo (A) 18

(Parcelas) 23

Tratamentos ( T ) 7

Interação E x T 35

Resíduo ( B ) 124

Subparcelas 191

35

Quadro 2. Análise de variância para cada genótipo, dos dados de insetos

adultosvivos e da progênie.

Causas da variação Graus de liberdade

Épocas (E) 4

Resíduo (A) 15

(Parcelas) 19

Tratamentos ( T ) 3

Interação E x T 12

Resíduo ( B ) 45

Subparcelas 79

Quadro 3. Análise de variância para cada genótipo, dos dados de respiração e do

teor de água das sementes, quando foi avaliada a respiração.

Causas da variação Graus de liberdade

Épocas (E) 4

Resíduo (A) 15

(Parcelas) 19

Tratamentos ( T ) 3

Interação E x T 12

Resíduo ( B ) 45

Subparcelas 79

36

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Figura 1, encontram-se os dados de umidade relativa do ar e de

temperaturas média, mínima e máxima, registrados no Centro Experimental de

Campinas, onde as sementes foram armazenadas durante o período experimental.

Analisando-se o gráfico, nota-se que de novembro de 1999 a março de 2000

(verão), época que coincidiu com o início do período experimental, a umidade

relativa do ar oscilou entre 55 e 90% e as temperaturas foram relativamente elevadas,

situando-se entre 15 (temperatura mínima) e 33ºC (temperatura máxima).

De abril a agosto de 2000 (outono/inverno), a umidade relativa do ar

decresceu, situando-se entre 45 e 70% e a temperatura tornou-se mais amena,

situando-se entre 0 e 28ºC, de forma que este período foi o mais favorável à

conservação das sementes de trigo no armazém.

A partir de agosto de 2000 (final do inverno/primavera/verão), a umidade

relativa do ar aumentou gradativamente, atingindo o valor máximo de 95% em

fevereiro de 2001 e se manteve elevada em março. Neste período, a temperatura

mínima se manteve em torno de 20ºC e a máxima em torno de 34ºC. Este período,

que coincidiu com a fase final do armazenamento, apresentou as condições menos

favoráveis à conservação das sementes, de acordo com a literatura (HARRINGTON,

1963; CHANG et al. 1994).

4.1 Cultivar IAC-120

4.1.1 Teor de água das sementes

No Quadro 5, encontram-se as médias do teor de água das sementes de trigo

do cultivar IAC–120, obtidos após o período que as sementes foram mantidas à

temperatura de 25ºC e umidade relativa do ar de 60%, referente à condução de cada

37

infestação por insetos, com exceção das médias obtidas na época inicial, onde as

sementes de nenhum tratamento foram submetidas à infestação.

Analisando-se este quadro e considerando-se os tratamentos sem adição de

insetos (T1, T3, T5 e T7), nota-se que no décimo quinto mês (E5) as sementes

apresentaram teor de água ligeiramente superior, coincidindo com o mês de

fevereiro, quando a umidade relativa do ar externo à câmara foi mais elevada

(Figura 1).

Dentro de cada época de testes, verifica-se que de uma forma geral, o teor de

água das sementes não diferiu significativamente; mas, as sementes do tratamento T2

(Testemunha + insetos) apresentaram valores superiores aos verificados nos demais

tratamentos em todas as épocas. Entretanto, no oitavo mês (E3), as sementes de todos

os tratamentos onde foram adicionados insetos apresentaram teores de água

significativamente superiores ao dos tratamentos sem insetos, sendo as sementes do

tratamento T2, as que apresentaram os maiores valores.

4.1.2 Infestação das sementes por S. oryzae

Por meio do Quadro 6, nota-se que nas primeiras épocas de testes (E2 e

E3), a porcentagem de sobrevivência dos insetos adultos nas sementes tratadas com

inseticida (T4) não diferiu significativamente da sobrevivência nas sementes da

testemunha (T2) embora os valores numéricos da sobrevivência dos insetos adultos

nas sementes tratadas com o inseticida tenham sido geralmente menores. Por outro

lado, nenhum inseto sobreviveu aos tratamentos com fungicida (T6 e T8), em E2.

Na terceira, quarta e quinta épocas, a sobrevivência dos insetos também foi

menor no tratamento com fungicida (T6). Apenas na última época, o fungicida não

interferiu na sobrevivência de insetos adultos, que foi de 99%.

Nesse mesmo quadro, pode-se observar que embora o inseticida não tenha

promovido mortalidade dos insetos adultos considerável, as progênies resultantes

38

foram inferiores às obtidas no T2, em todas as épocas; porém, as diferenças foram

significativas apenas em E2, E3 e E6.

Nota-se também que a progênie, nos tratamentos T2 (Testemunha + insetos)

T4 (Fenitrothion + Insetos) e T8 (Fenitrothion + Carboxin + Thiram + insetos), foi

significativamente maior na terceira época de armazenamento, coincidindo com os

maiores teores de água das sementes, observados no Quadro 5. De fato, as larvas

produzem muito calor metabólico e umidade durante o desenvolvimento, podendo

então modificar o microclima local (Pacheco & Paula, 1995). A fecundidade é maior

em grãos com teores de água entre 14 e 16% e superiores a estes (Evans, 1981). Por

isso, em E3, as progênies observadas nas sementes dos tratamentos com insetos (T2,

T4, T6 e T8) resultaram em sementes com teores de água tão elevados, em

comparação aos tratamentos sem insetos. As menores progênies foram encontradas

nos tratamentos com fungicida, com ou sem inseticida (T8 e T6, nesta ordem).

É interessante ressaltar que as maiores progênies obtidas não coincidiram

necessariamente com a maior sobrevivência dos insetos adultos, como por exemplo

em E3, onde a sobrevivência dos insetos adultos apresentou maior valor numérico no

tratamento T8 do que no T4 e a progênie foi cinco vezes maior no tratamento T4 do

que no T8.

A ausência de sementes danificadas em E1, demonstra que as sementes

empregadas não estavam sido infestadas por insetos anteriormente ao início da

condução do experimento (Quadro 7).

Considerando-se o período de aproximadamente 60 dias, em que as sementes

foram expostas à infestação por S. oryzae, a porcentagem de sementes infestadas

resultante foi inferior a 50%, mesmo para as sementes com a maior progênie, as da

testemunha (T2) em E3. De um modo geral, as maiores porcentagens de sementes

infestadas coincidiram com as maiores progênies, observadas nas sementes da

testemunha com insetos (T2), em quase todas as épocas e no tratamento com o

inseticida (T4), em E3.

Por outro lado, nos tratamentos com fungicida (T6 e T8), o tamanho da

progênie (Quadro 6) não se refletiu na porcentagem de sementes infestadas

(Quadro7), que foi baixa durante todo o experimento, com pequena elevação apenas

na última época (E6).

39

Em relação a este fato, vale comentar que, nas primeiras épocas de testes, a

partir de E2, o fungicida não havia se degradado, de forma que em E3, a progênie

obtida nas sementes tratadas com fungicida (T6 e T8) constituiu-se de insetos

aparentemente desorientados e maiores. Insetos (Tribolium castaneum) desorientados

também foram encontrados por WHITE (1988) em sementes de trigo tratadas; porém,

à medida que os inseticidas organofosforados clorpirifós metil, pirimifós metil e

malathion foram perdendo o efeito, a quantidade de insetos desorientados passou a

ser superior à mortalidade.

Em E4, a porcentagem de sementes infestadas foi muito baixa,igual a 4% em

todos os tratamentos, refletindo as menores progênies obtidas nesta época nos

tratamentos T2 e T4. Isto ocorreu, provavelmente, porque a ocasião da infestação

(meados de setembro de 2001) coincidiu com o final do período mais seco e de

temperaturas mais amenas do ano (Figura 1), época em que normalmente na

natureza, não há insetos em número suficiente para infestar significativamente

sementes de trigo armazenadas.

Embora todas as infestações tenham sido efetuadas em câmara a 25ºC e

umidade relativa do ar de 60%, de acordo com MICHEL et al. (2000) as populações de

insetos podem exibir um fenômeno fisiológico, refletindo um comportamento

adquirido, característico das populações selvagens, de variação da população em

função da estação do ano.

Por outro lado, como a maior progênie foi obtida em E3 , quando as sementes

foram infestadas no final do outono (início de junho), coincidindo com o período

mais seco de 2001, a hipótese acima não pode ser confirmada na presente pesquisa.

Observa-se também, que até a quinta época, houve uma pequena porcentagem

de sementes infestadas (0 a 4%) nos tratamentos sem insetos, apesar dos expurgos

freqüentes e do acondicionamento em recipientes cobertos com tecido de voal. Em

E6, esta infestação indesejada aumentou substancialmente nos tratamentos T1 e T3.

Este fato demonstra que a vedação dos recipientes não foi totalmente eficiente e

confirma à resistência de S. oryzae a fosfina, verificada por. BITRAN e KASTRUP

(1981) e BITRAN et al. (1984), uma vez que as sementes de todos os tratamentos, que

estavam armazenadas em condições ambientes, foram expurgadas pelo menos uma

vez em cada intervalo entre as épocas de infestação.

40

A umidade relativa do ar na fase final do armazenamento das sementes (E5 e

E6), de dezembro de 2001 a março de 2002 (Figura 1) foi a mais elevada de todo o

período experimental, oscilando entre 75 e 85 % e a temperatura média ficou em

torno de 34 a 35ºC. Estas condições, segundo SEDLACKE et al. (1991), ótimas para o

desenvolvimento e reprodução dos insetos de armazenamento, também devem ter

contribuído para a ocorrência da infestação espontânea, verificada em E6, durante o

armazenamento das sementes no laboratório e anteriormente à última infestação.

HANGSTRUM e THRONE (1989),também comentaram que temperaturas e umidades

relativas elevadas são os principais fatores que influenciam as tendências

populacionais quanto aos efeitos sobre o período de desenvolvimento e produção de

ovos dos insetos de grãos armazenados (HANGSTRUM e THRONE, 1989).

Quanto à eficácia dos tratamentos, constata-se que o fungicida (T6) promoveu

maior proteção às sementes, refletida em pequeno índice de sementes danificadas

pelos insetos, durante todo o experimento. O fungicida também promoveu maior

mortalidade dos insetos adultos, de uma forma geral, até E5. No 15º mês (E4),

começou a perder a eficiência, refletida pela menor mortalidade dos insetos adultos e

aumento da progênie; porém, apenas no 18ºmês, a porcentagem de sementes

danificadas passou a ser significativa, a ponto de condenar o lote de sementes (8%).

O padrão de sementes infestadas por insetos, homologado pela CESM/SP

para a safra 2000/2001, é de 5% para milho, milho pipoca e sorgo,. Embora não haja

referência ao padrão de infestação de sementes de trigo, as pragas que atacam as

sementes dessas espécies são as mesmas. Quanto aos tratamentos com inseticida, em

E2 este índice quase foi alcançado e em E3 as sementes teriam sido recusadas, com

base nesta questão.

A temperatura e o conteúdo de água da semente também estão entre os fatores

que afetam a degradação do inseticida, após a aplicação em sementes de cereais.

(HAREIN, 1982). WHITE (1988), WHITE et al. (1997) e FRANK et al. (1992)

observaram que apenas após 10 meses de armazenamento, quando as temperaturas

do ambiente foram mais elevadas (35ºC) e o teor de água das sementes aumentou

para 13,7%, o decréscimo de resíduos dos inseticidas organofosforados clorpirifós

metil, pirimifós metil e malathion foi refletido pelo decréscimo na mortalidade dos

insetos Tribolium castaneum e de S. oryzae.

41

Desta forma, a temperatura e a umidade relativa do ar elevadas, registradas

em Campinas nas duas épocas finais de armazenamento, também podem ter

contribuído com a degradação do fungicida aplicado às sementes.

Na presente pesquisa, o inseticida fenitrothion não protegeu as sementes, que

estavam armazenadas há quatro meses (E2), do ataque de insetos. A sobrevivência

dos insetos adultos foi superior a 80% e a progênie se desenvolveu (Quadro 6),

resultando em uma porcentagem de sementes infestadas, que quase atingiu o padrão

de 5%, que as faria ser recusadas e em E3 as sementes teriam sido recusadas (Quadro

7), contrariando as informações obtidas por PANAR e YADAN (1985), que

constataram a eficiência do tratamento de sementes de trigo, que apresentavam teores

de água de 10, 12 ou 14%, com o inseticida fenitrothion, no controle de Sitophilus

oryzae durante quatro meses.

Os resultados obtidos na presente pesquisa também foram conflitantes com as

observações de KAMEL e FAM (1973). Estes autores constataram que, após dois dias

do tratamento de sementes de trigo com fenitrothion na concentração de 2 ppm, a

mortalidade Sitophilus oryzae foi completa e que este produto, na concentração de

8ppm, permaneceu tóxico aos insetos durante 6 meses.

4.1.3 Incidência dos fungos de armazenamento nas sementes

Nos Quadros 8 e 9, encontram-se os dados das sementes infectadas por

Aspergillus spp. e Penicillium spp.. Analisando-se estes quadros, pode-se observar

que esses fungos apareceram apenas a partir do quarto mês de armazenamento (E2),

mas as porcentagens de sementes infectadas foram muito pequenas.

Nestas duas épocas, o teor de água das sementes foi, de modo geral, inferior a

13% e segundo BEWLEY e BLACK (1994), estes fungos não crescem em sementes

com teores de água em equilíbrio com umidades relativas do ar inferiores a 68%;

portanto, não podem ser responsabilizados pela deterioração que ocorre em sementes

amilácias, com teor de água inferior a 13%.

As maiores incidências de fungos de armazenamento foram observadas nas

sementes das testemunhas, com ou sem insetos (T1 e T2), a partir de E3, refletindo a

ação prejudicial dos defensivos empregados sobre estes fungos.

42

E3 foi a época que apresentou maior índice de sementes infectadas,

analisando-se os dois fungos em conjunto. Nesta época, as sementes da testemunha

com insetos (T2), seguida pelas da testemunha sem insetos (T1) apresentaram

incidência destes fungos significativamente superior às verificadas nas sementes

tratadas com inseticida, fungicida ou mistura destes. A maior incidência de fungos,

verificada no T2, coincidiu com a maior incidência de insetos (Quadro 6), observada

em todo o experimento, e conseqüentemente, com sementes que apresentaram o

maior teor de água (Quadro 5).

Houve uma predominância de Penicillium spp. sobre o Aspergillus spp. nesta

situação, em que o teor de água das sementes foi mais elevado.

Nesta mesma época, no tratamento com inseticida (T4), onde a progênie de S.

oryzae também foi elevada, o valor numérico da incidência de Penicillium spp. foi

superior aos valores de incidência deste fungo,verificados nos demais tratamentos

com defensivos (T5, T6, T7 e T8).

Penicillium spp. não são tão comuns como as espécies de Aspergillus; mas

são encontrados às vezes em sementes de cereais, particularmente em lotes com teor

de água superior a 16% e armazenados a temperaturas relativamente baixas

(CHRISTENSEN e KAUFMANN, 1965, citados por BASRA, 1995).

Porém, na presente pesquisa, esta predominância desse fungo não foi

necessariamente relacionada ao aumento do teor de água das sementes, como se pode

constatar pelos resultados apresentados no Quadro 5 comparados aos do Quadro 8.

Penicillium spp também prevaleceu, na última época (E6) nas sementes da

testemunha e nas dos tratamentos com fungicida (T5 eT6), sem que tivesse sido

detectada diferença significativa entre os teores de água das sementes entre

tratamentos. Aspergillus spp. predominou na quarta e quinta épocas.

Os tratamentos com inseticida associado ao fungicida foram os que

apresentaram melhor controle dos fungos de armazenamento (T7 e T8), a partir de E3,

época em que a incidência de fungos nas sementes passou a ser significativa. Em E4

e E5, estes tratamentos e aqueles apenas com inseticida (T3 e T4) controlaram

totalmente os fungos.

Em E6, pode-se observar que, quanto à incidência de Penicillium spp, os

tratamentos com fungicida, com ou sem insetos, não diferiram significativamente da

43

testemunha sem insetos. Os menores valores foram apresentados nos tratamentos que

continham inseticida (T3, T4, T7 e T8).

4.1.4 Taxa de respiração das sementes

Os valores de respiração das sementes do tratamento testemunha com adição

de insetos (Quadro 10) foram significativamente superiores aos das sementes dos

demais tratamentos, em E2 e E3, coincidindo, de modo geral, com os maiores teores

de água das sementes (Quadro 11), observados nessas épocas.

KARUNAKARAN et al. (2001) também encontraram taxas de respiração de

sementes de trigo, que cresceram linearmente com o tempo, quando as sementes

foram armazenadas a 25ºC e com teores de água de 17, 18 e 19 %, de forma que em

apenas 10 dias, a respiração das sementes, que apresentavam teor de água de 19 %,

foi de (822mg de Co2/dia)/kg de massa seca de sementes. A taxa de respiração,

observada nas sementes com teores de água de 15 e 16%, foi de (30mg de

CO2/dia)/kg de sementes.

O valor elevado de respiração, encontrado no Tratamento 2 em E2, também

coincide com a maior sobrevivência e incidência de insetos da progênie (Quadro 6) e

maior porcentagem de sementes infestadas (quadro 7).

Em E3, o maior valor de respiração das sementes do T2 coincidem com os

maiores valores obtidos para as mesmas variáveis, acrescidas da maior incidência de

fungos (Quadros 8 e 9). Ainda nesta época, alguns tratamentos (T1, T4 e T8) que

apresentaram progênie de S. oryzae ou incidência de fungos significativa também

apresentaram valores numéricos relativamente altos de respiração.

Em E4, os valores de respiração foram todos baixos, embora os teores de água

das sementes tivessem apresentado valores numéricos maiores do que os verificados

na época anterior (E3), nos tratamentos sem insetos. No entanto, estes valores

menores de respiração coincidiram com as menores progênies observadas

(Quadro 6), bem como menores índices de sementes infestadas (Quadro 7). Apenas

no tratamento T2, onde foi obtida a maior progênie, dentro desta época, resultando

em uma porcentagem significativa de sementes infestadas, o valor da taxa de

44

respiração foi bem mais elevado em relação aos demais tratamentos, embora pela

análise estatística a diferença não tenha sido significativa.

4.1.5 Qualidade fisiológica das sementes

No Quadro 12, encontram-se os dados de germinação. Neste quadro pode-se

observar que de um modo geral a germinação inicial das sementes de trigo do

cultivar IAC-120 estava acima de 95% e se manteve elevada durante 11 meses (E4),

com exceção apenas dos tratamentos que apresentaram os maiores números de

sementes infestadas pelas progênies dos insetos (T2 e T4), em E3 (Quadro 6) e, que,

portanto, foram danificadas, em um nível suficiente para prejudicar a germinação.

A partir de E5, a queda na germinação das sementes dos tratamentos

não infestados por insetos (T1, T3, T5 e T7) também foi acentuada, coincidindo com o

período de maior umidade relativa do ar e de temperaturas também mais elevadas,

verificadas durante o armazenamento (Figura 1).

Para as sementes sem tratamento, mas com insetos (T2), a germinação sofreu

uma queda abrupta no oitavo mês de armazenamento (E3), coincidindo com o

período em que o número de insetos (Quadro 6) e a incidência de fungos de

armazenamento encontrados foram mais elevados (Quadro 8 e 9) e

conseqüentemente o teor de água das sementes também foi mais alto (Quadro 5),

levando a uma taxa de respiração bastante elevada (Quadro 10).

Em E1 e E2, a porcentagem de germinação foi de modo geral superior a 95%.

Não houve incidência de fungos de armazenamento na primeira época e na segunda a

incidência de fungos foi ínfima, variando entre 0 e 3%. Estes dados estão de acordo

com o relato de KARUNAKARAN et al. (2001), que visualizaram o crescimento de

fungos em sementes de trigo armazenadas com teor de água de 19 % a temperaturas

entre 20 e 35ºC, apenas após a germinação das sementes ter caído abaixo de 90%.

No entanto, os resultados obtidos em E3 não confirmam esta constatação, pois

as sementes da testemunha sem insetos apresentaram germinação de 99% e teor de

água inferior a 12% e uma relativa incidência de fungos de armazenamento,

principalmente de Penicillium spp.

45

Por outro lado, embora a germinação das sementes deste tratamento (T1)

tenha sido tão elevada em E3, a partir de E2, a qualidade fisiológica mostrou-se

decrescente até o final do armazenamento; este fato foi evidenciado pelos testes de

vigor (Quadros 13 e 14), embora a análise estatística tenha revelado diferença

significativa para condutividade elétrica (Quadro 14) apenas na última época (E6).

O teste de envelhecimento acelerado evidenciou a deterioração progressiva

das sementes com o passar do tempo. As sementes da testemunha com insetos

também apresentaram qualidade fisiológica menor em E2, não detectada pelo teste de

germinação e evidenciada principalmente pelo teste de envelhecimento acelerado

(Quadro 13), em função da incidência de insetos (Quadro 6), que resultou em

porcentagem elevada de sementes infestadas (Quadro 7). A qualidade fisiológica

destas sementes foi ainda mais prejudicada a partir de E3, coincidindo com a maior

multiplicação e sobrevivência dos insetos (Quadro 6) e o aparecimento dos fungos

Aspergillus spp. e Penicillium sp. (Quadros 8 e 9).

Na terceira época, as sementes tratadas com o fungicida e adição de insetos

(T6) também começaram a apresentar queda na qualidade fisiológica, devido ao

aumento da da progênie (Quadro 6) e da infecção pelos fungos de armazenamento

(Quadros 8 e 9).

Na quarta época, os valores de germinação se mantiveram elevados (Quadro

12); porém, o teste de envelhecimento acelerado (Quadro 13) revelou queda na

qualidade fisiológica das sementes de trigo, em comparação às épocas anteriores,

para todos os tratamentos, com exceção daqueles, onde as incidências de insetos

haviam sido muitas elevadas em E3 (T2 e T4). No entanto, mesmo no tratamento T8,

em que a incidência de insetos nas sementes foi menor do que na terceira época, o

valor envelhecimento acelerado decresceu.

Por outro lado, o teste de condutividade elétrica (Quadro 14) indicou que a

integridade das membranas celulares se manteve de E3 para E4, pois os valores de

condutividade elétrica foram muito semelhantes para todos os tratamentos, com

exceção do T2 e T4, que apresentaram sementes com integridade das membranas

superior em E4.

Esta diferença de resposta das sementes, verificada entre os dois testes, pode

ser explicada, de acordo com os comentários de NATH e HAMPTON (1991), sugerindo

46

que a deterioração é um conjunto de eventos inter-relacionados, cada um resultante

da suscetibilidade das sementes a diferentes condições adversas do ambiente e não

necessariamente uma seqüência contínua de danificações e de efeitos deletérios, que

resulta primeiro na perda de vigor e por último na perda da viabilidade.

Neste caso, a redução na resistência às condições de temperatura e umidade

relativa elevada, a que as sementes foram submetidas no teste de envelhecimento

celerado, provavelmente, ocorreu anteriormente à perda da integridade das

membranas celulares.

Analisando-se os resultados de condutividade elétrica (Quadro 14), constata-

se também que os insetos interferiram significativamente na qualidade fisiológica das

sementes não danificadas, pois foram escolhidas apenas as sementes íntegras para a

condução desse teste. Este fato foi evidenciado nos tratamentos T2 (Testemunha +

inseto) e T4 (Fenitrothion + insetos), que apresentaram condutividade elétrica

significativamente maior no oitavo mês de armazenamento, confirmando os

resultados dos outros testes realizados.

Analisando-se o Quadro 15, verifica-se que o teste de crescimento de

plântulas foi menos sensível até mesmo que o de germinação (Quadro 12),

evidenciando apenas as situações onde a redução da qualidade fisiológica foi mais

acentuada. Desta forma, T2 também foi o tratamento que apresentou menores valores

de massa seca de plântulas de um modo geral. Neste quadro, evidencia-se a perda da

qualidade fisiológica das sementes, por meio das menores massas das plântulas

obtidas no teste de germinação, refletindo a menor quantidade de reservas.no

endosperma, resultante da alimentação dos insetos.

De um modo geral, o oitavo mês de armazenamento foi o período que melhor

evidenciou os efeitos da infestação das sementes de trigo do cultivar IAC-120 no teor

de água e conseqüentemente na respiração das sementes e na qualidade fisiológica. A

relação entre os fungos e os insetos de armazenamento também foi mais evidente

nesta época.

Comparando-se os tratamentos de uma forma geral, nota-se que os produtos

aplicados às sementes não produziram nenhum efeito fitotóxico, como se pode

constatar pelos resultados elevados de germinação e semelhantes ao das

47

testemunhas,observados em E1 (Quadro 12) bem como os de vigor (Quadros 13 e

14), que mostraram diferenças esporádicas nesta época.

Até a segunda época, todos os tratamentos com inseticida, fungicida ou

mistura destes apresentaram poder residual suficiente para preservar a qualidade

fisiológica das sementes, como se pode constatar pelos valores de germinação

elevados, nesta época (Quadro 12), complementados pelos valores de vigor (Quadros

13 e 14); em E2, as sementes da testemunha com insetos (T2) apresentaram vigor

inferior às tratadas, conforme revelou o envelhecimento acelerado (Quadro 13). Este

também foi o tratamento com maior valor numérico de condutividade elétrica, nessa

época (Quadro 14).

A partir da terceira época, o inseticida (T4) não ofereceu proteção suficiente

às sementes, contra a infestação por S. oryzae (Quadros 6 e 7), de forma que os

valores de germinação (Quadro 12), envelhecimento acelerado (Quadro 13),

condutividade elétrica (Quadro 14) e massa seca das plântulas (Quadro 15) oscilaram

em função dos níveis de danos causados pelos insetos às sementes em cada época de

testes.

O fungicida (T6) ofereceu proteção suficiente às sementes contra danos

causados pelos insetos, enquanto o potencial de germinação (Quadro 12) e a

integridade das membranas (Quadro 14) se mantiveram, até a quarta época, como se

pode constatar comparando-se a germinação das sementes tratadas com o fungicida

(T6) com a da testemunha sem insetos (T1).

É interessante observar que em E2, época em que o fungicida ainda não havia

apresentado nenhum sinal de degradação, pois controlou completamente os insetos

(Quadro 6), o valor numérico da massa seca das plântulas tratadas com o fungicida

foi maior do que os verificados nos demais tratamentos.

A mistura de defensivos (T7 e T8) e o tratamento fungicida (T5) forneceram

níveis de controle do inseto semelhantes e os tratamentos (T7 e T8) apresentaram

melhor controle de fungos de armazenamento do que o fungicida; porém, isso não se

refletiu em melhor manutenção da qualidade fisiológica das sementes (Quadros 12,

13, 14 e 15), provavelmente porque a incidência de fungos, na presente pesquisa, não

foi suficiente para prejudicar a qualidade fisiológica das sementes, com exceção

48

apenas das situações, onde a incidência de insetos foi muito elevada, resultando em

maior incidência de fungos, como as da testemunha T2, em E3.

4.2 Cultivar IAC-350

4.2.1 Teor de água das sementes

No Quadro 16, encontram-se as médias do teor de água das sementes de trigo

do cultivar IAC–350, obtidas após o término de cada período de infestação por

insetos.

Analisando-se este quadro, nota-se que, de um modo geral, não houve

diferenças significativas de teores de água das sementes entre os tratamentos e entre

épocas, pois a infestação com S. oryzae foi conduzida a 25ºC e à umidade relativa de

60% em todas as épocas. Entretanto, observa-se uma tendência de acompanhamento

da umidade relativa do ar externo à câmara (Figura 1), mais evidente nos tratamentos

T1, T5 e T8. Desta forma os teores de água apresentaram uma tendência de queda até

a terceira época, que coincidiu com o período mais seco, seguida de uma tendência

de aumento até a época mais úmida (E5) e um suave decréscimo em E6.

As sementes do tratamento testemunha e insetos (T2) apresentaram teores de

água superiores aos verificados nos demais tratamentos em todas as épocas, com

exceção da primeira, em que não foi efetuada a infestação das sementes em nenhum

dos tratamentos. Porém, apenas na terceira época a diferença foi significativa.

Na última época as sementes tratadas com o inseticida + fungicida (T7)

também apresentaram teor de água mais elevado; mas, a maior variação dos valores

numéricos dos teores de água foi observada na terceira época.

4.2.2 Infestação das sementes por S. oryzae

Pela análise do Quadro 17, pode-se constatar que na testemunha (T2), a

sobrevivência dos insetos adultos foi de 95% a 100%, em todas as épocas. A

progênie foi significativamente maior em E3 e menor em E4.

49

No tratamento T4, o inseticida apresentou um controle de apenas 33% dos

insetos adultos em E2 e a sobrevivência dos insetos aumentou progressivamente, no

decorrer das épocas seguintes. A progênie também foi maior em E3 e menor em E4,

mas sempre inferior à progênie obtida na testemunha (T2).

Os tratamentos com fungicida, com ou sem inseticida (T6 e T8) foram os que

melhor controlaram os insetos adultos até E5. Em E6, a sobrevivência dos insetos foi

superior a 90%, significando perda de poder residual do fungicida.

Porém, a progênie foi significativamente menor do que a do tratamento T4,

apenas em E2 e E3.

Após quatro meses de armazenamento (E2), os melhores tratamentos foram os

com fungicida (T6 e T8), pois eliminaram os insetos adultos e, portanto, praticamente

não houve progênie.

Na terceira época foram verificadas as maiores progênies, de forma não

esperada, pois foi a época de menor umidade relativa no ambiente externo à câmara

e, conseqüentemente, a época em que as sementes dos tratamentos sem adição de

insetos apresentaram os menores teores de água. Nesta época, a maior proteção às

sementes foi oferecida pelo tratamento com apenas fungicida (T6).

Na quarta e na quinta épocas, o fungicida continuou controlando melhor, os

insetos adultos; porém a progênie não diferiu entre os tratamentos com fungicida (T6

e T8) e o tratamento apenas com o inseticida (T4). Todos os tratamentos com

defensivos proporcionaram menor progênie do que a testemunha.

Aos 18 meses de armazenamento (E6), o fungicida perdeu totalmente o poder

residual, permitindo a sobrevivência dos insetos adultos e o desenvolvimento da

progênie. O inseticida (T4 e T8) também não controlou os insetos adultos, mas

proporcionou as menores progênies, nesta época.

Analisando-se o Quadro 18, verifica-se que não havia sementes infestadas em

E1, confirmando a integridade das sementes no início do armazenamento.

As sementes infestadas, em níveis prejudiciais à qualidade fisiológica das

sementes, foram constatadas principalmente na testemunha sem tratamento e com

adição de insetos (T2), acompanhando os níveis de infestação observados no

Quadro 18, embora o índice de sementes infestadas, em E3, não tenha sido

proporcional à progênie observada nesta época.

50

As sementes tratadas com inseticida teriam sido recusadas para semeadura,

por elevados níveis de sementes infestadas tanto em E2 quanto em E3.

Em E6, os níveis de sementes infestadas foram relativamente mais elevados,

confirmando a perda do poder residual tanto do inseticida quanto do fungicida.

Porém, o fungicida, apesar de ter permitido um relativo desenvolvimento da

progênie, protegeu as sementes dos danos causados pelos insetos durante 15 meses.

A infestação espontânea das sementes dos tratamentos sem insetos (T1, T3, T5

e T7) também ocorreu neste cultivar, mas apenas em E6.

4.2.3 Infecção das sementes pelos fungos de armazenamento

Nos Quadros 19 e 20 encontram-se os valores das sementes infectadas por

Aspergillus spp. e Penicillium spp.. Analisando-se estes quadros, pode-se observar

que as sementes não estavam infectadas por fungos de armazenamento no início do

experimento.

A terceira época apresentou os maiores índices de infecção, coincidindo com

as maiores progênies de S. oryzae e variações nos teores de água das sementes.

Penicillium spp., que predomina em ambientes mais úmidos, apareceu em E3, com

maiores valores numéricos do que Aspergillus spp., mesmo na testemunha sem

insetos, que apresentou teor de água baixo, em função de esta época ter sido

conduzida no final do outono e inverno.

Os fungos de armazenamento, de modo geral, infectaram maiores

porcentagens de sementes no tratamento T2, seguido pelo T1. A partir de E2.

Penicillium spp também apareceu em níveis significativos nas sementes dos

tratamentos com fungicida (T6 e T8) na terceira e na sexta épocas. Isto significa que

os produtos empregados exerceram controle, pelo menos parcial dos fungos.

Os tratamentos constituídos pela mistura de inseticida e fungicida (T7 e T8)

protegeram as sementes da infecção pelos dois fungos durante 15 meses,

confirmando que o poder residual dos produtos pode ter diminuído na última época

(E6), refletido, tanto pelo índice de sementes infestadas (Quadro 18), quanto pela

presença de fungos de armazenamento, principalmente de Penicillium spp.(Quadros

19 e 20).

51

É interessante notar que os tratamentos com insetos não apresentaram

maiores valores de Penicillium spp. do que os sem insetos, mesmo em E3, que foi a

época que mais apresentou Penicillium spp. Em E6, os tratamentos com inseticida, T3

e T4, mostraram a tendência de serem melhores que os com fungicida T5 e T6, ou

com a mistura deles (T7 e T8).

4.2.4 Taxa de respiração das sementes

No Quadro 21, encontram-se os dados de respiração das sementes e pode-se

observar que os maiores valores de liberação de CO2 coincidiram com os maiores

teores de água das sementes, observados no Quadro 22.

De um modo geral, não houve diferenças significativas de respiração das

sementes entre os tratamentos, devido aos coeficientes de variação terem sido

extremamente elevados, com exceção apenas da segunda época, onde ocorreu o

maior valor de respiração no T2 (Quadro 21), coincidindo com um dos maiores teores

de água, observados no Quadro 22 e com uma das maiores porcentagens de sementes

infestadas (Quadro 18). As sementes do T4 também apresentaram uma taxa de

respiração relativamente elevada nesta época, coincidindo com valores relativamente

elevados de sementes infestadas (Quadro 18), embora este valor de respiração não

tenha diferido significativamente dos demais.

Em E3, obtiveram-se os maiores valores numéricos de respiração

(Quadro 21), embora os teores de água tenham sido os mais baixos de todo o

experimento, com exceção apenas dos dois tratamentos, onde a progênie de S.

Oryzae foi maior (T2 e T4) e conseqüentemente os teores de água das sementes foram

mais elevados.

Nesta época, o T2 também apresentou um dos valores numéricos mais altos de

respiração, porém, semelhante aos valores observados para o T5 (Fungicida) e o T8

(Inseticida +Fungicida). O tratamento T8 foi um dos que permitiu o desenvolvimento

da progênie de S. oryzae; porém, a progênie referente ao T2 foi mais de dez vezes

maior (Quadro 17) e, conseqüentemente, o teor de água também foi mais elevado.

Portanto, esperava-se que as sementes da testemunha com adição de insetos (T2)

apresentassem uma taxa de respiração mais elevada.

52

Por outro lado, as danificações sofridas por estas sementes foram tão intensas

(Quadro 18), devido ao acentuado desenvolvimento de insetos (Quadros 17) e de

fungos (Quadros 19 e 20), que resultaram em um nível acentuado de deterioração,

refletido na baixíssima germinação das sementes (Quadro 23) e no vigor (Quadros

24, 25 e 26). Este avançado estado de deterioração das sementes do tratamento T2,

deve ter sido responsável pela redução da taxa de respiração, tornando-a semelhante

à das sementes do T8, apesar das diferenças de teores de água e de níveis de

infestação das sementes.

Na quarta época, não houve diferença entre os teores de água das sementes

(Quadro 22) e o maior valor numérico de taxa de respiração foi obtido pelas

sementes do tratamento T2 , que apresentou o maior número de insetos. Na quinta

época, os teores de água das sementes também foram todos semelhantes aos da

quarta época e os resultados de respiração também foram baixos, com exceção da

testemunha sem insetos (T1), que apresentou o maior valor numérico.

Na última época, o maior valor numérico de respiração (Quadro 21) foi

obtido para o tratamento com o inseticida e adição de insetos (T4), coincidindo com o

maior teor de água, verificado nas sementes (Quadro 22).

Vale salientar que as diferenças entre tratamentos com e sem insetos, quanto

aos teores de água das sementes e de respiração, poderiam ter sido maiores, se estas

variáveis tivessem sido avaliadas imediatamente após a retirada dos insetos das

sementes. No entanto, a respiração só foi avaliada 15 dias após, com o intuito de

diferenciar o nível de deterioração das sementes, causado por insetos e fungos, por

meio das diferenças nos níveis de respiração, sem a interferência das diferenças que

graus de umidade diferentes causam na respiração. De fato, este período foi

suficiente, na maioria das situações para que o teor de água das sementes entrasse em

equilíbrio com a umidade relativa do ar, e ficassem semelhantes, com exceção das

sementes de alguns tratamentos com insetos, nas épocas E1, E2 e E6.

4.2.5 Qualidade fisiológica das sementes

No Quadro 23, são apresentados os dados de germinação das sementes.

Analisando-se este quadro, pode-se verificar que as sementes empregadas

53

apresentaram qualidade fisiológica excelente. Os valores de germinação das

sementes da testemunha sem insetos (T1) e das sementes tratadas com o fungicida,

com ou sem a adição de insetos (T5 e T6), mantiveram valores de germinação

elevados durante 15 meses de armazenamento (E5) em condições de ambiente.

Na primeira época de testes, os dados de germinação não apresentaram

diferenças significativas entre si, porém somente as sementes tratadas apenas com

fungicida (T5 e T6) apresentaram 100% de germinação.

Em E2 o fato se repetiu para as sementes com o fungicida, onde não foram

adicionados insetos (T5). Nesta época, devido à progênie de S. oryzae, maior na

testemunha com insetos (T2), as sementes desse tratamento apresentaram

porcentagem de germinação significativamente menor que as sementes dos demais

tratamentos, porém sem diferir significativamente das sementes da testemunha (T1).

Em E3, devido à maior progênie de S. oryzae de todo o experimento ter sido

encontrada no T2, nesta época, a germinação das sementes foi quase que totalmente

prejudicada. O tratamento com inseticida + insetos também permitiu o

desenvolvimento dos insetos, resultando em porcentagem de germinação

significativamente inferior às porcentagens verificadas nos demais tratamentos. A

progênie desenvolvida no T8, não resultou em nível de sementes infestadas

(Quadro 18) prejudicial à viabilidade das sementes.

De um modo geral a porcentagem de germinação começou a cair a partir de

E5; porém, as sementes da testemunha sem insetos (T1) e as tratadas com fungicida

(T5 e T6) sofreram queda de viabilidade, apenas em E6. A porcentagem de

germinação das sementes tratadas com fungicida foi, nesta época, significativamente

maior do que a das sementes dos demais tratamentos. A viabilidade das sementes da

testemunha sem tratamento (T1) foi reduzida nesta época, provavelmente devido ao

elevado nível de sementes infestadas espontaneamente (Quadro 18). Este fato

evidencia a natural preferência dos insetos em infestar sementes sem tratamento

fungicida ou inseticida.

A perda da qualidade fisiológica pode ser bem evidenciada por meio dos

testes de vigor apresentados nos Quadros 24, 25 e 26. Analisando-se estes quadros,

observa-se que, de modo geral, os três testes foram mais sensíveis do que o de

54

germinação e mostraram a qualidade fisiológica inferior das sementes da testemunha,

quando infectada com insetos, em relação aos demais tratamentos.

Principalmente o teste de crescimento de plântulas (Quadro 24) e o de

condutividade elétrica (Quadro 26) demonstraram este fato em todas as épocas em

que foram realizadas as infestações das sementes, embora nem sempre com

diferenças significativas.

O teste de condutividade elétrica foi mais sensível ainda, revelando maiores

valores para as sementes tratadas com inseticida e com a adição de insetos (T2), em

comparação aos demais tratamentos. Na última época, este teste também revelou, de

maneira significativa, o maior nível de deterioração das sementes da testemunha com

ou sem insetos (T1 e T2); estes tratamentos foram os que apresentaram os maiores

níveis de sementes infestadas.

O teste de condutividade elétrica também mostrou, nesta época, a maior

integridade das membranas celulares das sementes em todos os demais tratamentos

sem infestação por insetos (T3, T5 e T7), em comparação aos infestados (T4, T6 e T8).

Este teste foi o mais sensível, pois indica a perda da integridade das

membranas celulares, considerada por DELOUCHE e BASKIN (1973) como o primeiro

evento da deterioração das sementes.

O teste de envelhecimento acelerado revelou que as sementes tratadas com

inseticida, sem ou com adição de insetos, apresentaram queda do vigor após terem

sido armazenadas por 8 meses (E3). As sementes tratadas apenas com fungicida (T5 e

T6), mantiveram níveis de vigor elevado até esta época.

Os valores de condutividade elétrica, embora sem diferenças significativas,

foram de modo geral, crescentes com o decorrer do período de armazenamento, com

exceção dos tratamentos T2 e T4, onde a qualidade fisiológica das sementes sofreu

maior influência dos níveis de infestação por insetos, do que da idade das sementes.

4.3. Considerações Gerais

Comparando-se os dois genótipos estudados, observa-se que de modo geral, o

comportamento das sementes durante o armazenamento e a ação do inseticida,

55

fungicida ou mistura destes, foi semelhante, bem como os resultados de infestação

por insetos e de infecção pelos fungos de armazenamento.

Foram empregadas sementes de excelente qualidade fisiológica, conforme

revelou o teste de germinação (Quadros 12 e 23) e confirmado pelos testes de vigor

(Quadros 13, 14, 15, 24, 25 e 26).

Analisando-se o tratamento testemunha sem adição de insetos, nota-se que a

porcentagem de germinação se manteve elevada durante a maior parte do período de

armazenamento das sementes dos dois cultivares (Quadros 12 e 23); porém, as

sementes do IAC-120 apresentaram queda de porcentagem de germinação a partir de

E5, enquanto que as sementes da testemunha do IAC-350 apresentaram queda de

germinação, apenas na última época de avaliação, E6

A queda na porcentagem de germinação ocorreu na fase final do período de

armazenamento, resultante da idade da semente, associada às condições climáticas,

verificadas em Campinas, nessa época (Figura 1). Foi o período mais quente e úmido

de todo o armazenamento. A infestação espontânea de insetos em E6 (Quadros 7 e

18) e a incidência relativa de fungos (Quadros 8, 9, 19 e 20) neste período do

armazenamento também contribuíram para acentuar a redução da germinação

(Quadros 12 e 23).

Quando as sementes de trigo são armazenadas de uma safra para outra, nas

condições de Campinas, estão sujeitas a dois períodos de temperaturas e umidades

relativas prejudiciais à conservação da qualidade fisiológica, o primeiro no início do

período de armazenamento (novembro a março) e o segundo, na etapa final do

armazenamento (de novembro a março do ano seguinte), diferindo das sementes das

culturas de verão, que ao serem armazenadas de uma safra para a outra passam por

uma situação oposta, ou seja dois períodos secos e de temperaturas amenas e apenas

por um período intermediário de condições desfavoráveis à conservação.

Desta forma nesta pesquisa, apenas as sementes mais duras, do cultivar

IAC-350 teriam chegado à época de semeadura da safra seguinte com germinação

elevada (E5), se protegidas contra a infestação por insetos. Os teores de água das

sementes, inferiores a 13%, até E4, favoreceram a conservação das sementes;

porém,a partir de E5, ao atingirem ou superarem 13% e associados a temperaturas

mais elevadas, levaram à rápida deterioração das sementes, que já se encontravam

56

armazenadas há 15 meses. Estes resultados confirmam os encontrados na literatura

sobre conservação de sementes de trigo (LIKHATCHEV et al., 1984; DELL’AQUILA,

1994; RHODEN e CROY, 1987; PETRUZELLI e TARANTO, 1984; SRIVASTAVA e RAO,

1994; KARUNAKARAN et al. 2001).

O teste de envelhecimento acelerado (Quadros 13 e 25) mostrou que o vigor

das sementes do tratamento T1, decresceu progressivamente durante o

armazenamento, mas de forma mais drástica, a partir de E4, época em que as

sementes ainda apresentavam elevado potencial de germinação.

O teste de condutividade elétrica (Quadros 14 e 26) revelou-se bastante

sensível. Embora nem sempre as diferenças tenham sido significativas, este teste

demonstrou uma tendência clara de aumento de condutividade elétrica, relacionada

ao aumento do período de armazenamento. Para os dois cultivares, este aumento nos

valores de condutividade foi mais acentuado nas duas últimas épocas, quando os

teores de água das sementes foram maiores do que 13%, confirmando a perda de

vigor, em função do clima desfavorável à conservação das sementes (Figura 1).

PETRUZZELLI e TARANTO (1984) também constataram que o conteúdo de água

desempenha um importante papel na deterioração das membranas, em conseqüência

da deterioração dos fosfolipídios, principais constituintes das membranas celulares.

De acordo com esses autores, o aumento do teor de água das sementes evidencia

alterações na composição e nos teores dos fosfolipídios, antes de ser observada

qualquer redução no potencial de germinação. Por esse motivo, o teste de

condutividade elétrica deve ter sido o mais sensível às condições de armazenamento,

na presente pesquisa.

Ainda, comparando-se os Quadros 14 e 26, nota-se que a condutividade

elétrica foi sensível à diferença de grau de dureza das sementes entre os dois

cultivares. O cultivar IAC-120 caracteriza-se por apresentar sementes moles e o IAC-

350 por apresentar sementes duras. A lixiviação de eletrólitos das sementes do IAC-

120 apresentou valores visivelmente superiores aos verificados nas sementes do

IAC-350, principalmente nas duas últimas épocas (E5 e E6). Desta forma, a

integridade das membranas celulares das sementes do cultivar IAC-350 foi

aparentemente maior. Esta característica do tegumento das sementes, inerente ao

genótipo, pode ter conferido às sementes uma maior resistência à deterioração no

57

armazenamento, justificando a manutenção do potencial de germinação das sementes

do cultivar IAC-350, por período mais longo (Quadros 12 e 23).

A massa seca das plântulas obtidas no teste de germinação (Quadros 15 e 24)

foi menos sensível do que os outros testes, revelando de maneira consistente, apenas

as diferenças maiores de vigor, geralmente observadas nos tratamentos onde as

sementes foram mais prejudicadas pelos insetos, como as do T2, em E3 (Quadros 6, 7,

17 e 18).

O tratamento testemunha com adição de insetos (T2) foi o que

demonstrou, de forma clara, a associação existente entre fungos e insetos de

armazenamento, de forma semelhante à encontrada na literatura sobre o assunto

(PUZZI, 1986; WETZEL, 1987; WHITE e SINHA, 1980a; WHITE e SINHA, 1980b e

WHITE e SINHA, 1980c; SINHA, 1984).

No início do período experimental (E1), as sementes eram novas,

apresentavam excelente qualidade fisiológica e por terem sido colhidas no inverno,

onde as temperaturas são amenas e a umidade relativa baixa, apresentavam-se livres

de fungos de armazenamento (Quadros 8, 9, 19 e 20).

Aos quatro meses de armazenamento (E2), observou-se uma pequena

incidência dos fungos de armazenamento, com uma pequena predominância de

Penicillium spp. em comparação às espécies de Aspergillus. Mesmo com valores

pequenos, a incidência de fungos nas sementes das testemunhas superou a dos

demais tratamentos e no caso do IAC-120, as sementes do T2 foram as que

apresentaram maior incidência de Penicillium spp. (Quadro 9), em conseqüência da

maior incidência de sementes infestadas pela progênie de S. oryzae (Quadro 7),

resultando em sementes com teor de água superior a 13%. De acordo com BEWLEY e

BLACK (1994) estes fungos não podem ser responsabilizados pela deterioração que

ocorre em sementes amilácias como as de trigo, com teor de água inferior a 13%,.

A partir de E3, a incidência de fungos oscilou nas sementes (Quadros 8, 9, 19

e 20). Embora também tenha ocorrido uma relativa incidência de fungos nas

sementes da testemunha sem insetos; foi no tratamento T2, que ocorreram as maiores

incidências desses fungos, de forma que, a maior incidência ocorreu em E3, em

função da grande infestação pela progênie de S. oryzae (Quadros 6, 7, 17 e 18),

verificada nesta época. A predominância de Penicillium spp. (Quadros 9 e 20)

58

também foi mais acentuada nesta época, em conseqüência dos elevados teores de

água das sementes (Quadros 5 e 16), superiores a 19%, verificados nesta situação de

maior atividade dos insetos. Esta predominância de Penicillium spp., nesta situação,

confirma os comentários de CHRISTENSEN e KAUFMANN (1965), citados por BASRA

(1995), de que Penicillium spp. são encontrados em sementes de cereais,

particularmente em lotes com teor de água superior a 16%.

Por outro lado, em E3, na testemunha sem insetos, ocorreram porcentagens

significativas de sementes infectadas por Aspergillus spp e maiores ainda de

sementes infectadas por Penicillium spp. e o teor de água das sementes era

relativamente baixo, inferior a 12%, contrariando as informações contidas na

literatura.

A porcentagem de sementes infestadas foi muito elevada nesta época e,

conseqüentemente, a qualidade fisiológica das sementes dos dois cultivares foi

igualmente muito prejudicada (Quadros 12, 13, 14 e 15; IAC-120; Quadros 23, 24,

25 e 26; IAC-350).

Quanto à resistência das sementes à infestação por insetos, nota-se que a

progênie de S. oryzae foi bem maior nas sementes do IAC-120 (Quadro 6) do que

nas sementes do IAC-350 (Quadro 17), resultando em teor de água (Quadro 5) e,

conseqüentemente, na incidência de Penicillium spp. também maiores naquelas

sementes (Quadro 9). Nota-se também, que a respiração das sementes do cultivar

IAC-120 (Quadro 10), neste tratamento (T2) e nesta época (E3) foi mais do que seis

vezes maior do que a das sementes do IAC-350 (Quadro 21). A condutividade

elétrica (Quadros 14 e 26) e a massa seca das plântulas (Quadros 15 e 24) também

revelaram a maior resistência das sementes deste cultivar em comparação àquele.

Estes resultados confirmam a influência da dureza do grão na resistência à infestação

por S. oryzae, verificada por MCGAUGHEY et al. (1990) e contrariam os resultados

obtidos por SINHA et al. (1988).

SING et al. (1975) observaram diferenças entre cultivares de trigo, quanto à

resistência aos danos causados por Sitophilus oryzae às sementes, traduzidas em

maiores porcentagens de germinação após as danificações. Na presente pesquisa, as

sementes dos dois cultivares do T2, em E3, apresentaram porcentagem de germinação

muito baixas nesta situação. Embora a progênie tenha sido menor nas sementes do

59

cultivar IAC-350, foi suficiente para infestar 46% das sementes e reduzir o potencial

de germinação a 9%.

SINHA (1984) também verificou que as populações S. granarius ou S.oryzae

causaram danos severos ao embrião e ao endosperma das sementes; porém, S.oryzae

preferiu o endosperma. Neste caso, na 11a semana o potencial de germinação das

sementes foi reduzido a zero e na 14a semana, 90% dos embriões já tinham sido

digeridos pelas duas espécies.

O tratamento com o inseticida Fenitrothion (T3 e T4) não se mostrou tóxico;

no entanto, as sementes desse tratamento foram as que apresentaram os menores

valores de germinação na última época de testes (Quadros 12 e 23).

O inseticida não se mostrou eficiente, apesar de ter proporcionado resultados

melhores de controle de insetos (Quadros 6, 7 ,18 e 19) e de qualidade fisiológica das

sementes do que a testemunha T2 (Quadros 12, 13, 14, 15, 23, 24, 25 e 26). Este

tratamento não foi capaz de proteger as sementes contra a infestação de S. oryzae

(Quadros 6, 7, 17 e 18). A sobrevivência dos insetos adultos no tratamento T4 e nas

sementes do IAC-120 não diferiu da testemunha (T2) desde o início do experimento,

e nas sementes do IAC-350 a partir de E3. A progênie se desenvolveu em todas as

épocas nas sementes dos dois cultivares. No T4, porém, foi sempre menor que a

progênie verificada na testemunha T2, de forma que apenas na terceira e na sexta

épocas, o número de sementes infestadas teria ultrapassado o padrão estabelecido

pela CESM/SP.

Assim como para a testemunha (T2), na terceira época, a porcentagem de

sementes com inseticida que foram infestadas foi maior, resultando em perda

acentuada da qualidade fisiológica das sementes. Estes resultados não confirmam a

eficiência do Fenitrothion no controle de S. oryzae, verificada por KAMEL e FAM

(1973), PINTO et al., 1997 e PANAR e YADAN (1985).

De modo geral, a incidência de fungos de armazenamento neste tratamento

(Quadros 8 e 9, 19 e 20) foi menor do que a verificada nas testemunhas e nos

tratamentos com o fungicida Carboxin+Thiram. Quando se misturou o inseticida e o

fungicida, a incidência de fungos foi muito pequena, por quase todo o período de

armazenamento.

60

O tratamento com Carboxin + Thiram não se mostrou tóxico às sementes.

Pelo contrário, foi o tratamento que proporcionou os maiores valores numéricos de

germinação obtidos neste trabalho, contrariando as informações fornecidas em

relação o fungicida Thiram, por BALARDIN e LOCH (1987) e em relação ao Carboxin

por KHALEEQ e KHATT (1986) e MORENO-MARTINEZ et al.(1998).

O tratamento com fungicida (T5 e T6) apresentou menor controle dos fungos

(Quadros 8, 9, 19 e 20) do que o inseticida, superando apenas a testemunha (T1 e T2).

Por outro lado, foi o tratamento que proporcionou o melhor controle da infestação

por S. oryzae (Quadros 6, 7, 17 e 18) durante 15 meses, antes de perder seu poder

residual. Este fato não foi necessariamente relacionado ao tamanho da progênie

(Quadros 6 e 18), que nem sempre foi inferior à verificada no tratamento com

inseticida, mas sim à menor sobrevivência de insetos adultos e à menor porcentagem

de sementes infestadas, com reflexos positivos na qualidade fisiológica (Quadros 12,

13, 14, 15, 23, 24, 25 e 26). Foi o único tratamento que manteve o potencial de

germinação das sementes do cultivar IAC-350, elevado até E5.

Na literatura também há relatos da ineficiência dos fungicidas Thiram e

Carboxin, quanto à proteção de sementes de trigo contra a incidência de fungos de

armazenamento (MORENO-MARTINEZ et al.,1998), mas não há nenhuma referência ao

controle de insetos.

Por outro lado, MEHTA e IGARSHI (1985) relataram que plantas de trigo

originadas de sementes com o fungicida Thiram apresentaram menor taxa de

infecção de doença no sistema radicular em comparação a plantas originadas de

sementes não tratadas.

A mistura do inseticida ao fungicida (T7 e T8) resultou nas menores

incidências de fungos verificadas até E5 (Quadros 8, 9, 19 e 20), mas não acrescentou

nenhum efeito positivo aos tratamentos apenas com o fungicida (T5 e T6), em relação

ao controle dos insetos (Quadros 6, 7, 17 e 18). Da mesma forma que para o

tratamento apenas com inseticida (T3 e T4), nas duas últimas épocas de testes, há

indícios de que a mistura dos produtos tenha sido um pouco prejudicial à germinação

das sementes do cultivar IAC-350, em comparação ao tratamento apenas com

fungicidas (Quadro 23).

61

KHALEEQ e KHATT (1986) também relataram que a combinação de dois ou

três pesticidas, foi ainda mais fitotóxica, provavelmente devido à interação química

entre os produtos, à concentração elevada ou a ambas.

62

5. CONCLUSÕES

Pela análise dos dados e discussão dos resultados, concluiu-se que:

• O tratamento das sementes com o fungicida constituído pela mistura

de Carboxin + Thiram é uma boa alternativa para proteger sementes de trigo contra a

infestação de Sitophilus oryzae, quando é necessário armazená-las por mais de um

ano (ou: por 18 meses)

• O inseticida Fenitrothion, na dose recomendada pelo fabricante, não

protege sementes de trigo contra a infestação de S. oryzae, mesmo durante o

armazenamento a curto prazo.

• Sementes de trigo mais duras, como as do cultivar IAC-350 podem ser

armazenadas por mais de um ano (ou: por 18 meses), nas condições de Campinas/SP,

desde que apresentem elevada qualidade fisiológica inicial e sejam protegidas contra

a infestação por insetos

• Nas condições de Campinas/SP, os fungos de armazenamento,

Aspergillus spp. e Penicillium spp. apresentam incidência significativa

principalmente nas sementes de trigo infestadas por insetos

• Quando as sementes apresentam níveis elevados de infestação pelo

inseto S.oryzae, resultando em aumento significativo do teor de água das sementes, a

incidência de Penicillium spp. prevalece sobre a de Aspegillus spp.

63

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OS)

= 13

,5 %

C

V V

IVO

S (M

ESE

S D

E A

RM

AZ

EN

AM

EN

TO

)= 6

,2%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra m

aiús

cula

na

colu

na e

min

úscu

la n

a lin

ha n

ão d

iferir

am e

ntre

si a

5%

, pe

lo te

ste

de T

ukey

.

65

QU

AD

RO

7. C

ultiv

ar I

AC

-120

: val

ores

méd

ios

(%)

de s

emen

tes

de tr

igo

infe

stad

as p

or in

seto

s, e

m f

unçã

o de

trat

amen

tos

e de

mes

es

de a

rmaz

enam

ento

.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

0A

b 1B

b 0B

b 0A

b 1B

b 12

BC

a

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

0Ac

28A

ab

48A

a 0A

c 28

Aab

20

AB

b

Feni

trot

hion

(T3)

0A

b 0B

b 4B

b 4A

b 0B

b 33

Aa

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

0Ac

4Bbc

26

Aa

0Ac

0Bc

12B

Cab

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

0A

a 0B

a 0B

a 1A

a 2B

a 1D

a

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

0Ab

0Bb

1Bab

1A

ab

3Bab

8B

CD

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m (T

7)

0Aa

0Ba

0Ba

1Aa

2Ba

4CD

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m +

inse

tos

(T8)

0A

a 0B

a 3B

a 3A

a 1B

a 4C

Da

C

V (T

RA

TA

ME

NT

OS)

=

72

%

C

V (M

ESE

S D

E A

RM

AZ

EN

AM

EN

TO

=

29

%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra m

aiús

cula

na

colu

na e

min

úscu

la n

a lin

ha n

ão d

iferir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

.

66

Qua

dro

8. C

ultiv

ar I

AC

-120

: val

ores

méd

ios

(%)

de s

emen

tes

de tr

igo

infe

ctad

as p

or A

sper

gillu

s sp

p., e

m f

unçã

o de

trat

amen

tos

e de

m

eses

de

arm

azen

amen

to.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

0A

c 1A

c 6A

Bb

15A

a 10

Aab

5A

b

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

0Ab

1Ab

13A

a 8A

Ba

13A

a 6A

a

Feni

trot

hion

(T3)

0A

c 1A

bc

2Cab

0C

c 0C

c 7A

a

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

0Ac

1Abc

3C

ab

0Cc

0Cc

7Aa

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

0A

b 0A

b 3C

ab

6AB

a 2B

ab

3AB

a

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

0Ac

0Ac

1Cbc

5B

a 2B

ab

3AB

ab

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m (T

7)

0Ac

1Ab

1Cb

0Cc

0Cb

5Aa

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m +

inse

tos

(T8)

0A

c 0A

a 1C

a 0C

c 0C

a 0B

a

CV

(TR

AT

AM

EN

TO

S) =

57

%

C

V (M

ESE

S D

E A

RM

AZ

EN

AM

EN

TO

=

15

%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra

mai

úscu

la n

a co

luna

e m

inús

cula

na

linha

não

dife

riram

ent

re s

i a 5

%, p

elo

test

e de

Tuk

ey.

67

QU

AD

RO

9. C

ultiv

ar I

AC

-120

: val

ores

méd

ios

(%)

de s

emen

tes

de tr

igo

infe

ctad

as p

or P

enic

illiu

m s

pp.,

em f

unçã

o de

trat

amen

tos

e de

mes

es d

e ar

maz

enam

ento

.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

0A

c 2A

Bbc

17

Ba

5Ab

6AB

b 16

Aa

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

0Ad

3Ac

35A

a 2A

Bcd

12

Ab

7AB

bc

Feni

trot

hion

(T3)

0A

b 1A

Bab

5C

a 0B

b 1B

Cb

5BC

a

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

0Ab

0Bb

8BC

a 0B

b 0C

b 2B

Cab

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

0A

c 0B

c 4C

Db

3AB

b 1B

Cbc

16

Aa

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

0Ac

1AB

bc

2CD

b 2A

Bb

1BC

bc

16A

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m (T

7)

0Ab

1AB

ab

0Dab

0B

b 0C

b 3B

Ca

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m +

inse

tos

(T8)

0A

b 0B

b 4C

Da

0Bb

0Cb

1Cab

CV

(TR

AT

AM

EN

TO

S) =

20

%

C

V (M

ESE

S D

E A

RM

AZ

EN

AM

EN

TO

)=

50

%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra m

aiús

cula

na

colu

na e

min

úscu

la n

a lin

ha n

ão d

iferir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

.

68

QU

AD

RO

10.

Cul

tivar

IA

C-1

20:

valo

res

méd

ios

(µm

oles

de

CO

2.kg

de s

emen

te-1

.h-1

), ob

tidos

no

test

e de

res

pira

ção,

em

fun

ção

de

trat

amen

tos

e m

eses

de

arm

azen

amen

to.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

18

8,56

0Ba

52,0

64B

a 5,

484A

a 21

,129

Aa

26,2

85A

a

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

831,

658A

a 72

6,99

2Aa

3,50

4Ab

45,6

58A

b 9,

569A

b

Feni

trot

hion

(T3)

21

1,07

1Ba

38,0

79B

a 2,

206A

a 25

,767

Aa

21,1

84A

a

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

2,98

9Ba

61,5

15B

a 5,

161A

a 4,

389A

a 15

,924

Aa

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

0,

656B

a 15

,656

Ba

4,53

6Aa

4,85

9Aa

22,5

65A

a

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

0,67

9Ba

25,4

34B

a 6,

685A

a 12

,504

Aa

9,88

3Aa

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m

(T7)

0,

897B

a 20

,227

Ba

6,68

6Aa

20,4

84A

a 59

,786

Aa

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m

+ in

seto

s (T

8)

1,12

0Ba

75,4

58B

a 6,

519A

a 11

,983

Aa

35,4

36A

a

C

V (T

RA

TA

ME

NT

OS)

=

7

2,19

8

%

CV

(ME

SES

DE

AR

MA

ZE

NA

ME

NT

O )=

1

84,2

88

%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra

mai

úscu

la n

a co

luna

e m

inús

cula

na

linha

não

dife

riram

ent

re s

i a 5

%, p

elo

test

e de

Tuk

ey.

69

QU

AD

RO

11.

Cul

tivar

IA

C-1

20: v

alor

es m

édio

s (%

) do

teor

de

água

das

sem

ente

s tr

igo,

apó

s a

retir

ada

dos

inse

tos

e an

teri

or a

o te

ste

de re

spir

ação

, em

funç

ão d

e tr

atam

ento

s e

de m

eses

de

arm

azen

amen

to.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

11

,350

Ba

11,3

50A

a 12

,275

Aa

12,6

75A

a 14

,625

Aa

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

35,8

00A

a 15

,850

Ab

12,6

50A

b 12

,925

Ab

13,0

75A

b

Feni

trot

hion

(T3)

18

,875

Ba

11,8

25A

a 12

,425

Aa

12,8

00A

a 12

,300

Aa

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

11,9

75B

a 12

,000

Aa

12,4

50A

a 12

,650

Aa

18,9

50A

a

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

11

,125

Ba

11,4

50A

a 12

,325

Aa

13,1

55A

a 12

,425

Aa

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

11,4

00B

a 11

,500

Aa

12,3

25A

a 12

,850

Aa

12,5

75A

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m

(T7)

11

,450

Ba

11,5

25A

a 12

,575

Aa

12,7

00A

a 12

,350

Aa

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m

+ in

seto

s (T

8)

10,7

50B

a 13

,800

Aa

12,1

25A

a 12

,375

Aa

12,4

25A

a

CV

(TR

AT

AM

EN

TO

S) =

5

,9

%

CV

(ME

SES

DE

AR

MA

ZE

NA

ME

NT

O )=

7

,2 %

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra m

aiús

cula

na

colu

na e

min

úscu

la n

a lin

ha n

ão d

iferir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

.

70

QU

AD

RO

12.

Cul

tivar

IA

C-1

20:

valo

res

méd

ios

(%)

de p

lânt

ulas

nor

mai

s ob

tidos

no

test

e de

ger

min

ação

de

sem

ente

s de

tri

go, e

m

funç

ão d

e tr

atam

ento

s e

de m

eses

de

arm

azen

amen

to.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

96

Aab

95

Aab

99

Aa

95A

ab

79A

bc

70A

c

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

95A

a 97

Aa

1Cd

92A

a 65

Ab

63A

b

Feni

trot

hion

(T3)

96

Aab

98

Aa

77B

Cbc

d 92

Aab

c 71

Acd

47

AB

d

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

99A

a 98

Aa

56D

cd

88A

ab

80A

bc

27B

d

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

99

Aa

98A

a 98

Aa

96A

a 71

Ab

67A

b

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

97A

a 94

Aab

97

AB

a 96

Aa

72A

c 75

Abc

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m (T

7)

98A

a 97

Aa

95A

ab

89A

ab

74A

b 63

Ab

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m +

inse

tos

(T8)

97

Aa

95A

a 90

AB

ab

90A

ab

64A

bc

55A

Bc

C

V (T

RA

TA

ME

NT

OS)

=

13

%

C

V (M

ESE

S D

E A

RM

AZ

EN

AM

EN

TO

=

4

%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra m

aiús

cula

na

colu

na e

min

úscu

la n

a lin

ha n

ão d

iferir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

.

71

QU

AD

RO

13.

Cul

tivar

IAC

-120

: val

ores

méd

ios

(mg)

de

mas

sa s

eca

de p

lânt

ulas

, obt

idos

no

test

e de

ger

min

ação

de

sem

ente

s de

trig

o,

em fu

nção

de

trat

amen

tos

e de

mes

es d

e ar

maz

enam

ento

. M

eses

de

Arm

azen

amen

to

Tra

tam

ento

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

12

,5A

ab

10,8

Aab

9,

8Ab

10,8

Aab

13

,3A

a 11

,3A

Ba

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

14,3

Aa

10,5

Ab

3,0B

c 9,

5Ab

11,0

Ab

10,3

Ab

Feni

trot

hion

(T3)

14

,3A

a 10

,5A

b 10

,8A

cd

10,0

Ab

12,5

Aab

11

,8A

ab

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

13,5

Aa

11,5

Aab

c 8,

8Acd

10

,0A

b 12

,5A

ba

5,8B

d

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

14

,5A

a 12

,5A

ab

12,3

Aab

10

,0A

b 13

,8A

a 10

,0A

b

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

13,5

Aa

12,3

Aab

11

,5A

ab

9,5A

b 14

,0A

a 11

,5A

ab

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m

(T7)

14

,0A

a 11

,0A

abc

11,3

Aab

c 10

,5A

bc

13,5

Aab

10

,3A

c

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m

+ in

seto

s (T

8)

14,0

Aa

11,0

Aab

c 10

,3A

bc

9,3A

c 13

,3A

ab

12,0

Aab

c

CV

(TR

AT

AM

EN

TO

S) =

14,

4 %

C

V (M

ESE

S D

E A

RM

AZ

EN

AM

EN

TO

)= 2

,6 %

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra m

aiús

cula

na

colu

na e

min

úscu

la n

a lin

ha n

ão d

iferir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

.

72

QU

AD

RO

14.

Cul

tivar

IAC

-120

: Val

ores

méd

ios

(%),

obtid

os n

o te

ste

de e

nvel

heci

men

to a

cele

rado

, con

duzi

do c

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emen

tes

de tr

igo,

em f

unçã

o de

trat

amen

tos

e de

mes

es d

e ar

maz

enam

ento

.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

93

AB

a 80

Aab

75

Ab

32A

c 18

AB

d 2B

d

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

85B

a 49

Bb

1Cd

34A

b 3C

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11A

Bc

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trot

hion

(T3)

99

Aa

88A

b 63

Ac

39A

d 27

AB

d 8A

Bd

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

96A

Ba

92A

a 19

Bcd

28

Abc

47

Ab

7AB

d

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

83

Bab

90

Aa

70A

b 36

Ac

16C

DE

d 14

Ad

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

83B

ab

85A

a 64

Ab

38A

c 15

DE

d 13

AB

d

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m (T

7)

95A

Ba

89A

a 60

Ab

33A

c 44

AC

b 6A

Bd

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m +

inse

tos

(T8)

98

Aa

93A

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37A

b 36

AB

Cb

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1

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5%

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ste

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.

73

QU

AD

RO

15.

Cul

tivar

IA

C-1

20:

valo

res

méd

ios

(µm

hos.

cm-1

.g-1

), ob

tidos

no

test

e de

co

ndut

ivid

ade

elét

rica

, em

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ção

de

trat

amen

tos

e m

eses

de

arm

azen

amen

to.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

17

,91A

b 21

,08A

b 24

,24C

b 27

,05A

b 37

,25A

Bab

56

,65A

a

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

18,7

3Ac

31,9

5Ac

140,

32A

a 34

,15A

c 63

,33A

b 62

,10A

b

Feni

trot

hion

(T3)

21

,11A

b 35

,72A

ab

26,6

0Cab

25

,88A

ab

36,9

5AB

ab

49,2

8Aa

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

20,4

1Ab

25,7

4Ab

60,1

7Ba

31,6

5Ab

34,1

8Bb

41,6

8Aab

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

16

,80A

c 20

,65A

bc

25,4

3Cbc

23

,15A

bc

45,9

0AB

ab

48,9

5Aa

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

19,3

9Ac

20,1

6Ac

26,2

3Cbc

27

,08A

bc

56,1

0AB

a 47

,95A

b

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m (T

7)

21,8

8Abc

16

,16A

c 29

,30C

bc

27,9

3Abc

44

,07A

Bab

58

,33A

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m +

inse

tos

(T8)

21

,45A

a 19

,73A

a 37

,75B

Ca

35,0

3Aa

38,3

3AB

a 42

,80A

a

C

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RA

TA

ME

NT

OS)

= 3

5,56

%

CV

(ME

SES

DE

AR

MA

ZE

NA

ME

NT

O )=

9,9

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Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra

mai

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la n

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luna

e m

inús

cula

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linha

não

dif

erir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

74

QU

AD

RO

16.

Cul

tivar

IA

C-3

50:

valo

res

méd

ios

(%)

do t

eor

de á

gua

das

sem

ente

s tr

igo,

apó

s a

retir

ada

dos

inse

tos,

em

fun

ção

de

trat

amen

tos

e de

mes

es d

e ar

maz

enam

ento

.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

12

,9A

a 12

,7A

a 11

,7B

a 12

,6A

a 13

,9A

a 13

,6A

BC

a

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

12,6

Ab

13,8

Ab

19,7

Aa

13,6

Ab

14,5

Ab

16,1

AB

ab

Feni

trot

hion

(T3)

11

,9A

a 12

,7A

a 14

,5B

a 12

,6A

a 13

,5A

a 12

,4C

a

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

12,4

Aa

12,7

Aa

13,0

Ba

12,8

Aa

13,0

Aa

12,3

Ca

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

12

,5A

a 12

,3A

a 11

,7B

a 12

,6A

a 13

,1A

a 12

,4C

a

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

12,2

Aa

12,3

Aa

13,5

Ba

12,7

Aa

12,9

Aa

12,7

BC

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m

(T7)

12

,0A

b 12

,0A

b 11

,8B

b 12

,6A

b 12

,3A

b 16

,5A

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m +

in

seto

s (T

8)

12,4

Aa

11,8

Aa

11,9

Ba

12,6

Aa

12,1

Aa

12,7

BC

a

CV

(TR

AT

AM

EN

TO

S) =

6

,2

%

CV

(ME

SES

DE

AR

MA

ZE

NA

ME

NT

O )=

3,

2

%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra m

aiús

cula

na

colu

na e

min

úscu

la n

a lin

ha n

ão d

iferir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

.

75

QU

AD

RO

17.

Cul

tivar

IA

C-3

50: v

alor

es m

édio

s (

% )

de

sobr

eviv

ênci

a do

s ad

ulto

s de

Sito

philu

s or

yzae

em

sem

ente

s de

trig

o, a

pós

7 di

as d

a in

fest

ação

e a

pro

gêni

e (n

úmer

o de

ins

etos

) r

esul

tant

e em

51

dias

, em

fun

ção

de t

rata

men

tos

e de

mes

es d

e ar

maz

enam

ento

.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

4

(E2)

8

(E3)

11

(E4)

15

(E5)

18

(E6)

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os

100A

a 10

0Aa

99A

a 95

Aa

99A

a

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

Prog

ênie

(nº)

38

4Ab

1462

Aa

79A

c 16

1Ac

254A

bc

Viv

os

67B

a 77

Ba

90A

a 89

Aa

93A

a Fe

nitr

othi

on +

inse

tos

(T4)

Pr

ogên

ie (n

º)

84B

b 36

3Ba

36A

b 40

Ab

73A

b

Viv

os

0Cc

21C

b 9B

c 32

AB

b 98

Aa

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

Prog

ênie

(nº)

1B

a 43

Ca

41A

a 52

Aa

185A

a

Viv

os

0Cc

25C

b 25

Bb

60B

C

93A

a Fe

nitr

othi

on +

Car

boxi

n +

Thi

ram

+

inse

tos

(T8)

Pr

ogên

ie (n

º)

1Ba

100C

a 26

Aa

27A

a 69

Aa

CV

PR

OG

ÊN

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TR

AT

AM

EN

TO

S)=

62,

5 %

C

V P

RO

NIE

(ME

SES

DE

AR

MA

ZE

NA

ME

NT

O)=

24

,1 %

CV

VIV

OS

( T

RA

TA

ME

NT

OS)

= 2

1,2

%

C

V V

IVO

S (M

ESE

S D

E A

RM

AZ

EN

AM

EN

TO

)= 1

2,3%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra

mai

úscu

la n

a co

luna

e m

inús

cula

na

linha

não

dif

erir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

.

76

QU

AD

RO

18.

Cul

tivar

IA

C-3

50: v

alor

es m

édio

s (%

) de

sem

ente

s de

trig

o in

fest

adas

por

inse

tos,

em

fun

ção

de tr

atam

ento

s e

de m

eses

de a

rmaz

enam

ento

.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

0A

b 0B

b 0C

b 1B

b 0B

Cb

44A

a

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

0Ac

34A

b 46

Aab

6A

d 16

Ac

58A

a

Feni

trot

hion

(T3)

0A

a 1B

a 0C

a 0B

a 0C

a 1C

Da

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

0Ac

24A

a 11

Bb

0Bc

3Bc

6BC

bc

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

0A

b 2B

ab

0Cb

0Bb

0BC

ab

3CD

a

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

0Ab

1Bb

0Cb

0Bb

0BC

ab

12B

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m (T

7)

0Aa

1Ba

0Ca

0Ba

0Ca

1Da

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m +

inse

tos

(T8)

0A

bc

1Bab

c 3C

ab

0Bbc

0B

Cbc

4B

CD

a

CV

(TR

AT

AM

EN

TO

S) =

51

%

C

V (M

ESE

S D

E A

RM

AZ

EN

AM

EN

TO

=

11

%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra m

aiús

cula

na

colu

na e

min

úscu

la n

a lin

ha n

ão d

iferir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

.

77

QU

AD

RO

19.

Cul

tivar

IA

C-3

50: v

alor

es m

édio

s (%

) de

sem

ente

s de

trig

o in

fect

adas

por

Asp

ergi

llus

spp.

, em

fun

ção

de tr

atam

ento

s e

de m

eses

de

arm

azen

amen

to.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

0A

c 2A

b 12

Aa

3Ab

4AB

b 2A

Bbc

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

0Ad

2Ac

20A

a 6A

c 11

Aab

2A

Bc

Feni

trot

hion

(T3)

0A

b 0A

b 2A

bc

0Aab

1C

DE

ab

1AB

ab

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

0Ab

0Ab

3Ba

0Ab

0DE

ab

1AB

ab

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

0A

b 1A

Bab

3B

Ca

3Aa

4Cab

2A

Ba

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

0Ab

1AB

ab

3Ba

3Aa

2BC

Da

1AB

ab

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m (T

7)

0Ab

0Bb

0CD

b 0A

b 0C

DE

b 5A

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m +

inse

tos

(T8)

0A

a 0A

a 0D

a 0A

a 0C

a 1A

Ba

CV

(TR

AT

AM

EN

TO

S) =

62

%

C

V (M

ESE

S D

E A

RM

AZ

EN

AM

EN

TO

=

26

%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra m

aiús

cula

na

colu

na e

min

úscu

la n

a lin

ha n

ão d

iferir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

.

78

QU

AD

RO

20.

Cul

tivar

IA

C-3

50: v

alor

es m

édio

s (%

) de

sem

ente

s de

trig

o in

fect

adas

por

Pen

icill

ium

spp

., em

fun

ção

de tr

atam

ento

s e

de m

eses

de

arm

azen

amen

to.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

0 (E

1)

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

0A

c 7A

b 24

AB

a 5A

b 4A

Bb

5Bb

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

0Ad

5Abc

24

Aa

1AB

cd

9Aab

2B

bcd

Feni

trot

hion

(T3)

0A

b 0B

b 4C

Da

0Bb

0Cb

2Bab

Feni

trot

hion

+ in

seto

s (T

4)

0Ab

0Bb

8Ca

0Bb

0Cb

2Bab

Car

boxi

n +

Thi

ram

(T5)

0A

c 2A

Bbc

10

BC

a 3A

Bab

c 0C

c 10

AB

a

Car

boxi

n +

Thi

ram

+ in

seto

s (T

6)

0Ac

1AB

bc

6CD

ab

1AB

bc

1BC

bc

16A

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m

(T7)

0A

b 0B

b 0D

b 0B

b 0B

c 5B

a

Feni

trot

hion

+ C

arbo

xin

+ T

hira

m

+ in

seto

s (T

8)

0Ab

0Bb

0Db

0Cb

0AB

a 11

AB

a

C

V (T

RA

TA

ME

NT

OS)

=

6

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CV

(ME

SES

DE

AR

MA

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ME

NT

O )=

2

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%

Méd

ias

segu

idas

pel

a m

esm

a le

tra

mai

úscu

la n

a co

luna

e m

inús

cula

na

linha

não

dif

erir

am e

ntre

si a

5%

, pel

o te

ste

de T

ukey

.

79

QU

AD

RO

21.

Cul

tivar

IA

C-3

50:

valo

res

méd

ios

(µm

oles

de

CO

2.kg

de

sem

ente

-1.h

-1),

obtid

os n

o te

ste

de r

espi

raçã

o, e

m f

unçã

o de

trat

amen

tos

e m

eses

de

arm

azen

amen

to.

Mes

es d

e A

rmaz

enam

ento

T

rata

men

to

4 (E

2)

8 (E

3)

11 (E

4)

15 (E

5)

18 (E

6)

Tes

tem

unha

(T1)

2,

038B

a 41

,209

Aa

21,8

82A

a 33

,651

Aa

24,4

01A

a

Tes

tem

unha

+ in

seto

s (T

2)

1148

,931

Aa

113,

459A

b 28

,116

Aa

10,6

04A

b 11

,224

Ab

Feni

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Feni

trot

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Car

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hion

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a

Feni

trot

hion

+ C

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seto

s (T

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80

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22.

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+

Car

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Thi

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hion

+ C

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81

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82

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20,0

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Feni

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5%

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o te

ste

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