semeando 02

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Spiritual


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“Pior que a ação dos maus é a omissão dos bons".

Um velho índiodescreveu, certa vez,seus conflitos internos...-“Dentro de mim existemdois cachorros...Um deles é mau e cruel.O outro é bom e dócil.Eles estão sempre abrigar”.Então lhe perguntaramqual dos dois cachorrosganharia a briga.O sábio índio parou,refletiu e respondeu:- “Aquele que eu

alimentar”.

Diretor - Presidente / Editor : Franklin Moreira

Redação: Luciana de Castro e Juliana G. Mangi Revisão: Aída Moreira e Daniel ArmindoEditoria de Arte e Criação - Andrea Melleu

Impressão: Ediouro Gráfica / Tiragem 5.000 exemplares

www.feic.org.br /[email protected]

Matriz: Estrada do Pau Ferro 1.344 – Freguesia – RJ - CEP.: 22745-080Fone/Fax: (21) 2425-3178 / 2425-6751 / CNPJ: 00892840/0001-06

Filial: Rua Atininga, 606 - Taquara - CEP.: 22730-010 / Fone/Fax: (21) 2423-5678

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JORGECOELHO

Tendo abraçado a Doutrina

Espírita por mais de três déca-

das, Jorge Coelho aprendeu a

vencer-se e consegue enxergar a

beleza da vida em coisas muito

simples. Em entrevista ao jornal

FEIC, abriu seu coração, expôs

seus medos, suas vitórias e nos

fez grandes revelações.

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“Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se!... Todavia, se você quer ser feliz para sempre? Perdoe!” (Tertuliano)

Como você chegou à FEIC?Se não me falha a memória, foi em 1996

que eu e o Victor Moreira, ambos médiuns exposi-tores da Sociedade Espírita Ramatis, recebemossolicitação do Dr. Ribeiro, à época Vice-Presidenteda SER, para colaborarmos com a FEIC na con-dução de palestras, já que a casa começava areceber um grande fluxo de pacientes e ainda nãopossuía um quadro de expositores que atendesseàquela demanda. Fomos recebidos com muitoamor e carinho pelo Franklin e Aída, e logo come-çamos a conhecer os membros da família FEIC,com os quais nos afinamos de imediato. Algumtempo depois, o Victor desencarnou e ficamos so-zinhos, fisicamente falando, pois a presença da-quele querido irmão é constantemente notada noambiente astral de nossa casa.

Com os seus 75 anos, como você analisasua trajetória nesta encarnação?Eu me sinto um privilegiado por Deus pelas

oportunidades que a vida me tem concedido de,através do exercício da Mediunidade, compensaros erros cometidos no passado. Como sabemosque Deus não privilegia nenhum de seus filhos,mas dá “a cada um segundo suas obras”, acreditoque, apesar de tudo, alguns méritos devo ter naContabilidade Divina que me trazem tantas bênçãos,já que, também no campo familiar, tenho sidoaquinhoado com seres muito especiais que mepropiciam muita felicidade.

Você tem medo de que?De voltar a cometer os mesmos erros do

pretérito. De perder a oportunidade maravilhosa deuma época tão linda como a que atravessamos noplaneta Terra atualmente. Muitos acham o contrário,por não perceberem que a Providência Divina estácomandando todo o processo de regeneração dascriaturas humanas, sob a égide do Mestre Jesus.Tudo caminha para a perfeição cada vez maisrápido. Como nos diz Emmanuel, “Deus atendeàs criaturas através das próprias criaturas”. Epodemos acrescentar que se Deus fosse esperarcriaturas perfeitas para tocar a obra do mundo, elaestaria parada. Ele nos utiliza com, sem e apesarde nossas imperfeições.

O que você ainda quer realizar?De uns tempos para cá, tenho me dedicado

a tentar vencer minha tendência de controlar ascoisas. Acredito que o mais importante é a auto-realização propiciada pelo autoconhecimento embusca da reforma íntima. Nos tempos atuais, umasérie de alertas a nós, espíritas, está sendo feita,por Espíritos amigos, sobre a necessidade demelhor vivenciarmos aquilo que a Doutrina Espíritanos trouxe para nossa felicidade. Um dessesEspíritos é Ermance Dufaux, cujos livros têmocupado atualmente minha atenção.

Você, sempre que pode, reafirma a impor-tância de valorizar as coisas simples da vida.Qual o segredo para enxergar tais aconteci-mentos?Ver a Presença de Deus em tudo e em todos.

Deus é Imanente na criação, portanto está em tudopresente; ao mesmo tempo é Transcendente. Nossamente só através de analogias consegue aproximar-se do entendimento de Deus. No entanto, o maisimportante não é entendê-Lo, mas sim amá-Lo atravésdo Amor às suas criaturas, que são sua expressão.Como nos diz o Espírito Neio Lúcio: “Quem ama vaisempre à frente de quem simplesmente sabe”.

Kardec afirma que reconhece-se um espí-rita pelo seu esforço na reforma íntima. Sen-do assim, você é um espírita?Sou! Tenho muitos amigos espirituais exatamente

por isso. Eles sabem o quão próximo estou da beirado abismo e velam para que eu consiga alcançar asportas do “castelo do EU SOU”. Quando eu chegar“do outro lado”, as palavras que mais terei que pro-nunciar serão: “Muito obrigado” e “desculpe pelo tra-balho”.

Seu projeto hoje na FEIC é o da Escola dePais. Qual a importância da escola para ospais com filhos na Evangelização?Permita-me corrigir sua pergunta, pois a Esco-

la de Pais, não é meu projeto, mas sim, do DIJ sob adireção de nossa querida irmã Aída. Eu e o JoãoCajaíba muito temos nos beneficiado desse projeto, jáque, ali, diferentemente das palestras, temos a oportu-nidade de receber o “feedback” (retorno) imediato atra-vés de perguntas, colocações, testemunhos e even-tualmente objeções àquilo que expomos; somos as-sim os maiores beneficiados. Quanto à importânciapara os pais, sugiro que em uma próxima edição dojornal, seja feita matéria com eles para que possam

dar seu testemunho. Eu cheguei à Escola de Paistrazendo minha neta para a Evangelização Infantil.Hoje estou ciente de que ela é que me deu essaoportunidade. Sempre digo aos pais que o Amorque têm por seus filhos fez com que tivessem aoportunidade de ali estar, participando de nossoencontro das manhãs de sábado.

Como você resume sua relação com aFEIC hoje?Um casamento que deu certo. A lua-de-mel

não terminou, e espero que não termine nunca.Como em todo casamento que dá certo, a renúnciaaos valores do ego se faz necessária de ambas aspartes. Todos queremos ser felizes, e para tanto énecessário abdicarmos de vez em quando dosdesejos nem sempre importantes do ego, em be-nefício dos valores sempre importantes do Eu Di-vino. Para alcançarmos os objetivos traçados embusca de nossa felicidade, é muitas vezes neces-sário renunciar a parte desses mesmos objetivos;o que não alcançamos agora, alcançaremos maisadiante. Afinal, acreditamos ou não que retornare-mos muitas vezes mais? Certa vez ouvi de umpalestrante espírita a afirmação: “deixei de ter ra-zão para ser feliz”; pensemos nisso!

O que o seu coração quer me dizeragora?Que me sinto muito feliz de ter a oportunidade

de conviver com tanta gente especial. Agradeço aoPai por haver colocado em meu caminho tantaspessoas que me têm ajudado a alcançar a “per-cepção consciente da Presença de Deus” emtodos nós.

Espero ainda continuar pelo tempo que Eleme conceder, participando dos grupos da SER eda FEIC, dando e recebendo Amor e “que sejamde PAZ os nossos pensamentos”.

ENTREVISTA

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No dia 26/08/2008, o prefeito Cesar Maia recebeu,carinhosamente em seu gabinete, a FEIC, represen-tada pelo seu presidente Sr. Franklin Moreira que apre-sentou um pré-projeto para construção da primeiraEscola Espírita de Medicina do Rio de Janeiro, reivindicando, na oportunidade,“cessão de uso” de uma área da prefeitura destinada à construção de EscolaMunicipal localizada na Av. das Américas - Barra da Tijuca.“Na foto o Sr. Franklin explica ao prefeito como funcionaria a Faculdade Espíritade Medicina, na presença (sentido relógio) da Sra. Paula Felismino (AssessoraParlamentar), Dr. Francisco Ribeiro (Advogado FEIC), Sra. Luciana de Castro(Jornalista da FEIC) e Sr. João Gilberto (Dirigente de Obras FEIC)”.

“Se você se sente só é porque construiu muros em vez de pontes.” (Antoine de Saint-Exupéry)

ACONTECEU

Coral FEIC

O Coral FEIC pelo tercerio ano consecutivo participou do tradicional CANTA BRASIL2008 - FESTIVAL INTERNACIONAL DE CORAIS, junto a corais nacionais einternacionais na bucólica cidade de São Lourenço - MG. Estiveram presentesexcelentes corais da Itália, USA, Venezuela, Chile, França, Uruguai, Argentina,Paraguai, Colômbia, Espanha, México, Canadá, etc. É bom assinalar que o CoralFEIC foi o único representante do Espiritismo.

Curso de Formação de Evangelizadores

“Dinâmica do Braço Engessado”no Curso de Formação de Evangelizadores.Um pote cheio de balas é colocado à disposição de todas as crianças para seservirem, todavia, como todas estão com o braço engessado, não conseguem

comer as balas por-que não conseguemleva-las à boca por-que não podem. Istocontece, até que des-cubram que podemcolocar a sua bala naboca do companhei-ro, como também re-ceber dele. O objetivoé desenvolver o sen-timento de solidarieda-de entre os participan-tes.

Este Programa Social que tem comoobjetivos assistir a portadores de va-riados tipos de deficiências (física emental) através das assistências: "Ma-terial" (com doações de roupas, cal-çados, remédios, cesta básica, agasa-lhos, cobertores, brinquedos, etc.);“Social” (com trabalhos específicos àssuas deficiências, Terapia Ocupacio-nal, Atividades Recreativas, Conheci-mento Ecológico, Festividades daÉpoca - Natal, Páscoa, etc); e “Edu-cação Cristã" (passando a "Noção deDeus" sob a égide da moral Cristã,pela aplicação de didática simples epertinente às suas idades mentais, através de vários recursos: mú-sica, canto, teatrinho de marionetes, histórias, etc.).Os Orfanatos assistidos são: CAS – Centro de Atenção Singulari-

zada (adultos), situado à Estrada da Li-gação 980 - Taquara – Jacarepaguá; ea AÇÃO CRISTÃ VICENTE MORETTI

(crianças), situada à RuaCamatiá 223 - Freguesia– Jacarepaguá.Os Recursos Materiaisusados no programa sãoobtidos através de dona-tivos recebidos em cam-panhas diversas: "doagasalho", "do cober-tor", "do brinquedo",

"do sabonete, pasta e escova de dente",etc; e os Recursos Humanos, através de

professores, psicólogos, psicoterapeutas, assistentes sociais, volun-tariado generalizado, etc., formando duas equipes distintas; umaatende aos adultos, enquanto a outra atende às crianças.

FEIC SOCIAL

Programa Orfanato – Crianças e Adultos Especiais

Aída Moreira

“Visão da nova fachada da FEIC após obras onde foram assentadas 300m2de pastilhas brancas e verdes. Pelo novo visual queremos agradecer a ajudamaciça de todos os“feiquianos” (médiuns, pais do DIJ, voluntários e pacientes)que carinhosamente fizeram doações do material usado, cabendo à FEIC,apenas, o ônus da mão de obra.”Estamos agora providenciando a calçada com recuo para estacionamentode carros, já autorizado pela CET-RIO.

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Orientação da infância, profilaxia do futuro (André Luiz. Livro: Conduta Espírita)

DIJ (Departamento de Evangelização Infanto - Juvenil)

Alunos, evangelizadores e convidados participaram da Feira deciências. Foram debatidos, dentro do tema central “Saúde do corpo edo espírito”, assuntos divididos pelos ciclos da evangelização.

As turmas usaram diferentes recursos para atraír a atenção dosvisitantes. O 2° ciclo, por exemplo, ensinou sobre o reaproveitamen-to de alimentos, oferecendo ao público sucos naturais, bolos feitos decascas de banana e um livro com receitas de reciclagem alimentar. OJardim vendeu peças, feitas pelas crianças, como latas e caixasreutilizadas, pintadas e customizadas por eles. As duas turmas deJuventude colocaram de forma esclarecedora as DST (Doenças Se-xualmente Transmissíveis), e a Mocidade, aproveitando o projeto queestá realizando com as gestantes falou sobre gravidez. Duas peçasteatrais de curta duração foram apresentadas: uma, do 1° ciclo, sobrea água e a poluição – “A gotinha d’água que queria tomar banho”; e o3° ciclo fez um teatro interativo com o público, para alertar sobre operigo de vícios como cigarro, álcool e drogas.

Com tanto empenho e dedicação, o resultado não poderia ter sidooutro: Sucesso! A feira contou com a presença de muitos convidados,que puderam assistir de perto o maravilhoso desenvolvimento dostemas vistos sob a ótica espírita.

Casa Espírita comprometida em realizar a proposta do Cristo-Je-sus tem no DIJ – Departamento de Infância e Juventude - um pontode muitos cuidados e atenção. Assim é na FEIC.Tomar conhecimentodos ensinamentos trazidos por Jesus é altamente edificante para acriatura humana, em qualquer fase de sua vida terrena, mas os ami-gos espirituais nos informam que a infância é a fase em que o ser émais propenso a absorver os valores e ensinamentos ministrados. Eà medida que a criança cresce, amadurecendo a máquina corporal, osistema nervoso e os demais, exercitando seus sentimentos, emo-ções, o intelecto, etc, ao ser evangelizada já começa a ser “trabalha-da” moralmente, tendo meios de, desde pequena, exercitar seja nolar, na escola, ou na sociedade, a moral cristã que a levará a sermelhor e conseqüentemente mais saudável e feliz.

No DIJ-FEIC partilhamos teoria e prática. Nossas aulas são intera-tivas, onde as crianças e jovens participam da construção dos conhe-cimentos através de variadas atividades – artísticas, musicais, tea-trais, literárias e científicas. Para que todo esse universo de conceitose informações se solidifiquem é necessário atingir os pais e a família.Por isso não nos descuidamos dessa fundamental célula-mãe dasociedade.

Os pais e familiares dos evangelizandos FEIC são convidados afazer parte do “Encontro de Pais” - atividade paralela às aulas deevangelização - onde debatem assuntos doutrinários, de relaciona-mentos familiares e educativos com os queridos tios Jorge Coelho eJoão Francisco. Assim todos são beneficiados com o convívio frater-no, esclarecedor e amoroso da nossa FEIC.

Nossos filhos

no mundo são

consciências que

gravitam em torno

de nossa vida

refletindo, agora ou

mais tarde, o nosso

devotamento ou

a nossa deserção.

(Vida em Vida, Emmanuel.)

Juliana Mangi

Aída Moreira

Alunos do 3º. ciclo que encenaramdiálogos sobre as diversas formas de

vícios e suas conseqüências naespiritualidade.

Equipe da Juventude abordoucientificamente as doençassexualmente transmissíveis.

Equ

ipe

de

evan

gel

izadore

s do D

IJ

O cinema organizado pela Mocidadeabordou filme sobre gravidez

Realizado no primeiro e segundoturnos da Evangelização - atividade

que oportuniza aos pais e responsáveisacompanhar de perto o aprendizado e"crescimento" das crianças e jovens

matriculadas no DIJ.

Encontro de PaisO lar é o ambiente mais

eficaz para a educação doshomens; é considerado pelaespiritualidade superior um“curso vestibular” de confra-ternização para o futuroevento da família universal.A união conjugal é a “célu-la” inicial de formação dogrande “organismo social”onde se forjam almas em res-gates cármicos – A família -O objetivo é, além de darcondições a espíritos de re-encarnarem, desenvolver oamor... Aí nascem os filhos eformam-se as famílias cosan-güíneas. (Ramatis)

O 2º ciclo falou sobre a importânciado reaproveitamento de alimentos

Turma do 1º Ciclo, assistindo apeça teatral "A gotinha d´água

que queria tomar banho", muitoapreciada, exigindo, das crianças,várias apresentações para atender

o interesse dos visitantes.

Enquanto as crianças sãoevangelizadas, os pais recebem

orientações do tema passado a elas.

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As Múltiplas Religiões Humanas - Como Surgem?

DOGMAS RELIGIOSOS

Conta-se que vários bichos decidiram fundar umaescola. Para isso reuniram-se e começaram a es-colher as disciplinas. O Pássaro insistiu para quehouvesse aulas de vôo. O Esquilo achou que a su-bida em árvores era fundamental... O Coelho insis-tia para que a corrida fosse incluída na grade esco-lar. E assim foi feito. Incluíram tudo... mas comete-ram um grande erro: insistiram para que todos osbichos praticassem todos os cursos oferecidos. OCoelho foi magnífico na corrida, mas na aula de vôofoi um fiasco. Colocaram-no no alto de uma árvore edisseram: - “Voa, Coelho”... Ele saltou lá de cima e“pluft”... coitadinho, ficou todo torto... Não aprendeu avoar e acabou sem poder fazer o que fazia tão bem,que era correr! O Pássaro voava como nenhumoutro, mas obrigaram-no a cavar buracos comouma toupeira... Quebrou o bico, arranhou as asas enem conseguiu mais voar como antes. Na aula de100 metros rasos?! Coitado do peixe!... Quase mor-reu asfixiado: tiveram que retorná-lo, rapidamente,ao lago... E assim ocorreu com todos: um fiascofora de suas especialidades.

Conclusão:Todas as peças na criação têm suas

"Não exija dos familiares diferentes de você,um comportamento igual ao seu, porquanto

cada um de nós se caracteriza pelasvantagens ou prejuízos que acumulamos

na própria alma". (André Luiz)

ENCONTRO DE CASAIS

funções específicas. Daí a diversidade na criaçãodivina, e nós, humanos, também não somos exce-ções; somos diferentes uns dos outros, pois cadaum tem suas qualidades próprias adquiridas ao lon-go de sua existência, desde a criação. Daí, não éinteligente nem racional exigir dos outros o que elesnão têm para “dar”, e é no relacionamento conjugalque encontramos mais conflitos provocados por estaverdade. Existem cônjuges que, por imaturidade edesconhecimento de que ninguém é perfeito, nãorespeitam estas diferenças e exigem de seus par-ceiros, atitudes e posturas que gostariam que elestivessem... Na realidade, exigem aquilo que agra-dam a si mesmos, ou qualidades que gostariam queseu cônjuge tivesse através de imposições, geran-do brigas, carências, sofrimentos e, no final, por nãoserem o que gostariam que fossem, não mais fa-zem o que faziam bem feito antes, perdem a vonta-de, deixam de se amarem e se separam... Daí, afórmula para um perfeito relacionamento conjugal é:"Saber respeitar as diferenças, aceitando as pes-soas como elas são, e não da maneira como gosta-ríamos que fossem". (Franklin Moreira)

Criada à “imagem e semelhança” de Deusem “essência espiritual”, todavia simples e ig-norante, a criatura evolui por múltiplas existên-cias reencarnatórias à procura desta origem.Movida por um sentimento inconsciente de reli-giosidade (vontade inata a todos os espíritos),ela se volta às suas “raízes” sob a forma de cren-ça e fé no Criador, demonstradas através de ex-terioridades e se realiza sob a forma de religi-ões e seus cultos. Religião vem do Latim religareque quer dizer religar-se a, ou seja, o que jáesteve ligado. Inicialmente, pela imaturidade(criança espiritual que ainda é), demonstra estesentimento religioso, irracionalmente, adoran-do fenômenos da natureza (raios, trovão, sol...)como se fossem deuses. Amoroso, então, o Pai,de tempos em tempos nos envia missionáriosde luz para nos ensinar (o maior dentre todos foiJesus de Nazaré), e nos indicar o caminho doverdadeiro religare, ou seja: servir pela práticado amor. Todavia, as imperfeições naturais dacriatura imatura retardam este caminho de reli-gação com o Criador; conseqüentemente, des-virtuam-se e distanciam-se das verdadestrazidas pelos grandes mestres missionários, cri-ando e inventando religiões humanas; ...e cadavez surgem mais! Mas, como entender isso?

Vejamos alguns exemplos... Na épocarenascentista quando se queria elogiar umaescultura, muito fiel ao modelo original, dizia-se: "esculpida em carrara" - tipo de mármoremuito macio, preferido pelos escultores da épo-ca. Com o tempo, este termo foi desvirtuando-se e distanciando-se tanto do elogio original,que, atualmente, quando um bebê se parece

com o pai diz-se que ele é a cara do pai "cuspi-do e escarrado". Ao nos informar que "a cadaum seria dado segundo as suas obras", há 2000anos, Jesus nos ensinava sobre a Lei de Causae Efeito, Lei Natural preterida edesvirtuada em sua essênciapela invenção do perdão sacer-dotal da Igreja Romana no ano1000 D.C., quando arrogou a sio “EGO TE ABSOLVO” – eu teperdôo! O “é dando que se rece-be” de Jesus foi transformadoem conchavos financeiros coma Divindade... Para receber aju-da de Deus o cristão tem que serousado; tem que doar parte deseus ganhos financeiros à Igre-ja para, aí sim, poder exigir deDeus... A palavra demônio deri-va-se do grego daimon (gênio,espírito); Platão dava a Deus o nome de demô-nio onipotente; Sócrates dizia possuir um de-mônio guia... Em nome de um sentimento dereligiosidade imaturo, inventaram que os bonsdemônios seriam chamados de anjos e os mausapenas de demônios. Então, deu-se “poder” aosmaus espíritos, chamou-os de Satanás, criou-se o inferno e, hoje, as Religiões Cristãs exis-tentes falam mais do demônio do que de Deus– um insulto a DEUS! Estas alegorias retratam anossa imaturidade pela tendência natural quetemos de desvirtuarmo-nos da realidade; e é nasreligiões onde mais temos demonstrado estedistanciamento dos ensinamentos trazidos pe-los que sabem mais. Daí Jesus ter afirmado que

“haveriam falsos profetas”.As Religiões humanas foram, então, pouco-

a-pouco se distanciando das verdades ensina-das pelos mestres; Jesus, pregava a religião

“Oculta”, aquela que palpita nointerior de cada um de nós: aReligião Universal que não seencontra nos templos, nos alta-res ou e em nenhum lugar es-pecífico, mas aquela que estáno interior de cada criatura eque fala da prática do “amor”.Todavia, em nome de Deus oshomens desvirtuaram-se do“amai-vos uns aos outros”, in-ventaram religiões, intitularam-se ministros de Deus com po-deres divinos, julgaram e sen-tenciaram à morte todos aque-les que não aquiesceram aos

dogmas das suas Igrejas, fazendo com que ci-entistas, profissionais liberais e sábios fossemperseguidos e assassinados; admitiram a exis-tência do inferno dentro da Criação Divina, etc.Concluindo: as religiões humanas foram pou-co-a-pouco se distanciando do “amai-vos unsaos outros”, a ponto de, hoje, descaracterizadas,serem apenas pequenas lembranças do cristi-anismo primitivo, levando-nos a concordar com“Khalil Gibram Khalil” quando diz que: “de tem-pos em tempos, nas colinas do Líbano, Jesus deNazaré conversa com Jesus dos cristãos e, apósmuito dialogarem, o Nazareno se despede, de-solado, afirmando... temo que nunca cheguemosa nos entender!” (Franklin Moreira)

"O templo doméstico é uma bênção doCéu na Terra, porque dentro dele é

possível realizar o verdadeiro trabalhoda santificação.(...) Não te esqueças de

que o lar é o espelho, onde o mundocontempla o teu perfil e, por isso mesmo,

intrépidos e tranqüilos nos compromissosesposados, saibamos enobrecê-lo e

santificá-lo". Emmanuel (Chico Xavier)

“Em vão, porém, me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens". (Marcos 7.7)

Saber respeitar as diferenças

MORAL DA HISTÓRIA

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É melhor estar preparado para uma oportunidade e nunca tê-la, do que ter uma oportunidade e não estar preparado.

Você vai ler agora um depoimento surpreendente e extremamente emocionante.A história de um casal que chegou à Feic através da dor, trazido pelo desespero, angústiae medo. Escrito pela própria Licéia Feitosa, optamos em não alterar o texto, respeitandosua emoção e sinceridade ao escrevê-lo. Uma história para mostrar que o amor superatudo, e é preciso confiar e aceitar os desígnios de Deus e que nada é insolucionável.

Por mais que pareça metáfora (linguagemfigurada), foi realmente por causa do fogo queviemos para a FEIC. Em junho de 2006, apósum “acesso de loucura”, eu pus fogo na minhacasa.

Desde pequena sempre ouvi dizer que eu eraassombrada, medrosa, via coisas, ouvia vozes.Criada em uma igreja evangélica desde quenasci, freqüentava regularmente os cultos, faziaparte do coral e da orquestra e tinha uma vida“normal”.

Em 1993 conheci aquele que é hoje meumarido e, através dele, tive acesso a alguns te-mas ligados ao Espiritismo e cheguei a ler oNosso Lar. Por duas ou mais vezes me disse-ram que eu era médium. Todavia, devido à mi-nha criação, nunca aceitei me aprofundar noassunto. Alguns anos se passaram, seguimosas nossas vidas e eu sempre sentia arrepios,mal- estar, crises depressivas e momentos deextrema euforia. Diagnosticada e orientada pormédicos, vista pelo lado clínico, me acostumeicom o fato de ser bipolar. Finalmente, em junhode 2006, após uma discussão sem grande im-portância, entrei em crise, queria me matar eacabar com tudo. Tomei uma overdose de cal-mantes e, ao invés de dormir, fiquei extrema-mente agitada.

Meu filho foi para a casa do tio e logo depois

misso. Conversamos por mais de uma hora.Novamente ouvi a frase “você é médium” e des-ta vez com um complemento, “certamente deincorporação”. Hoje estamos na FEIC, fazemosa Escola de Médiuns, trabalhamos no passe,fazemos o estudo do GED, o Culto no Lar e par-ticipamos, sempre que possível, das atividadesda FEIC. Nosso filho fez a Evangelização e, de-vido à idade, agora, estuda o Livro dos Espíritos.

Foram muitas as dificuldades. A maior delasfoi aceitar a minha “fraqueza” (não saber lidarcom a mediunidade) e a nova realidade que seapresentou após 35 anos de vida. Mas, agoraas coisas fazem sentido.

Agradecemos a Deus pela grandeza do amor,que não nos permitiu tomar caminhos diferen-tes e que nos uniu ainda mais; à D. Aída, pelaafetuosa recepção e a atenção que nos dedi-cou; e à FEIC, na pessoa do Sr. Franklin, quenos acolheu.

Esse é o nosso depoimento de vida – que sir-va de exemplo para muitos. Eu me chamo Licéae o meu marido, Hilton. Somos os Feitosa, comonos chama, carinhosamente, o Sr. Franklin.

PSICOGRAFIA

FEIC Astral - Formação de Núcleos Familiares

meu marido, para evitar uma nova discussão,foi dar uma volta. Quando voltou a casa estavaqueimada e os bombeiros tentavam conter ofogo.

Lembro-me que, quando meu marido saiu, araiva aumentou muito, comecei a xingar, esbra-vejar, falar em vingança; peguei uma caixa defósforos e falando “sozinha” e rindo muito, pas-sei a atear fogo nos móveis. Perdemos 90% denossas coisas. Fomos para a casa da minha tiae em pouco tempo estávamos falando em di-vórcio.

Procuramos ajuda na igreja e em consultóri-os psiquiátricos, não recebemos nenhuma ex-plicação aceitável. Fiz vários exames e tomeimuitos remédios sem que houvesse um pare-cer e uma melhora plausível.

Foi então que meu marido me propôs quefôssemos a uma casa espírita, ele estava certode que era algo espiritual. Relutei muito, fiz mui-tas perguntas e pedi opções. Ao passar na portaescolhi a FEIC. Ele viu os dias e horários daentrevista e viemos.

Chegamos atrasados, os atendimentos havi-am acabado. O Sr. Franklin estava na palestrae Da. Aída estava saindo. Como ele (o marido)insistiu muito, Da. Aída foi à recepção saber omotivo da urgência. Quando disse a ela: “Eupus fogo em casa”, ela até esqueceu o compro-

O sol surge tão lindo na colônia onde estou,aqui é lindo e agradável. Agora tenho onze anos,morri ainda com dez; não tive pai ou mãe aomeu lado, vivi na rua, fui parar em um abrigomas não gostava, fugi, voltei para a rua e, numanoite fria, morri, não sei de quê. Deu um febrãoe eu vi meu corpo estrebuchar se batendo nochão. Tentei chamar meus amigos que dormi-am, mas ninguém ouviu. O Jeremias acordou echamou os outros, mas eles não sabiam o quefazer. Aninha segurou minha cabeça para pararde bater e me deram seus cobertores.Tentei voltar pro corpo, não estava en-tendendo nada e fiquei com muitomedo, meu corpo parou de tremer, maseu não acordei. O medo aumentou ecomecei a chorar. Queria ter uma mãe,alguém que me ajudasse... minha mãemorreu, eu era bebê, ela também viveuna rua e meu pai ninguém sabe quemé ... Pensei nisso e fiquei quieto, só que-ria entender ... será que morri, pensei, evoltei a chorar até dormir. Quando acordei, nãovi os amigos, nem ninguém conhecido, a lojaem que dormíamos em frente já estava aberta,eu sentia frio e fome e pedi dinheiro a um se-nhor mas ele nem me olhou. Isto se repetiu com

muitos outros. Senti-me fraco e dormi de novo.Quando acordei estava aqui nessa casa, foi

aí que me falaram que eu morri, quer dizer, ocorpo que eu usava. Achei engraçado o tio falarque era como roupa velha, na rua a gente usaroupa velha até não dar mais e o meu corpoainda era novo ... mas se morreu, morreu ... Mealimentaram, limparam, me explicaram ummonte de coisas e me mostraram o “colégio”em que eu iria ficar. Fiquei com medo, acheique ia ser igual ao abrigo, mas o moço me

garantiu que não.Disse que de lá eu ia gostar pois te-

ria gente cuidando de mim feito pai emãe e tios, tias, irmãos e primos; tudoque não tive vivo e que não precisariamais sentir fome ou frio ... ele disse quenão ia ter que pedir para estranhos eque ninguém iria virar as costas, poisaqui todo mundo ajuda; me mostrouum quarto, que era só pra mim e tinhaaté cama e brinquedos ... disse que se

eu quisesse me apresentaria ao casal que, ago-ra, cuidaria de mim. Eu queria dormir e aceitei;hoje tenho uma família, já sei ler e escrever. Coma ajuda de um tio é que escrevo agora. Tenhomuito o que aprender, às vezes sinto falta dos

amigos, é pena, pois eles não têm a sorte queeu tenho ... Mas meu pai (1), disse que cada umpassa pelo que tem que passar quando está nacarne, e que eu vou entender melhor quandocrescer mais e estudar mais. Eu era franzino eagora tô gordinho e cresci um bocado! Eu tôfeliz aqui e só queria agradecer.

Tchau tia, dá um beijo na vó Aída e na profes-sora (Márcia Archer) que tá lá no canto da mesa.

(Maurinho)

1- Nota do orientador espiritual: Existe um tra-balho na FEIC Astral onde estão sendo forma-dos núcleos familiares com os trabalhadores dacasa, que funcionam como nas famílias encar-nadas, pois foram organizados de forma que“Pais” e “filhos” ou “tios” e “sobrinhos”( no casodos que conheceram seus pais) se reúnam parapraticar o culto no lar e ter momentos de lazercom qualidade, o que pouco acontece entre osencarnados, infelizmente. O projeto tornou-senecessário devido à grande quantidade de cri-anças que chegam a esta Casa e, também, porquerermos que, ao retornar à carne, eles levemo aprendizado de uma família estruturada paraque possam reconstruí-lo aí.

"O Fogo nos trouxe à FEIC”

Pisicografado por Ândrea, em15/09/2008.

DEPOIMENTO

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Não chore pelas coisas terem terminado, sorria por elas terem existido. (L. E. Boudakian)

Por que a Dieta nos Tratamentos FEIC?

O algo mais que a Ciência ad-mite existir, o Espiritismo, ou me-lhor, a Ciência Espírita reconhecepelos seus efeitos irradiados. Sãoenergias extra-físicas que chama-mos de “fluidos e magnetismos”(espirituais), não perceptíveis pe-los sentidos humanos, e existentesna natureza, nos vegetais, nos mi-nerais, nos animais, nos homens,na Terra, no Sol e no Universo.Exemplo: pelo calor se comprovaa irradiação da energia do Sol, to-davia se desconhece a espiritualque é irradiada sobre toda a natu-reza. É questão de tempo! Haveráum dia em que a ciência irá se abrira estas evidências para compre-ensão de inúmeras descobertasque, certamente ocorrerão, inclu-sive o reconhecimento da existên-cia destas energias atuando sobreas estruturas atômicas dos elemen-tos químicos existentes na fisiolo-gia humana. Quando isto aconte-cer, a Medicina dará um salto dequalidade nas prevenções, nos di-agnósticos e nas curas de patolo-gias até então desconhecidas, pois

A Ciência admite que pode haver no universo algo mais além da “Matéria” e da “Energia”. A matéria inclui asrochas, a água, o ar e todas as coisas vivas, em seus estados sólidos, líquidos ou gasosos. Já a energia, por não ter

peso e somente podendo ser medida quando transformada, sendo liberada ou absorvida, não pode ser definida comfacilidade, todavia, bastante perceptível através dos sentidos físicos do homem, ou seja: a energia luminosa pelos

olhos; a sonora, pelos ouvidos; e as energias térmica e elétrica, pelo tato.

terá o conhecimento de energiasinvisíveis, que adoecem como tam-bém curam, bem como reconhe-cerão as qualidades das intenções,boas ou más de quem as cria. Dentro desta realidade invisível,quando solicitamos aos pacientesda FEIC para, nos dias de tratamen-to, fazerem dietas específicas abs-tendo-se da ingestão do álco-ol, fumo e carne,evitar discus-

sões e a prática do sexo,por serem focos de energias espi-rituais doentias, temos como obje-tivo torná-los mais receptivos àsenergias benéficas do passe. A in-gestão destas energias, assim

como a prática do sexo, ainda li-gada ao instinto animal, baixa o pa-drão vibratório, cria resíduos tóxi-cos espirituais, prejudicando a as-similação das boas energias rece-bidas no tratamento. Mas como ex-plicar isto? O corpo humano écomposto por átomos de hidrogê-nio, oxigênio, carbono, ferro, etc,que formam moléculas, células, te-cidos, órgãos e sistemas.

Usemos como exemplo aágua (H2O) por ter a proprie-dade de absorver os fluidosespirituais dos ambientes

ou dos fluidos conscientemente di-recionados a ela: se considerarmosque o corpo humano é compostode 65% de água e que o passe (ir-radiação de energias espirituais)transforma a água natural em flui-

dificada (curadora), imaginem oque ocorre no metabolismo do serhumano quando na presença des-tas baixas vibrações ingeridas, oumesmo, das energias animalizadasresultantes de suas próprias açõesinstintivas?... É por esta razão quesolicitamos a dieta nos tratamen-tos, a fim de que as energias boasdos passes tenham caminho livree sejam utilizadas, integralmente,na ação curadora, sem prejuízo.

Complementando: ao analisar apassagem do Evangelho de João(Cap. IX, vv. 1-34) em que Jesuscura um cego de nascença usan-do lama formada com sua saliva,Kardec diz (item 25, Cap. XV de AGênese [2]) que “as mais insignifi-cantes substâncias podem adqui-rir qualidades poderosas e efetivassob a ação do fluido espiritual oumagnético, ao qual elas servem deveículo, ou, se quiserem, de reser-vatório.” As energias espirituais in-fluenciam na matéria, positiva ounegativamente, dependendo dasua natureza boa ou má.

(Franklin Moreira)

VIVER MELHOR!