semanÁrio infantilmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01795.pdf · perguntas como a sua, ......

ANO XXXV s. £—~ ~J ~-y N.°

1795Q mm IA o^Ss\ SEMANÁRIO INFANTIL

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QUE É ISTO ! ? O CACHIMBO DO VOVÔ ENTERRADO NA AREIA ! AH ! SE ELEVISSE !NÃO PÔDE VÉR MAMÃE. ÊLE .ESTÁ Aí EM BAIXO ...

Rio cie Janeiro. 28 de Fevereiro de 1940

O TICO-TICO — 2 — 28 —Fevereiro— 1910

O TICO-TICOPropriedade oa S. A. O MALHO

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^queeulhe disse:-Uso e nao mudoJUVENTUDE

AliEÁÁND^EPARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

O Almanaque d'0 TICO-TICOpara 1940 é a maravilha das ma-ravilhas.

Dí • iui/itnlion o presente qu.# cila M-ii d*í--i-| Um-i ---ignat_-i <_fMoâZSfe I

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EMSINO PRIMÁRIO POR MEIODO DESENHO -INTERESSA ACRIANÇA E FACILITA O MESTREVEJA NAS ÜVKARIAS DO BRASILAS OBRAS DISTA COieçAd OU PE;ÇA P&OSP£CTOSAO"ArtUtK SETH"R. RAMALHO ORTIOAÕ 9-2?,- ft i~Q)

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Diretor-Gcrente: A. de Souza e Silva

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MEUS NETINHOS:

/~\Vôvô quer aproveitar a lição de hoje para responder a duas perguntasque lhe enviaram dois amáveis netinhos :

T—IA varias espécies, porque a palavra carbureto quer dizer combinaçõesde carbono com outro qualquer corpo simples. Por exemplo o gaz de

i!umin.3ção é um carbureto de hidrogênio. Naturalmente você quer falar docarbureto de calcium, cujo emprego é muito vulgar para a fabricação de gazacetiíeno, e que chamam por aí apenas "carbureto", sem dizer se é de barium,de strontium, de manganês, de hidrogênio, etc.

O carbureto de calcium é fabricado por meio de forno elétrico em alfatemperatura. Aí coloca-se o calcium (metal branco, amarelac'o) em contatocom vapores de potassa ou de soda, que produzem carbono. O calcium ficasaturado de carbono e é o que se chama carbureto de calcium. Posto em con-fato com agua fria produz gás, chamado acetiíeno, e cal. Se não é a esse car-bureto que se refere escreva-me de nov. Tenho muito prazer em responder a

perguntas como a sua, que mostram curiosidade, justificado desejo de conhe-eer cousas úteis. (Resposta a Julinho)

T-h UREKA é uma palavra grega que quer dizer ACHEI ! Conta-se que o sá-bio grego Archimedes, muito praocupado com o problema do peso es-

pecírico dos corpos, estava um dia no banho quando descobriu o principio de

que os corpos mergulhados em agua perdem peso egual ao da quantida-de d'agua deslocada. Archimedes compreendeu então a solu-

ção do problema e ficou tão alegre que saiu para a rua,despido como 'estava,

gritando E U R E K A ! —

(Resposta a Maria Laura).

O TICO-TICO — 4 — 28 — Fevereiro —1910

TIRO_ _r i n r f ao ti _e

Gaivão de Queira*

¦npEODORICO Palácios era meu ami-

go desde que estivemos juntosnas Filipinas. Era medico e sua espe-

cial'dade eram as vias respiratórias.

Por isso se dedicava, em sua clinica,

de preferencia ás moléstias de esto-

mago. E por isso sua fama como ope-

rador era muito maior. Pois, apesar do

sermos amigos, eu tive a culpa de sua

morte. Ind'retamente, mas tive- Por isso

a conciencia me vive a dar gritos tão ai-

tos como se fossem para ser ouvidos na

Patagônia e neste momento estou a

verter amargas lagrimas, quero dizer,

salgadas lagrimas. Eu lhes conto. Teo-

dorico Palácios em toda sua vida não

tinha pegado, nunca, em uma arma.

Elas lhe produz'am um medo doentio.

Dizendo que ele descascava laranjas

com as unhas e melões com os dentes,

para não pegar n'uma faca, está ditotudo! Comia carne ás dentadas e aos

puxões, pelo mesmo motivos

Pois eis que um belo dia de setem-

bro convidei-o a caçar nos vastos ter-

renos que, naquela época dourada de

minha vida, eu possuia. Teodorico re-

cusou, de inicio, mas não poude re-

sistir muito e acabou por me acom-

panhar.Por uma clara manhã saímos pelos

montes, em busca de fáceis presas e

eu lhe dei, no trajeto mesmo, umas li-

ções sobre o manejo da arma para a

caça. Esta começou ás seis horas. A's

doze menos um quarto tinhamos morto

um avestruz. Foi um acertado tiro meu.

Palácios não tinha estreado ainda. O

sol começava a apertar e nos sentamos

á sombra de um umbuzeiro, para meter

o dente em um quarto de quilo de

queijo e em uma dúzia de bolachas

duras como pedras. Ao passo que mas-

tigavamos, Teodorico, que estava in-

consclave!, chorcu.

Chorou sobre as

bolachas e sobro

o queijo.Animo ! —

disse-lhe eu.

Quando menos se espera, salta a lebre!

Você, com o tempo, vai fazer competi-

ção a Diana, a Caçadora.

Não sei-.. — murmurou —. Dão-

me tal medo as armas!...

Lembra-te — respondi — quehoje é a primeira vez, em tua vida,

que pegas uma espingarda!

"X S quatro e meia já tinhamos em

* '* nosio poder, além do avestruz,

um canario-flauta, produto de um tiro

que pús no alto de um olmeiro.

E Teodorico sem estrear ainda. En-

tretanto, o traje de caça não lhe fi-

cava mal. Varias vezes tenho ouvido

perguntar:Ha algo mais triste que um

guarda-chuva?Sim; — respondem — dois guar-

da-chuvas. E mais triste ainj_ dois ca-

çadores cem um avestruz e um canário-

flauta.

Teodorico tinha a cara de quem vai

pedir dinheiro emprestado.

£*> -g- .r~^\W7Z~ Z-A ->-v"-Ag% t^L, r4èrj~ í AZ

'< .íía.

M^Z^f^-p Z::Z§mZ_¦___¦¦! r_ _________

i* '. Il ' •-.*-» ~ ( V

~zM^

jT v. ;.^___i

|~}ONHAM-se em seu logar. Ponha-

mo-nos em seu logar. Depois de

estar exposto ao ridiculo todo o dia,com a espingarda e a capanga, voltar

á casa com as mãos vasias...

Isto não pôde ser! — disse num

arranco. Hei de caçar alguma cousa,

pela vida de minha mãe!

Não te perturbes, Teodorico...

Não é perturbação. E' bilis!

Seguimos nosso caminho. De repen-

te... Mas isso merece capitulo á parte.

T^\E repenit, f>__::5d;> nas ramas 03

um cedro, vimos um passarinho.Piava. Certamente falava com uma la-

gartixa que se encontrava um poucomais abaixo. Estavam vivendo uma fa-

bula!Vou estrear — disse Teodorico

—. E apontou ao passarinho.Dispara! — disse-lhe.

Teodorico fez vários esforços.

O gatilho não funciona...

Ha de funcionar!

E eu ajudei-o a pertar. Q tiro saiu,

fulminante, terrivel. E Teodorico caiu

ao meu lado, com o ombro esfacelado!

Horror!

Com a precipitação, tinha apontado

so passarinho com a coronha e apoia-

do o cano sobre o ombro.

Pobre Teodorico Palácios!

Voltei, então, só, para casa- Só, com

a avestruz e o canário...

28 — Fevereiro —1940 — 5 — O TICO-TICO

et ala o livro ao leitor:\.° Não me abras por simples curiosi-

dade.

I." Não molhes a ponta do dedo paramover as minhas paginas. Só me se-

gures com as mãos limpas.

3." Não escrevas notas às margens das

minhas paginas.

4." Não me ergas tomando-me por uma

das bandas da capa.

Fi. Não me deixes aberto em cima da

mesa para ires brincar.

6." Não ponhas entre as minhas paginasum canivete, um lápis ou uma caneta,

como se fosse um marcador.

7.° Não dobres os cantos das minhas

paginas, para marcar o ponto da

leitura interrompida.

8." Pensa sempre que só te devo acom-

panhar nas condições em que me

fores prestar atenção, lendo-me.

9. Recorda-te de que nos poderemos

reencontrar no futuro e que te desa-

gradaria vêr-me sujo e feio.

10." Assim, procura conservar-me limpo e

novo e eu, em troca, te ajudarei a

ser feliz, proporcionando-te algumas

irmãs para a luta pela vida.

<_0000<><><>0<><>00000<>0000000000000000

VOCÊ SABERÁ ISTO? EXPERIMENTE ASUA MEMÓRIA

RESPOSTAS DASPERGUNTAS ANTERIORES

— O inventor dos submarinosfoi o engenheiro francêsGoubet.

,2.a — Marat foi medico e jornaÜs-ta. Era suíço.

3) — A diferença que ha entre 22de Abril, como contavam os antigos e 3:le Maio, que é por nós comemorado,:rem da transformação do Calendário, xeita.elo Papa Gregorio XIII, que, para fazer:oincidir a contagem dos dias com osmovimentos dos astros, adiantou onze diasno ano 1582.

4) — Nafta é um liquido resultantea combinação de vários hipercaburetos.

.asoíTria é produto da distilação do pe-roleo. São coisas diferentes, embora se

lê comercialmente aquele nome á gaso-na.

— Midas criou orelhas de burro

por' ter dito que achava aflauta de Pan superior à lirade Apólo.

MAIS cinco perguntas, amigui-

nhos ! Cinco perguntas sim-pies, mas que . . . ninguém sabe otrabalho que dará a muitos de vo-cês... Vamos queimar as pesta-nas? Vamos achar as respostas ?

Não mandem nenhuma respostaa'0 TICO-TICO, pois esta seçãonão é nenhum concurso.. Vejam,apenas, se conseguem responder, avocês mesmos.

Se não: é só aguardar a proxi-ma edição d'0 TICO-TICO, ondeencontrarão as respostas.

.COLECIONE ESTA SEÇÃOQUE PODERÁ SER ÚTIL

A VOCÊ ALGUM DIA

AS PERGUNTAS

DESTA SEMANA

Que significado^tem a pa-

lavra Bíblia?

2.° — Que é o Arco-iris?

3.a — Qual foi o único homem

poupado pela cólera divina

na destruição de Sodoma?

Para que foram construidas

as pirâmides do Egito?

5.a — Como se chamam as pessoasnascidas na Terra do Fogo?

MÁO PORT— Tome, Rompe-Fer- \\ T^^j/LrsÀ *_'i"/'V Mro. Leve isto. a dona /X^X "*\^isd£j **"?_llDonga. São Jurnais / /jjgfi. ^"X /7X>*X ""***" (a*sque vieram de São /af^).^ c V, ir

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DO!x xV| ffWí V"I m*\f&avS$^*>C,1 ^§#A' I V ^&T _A v4

¦ Vamos vêr se você é inteli-gente como seu pai e seu avô !

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OHl-Hf_O

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— M u it obem, Rom-

^ ^. ^ pe-Ferro !

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— Recebeu os jornais, dona Donga?Mandei o Rompe Ferro trazer...w^^àt^

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— Será que ocão botou osjornais fora ? !

7 — Creio que sei oque aconteceu !

ra iV/V//í si*-? v a -*- ¦véu*' ,s*'"^_n, \t,"fy, _T / ^\ _ /j**-*/^ £^__í

— Não sei se são de São Paulo,y"* \^ não. Foi o Rompe-Ferro quem

I M ! me trouxe.^5__J ____ __^/ £*T<5ft^r \

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^&f(- Justamente o que eu pensei ! T. ô me dê palmada., 6>

^~^JllÍ^Xc- „ _. •,.,.,.. titia ! Ouem precisa apanhar -^ ><7^-vT-vc/S^^ .âo os meus ornaib , c- t> ^-^^ *_*,.¦"^¦"—"^J^V-Sãs-? e Paulino . . -s^ ^"^?

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sQé2Íry~¦ ff .-.-¦¦.-r-^; Cc,nf 19.8. Kir.gFc»ture»Syndicat_, Inc. \V_.?Jriglii»T«crv.c1 LH^.f^~2êlÃkâg-- 'Q.èlNiNtRjON —

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Colecione as paginas do Rlfabeto IlustraÒO

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O TICO-TICO — 8 28 — Fevereiro —1940

mos, voltando depois ao seu reino para õguardar o mo-mento em que devia principiar a sua obra de salvação, sefosse preciso.

Entretanto fui crescendo, forte e robusto, até queatingi a idade perigosa. Dias depois do meu décimo quintoaniversário, meu pai recebeu noticia que o rei Agib der-rubára a estatua do monte Iman, e grande magua lhe en»cheu o pe;to, porque á não podia duvidar de que se reali-zaria o resto da profecia. Sem mais tardar, embarcou-se

comigo, e veiu esconder-me neste palácio, conveniente-mente preparado para oferecer por algum tempo os como-dos da vida. Ao cabo de quinze dias, voltará para levar-me,morto ou vivo, para a sua capital.

Terminada assim a narração do mancebo, Agib sentiu-*e profundamente impressionado por vê-se ligado tão in-timamente ao destino de Duban. Contudo tranquilisou-se

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com o pensamento de que nunca teria motivo de matar ai-

guem que nenhum mal lhe fizera, e resolveu permane-cer em sua companhia para consola-lo e distrai-lo em suareclusão temporária, calando, porém, o seu próprio nome,

para não assustar inutilmente o joven principe.— Estou certo, disse ele ao companheiro, que voltará?

são-e salvo para a capital do teu reino. Enquanto estiveresaqui. porém, acompanhar-te-hei, se fôr do teu agradoDestino cruel arrojou-me a esta ilhota, e de certo teria pe-

recido de fome, se não te houvesse encontrado. Confiemos,pois, em Deus e em nossa amizade

Na feliz idade em que os dois se achavam, a amizademedra depressa, em poucas horas tornaram-se Íntimos, epassaram o tempo em conversas alegres, tão amenas, quequarenta dias decorreram, sem que soubessem como E' es-cusado agregar que já nem se lembravam do horóscopo

(Continua)


As aventuras do Camondongo Mickey(D«M-nh0 de Wallt, Oiiney «MB. Iwarli eicluf.v.dddí para O TlCO.TICO em todo o Brafil)

m> hoje.'/^,;Ey$-s **M~t f'-•«g^v P%%yx_ OGOWtA r

Estou todo machucado do jcgo de box ! Olhe ali ! O Juvencio bem podia desafiar o Gorila !

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Lógico I O prêmio é grande e êle ficaria abonado Pois pôde inscrever o Juvencio ! Está feito o desafio !

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MAIS TAR

DE. NO GI-

NÁSIO DE

MICKEY

MOUSE

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Não crè que o Juvencio levante o pre-^mio ? Verá IJ

Tenha muita calma, Juvencio. e ganhará na certa !(Continua)


PI CÂB1ÇÂ Pâüâ ÜÂD^©E JA SABE FAZERGinástica?

—-t—-*—---—- Ji I ¦-¦_-_—-----.¦ i. ¦ -i .1-1 i .-- ¦-¦¦ n -*--¦ Tf"" I ¦¦*-•-*¦----•-------------¦---------------»---------------

íflBiL (QUANTOS ANOs\ _l_---»__è /Ê"jA~SABE FAZER Scg^pl VOCÊ TEM?y Q^y>S^GINÁSTICA? ^-^

£ü /ÍNTÃO^FACA UMA/ >. CBRAVoT MIENlNoA"c^f^-O? bem difícil que J _-dPû> L muito Bem / 7^v (^ AEU QÜE*° ver.J^ V (?$/ r^7 f ^^ ^r ^-1 -***¦— n_f mi ^*T ^ . **^V _r y*HT"^

^^___*LfV0CE PAREcTt£rJ|| ^í^7/ fÛDEÂ! O PENHOR ME)aWrX Uns Q anos/ / ^r~\<y\ys DE cabeça para JfYj^/>*^_^L-—^ v / H ^-J^ííSi^—

E-s__i4r\_2'<__5. €iio^ irifiiiîiC^Jiife îiir&lfeíEiSi^ ^Ênm^ ^«^fr^-i.^©-^^

28 —Fevereiro —1940 11 — O TICO-TICO

O PEDIDO DF. ÍDRCRCRAo verem o Tio André apa-

recer na porta da sua casinha,as crianças da vila, que, toda

, noite, iam ali ouvi-lo contarsuas interessantes, foram logopedindo que êle contasse uma"historia de caçada", lem-brando-se ainda, todas elas daque êle contara na véspera, ena qual acharam tanta graça.

Assim, de repente, nãome lembro de nenhuma "histo-

,ria de caçada" que possa agra-dar a vocês... começou di-zendo o estimado amigo dascrianças, passando a mão pelafronte, como se quizesse, assimavivar a memória...

O senhor já caçou maça-co?... perguntou um dos ga-rotos.

Nunca! Não gosto de ca-çar. Tenho andado no rastrode algumas onças, e, se avistaralguma que esteja "debaixo daminha pontaria", eu atiro; masnunca encontrei nenhuma...concluiu o Tio André.

A caça de qualquer bicho, quenão seja feroz, como onça, por-co do mato, etc, é uma judia-ria com os pobres animais quetêm tanto direito de yiver comonós.

Caçar macacos chega a serdeshumano, pois ê!es, muito in-t-ligenres, ao verem o caçador,fogem, gritando, como se fos-sem, gente.

E um chimpanzé. daque-les grandes, o senhor não tinhacoragem de matar?... indagouuma menina.

Mataria, sim, se, como jádisse, êle fosse feroz e me ata-casse. Aí eu agiria em legitimadefeza.

Por falar nisso, me lembreiagora de uma historia que oCassiano me contou e que euachei absurda.

Qual foi?... Conte! Con-te!... pediram as crianças emcoro.

Foi assim; começou o TioAndré: O Cassiano, — emboranão acerte um tiro, gosta muitode caçar...

E, como todo caçador, diz êleque não erra pontaria...

Comigo é "tiro e queda",exclarece o Cassiano para sig-nificar que, ao seu tiro, se su-cede logo a queda da caça vi-sada...

Tudo, porém, é fantasia dê-le...

Certa vez, conversando so-bre uma das suas caçadas, dis-se êle:

O macaco é o bicho maisatrevido da mata.

Por que? perguntei eu.Porque ontem, eu estava

caçando, quando vi um macacoe a mulher...

* — Oue mulher?!...A mulher do macaco: a

macaca... Eu nunca digo essenome porque dá azar na gen-te... explicou o Cassiano, queacredita nessas tolices de azar,máu-olhado, e outras bobagens.Quando eu perguntei que é queo casal de macacos estava fa-zendo, êle respondeu:

Estava... passeiando, comum filhinho pela mão.

E não fugiram quandoavistaram você de espingardaem punho?...

Qual nada!... Nem se in-comodaram comigo...

Eu fiz a pontaria, e, quandoia disparar, a macaca... querodizer: a mulher do macaco,mostrando-me o filhote, pediu:

Não atire, "seu" Cassi-ano; deixe-me viver para edu-car essa criança!...

Deante desse pedido eu des-manchei a pontaria, quando omacaco, rindo, disse assim:

Deixe êle atirar, porquenão acerta...

FHrioso com aquele debochedo macaco, tornei apontare...

Matou o macaco...Não. A espingarda, pela

primeira vez na vida, negoufogo...

O que estou admirando éesses macacos falarem... dissesorrindo...

Eu também me admireimuito e perguntei: Com quemvocês aprenderam a falar?!...

Ora... Com quem haviade ser?... respondeu a mulherdo macaco. Foi com o papagaio,que é "um bicho" pra falarbem...

Deante disso eu me calei efui saindo; concluiu o Tio An-dré sorrindo, e acrescentando:Essa historia do papagaio en-sinar o macaco a falar era...muito forte de mais...

UM CONTO DE EUSTORGIO WANDERLEY

ANO VI

EU JORNALN.° 6 Jj

-_-_-_--____--____________ .«Ai'»Diretor i — CHIQUINHO 3 çm$Z

canção da A onca e o coelhoO

Se a lua é cheia,E a brisa é branda,Cá da varandaContemplo o mar.E as ondas lentasBeijando a areia,Rolam sonorasEm marulhar...

O coqueiralBalança ao vento„Que muito lentoPassa a cantar. . .Eu enlevadoVendo isso tudo,Parado e mudoFico-me a olhar !.. tl

Nessa belezaDa noite mortaOh ! Se transportaPara o além-marMinh'alma tristeQue à mágua invade.. .jFoge saudadeQue faz chorar

Recordações.. _¦Folhas ao ventoQue, em desalentoQual soluçarVai murmurandoDoces saudadesEntre cantaresDo manso mar. ..

Certa vez a onça comprou uma ro-ça na qual nasceu muita urtiga. Aonça ficou muito atrapalhada. Nementrar na roça podia, porque a urtigaardia muito. Foi então e chamou osanimaes da floresta.

— Quem me capinar esta roça semse cocar ganha um boi. Veio o bodeque se cocou com os chifres. Veio ocarneiro que se cocou com a pata. Porfim veio um coelhinho. — Ora,- se obode e o carneiro não puderam, queespera fazer este bichinho, disse a on-ça. Mas tanto o coelho insistiu que aonça deixou, porém ficou fiscalisándo.Cansada disso, deixou sua filha no lo-gar. O coelho que já não podia maisde tanta coceira teve uma idéia. Che-gou-se para a filha da onça e disse:— Escute, aqui, oncinha, o boi que suamãe me prometteu não tem uma man-cha vermelha aqui e cocava o lombo,e não tem tambem uma mancha aquie cocava a perna, e assim o coe-lho poude capinar a roça e ganhar oboi.Luiz Carlos Calmon Navarro Teixeira

(8 anos)

Paulo N. Baptista'(15 anos),

*U>/

Retrato da LUCINHADesenho de João Maurício Galvão

de Queiroz(4 anos)

_far i.

UIVKA GRANDE

O Juca, um caçador e tam-bem um grande mentiroso, vi-via sempre a contar aos seusamigos caçadas fantásticas deonças e de outros animais.

Certa vez, estava junto comuns amigos, quando disse:

Eu vou contar a vocêsuma caçada que fiz. Todosque ali se encontravam fize-ram silencio e o Juca começoua contar:

Imaginem vocês que cer-to dia fui fazer uma caçadade onças; estava na floresta ejá era noite quando ouvi umrugido perto de mim, um ru-gido que pareria um trovão,então eu virei a cabeça...

Era a onça ? — pergun-tou um.

—- Sim, era ela, respondeuo Juca.

Com o susto deixei cair aminha espingarda e recuei paratraz...-

E que aconteceu ? —perguntou outro.

Calma, calma, disse oJuca. Aí ela parou um pouco ecomeçou a avançar. Estava 3metros longe de mim. Eu tre-mia que nem vara verde. ..

Todos estavam cada vezmais interessados e curiosos eo Juca continuava.

—¦ Repentinamente veiu-mea coragem, olhei para a feracom vontade de a estrangu-lar e disse:

"Você sabe quem soueu ? Sou o grande Juca".

A onça, assim que ouviuisso, começou a tremer e fugiu,apavorada !

Jacob Singer (14 anos);Rio de Janeiro

28 — Fevereiro —1940 13 — O TICO-TICO

QUANTO MAIORES FOREM SEUS CONHECIMENTOS MAIS CAPAZ SERÁ VOCÊ OE VENCER

|UlA bichos que representam papel importante na historia de¦ill certos paizes.

Por exemplo, a França tem como emblema um galo, assimcomo o Brasil teve, por muito tempo, por emblema um indio. Ofato explica-se do seguinte modo: Quando chegaram aqui, Pe-'dro Alvares de Cabral e os primeiros navegadores portuguesesque viram nossa terra, encontraram-na habitada unicamente porindios.

Então os desenhistas c pintores, querendo representar estepaís por uma figura, desenharam um indio, que era o homem pri-mitivo do Brasil.

Em França, para representar o país, pinta-se um galo porcausa de uma lenda muito antiga.

Dizem que ha mais de vinte séculos, quando ainda a Françaera uma região quasi selvagem e se chamava Gallia, havia gran-des guerras.

A Gallia era disputada por dpis povos, igualmente bravose destemidos •— os celtas e os gaulezes. Os celtas, derrotadosem uma batalha importante, iam em retirada, com grandes sa-crificios, porque os gaulezes os perseguiam de perto e quasisempre aproveitavam a escuridão da noite e a hora em que descan-savam para os atacar. Era raro o dia em que não apareciamguerreiros dos mais importantes degolados em suas tendas.

Mas, era tal o cansaço d'aquela gente obrigada a cami-nhar durante todo o dia por estradas muito difíceis, que á noite,apezar do perigo dos ataques dados pelos gaulezes. acontecia mui-tas vezes que as próprias sentinelas não podiam resistir ao sono.

Além disso, havia nesse tempo na Gallia grande numero'de animais ferozes, de modo que, quando os celtas conseguiramse afastar dos gaulezes, tiveram que caminhar sempre cercadospor bandos de leões, tigres e panteras, que á noite vinham mataros guerreiros adormecidos.

Era preciso uma vigilância incessante e isso era quase im-possivel á vista do cansaço de todos. Uma noite adormeceramtodos no acampamento dos celtas; cinco leões enormes e famin-tos aproximaram-se da tenda de um chefe e sem duvida o tna-tariam, quando, de súbito, um galo pousado a pequena distan-cia sobre uma cerca, como uma sentinela, cantou com voz vibran-te como é costume dessas aves quando vêem alguém se aproxi-mar á noite.

Outros gaios responderam, cantando também por todo oacampamento. Os leões dctiveram-se espantados. Uma senti-nela acordou, apanhou o seu arco e despediu uma flexa que ma-tou o leão mais próximo. Os outros fugiram. Desde esse. dia fi-cou adotada a figura de um galo para representar o povo da ga-lia —• um galo —- como símbolo da vigilância.

O imperador Marco Auréliofoi o primeiro a colocar sobre acabeça uma coroa de ouro. Acoroa dos Césares era uma es-pecie de diadema, não tendopassaram, depois, a ser usadas,exatamente o formato das queNero pôs, pela primeira vez, nacabeça a coroa radiada, que sóse concedia aos principes, depoisde mortos. Justiniano rompeu atradição, substituindo a coroaaberta poi uma fechada.

*Richard Wagner nasceu em-j

1813. ano cujos algarismos so-mam 13: seus nome e sobrenometêm 13 letras. Terminou êle aópera Tannhauser no dia 13 deAbril de 1860, sendo ela repre-sentada, pela primeira vez, a 13de Março do ano seguinte. Mor-reu em 13 de Fevereiro de 1883.

+As maiores árvores do mundo

parecem ser as que crescem naTasmania, à margem de umlago situado ao pé do monteWellington. São eucaliptus gi-gantes e uma delas, derrubadapor um furacão, e caindo nolago, tornou necessários cinco-enta cavalos para arrasta-la paraa margem.

*O serviço postal é uma cria-

ção dos antigos persas. Foi Ciro,fundador do Império, quem es-tabeleceu, nas estradas reais, ascasas de correio, onde se alu-gavam cavalos aos mensageiros,para que estes pudessem chegarmais depressa ao seu destino.

*A palavra "quiosque", de ori-

gem turca, significa certos pa-vílhões com que êsse povo de-corava os beívederes dos seusjardins e parques. Durante oreinado de Napoleão III. os"boulevards" de Paris se en-cheram, pela primeira vez, dequiosques, nos quais eram ven-didos jornais e cigarros. O Riotambém os teve durante muitotempo, sendo no seu uso imi-tado por São Paulo.

O TICO-TICO — 14 — 28 —Fevereiro —1940

Concurso Grandes Vultos do BrasilO SORTEIO TERÁ LU6AR NO DIA 3 DE ABRIL VINDOURO

f~\ sorteio do Concurso "Grandes Vultos do Brasil", que tanto sucesso despertou, será reali-v-^ sado no dia 3 de Abril vindouro, ás 14 horas, na sede da Associação Brasileira deImprensa, á rua Araujo Porto Alegre.

OS concorrentes do interior deverão trocar seus mapas com os agentes locais, vendedores

d'Q TICO-TICO.

í~\ S residentes em localidades não servidas por agentes, deverão fazer-nos o envio dos^^ mapas, de preferencia, sob registro postal para evitar extravio. Após o recebimento dosmesmos, enviaremos aos remetentes os números com que entrarão em sorteio.

/^\S leitores do Distrito Federal e de. Niterói, podem fazer a entrega dos mapas, em nosso es-7*^ critorio, á Travessa do Ouvidor, 34,

D ECOMENDAMOS muito especialmente que, somente serão aceitos e trocados pelos**¦ cupões os mapas que tiverem colados nos respectivos lugares, os retratos para esse fimpublicados.:

F ODOS os nossos agentes dispõem de números atrazados para atender aos portadores demapas não completados, o mesmo sucedendo em nosso escritório. Assim, todos os que tive-

rem mapas incompletos, nada perderão porque, na ocasião da sua entrega, poderão adquirir osnúmeros faltantes.

C O' aceitaremos mapas do Concurso "Grandes Vultos do Brasil", até o dia 31 de Março. Os""* que forem apresentados para troca depois dessa data, não poderão entrar em sorteio.

F IE?, .A. QUE?Z^ÍS^ AJA ESTUDASjÈV ^ /^ÃO, SpAErNÃcTPREC/SA.?MÈkWfS lUOJ£ A LIÇÃO -^g fc^ />EU TENHO QUE REPETIR /

J3C/(V--U)0E AMANHA" Sftyfln \ji_lJ^HTE^yy--

28 — Fevereiro —1940 — 15 —- O TICO-TICO

FORMIDÁVEL!

FV V E M D R

O TICO-TICO 28 —Fevertlo —1940 o tico- rico

O GUINDAST PAGINA DE ARMAR IM.

ONTINUAMOS hoje apublicação das partesmponentes do quindas-e chamamos a atenção

os leitores para as indi-ções publicadas na edi-

Continua)

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O TICO-TIC O — 18 — 28 —Fevereiro —1940

Zoologia Recreativa • F^\URSO BADGER OU TEXUGO DE

AREIAL

Este é um curioso animal que os in-

dianos chamam de Belisaur. Tom o fo-

cinho prolongado como o do tamanduá

e as patas bem armadas com formi-

daveis garras. Da ponta do fccinho

partem tres faixas brancas que vão

terminar logo no pescoço.

Esse urso parece animal pacifico,mas, se atacado, torna-se de uma fúria

terrível, ergue-se nas patas trazeiras e

enfrenta o inimigo, seja este lobo ou

hiena. Vive nas índias, mas ha uma es-

pecie na Inglaterra, onde está se tor-

nando raro.

O Texugo tem o curioso costume de

meter-se dentro da areia, como tatuí,

ficando com uma pontinha do focinho

ao ar livre. Se pressentir o inimigo

salta fora e assume sua costumeira ati-

tude de defesa. Livrem-se de um abra-

$o dele.

TEXUGO (TASSO)

E' o Meles taxus dos latinos. Origi-nario da Inglaterra, embora não faloinglês. Tornou-se raro porque lhes mo-vem guerra desapiedada. E" lento nosmovimentos como o gambá, tão pre-guiçoso que é facilmente tomado porum leitão. E' habilissimo em abrir bu-

racos e o consegue com tal rapidez

que assombra. Num instante é capaz

de sumir-se por baixo da terra. Se ai-

guem o persegue mesmo ali, ele vai

surgir mais adiante. E' bicho que pa-

rece estúpido, mas mostra ter, pelocontrario, muito raciocínio.

Com efeito, o tasso que os italianos

conhecem por "tasso barbasso", de

acordo com uma leada popular, tem a

especialidade de cavar buracos quedepois disfarça com folhas secas, mas

não esquece sua posição. Perseguido,encontra logo onde refugiar-se. No in-

verno ele dorme e ronca como um be-

naveniurado. Tem uma inteligência es-

pecial para desfazer armadilhas e co-

mer a isca. Tem predileção pelascolmeias de abelhas e ninhos de mari-

_Offltff/ff(rt'(íiy*jffi

Texugo de arelal

Urso pardo

bondos, que esvasia com uma arte

especial.

O Tasso é domesticavel, mas resulta

inútil numa casa, onde vive a esbura-

car o chão. Um explorador capturou

um tasso, mas não pôde mante-lo pormuito tempo em casa, pois que esta

ia se tornando uma escumadeira de

tanto buraco que o bicho fizera.

LONTRA

Eis o maior competidor dos gatos

para gostar de peixe. Um temível con-

corrente dos pescadores, que não têm

meios de combate-lo porque a lontra

tem suas artimanhas e, mesmo caída

numa rede, estraçalha-a e escapole-ce

com facilidade-

A lontra é rapidíssima na arte de

nadar e agarra com espantosa rapidez

o peixe, esfolando-o da cabeça a

Lontra

cauda, mas só come a parte do meio.

Seu pêlo é macio e lustroso, serve paraa elegância das senhoras, mas é caris-

simo, porque esse animal está se tor-

nando muito raro.

URSO PARDO

E' o amigo urso e justamente porisso não deve a gente se fiar muito

nele. Brincalhão, com uma argola ao

nariz, sabe dansar á moda dele e fazer

artes.

No estado selvagem é temivel e não

deixa o gado em paz- Vive no norte

da Europa nos Montes Urais, na Escan-

dinavia. E' excelente trepador de ar-

vores e sabe muito bem manter-se so-

bre as patas trazeiras, imitando a gen-

te, mas é aconselhável evitar um abra-

WÊImirTexugd

ço desse amigo, cujas unhas e dentes

são afiados como navalhas.

Os ursos, quando apanhados ainda

filhotes, ficam domesticados como

cães e seguem fielmente seu dono,

mas só a ele obedecem. Têm gosto es-

pecial pela musica e pela dansa, e che-

gam a tornar-se necessários nos circos.

M A I YANTO

28 —Fevereiro —194fl 19 —

E&lDNAãtlOI DA0 TICO-TICO

sodie . » i

A-'rV^_tJ WL—KÈk^ ^ ¥"i\__ ÍJS ___B_flE\ \ \_T/_i_MSâ__^ Mr^^ \ *û_ H*Tcío£ >V^\ i__J_El_I____r_ \ nW «1 _T ____l __!_'

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NE_TES\ ccâ^1 «2__«o- _,_ (documentos. rvvuoÀ £??£A?_J£S

d- \ Guarde-os com ^F^5 esPioeaü_ ^Cuidado, po.í, ei </ QUE EL-TAUB~> __t*__?ÍI_VEk~TAUB ^£ APODÈX ESTA NA CIDA-

^Wfiw^kVPAR DELES ESTA-) DE..^JfclHyF TRE MO _ P_RDlDOS// y<_/^

COLECIONE AS PAGINAS DOALFABETO ILUSTRADO


DEODORO Na praia...O

Marechal Manoel Deodoro daFonseca, proclamador da Re-

pública, nasceu em Alagoas, a 5 daAgosto de 1827

Com 16 anos de idade, em 1843,matriculou-se na Escola Militar, con-cluindo o curso em 1847.

Em Março de 1848, foi mandadoservir no 4.° Batalhão de Artilhariaa pé e, em Dezembro desse mesmoano, seguiu para Pernambubco emuma expedição, afim de combater arevolução praeira. De tal modo seportou nessa campanha, principal-mente no ataque de Recife, que me-receu honroso elogio e a promoção,por bravura, ao posto de 2.° tenente.

Em Abril de 1852, foi promovidoa 1.° tenente e, em Dezembro de1856, era capitão.

Até 1862 exerceu, com inteligênciae brilho várias comissões. .

Em 1864, tomou parte na campa-nha do Uruguai e, ao terminar esta,passou a servir no Exército em ope-rações contra o Paraguai.

Major em comissão em 1865, assu-miu o comando do 2.° Corpo de Vo-

luntários da Pátria e, durante os 5anos de campanha, sempre se portoucom glória e bravura, recebendo vá-rios elogios, condecorações e promo-ções. Quasi não se deu combate ounão se feriu batalha em que não ti-vesse tomad» parte saliente. Os com-bates de Passo da Pátria, Itapirú,Estero-Belaco, Potrêro-Ovelha, Tahi,Estabelecimento, Angustura e Itoro-ró e as batalhas de Tuiutí e Peribe-buí, dentre as inúmeras, foram asprincipais testemunhas do seu grandevalor militar, sendo que em Itororófoi ferido gravemente. .

Ao terminar a guerra em 1870, ti-nha o peito repleto de condecorações,a fé de ofício cheia de elogios e atin-gira o posto de coronel.

Em 1874, foi promovido a briga-deiro, exercendo, em seguida e su-cessivamente, as comissões de co-mandante das Armas da Baia e doRio Grande do Sul, em 1880 e 1883.

Em 1884, foi promovido a maré-chal de Campo, desempenhando atéJulho de 1889, com brilho e eficiên-cia, outras comissões de importância.

<#Wy|g^

... onde tudo é agradável

e belo, a leitura que se im-

põe é a de uma bela eagradável revista.

O MALHO - magazine

é a revista mais moderna emais atraente e interessa

aos velhos, aos moços e

até ás crianças.

:^v ,b| tfiisÉk jS^fk,©. &» m js* «a. jy m Wi» íni j&

Zé Macaco ainda con-.serva a manta de po-liei-!.

Há dias saiu do casa de- ... encontrasse. De repente viu ... Aproximou-se dele e bateu-lhe nacidido a prender o primeiro um sujeito sentado num banco com cabeça com a bengala de caju, dando-

aspeto suspeito... lhe voz de prisão.bandido que.

O sujeito levantou-se e, compreendendo a intima-ção, pois era de fato um gatuno, respondeu ao Zé Ma-caco, dizondo-lhe, "Olhe cavalheiro, lá no céo está sepassando qualquer coisa de ...

... estranho"... Zé Macaco pron-tamente olhou para cima, e o ou-tro, zás, arrumou-lhe um soco nacabeça...

... que o deixou estirado no chão,Calmamente o homem retirou-se e ZáMacaco registrou mais um fracastopolicial!


jantardo cngulidoi

de espadas

fXT"J&ETMHO

Tf LOS OS C-ARÓIc.. N-v"*j

/^^^p(T_ PARA O BOXfEÍTA' /^5«m£_fcl )¦'¦_ PARECENDO QOJ. Tf/..O S

#' \ •^^•OTKffiií: I @t,'iti£íu o _ ¦ b o n séter-rêL*?*..¥& dlTM"" ^/vmSkaa ¦-» V f* O S P A R A A iMFflMfiift /$'WLeJÍ£f[Vl_J_""Ti Jt|'.v 11 W?1.;***».,—_—._¦;... ¦¦ ... ..,..,¦ WW iupaf _)

c___lií

A FADA MENINA'"A Fada Menina" — trabalho premiado pelo Ministério da Educação

— maravilhoso livro infantil da autoria de Lúcia Miguel Pereira, narra àscrianças a história de Dora, menina que à noite se transforma em fada dasbonecas e das pedras preciosas e vai para um reino encantado, onde recebeas queixas das bonecas desprezadas e mutiladas de todo o mundo, conso-lando-as e recompondo-as.

Ninguém sabe que Dora é uma fada-menina, nem mesmo seus pais,pcls durante o dia ela é uma criaturinha como as outras de sua idade —arteira e irrequieta.

Certa vez, passeando no mato com a amiguinha Maria e seu cachorroFiel, Dora encontra um menino pobre, chamado João. O menino se escon-dera porque os seus patrões, acusando-o do roubo de uns brilhantes, que-riam entregá-lo à polícia. Dora traz João para casa e oculta-o de seu pai.À noite, como é a fada das pedras preciosas, Dora ordena a todos os bri-lhantes do mundo que se lhe apresentem, não estando, porém, entre eles,os que foram roubados da casa dos patrões de João. Na noite seguinte,transformando-se outra vez em fada, Dora ordena que venham à sua pre-sença todos os brilhantes do fundo da terra, não tendo igualm.nte apare-cido os procurados.

No outro dia, o pai de Dora descobre João em sua casa e diz que sóficará com êle se ficar provada a sua inocência. Nessa noite Dora, usandoainda de seu encantamento, manda que se lhe apresentem todos os bri-lhantes do fundo do mar, aparecendo afinal as pedras procuradas, que nãohaviam sido roubadas mas sim atiradas ao mar por uma inocente criança.

E assim, por aí a> fora continua a linda história, até o desfecho final,que é encantador. As ilustrações são de Nelson B. Faedrich e a edição,muito bonita, da Livraria do Globo, de Porto Alojre.

O TICO-TICO — 22 28 — Fevereiro —1940

fgPNUNCA EU TINHÍs VISTO ANTESESTE HAT- .TALVE2 SE TBtfTE.t>E UH TETaOURO ESCONDIDO,.

NAO HA MEIO De. Tjr_*IH___. EVreMAR- ESTA' CHEIO DE SINAISCABALISTICOS . DEVE £^j_ Murro

.7 ANTIGO

jm^ ^/r^

KAUlNBC-iN »_.—rue.ISTO _ UM MAR-.QUG.HANI^__0_3S1_ GENTE

ANTIGA _SCE6VEC2_Difícil.

\0 TUTÃO NEM PELO

FARO E'CAPAX D_

DEaFCAO- ° HAP-

"Av1

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MAS HOUVE UM__INUNDAÇÃO MA GE-G-IÃO INDICAI**- NOttAFA E A SEOGR- -

FIA FOI MODiriCAt>A

^^--^3 ÍL-sA —¦ - A

AW. PARECE QUE COMPREEN.tyO ALGUMA COIS->.A*_~C-

C-QAti TRAÇOSQUE NÃO

VI1IANTE--mm _P^i

li

SE NAO M 'ENGANO a TESOtíRO ACHA -SE. NUM LUGAO.CHAMADO" SIBÉRIA.". CONHE •CO UMA <3_LAD_1I3_1 COI

A^wEsse.

4íU_H UH ROCHE t**|QUE SE PACCC-ICOMIGO-DEVE fj*f_EC2 A ESTATUA/£ //0£ UM MEU r*-j'/íANTtWiSSACbJ CrU," ^

N05SO..PATC2AO MREceQUE NAO VOLTARA' MAIS

COMO ICCM05A (V NOS ARPAM

AH.'_-0__ SEI AQUELENAPA ERA DA «ELADEIÍ»)com as iNsrijucOrir

ACHEI O TESCURC .TUFâO. NÃO^-C^\ESTAVA LONSE.VA-

OS NCV-, CONSOLAI*?.LA AUSÊNCIA

DO PATRÂo

f A COMO iKCMOS \ cp»&^^S^23DTL Q|VnOS ARPAN-I II II L q^JJ rf OfV^PC

B O C E J A N D O • Monólogo •(Entra bocejando escandalosamente)

Bem sei que é indelicadeza.— seja de noite ou de manhã —em frente de qualquer pessoasé bocejar assim: (boceja) an . . . an . . .

Mas isso é mal hereditário,porque o papá mais a mama,e toda a gente lá de casaboceja assim: (boceja) an, an, an, an . . .

De todos nós quem mais bocejaé, com certeza, minha irmã;pois vive sempre abrindo a boca,deste tamanho: (abre os braços) an,an,an,an .

Tenho uma tia, inda bem moça,alegre forte assim . . . louça,mas tem o mal que é de familia:abrir a boca assim: an, an . . .

Eu tenho um primo que é valente,Boceja sempre: an, an, an, an . . ,Mas, quando briga, que desastre !

que é da familia o ban-ban-bam.

O meu avô, que é já velhinho,vive dormindo num divan,pois, mal acorda, se espreguiça,e assim boceja: an, an, an, an . .

Quanto à vovó, tem ela um fraco:não quer que a chamem de anciã,oculta a idade, mas cochila,

a bocejar: an, an, an, an . . .

Eu tenho um tio que é fanáticopois do cinema é um grande fan,de toda artista, mas bocejaao ver um film assim: an, an . . .

Um outro diz que, como artistanão ha melhor do que a Joan.Mas indo vê-la, no cinema,boceja sempre: an, an, an, an .

0 bocejar é contagioso,pareça embora coisa vã,daqui estou vendo muita gente,fazer como eu: an, an, an, an . . .

Maurício Maia


CONCURSO PERMANENTE DE DESENHOS

VUIIOS IHIISir©SlB€©§RETRATADOS PELOS NOSSOS LEITORES

«•?CONFORME

ficou estabelecido,diante da quantidade de re-

tratos que temos recebido, e da im-possibilidade de publicar todos eles,estamos fazendo», logo de inicio,rigorosa selecção, publicando ape-nas os melhores trabalhos. Dentreestes, é que na fôrma do costume,é escolhido, cada mês, o que será

premiado.

0:S desenhos devem ser feitos atinta preta nanquim, para po-

derem ser reproduzidos. Não pó-dem ser assinados com pseudo-nimos.

NAS costas do desenho o autor

deve sempre assinar o nome

por extenso, indicando a idade e o

endereço por extenso e bastante

claro, para effeito da remessa do

prêmio, no caso de lhe ser con-

ferido. Os prêmios são sempre re-

mettidos pelo Correio.

ànum Wàã \

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\m mm ^w£^af**j,y

vRlfl Sn «Sa i ÉÊ í

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\Jm\!*^\ \sB8Ê—

OLAVO BILAC — (por Joaquim G.Scvza — 14 anos — Rio).

OSVALDO CRUZ — {.por remando L. RUI BARBOSA — (por Babões NevesMoreira — 14 anos — Rio). — 14 anos — E. de Minas Gerais).

—^ 'oftcjum flfA»--->

\Wsm'%.*mn ^SW^ yJkW&~v SmjÊsf /BP

CAXIAS — (por Maria Tereza A. Mcr-cadante — 13 anoj — E. de S. Paulo).

JOAQUIM NABUCO — (por Luis Aca- CASTRO ALVES — (por Vicente Mu-cio A. Camargo — 14 anos — 5". Paulo). nis Alves — 14 anos — Minas Gerais).

*¦*¦*

O TICO-TICO 24 - 28 —Fevereiro —19 ÍÔ7

As proezas de Gato Felix(Desenho de Pat SulÜvan — Exclusividade d'0 TICO-TICO para o Bra

I

Sou o Inspetor das instalações de laboratórios

9H )# J-~\mWW Qf*J* Ti-j.mi '*

' Q^ ri n Si

rtlM ri-Mây-—r--******rr--********»B«a**^^

Vou pingar soro de mariposa e verei tudo direitinho...

Não estou gostando . .

EM _

Aquele sujeito é pirata .. . Deus me perdoe !

I

t"—— aJwsm ífc^.^^

Olhem como êle tem a alma negra !

^^A ' ty '¦¦ "-' íi^ÊÊMmmr

Tudo mal instalado ! Tudo mal feito 1 !

Com o aparelho de Raios X tudo se esclarecerá ...Preciso dar um golpe e salvar o patrão I Ele é ban-

dido, mesmo 1! (Continua)

28 — Fevereiro —19 40 — 25 — O TICO-TICO

fÉfWmWÂmfm W i ffl] à\

^SÊÈ^j ^/^lff$^pA\

<_2_P^T^l YJ

_______r^n ___________ ^^_j_ÍH____ i __¦ ____________________

HOJEHARMONIAHARPAHERVAHERVALHALOHUMANOHUMANIDA

H A R P I A(ÁGUIA DO BRASIL)

HONORIOGURGEL

HENRIQUE DIAS

1 (HELICEHIPÓTESE

ii

HIPOTENUSA

____________________

_______

j r^wwwm um i. ii -^ic

¦ ¦ i

HOMEMHUMEROHORDAHERÓIHISTORIAHORA

ln& yI M

O TICO-TICO 26 28 — Fevereiro —1910

Alfabeta Ilustrado d' 0 Tico-TicoAlguns dos nossos pequenos

leitores hão de sentir certa di-

ficuldade nas alterações que a

Reforma Acadêmica trouxe às

palavras iniciadas com H. Mas

a questão é muito simpies.

Como devem saber as palavras

portuguesas se originam em

sua maior parte do Latim e não

era lógico que se escrevessem

com H inicial em Português pa-lavras que não possuiam essa

letra dificil em Latim. Assim

todas as palavras cujo étimo

(palavra da qual se originou o

vocábulo em questão) não

apresentava H inicial grafa-seem Português sem H.

Exs-: ontem (do Latim ad

nocte). Só conservam portantoo H inicial as palavras como

HOJE (do Latim HODIE) queo possuiam na lingua de ori-

gem.E' ainda mantido o H nos

seguintes casos:

I. nos vocábulos compostos

com prefixo, quando existir na

lingua, como palavra autônoma,

o ultimo elemento — desha-

bitar, deshonra, deshumano,

etc.

II) nas combinações ch, lh,

nh, com os valores que as se-

guintes palavras exemplificam:

chame, chapéu, malha, velho,

lenho, manha...

III) como sinal de interjeição:

ah! oh!E é eliminado ainda nos se-

guintes casos:I) quando figurar no meio

das palavras, com exceção dos

casos acima indicados: sair,

compreender, coorte, cair, exu-mar, proibir e não comprehen-

der, cohorte, cahir, exhumar,

prohibir.II) das formas pronominais

do futuro e condicional dos

Hverbos: dever-se-á, escrever-se-á, dir-se-ia, etc.

III) quando figurar no fimdas palavras: Jeová, rajá e não

Jeovah, rajah.

HUMANIDADESDenominação dada em certo

tempo a um conjunto de conhe-

cimentos em que predomina-vam as letras clássicas e as

belas artes.

HIPOTENUSALado de um trianguio retan-

guio oposto ao angulo reto.

HARPIAE' o gavião real do Brasil

impropiamente chamada"águia".

(Thrasaetus harpyia)— Segundo Von lhering:"Águia

grande e magestosa,

de cerca de um metro de com-

primento, medindo entre as

pontas das asas extendidas doismetros, é a águia maior daAmerica que seria bem digna

de figurar nas armas do Brasil.

As penas da nuca formam um

penacho largo, o tarso é, em

cima, provido de penas e, na

metade inferior, de escudos. As

garras, especialmente a poste-rior, são muito fortes. A cabeça

e o pescoço são cinzentos, com

pontas pretas das penas do pe-nacho. O dorso, as asas, a cau-

da e o peito são cinzento-ne-

gros. O resto do lado inferior é

branco com algumas manchas

pretas na barriga e com faixastransversais pretas nos calções.O bico é preto e os tarsos sãoamarelos". Habita a HARPIAdesde o Paraguai até o ME-XICO o pode ser vista comomotivo ornamental em belas es-culturas em bronze no Paláciodo Catete no Rio do Janeiro.

HENRIQUE DIASNasceu em Pernambuco,

filho de negros africanos-Até 1633 não se sabe deta-lhes de sua vida. Nesse ano.apresentou-se com algunsnegros a Matias de Albu-querque, dando muitas pro-vas de grande coragem.

Em Porto Calvo, ferido,mandou amputar a mão,continuando o combate.

Nunca foi vencido. Dis-tinguiu-se nas batalhasde Guararapes, morrendona segunda, coberto deglorias.

HUMEROOsso do braço (Anatomia).

HORDAGrupo humano errante-ca*er-

va — bando de Árabes e Tar-taros.

HELICELinha curva traçada em for-

ma de parafuso à roda de umcilindro. Peça mecânica pro-pulsora (aviões, automóveis,embarcações).

HERVAPlanta anual ou vivaz, de

caule tenro, não lenhoso e queseca depois da frutificação.Planta espontânea, não cuiti-vada. Capim-Mato.

HERVALSerra no Est. do Rio Grande

do Sul.

HARPAInstrumento musical de cor-

das, geralmente de forma tri-angular.

HALOCirculo luminoso e duplo,

quasi sempre cobrido, que cir-cumda algumas vezes o discodo sol e dos planetas quando aatmosfera contem vários va-

pores leves.

MING FOO¥*4N0VELADE Nrandon Walifi

Continuação n. 139

A despeitode tudoquanto.Tom, Minge Joe disse-ram, as au-t o r i d a -des recusa-ram-se aacreditar naexistência dogrupo de ban-didos. Eramprecisas•provas.

— Prestem atenção ás minhas ordens, idiotas ! Enão se esqueçam. Enquanto esses tres sujeitos es-tiverem vivos, vocês correm perigo de vida.Se não os capturarem morrerão e ninguém saberá.

]EF':~'_J__B EhSIÍIP- '^ — Silencio, canalha,ÊX^m ^^^&1 — Pôde permitir II _ antes clue eu ¦ ¦ •S-XMÍ ¦ 7 que eu fale? Esse S^^V^^^P§l_fÍf^JHf ]í covarde Ming Foo ^^\^^^^^^7//

l— LMS Lá. >^—<. fsp&msAvzsqrrf. v / j i // Al M\ li I y» j&sy m^-^svir

00=j£ ...c'rrao' —Saiam ! Não voltem sem trazer |H '— Cambada dos demônios ! Se não me \^]:—*' ¦||g|É»

su ) ime Hg| nossos inimigOS vjVos e prontos \<f* trouxerem Ming Foo meus plano.-, vão tj=j

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3

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O TICO-TICO — 28 — 28 —Fevereiro —1940

UMANOVAHISTORIADA GARO-TINHABABEBUNTINS

AD

. S

MBRjlTzÍ-

NTE

. Continuação

— Parece quevem alguém aí.

—¦ Não pode ser Peggy \nem Benjy pois o vultovem sem lanterna.

- E' Peggy. v'-^*V.

RpHMfeSI»»

1 S|K^M Algo aconte-y % llilliswceu ¦ >wS^

r&Z*}Ztf^^ZZZZZíimid3h ^_^?f__[|í_!^*^?j_r*lP""'r^^^ *3 S®* A^^SjjjjgSjS^g"^ __£.-«

— Benjy par-tiu ! Entrou nocarro, e este rodou logo.

Benjy lutou. Procurousair do carro ?

— Nada pude vêr,pois a porta logo se fe-chou. Só vi o homemao guidon, e pareceque seguiram paraLakeville.

¦— Lakeville temtelégrafo na es-taçãp ! Ah, se Ben-jy chegar lá . . .

— Estou a pensarconstant emente emBenjy. Jamais me per-doarei, se algo lheacontecer.

TP — Não pen-sou em quepodiam car-regá-lo no

•automóvel

— Pensei, mas o te-legrama precisava par-tir. Apenas eu é auedevia ter levado.

— Mas po-dia ser reco-nhecida, e seupai era logoavisado.

— A esta hora papai jásabe, e vai mover céus eterras para me agarraraqui.

xisele?

E o sr. Ale-virá com

— O conde? Não, jávoltou á cidade. E nãoquero pensar nele nemnos outros, pois me pre-ocupa Benjy.

— Olhe, de umacoisa estou eerta. Benjy sabedefender-se mui-to bem.

28 — Fevereiro —1940 29 — O TICO-TICO

EntrementeseraSerraAltaasestradasestãobloqueadaspelaneve,

iWinthropAllenbysofrecontrarie-dades.

— Que me diz,Lansiug ?

noite,nhospela

Não ha trem estaTodos os cami-estão entupidos

neve.

— Mande preparar meuauto. Não me arreccio detempestades de neveAquela maluquinha é ca-paz de fugir, se demorar-mos a chegar lá.

— "Com estanoite não fo-ge !

— Mas não fiqueinativo, Hobbs. Váa um telefone, peçaoutro auto.

—Temos telefone masnão funciona. Descon-fio que o temporal cor-tou os fios.

— Dez minutos depois a grande li-mousine de luxo roda na neve paraLynbrook, mas...

Cheea sar este te'e" fia ^a estai;^0 i* *e~ ' — Sim 7$ Babe Bunting l|flgrama i m e- Jg chou. Fiquei aqui ' alguém

'cm 1 b. é VOcê 4'M

um diatamente? JH J^^J^

[complicações./ f^-;—~^Y* M

— Não... Oraessa !... E'u m a meninade quem souam"

— Este Richard Crom-wellr Deve ser outroamigo dela?

— Naturalmente, é onamorado, por isso elao avisa.

— Bem, vou pas-sar se a linha esti-ver funcionando. Osr. Cromwell é quenão poderá vir iine-diatamente com es-

ta tempestade.

ENTUR-C"\.

PEGG

O TICO-TICO 30 — 28 — Fevereiro —1940

Noriof SíXrONCUR/O/V, ii yi o IJ Si s o s o 6 :*

l^rafa/* ^—

AQUI temos um daqueles con-

cursos fáceis que a gcnto so-

soluciona até de olhos fechados...

Cor/i as iniciais dos objetos q;»3aparecem desenhados no quadro,

Formem o nome de uma cidade do

Rio Grande do Sul.

Quem souber corografia vai acer-

tar logo, logo...

Daremos 5 prêmios por sorteio.

Mandem as soluções até o dia 2 de

Abril e aguardem o resultado no

O TICO-TICO do dia 10 do mes-

mo mês.

Colem o Vale n.° 63 á paginaonde mandarem o nome da cidade.

Assinem a solução e indiquem ida-

de e endereço completo: rua, nu-

mero, localidade e Estado.

Resultado do Concurso n. 57

Solução das perguntasI .a — Cabeça — caléça

2: — Cinto

pintosinto

minto

3." — Brim — cadeira

4." — Sal — moura

5.* ¦— Na época em que o Brasil era

"colônia".

Resultado do sorteioEnviaram soluções certas 147 soiucionisfas.Foram premiados cem um lindo livro de historias in-

fantis os seguintes concorrentes:

CARLOS AZEVEDO COUTINHO

Residente à ladeira do Barroso, 83-apt.° 2, CidadãNova, nesta capital.

TEREZINHA DE MELO

Residente à rua Dr. Emilio Winther, 619, Taubató,

Estado de S. Paulo.

ROLAND F. MERKLEResidente à praça 15 de Novembro, s[n., Morretes,

Paraná.

OTTOMAR LOPES CARDOSOResidente à rua Major Fonseca, 3 I, S. Cristóvão, nesta

capital-

MARIA ANTONIETA FERREIRA VILELA

Residente à rua Marechal Deodoro, 388, França, Es-tado de S. Paulo.

m (Jrraü VALEN9¦ 63


A- -— ,___ ?T ^*\ rn^&k

A REVISTA

QUE TODOS

LERÃO COMPRAZER

variedade do texto, aprofusão de fotogra-fias, os contos, histo-rias e secções que vaipublicar, mostrarãotudo que se passa du-rante o mês, no Brasile no mundos darão asmelhores horas de re-creio a todos os leitorespor mais diferentesque sejam suas predi-

leções.

uma wdtáu que MJtMfaftcí 11 tocJLoi

Cíventuraò do (üíkiquinfi®

— Chiquinho sempre acha tempo, agora nas — ...chamou Benjamim e lhe. explicou um novoférias, para fazer as suas travessuras E' sim- "modelo" de trote,que estava planejando. Ia sêrplesmente terrível !! Ha dias. .. um sucesso !

PERFEITO fSÓ FALTA FALAR

—• Depois chamou a tia Joaquina paravêr como êle pintara um fiel retrato doBenjamim, na cerca do quintal.

—» Tia Joaquina lá se foi, e ficou encantadacom o boneco pintado, achando-o perfeito.

•— Só falta falar ! — disse ela,

"111/ «L_..:. ,.A\\\\l i_ , ¦ .— Nesse momento, como por arte do demo- — Tia Joaquina levou um susto enorme ! E saiu]

nio, o boneco,pintado exclamou: O/Zia a tia ]oa~ a correr, sem compreender o trúquç arranjado pelojquinai E moveu com os braços,.., travesso Chiquinho!

semanÁrio infantilmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01795.pdf · perguntas como a sua, ......

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