semanário a voz do povo - ed 10 - 26 de janeiro de 2013

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A VOZ 5 Sábado 26 de Janeiro de 2013 www.avozdopovobp.com Tiragem Sul Fluminense 5.000 exemplares R$1,00 - Edição nº 10 - Ano I - Semanal [email protected] DO POVO Este é o quinto dos seus dez selos para concorrer a um netbook novinho. Regulamento na pág 02 Carro pega fogo em frente à rodoviária e ‘acende’ a curiosidade de transeuntes Vendas naufragam e ex-camelôs ficam a ver navios; muitos deles já começam a voltar para ‘terra firme’ MERCADO MUNICIPAL PÁGINAS 06 E 07 A TEMPERATURA SUBIU PÁGINA 11 Profissionais denunciam suposto esquema de contratação na Secretaria de Saúde BELEZA PÁGINA 11 Jornal Nacional faz cobertura sobre caso envolvendo Pedrinho ADL Vereador é entrevistado na DP e mãe diz: ‘Quero meu filho de volta’ PÁGINA 10 Reprodução/Internet Reprodução/Internet (site do Jornal Nacional) LINHA CORTADA PÁGINA 11 Homem suspeito de praticar golpes através do ‘Disk Extorsão’ é preso SE LIGA NO ENREDO! Walmor de Oliveira (site Bella da Semana) ESCÂNDALO PÁGINA 03 A Este coringa substitui um dos seus dez selos para concorrer a um netbook. Regulamento na pág 02 Felippe Carotta

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10ª edição do semanário barrense A Voz do Povo do dia 26 de Janeiro de 2013.

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A VOZ 5Sábado

26 de Janeiro de 2013

■ ■ ■ ■www.avozdopovobp.comTiragem Sul Fluminense 5.000 exemplaresR$1,00 - Edição nº 10 - Ano I - Semanal

[email protected] POVOEste é o quinto dos seus

dez selos para concorrer a um netbook novinho.

Regulamento na pág 02

Carro pega fogo em frente à rodoviária e ‘acende’ a curiosidade de transeuntes

Vendas naufragam e ex-camelôs fi cam a ver navios; muitos deles já começam a voltar para ‘terra fi rme’

DO POVOMERCADO MUNICIPAL PÁGINAS 06 E 07 A TEMPERATURA SUBIU PÁGINA 11

Profissionais denunciam suposto esquema de contratação na Secretaria de Saúde

BELEZA PÁGINA 11 Jornal Nacional faz cobertura sobre caso envolvendo Pedrinho ADL

Vereador é entrevistado na DP e mãe diz: ‘Quero meu fi lho de volta’ PÁGINA 10

Repr

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eprodução/Internet (site do Jornal Nacional)

LINHA CORTADA PÁGINA 11

Homem suspeito de praticar golpes através do ‘Disk Extorsão’ é preso

SE LIGA NO ENREDO!

Walm

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site B

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ana)

ESCÂNDALO PÁGINA 03

AEste coringa substitui um

dos seus dez selos para concorrer a um netbook.

Regulamento na pág 02

Felippe Carotta

Page 2: Semanário A Voz do Povo - ed 10 - 26 de Janeiro de 2013

2. Sábado - 26 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comLEITOR

As opiniões e juízos expressados nas colunas deste semanário são de inteira responsabilidade de seus autores, não representando, em hipótese alguma, a opinião do jornal quanto aos assuntos abordados.

Expediente: CML de Paula Empreendimentos CNPJ: 17.150.485/0001-50 Editor-chefe: Felippe Carotta. Editor-gráfi co (paginação): Elías Moura Barbosa da Silva. Gestora Comercial: Soraia Soares. Redação (provisória): Rua Ana Nery, 126, sl 213, Centro. Barra do Piraí - RJ. Impressão: Gráfi ca Correio de Notícias

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tablets, cujos ganhadores foram Leila Regina Bráz Batista, moradora do Ofi -cina Velha, e Rodolpho de Oliveira Thompson, da Muqueca, a VOZ quer te dar um Netbook novi-nho em folha. Bora saber como entrar nessa?!

Regulamento da promo-ção:

1) Para participar, basta colecionar os selos de 01 a 10, que serão publica-dos a partir desta edição. Ou seja, o leitor deverá adquirir os exemplares da VOZ durante dez semanas consecutivas para, então, participar do sorteio.

2) O décimo e último

selo será publicado na edição 16 do jornal, que chegará às bancas no dia 2 de março.

3) Conforme estabe-lecido na promoção dos tablets, o leitor que con-seguir juntar os dez selos promocionais deverá en-tregá-los diretamente na redação da VOZ, dentro de um envelope, devida-mente colados numa folha branca com identifi cação.

4) O sorteio será realiza-do na sexta-feira seguinte à publicação da edição 16, ou seja, no dia 8 de março. Já o nome do fe-lizardo que faturar o Ne-tbook será divulgado na edição 17 da VOZ, que chega às bancas em 9 de março (um dia depois do

sorteio).

Leia a VOZ, fi que bem informado e ainda tenha a chance de ganhar um super prêmio. Participe e junte seus selos promo-cionais!

Foram mais de cem car-tas recebidas e os primei-ros felizardos, ganhadores de um tablet cada, foram:

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E as promoções se-guem, um netbook está na parada, junte os 10 selos, e boa sorte!

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Todos os comentários publicados nesta seção são extraídos das nossas pá-ginas na Internet. Frise-se que os comentários não representam a opinião do

jornal, sendo a responsabilidade do autor da mensagem.

Problemas no Samu de BPEste é o governo da continuidade: sem Samu, Caieira São Pedro sem água há uma se-

mana (sem satisfação ou carro pipa), ruas esburacadas, camelôs ocupando novamente as ruas do Centro e adjacências, trânsito caótico, vigia atendendo telefone da Secretaria de Água e Esgoto, Viação Santo Antônio e Aparecida dominando com ônibus atrasados e lotados, entupimento da galeria no Parque de exposições e abertura de vala para desvio de córrego (crime ambiental) às margens de um morro onde acima passa a Rua Moreira Lopes, que no futuro acabará desabando, por aí vai. Todos vemos, menos as autoridades que se dizem competentes.

Anônimo, via site.

Isso é vergonhoso!

Elisângela Silva, via Facebook.

Falta D’ÁguaÁgua em Barra do Piraí só cai do céu, mas, em nossas torneiras nada. Brincadeira, me

ajuda aí, prefeitura.

Rogério Dias, via Facebook

Vassouras - 24 2471 2032

Page 3: Semanário A Voz do Povo - ed 10 - 26 de Janeiro de 2013

.3Sábado - 26 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA www.avozdopovobp.com PODER

BRASÍLIA

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, apresentou na terça-feira, 22, mudan-ças destinadas a melhorar o acompanhamento de obras públicas e a avaliação de pro-jetos. Foram criadas secre-tarias, com coordenadorias técnicas especiais para cada setor de atividade, como in-fraestrutura, educação, saú-de e previdência. Com infor-mações da Agência Brasil.

Augusto Nardes recebeu a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o minis-tro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino. Para o pre-sidente do TCU, a presença da ministra demonstra que o governo “quer se prevenir de problemas como a ocorrên-cia de fraudes”.

Segundo Augusto Nardes,

em fevereiro haverá reunião envolvendo a área de aero-portos. “É importante haver diálogo entre o governo e o tribunal para evitar atrasos no cronograma de obras”, explicou.

O ministro Leônidas Cristi-no destacou que “o governo tem interesse em acelerar as concessões e os arrenda-mentos previstos na área dos portos” e espera contar com “o aval do TCU para que os cronogramas sejam cumpri-dos”.

Ele falou sobre os planos da secretaria e explicou que busca dar maior velocidade nos empreendimentos. Para Cristino, só dessa forma os portos poderão alcançar maior efi cácia com menor custo, permitindo que os pro-dutos brasileiros sejam mais competitivos no mercado in-ternacional.

Mais fi scalização nas obras públicas

Prestação de contas, uma obrigação esquecidapor Heraldo Bichara, professor e ex-vereador

Infelizmente, a socieda-de representativa, e o povo em geral, desconhece que existe uma Lei chamada de Responsabilidade Fiscal, que obriga os governantes a prestarem contas de suas administrações. Aliás, essa é uma prática muito comum, principalmente nas entida-des e clubes, quando há uma mudança na direção.

No Rotary, onde sou pre-sidente, meu mandato é de um ano, e na maçonaria de dois anos. Quando assumi-mos temos que saber o que estamos recebendo, se nos-so antecessor deixou alguma pendência, e principalmen-te, quanto deixou em caixa. Isto é mais do que normal, porém, alguém sabe dizer como o ex-prefeito deixou a prefeitura? Quanto fi cou em caixa? Todas as obras que planejou foram executadas?

O problema é que ele não fez a transição para seu su-cessor, isto é, não prestou

contas. Digo com fi rmeza porque em conversa com um secretário, o mesmo me afi rmou que não sabia o que estava esperando encontrar pela frente. É a tal história do continuísmo, e convenha-mos, isto é péssimo. Jamais aceitaria um cargo desco-nhecendo o que ia adminis-trar.

O problema é tão sério que o secretário de Água não mu-dou, e passados oito anos no governo, a cidade está como está, sem água nas torneiras, embora eu tenha alertado o tempo todo sobre este problema em outro jor-nal para o qual escrevia. O tempo todo falei da ETA mãe (Estação de Tratamento de Água) que sugeri ser cons-truída acima das comportas, lembram-se? Pois bem, só no ano das eleições arruma-ram uma grana junto ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e iniciaram as obras, interrompidas há cin-

co meses. Resultado, bom-bas queimadas, desculpas manjadíssimas, e a popula-ção na mão.

O Heitor quando prefeito foi sensível e construiu algu-mas estações de abasteci-mento, e o Dr. Baltazar tam-bém cuidou de bairros como o Morro do Gama, Lago Azul e outros cujos nomes não me lembro. O ex-prefeito não tomou conhecimento, e prio-rizou a construção de praças e jardins, além de shows ar-tísticos. O Mercado Munici-pal foi custeado pelo estado, mas falta água naquele lo-cal, o que me foi passado por um usuário que paga 500 re-ais por mês, tendo que usar a água do banheiro.

O prefeito que assumiu, um político experiente, foi posto de lado, e não conse-guiu fazer a transição, daí a tremenda bananosa que pegou. Água não falta por-que não para de chover, só que não dá para chegar às

torneiras. Ele deveria ter sido alertado para esta realidade vez que era o vice do ex que saiu bradando para todos os ventos que deixou a prefeitu-ra cheia de grana e a cidade transformada numa babel. E agora, qual a solução?

Repito, jamais assumiria um cargo, ainda que fosse o mais simples possível sem uma prestação de contas de quem estava no comando. É só andar pela cidade e ver ruas sendo recapeadas por falta de um serviço mal feito (vide lá na Química, próximo à Exposição). O novo prefeito vai ter que suar muito a ca-misa porque a herança que herdou não é tão atraente como lhe foi prometida. A Prestação de Contas em Barra do Piraí é uma obriga-ção esquecida, e pena que alguns clubes tradicionais também não divulguem na imprensa como assumiram e como estão administrando o que receberam.

DENÚNCIA ■ Profi ssionais afi rmam que RH da Secretaria de Saúde estaria se recusando a receber currículos não encaminhados pelo prefeito

Cartas marcadasBARRA DO PIRAÍ

O candidato vai ao setor de Recursos Humanos (RH) da Secretaria de Saúde - que é o mesmo de toda a prefei-tura, grifo nosso -, situado no prédio em anexo ao Ban-co do Brasil, no Centro, e, ao tentar entregar um currículo, é barrado, sob a alegação de que somente os profi ssionais com “cartas marcadas” são contratados. Segundo denún-cias apuradas na quarta-feira, 23, isso estaria acontecendo no município, bem debaixo do nariz da população. Pior. O suposto esquema de contra-tação no setor público só es-taria admitindo profi ssionais frutos do QI (Quem Indica) de ninguém menos que o prefeito Maércio de Almeida (PMDB).

Uma psicóloga – que por motivos óbvios não terá sua identidade revelada, grifo nosso – chegou a postar sua indignação na página da VOZ, no Facebook, mas, temendo represálias e ver as portas se fechando ainda mais, ela apa-gou sua mensagem, dando

seu depoimento de maneira privada. A profi ssional mencio-nou os detalhes do “sistema”.

“Na terça-feira (22), fui ao RH da Secretaria de Saúde, e, quando tentei entregar meu currículo, me falaram que não podia pegá-lo. Daí, questio-nei o porquê daquela atitude e de outras pessoas serem aceitas, e não eu. Foi então que a moça, funcionária do órgão, me disse que apenas os currículos marcados com a indicação do prefeito estavam sendo recolhidos, e que, fora disso, não adiantava nem ela arquivar os meus documen-tos, pois não daria em nada”, relatou.

Indignada com a situação, *Clarice autorizou a publica-ção de suas declarações, mas, através de mensagens priva-das, explicou o motivo pelo qual apagaria a postagem que havia deixado no “mural” do jornal na rede social.

“Acho muito triste isso que vem ocorrendo, pois eu mes-ma sou mais uma que vou fazer de tudo para arrumar emprego em outra cidade

que não seja Barra do Piraí. Não entendam mal, fi ca a re-clamação como uma ideia de reportagem, mas irei excluir o meu recado, pois já está reper-cutindo negativamente”, argu-mentou, dando a entender que estaria sofrendo pressão por ter denunciado o suposto esquema na contração de pro-fi ssionais para a Secretaria de Saúde.

Onde há fumaça...

Horas após Clarice manifes-tar publicamente sua revolta com a “injustiça” que afi rma ter sofrido, chegou à redação da VOZ um e-mail. Era de *Manuela, uma jovem forma-da em Enfermagem, e que diz ter passado pelo mesmo constrangimento da psicólo-ga.

“Confi rmo a existência do esquema denunciado pela outra profi ssional. Passei por situação semelhante a dela quando, na semana passa-da, fui ao RH da Secretaria de Saúde, e tive meu currículo negado, como se fosse um

pedaço de papel higiênico e a minha formação acadêmica não valesse de nada”, ventilou a moça.

“O município já tem pou-quíssimas oportunidades no mercado de trabalho, e o po-der público ainda faz questão de monopolizar os espaços, reservando para seus prote-gidos as melhores vagas, en-quanto nós, que estudamos e vivemos à custa de muito suor, fi camos com as migalhas. Isso pode até ser legal, mas é imo-ral”, criticou a enfermeira.

* Os nomes Clarice e Ma-nuela são fi ctícios, e a VOZ se reservou o direito de utilizá-los apenas para facilitar o enten-dimento do leitor.

NOTA DA REDAÇÃO: Na tarde de quarta-feira, 23, a equipe de reportagem da VOZ enviou perguntas sobre o assunto, via assessoria de imprensa, para a secretária de Saúde, Sheila Rodrigues. No entanto, até o fechamento desta edição, o órgão ainda não havia se pronunciado.

Ordens superiores: Prefeito Maércio estaria restringindo contratações na Secretaria de Saúde apenas a candida-

tos indicados por ele

Elías Moura

Page 4: Semanário A Voz do Povo - ed 10 - 26 de Janeiro de 2013

4. Sábado - 26 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comCOMUNIDADEMORRO DO GAMA ■ Muro de contenção é danifi cado pela chuva e moradores é que se juntam para ‘reconstruí-lo’

Água morro abaixo!

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

O pão nosso de cada dia do verão no município tem sido as chuvas, que não dão trégua. Mesmo que seja somente no fi nalzinho das tardes, elas sempre dão o ar de sua graça. E, por causa disso, este mês de janeiro, que está quase terminando, vem sendo marcado por danos irre-paráveis e irreversíveis, a cada dia que passa.

Os prejuízos registrados não são apenas dentro das casas afetadas pela cheia do Rio Paraíba do Sul. As ruas fi cam alaga-das, cheias de lama e en-tulho, e há, ainda, o mau cheiro provocado pelos es-gotos entupidos. Muros e árvores caem e bloqueiam estradas e vias de passa-gem para muitas pessoas que vão a caminho do lar ou do trabalho, congestio-nando o trânsito – que já é difícil na cidade, grifo nosso.

No caso do bairro Mor-ro do Gama, o cenário se complicou na Travessa Antônio Ribeiro, onde as

casas são protegidas por um “murão” que serve de apoio. A rua é uma subida íngreme e, só de olhar para baixo, dá arrepios. A obra da parede de contenção, que, segundo informações do site da prefeitura, foi concluída em meados do ano passado, serviria para sustentar a terra do local, que ampara inúmeras resi-dências.

Mas, para o desespero da comunidade, o muro parece estar cedendo com as chuvas dos últimos dias. “Com essa chuvara-da que tem dado, o muro não ‘tá’ (sic) aguentando, não. Está descendo água e caindo terra lá embaixo”, contou Maria Aparecida Miranda, a Cidinha, mora-dora da rua.

“Meu marido estava to-mando banho e saiu na chuva correndo, para en-cher de concreto o buraco que tava abrindo aqui”, continuou ela, apontando para uma fenda monstruo-sa no muro, enquanto seu marido fazia a mistura de concreto para fechar o res-to dos rombos provocados pelo aguaceiro.

Mutirão

Na tarde de terça-feira, 22, quando a reportagem da VOZ visitou a Travessa Antônio Ribeiro, vários mo-radores estavam na rua, trabalhando para ajudar a fechar as fendas e buracos que, com a chuva, abrem. O cenário era o seguinte: car-rinhos de mão por todos os lados, e garrafas pet prote-gendo os ferros das vigas que ainda estavam espe-tados por cima do murinho de proteção da rua, de cer-ca de 15 centímetros, que não protege aqueles mais descuidados e crianças.

“As crianças não podem vir para a rua brincar. A minha vizinha recebeu a neta dela no Natal e a menina não podia sair de casa. Aqui é muito alto, se a criança cair, morre na hora. Até agora estamos esperando que coloquem uma proteção, uma grade, sei lá”, reivincidou Cidinha.

“Ainda não tivemos tem-po de ir à prefeitura avisar o Maércio (de Almeida, chefe do Executivo) sobre o que está acontecendo [no Mor-ro do Gama]. Não temos

presidente da Associação de Moradores para nos re-presentar, no entanto, eu e meu marido devemos ir lá, pessoalmente”, explanou.

“Temos medo que o muro desabe e pegue nas casas lá embaixo, pois só Deus sabe se nas próximas chuvas ele vai aguentar. Por isso, continuamos re-mendando para não agra-var a situação”, encerrou, olhando para o céu e rindo, na esperança de dias me-lhores e mais calmos para ela, seu marido e vizinhos.

NOTA DA REDAÇÃO: Via Departamento de Co-municação, o secretário municipal de Obras, Wa-lace Nóbrega Fonseca, foi procurado. Três perguntas foram encaminhadas a ele, por e-mail, na tarde da úl-tima terça-feira. Porém, até o fechamento desta edição, nada de respostas. Vale esclarecer, ainda, que a reportagem acima é fru-to de sugestão de pauta enviada, através do Face-book, por uma moradora do Morro do Gama, que pediu para não ser identi-fi cada.

União: Cumprindo ‘missão’ que deveria ser da prefeitura, moradores se juntam para evitar que rachaduras (detalhe) ameaçem a estrutura do ‘murão’

Soraia Soares

A Voz das Comunidadespor Federação das Associações de Moradores

■ Muito se fala e culpam as passagens de níveis como sendo as “vilãs” do trânsito em Barra do Piraí. Não se fala em construção de novas pontes, que se-ria uma das soluções para melhorar o trânsito caótico de nossa cidade. Enquanto existem situações que não entendemos, uma delas são os ôni-bus que deman-dam da Rodoviária Rober-to Silveira com destino a Piraí, Paracambi e Rio de Janei-ro, poderia, como era antigamente, sair pela Rua Aureliano Garcia. Teríamos certo alívio no trân-sito no centro da nossa cidade.

Esta situação poderia ser revista pelas nossas auto-ridades do Poder Público Municipal. Outra situa-ção que não compreendemos é a abertura das cancelas ferroviárias que está tendo a concordância de alguns vereadores barrenses, que tem até se deslocado des-ta cidade em busca desta solução, ao que até aplau-dimos o esforço emprega-dos destes edis, mas, seria mais interessante se eles engajas-sem na luta pelo desvio da rota Rio – Minas, antigo projeto em trami-tação junto aos Poderes Públicos Federais. Projeto, este, que tem sido discuti-do em várias reuniões re-alizadas com a direção da MRS e a comunidade bar-rense. Ocorrerá na próxima terça-feira, 29, às 14h, no Central Sport Club, uma reunião com a MRS. Para tanto convidamos as comu-nidades e as pessoas inte-ressadas em dis-cutir este

assunto e outros, referen-te à atividade da empresa citada na nossa cidade de Barra do Pi-raí.

■ Edital: A senhora Si-mone de Souza Mathias, presidente da Associação de Moradores do Bairro das Ofi cinas Velhas, no uso de suas atribuições estatutá-rias, convoca a população do bairro para partici-pa-rem da Assembléia Geral Eleitoral, que será realiza-da no dia 03 de março de 2013, das 9 às 17h, no Brasil Esporte Clube, fi -cando os interessados em concorrer o pleito eleitoral, tendo como prazo para ins-crição das chapas até o dia 22/02/2013. Barra do Pi-raí, 22/01/2013.

■ Conselho Municipal de Educação tem o seu atendimento diário, à Rua Tiradentes, nº 122, Cen-tro, Barra do Piraí/RJ, Tel.: (24) 2443-2545/2442-1302(fax), e-mail: [email protected] e as reuniões de plenárias (abertas ao público): segundas-feiras, às 18h30.

■ Reunião da Famor/BP: Informamos que a nossa reunião mensal de fevereiro próximo será no dia 09, às 16:00 horas, nas dependências do Senaet, à Rua Tiradentes, nº 132, na subida do Cemitério. For-ta-leçam a nossa Federação com a sua presença e par-ticipação. Nosso endereço (escritório): Rua Ti-raden-tes, nº 50 – Sala 101 – Cen-tro. Tel.: (24) 2442-2929.

INSTITUCIONAL

Page 5: Semanário A Voz do Povo - ed 10 - 26 de Janeiro de 2013

.5Sábado - 26 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com CIDADE

LGBT ■ Semana da Diversidade começa com distribuição de panfl etos e preservativos

Contra o preconceito

BARRA DO PIRAÍ

Esta semana, a bandeira “colorida” levantada no mu-nicípio é contra o preconceito. Na tarde de terça-feira, 22, organizadores da I Semana da Diversidade deram início ao evento, com a distribuição de preservativos e panfl etos com informações sobre o pro-grama “Rio Sem Homofobia”. O grupo montou uma tenda, na Esquina do Pecado, no Centro, e, além da entrega de folders, prestou serviços à população, com o auxílio de agentes da Secretaria de Saúde.

Segundo o vice-presidente da comissão organizadora, Frank Tavares Silva, a iniciati-va teve como principal mote a conscientização.

“Os panfl etos do Rio Sem Homofobia, confeccionados pela Superintendência Esta-dual de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, são bas-tante elucidativos e oferecem à população uma luz sobre a temática envolvendo a classe das Lésbicas, Gays, Bissexu-ais e Transexuais (LGBT). São mensagens que ajudam as pessoas a compreenderem os estragos que o preconcei-to pode provocar na vida de quem sofre com ele”, expli-cou.

De terça a quinta-feira, a comissão organizadora es-teve na Esquina do Pecado,

distribuindo preservativos e panfl etos tanto acerca dos LGBTs quanto da Atenção Bá-sica à Saúde.

“Muita gente banaliza os gays e taxa esses indivíduos como promíscuos, ou profa-nadores dos bons valores e da família. A I Semana da Di-versidade vem para quebrar esse paradigma e mostrar que os LGBTs são cidadãos comuns, que também têm seus direitos. É preciso lem-brar sempre que coração não tem preconceitos. Tem amor”, abordou Frank, fazendo men-ção ao lema da 17ª Parada do Orgulho Gay, realizada em no-vembro passado, na orla de Copacabana.

II Parada da Diversidade

E a programação prepara-da pelos “coloridos” para gri-tar contra o preconceito não para por aí. Ontem, foi realiza-do o I Fórum da Diversidade, no Barra Tênis Clube, com a presença de representantes da Superintendência Esta-dual de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, além de especialistas de diversas áre-as. Aconteceram palestras e discussões sobre inúmeros assuntos, como, por exemplo, “Educar para a Diversidade”, além de temas relacionados à homofobia e à União Está-vel entre pessoas do mesmo sexo.

A presidente da comissão organizadora, Alexandra Oli-veira, destacou que o ápice do movimento está agendado para o próximo domingo, 27, com a II Parada da Diversida-de Sexual do Sul Fluminense.

“Assim como no ano pas-sado, quando cerca de 10 mil pessoas participaram do ato cívico, vamos às ruas rei-vindicar os direitos da classe LGBT, bem como pedir o fi m do preconceito”, salientou, ressaltando que o evento co-meça às 14h, na Praça Nilo Peçanha.

Mas, antes do ápice men-cionado por Alexandra, ainda será realizada a I Festa da Diversidade, que acontece, hoje, no Barra Tênis Clube, a partir das 23h. O valor do ingresso será revertido para o custeio de todo o evento, conforme esclareceu a orga-nizadora.

“Vale frisar que a entrada será cobrada apenas porque precisamos do dinheiro da bi-lheteria desse dia para ajudar no custeio da infraestrutura do evento, já que consegui-mos poucos patrocinadores e a folha de gastos é alta. A entrada do baile vai custar R$ 15,00, praticamente um valor simbólico, que cada ativista pagará em contribuição à or-ganização do evento”, arrema-tou, salientando, ainda, que todas as demais atividades são gratuitas.

Felippe Carotta

Diversidade: Até idosos se interessam por panfl etos do programa ‘Rio Sem Homofo-bia’ e dizem ‘não’ ao preconceito

O ano de 2013 se inicia e em breve o calendário escolar também. Ainda encontramos instituições de ensino suca-teadas e sem a mínima con-dição de atender á demanda de crianças em idade escolar. O que devemos pensar sobre isso? Estamos em um ano cru-cial para a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olim-píadas de 2016.

Observamos investimentos astronômicos para a constru-ção de estádios e obras de infraestrutura para atender as exigências da Fifa. Diversas so-bras já estouraram o orçamen-to inicial e continuam aumen-tando os seus gastos podendo transformar a Copa do Mundo de 2014 como o evento mais caro da historia da humanida-de. Recentemente o prefeito de Belo Horizonte solicitou uma redução das verbas para a Educação da capital mineira para que fossem investidas em

obras para adequar a cidade para o evento. Isso demonstra, de forma clara, a necessidade de manutenção de uma po-pulação sem possiblidades de formar um pensamento crítico.

Um povo com pensamento crítico questiona o seu líder. Critica as suas ações e luta pelos seus direitos, um povo com pensamento crítico elege o líder que melhor atenderá as suas necessidades e não por medo de mudanças. Michel Foucault quando disse que “todo o sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modifi car a apro-priação dos discursos”, criticou não só o sistema de ensino mas também os produtos fi -nais (pessoas) que formam a sociedade na qual vivemos, onde aceitamos o que nos é imposto e não lutamos por mudanças, simplesmente es-colhemos o mais fácil ao invés do correto. A nossa militância

provém do que nos inquieta, in-comoda, ou seja, as injustiças sociais e as diversas formas de corrupção existentes no nosso país. As lutas contra preconcei-tos raciais, a luta pela diversi-dade sexual (temos como uma bela demonstração a II Parada da Diversidade em Barra do Pi-raí), a luta contra a medicaliza-ção da sociedade entre outras.

Como elucidar mais mentes para engajar estas lutas? Atra-vés de um sistema de educa-ção de qualidade. Fecho este texto com uma frase de Paulo Freire, patrono da educação brasileira.

“Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoro-so, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça so-cial se implante antes da cari-dade.”

Até a próxima, uma boa se-mana para todos!

Mundo Rizomáticopor Rafael Nunes, psicólogo

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6. Sábado - 26 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comCAPA

MERCADO MUNICIPAL ■ Desde a reforma, ex-camelôs amargam baixa nas vendas e muitos já começam a voltar pras ruas

Em busca do cliente perdido

CAROLINA ARAÚJOBARRA DO PIRAÍ

[email protected]

Era assim, na Rua Padre Al-fredo, que, durante duas déca-das e meia, ficou conhecida por ser exclusiva das barraquinhas que enchiam o Centro da cida-de de vida, enquanto as pes-soas passeavam e as crianças ficavam deslumbradas com as cores e variedades nas barra-cas de carrinhos, videogames, bolas e bonecas. Corriam e fitavam as pessoas para poder parar em frente às “tendas” de brinquedos e, na ponta dos pés, chegar mais alto, ver o paraíso de diversão na frente delas, enquanto gritavam pelos pais para comprar um pedacinho daquele céu.

Para os adolescentes, o po-

pular camelô era referência na busca de bijuterias, camisas, chaveiros e canecas do time predileto. Aparelhos eletrônicos, recém-lançados no exterior, desembarcavam primeiro na Rua Padre Alfredo, fazendo os olhos de quem passavam por lá encherem de vontade de ficar horas e horas admirando cada uma das bancas, enquanto o celular tocava as musicas pre-diletas nos fones de ouvido, sempre comprados no local, e a capa de proteção do telefone também.

Mas, tudo mudou quando, em março do ano passado, o então prefeito José Luís Anchi-te entregou aos ambulantes o Mercado Municipal Mário Sér-gio do Nascimento, transferindo a categoria para os boxes cons-truídos naquele moderníssimo

prédio. As lonas, calorentas e vulneráveis à chuva, foram substituídas por uma estrutura bem acabada, com direito até a escadas rolantes, no entanto, ninguém imaginava que a mu-dança fosse doer tanto no bolso dos ex-camelôs.

Isso porque, segundo rela-tos da classe, as vendas no Mercado Municipal caíram drasticamente em relação à Rua Padre Alfredo. Nem o Na-tal foi capaz de dar um “up” na situação, que, de acordo com testemunhas, vai de mal a pior para muitos dos comercian-tes. O caso estaria tão crítico que inúmeros vendedores já estariam voltando pra rua, na surdina, em busca da clientela que supostamente se recusa a esquecer as memórias da Pa-dre Alfredo.

Em baixa

Na tarde de terça-feira, 22, a equipe de reportagem da VOZ foi até o Mercado Muni-cipal, para conhecer de perto a realidade comercial do local e ouvir relatos de pessoas que lá trabalham. “Velha” de guerra quando o assunto é o camelô de Barra do Piraí, a comerciante Bárbara Kaiser, a Babi, tem uma teoria sobre o porquê de as vendas estarem tirando o sono dos ex-ambu-lantes.

“As pessoas são um pouco comodistas. Na rua, o pessoal passava e comprava, enquan-to para vir aqui o público tem que se deslocar. Então, acre-dito que isso possa ter infl uen-ciado”, opinou, sentada num banquinho, um pouco séria,

falando de seu negócio, que já dura mais de 20 anos.

Mesmo elogiando o mo-vimento impulsionado pelo Natal, a experiente (ex-)came-lô admite que o resultado na Padre Alfredo era bem mais satisfatório. “As vendas no Natal foram boas. Não foram excelentes, mas, sim, boas. Nada que se compare com a rua. Agora, este mês (janeiro) as vendas caíram um pouco, tal como em qualquer comér-cio”, avaliou.

Já um outro ex-ambulante, que trabalha no ramo há pelo menos dez anos, foi mais duro ao comentar a situação.

“De que adianta toda essa modernidade, se o dinheiro não entra para mantermos as portas abertas? Basta dar uma olhada por aí que vocês

vão ver que inúmeros boxes estão fechados, porque o pessoal não aguentou o rojão e acabou tendo que fechar. Isso sem contar os fi lhos de vários colegas, que tiveram que ‘trancar’ a matrícula na faculdade, pois os pais não ti-nham mais dinheiro pra pagar a mensalidade. Será que vale o quanto custa?”, ponderou o jovem, que não se identifi cou.

“Eu mesmo parei de estu-dar. A situação é muito mais difícil do que as pessoas ima-ginam. Há dias em que vendo apenas R$ 10, R$ 5, e se isso acontecer, eu que coloque as mãos pro céu, porque já teve semana inteira de não sair uma mercadoria. É por isso que tem um monte de gente voltando para as ruas”, acres-centou ele.

Vazio: Visão panorâmica do andar de cima mostra a maioria dos boxes sem nenhum cliente

Soraia Soares

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.7Sábado - 26 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com CAPA

INSTITUCIONAL

De volta ao ‘lar’

Diariamente, a ruas do Centro de Barra do Piraí fi cam cheias de pessoas que pas-seiam e veem as vitrines em busca de novidades, vão pegar os ônibus para seus lares e tra-balho etc. Quem lucra com isso são os vendedores de churros, batata frita, água de coco e por aí vai, que arrumam seu lugar nas calçadas e praças, tentan-do sempre escolher o melhor espaço para fi car e fazer valer mais um dia de labuta. E, para a surpresa da clientela saudo-sa, os que não conseguiram vingar suas vendas no “sho-pping” municipal tem se arris-cado a voltar para as ruas – de maneira irregular, é claro, gri-fo nosso.

Um ambulante que possui box no Mercado Municipal, e que por motivos óbvios não terá seu nome divulgado, falou à reportagem da VOZ que a situção no prédio “não se com-para ao vender diretamente ao ar livre”.

“Na rua, temos o contato di-reto com o público, ao invés de fi car enclausurado numa ‘cai-xa’, onde tenho que chamar as pessoas, e ainda me sinto preso. Aqui, faço o meu próprio horário, sabendo exatamente em que lugar está a maioria da clientela. Na rua é bem me-lhor, até porque, por mais que o Mercado seja uma obra que veio para melhorar a imagem da cidade, prejudicou nossas vendas”, relatou, mexendo em seus produtos, enquanto curio-sos passavam e davam uma olhadinha nas novidades.

“Aqui, as pessoas passam e olham. Por mais que não seja uma loja, vendo muito mais do que se tivesse ‘preso’ em um lugar que só faz jus pelo cinema. Se não fosse por isso, muitas pessoas nem saberiam onde é o tal ‘shopping’ da cida-de”, ironizou.

E não é apenas um ou outro camelô que está trocando as escadas rolantes do Merca-do Municipal pelas calçadas quentes das ruas do Centro. Basta olhar com atenção e é possível ver rostos já conheci-dos do público fi el dos ambu-lantes, ali e acolá, retornando ao “lar”, sob a argumentação de que o conforto do prédio moderno não enche barriga.

Sora

ia So

ares

Chique: Ex-camelôs trocam o conforto das escadas rolantes pela clandestinidade das ruas, sob a alegação de que ‘beleza não enche barriga’

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8. Sábado - 26 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comESPECIALDENÚNCIA ■ Capina química aplicada em vegetação à beira da linha estaria matando passarinhos

Limpeza fatal

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Para os amantes da natu-reza, a descrição do cenário a seguir é triste: alguns pas-sarinhos, entre eles canários da terra, aparecem mortos às margens da linha férrea, silen-ciando aquele doce canto que, por vezes, anunciou a chegada de um novo dia ou o por do sol. Cansado de assistir a essa cena, o leitor Rafael Franco Ribeiro denunciou, na terça-feira, 22, que a capina química aplicada por agentes da MRS Logística na vegetação à bei-ra da malha ferroviária estaria acabando com a fauna local.

A foto enviada pelo internau-ta registra o exato momento em que o procedimento era realizado, na tarde da última terça. A área demonstrada na imagem fi ca nas imediações do Centro, no pátio ferroviário, e bairro Santo Cristo. Segundo ele, é grande a quantidade de espécies afetadas pelo que chama de “crime ambiental”. “Quem gosta da natureza tem que ajudar a combater essa situação. Até quando isso irá acontecer?”, indagou, aparen-temente com o sangue ferven-do nas veias.

A reclamação de Rafael foi endossada pela de outra lei-tora, em declaração encami-nhada à redação da VOZ via e-mail.

“Vi o que o rapaz (Rafael) postou no Facebook, e não é possível que as autoridades permitam uma monstruosi-dade como essa. Os pobres passarinhos são prejudicados pela falta de responsabilidade da empresa, que não quer ter gastos com funcionários capi-nando na enxada, e, pra pou-

par tempo e dinheiro, sacrifi ca a natureza”, criticou a morado-ra do Centro, que não se identi-fi cou, possivelmente temendo represálias.

Secretária do Ambiente promete ajuda

Procurada na manhã de quarta-feira, 23, para comen-tar o assunto, a secretária do Ambiente, Madalena Sofi a de Oliveira, foi extremamente so-lícita, dando um “banho” na prestação de serviços públi-cos.

“Infelizmente, a empresa tem licença do Instituto Brasi-leiro do Meio Ambiente (Ibama) para aplicar a capina química. Inclusive, um engenheiro agrô-nomo da nossa secretaria já chamou os responsáveis para conversar por duas vezes, e a autorização foi apresentada”, explicou, salientando, com cer-to pesar na voz: “A MRS adota sistematicamente a mesma postura”.

A gestora esclareceu, po-rém, que a autorização não dá a concessionária o direito de fazer o que bem entender. “Eles não podem utilizar um produto diferente do permitido pelo Ibama, e, se está havendo perda da fauna, alguma coisa está errada”, sinalizou Mada-lena.

Demonstrando-se verda-deiramente interessada em encontrar uma solução para a problemática, a secretária pediu à reportagem da VOZ que lhe encaminhasse as fo-tos, por e-mail. Ela assumiu a responsabilidade auxiliar na apuração dos fatos – postura que merece aplausos de pé, grifo nosso.

“Desde já, eu me compro-

meto a encaminhar a reporta-gem e o apelo popular ao Iba-ma, para que se proceda uma rigorosa fi scalização quanto às condições em que estão sen-do realizadas essas capinas químicas”, encerrou.

Resposta da MRS

Contatada via assessoria de imprensa, a MRS Logística se pronunciou sobre o caso, na manhã de anteontem, 24. Em nota, a concessionária que ad-ministra a malha ferroviária in-formou que: “A capina química é a atividade de controle das plantas daninhas com uso de herbicida com propriedades capazes de manter as áreas tratadas limpas por longos pe-ríodos de tempo, com garan-tias de segurança ambiental”.

Acerca da suspeita de que as substâncias utilizadas pela empresa na aplicação do pro-cedimento estejam fora do pa-drão preconizado pelos órgãos fi scalizadores, a instituição ne-gou que isso seja verdade.

“São utilizados produtos li-cenciados e autorizados pelos órgãos federais competentes, como o Ibama e a Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não é utilizado ne-nhum outro produto que não esteja de acordo com as leis ambientais vigentes”, garantiu, mencionando que os nomes dos materiais utilizados: Roun-dup NA, autorizado pelo Ibama, com o Nº 3298/93; Glifosfato Plus Pikapau Herbicida (glifos-fato), registrado na Anvisa, com o N° 3.0543.0057.002-9.

A MRS fi nalizou a nota fri-sando que a empresa “desta-ca em suas políticas, o respeito ao meio ambiente e sua preo-cupação com segurança”.

Foto do leitor: Rafael Franco Ribeiro

Flagra: Ao fundo, dois agentes da MRS aparecem fazendo a capina química no ‘leito’ da linha férrea

RESPOSTA ■ Cref esclarece tema de reportagem publicada pela VOZ; órgão destaca fi scalização

Colocando os pingos nos ‘is’

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Em sua edição 08, a VOZ publicou uma reportagem com denúncias de profes-sores de Educação Física, dando conta de que, no mu-nicípio, estagiários e “aven-tureiros” estariam exercen-do a profi ssão de maneira irregular. Na época, a equi-pe do jornal tentou locali-zar algum representante do núcleo de Volta Redon-da do Conselho Regional de Educação Física (Cref), porém, ninguém foi encon-trado. O tempo passou e, na tarde de terça-feira, 22, a assessoria de imprensa da 1ª Região da entidade, responsável pelos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, entrou em contato, solicitando espaço para prestar esclarecimentos sobre o assunto – sendo prontamente atendida, grifo nosso.

Em nota, a supervisora

de Fiscalização do Cref1, Bethânia Soares, esclare-ceu: “O Departamento de fi scalização do Conselho atua nos 92 municípios do Rio de Janeiro e nos 78 mu-nicípios do Espírito Santo, realizando fi scalizações de rotina e averiguação de de-núncias em qualquer tipo de estabelecimento presta-dor de atividade física”.

A profi ssional explicou, ainda, a importância dos procedimentos coordena-dos pelo segmento que co-ordena.

“Para garantir qualidade e segurança na prestação dos serviços de atividade física, preconizando, as-sim, o mercado de trabalho para o profi ssional habilita-do, o Cref1 também conta com denúncias anônimas sobre o exercício ilegal da profi ssão, entre outras ile-galidades e irregularida-des. A denúncia pode ser efetuada através do Disque Denúncia do órgão, no te-

lefone (21) 2567-0789, ou pelo site www.cref1.org.br. Em ambas as formas, o denunciante receberá um número de protocolo, através do qual ele poderá acompanhar o andamento da sua denúncia, que será averiguada em até 90 dias no máximo”, salientou Be-thânia.

Sobre o fato de a VOZ não ter conseguido contato com nenhum agente do nú-cleo regional do Cref, na se-mana do dia 12 de janeiro, a assessoria de imprensa do Conselho deu a seguin-te explicação: “O posto de Volta Redonda fi cou fe-chado do fi m de dezembro até o dia 09, por razão de reformulação no quadro de pessoal, sendo reaberto no dia 10. Em tempo, envia-mos uma comunicação por e-mail a todos os profi ssio-nais registrados, e no dia 08/ publicamos também uma nota no site ofi cial do Cref1”.

Divulgação

Bethânia Soares: ‘Trabalhamos para garantir qualidade e segurança na prestação dos serviços de atividade física’

INSTITUCIONAL

Page 9: Semanário A Voz do Povo - ed 10 - 26 de Janeiro de 2013

.9Sábado - 26 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com ESPORTE

Por Jo Mariano

Nesses dias, início do estadual rural mais defa-sado do sistema solar, em que nada de interessante acontece e tudo sobre o Carioquevisk cheira à bale-la argumentativa, até essa coluna bombadona, que tem mais assunto que en-terro de corno, passa por dias difíceis. Ainda bem que admitimos ser boleiros e seguimos os adeptos da cachaça, cerveja, mulher e futebol (nem sempre nessa ordem), e a regra do nada pra fazer, na falta de ter-mos o que falar, iremos zo-near o barraco alheio.

Logo ali do lado, na coli-na, existe um barraco tipo esse só que mal frequenta-do. O cara é meu amigo e consegue uns acessos em seu site - nada que se com-pare à galera bem vestida que lê esse jornal - é meu amigo e por isso vou dar uma sacudida na palafi ta do cidadão.

Há uns meses fi z um post recorde de curtições em meu blog, o FLAGAIATO, onde falava da lorota vas-caína de ter inserido negros no futebol e que a balela ia tão longe que tiravam o mérito do Bangu e exclu-íam do futebol Francisco Carregal*. Há um tempo vi e ouvi sobre a réplica lá na caverna do meu brother de cerva e senti-me tentado a dar minha tréplica cheia de maldade, mas sempre mantendo o compromisso com a verdade.

Com base no grandessís-simo e cultuado Mário Filho fi ca óbvio que o chilique do Vasco com a AMEA não foi por amor ao negro, mas (desculpem a rima) amor ao rego. Afi nal ou era jogar com um monte de afro-descendentes uma liga não-ofi cial, ou mostrar pro mundo que não tinha time. “Os jogadores do Vasco fi -cavam em Morais e Silva,

como alunos de colégio interno. Tinha hora de saí-da, todos juntos (…) O por-tuguês achando que todo cuidado era pouco” (FILHO, 2003, p. 122 e 123).”

O tratamento dado ao time era coisa esquisita, se tratava de um “time de colégio interno”, remanes-centes de uma escravidão até então recém-fi ndada. Não se tratava de um time de alguns negros, mas de maioria (senão totalidade) negra. Não era questão de ser bom para os negros, porque a veridicidade é que os negros eram bons pro Vasco e não o contrá-rio. “O Vasco não fazia pre-tos: para o preto entrar no Vasco tinha de ser já bom jogador. Entre um branco e um preto, os dois jogando a mesma coisa, o Vasco fi -cava com o branco. O preto era para a necessidade, para ajudar o Vasco a ven-cer.” (FILHO, 2003, p.120)”

Aí entra a segunda parte da questão. Vascaínos afi r-mam que o Bangu inseriu, mas apenas o Vasco quan-do questionado lutou. Tal-vez. Embora ambos fossem clubes pequenos – “Nin-guém ligou para importân-cia à ida do Vasco para a primeira divisão. Que é que podia fazer um clube da se-gunda divisão (…) (FILHO, 2003, p. 121)” – o Bangu sempre se encontrou em situação mais complicada fi nanceiramente, não tinha a burguesia portuguesa do-minante e possuía um time misto. Somando os fatores, obviamente poderia abrir mão de um jogador para não dar adeus ao time e ao futebol. Logo o Bangu poderia muito bem fazer o que o Vasco sonhava, mas optou por sofrer anos no ostracismo mantendo um ou raros negros em sua equipe, como ocorreu com o mulato Luís Antonio da

Guia que por anos defen-deu o Bangu. Enquanto o Vasco enquanto pode ex-cluía seus poucos negros até que num momento de crise só possuía pretos na equipe.

Se a ordem era sem ne-gros e você tem 3 negros conversa e joga com 20, se você possui 1 negro, conversa e joga com 22, mas se você tem 23 negros oriundos do “colégio inter-no” que lutam contra o ja-cobinismo pós-século XIX... dá chilique, percebe a situ-ação que se encontra, faz o inequívoco e inevitável e conta com os burgueses para espalharem uma men-tira centenária. Foi feito o que era bom para o clube. O bem ao negro foi fator se-cundário.

Parabéns Vasco, você conseguiu... Mais ou me-nos, porque em 2001 os deputados votaram com base na história e entrega-ram a Medalha Tiradentes, que premiou o pioneirismo na luta contra o racismo no futebol ao Bangu. Fato interessante é que um dos deputados a assinar e re-conhecer tal verdade foi o então presidente do clube cruzmaltino, Roberto Dina-mite.

O preto brasileiro já so-freu demais, chegou na Terra Mãe Gentil como mão de obra escrava, nunca foi tratado como imigrante dig-no e por isso creio que não precisa de uma mentira dessas para se sentir me-lhor. Até porque um clube que leva como estandarte a cruz esmagadora de mi-norias desmente uma far-sa dessas sempre que pisa em campo, sempre que veste a camisa.

*Francisco Carregal foi o primeiro jogador negro a praticar futebol ofi cialmen-te no Brasil.

■ O negro e o Bangu contra o Vasco ■ Argentina é meu ovo no inverno

Arábia Saudita, Japão, Iraque, Nigéria, África do Sul, Egito, Ca-marões, Tunísia, Zâmbia, Aus-trália, Nova Zelândia, Taiti, Dina-marca, Grécia, Canadá, México, Estados Unidos.

Ao fim desse tópico explico o motivo desses nomes acima, mas antes (mais uma vez, está chato, eu sei) permitam-me novamente tentar entender a mente anti-patriota dos torce-dores de web, playboys de apar-tamento que não conseguem entender o quão complexa é a vida fora do memory card.

Há um tempinho meu sono matinal para acompanhar o sorteio da Copa das Confedera-ções a acontecer no país (como dizem os antis) mais feio, sem graça, sem dinheiro, mal admi-nistrado e incrivelmente esco-lhido pela FIFA e pelo COI para sediar os maiores eventos es-portivos do planeta. Obviamen-te acompanhei com um olho na TV e outro na internet a fim de pescar umas pérolas internau-tas. Vi comentários como “O Brasil comprou o sorteio”, “Va-mos cair numa chave fácil”, “Vai ser comprada como a Copa de 2002”, “Taiti na chave do Brasil” e ao fim os comentários viraram para “Compraram, mas deu er-rado”, “O cozinheiro arrebentou com a armação”. Incrível, os fãs do Messi sempre se superam.

Mais uma vez podemos per-ceber que a vira-latagem adqui-rida atingiu níveis de epidemia e agora não importa como, quan-do nem em que circunstância,

a parada é torcer contra. Garo-tinhos mimados criados a base de Mucilon que se acham os revolucionários e acreditam ser bonito jogar contra o patrimô-nio. Pessoas nascidas no Brasil que não possuem a camisa da seleção nacional, mas tem a da Argentina. Menininhos cheirosi-nhos espancadores do Neymar, que costumam chamar tudo que não gostam de lixo e que quando vêem um carrinho mal-doso no craque santista dizem que ele se joga, é fraco, é moça, mas quando triscam no Messi se gabam (com o pau do cara) que só param o “semi-deus” na falta.

Amam a Argentina, já deixa-ram o cabelo crescer, Pelé é só mais um boçal, exemplo mes-mo é o Maradona, Felipão e Parreira possuem duas Copas, mas são uns bostas, bom mes-mo é o Guardiola. Brasil? Quem é Brasil? Quero ver ganhar da Argentina. Ganhamos. Mas não era o time principal deles. Mas o nosso era? Criaturas susten-tadas com Nescau cereal e que desdenharam o título do De-safio das Américas só porque fomos nós que ganhamos. E daí que era a Argentina na Bom-bonera?

Crêem piamente que a Ar-gentina é e sempre foi mais time que o Brasil, mas desconhecem que aqueles países que citei no início do tópico estão num jejum de títulos menor que o da sele-ção da Evita. Os discípulos do anti-jogo não gritam é campeão

com sua seleção principal des-de 1993. Sim, o Brasil (assim como a Argentina até hoje) ain-da era tri. E não nos eliminam em nada desde então.

E os playboys de ap gritam na cara de clubes de que fi cam 10 anos sem títulos, mas pou-pam a Argentina.

Às vezes penso que todo chefe de estado deveria ser um pouco Fidel e mandar traidor ir pastar bem longe do solo pátrio. Porque essa gen-tinha, esses escancaradores de boca em apartamento são minoria e não fazem falta. Fa-zem barulho, mas nada con-seguem. Assim como a Argen-tina. O brasileiro de verdade – desacreditado, sim, com a seleção – ainda é esmagadora maioria. São os trabalhadores que xingam, falam mal, dizem parar de torcer, mas assistem aos jogos e fazem força para segurar o ódio e não gritar gol. São homens e mulheres que na época da Copa compram a camisa, vão pras ruas, bebem, dão churrasco e abraçam o desconhecido ao lado a cada gol convertido, a cada pênalti defendido. E por esses vale a pena acreditar que o torcedor ainda tem chance e que essa peste será extirpada.

E se seu banimento aconte-cer eles tem vários países para habitar. Podem até morar no Taiti, que vai disputar a Copa das Confederações por ter sido campeão. Coisa há 20 anos impossível para a Argentina.

INSTITUCIONAL

Divulgação

Page 10: Semanário A Voz do Povo - ed 10 - 26 de Janeiro de 2013

10. Sábado - 26 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comPOLÊMICA

ADOÇÃO IRREGULAR ■ Mãe da criança se diz arrependida e afi rma que está sofrendo; mulher exima vereador de culpa

‘Quero meu fi lho de volta’

FELIPPE CAROTTACAROLINA ARAÚJO

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

No Brasil, pense em te-levisão e vira à mente um nome: Rede Globo. Basta a Vênus Platinada colocar a “mão” em um caso e pron-to. Isso é sufi ciente para que ele se torne conhecido nacionalmente, e vire tema dos mais variados debates. Ao que tudo indica, o episó-dio envolvendo o vereador Pedro Fernando de Souza, o Pedrinho ADL (PRB), e o ex-conselheiro tutelar, Ar-naldo Feijó, será um desses exemplos, já que, na tarde de anteontem, 24, o chão do município tremeu quan-do o “Globocop” – tradicio-nal helicóptero da emisso-ra, grifo nosso – pousou no campo do Central Sport Club, no Centro, trazendo equipes de reportagem para fazer a cobertura do assunto.

Logo que estourou, a no-tícia de que jornalistas da TV Globo estavam em Barra do Piraí se transformou em bochicho, principalmente nas redes sociais. Também, não era pra menos: os pro-fi ssionais vieram apurar informações a respeito do suposto envolvimento de Pedrinho ADL num caso de adoção irregular, conforme

publicado na edição 09 da VOZ, que chegou às bancas no sábado passado, 19.

Após passar pela Câ-mara Municipal à procura do parlamentar, os jor-nalistas seguiram para a 88ª Delegacia de Polícia (DP), no Matadouro, onde o sabatinaram. Ao lado de Feijó e da mãe da criança envolvida no episódio, o vereador voltou a afi rmar sua inocência, garantindo que não agiu de má fé. En-curralado pelas perguntas dos repórteres, que a todo tempo tentavam encontrar um furo em suas declara-ções, Pedrinho manteve-se aparentemente tranquilo, posicionando-se certo de que não houve “mal”, visto que o tempo todo ele teria pensado no bem estar do recém-nascido.

Já a mãe da criança – um bebê com apenas um mês e meio de vida, grifo nosso – se demonstrou bastante arrependida por ter entregado o próprio fi lho para a “adoção”. A mulher, que por orientações da Jus-tiça não terá seu nome di-vulgado, falou à imprensa, indo às lágrimas no fi nal da entrevista. Vale destacar, ainda, que ela não acusou o vereador de ser culpado, mas fez questão de deixar claro: “Eu não sabia que es-tava cometendo um crime”.

‘Dor sem tamanho’

*Helena confi rmou os trechos da história que o ve-reador contou à VOZ, sobre como tudo começou. “Fui ao Conselho Tutelar e, lá, me encontrei com ele (Arnaldo Feijó). Ele me disse que era para procurar o Pedrinho, na Câmara, porque ele co-nhecia um casal interessa-do em adotar um bebê”, relatou ela à imprensa, nas dependências da DP. “Achei que estava fazendo a coi-sa certa, já que procurei o conselheiro tutelar. Em hora nenhuma imaginei que es-tava cometendo um crime”, acrescentou a mulher, de 33 anos, que também é mãe de um adolescente de 16 anos, uma menina de 12 e de ou-tros dois menores.

Questionada por uma re-pórter, a mãe assinalou que queria dar o fi lho, mas, disse que “não tinha noção do que estava fazendo”.

“Eu estava vivendo um momento de desespero, por-que o pai não queria assumir a criança. Então, nem parei pra pensar se era certo ou errado [entregar o bebê para adoção]. Quando a assisten-te social conversou comigo, falando que meu neném poderia estar correndo risco de vida por eu não conhecer o casal, é que a fi cha caiu”, declarou. “Foi aí que eu me

arrependi, pois parei pra pensar e vi que meu fi lho não tinha que pagar pelos nossos erros”, complemen-tou.

Quando perguntada se os trâmites envolveram dinhei-ro, Helena foi enfática ao res-ponder que “não”. A seguir, ela frisou que está “arrepen-dida de verdade” e que, por isso, quer o fi lho de volta – segundo fontes ofi ciosas, o bebê encontra-se abrigado na Casa da Juventude, em Barra do Piraí, enquanto a Justiça avalia se a mulher tem condições de recebê-lo de volta, grifo nosso.

O fi nal da entrevista coleti-va foi marcado pela emoção dela, que chorou ao explicar por que quer o fi lho de volta. “Me sinto culpada por tudo isso, por ter envolvido tanta gente, simplesmente porque o pai do meu fi lho me fez muito mal. Fiquei louca, per-turbada. O Pedrinho até che-gou a me perguntar se eu estava certa de querer dar meu fi lho. Mereço meu bebê de volta, pois a dor que sinto parece não ter fi m. Ninguém pode imaginar o que estou sentindo”, desabafou, indo às lágrimas.

* O nome Helena é fi ctício e a VOZ se reservou o direi-to de utilizá-lo apenas para facilitar o entendimento do leitor.

Reprodução/Internet (site do Jornal Nacional)

‘Plim, Plim’: Pedrinho ADL é entrevistado por jornalistas do ‘Jornal Nacional’, em reportagem exibida anteontem

O episódio envolvendo Pedrinho ADL e Arnaldo Feijó veio à tona na ter-ça-feira, 12, após repor-tagem publicada no blog do jornalista Jefferson de Carneiro de Castro. Em sua página, o comunica-dor postou documentos exclusivos, que detalham o passo a passo do caso que teria culminado na suposta adoção irregular da criança, bem como da ligação do vereador e do ex-conselheiro tutelar com a situação.

Na edição 09, a VOZ repercutiu o assunto, vei-culando uma entrevista completa com Pedrinho ADL, na qual o parlamen-tar foi transparente ao afi rmar que agiu pensan-do no bem da criança, e que em nenhum momento cometeu qualquer crime.

“Agi por amor, por achar que estava fazendo um bem à mãe, que dizia não ter condições de criar o neném e batia o pé que não o queria; ao casal, que afi rmava que o bebê seria um presente na vida deles; e, acima de tudo, à criança, que poderia fi car ao relento”, salientou.

Questionado se teme

sofrer retaliações por sua participação no caso da adoção irregular, Pedrinho respondeu: “Estou muito à vontade perante a Justi-ça e a Câmara Municipal, porque, a todo instante, eu comunicava ambas as instâncias acerca dos acontecimentos. Inclusi-ve, constam em ata, na Câmara, declarações mi-nhas, em plenária, sobre o assunto. Estou tranquilo de verdade”.

O vereador atacou indi-retamente Jeff Castro e ventilou que o jornalista faria parte de um grupo que tenta destruí-lo.

“Os meus quase 2,1 mil votos de credibilidade estão doendo muito nos adversários, que fi cam com dor de cotovelo. São pessoas que signifi cam um câncer para Barra do Piraí, não edifi cam nin-guém e ainda fazem mau uso da imprensa, tentan-do deturpar imagens, vez que a imagem deles não é signifi cativa para o povo. Se assim o fosse, eles não precisariam perder tempo levantando falsas acusações contra mim ou quem quer que seja”, ras-gou o verbo.

Relembre o caso

Reprodução/Facebook (Adriana Linhares)

Campo do Central: ‘Globocop’ pousa em BP e chama a atenção de curiosos

Page 11: Semanário A Voz do Povo - ed 10 - 26 de Janeiro de 2013

.11Sábado - 26 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com POLICIAL

Estreou, ontem, 25, o en-saio da modelo Suelen Carva-lho no site Bella da Semana (www.belladasemana.com.br). Aos 25 anos, a carioca de Tijuca é a musa da Mocidade Independente de Padre Mi-guel no Carnaval deste ano.

“Sempre tive um carinho especial pela escola e des-

fi lar como musa é mais um sonho realizado. Espero al-cançar todas as expectativas - minhas e da própria escola em relação a mim”.

Este é o primeiro ensaio sensual de Suelen, que já fez fotos ousadas para um namorado, “mas eram exclu-sivas, só pra ele”.

Musa da Mocidade esquenta o carnaval do

Bella da Semana

INUSITADO ■ Carro pega fogo em frente à rodoviária, no Centro

Autocombustão

BARRA DO PIRAÍ

Um fato inusitado surpre-endeu quem passava pelo Centro, na manhã de sába-do, 19. Um carro suposta-mente entrou em processo de autocombustão, próximo à Praça Nilo Peçanha, mais precisamente em frente à Rodoviária Roberto Silveira. As chamas tomaram conta da parte frontal do veículo, o

que atraiu a atenção de inú-meros curiosos e comercian-tes locais.

O veículo envolvido no “fe-nômeno” era um Vectra, de cor vinho. O fato aconteceu por volta das 7h. Até o fecha-mento desta edição, a equi-pe de reportagem da VOZ não conseguiu apurar quais foram as possíveis causas do fogaréu, nem descobriu a identidade do motorista.

As labaredas foram controla-das por agentes do Corpo de Bombeiros.

Antes, houve certo pânico entre os observadores da cena, que temiam que o au-tomóvel explodisse, já que ele seria alimentado por Gás Natural Veicular (GNV). Feliz-mente, isso não aconteceu, e as chamas foram apagadas a tempo, de modo que não houve registros de feridos.

Walmor de Oliveira (site Bella da Semana)

Felippe Carotta

Incêndio: Vectra teria entrado em processo de autocombustão, atraindo a atenção de curiosos e autoridades

■ Opinião

Bang, bang!por Elías Moura

O debate sobre o direito de porte de armas de fogo reacen-deu no mundo, após o presi-dente americano, Barack Oba-ma, ter se declarado a favor de um controle maior na venda de armas nos EUA. A postura chefe de estado foi motivada pelo massacre em uma escola no estado de Connecticut, que resultou na morte de 20 crian-ças e seis adultos.

No Brasil, o mesmo debate vem sendo ferrenho, desde 2003, com a Lei do Desar-mamento, que culminou no referendo de 2005, no qual a ampla maioria da população rejeitou a proposta do governo – e da maioria dos intelectu-ais e da imprensa – de proibir o comércio e porte de armas por civis no país. O resultado do referendo, na minha hu-milde opinião, foi o grito da população brasileira a favor do direito da legítima defesa, numa nação onde se é tão fá-cil matar um policial, imagina um cidadão indefeso.

No nosso país, a burocracia para se conseguir uma arma de fogo é bem maior que nos EUA, onde em alguns estados pode-se adquirir um revólver, por exemplo, sem ao menos ter que informar às autorida-des competentes. De acordo com estimativas recolhidas em 2007, existem nos EUA cerca de 270 milhões de ar-mas em posse da população, enquanto aqui são 15 milhões.

A verdade é dura de aceitar, porém, em nosso país, onde poucas pessoas possuem ar-mas de fogo para proteger o lar, o número de óbitos causa-dos por ela é bem mais eleva-do que entre os americanos. Aqui, são registrados 19,3 mortos a cada 100 mil habi-tantes, contra 3,2 a cada 100 mil nos EUA, de acordo com o Escritório da ONU Contra Dro-gas e Crimes (UNODC) com dados do ano de 2010, que mostram que na América do Sul “perdemos” apenas para a Venezuela e para a Colômbia.

Com isso podemos perceber que enquanto a burocratização impede que famílias de bem comprem armas para se defen-der, o contrabando permite que meliantes de variadas espécies adquiram facilidade as armas e ameacem nossa integridade física e nossas propriedades.

FORAGIDO ■ Procurado desde 2009, acusado de praticar ‘Disk Extorsão’ é preso

Fora da área de cobertura

BARRA DO PIRAÍ

A ligação “caiu” para Wellin-gton Marques de Paula e Sil-va, 38, acusado de integrar um grupo que pratica crimes através do chamado “Disk Extorsão”. O homem foi pre-so na tarde de quarta-feira, 23, em uma casa, no distrito da Califórnia. Segundo fontes ligadas à polícia, ele era fora-gido da justiça desde 2009.

Wellington é acusado de integrar uma quadrilha da-quela localidade, especiali-zada em dar golpes através

do telefone. O esquema fun-cionava da seguinte maneira: um integrante do grupo fa-zia contato com a vítima, se passando por um familiar, e inventava uma história para conseguir extorqui-la.

Um levantamento feito pela 2ª Seção do 10º Bata-lhão de Polícia Militar (BPM), além de escutas telefônicas feitas pela justiça, culminou com a prisão de uma inte-grante da quadrilha e a expe-dição de sete mandados de prisão.

Depois de passar anos

morando no Rio de Janeiro, e consequentemente afas-tado da Califórnia, faz pouco tempo que Wellington teria voltado a morar no distrito. Mas, não demorou muito até que a guarnição formada pe-los sargentos Clodoaldo, Luiz Alberto e Alexandre Meireles, e pelos cabos Thomas e Fa-rias, reconhecesse o acusa-do. Identifi cado o mandado de prisão expedido contra ele, por extorsão, formação de quadrilha e suposto envol-vimento com o tráfi co de dro-gas, o homem foi preso.

‘Caiu’: Acusado de praticar golpes pelo telefone, Wellington deve fi car um bom tempo com a linha cortada

Divulgação

Page 12: Semanário A Voz do Povo - ed 10 - 26 de Janeiro de 2013

12. Sábado - 26 de Janeiro de 2013 POR RENAN ANDRADE

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■ CLOSE DA SEMANAVisita da cegonha Parabéns pra você

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Quem está mais do que feliz com a visita da cegonha é a uni-versitária Paula Iotte, estudante do oitavo período de Direito, no Centro Universitário Geraldo di Biase (UGB). A jovem espera ansiosa o seu primeiro filho, que se chamará Miguel.

Em seu sexto mês de gesta-ção, Paula continua linda e radian-te com a novidade. Que Deus os ilumine sempre, trazendo junto ao Miguel muita saúde e amor para todos da família. Nós, da VOZ, te-mos certeza de que você, Paula, será uma excelente mãe. Beijo!

23/01 – A estudan-te Aline Santos foi a ilustre aniversariante de quar ta-feira. Mora-dora da Rua Cristiano Ottoni, no Centro, ela é aluna Medianeira, e um de seus hobbies é passar horas cuidando do corpo na academia. Namorada de Iago Are-des, tem como progra-ma predileto sair com os amigos. Parabéns pra você, nessa data querida...

23/01 – O universitário Alfredo Curty também as-soprou velinhas na quar-ta-feira, quando comple-tou 28 anos. Morador da Química, ele é acadêmico do curso de Biomedicina, na Universidade Severino Sombra (USS), e traba-lha, atualmente, como DJ e produtos de eventos. A mãe Tânia Curty manda um super beijo ao fi lho, e já adianta que o rapaz está solteiríssimo, na pista pra negócio (risos).

24/01 – Fechando com chave de ouro os aniversa-riantes da semana, fi ca o abraço da coluna para a ca-beleireira Eliete Palmeira, mo-radora do bairro São Luiz. Ela é a esposa amada do marce-neiro Luís Lacerda e mãe do administrador de empresas, Bradon de Azevedo Palmeira, que é funcionário do Banco Bradesco, em Barra do Piraí. Toda essa família especial manda aquele abraço para Eliete – e a equipe da VOZ também, é claro.

22/01 – Terça-feira também foi dia de fes-ta para a jovem Mirella Pires, que fez 21 anos. Moradora do bairro Ofi-cina Velha, a gata é filha do Paulo, mais conhe-cido como Bereco, e da saudosa Janete. Mirella encanta a todos com seu jeitinho meigo e simpá-tico. Um super beijo e continue sempre arrasan-do, pois uma estrela igual você não pode se apagar nunca.

22/01 – Quem com-pletou dois aninhos, na terça-feira, foi o menino Kauan Custódio Reis, o xodozinho da família. A mamãe Luamar e o papai Walace estão mais do que felizes com o cres-cimento do “pimpolho”. Quem manda um beijão é a vovó Lena e o titio Cléber Fajardo. Kauan, que o Papai do Céu te ilumine sempre, aben-çoando seu dia a dia de crescimento.