semanário a voz do povo - ed 08 - 12 de janeiro de 2013

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A VOZ 3 Sábado 12 de Janeiro de 2013 www.avozdopovobp.com Tiragem Sul Fluminense 5.000 exemplares R$1,00 - Edição nº 08 - Ano I - Semanal [email protected] DO POVO Este é o terceiro dos seus dez selos para concorrer a um netbook novinho. Regulamento na pág 02 Sem passe escolar, Viação Canela é a saída para estudantes da Caixa d’Água Ex-funcionários do Cemitério Municipal revelam que orgia noturna faz até defunto levantar da cova; sexo e drogas rolam soltos ALMAS PENADAS PEDEM ARREGO PÁGINAS 06 E 07 NÃO TEM TU... PÁGINA 05 Possível secretário do governo Maércio é investigado pelo MP EX-DIRETOR DO COLÉGIO NILO PEÇANHA PÁGINA 03 ENCHENTE PÁGINA 08 O ‘SERTÃO’ VIRA ‘MAR’ Chuva não dá trégua e deixa diversos bairros alagados; Ponte do Royal é interditada sob ameaça DENÚNCIA PÁGINA 10 ‘Aventureiros e estagiários estão tomando nossos lugares irregularmente’, escracham professores de Educação Física; alunos estariam em risco Soraia Soares Reprodução/Internet Reprodução/Internet Foto do leitor: André Silva Sérgio Saraiva (Bella da Semana) COLUNAS Heraldo Bichara PÁGINA 05 A Voz das Comu. PÁGINA 05 Mr. Locke PÁGINA 04 Gaiato’s Bar PÁGINA 09 Cafezinho PÁGINA 04 Dando Close PÁGINA 12 Curiosidades PÁGINA 11 Nós e Você PÁGINA 02

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Semanário A Voz do Povo de Barra do Piraí, do dia 12 de Janeiro de 2013, edição 08.

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A VOZ 3Sábado

12 de Janeiro de 2013

■ ■ ■ ■www.avozdopovobp.comTiragem Sul Fluminense 5.000 exemplaresR$1,00 - Edição nº 08 - Ano I - Semanal

[email protected] POVOEste é o terceiro dos seus

dez selos para concorrer a um netbook novinho.

Regulamento na pág 02

Sem passe escolar, Viação Canela é a saída para estudantes da Caixa d’Água

Ex-funcionários do Cemitério Municipal revelam que orgia noturna faz até defunto levantar da cova; sexo e drogas rolam soltos

A VOZA VOZALMAS PENADAS PEDEM ARREGO PÁGINAS 06 E 07 NÃO TEM TU... PÁGINA 05

Possível secretário do governo Maércio é investigado pelo MP

EX-DIRETOR DO COLÉGIO NILO PEÇANHA PÁGINA 03

ENCHENTE PÁGINA 08

O ‘SERTÃO’ VIRA ‘MAR’Chuva não dá trégua e deixa diversos bairros

alagados; Ponte do Royal é interditada sob ameaça

DENÚNCIA PÁGINA 10

‘Aventureiros e estagiários estão tomando nossos lugares irregularmente’, escracham professores de Educação Física; alunos estariam em risco

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Heraldo Bichara PÁGINA 05A Voz das Comu. PÁGINA 05

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Gaiato’s Bar PÁGINA 09

Cafezinho PÁGINA 04

Dando Close PÁGINA 12Curiosidades PÁGINA 11

Nós e Você PÁGINA 02

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2. Sábado - 12 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comLEITOR

Para anunciar, ligue: (24) 7811-2573Expediente. MCL de Paula Empresa Jornalística M.E. CNPJ: 17.150.485/0001-50Editor-chefe: Felippe Carotta. Editor-gráfi co (paginação): Elías Moura B. da Silva. Gestora Comercial: Soraia Soares.Redação (provisória): Rua Ana Nery, 126, sl 213, Centro. Barra do Piraí - RJ. Impressão: Gráfi ca Diário do Vale.

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Regulamento da promo-ção:

1) Para participar, basta colecionar os selos de 01 a 10, que serão publica-dos a partir desta edição. Ou seja, o leitor deverá adquirir os exemplares da VOZ durante dez semanas consecutivas para, então, participar do sorteio.

2) O décimo e último

selo será publicado na edição 16 do jornal, que chegará às bancas no dia 2 de março.

3) Conforme estabe-lecido na promoção dos tablets, o leitor que con-seguir juntar os dez selos promocionais deverá en-tregá-los diretamente na redação da VOZ, dentro de um envelope, devida-mente colados numa folha branca com identifi cação.

4) O sorteio será realiza-do na sexta-feira seguinte à publicação da edição 16, ou seja, no dia 8 de março. Já o nome do fe-lizardo que faturar o Ne-tbook será divulgado na edição 17 da VOZ, que chega às bancas em 9 de março (um dia depois do

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Todos os comentários publicados nesta seção são extraídos das nossas pá-ginas na Internet. Frise-se que os comentários não representam a opinião do

jornal, sendo a responsabilidade do autor da mensagem.

Maércio evita renovação e mantém boa parte do secretariado de Zé Luiz

O secretário de Obras, Walace Nóbrega Fonseca, é um homem íntegro. O conheci há pouco tempo, quando trabalhava em algumas empreiteiras de Barra do Piraí. Esse ho-mem, com formação acadêmica e profundo conhecimento de obras, é de uma educação exemplar, capaz de conciliar contendas, por mais difíceis que sejam. Com ele à frente da Secretaria de Obras, muitas coisas de erradas vão fi car para trás.

Ronaldo, via Facebook

Moradores fazem boneco para protestar por mais de duas semanas sem água

Aqui no Novo México, os moradores não fi caram com medo de mostrar sua cara. Tira-mos fotos, fi zemos vídeos das pessoas carregando água e postamos no Facebook. No dia seguinte, a prefeitura mandou um caminhão para desentupir os canos e, na madru-gada do ano novo, a água chegou. Não tenham medo de exigirem seus direitos, o povo coloca eles lá e se quiser tira, basta nos unirmos pra isso.

Silvana Ramos, via site

Page 3: Semanário A Voz do Povo - ed 08 - 12 de Janeiro de 2013

.3Sábado - 12 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com POLÍTICA

DENÚNCIA ■ Marido de secretária de Maércio é suspeito de envolvimento em escândalos; ele foi um dos mentores da campanha do prefeito

‘E se a casa cair...’

BARRA DO PIRAÍ

Nem bem Maércio de Al-meida (PMDB) esquentou a cadeira de prefeito e já terá que lidar com a sua primei-ra crise política. Na manhã de segunda-feira, 7, um do-cumento encaminhado à redação da VOZ, via e-mail, revelou a suspeita de que o professor Vitor Ricardo de Azevedo Fonseca, o “Vitão”, um forte candidato a mem-bro do staff de Maércio, es-teja envolvido em escândalos decorrentes de sua gestão à frente do Colégio Estadual Nilo Peçanha (Cenp). Tem mais. O educador é marido de ninguém menos que Patrí-cia Fonseca, nome escolhido pelo peemedebista para che-fi ar a Secretaria de Adminis-tração – por sinal, ela tam-bém esteve envolvida numa possível fraude (ver detalhes no box ao lado), grifo nosso.

O documento em ques-tão data do dia 4 de julho do ano passado e é assina-do pelo promotor de justiça André Constant Dickstein. Nele, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) solici-ta maiores esclarecimentos sobre as suspeitas de im-probidade administrativa e dano ao patrimônio público que recaem sobre o período (2006/2009) em que Vitor foi diretor do Cenp.

Segundo o documento,

existe a possibilidade de te-rem ocorrido irregularidades na prestação de contas dos recursos repassados à As-sociação de Apoio à Escola (AAE), vinculada ao Colégio Nilo Peçanha, durante a ad-ministração do professor. A informação técnica teria sido levantada pelo Grupo de Apoio Técnico Especializado (Gate) do MP-RJ, “para fi ns de instrução do procedimen-to investigatório criminal nº 07/2010, em trâmite perante a Promotoria Criminal de Bar-ra do Piraí, que aponta a fragi-lidade dos controles internos da unidade escolar e possível dano ao erário em relação à prestação de contas do exer-cício 2009”.

Também de acordo com o documento, pouco mais de R$ 12,1 mil podem ter sido desviados de verba enviada pela Secretaria Estadual de Educação ao Cenp, enquan-to Vitão exercia o cargo de diretor da unidade escolar. O MP-RJ solicita esclareci-mento para esse e outros pontos, como, por exemplo, o detalhamento de despesas com táxis, que totalizam R$ 4,3 mil, pois o valor teria sido gasto sem o relatório comple-to contendo a discrição das viagens.

E as suspeitas de irregula-ridades não param por aí. A Justiça está investigando, ain-da, como o então diretor do

Nilo Peçanha teria consegui-do a façanha de torrar quase R$ 30 mil com material es-colar e alimentação, durante o período de férias. Se você, leitor, é daqueles que preci-sa ver pra crer, a íntegra do documento encaminhado à VOZ está disponível, acima.

A ‘amizade’ de Vitão e Maércio

Pelo que se sabe, o prefei-to Maércio e o ex-diretor do Cenp são “crias” do mesmo grupo político. O chefe do Executivo, que é uma antiga “raposa” do PMDB no estado do Rio, teria convivido com o professor justamente no ni-nho da legenda.

Segundos fontes ofi ciosas, Vitão foi introduzido na alta cúpula do partido por seu “padrinho”, o deputado es-tadual Edson Albertassi, um dos caciques da sigla no Sul Fluminense. Detalhe: o edu-cador já ocupou a chefi a da Coordenadoria Regional da Secretaria Estadual de Edu-cação, cargo para o qual teria sido indicado pelo próprio Albertassi – como se sabe, o parlamentar goza de pres-tígio junto ao governador Sérgio Cabral e seu vice Pe-zão, ambos peemedebistas como ele, grifo nosso.

Diante desse quadro, Vitão teria sido um dos mentores da campanha do então can-

didato Maércio, nas eleições passadas. Desde a notícia da vitória do prefeito, circulavam rumores de que o professor seria nomeado secretário de Educação, o que, num primei-ro momento, não aconteceu.

Há quem diga que a es-colha de Patrícia, esposa do ex-diretor, para ocupar a titu-laridade da pasta da Adminis-tração teria sido um acerto entre ele e Maércio, enquan-to não surge uma oportunida-de de o próprio ocupar seus aposentos no Palácio 10 de Março. Ou seja: há grandes chances de Vitão se tornar um dos membros do staff do peemedebista, futuramente – isso se o escândalo envol-vendo o professor não mu-dar o rumo da prosa, grifo nosso.

NOTA DA REDAÇÃO: Na tarde de segunda-feira, 7, a equipe de reportagem da VOZ enviou mensagens, via Facebook, para Vitor e Patrí-cia Fonseca, solicitando que ambos disponibilizassem seus respectivos meios de contato para serem localiza-dos. Foi um silêncio absoluto. E detalhe: a rede social infor-mou que os dois visualizaram as mensagens, por volta das 18h50 do mesmo dia. Ainda assim, a reportagem se colo-ca à disposição para ouvi-los, em qualquer hora, tempo e lugar.

A denúncia que revela as suspeitas de o ex-diretor do Colégio Nilo Peçanha estar envolvido em fraudes revi-ve um outro bafafá prota-gonizado, quase dois atrás, por ele e por sua esposa, Patrícia Fonseca, ninguém menos que a secretária de Administração escolhida pelo prefeito Maércio.

Na época, o jornal O TASQUIM e o blog de seu fundador, jornalista Jeffer-son Carneiro de Castro, trouxeram à tona um es-cândalo no pagamento de dívidas do Cenp. Segundo consta em reportagem pu-blicada pelo veículo em 22 de novembro de 2011, o proprietário de uma pada-ria no bairro Ofi cina Velha, Leandro Barbosa da Silva, assinou uma carta dizendo ter sido vítima de uma frau-de arquitetada pelo casal Fonseca.

Na mensagem, Leandro afi rmava ter recebido de Vi-tão, enquanto ele ainda era diretor do Cenp, uma pro-posta de fornecer produtos alimentícios para substituir refeições dos alunos, sob a alegação de que o refeitório do colégio tinha sido inter-ditado pela Defesa Civil.

Tendo aceitado a oferta, declarava o comerciante que, por vários meses, en-tregou os produtos requisi-tados pelo diretor do Cenp, que pagou a dívida cobrada emitindo cheques pré-data-dos no valor de R$ 8,1 mil, do Banco Itaú, agência Bar-ra do Piraí. Daí em diante, contou Leandro ao “Blog do Jeff Castro”, o caso teria de-

gringolado para algo que se tornaria grave e até mesmo alvo de denúncias.

Com o auxílio de Patrí-cia, então funcionária de uma agência do Banco do Brasil em Vassouras, Vitão teria despistado Leandro, para não pagar as dívidas. Pra piorar a situação, a atual secretária do governo Maércio foi acusada pelo proprietário da padaria de fraudar um empréstimo em sua conta, sem que ele ja-mais tivesse recebido um centavo sequer da tal tran-sação.

Depois de o escânda-lo estourar, Patrícia teria pedido demissão do BB. Vale destacar que Leandro denunciou formalmente o caso, tanto ao Banco do Brasil quanto à Coordena-doria Regional da Secreta-ria Estadual de Educação. Na ocasião, a suposta vítima do casal Fonseca informou, ainda, que uma representante da superin-tendência da pasta, cha-mada Patrícia Reis, teria solicitado seu depoimento ao órgão estadual.

Procurados na época pela reportagem do blog, Vitor e Patrícia negaram as acusações. Ela teria argu-mentado que já havia pe-dido demissão da institui-ção fi nanceira no início de 2011, mais precisamente no dia 16 de janeiro. Segun-do a ex-bancária, tratava-se de uma medida de praxe entre os funcionários com 25 anos de casa e que têm a intenção de pedir aposen-tadoria pela “Previ-BB”.

Relembre escândalo envolvendo Patrícia Fonseca, a secretária de Administração do governo

Maércio

Ninho do PMDB: Ex-diretor do Nilo Peçanha (E) envolvido em suspeitas de fraudes é ligado ao deputado Albertassi

e a Maércio, conforme comprova foto tirada durante a última campanha eleitoral

Prova: Documento com a chancela do Ministério Público narra graves suspeitas envolvendo o professor Vitor

Fonseca

Casal: Vitor e Patricia Fonseca são acusados por comer-ciante de fraude em pagamentos de dívidas do Colégio

Nilo Peçanha; escândalo estourou em 2011

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4. Sábado - 12 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comPOLÍTICACÂMARA MUNICIPAL ■ Presidente fomenta participação do público em sessões plenárias

De portas abertas para o cidadãoBARRA DO PIRAÍ

Muita gente não sabe, mas os vereadores que compõem a Câmara Muni-cipal são responsáveis por aprovar ou vetar projetos decisivos para o cotidiano da população. Essas decisões são tomadas principalmente durante as sessões plená-rias, realizadas às terças e quintas-feiras, a partir das 17h30, na sede do Legislati-vo. Em entrevista na manhã de ontem, 11, o presidente da Casa, Pastor Monteiro de Jesus (PRB), falou sobre a importância de o público comparecer às reuniões, que são abertas à participação popular.

O parlamentar destacou que a presença dos cidadãos nas sessões representa um ganho e tanto para a coleti-vidade. “A Câmara analisa os projetos do Executivo, bem como fi scaliza a atuação desse poder, tratando de as-suntos que dizem respeito à população em geral. Sendo assim, é muito importante que as pessoas participem”, explicou.

Na tentativa de atrair a participação popular, os ve-readores criaram, na legis-latura passada, um disposi-tivo que visa ampliar ainda mais o espaço do cidadão na Casa. “Existe a proposta da ‘Tribuna Livre’, na qual os

barrenses podem agendar para fazer uso aberto da pa-lavra, participando e dando opiniões até em momentos decisivos para a municipali-dade”, salientou Pastor Mon-teiro.

O republicano lamentou o fato de a frequência do público em anos anteriores ser baixa, mas, frisou que espera uma melhoria deste ano em diante. “Espero que a frequência de público nas sessões aumente, visto a importância da atuação da Câmara diante dos rumos da cidade”, declarou.

O presidente da Câmara encerrou suas ponderações ressaltando que, além de um direito, o acesso às reuniões é um bem comum a todos. “É importante que as pessoas participem até mesmo para terem em mente, de maneira mais esclarecida, as reais atri-buições do vereador, que são legislar e fi scalizar os atos do prefeito. Algumas vezes, nós somos cobrados por situa-ções que estão fora da nossa alçada, e, caso a comunidade se faça mais presente, terá condições de reivindicar seus direitos e expor seus anseios com mais clareza e responsa-bilidade”, arrematou.

Este ano, as sessões ple-nárias devem ser retomadas a partir da primeira quinzena de fevereiro, quando termina o recesso dos vereadores.

AGÊNCIA BRASILPAÍS

O Senado retoma os traba-lhos legislativos em fevereiro com assuntos polêmicos para resolver, como a Pro-posta de Emenda à Consti-tuição das Domésticas (PEC 478/2010) e os novos crité-rios de partilha do Fundo de Participação dos Municípios (FPE). Ao mesmo tempo, poucos senadores admitem em público um problema que debatem em conversas priva-das que é a falta de diálogo com o Executivo e entre si.

O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que a redistribuição dos recursos dos royalties do petróleo entre os estados foi um exemplo de descom-passo entre o Executivo e o Congresso. “No caso dos royalties faltou muito a par-ticipação do Executivo na construção de um acordo”.

Para o cacique peeme-debista, toda essa falta de diálogo também entre as lideranças do Senado e da Câmara só tende a compro-meter ainda mais o anda-mento dos trabalhos legis-lativos. Raupp acredita que não há outra solução a não ser o real comprometimento do Congresso com a reforma política.

“[Com essa falta de diálo-go] vai chegar em um ponto que nossa democracia fi cará comprometida”, frisou o par-lamentar. Para ele, é preciso pôr um fi m na facilidade com que são criados partidos polí-ticos no país. O peemedebis-ta ressalta que chegará um momento no qual o próprio tema colocará a Casa em xe-que sob pena de o Congres-so tornar-se um Poder “dimi-nuído” perante os demais.

O senador Cristovam Bu-arque (PDT-DF), com a ex-periência de dois mandatos na Casa, é mais crítico que o presidente do PMDB. “Não há Parlamento. Estamos brincando de esconde-es-conde com o Supremo Tribu-nal Federal”. O STF se mani-festou nos últimos anos, por provocação principalmente dos partidos, a respeito da constitucionalidade de uma série de projetos aprovados pelo Congresso.

Segundo o pedetista, o grande problema é a ausên-cia de acordos que sejam efetivamente cumpridos, bem como metas a serem alcançadas. Cristovam Bu-arque destacou que os par-lamentares praticamente trabalham apenas em dois dias da semana, terça-feira e quarta-feira, o que compro-mete ainda mais a situação.

Pastor Monteiro: ‘A Câmara trata de assuntos que di-zem respeito à população em geral, daí a importância da

participação popular nas sessões plenárias’

Arquivo

Ganhou um doce quem apostou que a composi-ção do secretariado do prefeito Maércio de Almeida (PMDB), divulgada semana passada pela VOZ, deixou muita gente “batendo cabeça”.

■ ■ ■

Isso porque eram grandes as expectativas por parte de uns e outros, que aguardavam ansiosamente por uma nomeaçãozinha qualquer, em retribuição aos bons serviços prestados durante a campanha do che-fe do Executivo.

■ ■ ■

Por exemplo, o ex-vereador Cristiano Almeida deve ser um daqueles que ficou bicudo por ter passado des-percebido no primeiro escalão do governo de Maércio. Até o momento, o moço ganhou apenas um “tchauzi-nho” de longe, na cerimônia de posse, e olhe lá.

Crise no Senado pode ‘comprometer a democracia’

www.avozdopovobp.com

Mr. LockeEsquecidos

Mas, há quem diga que o prefeito estaria reservando para daqui a alguns meses a vaga de Cristiano em seu staff.

Conforme já ventilado nesta santa coluna, o “ex-ex-ex” poderá ocupar a titularidade da Secretaria de Juventude, a ser criada especialmente pra ele.

Esquecidos IO vice de Maércio, Nori-

val Garcia da Silva Junior, o Dr. Junior (PV), é outro que estaria desapontado com o pouco prestígio que supos-tamente teve na escolha do secretariado.

Dizem as más línguas que o prefeito não deixou nenhum nomezinho sequer a cargo do médico, o que já

teria azedado um pouco a relação entre a dupla dinâ-mica.

Por fi m, nem o ex-presi-dente municipal do PMDB, Tadeu Terra, foi “agraciado” pelo Todo Poderoso do Pa-lácio 10 de Março.

Por sua vez, Tadeu es-taria adotando o seguinte discurso por aí: “Fui eu que não quis”. Então, tá.

‘Detalhes tão pequenos...’Ouve-se entre os “fi fi s”

de plantão que dão expe-diente na prefeitura uma conversinha pra lá de es-tranha.

Segundo eles, Maércio teria mantido quase todo o staff de seu “padrinho” e antecessor, José Luís An-chite, somente para “inglês ver”.

Assim, o peemedebista estaria preparando uma manobra muito maior, en-quanto ganha tempo para contrariar o Homem dos Suspensórios e nomear quem ele bem entender como seus secretários.

‘...de nós dois...’Nesse meio tempo, uma

das “gigantes” dos últimos anos do governo de Anchite continua infi ltrada no gabi-nete do Maércio.

Atende pelo nome de Ana Paula Caldas a profi ssional responsável pela agenda do novo prefeito. Sim, sim, ela mesma.

Mesmo enfraquecida por ter perdido o poder que de-tinha enquanto assessora de gabinete de Zé Luiz, Ana Paula segue por lá,

nos corredores da prefei-tura.

E o signifi cado de toda essa salada política só o tempo, Maércio e Zé Luiz poderão dizer.

Page 5: Semanário A Voz do Povo - ed 08 - 12 de Janeiro de 2013

.5Sábado - 12 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com COMUNIDADE

PASSE ESCOLAR ■ Pais reivindicam que alunos da Caixa D’Água também tenham acesso ao benefício

Pelo direito de ir e vir

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Desde que a Lei 4510/05 foi sancionada pela então governadora do Rio, Rosi-nha Garotinho, agraciando os alunos da rede estadual com a criação do chamado passe escolar, as Câma-ras Municipais também passaram a elaborar suas próprias legislações para benefi ciar os estudantes de escolas mantidas pelas prefeituras. Ainda que o Decreto 36.992/05, tam-bém assinado por Rosinha, já tivesse estendido o direi-to à categoria, há registros de que, em Barra do Piraí, o saudoso empresário e ex-vereador, Mario di Biase, tenha criado uma lei espe-

cífi ca para conceder o pas-se livre aos alunos da rede municipal.

Dadas essas explica-ções a respeito dos dis-positivos legais que ga-rantem o acesso gratuito de estudantes de toda a rede pública nos ônibus, é fácil compreender por que pais de jovens e crian-ças que moram no bairro Caixa D’Água estão indig-nados por seus fi lhos não terem direito ao benefício. Na sexta-feira, 4, duran-te o programa da VOZ na “Rádio Paraízo FM” (87,5), uma ouvinte, que pediu para não ser identifi cada, entrou em contato e desa-bafou sobre o caso.

“Nossos fi lhos são impe-didos de entrar de graça

nos ônibus sob a descul-pa de que moramos muito próximos do Centro. Mas, e quando está chovendo? Se uma mãe ou pai estiver trabalhando, quem levará os alunos em segurança até a porta da escola? E se eles forem atropelados indo a pé por aí, nessas es-tradas que nem calçadas têm? É muito fácil falar, difícil é pensar na popula-ção”, polemizou a dona de casa.

Através da página ofi cial do jornal no Facebook, o pastor Wilson Rosa de Souza, também morador da localidade, fez a mesma denúncia. “Aos alunos que moram na Caixa D’Água é negado o direito ao passe escolar, pois acham que

o bairro é muito perto do Centro de Barra do Piraí. Os defensores dessa situa-ção deveriam, pelo menos, pensar em baixar o preço da passagem”, escreveu.

Procurado para comen-tar as críticas feitas pela comunidade, o Sindpass (Sindicato das Empresas de Transporte de Passagei-ros) se pronunciou através de seu gerente executivo, Luiz Antônio Cotrim. “De acordo com a legislação, alunos que moram a me-nos de 1.500 metros (1,5 KM) da escola não têm direito ao passe escolar. Sendo assim, não se trata de uma norma do sindicato ou de qualquer empresa, mas, sim, de algo determi-nado por lei”, declarou.

Reprodução/Internet (site do jornal Extra)

‘De castigo’: Estudantes da Caixa D’Água são obrigados a ir pra escola de Viação Canela; Sindpass esclarece o caso

Quais as prioridades?por professor e ex-vereador Heraldo Bichara

Quando escrevia para outro jornal, abordei insis-tentemente sobre o pro-blema da água, sugerindo a construção da ETA-MÃE (Estação de tratamento de água), acima das com-portas, para resolver este cruciante problema. Foram vários artigos, vez que a população não aguentava mais a falta desse precio-so liquido.

Pois bem, faltando apro-ximadamente um ano para as eleições, o ex-prefeito Zé Luiz Lula Anchite conse-guiu com o vice Pezão R$ 16 milhões do PAC (Progra-ma de aceleração do cres-cimento), liberados pela Caixa Econômica, para a realização da citada obra.

As eleições já passaram e até agora nada, a exem-plo, daquela famosa ponte cuja utilidade deixa muitas dúvidas. E com isto, o povo está sofrendo, pois não aguenta continuar sem este líquido nas torneiras de suas casas. Falta água no Centro e nos bairros, e somente soluções paliati-vas são tomadas. A culpa, como de sempre, é das bombas, e do rio cheio de mato, e o povo, ó, que se dane.

Vi cartazes lá pelas ban-das da Ponte Vermelha, protestando contra este descalabro. Aqui no Cen-tro, na casa de meu fi lho, o banho tem que ser de caneca, e os banheiros limpos com água mineral. É o que sempre digo e ve-nho repetindo, o governo passado não priorizou o que de fato a população

precisava, e daí a Saúde, a Educação, com os profes-sores chupando os dedi-nhos das mãos e dos pés, à espera do Plano de Car-gos e Salários, a água, o trânsito interrompido pela MRS e pela rodoviária da primeira metade do século passado, não foram priori-dades, mas, sim, as praças e jardins.

Creio que a dragagem, tão badalada, deixou o rio, que perdeu a identidade, pior do que estava. Apesar de tudo isto, S.Exa. em-placou seu candidato. As mudanças até agora fei-tas pelo novo prefeito são modestas, o que comprova o tal continuísmo. Espera-va mais, outros nomes de experiência comprovada, e identifi cados com os an-seios da população, e não os já desgastados de oito anos continuando em seus lugares. Estranho não ver fi guras que tanto ajudaram com seus partidos o atual prefeito, mas, como só cos-tumam aparecer de quatro em quatro anos...

O povo quis assim, e ago-ra só resta aguardar quais as Prioridades do novo governo, e rezar para que a natureza continue a nos poupar de desastres como os da Baixada. O país, pelo que noticia a imprensa, deixou de crescer, e res-ta-nos a esperança dos bônus do petróleo e o pré-sal, conforme prometem nossos governantes lá de baixo. Se der zebra, é a tal história: se correr o bicho pega, e se parar, o bicho come.

A Voz das Comunidadespor Federação das Associações de Moradores

■ A FAMOR/BP recome-ça os trabalhos do exercício de 2013 de olho ao ano de 2014, quando teremos as eleições para deputados estaduais, federais, sena-dores, governadores e do presidente da República, que de certo modo, envolve toda a população do mu-nicípio. Vamos continuar nosso trabalho de cons-cientização das nossas

comunidades da necessi-dade que temos de eleger um deputado estadual e um federal.

Para isto, a diretoria da nossa instituição já for-mulou seu programa ad-ministrativo, cuja minuta é, exa-tamente, informar a população do município deste compromisso, que não se pode deixar esca-par esta oportunidade de

elegermos os nossos re-presentantes no governo estadual e federal. Já te-mos dois no-mes, que fa-rão a dobradinha. Nomes estes que foram revelados nas eleições passadas e que continuam em grande evidência para este grande confronto eleitoral.

Tratam-se dos senhores Mario Esteves e Pastor Monteiro de Jesus, respec-tivamente, supostos candi-datos a deputado estadual e federal. Estamos cientes que precisamos trabalhar muito e isto é o que não faltará, porque esta é a

razão do nosso objetivo. Portanto, estamos dando a partida em mais uma jorna-da política partidária, que prometemos levar adiante para que possamos colo-car o nome do nosso muni-cípio no contesto histórico das grandes cidades, pois, nossa cidade sempre este-ve no conceito das cidades de grande peso político.

Lamentavelmente, per-demos esta primazia e, desde então, lutamos por esta reconquista. Havere-mos com muita luta e sa-crifício, mas, com a ajuda do povo, conquistar esta

hegemonia. Para que con-siga-mos esta vitória, es-tamos convocando toda a população, especialmen-te, as comunidades que citam es-ta necessidade, para que engajem nesta luta, porque só assim al-cançaremos o lugar dese-jado para o nosso municí-pio.

■ Conselho Municipal de Educação - Atendimento diário, à Rua Tiradentes, nº 122, Centro, Barra do Piraí/RJ, Tel.: (24) 2443-2545/2442-1302(fax), e-mail: cmebp@hotmail.

com; reuniões de plená-rias (abertas ao públi-co): segundas feiras, às 18h30.

■ Reunião da Famor/BP - Informamos que a nossa reunião mensal de janeiro do corrente será no dia 12, às 16h, nas dependên-cias do Senat, à Rua Tira-dentes, nº 132, na subida do cemitério. Fortaleçam a nossa federação com a sua presença e participa-ção. Nosso endereço (es-critório): Rua Tiradentes, nº 50 – Sala 101 – Centro. Tel.: (24) 2442-2929.

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6. Sábado - 12 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comESPECIAL

SEXO E DROGAS ■ Orgia noturna no Cemitério Municipal perturba a paz de mortos e vivos

Credo em cruz, Ave Maria!

CAROLINA ARAÚJOBARRA DO PIRAÍ

[email protected]

A imagem de cemitério relembra muitos fi lmes de terror. Teias de aranha, por-tões de ferro grandes e ran-gendo, túmulos e lápides destruídas, lobos uivando nas noites de lua cheia, corujas de olhos bem gran-des nos galhos das árvores secas e sem folhas, o baru-lho dos grilos mato aden-tro, e zumbis, que das tre-vas renasciam por entre a terra e os jazigos, enquanto aquela trovoada anunciava a chegada dos mortos-vi-vos desfi gurados.

Pode parecer exage-ro, mas, quando o luar se acende, o cenário descri-to quase se parece com o do Cemitério Municipal Santa Rosa, inaugurado em 1901, que, segundo relatos, se transforma na calada da noite, tal como um lobisomem. Reza a len-da que o local deveria ser um lugar de respeito por aqueles que já se foram, e não um ponto de encontros para usuários de drogas e um local propício a compor-

tamentos mais “profanos”.Na manhã de terça-fei-

ra, 8, a equipe da VOZ foi até lá para averiguar se as histórias sinistras que che-garam à redação do jornal eram verdadeiras. Logo de cara, a paz da entrada nada tinha a ver com a “perturbação” que, segun-do testemunhas, se faz sentir à noite por entre os túmulos.

As sepulturas, algumas muito bem cuidadas, por sinal, pareciam livros, com histórias de mortos e vivos para contar. Na manhã da visita, até o sol brilhava por cima da entrada do cemité-rio, e os passarinhos canta-vam enquanto os funcioná-rios do local arrumavam e limpavam os arredores do portão, onde havia um leve cheiro de plantas regadas pela manhã.

Ao subir as escadas, se avistava a imensidão da-quele cemitério, que se perdia na vista e na memó-ria de nomes, rostos e sen-timentos. Um lugar aper-tado e sem espaço para mais lembranças, onde a mármore fria que cobre os túmulos cintila com raios

de sol. Mas, num piscar de olhos, logo a imagem de paz foi sepultada, quando antigos funcionários do lo-cal contaram que, no cair da noite, o Santa Rosa fi ca assombrado, e, pasmem, não é pelos mortos.

‘Calada noite preta...’

O “faz-tudo” Benedito Ro-drigues de Oliveira foi, du-rante anos, funcionário do Cemitério Municipal. Ainda não morreram em suas lembranças as histórias mais macabras daquele lugar.

“Parece uma favela, cheia de túmulos atraves-sados, quase um em cima do outro. Já fi z sepultamen-to que nem dava para pas-sar com o caixão, tamanho o apertamento”, falou o antigo “biscateiro” do San-ta Rosa, que, atualmente, trabalha no Cemitério Re-canto da Paz – o primeiro particular de Barra do Pi-raí, grifo nosso.

“Aqui [no Recanto da Paz], eu consigo andar de noite sem problemas, mas, lá [no Cemitério Municipal) eu não andava nem que

me pagassem. De noite? Deus me livre. É muito feio. Antigamente, tinha luz no cemitério todo, mas, de-pois roubaram a fi ação da iluminaçao, o que deixou tudo ainda mais escuro e assustador”, continuou o homem dos sete ofícios, sorridente, segurando sua enxada e limpando o suor do trabalho árduo.

“O que tem de ‘macum-beiro’ (sic) naquele lugar não está no gibi. Eles so-bem a rua de noite, fazen-do aqueles barulhos es-quisitos típico deles, ‘hula, hula, hula’, e eu me arrepio todo”, exclamou o coveiro, enquanto balançava fre-neticamente as mãos pro alto, imitando os espíritas que, segundo ele, frequen-tam o cemitério mantido pela prefeitura.

Pensa que acabou? Não. Por mais assustador que possa parecer um grupo de pessoas fazendo ritu-ais num cemitério escuro, um jardineiro que acompa-nhou a entrevista de Seu Benedito, também ex-fun-cionário do Santa Rosa, re-velou que conhece outras histórias sinistras, as quais

diz ter acompanhado “de camarote”.

“Tem pessoas que vão para o Cemitério Municipal fumar e usar drogas, por-que lá não tem vigia notur-no. Aliás, tem, sim, mas ele fi ca dormindo na capela. As sepulturas fi cam todas ‘a Deus dará’, e os invasores fazem o que querem. Tem até gente fazendo ‘amor’ em cima dos túmulos, e até amigas minhas já foram para lá, mesmo durante o dia. É sinistro”, contou Seu João Batista, descontraído e rindo das amigas, que, certamente, têm um gosto peculiar.

Rituais

Tentando compreender o porquê de umbandis-tas, candomblecistas e mais uns quantos “istas” frequentarem o cemitério durante a noite para a re-alização de rituais, a VOZ foi em busca de respostas. Uma espiritualista, que não quis se identifi car, explicou o que leva ela e seus com-panheiros a fazerem isso.

“Vamos para o cemité-rio, mas, não fazemos mal

para ninguém. Considera-mos o lugar como um ‘por-tal’, por ser a área de mais fácil acesso ao mundo dos espíritos”, esclareceu.

Quando questionada so-bre a reação das pessoas e moradores próximos do cemitério, acerca dos sons que emitem, e gritos, a um-bandista riu.

“Não há motivo para ter medo, até porque se trata de um dos pontos de força mais movimentado e prote-gido. Quando entramos em um cemitério, saudamos as forças atuantes para demonstrar nosso respeito e devoção. Nós sabemos o que estamos fazendo”, as-sinalou.

Mas nem todos os ritu-ais parecem ser tão “do bem”, conforme explicou a sacerdotisa. “Já ouvi falar de pessoas que não pra-ticam o bem nos cemité-rios. Por ser um ‘portal’ de fácil acesso, muita gente se aproveita para chamar o ‘ruim’ e praticar rituais profanos. Não digo o fato de terem relações sexuais. Cada um tem os seus dese-jos”, fi nalizou ela, em tom de brincadeira. ►

‘Lobisomem’: Ex-funcionários do Cemitério Municipal afi rmam que local se transforma, na calada da noite, e serve até para casais fazerem ‘tchaca tchaca na butchaca’

Soraia Soares

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.7Sábado - 12 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com ESPECIAL

É inegável que os cemi-térios são locais cercados de mistério, pois se rela-cionam diretamente com um dos maiores tabus da humanidade: a morte. E, embora sejam sinais de paz para a maioria das pessoas, esses locais também podem se tornar chamarizes de energias negativas para os esper-tinhos que têm o (mau) hábito de transformá-los em motel ou “cracolândia”. Em entrevista na tarde de terça-feira, 8, a terapeuta holística e espiritualista barrense, Maria Cristina Cardoso Chaves, falou so-bre os perigos de se prati-car atos “ilícitos” em solo consagrado.

“As pessoas que fazem isso estão correndo um sé-rio risco. Muitos espíritos desencarnam e, sem se darem conta disso, perma-necem muito próximos do mundo material. E, pela Lei

da Atração, evidenciada no espiritismo, a gente atrai aquilo que irradia. Então, quem faz o que não deve em terrenos desprotegi-dos, como os cemitérios, fi ca vulnerável aos espí-ritos que ainda não têm consciência de sua própria condição”, explicou.

Profunda conhecedora do Kardecismo, a estudio-sa destacou que tipos de males os “maus espíritos” podem representar para os vivos. “Ao atrair essas almas desnorteadas, ainda presas à matéria física, o sujeito pode ser alvo de um desequilíbrio em sua vida, que pode afetar desde o seu campo espiritual até o material”, ponderou. “Isso porque o cemitério é a ma-téria prima dos espíritos, o primeiro local em que eles despertam para sua nova realidade”, acrescentou a pesquisadora.

Maria Cristina traçou um

comparativo para escla-recer melhor sua teoria: “Quando frequentamos um hospital, estamos sujeitos a infecções por vezes oca-sionadas pelos doentes. O mesmo acontece nos ce-mitérios, só que a nível es-piritual. Os espíritos ainda atordoados podem infec-cionar o equilíbrio da nos-sa vida, digamos assim”.

Por fi m, a terapeuta salientou que os mortos também sofrem quando os cemitérios se tornam cenários de “bobices”. “Os espíritos são prejudicados porque recebem dessas pessoas vibrações nega-tivas, que não os ajudam a tomar consciência de sua nova condição, nem colaboram para que eles se desprendam do mundo material e sigam para um caminho de luz. Esses es-píritos precisam é de bons pensamentos e de preces”, fi nalizou.

Espírita afirma que praticar atos ‘ilícitos’ em cemité-rios pode atrair ‘maus’ espíritos

Sora

ia So

ares

Aviso aos navegantes: O Ministério das Almas Penadas adverte que utilizar sepultu-ras para fazer ‘bobices’ pode causar desequilibro espiritual e até má sorte

Diretor diz: ‘Há manutenção e segurança’

Apesar dos relatos de acontecimentos macabros e até perigosos no Cemitério Municipal, durante o dia o cenário no local é bem me-nos assustador. A paisagem é bonita, a brisa é agradável e, por incrível que pareça, os funcionários estavam, na manhã da última terça-feira, organizando e limpando as sepulturas – parece até que adivinharam que a reporta-gem da VOZ estaria lá, grifo nosso. Inclusive, o diretor da unidade, Luís Antônio da Sil-va Pereira, deu o ar de sua graça e contou sua experi-ência como responsável do lugar.

“Sou diretor do cemitério há oito anos, mas, não con-sigo me acostumar quando o assunto é morte. Já vi en-terro de pessoas amigas mi-nhas, e já vi pessoas amigas sofrendo. No primeiro ano, quase abandonei o cargo, porque é muito desgastante, no entanto, eu precisava tra-balhar”, disse.

Luís Antônio apontava para uma cova aberta re-centemente, enquanto dava

instruções para seu “braço direito” e falava sobre os trabalhos que são feitos no Santa Rosa. “Tem que haver uma manutenção constante. Praticamente todos os dias tem alguém varrendo, pin-tando etc, se não vira bagun-ça. Estou com problema de falta de espaço, mas, temos em mente um projeto que pode, pelo menos, melhorar a organização do cemitério”, destacou.

Fica a pergunta: num cemi-tério tão superlotado, onde nem um pé cabe entre o mí-nimo corredor que separam as sepulturas, como abrir mais espaço? Mais terreno? Exumar os corpos? Cremar? O administrador parece ter uma solução viável

“Tenho um projeto da prefeitura, através de uma empreiteira para algumas sepulturas que não têm con-cessão. Elas fi cam durante três anos, são desocupadas e depois disso fazemos um processo e são transferidas para os ossários, aquelas caixas ali em cima para guar-dar os restos mortias. É bem mais prático e deixa mais espaço para quem for enter-rado mais recentemente”, pon-

derou.E, aproveitando o ensejo,

para quem não conhece o processo de compra e “alu-guel” de espaços no cemi-tério, Luís Pereira explicou: “As covas que têm proprietá-rio são as concessões, que chamamos de ‘perpétuas’, e a sua manutenção é feita ou contratada por famílias e entes privados. Existem, tam-bém, as ‘temporárias’ para atender o município, onde a manutenção é feita pelos funcionários do cemitério”, encerrou.

Famílias

Diante de testemunhas que afi rmam que a memória dos mortos estaria sendo desres-peitada no Cemitério Muni-cipal, quem tem concessões perpétuas ou temporárias no local também tem uma pa-lavra para dizer. A verdade é que muitas famílias não estão tão satisfeitas quanto o diretor prega. O produtor cultural Bruno de Souza, 29, é um dos que pensam que o Santa Precisa de mais cui-dados por parte do poder público.

“Tenho quatro familiares en-

terrados no Cemitério Mu-nici-pal, dois deles tios, por parte de mãe. Acho que o local está um terror, com grama alta e instalações precárias. Os túmulos públicos não têm divisórias, você sai pisando e nem sabe onde”, opinou, acrescentando: “Acredito que os cuidados com as covas ‘públicas’ devem fi car a cargo dos funcionários públicos”.

No caso da cabeleireira Amanda Bertagnoni, a histó-ria muda um pouco de fi gu-ra. Provinda de uma família italiana, bem estruturada, ela contou que seus paren-tes compraram três túmulos no cemitério, hoje ocupados por seus bisavôs e irmã.

“Eles compraram três grandes jazigos, que hoje estão ocupados com os ca-dáveres dos meus bisavôs e minha irmã, que faleceu re-centemente. Sei que minha família paga para fazerem a manutenção dos túmulos”, falou, numa conversa bas-tante aberta. “Eu gostaria de ser enterrada numa des-sas que nem a minha famí-lia, mas já está tudo ocupa-do. Tenho pena porque acho bastante chique”, fi nalizou, entre risos.

Sora

ia So

ares

Vermelho: Vestido com a cor de São Jorge, diretor mata um dragão por dia para manter os túmulos limpos e a

capina do cemitério em dia

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8. Sábado - 12 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comCIDADEENCHENTE ■ Após 24h consecutivas de chuva, bairros fi cam debaixo d’água

O ‘sertão’ virou ‘mar’FELIPPE CAROTTA

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

“E passo a passo vai cum-prindo a profecia do beato que dizia que o sertão ia alagar”. A cada início de ano, a popu-lação barrense tem certeza de que a previsão de Antônio Conselheiro não é simples-mente uma mitologia popular. Isso porque, mais uma vez, moradores de diversos bair-ros viram o “sertão virar mar”, com o alagamento provocado pela chuva que caiu sobre o município, na tarde de anteon-tem, 10. Foram 24 horas inin-terruptas de aguaceiro, que só deu trégua na tarde de ontem. O resultado: famílias vivendo o drama de verem seus sonhos carregados pela enxurrada.

A parte baixa da Ofi cina Ve-lha, mais precisamente a Rua Prefeito Iago Valério, foi uma das primeiras a ser inunda-das. Moradora daquele local, a dona de casa Elaine Beatriz Antonio Barbosa relatou que a

água começou a subir ainda de madrugada, dando início ao pesadelo da enchente, que os surpreendeu justamente durante o sono.

“Tive que sair de casa, por-que os cômodos estão inun-dados. Graças a Deus, não perdi muita coisa, porque te-nho cavaletes e, desde as 3h da manhã, eu e meu marido começamos a suspender os móveis. Mas, tem coisas dos vizinhos boiando na calçada. É uma situação verdadeira-mente desesperadora”, desa-bafou.

Segundo informações da Defesa Civil, na manhã de on-tem, a vazão estimada do Rio Paraíba do Sul estava em 823 m³/s, quando o normal seria um valor bem abaixo disso. Em bairros como Muqueca, Vila Helena e Centro houve inúmeros registros de alaga-mento. Um dos pontos mais preocupantes para a popula-ção é a Ponte Irmãos di Biase (do Royal), que, de acordo com o secretário de Governo, Rodri-

go Graça, poderia ser interdita-da a qualquer momento. E foi o que justamente aconteceu, conforme confi rmado pela De-fesa Civil.

“O local está sendo moni-torado de perto pela Defesa Civil e pela Guarda Municipal. Todo o secretariado está de plantão, inclusive o prefeito Maércio de Almeida (PMDB). De fato, a qualquer momen-to a Ponte do Royal pode ser interditada. Vai depender da avaliação tanto da defesa quanto da Guarda”, explicou o secretário, que é o respon-sável pelo Departamento de Comunicação.

“É um fenômeno da nature-za, e todos os órgãos munici-pais estão de sobreaviso para agir em favor da população, protegendo os que precisa-rem”, arrematou o jornalista, sendo extremamente solícito, educado e prestativo com a reportagem da VOZ. Acompa-nhe algumas imagens sobre as inundações causadas pela chuva em Barra do Piraí.

Casa de leitora é inundada na Ofi cina VelhaLeitor envia foto de alagamento na Rua Assis Ribeiro, no Centro

Praça dos Amores, no Centro

Foto do leitor: Fernanda BrandãoFoto do leitor: André Silva

Caro

lina A

raújo

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.9Sábado - 12 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com ESPORTE

Por Jo Mariano

Não poderia começar a coluna dessa semana sem citar o assunto que deixou em polvorosa a galegada playboys de apartamentos, criados a leite com pera que não se cansam de nos encher nas redes sociais com sua viralatice desen-freada e seu amor incondi-cional ao pequeno par de coxas do Messi.

Uma geração acostuma-da a ir contra tudo que é brasileiro ou até mesmo que de longe aparente ser. Uns seres que pegam caro-na nos pseudos revolucio-nários e acreditam conquis-tar respeito, admiração e alcunha de intelectual indo contra a Globo e o Governo Federal, ainda que os ar-gumentos utilizados para atacar a Dilma venham to-dos da Globo e o principal ataque da Globo do Gover-no Federal. Caravana de assassinos da gramática que fazem hobby em incidir contra Neymar, Big Brother e tudo que faça a alegria do brasileiro.

Não sou um xiita da bola, mas aprendi em meus vinte e poucos anos conversando com pessoas mais vividas que nenhuma revista fran-cesa, argentina ou holande-sa tem mais moral na hora de falar de futebol que nós e pregar o contrário ou é es-quizofrenia ou viralatismo proposital. E isso pode ser diagnosticado nos defenso-res do Messi, que desfi lam pelas ruas com camisa da Argentina e nunca se preo-cuparam em comprar uma do Brasil. Um bando de paga-pau que se cisma de pisar na Argentina falando português numa roda de futebol irão apanhar mais que o Neymar em fi nal de Libertadores. Recuso-me a defender incondicional-mente alguém cujo país é futebolisticamente conhe-cido por porradas, auto-doping e doping alheio. E ainda que me simpatizasse jamais escolheria Messi pra melhor do mundo.

Dizer se este ou aquele é o melhor do mundo englo-ba muito mais coisa do que

simplesmente ver quem faz mais gol. Pelé é o atleta do século passado não ape-nas pelos seus milhares de gols, mas por sua rápida capacidade de adaptação nos mais variados times e posições e domínio de muitos dos fundamentos do desporto-mor do plane-ta. Assim também foi com Romário, Ronaldo... Mas Messi? O que ele pode pro-var até então numa equipe que auto-joga? Tem como dizer se alguém é bom ou não disputando um campe-onato pra lá de fraco, entre jogadores que fazem no-venta por cento do trabalho e que quando precisa bater de frente com o maior rival numa partida que vale a pena vê os adversários sa-írem campeões dentro do seu campo, na cara da sua torcida? Na minha época, não.

Sei que os vira-latas vão pirar, mas sou muito mais o próprio Neymar que esse baixinho conterrâneo do Maradona. Assistindo o Santos sem o menino da Vila nota-se um diferença bisonha, é como se o San-tos fosse um time de Série B,enquanto que servido do camisa onze a equipe praia-na vira postulante ao título de qualquer campeonato que disputar. Mas que mal exerce sobre o Barcelona a saída do Messi? Perdem alguma coisa?

Cristiano Ronaldo e Neymar são jogadores que além de goleadores sabem destravar um jogo e vez em sempre são obrigados a dominar um passe qua-drado ou buscar uma bola no corner, mas você já viu alguém do Barça dar um passe daqueles que batem na canela e volta? Então como dizer se quem recebe a bola deles é ou não o me-lhor do Mundo?

Hoje tudo não passa de pura falácia, mas que-rem tirar suas dúvidas? Soltem o Messi no Santos do Neymar e vamos o que ele arruma. Depois solta o santista no Barcelona do Messi.

■ Bola de OuroO texto sobre o Vasco

que aqui deixei na sema-na passada rendeu-me um enorme aprendizado sobre a língua portuguesa. Desde novos palavrões a como não escrever cer-tas palavras nem utilizar certas “concordâncias”. Sem falta de educação, Flamemgo, concerteza e recaucado foram algumas das palavras e “neologis-mos” que pude aprender nas redes sociais. Tudo porque a geração acorda-da ao som de Teletubbies além de ter um sério pro-blema na construção de argumentos, escrita e lei-tura mostra-se imperita, agora, na interpretação.

Em momento algum quis ofender a torcida vascaí-na (onde possuo grandes amigos), apenas deixei um parecer que não é apenas meu e que de fato representa grande parte dos males e reclamações da torcida cruzmaltina. A maioria das frustrações que hoje assolam São Ja-nuário vem de atletas su-perestimados pelos torce-dores e tidos como deuses da colina quando na ver-dade eram apenas profi s-sionais contratados a fi m de garantir o pão na mesa dos fi lhos. Foi apenas isso que quis dizer. Mas como atualmente tudo é primei-ramente analisado por um (geralmente inventado) la-do ruim, sobrou pra mim. Mas vamos falar do que interessa e esquecer des-sa gente que desejo o bem e também que a partir de hoje os cursinhos de portu-guês sejam gratuitos.

Se existe um direito ina-lienável que deveria estar previsto em constituição é o direito ao cornetamento. Irrevogável e incontestável a massa cruzmaltina faz seu uso a plenos pulmões desde pouco antes da re-apresentação da equipe e lotada da certeza do apoio da lei.

A mídia pode até enga-nar alguns, mas todo vas-caíno racional e letrado tem consciência de que

hoje o Vasco é um time que em 13 anos de sécu-lo XXI só possui um título conquistado numa compe-tição importante, mas que não teve ninguém grande fazendo frente. Depois disso foi um vice brasilei-ro (que pro Vasco nunca é bom) e um campeona-tinho magricela onde em que parecia dar em algo, mas no fi m deu ruim. Com isso, se existe hoje algo que a imensa torcida bem feliz pode comemorar é o tal do Renê Simões. Fez caca, sim, expulsou de costas de mão um ídolo problemático cujo passa-do ainda que manchado o blinda de contra ataque de todo e qualquer cartola que tenha cadeira em São Januário, mas é um imã de problemas, um para-raio ao maior ídolo da história vascaína e se ontem você quis enfocar o Dinami-te, hoje treina fl echadas na parede para acertar o Renê. Atualmente tudo é culpa do Renê

E esse papel do cartola é muito bom. Dinamite é ídolo incontestável, irrefu-tável e falar contra além de blasfêmia garante lugar privilegiado no inferno. Só que o constante desgaste na imagem do ex-atacante estava fazendo-o apenas um cara muito burro à ge-ração que não pôde vê-lo jogar. E é complicado ex-plicar para o vascaíno de 13 anos que aquele se-nhor de cabelos brancos que vendeu mais de meio time e parece ter investido o dinheiro na previdência privada é um cara para amar e confi ar incondicio-nalmente. As dimensões de suas burradas estavam tão grandes que até mes-mo cruzmaltinos extremes já estavam se irritando e desidolatrando o ídolo de tantas horas.

Renê pode não ser o que você queria ou o que você pensava, mas pelo bem da história do Vasco e de Ro-berto Dinamite era o que tudo que o clube precisa-va. Pense nisso!

■ Da Colina Torcedor da Semana

Nome: Carlos Eduardo Ramos, o KaduO que faz da vida: IndustriárioUma viagem: TrindadeTime: VascoUm momento marcante com o seu time do coração: Eu narrando um gol do Alecsandro, em São JanuárioUm momento triste do seu time: 2008, o rebaixamentoUm prazer: Jogar PlayUm ídolo: BuffonHobby: Fazer nadaUm sonho: Virar músicoUma música: Hino do VascoUma frase: O sentimento não paraUma pessoa: Minha mãe, SimoneSe pudesse dizer qualquer coisa ao mundo, o que diria? “Tudo que é difícil de conquistar é mais difícil de Perder

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10. Sábado - 12 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comESPECIALDENÚNCIA ■ Professores de Educação Física relatam exercício irregular da profi ssão em BP

Isso não pooode!!!BARRA DO PIRAÍ

Atualmente, é comum se deparar nos noticiários com casos de pessoas que exercem indevidamente uma determinada profi s-são. Vira e mexe, são des-cobertos falsos dentistas, advogados, psicólogos, médicos, entre outras situ-ações de pessoas que não estão devidamente aptas a exercerem certas funções e acabam sendo desmas-caradas. E, segundo de-núncia de professores de Educação Física, que esti-veram pessoalmente na re-dação da VOZ anteontem, 10, algo semelhante está acontecendo no município, com a contratação de su-postos instrutores em pro-jetos públicos, academias, clubes e “escolinhas de futebol”.

Em seus depoimentos, Rodolfo e Pedro (nomes fi ctícios adotados para preservar a identidade dos autores da denúncia) revelaram a existência de um esquema que, segundo eles, compromete a credi-bilidade do ramo na cidade. Vale destacar que ambos são formados e possuem carteira de fi liação ao Con-selho Regional de Educa-ção Física (Cref).

“Hoje, cerca de 60% da-queles que atuam nesse mercado em Barra do Piraí são simples aventureiros ou estagiários, que não chegaram nem ao segundo período da faculdade”, afi r-mou um dos professores.

Caracterizando o caso como um dos “mais gra-ves”, Rodolfo relatou que até mesmo a prefeitura faz parte do esquema, na con-tratação dos profi ssionais que prestam serviços ao

“Barra Olímpica”. O projeto seria mantido com recur-sos supostamente oriun-dos da Superintendência de Desportos do Rio de Ja-neiro (Suderj), vinculada ao Governo do Estado.

“A panelinha que governa esta cidade seleciona esta-giários de uma faculdade local que mantém parce-rias com o poder público para trabalhar no ‘Barra Olímpica’. Tem muita mara-cutaia envolvida nisso. Pelo que já apurei, os profi ssio-nais que trabalhassem no projeto deveriam ganhar cerca de R$ 1,4 mil, e os estagiários R$ 800. Só que eles (da prefeitura) estão colocando apenas estagi-ários e pagando um salá-rio de R$ 300. O restante do dinheiro, só Deus sabe onde está indo parar”, es-crachou.

“Estagiários não podem atuar sozinhos, sem o acompanhamento de um profi ssional formado, mas, em Barra do Piraí, isso é o que mais acontece. Sem contar que, para estar apto a estagiar, o aluno deve es-tar pelo menos no quarto período, e aqui tem aca-dêmico dando aulas sozi-nho, estando no segundo período. Além de um risco à saúde dos alunos, o que é algo perigoso, casos as-sim prostituem o mercado e causam o desemprego de quem realmente está capacitado para trabalhar”, acrescentou o autor da de-núncia.

Consequências

Recém-saído da facul-dade de Educação Física, Pedro lamentou que uma vaga que poderia ser dele esteja sendo ocupada por

“estagiários e aventurei-ros”. “Eu e vários amigos estamos desempregados, sem campo de atuação no município. E isso porque pessoas despreparadas estão por aí, dando aulas em academias e clubes, enquanto nós, que somos qualifi cados, somos obri-gados a buscar oportuni-dades em outras cidades”, desabafou.

“Uma gama de lesões, até irreversíveis, podem acontecer em decorrência de treinamentos mal con-duzidos, séries de muscu-lação erradas etc. A saúde das pessoas está em ris-co”, complementou o pro-fessor.

Já Rodolfo fi nalizou men-cionando que escolinhas de futebol também se enqua-dram à denúncia. “O Cref determina que até mesmo esses treinos sejam acom-panhados por professores de Educação Física forma-dos. No entanto, a fi scaliza-ção do Conselho é falha. Eu mesmo já fi z várias denún-cias, mas, ao que parece, nenhuma delas foi à frente. Vamos torcer para que a re-portagem dê uma sacudida na situação”, encerrou.

NOTA DA REDAÇÃO: Na tarde de segunda-feira, 7, a equipe de reportagem da VOZ entrou em contato com o núcleo do Conselho Regional de Educação situ-ado em Volta Redonda, que responde pelo exercício da profi ssão no município barrense. Porém, ninguém atendeu aos inúmeros te-lefonemas, direcionados ao seguinte número: (24) 3348-1379. Já o responsá-vel pelo Departamento de Desporto e Lazer da prefei-tura não foi localizado.

Reprodução/Internet

Lesões: Se ‘aventureiros’ e ‘estagiários’ cometerem erros, quem paga o pato é o alu-no, que pode sofrer com dores nas costas por exercícios mal conduzidos

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Page 11: Semanário A Voz do Povo - ed 08 - 12 de Janeiro de 2013

.11Sábado - 12 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com VARIEDADES

Ah, o fetiche por mu-lheres orientais! O ano começou muito bem no Bella da Semana (www.belladasemana.com.br), que, na próxima segun-da-feira, 14, publica o ensaio da modelo Patrí-cia Ykko.

As curvas voluptuo-sas e o olhar sedutor da paulistana de 19 anos são resultado da mistu-ra do pai japonês com a mãe descendente de ita-lianos. Quem diria que uma combinação dessas daria tão certo!

Os olhinhos puxados e a preferência pela culinária japonesa re-presentam o lado orien-tal, enquanto as curvas avantajadas e a sensu-alidade à flor da pele vêm do sangue italiano. Como não poderia ser diferente, Patrícia tam-bém mostra um lado bem brasileiro – e sa-fadinho. Ela adora ficar nua, diz que sexo é uma delícia e já beijou outra mulher ‘de brincadeiri-nha’. Que mistura deli-ciosa!

Japonesa fotografa para o ‘Bella da Semana’

Japonesa fotografa para

BP terá nove dígitos nos números de celular a partir de outubro deste ano

AGÊNCIA BRASILSUL FLUMINENSE

As cidades do interior de São Paulo, Rio e Espírito Santo adotarão o nono dí-gito para telefonia celular, a partir do segundo semes-tre deste ano. Os números do estado fl uminense com DDD 21 e 24, entre os quais se enquadram as linhas de Barra do Piraí e de todo o Sul Fluminense, participarão da mudança, que, no interior paulista, passa a valer a partir do dia 25 de agosto. No Rio e no Espírito Santo, o uso do nono dígito começa no dia 27 de outubro. A partir dessas datas, os usuários devem incluir o dígito 9 no início do número do celu-lar.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)

estabeleceu prazo limite para a implementação do nono dígito. Para São Pau-lo, a data limite é 31 de dezembro de 2013 e, para o Rio de Janeiro e Espírito Santo, 31 de janeiro de 2014. Após a adoção do novo número, as ligações com oito dígitos serão in-terceptadas e o usuário ouvirá mensagens com orientações sobre a nova forma de discagem.

A medida padroniza o plano de numeração da telefonia celular em todo o Brasil e amplia os recursos de numeração em cada área. No ano passado, a mudança foi implementa-da nos celulares da área 11, em São Paulo. A previ-são da agência reguladora é que até o fi nal de 2016 o nono dígito esteja implan-tado em todo o país.

Reprodução/Internet

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Presidente da Acebp é fã de Sylvester Stallone e de Clodovil Hernandes

BARRA DO PIRAÍ

Uma pulguinha contou à reportagem da VOZ que o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Barra do Piraí, Wagner Bastos Aiex, é fã de nin-guém menos que o eterno “Rambo”, o ator Sylvester Stallone, e do estilista Clo-dovil Hernandes, morto em março de 2009.

O empresário, que é um dos maiores destaques do ramo no município, se-ria admirador do trabalho dessas fi guras. Verdade ou não, uma certeza é que Wagner merece este “alô” da VOZ, pelos bons serviços prestados à po-pulação, em forma de de-dicação a fomentação de empregos e geração de renda.

Curiosidades

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12. Sábado - 12 de Janeiro de 2013 POR RENAN ANDRADE

[email protected] CLOSE■ CLOSE DA SEMANA

Bar Night Sucesso Parabéns pra você

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Parceria de sucesso foi esta que os produtores de eventos, Serginho Carva-lho e Nathan Nascimento, fi zeram. O resultado foi um dos points noturnos mais badalados de Barra do Pi-raí, o famoso Bar Night. A casa reúne, semanalmen-te, os “tops” da cidade. O agito começa na quinta-feira e termina no domin-go.

E, esta semana, a agen-da do local está recheada de talentos. Anteontem, ro-lou a “Noite dos Solteiros”,

com show da Flora. Ontem, foi o dia da premiada ban-da “Madame Zero” animar o pub. E, hoje, a noite é de “Jam Bar Night”, com o mix musical de Bokinha e Vitor, Tota, Felipe Rezende, além de Márcio Gonzalez e Hum-berto Martins.

Amanhã, fechando com chave de ouro, o agito fi ca por conta do “Ensaio do Bloco Mija Tartaruga”. To-dos os dias, DJs tocando aquela vibe. Eu recomen-do, Bar Night é lugar de gente bonita.

Um destaque mais que especial esta semana: a administradora Angélica Pereira. Mulher de gar-ra e que luta pelos seus objetivos, ela é uma das pessoas mais brilhantes que conheço. Atualmente, Angélica administra o es-critório de uma loja virtual, em Barra do Piraí. Compe-tente, linda, meiga e com-panheira, ela se destaca pela beleza e pelo encan-to. Um beijo, minha amiga, e que Deus ilumine todos os seus caminhos.

29/12 – Ainda em tempo, os parabéns da coluna para a amiguinha Ana Clara Fajardo. Ela, que completou sete anos, é o xodozinho de todos da família, principalmente de seus pais, Cleber Fajardo e Andréia. Quem manda um beijo mega especial para essa “baixinha” é a vovó Lena.

09/01 – A primeira aniversariante desta se-mana foi a psicóloga, Paloma Blunk dos Reis. Moradora da Vila Suíça, no Centro, ela é espo-sa do ex-vereador, empresário e amigo da VOZ, Mario Esteves. Não existe quem conheça a jo-vem e não se derreta diante de sua simpatia e humildade. Que Deus te abençoe cada vez mais. Alô, alô, Paloma... Aquele abraço!

10/01 – Quinta-feira foi dia de festa para os amigos e familiares da enfermeira Emília San-tos, moradora da Ofi cina Velha. Graduada pela USS (Universidade Severino Sombra), esta minha amiga é simplesmente um luxo de pes-soa. A comemoração da data fi cou por conta dos mimos de seu esposo Rodolfo e do fi lho do casal, o fofíssimo Rhuan. Você é vitoriosa, amiga, e sabe disso. Um beijo, sua linda.

11/01 – Os 17 anos da estudante Iliane Santos foram comemorados anteontem. A jo-vem é dona de um sorriso encantador, para a alegria da mãe-coruja Gilsimar. Felicidades mil, moça. Arrasa, gata!