semana da composição - esml.ipl.pt - composition festival week... · epoché para reconquistá-lo...

Semana da ComposiçãoEscola superior de Música de Lisboa, 2014IDEA .Investigação .Desenvolvimento .Experimentação .Artes

19 a 24 de Maio

Esta semana de actividades foi organizada no âmbito do desenvolvimento das

atividades lectivas da Licenciatura em Música do Ramo de Composição da ESML e das

actividades de investigação do Mestrado em Música e do Mestrado em Ensino da

Música na área de especialização de Composição.

Este evento teve ainda a colaboração das classes de Música de Câmara,

Instrumento, Canto e do curso de Direcção de Orquestra de Sopros da Licenciatura em

Música e do Mestrado em Música da ESML.

Deste modo foram desenvolvidas atividades que visam o envolvimento dos alunos

da Licenciatura em Música em práticas de pesquisa, reflexão e investigação na área da

composição e da interpretação, com a realização de conferências sobre diversas

temáticas experimentadas na prática nos concertos ao longo da semana, enquadrando-

se, assim, estas actividades no âmbito do trabalho desenvolvido pelo Centro de

investigação da ESML, o IDEA - Investigação, Desenvolvimento, Experimentação e Artes.

Algumas das conferências apresentadas relacionaram-se directamente com as

dissertações e/ou projectos em curso dos alunos de Composição e de Instrumento, tanto

no Mestrado em Ensino como no Mestrado em Música, constituindo esta actividade uma

verdadeira mostra dos resultados preliminares das investigações em curso nestas áreas.

O s concertos pretenderam dar a oportunidade aos alunos de composição de

apresentar publicamente os resultados das suas composições, em conjunto e com obras

de repertório de compositores de referência dos séculos XX e XXI e com obras de

professores e investigadores da ESML. Ao mesmo tempo, também deram a oportunidade

aos instrumentistas, maestros e cantores de executar obras de referência, do início ao

final do século XX, bem como obras do século XXI, tendo a oportunidade ainda de estrear

peças de alunos e professores, tomando contacto, muitas vezes pela primeira vez, com o

trabalho de preparação e estreia de obras inéditas.

No que respeita à composição, as obras originais apresentadas pelos alunos são já

fruto de reflexão prévia no âmbito curricular, mas a sua apresentação pública permite uma

nova reflexão sobre os resultados obtidos, dando continuidade à experimentação

permanente neste domínio.

Foi ainda realizado o Registo Áudio de todos os concertos, permitindo tanto aos

alunos de composição como aos interpretes e maestros terem ferramentas para análise e

reflexão futura sobre o trabalho realizado.

Foi procurada a colaboração entre diversas instituições de Ensino superior como a

Universidade de Évora que apresentou parte de um programa de um concerto.

Foram ainda procuradas colaborações interdisciplinares na área da dança, com a

participação de alunos da Escola Superior de Dança de Lisboa em projetos conjuntos com

alunos da ESML.

Assim, foram realizadas as seguintes acções:

- 9 Conferencias que envolveram 15 Conferencistas, de entre professores daESML e alunos de Mestrado, em ambos os casos membros do IDEA, alunos daLicenciatura em música e ainda compositores externos à ESML como Alexandre Delgadoe George Benjamin.

As conferencias tiveram uma afluência média de 23 assistentes no público.

- 5 mini-concertos pela hora de almoço, no final de cada conferência, no Foyer daESML, com a duração entre 5 e 10 minutos cada e que permitiram divulgar algum dorepertório dos concertos do fim da tarde e da noite e ao mesmo tempo divulgar a toda acomunidade da ESML o próprio evento.

- 6 Concertos no grande auditório da ESML onde foram apresentadas obras dereferência dos séculos XX e XXI e onde foram ainda estreadas 35 peças de alunos e deprofessores investigadores da ESML.

Os concertos tiveram uma afluência média de 80 espectadores por concerto.

Juntam-se, em anexo, os programas das conferências e dos concertos, onde estãodetalhadas as referidas actividades e onde se incluem notas de programa das obrasestreadas.

Lisboa, 25 de Julho de 2014

Carlos MarecosCoordenador do Ramo de Composição da ESML e responsável da área da Composição no Mestrado emMúsica e Ensino da Música da ESML


19 a 24 de Maio

19 Maio | segunda-feira

10h30-11h45 | Conferência

local: Pequeno auditório da ESML

Obras para Violoncelo Solo de dois compositores portugueses,

por Clélia Vital

12h-13h | Conferência


"Sons Ibéricos" - Orquestra de Sopros da ESML, Projecto de

encomendas e divulgação de obras de compositores da Península

Ibérica, por Alberto Roque


19 a 24 de Maio

20 Maio | terça-feira



Estratégias (didáticas/composicionais) baseadas em música tradicional,

por Roberto Perez


19 a 24 de Maio

21 Maio | quarta-feira

11h-13h | Conferêncialocal: Pequeno auditório da ESML

Atonal, tonal, modal ou, simplesmente, plural?

Sobre intertextualidade na música dos séculos XX e XXI,

por João Madureira e Carlos Marecos

15h-16h30 | Conferênciaslocal: Pequeno auditório da ESML

. Música com Passos (sobre a interdisciplinaridade entre a músicae a dança), p o r Francisco Tavares**, Sara Ross* e LuísSalgueiro*

. Música para além da Música, por Carmen Pomet e DanielFlores*

*- estudantes da Licenciatura em Música; **- estudante do Mestrado em Música.


19 a 24 de Maio

22 Maio | quinta-feira

10h30-11h30 | Conferência


O compositor fala da sua música; por Alexandre Delgado



O compositor fala da sua música - Concerto para Clarinete e

Orquestra; por Sérgio Azevedo


19 a 24 de Maio

23 Maio | sexta-feira

10h-11h15 Conferências


. O ensino da Composição em Portugal, p o r Tiago Derriça(estudante de Mestrado). Introdução à harmonia contemporânea na aula de ATC III, por Nuno Miguel Henriques (estudante de Mestrado)

11h30-12h45 Conferência local: Pequeno auditório da ESML

. Meet the Composer, com George Benjamin

Escola Superior de Música d e LisboaIDEA .Investigação .Desenvolvimento .Experimentação .Artes

ConcertoCamerata de Sopros Silva Dionísio

19 Maio | segunda- feira19h30 | grande auditório da ESML

Semana daComposição

ESML, 2014

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. Dodcafobia*, Andresa Vasconcelos (1995)Pedro Almeida, clarinete em mib; Cátia Luz, clarinete em lá; Andreu Esteve, marimba; Andresa Vasconcelos,marimba.

Notas de programa

Dodcafobia é uma peça baseada numa matriz dodcafónica. Na história que imagino com esta peça aspersonagens entram num sonho um pouco estranho do qual não conseguem sair. Esse sonho é a matriz da qualeles nunca saem e da qual eles começam a ganhar medo de não conseguir sair.

Andresa Vasconcelos

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Camerata de Sopros Silva DionísioESML

. Epoché*, Diogo da Costa Ferreira (n. 1993)

Flauta – Anabela Sousa (1ª), Beatriz Brito (2ª)Oboé – Paulo Maciel Clarinete – Hugo MoraisCl. Baixo – José CastelaFagote – Isaac Fernandes C. Fagote – Diva VenturaTrompas – Ana Beatriz Menezes (1ª), Paula Midão (2ª), Ricardo Conde (3ª), Pedro Silva (4ª)

Violoncelo – Nelson FerreiraDirecção – Alberto Roque

Notas de programa

A epoché designa a suspensão do juízo – redução fenomenológica –, a colocação do mundoentre parênteses: tudo o que é absorvido onticamente pela atitude natural do homem, tudo o quepertence ao mundo natural, que está presente e que se constitui como realidade para nossaconsciência. O trabalho de negação realizado pela epoché, todavia, não representa a aceitação de um pontode vista céptico o u sofista, pois a fenomenologia não nega o mundo. A epoché proíbe-nossimplesmente de qualquer julgamento da existência espaço- temporal. A epoché desvela o conhecimento – que não é um saber fáctico, mas sim um conhecimento doque efetivamente existe – ao introduzir a subjetividade, e ela como que possui o mundo na“intimidade da sua metodologia”. Nas palavras de Husserl: “deve-se primeiro perder o mundo pelaepoché para reconquistá-lo depois através de uma autoconsciência (Selbstbesinnung) universal”. A finalidade da epoché fenomenológica, que se quer radical e universal, é a descoberta do Egopuro, da consciência. Ao assumirmos a epoché, o pensamento depura-se e somos conduzidos aoEgo puro. Assim, o mundo, tal como descobrimos na experiência, não tem valor imediato para afenomenologia, para o Ser: “deve-se colocá-lo entre parênteses sem atestá-lo, mas também semcontestá-lo”. A imperturbabilidade do Ser. Obs.: São citados Edmund HUSSERL e Renato MARTINI.

Diogo da Costa Ferreira

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. Where the light is*, Fábio Cachão (n. 1992)

Flauta – Anabela Sousa (1ª/ Pic.) Oboé – Ana Catarina Silva (1º), Paulo Maciel (2º)Clarinete – Patrícia Silva (1º), José Castela (2º/ Bx) Fagote – Isaac Fernandes (1º), Diva Ventura (2º)Trompas – Pedro Silva (1ª), Ricardo Conde (2ª), Ana Beatriz Menezes (3ª), Paula Midão (4ª)

Flauta – Tiago CantoDirecção – António Rosado

Notas de programa

Percorrendo tempos obscuros, palpa-se o caminho a seguir. Sentem-se os ventos de mudança eouvem-se os lamentos - ao longe os cantos de vitória. É portanto necessária a constante procurada Luz, tentando assim viver e permanecer nela. É também esta a busca incessante de umcompositor. A procura da Luz e o contraste com as Sombras; a Definição e a Indefinição; o Claro ea Névoa; o Bem e o Mal; a Vida e a Morte...A peça é tocada sem interrupção e divide-se em três andamentos contrastantes entre si: 1. Maestoso; 2. Cadenza; 3. Festivo.

Fábio Cachão

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. A Britten Celebration, Sérgio Azevedo (n. 1968)

Flauta – Dina Hernandez (1ª), Tiago Canto (2ª)Oboé – Paulo Maciel (1º), Rui Gonçalves (2º)Clarinete – Daniel Frazão (1º), Hugo Morais (2º)Fagote – Diva Ventura (1º), Isaac Fernandes (2º/ C. Fg)Trompas – Gabriel Correia (1ª), Paula Midão (2ª), Pedro Silva (3ª), Ricardo Conde (4ª)

Direcção – Paulo Videira

Notas de programa

Esta peça foi escrita para a Camerata Silva Dionísio em 2013 e é dedicada a este agrupamentoda ESML e ao seu maestro, Alberto Roque, que a estrearam e têm tocado várias vezes desdeentão. Celebra o centenário do nascimento de Benjamin Britten (1913-1976), e como tal utilizeinela dois elementos que aparecem no seu célebre "Guia dos Jovens para a Orquestra": variaçõessobre um tema de Purcell (desta vez retirado de uma suite que não a usada por Britten), queculminam numa fuga que também se inicia pelo piccolo e vai "descendo" pelos restantesinstrumentos, sendo que o culminar da peça consiste na combinação do tema de Purcell com otema da própria fuga. A secção final reitera o tema, desta vez numa versão mais grandiosa e comuma harmonia diferente da versão original de Purcell (a que se ouve logo no início daobra) continuando assim a ideia de variação mesmo após o final da fuga.

Sérgio Azevedo

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*- Estreia absoluta


Concerto20 Maio | quarta- feira

21h | grande auditório da ESML


ESML, 2014

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. Glosas, Fernando Lopes-Graça (1906-1994)IX - da "Moda da sagrada", de VinhaisX - da Canção Alentejana "Ó pavão, lindo pavão"João Guimas, piano

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. Antiques*, António Pinho Vargas (n. 1951)Alexandra Mendes, viola; Clélia Vital, violoncelo

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. Origami , de Margarida Fonsecacoreografia e interpretação de Margarida Fonseca Nelson Inácio, saxofone Música: Improvisação1, Ryo Noda (n. 1948)

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. Dois estudos de movimento sobre o corpo e o som*, Francisco Tavares (n. 1987)I – do corpo pra o somII – do som para o corpoElectrónica, vídeo e poesia, Francisco Tavares; Phillipe Marques, piano;Camila Neves, coreografia; Camila Neves e Inês Ribeiro, dança

Notas de programa

"Duas peças que surgem enquanto espaço de reflexão acerca de possibilidades colaborativas entrea Música e a Dança. Partindo de margens opostas, compositor e coreógrafa trabalham num esforçode aproximação a um terreno comum: a co-criatividade. O que emerge é constante movimento de umpara o outro: corpo-som.

Lancei a escolha confiante no abismo da dúvida,Abriu-se no peito o espaço dos meus ombros temerosos (suspensão marcada pelos olhos decegueira radiante).Só então cruzei o arco do não-saber,Alva, zénite e entardecer das certezas nocturnas. Surjo inteiro ao tornar-me caminho.

Desvendo a luz intacta trespassando o tempo paciente,Afecto profundo pelo que não tem lugar em mimE suplica tomar parte comigo no corpo.Na memória trago-te à largura de histórias:Serão todas cantadas até pisarmos o cais.

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INTERVALO

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. Tus pies, Sara Ross (n. 1989)

Miguel Filipe, Tomás Moital e Guilherme Salgueiro, percussão.

Coreografia de Luana San-Bento, Catarina Medeiros, Hélder PortelasBailarinos: Catarina Medeiros, Hélder Portelas

Cuando no puedo mirar tu caramiro tus pies.

Tus pies de hueso arqueado,tus pequeños pies duros.

Yo sé que te sostienen,y que tu dulce pesosobre ellos se levanta.

Tu cintura y tus pechos,la duplicada púrpura de tus pezones,la caja de tus ojos que recién han volado,tu ancha boca de fruta,tu cabellera roja,pequeña torre mía.

Pero no amo tus piessino porque anduvieronsobre la tierra y sobreel viento y sobre el agua,hasta que me encontraron.

Pablo Neruda

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. Tu e Eu Meu amor*, Luís Salgueiro (n. 1993)Célia Teixeira e Pedro Matos, vozes; Luís Salgueiro, electrónica e vídeo coreografia e interpretação de Tiago Correia e Catarina Medeiros

A respiração de quatro corpos, de dois pares, acompanhando a poesia de Manuel da Fonseca.

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. Ei-lo*, Luís SalgueiroLuís Salgueiro, electrónica e vídeo coreografia e interpretação de Hélder Portelas

Notas de programa

Primeiros esboços no desenvolvimento de controladores gestuais. A nível técnico, a peça assentasobre a tecnologia de detecção de movimentos Kinect, permitindo a interacção de um corpo emmovimento com a electrónica e vídeo em tempo real. Esta interacção pode ser tantoestruturada/estruturante (que dê resultados previsíveis e cuidados que clarifiquem a retórica da peça)como espontânea e de carácter improvisativo (que permita uma interacção significativa com osistema reactivo). Dedicado ao Jorge, à Lígia e ao Júlio.

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. Chamarrita Zaragateira*, Sara Ross(melodia tradicional da Ilha de Santa Maria, Açores)

Percussão: Miguel Filipe, Tomás Moital, Guilherme Salgueiro e Miguel Curado.

Metais: João Carvalho, Nuno Arraiano, Rui Pereira e João Chaveiro.Coro Feminino: Ana Sofia Ventura, Carolina Correia, Célia Teixeira, Joana Alves, Maria do Carmo Godinho, Maria Fontes e Margarida Pinheiro; Barítono: Tiago GomesDirecção: Hélio SoaresCoreografia e interpretação: Ana Delgado, André Nunes, Bárbara Carlos, Diana Sabio, Franklin Buceta, Hélder Portelas, Pedro Bettencourt e Susana PereiraConcepção: Sara Ross

Gente qu’é genteNa terra é crente

No coração semente

E canta quem senteBailando contente

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* - Estreia absoluta

Parte deste programa integra Música Com Passos, um projecto em desenvolvimento numaparceria entre Escola Superior de Música de Lisboa e a Escola Superior de Dança no intuito de criaroportunidades de colaboração interdisciplinar nas áreas de música e dança como complemento à formaçãoartística dos alunos de ambas instituições.

Queremos deixar um enorme agradecimento a todos os que contribuíram para que a suaconcretização fosse possível, em especial ao apoio da Direcção da ESD para a produção do evento.

https://www.facebook.com/pages/Escola-Superior-de-M%C3%BAsica-de-Lisboa/174100072679281

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Concerto21 Maio | quarta-feira



ESML, 2014

. Find my way home - Rainy day*, Rui Pinheiro (n. 1992)Maria Clara Costa, flauta contralto; Ana Beatriz Menezes, trompa.

Find my way Home é uma peça escrita para no contexto da uc de Técnicas de Composição, tendocomo modelo técnicas usadas pelo compositor polaco Witold Lutosławski.

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. Blue Caprice, Victor Morosco (n. 1936)Elisabete Adão, saxofone___________________________________________

. Seis ‘Estudos Literários – Retratos’ para piano, João Madureira (n. 1971) . Cristiana dedicado a Cristiana Vasconceloa Rodrigues . Eurico dedicado a Eurico Carrapatoso . Carlos dedicado a Carlos Martins Pereira . António dedicado a António Pinho Vargas . Morton dedicado a Morton Feldman . A.H. dedicado a Ana Hatherly

Ana Telles, piano

Estudos Literários – Retratos, para piano, é um conjunto de nove peças cujo nome remete paraa sua concepção enquanto todo orgânico dotado de uma coerência que não se pautaexclusivamente pela matemática musical, tão recorrentemente evocada a propósito dacomposição. Um conjunto de peças, portanto, que se estabelece como um corpo com as suasafirmações, excepções, normas, ornamentações, comentários, e que contém em si a vivênciatemporal de um texto, a sua lógica narrativa... São estudos literários não apenas no sentido deque pretendem caracterizar uma realidade exterior, mas também no sentido em que seestabelecem enquanto entidades cujo funcionamento interno é devedor dos mecanismosliterários, mais do que quaisquer outros.

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. pequeno trio para um momento escatológico*, Diogo da Costa Ferreira (n. 1983)Victória Valdés, violino; Gabriel Correia, trompa; Rafael Azevedo, piano

O fim é repetível. Morremos todos os dias, e morreremos novamente.Procurei reflectir sobre estes eventos intangíveis que nos envolvem incessantemente com umainata, inexorável, muitas vezes inobservada, asfixia.

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. To all invisible things*, Catarina Bispo (n. 1994)Filipe Abreu, violino; Catarina Silva, viola; Pedro Silva, violoncelo; Paulo Pacheco, piano.

To all invisible things, uma peça sobre a essência das coisas, tantas vezes escondida por entrecamadas de ilusões, por entre o caos da vida quotidiana.Sobre tudo o que permanece indescritível, impossível de expressar, inalcançável. Sobre todos os mundos invisíveis que habitam em nós, e que esperam, esquecidos, nas águasprofundas e silenciosas da nossa consciência...

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. Variações fáceis sobre um tema original*, Sérgio Azevedo (n. 1968)Vitor Sousa, clarinete; Pedro Silva, violoncelo; Mariana Godinho, piano

Esta pequena e simples peça foi escrita em memória do professor Gareguin Aroutiounian,recentemente desaparecido, e a sua simplicidade deve-se ao facto de ter pensado a parte devioloncelo para a filha do professor Carlos Caires, que estuda violoncelo, e para mim próprio, umavez que comecei há poucos meses a estudar clarinete. O tema, depois de exposto pelo violonceloe pelo piano, é sujeito a 3 curtas variações e a um epílogo, este na forma de uma repetiçãodo tema (no clarinete) uma oitava acima do original.

Sérgio Azevedo___________________________________________

. Argument*, Fábio Cachão (n. 1992)Vitor Sousa, clarinete; Pedro Silva, violoncelo; Mariana Godinho, piano

Uma discussão, por definição, consiste numa tentativa de persuadir outro/s com premissas quesuportam uma determinada conclusão, investigando a verdade pelo exame de provas quesuportam essas ideias. Neste caso, existem três intervenientes que procuram, cada um deles e àsua maneira, atingir a tão procurada frase conclusiva. Não interessa o motivo, o tema, aspremissas, a conclusão, o que retiramos disso... O que interessa é garantir aquela última fraseque nos faz ganhar os votos do eleitorado por unanimidade naquele preciso dia! Ou talvez não...

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. TH0UGHT2*, Jorge Ramos (n. 1995)Electrónica

Quando de repente se passa do ‘pensamento normal’ para o ‘turbilhão de pensamentos’…Quando se precisa de ideias para compor e não se tem…?O passar do dito ‘bloqueio’ para um sentimento (só possível de expressar pela música) deliberdade de uma enchente de ideias, levando á confusão de ideias e de múltiplos pensamentosna mente do compositor…É como se fosse um momento em que se teve acesso ao sub-consciente, á inspiração na suaforma mais livre e natural…O que acontece depois?O voltar á ‘singularidade’ e monotonia do consciente…

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. Síndrome do pôr do sol*, Pedro Lima (n. 1994)Manuel Ferrer, violino; Patrícia Silva, clarinete; Bárbara Costa, piano; Tomás Moital, percussão

Síndrome do Pôr do Sol (narrativa de um paciente) é um estado mental que leva portadores dedoenças neurológicas a viver sintomas únicos e inexplicáveis. A verdadeira visão do assunto, nãodá mostras de uma grande especificação, visto que é ainda um conteúdo incerto e peculiarnaquilo que é o estado de cada paciente. Delírios, pânico e medo, são alguns dos pontos comunsnas experiências sentidas pelos doentes. A minha visão do assunto, nasce da curiosidade e dapoesia, nasce com a intenção de narrar aquilo que por ventura será o dia a dia de um pacientedeste síndrome.A contemplação do Sol, a necessidade de caminhar, a memória do que já foi sentido e o pânicodo escuro. Num compêndio de momentos musicais, escritos por mim, enquadro-me no sentimentoe faço por sentir aquilo que outro alguém sente de verdade.Afinal, quem não tem medo de ficar na sombra?

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. Dance Sketches, Christopher Bochmann (n. 1950)Saxofínia, quarteto de saxofones - José Massarrão, José António Lopes, Mário Dinis Marques, Alberto Roque

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. S(w)ynthesis, José Luís Ferreira (n. 1973)Saxofínia, quarteto de saxofonesJosé Luís Ferreira, electrónica

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Concerto22 Maio | quinta-feira



ESML, 2014

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. Metamorphosis and Ressonances*, Hugo Vasco Reis (n. 1981)Cândido Fernandes, piano

Peça para Piano Solo pertencente ao caderno Metamorphosis and Resonances, que inclui peças para 24instrumentos a solo. Estas peças exploram a transformação gradual da ideia inicial e a sua interação com osfenómenos acústicos. Quero agradecer ao pianista Cândido Fernandes a forma metódica como a estudou einterpretou, bem como os seus conselhos.

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. 5 miniaturas para violoncelo solo, Carlos Marecos (n. 1963)Bárbara Santos, violoncelo

Por esta peça percorre a ideia de dupla personalidade, onde existem contrastes súbitos pela oposição dediferentes blocos. Por vezes essa oposição acontece em poucos segundos dentro de uma miniatura, por outrasvezes verifica-se de uma para outra miniatura. Do ponto de vista rítmico existe também a oposição entresecções de pulsação regular clara e secções de uma rítmica ‘planante’ que procura de uma forma lenta e subtilfugir à atração de uma pulsação regular de base. De referir a importância do intervalo de 5ª perfeita e da suaqualidade acústica, que se configura como o principal referencial harmónico ao longo da peça a partir do qual seedificam outras harmonias mais complexas. Todas estas ideias surgem a par de uma exploração alargada dascapacidades tímbricas do violoncelo, com vista ao alargamento das suas qualidades expressivas.

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. Trust/Tryst*, Luís Salgueiro (n. 1993)Tomás Moital e Miguel Filipe, percussão

Trust — firm belief (…) in the strength of someone or something.Tryst — a private, romantic rendezvous between lovers.As duas peças exploram, paralelamente, questões à volta da ideia de relação: a relação entre o materialmusical e a pulsação, a nível local, e as suas consequências a várias escalas temporais, a nível formal.Aproveito ainda o formato camerístico do duo para estabelecer oposições ou ligações também entre os doismúsicos, construindo "personagens" características que interagem ao longo da peça.

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. Falar o nada e mentir*, Afonso Teles (n. 1993)Ana Lopes, declamadora; Lara Raínho, soprano;Cláudia Anjos, piano___________________________________________

. SemiQuaver*, Jorge Ramos (n. 1995)Beatriz Brito, flauta; José Castela, clarinete em sib.

SemiQuaver é um duo para flauta e clarinete em Sib feita a pensar na semi-colcheia desde o início até ao fim;como título, a métrica, o compasso.... Composta no ano lectivo de 2010/2011, foi uma das primeiras peças que fiz e que até ao dia, das que maisgosto…no entanto, até hoje, ainda não tive o prazer de a ver tocada.

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. Quarter tone Waltz, Gordon Tudor (n. 1982)Marcelo Pesca, saxofone

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. Estudo nº 1: Sobre o significado das palavras*, Francisco Chaves (n. 1993)GMC da UÉ - Grupo de Música Contemporânea da Universidade de Évora

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. Poema à boca fechada*, Luís Lopo (n. 1991)GMC da UÉ

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. Na direcção da dessincronia*, Afonso Teles (n. 1993)GMC da UÉ

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. Om*, Pedro Baptista (n. 1992)GMC da UÉ___________________________________________

. Ode: III*: Aguardo, equânime, Christopher Bochmann (n. 1950)GMC da UÉ

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Grupo de Música Contemporânea da Universidade de Évora

Carina Ferreira, Ana Lopes e Lara Raínho -sopranos Ana Botelho e Ana Margarida Neto – clarinetes em sib.Leonel Quinta - clarinete baixoMicaela Sousa, Miguel Vaz e André Fresco - violinosFilipe Curral - guitarraBruno Oliveira - percussãoLara Lopes – piano

Direcção, Christopher Bochmann

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Concerto23 Maio | sexta-feira



ESML, 2014

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. Feux d'artificie, Claude Debussy (1862-1918)Bárbara Costa, piano___________________________________________

. Três Canções, Luís Salgueiro (n. 1993)Carolina Sá, soprano; Bárbara Costa, piano

Trago-vos estas três canções porque estas três canções contam histórias. A poesia de David Mourão-Ferreira, que as une, desenha um arco narrativo. Mas contam também a minha: foram escritas, grossomodo, ao longo destes três anos, e cada uma delas apareceu-me num momento bastante particular. Falta ainda uma para terminar este pequeno ciclo. Aguardo o momento em que ela me chegará.

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. Prelúdio nº 6, Fernando Lopes-Graça (1906-1994)Fernando Loura, piano

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. Suite para violoncelo solo António Pinho Vargas (n. 1951)Raquel Merrelho, violoncelo

A minha primeira ideia para esta obra foi escrever um conjunto de microlúdios, peças muito breves,eventualmente capazes de conter um gesto e um mundo. No entanto, no decorrer da composição, aspequenas peças foram-se tornando gradualmente maiores e, por isso, a meio da composição já se tinhatornado claro que, dados os contrastes entre os andamentos mas também a sua duração variável, a formada peça se aproximaria de uma suite. Não existe nesta obra, apesar do seu título, nenhuma relação com ahistórica sucessão de danças, embora persista uma das componentes das suites em geral: a sequência deandamentos diversos com um determinado carácter. Para além disto há apenas a assinalar o facto dealguns pequenos motivos presentes nos primeiros andamentos surgirem novamente nos últimos comomomentos da memória interna da peça ou como resquícios de um despedaçamento subjectivo do discurso.Devo um agradecimento ao Paulo Gaio Lima a quem mostrei a peça e me deu conselhos e confirmaçõesmuito úteis.António Pinho Vargas, Julho 2008

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. Tabacaria, Daniel Davis (n. 1990)Carolina Sá, soprano; Carlos Tomaz, clarinete; Fernando Loura, piano

Tabacaria nasce a pedido de um grupo de música de câmara que tem como o principal objectivo musicarexcertos do poema Tabacaria de Álvaro de Campos.Esta obra vai buscar aspectos interessantes do poeta utilizando mudanças de andamentos mais eléctricospara andamentos mais lentos, líricos e vice-versa.Tabacaria conta com uma orquestração de Voz (soprano), Piano e Clarinete em Si bemol. A peculiaridadedesta peça é contar com efeitos da música Klezmer no Clarinete, dando-lhe uma versatilidade de estilos(erudito e música judaica).

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. 3 peças soltas*

. Ausência*

Miguel Jesuscoro a capella

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. Exílio*, Ana Catarina BarrosMaria Fontes, voz; José Castela, clarinete;

Duarte Silva, violoncelo; José Diogo Martins, piano

“Exílio” é um poema de Sophia de Mello Breyner. Poema que na sua estrutura curta, palavras fortes esimplicidade retrata um ambiente de tensão. É precisamente isso que pretendo retratar nesta obra, através deuma sonoridade dissonante, uma voz mais pesada e uma certa simplicidade nos outros instrumentos. Tudoisto resulta num ambiente onde cada palavra e cada nota criam uma sensação, uma tensão...

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. Science-Fiction 1, Sara Ross (n. 1989)Ana Sofia Ventura e Margarida Pinheiro, sopranos; Pedro Matos, tenor; Eduardo Martins, piano

Talvez o nosso mundo se convexeNa matriz positiva doutra esfera.

Talvez no interspaço que medeiaSe permutem secretas migrações.

Talvez a cotovia, quando sobe,Outros ninhos procure, ou outro sol.

Talvez a cerva branca do meu sonhoDo côncavo rebanho se perdesse.

Talvez do eco dum distante cantoNascesse a poesia que fazemos.

Talvez só amor seja o que temos,Talvez a nossa coroa, o nosso manto.

José Saramago

Como o poema, a música é uma sucessão de convicções fátuas por meio de ideias musicais que procuramafirmar-se em ímpetos cada vez mais fortes mas que acabam sempre vencidas pela incerteza, revelando-semeramente hipotéticas. Na última estrofe dá-se o ponto de viragem, onde o sujeito aparenta uma resignaçãoface à procura insistente de uma teoria inatingível, desviando pela primeira vez o olhar daquilo que o rodeia edirigindo-se para si próprio no refúgio da sua única e verdadeira certeza.

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. Berrante*, Glauco César II (n. 1982)Patrícia Silva, clarinete baixo

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. Divertimento*, Fábio Cachão (n. 1992)David Silva, flauta; Luís Vieira, clarinete; Filipe Tomás, fagote

Divertimento é uma peça singela que explora um ambiente neoclássico. A partir de gestos simples, singelos,desenvolvem-se pequenos jogos entre os instrumentos que desencadeiam novos rumos, sem esquecer ondetiveram início. Divide-se em três andamentos, distintos entre si: 1. Allegro, Danzando; 2. Largo, Misterioso; 3.Allegretto, Grazioso."

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Concerto24 Maio | sábado



ESML, 2014

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. 4 prelúdios, Op. 22AndanteAndanteAllegroAdantino

. 2 prelúdios, Op. 27PateticoAndante

Alexander Scriabin (1872-1915)Phillipe Marques, piano

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. Andaluza (n.º 4 das Peças Espanholas) Manuel de Falla (1876-1946) Jorge Fontes, piano

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. Três epitáfios, Fernando Lopes-Graça (1906-1994)1. Para um céptico; 2. Para uma donzela; 3. Para o autorDiogo Simões, piano

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. Pandora, Diogo da Costa Ferreira (n. 1993)Andriana Rebelo, flauta

A pedido de Zeus, Hefesto e Atena, auxiliados por todos os deuses, criaram Pandora, a primeiramulher e o derradeiro castigo aos homens pela ousadia de Prometeu. Foi enviada a Epimeteu,que inadvertidamente a aceitou. Abriu a Caixa onde residiam todos os males, e hoje residemdentro de nós. A obra «Pandora» (flauta solo) procura estabelecer as raízes deste evento – metafísico e meta-ético – mitificado e desenvolvê-las compulsivamente.

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. 4 pequenas peças para piano solo*

Pedro Finisterra (n. 1994)Pedro Finisterra, piano

Este é um conjunto de 4 pequenas peças para piano composto entre o final do meu 8º graudo conservatório e o início do 1º ano do curso de composição. Foram compostas comprocessos diferentes, alguns dos quais tenciono usar regularmente em futuras peças.I. Miniatura sem sentido – brincadeira sobre um tema de Beethoven.II. Miniatura dodecafónica – peça composta para um teste de ATC III.III. Divertissement – brincadeira composta para a candidatura à licenciatura.IV. Chill Out – peça composta a partir do acorde FáMaj7.

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. Não me peçam razões…*

Hugo Vasco Reis (n. 1981)

Maria Fontes, soprano; Victória Valdês, violino;Bárbara Santos, violoncelo; Hugo Vasco Reis, piano

Não me peçam razões, que não as tenho, Ou darei quantas queiram: bem sabemos Que razões são palavras, todas nascem Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Não me peçam razões por que se entenda A força de maré que me enche o peito, Este estar mal no mundo e nesta lei: Não fiz a lei e o mundo não aceito.

Não me peçam razões, ou que as desculpe, Deste modo de amar e destruir: Quando a noite é de mais é que amanhece A cor de primavera que há-de vir.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

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. Sonata para Violino e Piano*

Catarina Barreiros (n. 1995)Catarina Barreiros, violino; Filipe Manzano Tordo, piano

Começou com uma ideia, que se desenvolveu e fez surgir outros temas. Decidiu-se fazerpontes entre cada tema e assim formar uma espécie de Sonata, com os vários andamentosseguidos sem interrupções. É a segunda obra da compositora, composta aos 16 anos deidade.

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. Le Bom a inspire FreudEt bien…Carmen Pomet (n. 1995)João Costa e Miguel Silva, vozes;Maria Clara Costa, flauta; Andresa Vasconcelos, clarinete; Maria Zwick, violoncelo; João Llano, percussão

“A razão e os argumentos de nada servem na luta com as palavras.

A multidão é um ser dócil incapaz de viver sem amo”

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