semalim 2015 - cacau e chocolate

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CACAU E CHOCOLATE SEMALIM 2015 RENATO COSSI

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Page 1: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

CACAU E CHOCOLATESEMALIM 2015RENATO COSSI

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CACAU

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Mapa do cacau

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Características

• Rainforest (Floresta Tropical) é seu ambiente natural• Temperaturas entre 25 e 28C• Chuvas distribuídas ao longo do ano

• Necessidade de irrigação entre 1500 e 2000mm de água

• Árvores crescem em média 10m• Produção por hectare varia entre 400 e 2000kg• Safra principal de junho a outubro

• Safrinha entre dezembro e março

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Principais países produtores

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Evolução da produção de cacau no mundo

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No Brasil

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Produção de cacau – dados mais recentes

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Moagem de cacau

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Variedades

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Variedades

• Theobroma cacao• 3 variedades

• Criollo• Forastero• Trinitario

Page 15: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

• Criollo• Variedades da América Central e

parte norte da América do Sul

• Forastero• Alto e Baixo Amazonas

• Trinitario• Cruzamento entre Criollo e

Forastero• Não existe uma variedade

genética prevalente

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Fine Flavor Cocoa e Cacau Fino Brasileiro

Fine Flavor Cacau Fino Brasileiro

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Cacau Fino Brasileiro

• Opção por produzir cacau de alta qualidade

• Atenção a todas etapas de produção

• Busca da melhor característica sensorial possível

• Frutos• Maduros e sem doença• Abertura dos frutos cuidadosa• Fermentação iniciada logo após a

abertura dos frutos• Fermentação completa• Secagem natural e controlada• Limpeza e seleção final do cacau

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http://www.cocoaofexcellence.org

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Etapas para produção do cacau na fazenda

Plantio Colheita Abertura dos frutos Fermentação Secagem

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Plantio

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Colheita

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Abertura dos frutos

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FermentaçãoPrimeira das três etapas fundamentais para desenvolvimento do sabor do chocolate

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Secagem

Page 29: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Secagem

• Objetivo• Reduzir a umidade do cacau para ~7%• Grau / velocidade de secagem é extremamente importante

• Tipos• Natural

• Ao sol• Barcaças• Muito sol – selagem da amendoa – desenvolvimento de mofo

• Artificial• Aquecimento• Uso de madeira• Fumaça – problemas de sabor

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Natural

• Sol• Barcaças

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Artificial

• Utilizado durante períodos de muita chuva

• Cuidados especiais quanto à alteraçoes de sabor - fumaça

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Processamento do CacauDa amêndoa ao Liquor, Cacau em pó e Manteiga de Cacau

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Derivados do cacau

Liquor de cacau Manteiga de Cacau Cacau em Pó

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Massa de cacau (˜53% gordura)

Manteiga de cacau (100% gordura)

Cacau em pó (˜11% gordura)

Page 36: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Processamento do cacau - moagem

Cacau

Bean Roasting Nib Roasting

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Cocoa Nibs

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Cocoa Beans

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Bean Roasting x Nib Roasting

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TorrefaçãoSegunda das três etapas fundamentais para o desenvolvimento do sabor do chocolate

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Principais Equipamentos

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Cacau em pó

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Fluxograma completoDo fruto aos derivados

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Break !!!

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CHOCOLATES

Page 46: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Afinal, quem é o chocolate ?

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Chocolate de origem e a maluquice do chocolate Belga• Sem criar polêmica, mas

criando…• Conceito de origem

• Vinhos• Cafés• Chocolates

Belgian Cocoa Tree…

Page 48: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Afinal, o que é esse tal de chocolate ?• Resolução RDC nº 264, de 22 de

setembro de 2005 • Dois tipo

• Escuros• Min 25% sólidos de caca

• Branco• Min 20% sólidos de cacau

Ingrediente Quantidade (%)

Leite Branco Amargo

Açúcar 43,45 49,45 46,45

Manteiga de cacau

24 30 8

Liquor de cacau 14 45

Leite em pó 18 20

Lecitina de soja 0,4 0,4 0,4

PGPR 0,1 0,1 0,1

Aromatizantes 0,05 0,05 0,05

Page 49: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

TEMPERAGEMCONCHAGEMREFINO

Page 50: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

TIPOS

ROLOS TRADICIONAL

ESFERAS

UNIVERSAL

MISTURA SEGUIDA DE

REFINO

“CONCHAGEM” SEGUIDA DE

REFINO

EVAPORAÇÃO SEGUIDA DE

REFINO

Fabricação de chocolatesum mundo de possibilidades

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Processo com refino por moinho de esferas

Moinho de açúcar

Moinho de esferas

Misturador/concha

Page 52: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Processo tradicional, com refino de rolos

Page 53: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Comparação entre processosTRADICIONAL

ALTERNATIVOS

Page 54: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Dividindo o processo em suas 3 etapas fundamentais

TEMPERA

CONCHAGEM

REFINO

Page 55: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Refino• Objetivo

• Reduzir o tamanho das partículas, especialmente do açúcar

• Coloca em contato a superfície do açúcar com o cacau e leite• Transferência do sabor

• Dois princípios• Rolos• Esferas

Page 56: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Rolos x esferas: quem ganha ???

Page 57: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Rolos x esferas

Page 58: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

• Açúcar cristal ou moído• Moído – sabor de metal

• Gordura total durante refino• Menos contato do “sabor” com

o açúcar

• Temperaturas mais altas • Escurecimento / lactose

• $$• Granulometria – maior desvio

padrão

• Pode ter pré-refino• Açúcar cristal

• Pouca gordura durante refino• Maior contato do “sabor” com o

açúcar

• Temperaturas mais baixas

• $$$$$• Granulometria – menor desvio

padrão

Rolos x esferas Pt.2

ROLOS ESFERAS

Page 59: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

• Pode ser realizado em duas etapas:• Pré-refino• Refino

• Por quê pré-refino ?• Moagem do açúcar: em contato com os componentes de

“sabor”• Processo alternativo com moinho de açúcar – açúcar em contato

com metal• Promove estabilidade do refino de 5 rolos

• Padronização da consistência: textura e granulometria• Influência direta no desempenho do refinador de 5 rolos

Um pouco mais sobre o refino tradicional

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Medição da granulometria

Page 62: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

CONCHAGEMTerceira das três etapas fundamentais para o desenvolvimento do sabor do chocolate

Page 63: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Conchagem ?• Inventada em 1879 por Rodolphe Lindt• Mistura dos ingredientes, porém com controles de

tempo, temperatura, agitação, % de gordura.• Sempre uma relação entre tempo, kw/ton e perfil

de temperatura

Page 64: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Conc

hage

m

Desenvolvimento do aroma

Desenvolvimento da estrutura

Page 65: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

O que acontece dentro de uma concha ?

• Secagem• Evaporação da água e ácidos

• Mistura• Contato entre os ingredientes

• Reações químicas• Maillard

• Cisalhamento• Desaglomeração

• Liquefação• Liberação de gordura, especialmente do leite e liquor

Page 66: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Etapas da conchagem

• Alto cisalhamento• Alto consumo de

energia• Evaporação de água

e ácidos

Seca

• Desenvolvimento do sabor de chocolate

• Aromatização do açúcar

Plástica

• Adição de gordura • Adição de

emulsificantes• Padronização das

características reológicas

Liquefação

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Conchagem secaaromatização do açúcar

Page 70: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

• Corre atrás da referência• Uma única etapa – líquida

• Chocoeasy

• Menor kw/ton• Mesmas características

reológicas com mais gordura• Limitadas possibilidades para

interferir no desenvolvimento do sabor

• Normalmente relacionadas á um moinho de esferas

• Referência• 3 etapas: seca / plástica / líquida

• Maior kw/ton• Mesmas características

reológicas com menos gordura• Infinitas possibilidades de

interferir no desenvolvimento do sabor

• Só funciona se existir refino de rolo

Conchagem processo tradicional x processos alternativos

TRADICIONAL ALTERNATIVOS

Page 71: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Medição / grau de conchagem

Page 72: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Mediçãoviscosidade e yield value

• Viscosidade• Atrito cinético• Força para manter o fluido em movimento

• Viscometer/Rheometer Spring Torque Range: HA• Spindle: SC4-27 with SC4-13RPY Sample Chamber• Accessories: Small Sample Adapter, TC-502P

Programmable Temperature Bath• Speed, rpm: 5, 10, 20, 50 and 100• Temperature: 40°C

Page 73: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

• Yield Value• Atrito estático• Força para iniciar o

movimento

Mediçãoyield value

Page 74: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

• Refino• Como pode interferir

no sabor ?• Tipo de refino: rolos x

esferas• Granulometria

• Como pode interferir na fluidez ?

• Granulometria / distribuição granulométrica

• Parâmetros da conchagem seca

• Conchagem • Como pode interferir no

sabor ?• Tempo• Temperatura / perfil de

temperatura• Kw/ton

• Como pode interferir na fluidez ?

• Quantidade de gordura nas etapas seca, plástica e líquida

• Adição de emulsificantes: quanto, quanto e como

• Kw/ton• Tempo• Perfil de velocidade

Dominando a arte de fazer chocolaterelacionar cada uma das etapas de fabricação com desenvolvimento do sabor e fluidez

Page 75: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Um bom chocolate tem…

Processo de fabricação

Cacau de qualidade

Formulação bem

elaborada

Page 76: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Quais eram mesmo as 3 etapas fundamentais para o desenvolvimento do sabor do chocolate ?

Page 77: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Temperagem

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Manteiga de cacau• Polimorfismo• Varia dependendo da origem, safra, condições

climáticas...• Aspecto final depende do processo de cristalização

Page 79: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Polimorfismo

Page 80: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Temperagem

Video

Page 81: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Resultados de uma boa temperagem

Solidificação rápida

Maior contração

Desmolde mais fácil

Melhor brilho

Maior estabilidade

ao fat bloom

Page 82: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

• Cristais menores• Maior densidade de

cristais• Somente B5

Tempera bem feita:

Page 83: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

• Seeding• Adição de mateiga de

cacau na forma V e VI em chocolate resfriado

• Tempera por indução• Economia de energia• Formação de cristais

mais estáveis

• SeedMaster – Bühler• Adição de manteiga

• Supernova Energy – Aasted

• Adição de chocolate

Novos processos industriais de temperagemseeding

Page 85: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Chocolate: um mundo...

Page 86: Semalim 2015 - Cacau e Chocolate

Muito obrigado !!!

[email protected] – SEMALIM 2015 – CACAU E CHOCOLATES