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4 CIDADES / O POPULAR GOIÂNIA, domingo, 9 de janeiro de 2011 Rosana Melo O número de desapareci- dos em Goiás após aborda- gem policial nos últimos dez anos é maior que o de goianos desaparecidos políticos du- rante o regime militar. Este é o resultado de um levantamen- to do POPULAR em quatro fontes: a Divisão de Pessoas Desaparecidas (DPD) da Dele- gacia de Investigações de Ho- micídios da Polícia Civil, a Co- missão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Goiás, a Corregedoria da Polí- cia Militar e o Centro de Apoio Operacional de Contro- le Externo da Atividade Poli- cial, do Ministério Público. A pesquisa revela que 23 pessoas nunca mais foram vis- tas após abordagem da Polí- cia Militar entre 2000 e 2010. Durante os anos mais duros do regime militar, entre 1968 e 1979, 15 goianos desapare- ceram. O sumiço de pessoas em ple- na democracia quase sempre teve o mesmo padrão: as víti- mas foram abordadas em lo- cais públicos e na presença de várias testemunhas. Muitos dos desaparecidos entre 2000 e 2010 cometiam pequenos delitos e foram abordados co- mo suspeitos pela PM. Investigações precárias, com poucas provas periciais e testemunhais não chegaram a punir os autores dos desapare- cimentos nas sindicâncias in- ternas. A maioria dos casos continua sem solução, em fa- se de investigação na DPD da Delegacia de Homicídios ou arquivada na Justiça por falta de provas. Em algumas situa- ções, os procedimentos foram arquivados por falta de pro- vas, o que aumenta o desespe- ro das famílias das vítimas. Sem os corpos, a lei entende que não há como provar a ma- terialidade do crime e os crimi- nosos ficam impunes. O próprio comando da Polí- cia Militar admite que investi- gar crimes cometidos por poli- ciais é difícil porque as teste- munhas, muitas vezes, prefe- rem o silêncio. Responsável pelas investigações na Delega- cia de Investigações de Homi- cídios, o delegado Jorge Mo- reira pensa parecido. “As tes- temunhas de abordagens poli- ciais que culminam no desapa- recimento de pessoas temem sofrer represálias e não cola- boram com as investigações”, diz o delegado. Jorge Moreira destaca que este tipo de investigação é difi- cultado porque, à medida em que o tempo passa, a probabi- lidade de se encontrar a víti- ma viva diminui. Já o advoga- do e professor Júlio Moreira, da Associação Brasileira dos Advogados do Povo, entida- de que congrega profissionais que atuam com os direitos hu- manos, diz que o corporativis- mo é que entrava a apuração de supostos abusos (leia repor- tagem na página 5). Uma decisão inédita, toma- da no ano passado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), condenou o Estado brasileiro a investigar e a punir os cri- mes contra os direitos huma- nos. A decisão abriu uma dis- cussão sobre a punição ao Es- tado quanto ao desapareci- mento de pessoas durante o re- gime militar - inclusive os 15 goianos oficialmente reconhe- cidos, um deles durante a Guerrilha do Araguaia (1970-73). Especialistas acre- ditam que ela pode se esten- der a outros casos de violên- cia estatal, como os dos desa- parecidos após abordagens policiais. Apesar de admitir a dificul- dade em punir os culpados, o comandante da Polícia Mili- tar em Goiás, coronel Raimun- do Nonato de Araújo Sobri- nho, assinala que desvios de conduta não serão tolerados em seu comando. Enquanto is- so, vinte e três famílias goia- nas clamam por Justiça e se consideram órfãs do Estado. Algumas são revoltadas com a polícia. Outras ainda pos- suem a esperança de verem seus filhos de volta ao lar. Ne- nhuma teve o direito de enter- rá-los. O secretário de Seguran- ça Pública, João Furtado, que foi empossado na sema- na passada, admite que a pu- nição de agentes do Estado que deveriam fazer a segu- rança da população é um de- safio para a pasta. Mais que isso, diz que dar resposta às famílias das vítimas de desa- parecimento após aborda- gens da polícia é uma obriga- ção institucional. Em entrevista ao POPU- LAR, ele afirmou que preten- de reestruturar a Corregedo- ria Geral da Secretaria de Se- gurança Pública. “Não que- ro emitir aqui juízos de valo- res acusando estes policiais, mas as famílias precisam de respostas”, afirma. Titular da Delegacia de In- vestigações de Homicídios, o delegado Jorge Moreira da Silva diz que muitas sindi- câncias para esclarecer as circunstâncias dos desapare- cimentos de pessoas em Goiás após abordagens da polícia estão praticamente paradas na Divisão de Pes- soas Desaparecidas. Mas não admite que exista falta de estrutura ou de método de investigação, mas, sim, de cooperação de testemu- nhas e de familiares para a elucidação dos casos. “O cri- me cometido por um poli- cial é mais difícil de investi- gar porque as pessoas te- mem represálias a si pró- prias e a outros membros da família. E o silência ajuda na impunidade”, diz. Segundo o delegado, quanto mais o tempo passa, mais difícil fica provar que o desaparecimento ocorreu nas mãos de policiais. Muitas das vítimas são torturadas, mortas e têm os corpos ocultados pelos auto- res. Tal procedimento visa dificultar as investigações. Há de se levar em considera- ção, ainda, que os agentes de segurança pública conhe- cem a lei e como se faz uma investigação, portanto, con- forme conta o delegado, é importante que o processo investigativo seja rápido. OPOPULAR INICIA SÉRIE DEREPORTAGENS SOBRE PESSOAS QUE NUNCA MAIS FORAM VISTAS DEPOIS DE AÇÃO DA PM Sem resposta PESSOAS QUE DESAPARECIAM APÓS SEREM ABORDADAS PELA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS ANDERSON NASCIMENTO FIGUEIREDO Desapareceu dia 3 de abril de 2000, em Águas Lindas de Goiás, após ser abordado por dois militares RODINEI CARDOSO DE MORAIS Desapareceu dia 3 de abril de 2000, em Águas Lindas de Goiás, após ser abordado por dois militares CRISTIANO BANDEIRA DA SILVA Desapareceu dia 8 de julho de 2002, em Luziânia, depois de ser colocado à força dentro de um carro da PM ALAIR FERREIRA LIMA Desapareceu dia 2 de março de 2003, em Aparecida de Goiânia, depois de pegar uma carona com um policial militar ROGÉRIO BATISTA SANTANA Desapareceu dia12 de agosto de 2004, em Goiânia, depois de ser abordado por quatro policiais da Rotam MARCO AURÉLIO CARNEIRO DA COSTA Desapareceu dia 6 de outubro de 2004, em Goiânia, após abordagem de policiais da Rotam ROGÉRIO GOMES SOUZA Desapareceu dia 6 de outubro de 2004, em Goiânia, após abordagem de policiais da Rotam UEVERSON GEOVANI DIAS Desapareceu dia10 de janeiro de 2005, em Goiânia, após abordagem de policiais da Rotam MARCELO MENDONÇA DA SILVA Desapareceu dia17 de fevereiro de 2005, em Aparecida de Goiânia, após ser abordado por uma equipe do serviço reservado da Polícia Militar PAULO SÉRGIO PEREIRA RODRIGUES Desapareceu dia 22 de abril de 2005, em Aparecida de Goiânia, após abordagem da Rotam MURILO SOARES RODRIGUES Desapareceu dia 22 de abril de 2005, em Aparecida de Goiânia, após abordagem da Rotam HÉLIO BARBOSA DA SILVA Desapareceu dia 3 de junho de 2005, em Luziânia, após abordagem de uma equipe do serviço reservado da Polícia Militar RONES DIAS Desapareceu dia 7 de dezembro de 2005, em Goiânia, após depôr sobre o assassinato de 2 pessoas em que os suspeitos eram PMs FÁBIO DA COSTA LIMA Desapareceu dia 4 de janeiro de 2006, em Goiânia, depois de ser colocado à força dentro de um carro da Rotam CRISTIOMAR PEREIRA DOS SANTOS Desapareceu dia 23 de janeiro de 2007, em Senador Canedo, depois de ser abordado por uma equipe da Rotam RONIEL UBIRATAN MARTINS Desapareceu dia 23 de janeiro de 2007, em Senador Canedo, depois de ser abordado por uma equipe da Rotam GUSTAVO SILVEIRA DO NASCIMENTO Desapareceu dia 6 de junho de 2007, em Goiânia, após abordagem de equipe do serviço reservado da Polícia Militar MARCONE NASCIMENTO Desapareceu dia 6 de junho de 2007, em Goiânia, após abordagem de equipe do serviço reservado da Polícia Militar SÓSTENES FREITAS LINO Desapareceu dia18 de outubro de 2007, em Goiânia, após abordagem da Polícia Militar CÉLIO ROBERTO FERREIRA DE SOUZA Desapareceu dia11de fevereiro de 2008, em Goiânia, depois de uma abordagem da Rotam CAMILA LAGARES DE LIMA Desapareceu dia 8 de abril de 2009, em Goiânia, após abordagem de policiais da 28ª CIPM ADRIANO SOUZA MATOS desapareceu dia 22 de novembro de 2010, em Goiânia, após abordagem de uma equipe do Batalhão de Choque BRUNNO ELVYS LOPES desapareceu dia 22 de novembro de 2010, em Goiânia, após abordagem de uma equipe do Batalhão de Choque Arno Preis Cassemiro Luís de Freitas Divino Ferreira de Souza Durvalino de Souza Honestino Monteiro Guimarães Ismael Silva de Jesus James Allen Luz Jeová de Assis José Porfírio de Souza Márcio Beck Machado Marcos Antônio Batista Maria Augusta Thomaz Ornalino Cândido Paulo de Tarso Celestino Rui Vieira Bebert DESAPARECIDOS POLÍTICOS GOIANOS (DITADURA MILITAR) Elesdesapareceramnademocracia Secretário promete mudar corregedoria

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O_POPULAR 09/01/2011 - GERADA POR: DILSON (08/01/11 19:26)

4 CIDADES / O POPULAR GOIÂNIA, domingo,9dejaneirode2011

RosanaMelo

O número de desapareci-dos em Goiás após aborda-gem policial nos últimos dezanos é maior que o de goianosdesaparecidos políticos du-ranteo regimemilitar. Este éoresultado de um levantamen-to do POPULAR em quatrofontes: a Divisão de PessoasDesaparecidas (DPD) da Dele-gacia de Investigações de Ho-micídiosdaPolíciaCivil, aCo-missão de Direitos Humanosda Assembleia Legislativa deGoiás, aCorregedoriadaPolí-cia Militar e o Centro deApoioOperacionaldeContro-le Externo da Atividade Poli-cial, doMinistérioPúblico.

A pesquisa revela que 23pessoasnuncamais foramvis-tas após abordagem da Polí-cia Militar entre 2000 e 2010.Durante os anos mais durosdo regime militar, entre 1968e 1979, 15 goianos desapare-ceram.

Osumiçodepessoasemple-na democracia quase sempreteve o mesmo padrão: as víti-mas foram abordadas em lo-cais públicos e na presença devárias testemunhas. Muitosdos desaparecidos entre 2000e 2010 cometiam pequenosdelitos e foram abordados co-

mosuspeitospelaPM.Investigações precárias,

com poucas provas periciais etestemunhaisnãochegaramapunirosautoresdosdesapare-cimentos nas sindicâncias in-ternas. A maioria dos casoscontinua sem solução, em fa-se de investigação na DPD daDelegacia de Homicídios ouarquivada na Justiça por faltade provas. Em algumas situa-ções, os procedimentos foram

arquivados por falta de pro-vas,oqueaumentaodesespe-ro das famílias das vítimas.Sem os corpos, a lei entendequenãohácomoprovarama-terialidadedocrimeeoscrimi-nosos ficamimpunes.

OprópriocomandodaPolí-ciaMilitaradmiteque investi-garcrimescometidosporpoli-ciais é difícil porque as teste-munhas, muitas vezes, prefe-rem o silêncio. Responsável

pelas investigaçõesnaDelega-cia de Investigações de Homi-cídios, o delegado Jorge Mo-reira pensa parecido. “As tes-temunhasdeabordagenspoli-ciaisqueculminamnodesapa-recimento de pessoas tememsofrer represálias e não cola-boram com as investigações”,dizodelegado.

Jorge Moreira destaca queeste tipode investigaçãoédifi-cultado porque, à medida em

que o tempo passa, a probabi-lidade de se encontrar a víti-mavivadiminui. Jáoadvoga-do e professor Júlio Moreira,da Associação Brasileira dosAdvogados do Povo, entida-dequecongregaprofissionaisqueatuamcomosdireitoshu-manos,dizqueocorporativis-mo é que entrava a apuraçãodesupostosabusos (leia repor-tagemnapágina5).

Umadecisão inédita, toma-

da no ano passado pela CorteInteramericana de DireitosHumanosdaOrganizaçãodosEstados Americanos (OEA),condenou o Estado brasileiroa investigar e a punir os cri-mes contra os direitos huma-nos. A decisão abriu uma dis-cussão sobre a punição ao Es-tado quanto ao desapareci-mentodepessoasduranteore-gime militar - inclusive os 15goianosoficialmentereconhe-cidos, um deles durante aGuerrilha do Araguaia(1970-73). Especialistas acre-ditam que ela pode se esten-der a outros casos de violên-cia estatal, como os dos desa-parecidos após abordagenspoliciais.

Apesardeadmitir adificul-dade em punir os culpados, ocomandante da Polícia Mili-taremGoiás, coronelRaimun-do Nonato de Araújo Sobri-nho, assinala que desvios deconduta não serão toleradosemseucomando.Enquantois-so, vinte e três famílias goia-nas clamam por Justiça e seconsideram órfãs do Estado.Algumas são revoltadas coma polícia. Outras ainda pos-suem a esperança de veremseus filhos de volta ao lar. Ne-nhumateveodireitodeenter-rá-los.

O secretário de Seguran-ça Pública, João Furtado,que foi empossadona sema-napassada,admitequeapu-nição de agentes do Estadoque deveriam fazer a segu-rançadapopulaçãoéumde-safio para a pasta. Mais queisso, diz que dar resposta àsfamíliasdasvítimasdedesa-parecimento após aborda-gensdapolíciaéumaobriga-ção institucional.

Em entrevista ao POPU-LAR,eleafirmouquepreten-de reestruturaraCorregedo-

riaGeraldaSecretariadeSe-gurança Pública. “Não que-roemitir aqui juízosdevalo-res acusando estes policiais,mas as famílias precisam derespostas”, afirma.

TitulardaDelegaciade In-vestigações de Homicídios,odelegadoJorgeMoreiradaSilva diz que muitas sindi-câncias para esclarecer ascircunstânciasdosdesapare-cimentos de pessoas emGoiás após abordagens dapolícia estão praticamenteparadas na Divisão de Pes-

soas Desaparecidas. Masnão admite que exista faltade estrutura ou de métodode investigação, mas, sim,de cooperação de testemu-nhas e de familiares para aelucidaçãodoscasos. “Ocri-me cometido por um poli-cial é mais difícil de investi-gar porque as pessoas te-mem represálias a si pró-prias e a outros membros dafamília. E o silência ajudana impunidade”, diz.

Segundo o delegado,quanto mais o tempo passa,

maisdifícil ficaprovarqueodesaparecimento ocorreunasmãosdepoliciais.

Muitas das vítimas sãotorturadas, mortas e têm oscorposocultadospelosauto-res. Tal procedimento visadificultar as investigações.Háde se levar emconsidera-ção, ainda, que os agentesdesegurançapúblicaconhe-cem a lei e como se faz umainvestigação,portanto, con-forme conta o delegado, éimportante que o processoinvestigativo seja rápido.

O POPULAR INICIA SÉRIE DE REPORTAGENS SOBRE PESSOAS QUE NUNCA MAIS FORAM VISTAS DEPOIS DE AÇÃO DA PM

Sem resposta

PESSOAS QUE DESAPARECIAM APÓS SEREM ABORDADAS PELA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS

ANDERSONNASCIMENTOFIGUEIREDO

Desapareceu dia 3 de abrilde 2000, em Águas Lindasde Goiás, após serabordado por doismilitares

RODINEI CARDOSO DEMORAIS

Desapareceu dia 3 de abrilde 2000, em Águas Lindasde Goiás, após serabordado por doismilitares

CRISTIANO BANDEIRADA SILVA

Desapareceu dia 8 dejulho de 2002, emLuziânia, depois de sercolocado à força dentrode um carro da PM

ALAIR FERREIRA LIMA

Desapareceu dia 2 demarço de 2003, emAparecida de Goiânia,depois de pegar umacarona com um policialmilitar

ROGÉRIO BATISTASANTANA

Desapareceu dia12 deagosto de 2004, emGoiânia, depois de serabordado por quatropoliciais da Rotam

MARCO AURÉLIOCARNEIRO DA COSTA

Desapareceu dia 6 deoutubro de 2004, emGoiânia, após abordagemde policiais da Rotam

ROGÉRIO GOMES SOUZA

Desapareceu dia 6 deoutubro de 2004, emGoiânia, após abordagemde policiais da Rotam

UEVERSON GEOVANIDIAS

Desapareceu dia10 dejaneiro de 2005, emGoiânia, após abordagemde policiais da Rotam

MARCELO MENDONÇADA SILVA

Desapareceu dia17 defevereiro de 2005, emAparecida de Goiânia, apósser abordado por umaequipe do serviçoreservado da Polícia Militar

PAULO SÉRGIO PEREIRARODRIGUES

Desapareceu dia 22 deabril de 2005, emAparecida de Goiânia,após abordagem daRotam

MURILO SOARESRODRIGUES

Desapareceu dia 22 deabril de 2005, emAparecida de Goiânia,após abordagem daRotam

HÉLIO BARBOSADA SILVA

Desapareceu dia 3 dejunho de 2005, emLuziânia, após abordagemde uma equipe do serviçoreservado da PolíciaMilitar

RONES DIAS

Desapareceu dia 7 dedezembro de 2005, emGoiânia, após depôr sobre oassassinato de 2 pessoas emque os suspeitos eram PMs

FÁBIO DA COSTA LIMA

Desapareceu dia 4 dejaneiro de 2006, emGoiânia, depois de sercolocado à força dentrode um carro da Rotam

CRISTIOMAR PEREIRADOS SANTOS

Desapareceu dia 23 dejaneiro de 2007, emSenador Canedo, depoisde ser abordado por umaequipe da Rotam

RONIEL UBIRATANMARTINS

Desapareceu dia 23 dejaneiro de 2007, emSenador Canedo, depoisde ser abordado por umaequipe da Rotam

GUSTAVO SILVEIRADO NASCIMENTO

Desapareceu dia 6 dejunho de 2007, emGoiânia, após abordagemde equipe do serviçoreservado da PolíciaMilitar

MARCONE NASCIMENTO

Desapareceu dia 6 dejunho de 2007, emGoiânia, após abordagemde equipe do serviçoreservado da PolíciaMilitar

SÓSTENES FREITAS LINO

Desapareceu dia18 deoutubro de 2007, emGoiânia, após abordagemda Polícia Militar

CÉLIO ROBERTOFERREIRA DE SOUZA

Desapareceu dia11defevereiro de 2008, emGoiânia, depois de umaabordagem da Rotam

CAMILA LAGARESDE LIMA

Desapareceu dia 8 de abrilde 2009, em Goiânia,após abordagem depoliciais da 28ª CIPM

ADRIANO SOUZA MATOS

desapareceu dia 22 denovembro de 2010, emGoiânia, após abordagemde uma equipe doBatalhão de Choque

BRUNNO ELVYS LOPES

desapareceu dia 22 denovembro de 2010, emGoiânia, após abordagemde uma equipe doBatalhão de Choque

■ Arno Preis

■ Cassemiro Luís de Freitas

■ Divino Ferreira de Souza

■ Durvalino de Souza

■ Honestino Monteiro

Guimarães

■ Ismael Silva de Jesus

■ James Allen Luz

■ Jeová de Assis

■ José Porfírio de Souza

■ Márcio Beck Machado

■ Marcos Antônio Batista

■ Maria Augusta Thomaz

■ Ornalino Cândido

■ Paulo de Tarso Celestino

■ Rui Vieira Bebert

DESAPARECIDOS POLÍTICOS GOIANOS (DITADURA MILITAR)

Elesdesapareceramnademocracia

Secretárioprometemudarcorregedoria

GOIÂNIA, domingo,9dejaneirode2011 CIDADES / O POPULAR 9