sem fronteiras - 66ª reunião anual da sbpc

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Livro “Sem Fronteiras: Registro da 66ª Reunião Anual da SBPC na Ufac”. Evento realizado no campus de Rio Branco entre os dias 22 e 27 de julho de 2014

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Registro da 66ª Reunião Anual da SBPC na UfacUniversidade Federal do Acre (Ufac)

Minoru Martins Kinpara — reitorMargarida de Aquino Cunha — vice-reitoraMaria Socorro Neri Medeiros de Souza — pró-reitora de GraduaçãoJosimar Batista Ferreira — pró-reitor de Pesquisa e Pós-GraduaçãoEnock da Silva Pessoa — pró-reitor de ExtensãoAline Andréia Nicolli — pró-reitora de Assuntos EstudantisAlexandre Ricardo Hid — pró-reitor de PlanejamentoThiago Rocha dos Santos — pró-reitor de AdministraçãoFilomena Maria Oliveira da Cruz — pró-reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas

66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

Comissão Executiva Local (CEL)

CoordenaçãoMargarida de Aquino Cunha — coordenadoraAlexandre Ricardo Hid — vice-coordenadorJosimar Batista Ferreira — vice-coordenador

Secretaria GeralJosé Sérgio Lopes Siqueira — secretário-geralElizabete Santos da Silva — vice-secretária-geralPatrícia Melo SmangoszevskiAdriana Vilhena Monteiro Moreira de SouzaKamila Costa OliveiraGeirto de SouzaMarly dos Santos Araújo

AssessoriaJosé Porfiro da SilvaIsla Maria Amorim de SouzaDaniel Cícero Gonçalves Pena

Comissão da SBPC CulturalFlávio Lofêgo Encarnação — coordenadorFabiana Nogueira Chaves — vice-coordenadoraEnock da Silva PessoaDaniel da Silva KleinMiguel Gustavo Xavier

Comissão da SBPC Jovem e MirimTatiane Castro dos Santos — coordenadoraReginâmio Bonifácio de Lima — vice-coordenadorFrank Oliveira ArcosLuciana Pereira OgandoFloripes Silva RebouçasNorma Suely Tinoco LimaAlexandre Melo de Souza

Comissão da SBPC IndígenaJacó César Piccoli — coordenador

Gilberto Francisco Dalmolin — vice-coordenadorManoel Estébio Cavalcante da CunhaValquíria GarroteAndréa Martini

Comissão da SBPC ExtrativistaTadeu Melo da Silva — coordenadorFrancisca Cristina Moura de Lima Boaventura — vice-coordenadora

Comissão de InfraestruturaThiago Rocha dos Santos — coordenadorSérgio Luiz Zuza da Costa — vice-coordenadorLuciano de Souza FerreiraArlem Vieira CavalcanteAlexandro da Conceição BrazAuton Peres de Farias FilhoWanderley Araújo de Castro Junior

Subcomissão de Espaço FísicoEliana da Silva Campêlo — coordenadoraAntônio José Brasil da Silva — vice-coordenadorEdilberto Ferreira Jansen JúniorRaimundo Lima de FigueiredoLisângela PazinattoNeméia de Oliveira Farias

Subcomissão de Manutenção, Limpeza, Conservação e EnergiaSérgio Luiz Zuza da Costa — coordenadorCleber Tadeu Allievi — vice-coordenadorFrancisco Costa LimaLuis Alberto Maia

Subcomissão de Alojamento e HospedagemCreso Machado Lopes — coordenadorAntônio Carlos Fonseca Pontes Júnior — vice-coordenadorYuri Karaccas de CarvalhoAnajara Rodrigues FerreiraSandra Maria Soares da RochaJulia Simone FerreiraMaria Francisca Barroso Martins

Subcomissão de Transporte e RecepçãoLorena Rodrigues Barbosa da Silva — coordenadoraSandro Victor Alves Melo — vice-coordenadorMaria do Socorro Costa e SouzaAlan dos Santos BarbosaDauana Franco PortoÂngela Maria PoçasDionel Alves de AraújoThiago Castro SaabLuanara da Costa Ribeiro

Subcomissão de Segurança e TrânsitoIsla Maria Amorim de Souza — coordenadoraOrmifran Pessoa Cavalcante — vice-coordenadoraCarlos Tadeu Teles de LimaIvone de Oliveira Moraes de SouzaWeverton Márcio do Nascimento

Subcomissão de ImprensaFrancisco Aquinei Timóteo Queirós — coordenadorFrancisco de Moura Pinheiro — vice-coordenadorMárcio Adriano ChocorosquiWagner da Costa SilvaFrancielle Maria Modesto MendesGiselli Xavier D’ávila LucenaGlauco Capper da RochaDaniel Lopes Dias

Subcomissão de AlimentaçãoAline Andreia Nicolli — coordenadoraTatiane Dalamaria — vice-coordenadoraRafael Lima de OliveiraAlanderson Alves RamalhoElza de Fátima DiasItamar Miranda da SilvaFernanda Andrade MartinsKatiúscia Shirota Imada

Subcomissão de SaúdeFilomena Maria Oliveira da Cruz — coordenadoraCristiane de Oliveira Cardoso Reis — vice-coordenadoraZuila de Mendonça CorreiaRomeu Paulo Martins SilvaPriscila Oliveira de MirandaMiguel Júnior Sordi BortoliniDaniela Fernandes da SilvaDilza Teresinha Ambros RibeiroSandra Maria Soares da RochaKárytha Krystyny Melo de Souza

Subcomissão Monitoria e ApoioAntônio Carlos Fonseca Pontes Junior — coordenadorAline Andreia Nicolli — vice-coordenadoraEnock da Silva PessoaMaria do Socorro Neri Medeiros de SouzaJosé Dourado de SouzaAndrey Maquiné Bezerra

Subcomissão de Comunicação VisualGilson Mesquita — coordenadorAntônio de Queiroz Mesquita — vice-coordenadorAllen Ferraz LinsMárcio Adriano ChocorosquiFrederico Silva de OliveiraVeridiano Barroso de Souza FilhoRegiane Araujo Sampaio

Subcomissão de Informática, Equipamentos Audiovisuais e TelefoniaEdvandro Carlos Reckziegel — coordenadorMarcos Thomaz da Silva — vice-coordenadorCleuton de Menezes AlmeidaCamilo Mendes de OliveiraBruno Samuel Pereira Gomes SilvaGerder Costa de OliveiraJerbisclei de Souza Silva

Momento oportunooportuno

66ª Reunião Anual da SBPC ocorreu no cinquentenário da Ufac

Sediar o maior e mais prestigiado even-to em ciência e tecnologia do Brasil foi o desafi o enfrentado e cumprido pela Ufac no ano em que completou 40 anos de federalização e 50 anos de história. A 66ª Reunião Anual da SBPC foi realizada entre os dias 22 e 27 de ju-

lho de 2014, no campus de Rio Branco, com o tema “Ciência e Tecnologia em uma Amazônia Sem Fronteiras”.

As origens da Ufac remontam à criação da Faculdade de Direito do Estado, em 1964, bem como à sua federalização dez anos depois. Portanto, em 2014, a instituição comemorou seu cinquente-nário — meio século de existência, um

aniversário celebrado em grande estilo, que culminou com o acolhimento da 66ª Reunião Anual SBPC. Vamos co-nhecer estas origens da universidade acriana.

Tempos pioneirospioneiros

Os movimentos estudantil e comunitá-rio da década de 1960 foram expres-sivos aliados para a criação de uma universidade em Rio Branco, capital do Estado do Acre. Esses grupos reivin-dicavam a necessidade de uma insti-tuição de ensino superior destinada a qualificar a mão de obra local e atender a demanda de profissionais dispostos a contribuir com o então nascente Esta-do.

Desse modo, surgiu, em 25 de março de 1964, a Faculdade de Direito. Após quatro anos, surgiu a Faculdade de Ci-ências Econômicas. Em seguida, vieram os cursos de Letras, Pedagogia, Mate-mática e Estudos Sociais, culminando no que se chamava Centro Universitá-rio do Acre, depois transformado em Universidade do Acre. No dia 5 de abril de 1974, essa universidade tornou-se federal, aglutinando esses seis cursos.

Surgia, então, a Universidade Federal do Acre (Ufac), uma instituição públi-ca e gratuita cujo objetivo é produzir e difundir o conhecimento. Na época em que foi criada, contava com 857 estudantes matriculados. Mas, com o tempo, foi se expandindo em espaço físico e cursos de graduação.

Graduação

Atualmente, a Ufac conta com aproxi-madamente 12 mil alunos matriculados em 45 cursos de graduação (bacha-relado e licenciatura), distribuídos em dois “campi” universitários: o Campus Rio Branco, na capital, com 33 cursos, e o Campus Floresta, em Cruzeiro do Sul, com 12 cursos.

Há, também, seis cursos regulares em nível de mestrado: Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia; Ecologia e Manejo de Recursos Naturais; Produção Vegetal; Saúde Coletiva; Desenvolvi-mento Regional; Letras: Linguagem e Identidade. Consta, ainda, um doutora-do em Produção Vegetal.

Os cursos de graduação e pós-gradua-ção da Ufac estão agrupados conforme centros, que são órgãos acadêmico-ad-ministrativos que contemplam áreas afi ns.

No Campus Rio Branco, são estes os centros inicialmente constituídos e seus respectivos cursos de graduação:Filosofi a e Ciências Humanas: Jorna-lismo, Geografi a, Filosofi a, História, Ciências Sociais e Psicologia;Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas: Direito e Economia;Ciências Exatas e Tecnológicas: Mate-mática, Sistemas de Informação, Enge-nharia Elétrica e Engenharia Civil;Ciências Biológicas e da Natureza: Biologia, Física, Química, Veterinária, Engenharia Florestal e Agronomia;Ciências da Saúde e do Desporto: Me-dicina, Educação Física, Enfermagem, Saúde Coletiva e Nutrição;Educação, Letras e Artes: Pedagogia, Letras-Português, Inglês, Francês, Es-panhol, Artes Cênicas e Música.

No Campus Floresta, há dois centros. Confira-os com seus respectivos cur-sos: Centro Multidisciplinar: Engenharia Flo-restal, Agronomia, Ciências Biológicas (bacharelado e licenciatura) e Enferma-gem;Centro de Educação e Letras: Pedago-gia, Letras-Português, Inglês, Espanhol e Formação Docente para Indígenas.

Pós-GraduaçãoGraduação

Além do recente doutorado em Pro-dução Vegetal, a pós-graduação da Ufac apresenta 11 cursos de mestrado: acadêmico, profissional e em rede; também há um curso de doutorado da rede Bionorte:Mestrado em Ecologia e Manejo de Re-cursos Naturais: trata-se de um mestra-do importante para o desenvolvimento sustentável, pois seu objetivo primor-dial é a capacitação de profissionais para a pesquisa sobre temas que são estratégicos para o desenvolvimento da região. Suas linhas de pesquisa são: manejo de recursos naturais, sociedade e meio ambiente. Mestrado em Desenvolvimento Regio-nal: representa uma expansão da oferta

de pós-graduação na Ufac, em caráter multidisciplinar. Propicia formação téc-nico-científica à comunidade acadêmi-ca, com aprofundamento na pesquisa para solucionar problemas da região. Mestrado e Doutorado em Produção Vegetal: seu principal objetivo é pro-porcionar aprofundamento científico a profissionais da área de ciências agrá-rias, sobretudo em atividades de ensino e pesquisa com espécies vegetais nativas ou exóticas, cultivadas ou com potencial agrícola para a Amazônia.

Mestrado em Letras: Linguagem e Iden-tidade: consolida pesquisas na área da linguagem e sua inserção no contexto regional. Divide-se em três linhas de pesquisa: análise e descrição linguís-tica, cultura e sociedade, linguagem e escola. Mestrado em Saúde Coletiva: funciona em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). É um curso bienal, com o objetivo maior de apro-fundar a pesquisa na área de saúde, além de buscar soluções para enfrentar problemas de saúde pública.Mestrado em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia: oferece a profi ssionais da área uma formação com perfi l inovador, no sentido de tor-ná-los atualizados com novos saberes de teor interdisciplinar, no tocante à geração de processos e produtos tec-nológicos de elevado valor científi co.Mestrado em Sanidade e Produção Animal Sustentável na Amazônia Oci-dental: oferecido a profi ssionais das áreas de medicina veterinária, zootec-nia, agronomia, ciências biológicas e cursos afi ns, para torná-los atualizados com novos saberes em relação a sani-dade e produção animal sustentável, no tocante à geração de processos e produtos tecnológicos de elevado valor científi co.Mestrado em Educação: promove a formação de mestres em educação, de acordo com princípios de construção de uma escola pública democrática e de qualidade social. É voltado para o desenvolvimento da região, mediante

a pesquisa e a docência, fomentando a divulgação do conhecimento produzi-do e estimulando a cooperação entre pesquisadores da região Norte com as demais instituições de pesquisa do país.Mestrado Profissional em Ensino de Ciência e Matemática: aprimora a formação continuada de professores, mediante o exercício de atividades de pesquisa aplicada e o desenvolvimento da prática pedagógica, favorecendo a reflexão sobre seu exercício profissio-nal e suas concepções sobre ensino e aprendizagem.Mestrado Profissional em Matemática da Rede Profmat: é um curso semipre-

sencial, coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática, com oferta nacional, realizado por uma rede de instituições de ensino superior, no con-texto da Universidade Aberta do Brasil (UAB). O Profmat visa atender profes-sores de Matemática em exercício no ensino básico, especialmente na escola pública.Mestrado Profissional em Letras da Rede Profletras: programa de pós-gra-duação “stricto sensu” em Letras, reco-nhecido pela Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Semipresencial, com oferta simultânea nacional, no âmbito da UAB, tem por objetivo capacitar professores

de Língua Portuguesa para o exercício da docência no ensino fundamental. Doutorado em Biodiversidade e Biotec-nologia da Rede Bionorte: centrado no tripé biodiversidade, biotecnologia e conservação, no sentido de contribuir para o desenvolvimento da biotecno-logia e para a conservação do bioma amazônico. Focaliza o desenvolvimento de processos e produtos, objetivando a conservação do bioma e o desenvolvi-mento de um setor industrial baseado na biodiversidade amazônica.

50 anos depoisdepois

SBPC escolhe Ufac para sediar 66ª edi-ção de seu encontro nacional

A Ufac colocou, pela primeira vez, o Acre no circuito dos grandes even-tos científi cos nacionais. Essa história começou no dia 9 de julho de 2011, durante reunião do Conselho Diretor da SBPC, em Goiânia. Na ocasião, o então vice-reitor, Pascoal Torres Muniz, foi um dos que defendeu a candidatura da Ufac como sede da 66ª Reunião Anual da SBPC, diante de uma bancada com-posta por cerca de 30 conselheiros da conceituada associação científi ca.

Acompanhado de representantes do Estado, Muniz trouxe para Rio Branco a notícia de que a Ufac fora escolhida pelos membros do conselho da SBPC. Lançando mão de recursos audiovisu-ais, como exibição de vídeo sobre o Acre, além da realização de uma con-vincente exposição de motivos, a comi-tiva acriana conseguiu entusiasmar os conselheiros, levando-os a uma decisão favorável. Começava já na época, quan-do a professora Olinda Batista Assmar ocupava o cargo de reitora, a jornada da Ufac em seu desafi o de sediar um renomado encontro de estudantes, pesquisadores, professores e cientis-tas do Brasil e do exterior: a 66ª SBPC ocorreria no campus sede da cinquen-tenária universidade amazônica.

SBPC escolhe Ufac para sediar 66ª edi-ção de seu encontro nacional

A Ufac colocou, pela primeira vez, o Acre no circuito dos grandes even-tos científi cos nacionais. Essa história começou no dia 9 de julho de 2011, durante reunião do Conselho Diretor da SBPC, em Goiânia. Na ocasião, o então vice-reitor, Pascoal Torres Muniz, foi um dos que defendeu a candidatura da Ufac como sede da 66ª Reunião Anual da SBPC, diante de uma bancada com-posta por cerca de 30 conselheiros da conceituada associação científi ca.

Acompanhado de representantes do Estado, Muniz trouxe para Rio Branco a notícia de que a Ufac fora escolhida pelos membros do conselho da SBPC. Lançando mão de recursos audiovisu-ais, como exibição de vídeo sobre o Acre, além da realização de uma con-vincente exposição de motivos, a comi-tiva acriana conseguiu entusiasmar os conselheiros, levando-os a uma decisão favorável. Começava já na época, quan-do a professora Olinda Batista Assmar ocupava o cargo de reitora, a jornada da Ufac em seu desafi o de sediar um renomado encontro de estudantes, pesquisadores, professores e cientis-tas do Brasil e do exterior: a 66ª SBPC ocorreria no campus sede da cinquen-tenária universidade amazônica.

O que é a SBPC?SBPC?

Segundo informações de seu site (www.sbpcnet.org.br), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é uma associação civil, sem fins lucrativos, sem caráter político-par-tidário e religioso, com sede em São Paulo-SP. Foi fundada em 8 de julho de 1948, por um grupo de cientistas e en-tusiastas da ciência. Sua criação seguiu os parâmetros de entidades do mesmo tipo que já existiam em outros países.

Já em sua fundação, a SBPC contava com 265 sócios, um número que, des-de então, continuou crescendo. Hoje,

conta com mais de 6 mil sócios ativos, entre pesquisadores, professores, es-tudantes e pessoas dos mais diversos interesses ou, simplesmente, amigos da ciência, ou seja, aqueles cujo desejo é contribuir com o avanço da ciência no Brasil.

Conforme suas similares estrangei-ras (americana, argentina, britânica e francesa), a SBPC não é uma associa-ção exclusiva de cientistas e técnicos, pois não se exige nenhum pré-requisito ou qualificação técnica para ingresso como sócio. Atualmente, sua Diretoria e seu Conselho são compostos, em maio-ria, por cientistas brasileiros, mas isso não é uma obrigatoriedade.

Ações promovidaspromovidas

As atividades realizadas pela SBPC cumprem a finalidade de pôr em prá-tica seus objetivos. Em geral, esses objetivos gravitam em torno do estímu-lo ao avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. A SBPC exerce uma importante função no sentido de ex-pandir e aperfeiçoar o sistema nacional de ciência e tecnologia, e de divulgar e popularizar a ciência no país.

A realização de uma Reunião Anual, com a participação de entidades cien-tíficas, é uma das ações promovidas para alcançar os objetivos. Esse evento ocorre, tradicionalmente, no mês de julho, há 66 anos, sem interrupção, com seis dias de atividades científico-cul-turais, sempre em uma universidade pública de Estado brasileiro diferente

a cada edição. É considerado o maior evento da ciência nacional, no qual são discutidos os avanços científicos em diversas áreas do conhecimento e são debatidas políticas públicas em ciência e tecnologia. A 1ª Reunião Anual foi re-alizada em outubro de 1949, na cidade de Campinas-SP.

Além de promover eventos de cunho regional e nacional, a SBPC organiza, periodicamente, grupos de trabalho, compostos por cientistas de reno-me em suas áreas, com o objetivo de estudar e apresentar propostas para problemas específicos do Brasil. Ainda há a publicação de informativos, revis-tas e livros, para divulgar pesquisas e socializar os acontecimentos do meio científico.

Organização préviaprévia

Planejamento para 66ª SBPC começou 1 ano e 6 meses antes do evento

“O Acre vai ser vitrine para o Brasil”, disse o reitor da Ufac, Minoru Kinpara, na ocasião da abertura do 1º Encontro Preparatório para a reunião nacional da SBPC, ocorrido numa quinta-feira, dia 31 de janeiro de 2013, na sala da Assessoria do Órgão dos Colegiados Superiores.

A reunião contou com a participação da secretária-geral da Diretoria da SBPC à época, Rute Maria Gonçalves de Andrade; do deputado federal Sibá Machado (PT-AC); do secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Mar-celo Minghelli; da vice-reitora Guida

Aquino; além de professores, parceiros e pesquisadores ligados à organização do evento.

“Nós conseguimos trazer o maior evento científico do país para nosso Estado”, ressaltou Kinpara naquele dia. Durante as fases de organização, ele sempre reiterou que o Estado seria o centro das atenções da comunidade científica e da mídia nacional: “Isso contribuirá para o desenvolvimento das pesquisas científicas em toda a região Norte; queremos fazer o nosso melhor para proporcionar uma boa impressão aos visitantes de todo o país.”

Seguindo essa mesma linha de pensa-mento, a secretária-geral Rute Maria declarou, no 1º Encontro Preparatório, que os olhos do restante do Brasil es-tariam voltados para o Acre. “Já rea-lizamos a reunião da SBPC em outros estados amazônicos”, lembrou. “Con-tudo, será a primeira vez que o Acre sediará o encontro nacional. Os pesqui-sadores conhecem bem a realidade do Amazonas e do Pará, mas conhecem pouco sobre a parte mais ocidental da Amazônia, o Acre.”

Divulgação do eventodo evento

Ufac montou estande na 65ª SBPC, em Recife

Com o objetivo de promover uma apresentação de seus setores, cursos de graduação e pós-graduação, infra-estrutura, unidades acadêmicas, ór-gãos integradores, além de descrição da instituição como um todo, a Ufac esteve presente na 65ª Reunião Anu-al da SBPC, ocorrida na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, com o tema “Ciência para o novo Brasil”.

A Ufac manteve, de 21 a 26 de julho de 2013, em parceria com o governo do Estado do Acre, estande na ExpoT&C para divulgar-se enquanto instituição realizadora do encontro vindouro. Assim, os visitantes puderam conhe-cer, mediante fôlderes, banners, jornal e vídeo institucionais, suas principais características e realizações em ensino, pesquisa e extensão.

Estudantes, professores, curiosos e au-toridades, como o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, visitaram o espaço da Ufac na-quele evento. O estudante do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Bruno Vilar do Nascimento, por exemplo, considerou boa a apresentação da instituição. “É sempre bom participar dessas reuni-ões e discutir um pouco sobre ciência e tecnologia”, disse. “No próximo ano [2014], com certeza, estarei no Acre”. Já Bruna Mendes, aluna da Faculdade Santa Terezinha, de São Luís, no Mara-

nhão, declarou que, pelas informações que viu sobre a Ufac e sobre o Estado do Acre, teve vontade de conhecer a região e a universidade acriana.

Discurso da vice-reitora da Ufac

O encerramento da 65ª SBPC, entre ou-tras coisas, foi marcado pelo discurso da vice-reitora da Ufac e coordenadora da Comissão Executiva Local (CEL) da 66ª SBPC. Naquela noite de 26 de julho de 2013, no teatro da UFPE, Guida apresentou um vídeo produzido pela Assessoria de Comunicação da Ufac, o qual mostrava como era a instituição em seus “campi” de Rio Branco e de Cruzeiro do Sul. A solenidade contou com a participação da presidente da SBPC, Helena Nader; do reitor da UFPE, Anísio Brasileiro; além de estudantes, pesquisadores e professores de diver-sas instituições de ensino superior do país.

“Será a quarta Reunião Anual que acontecerá na região Norte e o Acre, consequentemente, estará receben-do pela primeira vez este grandioso evento, desde que teve início, com a 1ª reunião, em Campinas, no ano de 1949”, rememorava Guida em seu dis-curso, pelo qual ela também destacou a aproximação e interação efetiva que um encontro desse porte proporciona a professores, estudantes e pesquisado-res, entre outros envolvidos em ativida-des de ciência e tecnologia.

“Assim, de uma maneira mais geral, tudo que acontece no campo de uma Reunião Anual da SBPC proporciona uma ampla refl exão sobre os rumos do nosso país”, continuava a vice-reitora. “E essa refl exão é fundamental, pois o Brasil ainda é marcado pela desigualda-de. Desde a desigualdade econômica e social até a própria desigualdade cien-tífi ca e tecnológica, que, evidentemen-te, se manifesta em todos os espaços nacionais.”

Ainda segundo Guida, a realização da 66ª SBPC no Acre implicava num ato de extrema importância para o Estado. “É de um simbolismo sem tamanho para a refl exão do papel que a ciência e a tecnologia têm para o Brasil, tão grande, tão diversifi cado, marcado por sua cultura e imensidão de recursos naturais”, completava. Também fez um convite a todos para participar do evento no Acre.

Secretaria geralgeral

Preparo estrutural começou com inau-guração da Secretaria Geral

A Ufac começou a preparar-se estrutu-ralmente para sediar a 66ª SBPC quan-do foi inaugurada a sala da Secretaria Geral da Comissão Executiva Local (CEL) do evento, no dia 21 de agosto de 2013, a qual funcionaria como polo aglutinador de todos os trabalhos das comissões e subcomissões organizado-ras da Reunião Anual.

Participaram da solenidade de inau-guração o reitor Minoru Kinpara, a vice-reitora Guida Aquino e o secretá-rio de Estado de Ciência e Tecnologia, Marcelo Minghelli, além de pró-reitores, professores e servidores técnico-admi-nistrativos. A sala foi equipada com um pequeno auditório para uso de proje-ção de slides, mediante “data show”; mesa de reunião; computadores com acesso à internet; mesas de chefia e recepção.

Kinpara lembrou, naquele momento, que a Ufac incrementava sua infraes-trutura para sediar o maior evento da ciência nacional, com a realização de várias reformas e obras no campus de Rio Branco. Ele referia-se a recupe-ração de calçadas, troca do piso de passarelas (com o objetivo de melhorar a acessibilidade), climatização de salas de aula, pintura de prédios e blocos, entre outras coisas. “Queremos fazer o melhor para proporcionar uma boa im-pressão aos visitantes de todo o país”, destacou. “Temos tudo para fazer um grande evento. Para isso, peço a cola-boração e o empenho de todos.”

Já a vice-reitora Guida Aquino enfati-zou a parceria com a Comissão Exe-cutiva Central (CEC) da SBPC. “Essa comissão nos ajudará bastante, já que tem o ‘know-how’ de 65 anos na orga-nização do evento”, disse. “Tudo o que decidirmos será apresentado à CEC, que dará o aval para execução das

ações de organização.”

Inclusive, três temas para a SBPC no Acre estavam definidos e seriam sub-metidos à CEC para seleção. Eram eles: “Ciência para uma Amazônia Produtiva e Sustentável”; “O Papel da Ciência e Tecnologia numa Amazônia sem Fron-teiras”; e “O Papel da Ciência e Tec-nologia na Diversidade Amazônica”. Um dos temas figuraria em material de divulgação do evento.

Simultaneamente, a organização da reunião já contava com a participação de 120 servidores da Ufac, entre profes-sores e técnico-administrativos, distri-buídos em comissões e subcomissões.

Cartaz e Temae Tema

SBPC defi niu tema para 66ª Reunião Anual

A SBPC escolheu, no dia 27 de agosto de 2013, o tema da 66ª Reunião Anu-al. A Comissão Executiva Local (CEL) encaminhou, no dia 21, para a Comissão Executiva Central (CEC), em São Paulo, os temas “Amazônia Produtiva e Sus-tentável”, “O Papel da Ciência e Tecno-logia numa Amazônia sem Fronteiras” e “O Papel da Ciência e Tecnologia na Diversidade Amazônica”.

A temática escolhida pela CEC, com algumas adequações, foi “Ciência e Tecnologia em uma Amazônia sem Fronteiras”. Com o tema defi nido, a Ufac daria início à produção do mate-rial gráfi co ofi cial que seria utilizado na divulgação do evento.

O processo para a escolha dos três temas encaminhados à CEC implicou numa discussão interna que contou com a participação dos centros dos “campi” de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, dos cursos de pós-graduação, do Parque Zoobotânico (PZ), da Unidade de Tecnologia de Alimentos (Utal) e dos professores e técnico-administrati-vos do Colégio de Aplicação (CAP).

Cartaz

Uma vez defi nido o tema “Ciência e Tecnologia em uma Amazônia sem Fronteiras”, a Subcomissão de Comu-nicação Visual do evento tratou de ela-borar propostas visuais do cartaz que identifi caria a 66ª SBPC para o mundo.

O lançamento do cartaz elaborado e impresso ocorreu no dia 10 de outubro de 2013, na sala da Secretaria Geral, com a presença da presidente e do secretário-geral da SBPC, Helena Nader e Aldo Malavasi; da vice-reitora, Guida Aquino; além de autoridades locais, pró-reitores, professores e técnico-ad-ministrativos.

A arte gráfi ca do cartaz incorporou ele-mentos regionais para ilustrar a Ama-zônia Continental, presente em nove países da América Latina. Verifi cam-se, na imagem, elementos cotidianos de tecnologia, da ciência e da cultura re-gional associados à riqueza da fl oresta e sua biodiversidade.

Também foi idealizada uma malha exata de 66 linhas, que fazem alusão ao número de edições da reunião. Linhas e colunas são conectadas por pontos e setas, expressando a ideia de disse-minação do conhecimento que seria gerado.Ciência e T ecnologia

em uma Amaz ônia sem Fr ont eir as

Ciência e T

Vistoria do campuscampus

Presidente e secretário-geral da SBPC visi-taram a Ufac

A presidente da SBPC, Helena Nader, e o secretário-geral da entidade, Aldo Mala-vasi, vieram de São Paulo para vistoriar o campus e verificar o andamento das fases de organização da 66ª SBPC, no dia 9 de outubro de 2013.

O objetivo da visita também incluiu o re-conhecimento da estrutura da universida-de e o reforço do planejamento geral que estava sendo realizado. Um passeio pelo campus de Rio Branco possibilitou a ade-são de novas ideias ao projeto que tornaria possível a realização de mais uma Reunião Anual da SBPC. “O Acre é um pedaço do Brasil que nos emociona”, disse Helena, re-ferindo-se à expectativa gerada pela Ufac ao sediar o evento. “Tenho certeza que será incrível.”

A vice-reitora e, na ocasião, reitora em exercício da Ufac, Guida Aquino, falou sobre a motivação que a equipe estava manifestando, devido à magnitude de rea-lizar um evento científico que é referência para o país e para o mundo. “O Acre está preparado”, declarou. “A Ufac está prepa-rada para realizar um trabalho que marque sua história.”

Malavasi se referiu à relação da Ufac com a comunidade externa. “Chegou o momento de a população perceber o quanto a uni-versidade é importante, já que, em 2014, terá a presença de pesquisadores, estu-dantes e profissionais de todo o mundo, além de muitas outras novidades em seu cronograma”, comentou.

Parcerias

Apoio municipal

Ufac e SBPC estabeleceram parceria com Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco foi uma das parceiras da SBPC e da Ufac na realiza-ção da 66ª SBPC. No dia 10 de outubro de 2013, o prefeito Marcus Alexandre recebeu Helena Nader e Aldo Mala-vasi (presidente e secretário-geral da SBPC), juntamente com a coordenado-ra da Comissão Executiva Local (CEL) e vice-reitora, Guida Aquino, e sua equi-pe.

Nesse encontro, foram abordados de-talhes da parceria. O prefeito destacou que a reunião da SBPC deixaria um le-gado para o Estado e garantiu o apoio logístico necessário para a realização do evento. Ficou acertado que os pro-fessores municipais seriam qualificados e que nos estandes da Expo T&C e SBPC Cultural seriam expostos projetos da prefeitura.

“Esse evento é uma grande oportuni-dade para Rio Branco, que vai receber cientistas de várias partes do mundo e que vão deixar aqui parte de seus conhecimentos, inovações científicas e tecnológicas”, ressaltou Marcus Alexan-dre. “A qualificação de nossos profes-sores dentro desse evento vai resultar numa melhor qualidade do ensino em nossas escolas.”

Por sua vez, Guida Aquino disse que as reuniões da SBPC impactam as cidades

e garantem ciência de ponta para as instituições. “Todos ganham, por isso é importante que os gestores, como o governador Tião Viana e o prefeito Marcus Alexandre, se envolvam e sejam parceiros nessa jornada”, lembrou.

Apresentação de demandas

Posteriormente, a Ufac apresentou à Prefeitura de Rio Branco, no dia 31 de janeiro de 2014, na sede da Secretaria Municipal de Educação (Seme), as de-mandas de infraestrutura para a realiza-ção da Reunião Anual.

Esperava-se uma circulação de, apro-

ximadamente, 8 mil pessoas em cada dia do evento, sendo 2.500 de fora do Estado. Por isso, a Ufac necessitava do apoio da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Ur-banos (Semsur), da Superintendência de Transporte e Trânsito de Rio Branco (RBTrans) e da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), para garantir um “ambiente favorável e agradável”, como pediu o secretário-geral da SBPC, Aldo Malavasi. “A Ufac está fazendo um trabalho excepcional, por isso é neces-sário o apoio decisivo da prefeitura”, concluiu.

Segundo o vice-prefeito Márcio Batista,

aquele era um momento histórico para a univer-sidade e a 66ª SBPC enobreceria a cidade de Rio Branco; o evento, através de um resultado exitoso, levaria o nome do Acre para o mundo. “Esse vai ser o maior evento de ciência e tec-nologia já realizado na Amazônia e nós vamos, sim, envolver a prefeitura”, disse.

Apoio governamental

Governador declarou 2014 como ‘Ano da Ciên-cia e Tecnologia’

Devido à realização da Reunião Anual da SBPC no Acre, o governador Tião Viana instituiu 2014 como o “Ano da Ciência e Tecnologia”, por meio do decreto governamental n° 6.951, assinado na tarde do dia 31 de janeiro, na Casa Civil.

Participaram do ato de assinatura o secretário-geral da SBPC, Aldo Malavasi; o reitor e a vice--reitora da Ufac, Minoru Kinpara e Guida Aquino; o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Marcelo Minghelli; o diretor-presidente da Fun-dação de Ciência e Tecnologia do Acre (Fun-tac), Luís Augusto Mesquita; e a chefe da Casa Civil em exercício, Nazareth Araújo Lambert.

Para Malavasi, essa Reunião Anual faria história. “O entusiasmo que tenho encontrado na Ufac e nos parceiros é grande”, declarou. “O esforço é mostrar ao acriano a melhor ciência brasileira que está sendo feita hoje.”

O governador Tião Viana falou, naquele dia, que a 66ª SBPC seria uma celebração e que o povo acriano é muito receptivo: “Não há lugar onde a hospitalidade seja maior do que no Acre. Todos estarão empenhados. Com apoio permanente e intenso, espero que o resultado seja muito

bom.”

O reitor Minoru Kinpara agradeceu o apoio do Governo do Estado e falou que não existiria possibilidade de reali-zar um ótimo evento sem as parcerias. “Queremos fazer um evento que orgu-lhe nosso Estado e a Ufac”, destacou. “Estamos muito empenhados para fazer uma das melhores reuniões da SBPC que o país já teve.”

De acordo com o decreto, ficava de-clarado que as atividades a serem desenvolvidas durante o exercício de 2014, visando à concretização do “Ano da Ciência e Tecnologia”, seriam coor-denadas pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect), Funtac e Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac), contando com o apoio das demais secretarias, fundações e autarquias do Estado.

Busca de apoio em Brasília

Além das parcerias com a Prefeitura de Rio Branco e com o Governo do Es-

tado, a Ufac se mobilizou para buscar apoio em Brasília, no sentido de forta-lecer a realização da 66ª SBPC. Desse modo, no dia 20 de março de 2014, com reuniões articuladas pelo depu-tado federal Sibá Machado (PT-AC), o reitor Minoru Kinpara, a vice-reitora Guida Aquino e o pró-reitor de Plane-jamento, Alexandre Hid, estiveram na capital federal.

Um dos encontros ocorreu na Caixa Econômica Federal, com o superinten-dente nacional de Patrocínios, Gerson Bordignon. A comitiva da Ufac fez a apresentação do evento. Outros patro-cínios também foram pleiteados junto ao Banco do Brasil, à Petrobras e aos Correios. Além disso, foram feitos con-tatos com a TAM e a Gol para negociar o aumento do número de voos durante os dias da Reunião Anual. Houve, ainda, audiência com o secretário de Teleco-municações do Ministério das Comu-nicações, Maximiliano Martinhão, para garantir o fortalecimento e a manuten-ção das redes de telefonia na Ufac.

Abertura

Teatro Universitário lotado

Grande público prestigiou cerimônia de abertura da 66ª SBPC

Fazer a 66ª SBPC acontecer implicava numa série de providências relaciona-das à infraestrutura, como montagem de espaços e preparação de salas, além de manutenção e limpeza; alojamento, hospedagem e alimentação; transporte e recepção; segurança e trânsito; infor-mática e equipamentos audiovisuais; saúde etc.

Finalmente, após inúmeros contatos institucionais, parcerias e reuniões promovidos pelas comissões e subco-missões instituídas para organizar e dar suporte ao evento, chegou o momento de abertura da 66ª SBPC, ocorrida na noite de 22 de julho de 2014, no Teatro Universitário, que estava ocupado por aproximadamente 1.500 pessoas.

A solenidade contou com a presença da presidente da SBPC, Helena Nader; do reitor da Ufac, Minoru Kinpara; da vice-reitora da Ufac, Guida Aquino; do Ministro da Ciência e Tecnologia, Clelio Campolina Diniz; do secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Acre, Marcelo Minghelli; do prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre; da presidente da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), Tamara Naiz; além de representantes do Ministério da Defesa, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnoló-gico (CNPq), da Coordenação de Aper-

feiçoamento de Pessoal de Nível Supe-rior (Capes) e de demais autoridades.

O reitor da Ufac ressaltou, em seu discurso, a importância da ciência e da tecnologia para diminuição das diferenças regionais. “Temos um país continental, com múltiplas realidades. A ciência e a tecnologia são impres-cindíveis para o progresso do Brasil. O legado que a SBPC deixará para a Ufac

é o de aproximar a ciência e a tecno-logia do cotidiano e da vida das pes-soas”, disse. Ele agradeceu a presença de cientistas, estudantes, professores, pesquisadores, desejando um ótimo evento a todos e ressaltando que a Ufac os receberia com “muito carinho e hospitalidade”.

A presidente da SBPC, Helena Na-der, destacou que o tema do evento,

“Ciência e Tecnologia em uma Ama-zônia sem Fronteiras”, era bastante pertinente à região. “A Amazônia tem uma riqueza natural que transborda as delimitações da geografia política, já que esse acervo do planeta é cada vez mais reconhecido como imprescindí-vel à preservação das espécies vivas. É nesse imenso laboratório natural em que se integra o Acre e sua capital, Rio Branco, onde vamos realizar a 66ª Reu-nião Anual da SBPC”, ressaltou.

Atividades

Por padrão, além da programação científica, todas as reuniões anuais da SBPC contam com uma programação permanente, integrada pelas atividades denominadas Sessão de Pôsteres e Jor-nada Nacional de Iniciação Científica (JNIC); SBPC Jovem; SBPC Cultural; e Expo T&C. Confira suas descrições:

Sessão de Pôsteres e JNIC: constituem oportunidades para que estudantes de graduação ou mesmo do ensino mé-dio e profissionalizante exponham e apresentem seus trabalhos científicos, mediante aprovação e inscrição prévia.

SBPC Jovem e Mirim: destina-se a es-tudantes do ensino básico (fundamen-tal e médio) e profissionalizante. Suas atividades são gratuitas, de acesso livre e abertas ao público em geral. Têm por objetivo despertar o interesse dos jovens pela ciência e tecnologia.

SBPC Cultural: envolve o meio artístico, com atividades culturais que enfatizam a expressão regional. Sua programação é composta por shows musicais, exibi-ção de vídeos, apresentação de peças de teatro, feira de produtos artesanais e praça de alimentação com pratos típicos da região etc.

Expo T&C: trata-se de uma mostra de ciência, tecnologia e inovação, feita em estandes. Reúne centenas de exposito-res, entre universidades, institutos de pesquisa, instituições governamentais, agências de fomento e organizações interessadas em apresentar novas tec-nologias, produtos e serviços.

Para esta edição da Reunião Anual, destacaram-se como novidades o Dia da Família na Ciência, a SBPC Indígena, a SBPC Extrativista e a participação de associações científicas estrangeiras:

Dia da Família na Ciência: tratou-se de uma atividade, com eventos na SBPC Jovem e na Expo T&C, cujo objetivo foi o de chamar a atenção da família e do público em geral para a Reunião Anual, tornando-a mais popular e mostrando a presença da ciência no cotidiano das pessoas.

SBPC Indígena: espaço para debates sobre questões alusivas aos povos indí-genas. Temas como ciência, educação e saúde indígenas estiveram na pauta das propostas para discussão. Também houve oportunidade para apresenta-ções musicais e realização de rituais de índios do Brasil, da Bolívia e do Peru.

SBPC Extrativista: oportunidade para mostrar e discutir ciência e tecnologia voltadas para o extrativismo, com o objetivo de unir experiências acadê-micas e tradicionais para o desenvol-vimento sustentável das comunidades dessa área, bem como propor desafios e estratégias para superá-los.

Associações científicas estrangeiras: entre as novidades, incluiu-se a partici-pação no evento de associações cientí-ficas estrangeiras. Integraram essa liga para o progresso da ciência a Associa-ção Chinesa para a Ciência e a Tecno-logia (China Association for Science and Technology — Cast); a Associação Europeia para a Ciência (EuroScience — ES); o Congresso de Associações de Ciência da Índia (Indian Science Con-

gress Association — Isca); e a Asso-ciação Americana para o Avanço da Ciência (American Association for the Advancement of Science — AAAS).

Essa programação científica e cultural constituiu-se em espaços privilegiados para debates, reflexões críticas, pro-dução e difusão de saberes que movi-mentaram a comunidade acadêmica, as escolas públicas e particulares, outras instituições de ensino superior, pro-fissionais liberais e a comunidade em geral.

Estrutura da Expo T&C

A Expo T&C foi uma atividade da 66ª Reunião Anual da SBPC abrigada numa tenda de 4.200 metros quadrados, a qual se localizou em frente à BR-364. O material para montagem da tenda chegou ao campus de Rio Branco no dia 9 de junho de 2014, transportado em duas carretas vindas de São Paulo. A Expo T&C constituiu o maior local para mostra de ciência, tecnologia e inovação do evento. A tenda reuniu, em ambiente climatizado, centenas de expositores.

O Departamento de Estradas de Ro-dagem, Hidrovias e Infraestrutura (Deracre) realizou a terraplanagem e drenagem dos mais de 6 mil metros quadrados que abrangeram o espaço da Expo T&C, assim como executou a abertura do acesso ao Parque Zoobo-tânico (PZ) para a realização da SBPC Jovem e Mirim e também da SBPC Indígena.

Segundo a vice-reitora Guida Aquino, o local em que foi erguida a Expo T&C será utilizado, posteriormente, para a construção da pista olímpica de atle-tismo da Ufac, beneficiando, principal-mente, o curso de Educação Física da instituição.

Culinária regional

Praça de alimentação reuniu 39 exposi-tores na Reunião Anual

Na 66ª SBPC, a praça de alimentação ficou localizada na quadra de esportes do bloco do curso de Educação Física. O espaço contou com 39 barracas que ofereceram pratos da culinária tradicio-

nal acriana e amazônica.

Os expositores fizeram parte do pro-grama estadual Economia Solidária. Trinta e dois deles ofereceram comi-das salgadas e sete dedicaram-se aos doces. A barraca Doces Tropicais, por exemplo, apresentou doces de frutas regionais, fabricados artesanalmente. “Nosso objetivo é mostrar os bombons de cupuaçu, de castanha e o salame de cupuaçu”, disse a vendedora Paula Fer-reira. “As pessoas têm nos procurado para conhecer esses produtos.”

Jussara Coelho e José Fernandes, estudantes de Física da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), campus Parintins, vieram ao Acre para apresen-tar trabalho na seção de pôsteres da feira científica. Além do interesse pela culinária, a SBPC tem proporcionado trocas de experiências culturais.

Fernandes participou de sua primeira reunião e considerou-a muito interes-sante, pois o encontro com pessoas de outros lugares promoveu o comparti-

lhamento e a difusão de ideias. Para o estudante, a cultura acriana é parecida com a amazonense. O que pode dife-renciar os dois estados é a diversidade cultural.

Alguns pratos típicos chamaram a atenção dos visitantes, como a “baixa-ria”, comida que integra pão de milho, ovos, carne moída e cheiro verde. Outra comida que chamou atenção dos par-ticipantes foi a carne seca. “A baixaria é diferente, eu gostei. Mas a carne-seca é muito gostosa. No Amazonas, essa é uma comida elitizada; nem todo mundo tem acesso e a gente não encontra nos supermercados com muita frequência”, contou a estudante Jussara Coelho.

De acordo com a coordenadora do programa Economia Solidária, Edna Paro, circularam, diariamente, na praça de alimentação, uma média de 3 mil pessoas. Os comerciantes comemora-ram as vendas na 66ª SBPC. Segundo a coordenadora, um vendedor de tapio-cas, por exemplo, utilizou 25 quilos de goma de mandioca por dia.

Economia Solidária

Associação de Mulheres do 2º Distrito produziram 5 mil bolsas recicladas

Com o objetivo de fomentar o comér-cio local e a geração de emprego e renda, o programa Economia Solidária, além da praça de alimentação, realizou atividades de artesanato, jardinagem e produção de bolsas a partir de material reciclado, as quais foram distribuídas aos participantes inscritos na 66ª SBPC. Um total de 5 mil bolsas foram confec-cionadas pela Associação de Mulheres do 2º Distrito, demonstrando a contri-buição dessa entidade para a inclusão

social e a preservação do meio ambien-te.

A associação arrecadou lonas e ban-ners usados por instituições públicas e particulares no Estado e na capital. Com essa matéria-prima, as costurei-ras do 2º Distrito trabalharam na pro-dução das bolsas. Além disso, a Ufac, em parceria com a Coordenadoria do Trabalho de Economia Solidária e a cooperativa Catar, promoveu a coleta seletiva de materiais recicláveis (papel, plástico, metal e vidro) durante os dias do evento.

As atividades da Feira de Economia Solidária consistiram em sucesso de

público e de renda para pequenos em-preendedores. Foram 79 participantes na área do artesanato; 39 na praça de alimentação; e quatro grupos em jar-dinagem. Eles representaram diversos municípios do Acre, entre os quais, Bra-sileia, Epitaciolândia, Assis Brasil, Porto Acre, Sena Madureira, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Feijó e Manuel Urbano.

A Ufac contou com a parceria da pre-feitura municipal, do governo do Esta-do, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e de outras entidades na realização des-sas atividades na Reunião Anual.

Participação da casa

Professores da Ufac marcaram presen-ça na apresentação de trabalhos

Pesquisadores Ufac apresentaram 46 trabalhos durante a 66ª Reunião Anual. Eles discutiram temas como “Proteção das invenções biotecnológicas”; “Ser-pentes peçonhentas e acidentes ofí-dicos no Brasil”; “Amazônia: o desafio da formação e fixação de doutores”; “Fósseis do cenozoico do Acre: uma janela paleobiológica na Amazônia Oci-dental”, entre outros.

Na programação científica geral, regis-traram-se 190 atividades, com a parti-cipação de pesquisadores renomados do Brasil e do exterior, e gestores do sistema estadual e nacional de ciência e tecnologia. Ocorreram 50 conferências;

55 mesas-redondas; 55 minicursos; 30 assembleias, encontros e sessões espe-ciais (veja quadro completo a seguir). A programação da 66ª Reunião Anual

da SBPC foi preparada com o objetivo de levar aos participantes um pano-rama amplo do que melhor se faz em ciência hoje no Brasil e no Estado do Acre.

Entre outros temas que foram debati-dos nas conferências, figuraram, ainda, “Ciência e tecnologia: imperativo para o desenvolvimento brasileiro”; “Reser-vas extrativistas 25 anos depois”; “O Brasil no espaço: as aplicações e os serviços oferecidos por satélites”; “Bio-diversidade e sociedades tradicionais na Amazônia”; e “O uso de animais em pesquisas e no ensino”.

Entre os temas discutidos nas mesas--redondas, estiveram: “Os impactos so-cioambientais da exploração de petró-leo e gás de xisto no Acre”; “O marco civil da internet” etc.

[Quadro]A 66ª SBPC em números

InscritosTotal de participantes inscritos: 6.531Moradores do Acre: 3.446

Público circulanteProgramação científica: 16 milSBPC Jovem e Mirim: 13 milExpo T&C: 10 milDia da Família na Ciência: 4 milSBPC Indígena: 3 milSBPC Extrativista: 3 milTOTAL: 49 mil

Programação científicaAssembleias, encontros e sessões espe-ciais: 30Conferências: 50Mesas-redondas: 55Minicursos: 55TOTAL: 190

SBPC Jovem e MirimOficinas: 28Minicursos: 25Palestras e mesas-redondas: 9Trilha do seringueiro: 20Papo jovem: 8Tendas1: 10TOTAL: 109

SBPC Indígena

1 Tendas com diversas atividades: Pla-netário do Mast, Programa AEB Escola, Mostra Sesc Ciência-Energia, Museu Itinerante Ponto UFMG, Circo da Ciência, Jogos Educacionais Digitais, BiblioSesc, Vivenciando a Biologia e a Química etc.

Conferências: 11Mesas-redondas: 24Encontros: 10Atividades culturais: 8Exposições, mostras de artesanato, pin-tura, fotografia, vídeos e banners: 9TOTAL: 62

SBPC ExtrativistaMesas-redondas: 4Roda de conversa: 1Minicursos: 3Exposições, visitas, exibição de vídeos: 6TOTAL: 14

Dia da Família na CiênciaTendas2: 10Palestras: 9TOTAL: 19

Expo T&CExpositores: 29Área total: 4.200 m2

Funcionamento: das 10h às 19hPúblico circulante diário: 3 mil

Apresentação de trabalhos científicosProgramação científica: 1.139SBPC Jovem: 120

2 Idem.