sem anario noticioso, litterario e a-gricola · u rua de jose maria dos santos a l l)e (ia l l w ia...
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1 ANNO DOMINGO, 30 DE OUTUBRO DE 1901 Ar.c 14
SEM A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A -G R IC O L A
A ssij^náhihAnno, iSooo réis; semestre, Soo réis. Pagamento adeantado. H Na cobrança pelo correio, accresce oprem io do vale, ^Avulso, no dia da publicação, 20 réis,
EDITOR— José Augusto SaloioU RUA DE JOSE MARIA DOS SANTOS
A L l ) E ( i A L L W i A
P u b lic a ç õ e sAnnuncios— 1.® publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,
A 20 féis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial, Os auto- « graphot não se restituem quer sejam ou não publicados.
PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio
EXPEDIENTE
A c c e ita m -se com g r a t id ão «gsjaesquer n o t ic ia s q u e sejam «le in t e r e s s e p u b lic o .
Á ALIMENTACAO
MODERNA
Queixam-se todos do enfraquecimento gradual que a nossa raça tem experimentado.
Uma das causas primor- diaes dessa degenerescen- cia é a má alimentação e as falsificações que abusivamente se tem introduzido nas substancias alimentares.
(3 pão e o assucar lá vêm misturados com o gesso; a manteiga junctamente com a margarina faz a delicia dos amadores de torradas; o azeite misturado com oleos de diversas qualidades ; o café lá vêm com a cevada (e isso ainda é o menos!); o vinagre é o nome de baptismo que toma o acido acético impuro; o vinho só Deus sabe quantas drogas contém; o leite... com agua, quando não é cousa peior; emfim tudo isto, sem fallarmos noutros alimentos, taes como o chocolate, queijos, etc., etc.; constitue a nutri- cção dos pobres nos tempos actuaes.
Quer dizer, transforma- se o estomago da pobre humanidade, numa drogaria de primeira ordem!
E ainda querem que os homens sejam robustos!
Além dos factores que acima apresentamos em rapida resenha, teremos ainda de accrescentar o ar, contaminado pelos produ- ctos de combustão das in- numeras fabricas e a agua inquinada de quantas im- mundicies ha!
Pobre humanidade!
J. A í S.
INSTRUCÇÃO E EDUCAÇÃO
Instruir é ministrar um instrumento que pode perder ou salvar a sociedade,
mas instruir, educando, isto é, desenvolver os dotes physicos e intellectuaes da infancia, educando-a ao mesmo tempo nos grandes princípios da moralidade e justiça, da liberdade e b jne- íicencia, é árchitectar o grande edifício do futuro social, é lánçar á terra the- souros inexgotaveis, é caminhar sereno com osblhos íitós na estrella rutilante do verdadeiro Progresso é alimentar e vivificar a seiva da viridente e frondosa arvore do Bem, é em summa contribuir poderosamente para a felicidade das famílias e dos povos.
A familia é o sacrario onde a creança recebe os primeiros elementos educativos; e é a mãe que tem a seu cargo essa missão nobilíssima.
E’ ella que ama, e mais do que ninguém, o ente querido que traz no seio antes de o vêr e conhecer, formando com elle como que a mesma homogeneidade e alimentando-o com o seu proprio alimento. E que seria a familia sem a mãe?
Seria templo sem altar ou altar sem imagem; jardim sem flores ou flores sem aroma; céo sem estrel- las ou estrellas sem scintil- lações.
E’ circumscripto o hori- sonte da mulher, e todavia, nada mais nobre, mais digno, nem mais sublime do que 0 papel que ella, como mãe, tem a desempenhar na grande esphera social.
Ella não é chamada ás controvérsias do foro, em que se debatem questões mais ou menos graves, todas tendentes a fazer trium- phar a justiça, a restabelecer o equilíbrio social; não defende nos campos de batalha, expondo o peito ás balas, os direitos e a autonomia da patria:— tudo isso pertence ao homem, que symbolisa a coragem, a força, o heroísmo, a aspiração á gloria, conseguindo ás vezes que a posteridade lhe levante o monumento da sua immortalidade.
Onde não reina plenamente o doce equilíbrio da paz e da harmonia, deslocada estará a mulher, cuja
essencia symbolisa a personificação da tranquillidade. E é sobretudo no lar domestico onde se gosa esse socego intimo, salutar; é ahi que a mãe, esse con- juncto de caricias, de dis- velos, de abnegação, inspira no espirito da creança as primeiras noções da verdade e da moral mais pura.
A mãe com o filho ao <joIlo atíirma que com prebende a sua missão, que maó declina o seu direito, nem se, exime ao seu dever; e é sublime, é grandioso, é encantador, vêr essa dualidade divina em que parece estabelecer-se uma corrente magnética de amor, de sentimentos homogeneo,s, porque, se a creança chora, vereis lagrimas nos olhos da mãe ; se sorri, vereis assomar aos' labios da mãe um sorriso de amor e de contentamento; se adoece, vereis a mãe desatar-se em dedicações e carinhos, passando noites veladas ao pé do filho, sacrificando o socego e a saude, sem nunca soltar um queixume, nem manifestar um enfado, e tendo unicamente em vista o restabelecimento do seu filho querido!
E’ que a mãe é o anjo tutelar da creança; é o in- termedio entre o filho e a Providencia; é o anjo das lagrimas com que tantas ve/.es escreve sobre o rosto do filho o amor ardentíssimo que lhe consagra; é a aurora que illuminà; é o vulto meigo, sympathico, que acaricia.
Cada palavra, cada idéa, cada pensamento da mãe, fica tão profundamente gravado no espirito da creança que ella chega a pensar pelo pensar da sua mãe, a fallar pelo seu fal- lar e a obrar por seu exemplo.
E’ sublime, é nobre, é grandioso o sacerdocio da mulher; assim como é grave a sua responsabilidade moral quando ella, como mãe, tem de educar aquel- las cêras molles que se adaptam ás impressões de qualquer sello que se lhes ap- plique, porque é então n’a-
quelle periodo em que a creança desponta para a sida, que se formam génios, caracteres e convicções.
Nada é estacionario no mundo physico, e o homem, acompanhando as evoluções da natureza, cresce, robustece-se, e se tem a infelicidade de ceder cegamente aos prazeres perniciosos, ás desordens e decepções de que está semeado o prado social, não ha voz, não ha palavras sufii- cientemente poderosas, não ha um EU TE PEÇO lacrimoso de mãe adorável, não ha conselhos efificaz- mente salutares, que o arranquem dessa desorientação que, levando-o de orgia em orgia, de desregramento em desregramento, despenha-o num abysmo de perdição, de que só a morte vem por fim des- prendel-o.
Quantas lagrimas pun- gentissimas não derramará aquella que é verdadeiramente mãe, quando vê perdido para sempre o seu filho querido!
Como a haste que só deixa morrer a flor á mingua de seiva morrendo com ella, a mãe, só não salvará o filho, quando, esgotados todos os recursos e perdidas todas as esperanças, vê tambem fugir-lhe o contentamento, a alegria e osocego.
Como se vê, é no seio da familia que se lançam os alicerces do edifício da educação moral, e é na escola que se continua e conclue esse edifício, ministrando- se ao mesmo tempo a instrucção propriamente dita.
*
A historia da humanidade, dividindo-se em varios periodos, maniíestaqueem cada um d elles, houve uma feição característica do estado da sua civilisacão.. y
Assim, em uns predominava a guerra, guerra sem tréguas, cruentissima, devastadora, em que os fortes e os poderosos invocavam como direito a força e poderio, conquistando á custa destes dois elementos os territorios com que constituíam nacões.
Em outros, iniciaram-se e completaram-se os descobrimentos que eram como que o complemento das conquistas e o termo das suas aspirações.
Noutros, saudava-se en- thusiasticamente a aurora da litteratura e da scien- cia, desses dois beneficos e salutares factores que, ao passo que estabeleciam o equilíbrio no mundo social em bases mais seguras, iam fomentando e preparando o periodo da Renascença, que foi presenteado com tres inventos capitaes: — a polvora, o papel e a bússola. A bússola preparou-a a descoberta; o papel preparou a imprensa; a polvora preparou a conquista.
Eis os tres grandes agentes que conquistaram para a sciencia novos horison- tes, para as lettras novos esplendores, para a sociedade novas aspirações.
Albuquerque, Guttem- berg, Magalhães: — eis a trindade venerável que revolucionou e impulsionou o mundo scientifico e litte- rario, dilatando luminosamente os âmbitos do mundo moral e intellectual. De todas as tres invenções a mais notável é incontestavelmente a imprensa, porque com ella baratearam-se os livros; deu-se curso universal e immortal ao pensamento; a sciencia come- cou a assomar a cabeca> > ora ás frestas das cellas dos conventos, ora ás ameias de algum casteilo feudal; a instrucção, percorrendo todas as camadas da grande montanha humana, começou a diffundir torrentes e torrentes de luz, e como consequencia logica a civi- lisação abria as suas portas a um mundo novo, avido de luz, como a ave rompendo o ovo que a encerra, como a chrysallida metamorphoseando-se em borboleta.
Foi assim que raiou o crepusculo matutino do seculo X V I, e que expirou a «edade media». Ao impulso energico e habil de D. JoãoII, auxiliado pela aura popular, os grilhões do feudalismo haviam começado a cahir despedaçados e sobre
2 O D O M I N G O
as suas ruinas levantou-se, magestoso e soberbo, um novo edificio social. A sociedade entrou numa era brilhantíssima em que as conquistas do genio substituíam vantajosamente as «conquistas da força, fazendo com que a força do direito triumphasse do direito da força, com que não houvesse fortes e fracos, vencidos e vencedores, e com que todos fossem eguaes perante a lei e com um só
. direito : — o amor universal!
Esse raiar de uma nova civilisacão era o desenvot-
y
vimento pausado e regular da sciencia, das lettras, das artes e do progresso.
Era o primeiro relâmpago de uma tempestade de luz; era o genio convidando para a immortalidade. E’ assim que nós vemos Bartholomeu Dias, o ousado navegador, Phebo Moniz, o illustre patriota e orador eloquente, e Luiz de Camões, o egregio cantor das glorias da patria, immortalisarem seus nomes que figuram brilhantemente nas paginas da nossa historia.
*
Diffunda-se em todas ascamadas sociaes a educa-cão e a instruccão; contri- .* > >bua quanto possivel cada um em sua esphera para a felicidade dos povos, que assenta naquelles dois princípios; e levantemos jubilosos eenthusiasmados este brado que synthetisa as nossas aspirações e que symbolisa o labaro da civilisacão : —>
Salvé, estrella reluzentis sima do Progresso!!
M e n d e s P i n h e i r o
ínfimos
Os infimos e desprezíveis correspondentes d’ 4 Folha da Tarde e Vanguarda não podem defender-se da tremebunda re- primenda que lhes applicá- mos, e por tal motivo andam aparvalhados, confiando o segundo a sua defeza
a um sr. doitor da Vanguarda, para assim sair um pouquito mais airoso...
Coitaditos! Quizeram semear ventos e não gostaram de colher tempestades!. ..
Vamos lá primeiramente chicotear as faces* relaxadas e sujíssimas do correspondente dVI Folha da Tarde. Este K . Gd Pitos, insinua torpemente que o proprietário deste semanario já habitou o edificio do Largo da Caldeira, como se fosse deshonra softrer prisão correccional por partir a cara a um pai que lhe diftámou a familia e cujos sentimentos nivelam com os sentimentos do despresivel correspondente.
Em seguida passa a si proprio o attestado vitissi- mo de mentiroso, pois num numero dVl Folha da Tarde diz que «em Aldegallega existem apenas dois poços particulares d agua potável, cujos donos a vendem por bom dinheiro», e noutro, o de quarta-feira ultima, vem dizer-nos descaradamente, confessando assim a yillania, que «para abastecimento da villa não ha mais que dois poços cuja agua é vendida, embora bastante barata, e que mais existem, mas em quintaes», não accrescentando o vil- lão que quasi todos são franqueados pelos seus donos ao publico, que de.lles se utilisam, somente para fazer crer que a falta de agua subsiste.
Este sacripanta desmente formalmente a sua correspondência publicada na Folha de 9 do corrente !
Até já temos dó de bater neste inconsciente..
*
Ao reles jornalista que se constituiu advogado do correspondente da I Tan- guarda, usando de phrascado digno do mais desprezível fadista refilão do Bairro Alto ou Mouraria, devolvemos intactos os insultos ordinarissimos com que pretendeu ferir-nos e que devem adequar-se per
feitamente ao caracter do refilão que os vomitou.
E quando o honradíssimo correspondente da Vanguarda quizer descer da sua dignidade para responder ao salafrario que o atropelou neste pasquim, então fallaremos...
0 GUARDA FISCAL
Brevemente começaremos a publicar a sensacional e engraçadissima historia veridica d'0 guarda fiscal, escripta em linguagem simples e algo humorística.
Dentre outros destacamos os seguintes capítulos, em que o auctor descreve as scenas grotescas do personagem que dá o titulo á historia:
A festa dAtalaya— A troca da farda e chan/álho por uma farpellinha d pai- -ana — A deshonra da farda — Attitude tragicomica.
A scena do ultimo capitulo passa-se numa photo- graphia, em que o photo- graphado, de chanfalho em punho, aggride desesperadamente um gato assanhado ...
OS MISERÁVEIS
f lS u f c r i l t O S
Tem passado incommo- dado de saude o nosso amigo sr. Francisco da Silva, mui digno vice-presidente da Camara desta villa.
Continua mal de saude o nosso bom amigo Manuel Ferreira Gjraldes.
Aos nossos estimáveis amigos desejamos um com pleto restabelecimento.
Na quinta-feira ultima na estrada Nova defronte da quinta do sr. Manuel da Costa, dois carros corriam desabridamente em disa- lio, atropelando um pobre homem que ficou bastante mal tratado.
Foi conduzido para o hospital da Misericórdia, sahindo no dia immediato numa maca para o hospital de S. José de Lisboa.
0 echo trai de longe aos meus ouvidos Um prolongado e tétrico clamor.São ais dolentes, fúnebres gemidos,São gritos arrancados pela Dor.
E o triste cortejo dessa gente Que não tem lar nem pão— dos desgraçados. Vo~es de som metallico, plangente Como um dobre sinistro de finados.
■■ • ' >IV a phalange d esses miseráveis Que similham a onda movediça;Dos que accumulam odios implacaveis;Dos que lêem fonie e sêde de Justiça.
São os filhos misérrimos do povo Que só vêem a vida negrejar...Mas quando se form ar 0 mundo novo Hão de elles finalmente trium phar!...
Tremam então os déspotas tyrannos N essa hora d horrenda expiação.As lagrimas choradas tantos annos Tornaram-lhes de bronze o coração.
Quando raiar no céo a nova aurora Ha de ouvir-se na terra uni som profundo. Serão elles, trazendo em voç sonora A grande lei da redempção do mundo!
J o a q u im d o s A n jo s
P E N S A M E NTOS
— 0 que nós sabemos é acanhado; o que nóspresen- timos é immenso; é por isso que o poeta ultrapassa o erudito.— Padre Joseph Roux.
O F o rtu m a
Teve logar na quinta-feira ultima uma sessão de prestidigitação pelo ceie-! bre artista Augusto Fortuna, no salão do Novo Club.
Hoje* no mesmo Club, repetir-se-ha o mesmo espectáculo, pelo que, esperamos que nenhum dos dignos socios do Novo Club faltará.
E’ hoje que o relogio dafreguev.ia começa a dar as horas.
n c s n s c u i i t t i o
Fomos procurados pelo sr. Antonio Camillo Nogueira Junior que nos disse ser falsa a correspondencia publicada na Vanguarda de
10 do corrente. Segundo nos consta, e, por informações fidedignas, podemos aííirmar que é completamente destituída de fundamento tal correspondencia; parecendo mais um devaneio, ou um dos muitos ac- cessos de loucura de que costuma ser atacado o digníssimo correspondente. O conto não foi mal arranjado, e, quem não conhece o sr. Nogueira ha de imaginar que em Aldegallega se acoutam bandidos e assassinos, como os lendários «Alti-Baba ou os Quarenta Ladrões».
A imaginação romanesca do sabio correspondente está sempre disposta a ar- chitectar scenas, como a de um famigerado bandido em noite de inverno fria e triste, acariciando com as
14 FOLHETIM
Traduccão.de J. DOS ANJOS
A ULTIMA CRUZADAX II
A morte altiva do marquez, que se parecia com um suicídio estoico, lavava a mancha, salvava o nome com- promettido. Todos os grandes clubs se reuniram na egreja. em redor do catafalco, para lhe prestarem as hon rns fúnebres.
X III
— A menina permitte-me que lhe apresente meu primo, o sr. de Tail-
lemaure? disse o conde de Puvmirol. que desde o começo da «soirée» repetira aquella phrase cerimoniosa a mais de sessenta pessoas.
Regina levantou os olhos para o tal primo, que náo se apresentava muito bem, e encostou o leque aos labios para occultar um sorriso.
O sr. de Taillemaure tinha u.m ar acanhado. As mulheres incommoda- vam-n’o com os seus olhares curiosos. Parecia-lhe que estava n’ um paiz desconhecido.
Mas a menina d'Eguzon, dissimulando logo a sua primeira impressão, escreveu o nome de Guilherme na $ua carteirinha de baile, animou-o amigavelmente e disse-lhe:
— Então faz ténção de ficar assim, sem dançar. até amanhã?
Mordia-a no coração a idéa fixa de licar toda a vida solteira, apesar da|
sua formosura e do seu dote. O fim dramatico do pae, a loucura da mãe. não afugentariam sempre os namorados? Eete recemchegado, que appa- recia de improviso, náo seria o marido que ella desejava?
Conversou com o sr. de Taillemaure, deslumbrando-o com as suas apreciações e arrancando-lhe ao mesmo tempo confidencias, sabendo o valor exacto da sua fortuna e o rendimento das suas propriedades. Separaram-se só no fim do «cotillon», promettendo tornarema ver-se, na semana seguine. em outro baile. E Guilherme seguiu-a então de sa ão em salão, aos ba ares de caridade, aos sermões de quaresma. aos theatros, a toda a p. rte onde ella mostrava os seus cabe los louros.
— S 'rei a sua irmã mais nova. diza ella rndo.
E dobrava-se ao jugo d’aquellas mãos caprichosas. Mas como elle,com toda a sua timidez, não ou ara confessar-lhe o seu amor, ella apressou o desenlace.
— Meu pobre amigo, disse-lhe uma vez, parece-me que não devemos vêr- nos mais...
— Nunca mais a vêr! repetiu ma- chinalmente o sr. de Taillemaure.
— O mundo é tão mau e a familia tão estúpida! Não temos o direito de valsar quatro vezes juntos n'um baile, de falar dirante um quarto de hora sósinhos. Olhe. neste momento estão a olhar para nós. O senhor compro- mette-me e por isso é précizo não nos vermos mais!
-Nunca mais a vêr! continuou Guilherme, em tom sombrio.
— Havia um meio de arranjar tud o ... A irmã podia converter-se em
esposa, mas nem um nem outro pensamos n'isso, não é verdade?
Havia uma entoação tão extraordi- naria n'aquelle «náo é verdade» que o sr. de Taillemaure ficou devéras commovido. Tel-a-hia elle oflendido alguma vez ? Náo adivinhara ella ainda o amor que lhe absorvia a vida? Des- posal-a? Nem sequer o sonha\a. Mas era ella quem falava n'isso. E não mentia. Dizia-lhe aquillo docemente, simplesmente, como se dizem as coisas afiectuosas.
Guilherme estendeu a mão á menina d’Eguzon.
— Consente n’isso? implorou.— Consinto, disse ella, um pouco
commovida.
(Continua].
O DO MI N G O
mãos febris a navalha que ha de prostrar a victima indefesa.
Sempre imaginativo o espirito do sabio correspondente. Ora valha-o Deus!
A is i e g a l l e g ; i « lo l& i l i a í c -j d . Í!S> <le O u t w b r o «lel » O l .
Os abaixo assignados, membros da Direcção da Sociedade Phylannonica^.“ de Dezembro, em seu nome e no da Sociedade que representam, vem por este meio protestar contra a insidiosa calumnia, publicada na «Folha da Tarde» de 16 do corrente, na qual é attingido o regente, o sr. Balthazar Manuel Valente, não só por ser falsa tal correspondencia, mas porque o sr. Valente é a todos os respeitos, considerado um verdadeiro homem de bem, e, um caracter diamantino.
Pelo seu excessivo .zêlo, e rigoroso cumprimento dos seus deveres, tem conseguido grangear a estima e consideração publicas. Todos os que com elle têm convivido são unanimes em confessar que o seu saber, o seu zêlo e a sua dedicação são sem limites.
A d i r e c ç ã o
Francisco da Silva ; — Antonio Christiano Saloio; — Joaquim Duarte Pereira Ratto; — Marcianno A ugusto da Silva e Joaquim dos Santos Oliveira.
AGRADECIMENTOMaria Loduvina Gouveia,
Emiiia Angélica Gouveia, Annibal Gouveia, Jacintho Antonio Gouveia, Henri- queta Barbara Gouveia, Antonio Maria Gouveia, Euphemia da Silva Gouveia e José Antonio Gouveia faltariam a um sagrado dever se não viessem por este meio patentear o seu eterno reconhecimento para com todas as pessoas que acompanharam á ultima morada seu muito chorado esposo, pae e sogro, Francisco Antonio Gouveia., Es“ualmente agradecem a 1 hylarmonica i." de Dezembro.
Aldegallega, iy de outubro de iy o i .
l E C Í i l
A VIDA « ' A L D E I AI
A l l i v e s n o s e s i l i o r s l o s a ío r
.Continuafo),
Recalcando no intimo da alma a dòr cruel que o alan- ceãva, Mathias julgou-se desde aquelle momento pae de dois lilhos: Esther e Augusto.
Metteu-os num collegio de primeira ordem em Lisboa e retirou-se com seu irmão João para um loga- rejo proximo daquella cidade.
Teve a felicidade de vêr que seu sobrinho e sua filha correspondiam prodigamente aos cuidados que a sua alma generosa e honrada lhe inspirava.
Era impossível imaginar uma filha, mais carinhosa do que Esther e um sobrinho mais dedicado que Augusto.
Logo que aquelles terminaram os seus estudos no collegio, d’ahi os retirou e teve com elles uma conversação bastante seria, pelos motivos que a di- ctava.
A ’ sua-filha, deu-lhe simples e amoraveis conselhos, instruindo-a riaquillo que constitue os indispensáveis dotes de uma bôa dona de casa, e investiu-a nesse cargo.
Emquanto a Augusto, perguntou-lhe qual a carreira que desejava seguir, declarando-lhe ao mesmo tempo que os bens que elle herdara, lhe permittiam uma vida desafogada, mas que devia aproveitar a intelligencia que Deus lhe déra estudando qualquer cousa que emfim o tornasse um dia, um homem util para a sociedade. Augusto decidiu-se pela carreira medica.
Cursou todas as cadeiras com geral applauso dos seus professores, nos quaes contava outros tantos ami- gos.
Esther pelo seu lado. tinha-se tornado uma senhora digna de sympathia e respeito.
Alliando á formosura do rosto a do coração, tão instruida como modesta, era a joia de ouro do provérbio arabe.
_ Era um gosto vel-a administrando a casa; um enlevo ouvil-a conversar; um encanto escutar essas harmonias divinas, suprema gloria, dos Mozart, Verdi, Cho- pin, etc.r)cue ella arrancava sem exfórço do piano.
Voltando porém á nossa narrativa, diremos que Augusto defendera these um
dia antes, merecendo do jury palavras de louvor.
Tetegraphou immediata- mente para a familia, participando-lhe o facto, e que chegava n aquelle dia, e ahi está o motivo porque na villa Esther (Augusto\ oassini tinha bãptisado a pit- tocesca propriedade) ia um reboliço enorme,'na occasião que vamos tratando.
•• >, t(Continua).
A G R I C U L T U R A
A s e m e s i t e i r a « lo m aS ial
Realisado o corte do centeio proceda-se logo á la- vragern da terra que se destinar para a producção do nabal, que é sçmpre melhor nas que já foram estrumadas para centeio ou trigo.
O nabal quer terra leve e lavrada quatro ou cinco vezes, com pequenos inter- vallos e com a necessária fundura. A sementeira deve ser rara e feita na segunda quinzena de julho ou na primeira de agosto.
Lavrada a terra pela ultima vez, aliza-se com a grade, lança-se-lhe o estrume, que deve ser miudo e bem cortido, deita-se a se- •mente, é em seguida dá-se uma lavra muito de leve á terra, com um pequeno arado de mão, com o fim de cobrir o estrume e envolver a semente.com a terra; não se aliza, deixando- se toda em sulcos, proprios da lavragem, e assim fica concluída a sementeira; e a terra assim estrumada dá depois fruetos dois ou tres annos.
O nabal não se póde escusar, devendo semear-se em campo e não em acanhada horta, em vista de todos os lucros que offerè- ce aos agricultores e a todos em geral.
Dá-nos emquanto novo as nabiças e folhas, depois os nabos e mais tarde os grelos, que tudo tem procura e grande consumo nos mercados públicos; e não é só á gente que o nabal presta uma boa alimentação, mas tambem aos gados bovino e suino, que engordam admiravelmente com este alimento, reconhec idam ente sadio, accrescendo ainda a notável circumstancia, que, já depois de nos ter dado todas as verduras mencionadas, ainda os gados referidos comem os nabos partidos ás rodeilas, não estando apodrecidos.
O- nabal não se estruma com esterco de cavallariça, porque os nabos são atacados por bichos que se in
troduzem nelles e os deterioram. Caso egual se dá com as batatas.
0 AOs A S ;A c c ía s a s i s o s a s se g ss ia a
íc s assigíEalG5S‘;ss reee?>I- «las
Dos exm.05 srs. :
D. Luciana Pereira, um semestre, 5oo réis.
José Antonio. Saloio, um semestre, 5oo réis.
(Continua)A s s i g u a t w r a s «le f o r aAntonio Vicente, um an
no, iooo réis.Êstevam Marques, um
anno, i ooo réis.Custodio da Silva, um
anno, iooo réis.D. Carolina Correia, um
anno, iooo réis.íContinua)
A l^ liN C r O ^
A N N Ú H G I O
( l . a E » asb li® ;içâo )
Pelo juizo desta comarca e cartorio do 2.0 officio Moutinho, e pelo inventario orphanologico a que se procede por obito de D. Archanja Maria da Costa e seu marido Luiz José da Çosta, e cabeça do casal o coherdeiro Lourenço José dá Costa, da villa.da Moita, vão á praça, á porta do tribunal desta comarca, no diá 27 do corrente mez de outubro, pelo meio dia, para serem vendidos pelo maior preço sobre o abaixo declarado os seguintes prédios do cazal:— Uma morada de cazas de lojas, primeiro andar e quintal na Rua Direita da villa da Moita, d esta comarca, com os numerós de policia 14 e 15 e rio valor de y6ó$óoo réis — Um predio com primeiro' andar, que serve de adega, ná Travessa da Horta da mesma villa no valor de qooíSoo.o réis. Ambos os .prédios são livres de fôro.;.e o arrematante, álém das despezas da praça, pagará por inteiro a contribuição de registo. Aldeia Gallega do Ribatejo, 3 de outubro de 1901.Verifiquei a exactidão.
O JU IZ D E D IR E IT O
N. Souto.
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Ha para vender collec- ções de jornaes, taes como: Seculo, Pimpão, Parodia, Supplemento ao Seculo, e outros; assim como livros, antigos de diversos idiomas.
Nesta redacoão se trata.
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4 O D O M I N G O
C A S A C O M M E R C I A L1)E
J U S T I N O S I M Õ E SR U A D A F A B R IC A — Aldegallega
Especialidade em chá, café, rssucar. manteigas nacionaes^e estrangeiras, massas; dôces, semeas. arroz, legumes, azeite, ] etroleo, sabão de todas as qualidades; artigos ce fanqueiro e retrozeiro, louças, carne de porco, taba cos, etc., etc.
O propriet rio d’esta casa vende tudo por preços convidativos, e além d'isso todo o freguez tem direito a uma senha quando compre a importancia de 200 réis para cima, e quando juntar 5o senhas terá direito a umbrinde bonito e valioso.
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CORREEIRO E SELLEIRO 18, R U A D O F O R N O , 18
1 L V K G .U L E G A
JOSE’ AUGUSTO SALOIO
Encarrega-se de todos os trabalhos typographicos.R. D E JOSÉ M A R IA DOS SA N TO S
COMPANHIA FABRIL m mP o r 5 00 réis semanaes se adquirem as cele
bres machinas SIMGER para coser.Pedidos a AURÉLIO JO ÃO DA CRUZ, cobrador
da casa ã d c o c k & c v e concessionário em Portugal para a venda das ditas machinas.
Envia catalogos a quem os desejar, 70, rua do Rato, 70 — Alcochete.
ERCEARIA ALDEGALLENSEDE
José Antonio Nunes
N ’este estabelecimento encontra-se á venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimáveis fregueses e ao respeitável publico em geral.
Visite pois o publico esta casa.
A N T I G A 1 E I » C I A R I A 1)0 P O V OD! D
D O M I N G O S A N T O N I O S A L O I OX ‘e s íe estiihcteeisncnfa» e u co a iíira -sc á v c« «la p e lo s p r e ç o s m a is e o n v l-
«laáivos. bi 111 v a r ia d o s o ríia n e s tio <!e g e ie cro s p r o p r io s «lo s e u rasaio <lc eom - e uereio . o ííe r e e e u ílo p o r is s o as m a io re s g a ra n tia s aos s e u s e s t im á v e is ffre- a;«e*es e ao re s p e it á v e l p u lv lie o .
R U A 3 3 0 G A E S — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
1 9 - L A E G O X 3 -A. E G R E J A - I 9 - A
a ld e g a lle g a d o R ib a te jo
ALDEGALLEGA DO RIBATEJOGrande estabelecimento de fazendas por preços limitadíssimos, pois que vende
todos os seus artigos pelos preços das principaes casas de Lisboa, e algunsAINDA MAIS BARATOS
Grande collecção d’artigos de Retroseiro.Bom sortimento dartigos de F A N Q U E IR O .
Selins prelos e de cor para Jorros de fatos para homem, assim como todos os accessorios para os mesmos.
Esta casa abriu uma SECÇÃO ESPECIAL que muito ulil c aos habitantesdesta villa, e que éa COMPRA ÈM LISBOA de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que não são do seu ramo de negocio; garantindo o \êlo na escolha, e o preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.
B O A C O L L E C Ç Ã O de meias pretas para senhora e piuguinhas para crean- ças de todas as edades.
A C O R PRETA D’ESTE A RTIG O E GARANTIDA A divisa desta casa é GANHAR POUCO PARA VENDER MUITO.
JOÃO BENTO & NUNES DE CARVALHO88, R. DIREITA, 90-2, R. DO CONDE, 2
D E P O S I T OD E
VINHOS, VINAGRES E AGUARDEN TES
E FA B R IC A DE LICORES
G R A N D E D E P O S I T O D A A C R E D I T A D A F A B R I C A DEJANSEN & C. L I S B O A
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CERVEJAS, GAZOZAS, PIROLITOSVENDIDOS PELO PREÇO DA FABRICA
-- LUCAS & C/ —L A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO R I B A T E J O
l i i s h o sVinho tinto de pasto de 1.“, litro 5o rs.
)) » » » )) 2,a, » 40 »» branco » » i.a, » 70 »)) verde, tin to .. . . » » 100 »)) abafado, branco » » i 5o» de Collares, tinto » garr; ifa 160 »■)) Carcavellos b r ." » » 240 »)) de Palm ella.. . . » » 240 »)) do Porto, superior » 400 »)) da M adeira............ » 5oo )>
T i as a g r e sViníig::e t nto de i . :\ lit r o ... . . , 60 rs.
» » » 2.a. » ........... 5o »branco » i . a, » ......... . So » t
» » » 2,:\ » ........... 60 »
L ic o r e sLico r de çinja de i.a, litro .......... 200 »
» » iiniz » » » ......... 180 »» 180j) 180 »» » hortelã pim enta.......... 180 »
G ranito ......................................... 2S0 »Co m a garrafa mais 6o reis.
A g u a rd e n te s5o rs. | Alcool 40o. . ......................litro
Aguardente de prova 3o°. »» g i n j a . . . . . . . . »» de bagaço 20o » i . a» » » ’ 20o » 2.a» » » 18°.»
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1 Genebra.
320 rs. 3 20 » 240 » 160 » i 5o » 140 » 120 » 140 »
700 rs. 600 »
1S200 »1Suoo »
36o »
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I C E R V E J A S , GAZOZAS G P I R O L I T O S1 . Posto em casa do consumidor .8 Cerveja de M; rço, duzia........ 480 rs.j » l^lcener, » ........ 720 »ç » da pipa, meio barril . 75o »I Gazozas, d uzia................ . 420! Pirolitos, caixa, 24 garrafas... 36.1
C ap ilé . Sits-o 5580 r é is , co m garrafa 3 4 0 r é isE M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S
PARA REVENDERV E N D A S A D I N H E I R O
PEDIDOS A LUCAS & C.A — ALDEGALLEGA
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