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INFORMAÇÕES SOBRE SEGUROS
Sobre SUSEP
DPEM
DPVAT
Seguro Rural
Seguro Compreensivo
Seguro-Garantia
Seguro de Pessoas
Seguro de Danos
Seguro de Transportes
Seguro de Crédito Interno
Microsseguros
Seguros de automóveis
Informações Úteis
Tabela FIPE
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Apresentação
A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e
fiscalização dos mercados de seguro, previdência
privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia
vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo
Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, que
também instituiu o Sistema Nacional de Seguros
Privados, do qual fazem parte o Conselho Nacional
de Seguros Privados - CNSP, o IRB Brasil
Resseguros S.A. - IRB Brasil Re, as sociedades
autorizadas a operar em seguros privados e
capitalização, as entidades de previdência privada
aberta e os corretores habilitados. Com a edição da
Medida Provisória nº 1940-17, de 06.01.2000, o CNSP teve sua composição alterada.
Missão
" Atuar na regulação, supervisão, fiscalização e
incentivo das atividades de seguros, previdência
complementar aberta e capitalização, de forma ágil,
eficiente, ética e transparente, protegendo os
direitos dos consumidores e os interesses da sociedade em geral. "
Composição Atual do CNSP
MINISTRO DA FAZENDA - Presidente
SUPERINTENDENTE DA SUSEP - Presidente Substituto
Representante do Ministério da Justiça
Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social
Representante do Banco Central do Brasil
Representante da Comissão de Valores Mobiliários
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Atribuições do CNSP
1. Fixar diretrizes e normas da política de seguros
privados;
2. Regular a constituição, organização,
funcionamento e fiscalização dos que exercem
atividades subordinadas ao Sistema Nacional de
Seguros Privados, bem como a aplicação das
penalidades previstas;
3. Fixar as características gerais dos contratos de
seguro, previdência privada aberta,
capitalização e resseguro;
4. Estabelecer as diretrizes gerais das operações
de resseguro;
5. Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e
do IRB;
6. Prescrever os critérios de constituição das
Sociedades Seguradoras, de Capitalização,
Entidades de Previdência Privada Aberta e
Resseguradores, com fixação dos limites legais
e técnicos das respectivas operações;
7. Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor.
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Atribuições da SUSEP
1. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades
Seguradoras, de Capitalização, Entidades de
Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na
qualidade de executora da política traçada pelo
CNSP;
2. Atuar no sentido de proteger a captação de
poupança popular que se efetua através das
operações de seguro, previdência privada aberta,
de capitalização e resseguro;
3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores
dos mercados supervisionados;
4. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos
instrumentos operacionais a eles vinculados, com
vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de
Seguros Privados e do Sistema Nacional de
Capitalização;
5. Promover a estabilidade dos mercados sob sua
jurisdição, assegurando sua expansão e o
funcionamento das entidades que neles operem;
6. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que
integram o mercado;
7. Disciplinar e acompanhar os investimentos
daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
8. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e
exercer as atividades que por este forem
delegadas;
9. Prover os serviços de Secretaria Executiva do
CNSP.
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Estrutura
A SUSEP é administrada por um Conselho Diretor,
composto pelo Superintendente e por quatro
Diretores. Também integram o Colegiado, sem
direito a voto, o Secretário-Geral e Procurador-
Geral. Compete ao Colegiado fixar as políticas
gerais da Autarquia, com vistas à ordenação das
atividades do mercado, cumprir e fazer cumprir as
deliberações do CNSP e aprovar instruções,
circulares e pareceres de orientação em matérias de
sua competência.
A presidência do Colegiado cabe ao Superintendente
que tem, ainda, como atribuições, promover os atos
de gestão da Autarquia e sua representação perante
o Governo e à sociedade. Clique no Organograma para visualização da composição.
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HISTÓRIA DO SEGURO
INÍCIO DA ATIVIDADE SEGURADORA NO BRASIL
A atividade seguradora no Brasil teve início com a
abertura dos portos ao comércio internacional, em
1808. A primeira sociedade de seguros a funcionar
no país foi a "Companhia de Seguros BOA-FÉ", em
24 de fevereiro daquele ano, que tinha por objetivo operar no seguro marítimo.
Neste período, a atividade seguradora era regulada
pelas leis portuguesas. Somente em 1850, com a
promulgação do "Código Comercial Brasileiro" (Lei
n° 556, de 25 de junho de 1850) é que o seguro
marítimo foi pela primeira vez estudado e regulado em todos os seus aspectos.
O advento do "Código Comercial Brasileiro" foi de
fundamental importância para o desenvolvimento
do seguro no Brasil, incentivando o aparecimento de
inúmeras seguradoras, que passaram a operar não
só com o seguro marítimo, expressamente previsto
na legislação, mas, também, com o seguro
terrestre. Até mesmo a exploração do seguro de
vida, proibido expressamente pelo Código
Comercial, foi autorizada em 1855, sob o
fundamento de que o Código Comercial só proibia o
seguro de vida quando feito juntamente com o
seguro marítimo. Com a expansão do setor, as
empresas de seguros estrangeiras começaram a se
interessar pelo mercado brasileiro, surgindo, por
volta de 1862, as primeiras sucursais de seguradoras sediadas no exterior.
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Estas sucursais transferiam para suas matrizes os
recursos financeiros obtidos pelos prêmios
cobrados, provocando uma significativa evasão de
divisas. Assim, visando proteger os interesses
econômicos do País, foi promulgada, em 5 de
setembro de 1895, a Lei n° 294, dispondo
exclusivamente sobre as companhias estrangeiras
de seguros de vida, determinando que suas
reservas técnicas fossem constituídas e tivessem
seus recursos aplicados no Brasil, para fazer frente aos riscos aqui assumidos.
Algumas empresas estrangeiras mostraram-se
discordantes das disposições contidas no referido diploma legal e fecharam suas sucursais.
O mercado segurador brasileiro já havia alcançado
desenvolvimento satisfatório no final do século XIX.
Concorreram para isso, em primeiro lugar, o Código
Comercial, estabelecendo as regras necessárias
sobre seguros maritimos, aplicadas também para os
seguros terrestres e, em segundo lugar, a
instalação no Brasil de seguradoras estrangeiras, com vasta experiência em seguros terrestres.
SURGIMENTO DA PREVIDÊNCIA PRIVADA
O século XIX também foi marcado pelo surgimento
da "previdência privada" brasileira, pode-se dizer
que inaugurada em 10 de janeiro de 1835, com a
criação do MONGERAL - Montepio Geral de
Economia dos Servidores do Estado -proposto pelo
então Ministro da Justiça, Barão de Sepetiba, que,
pela primeira vez, oferecia planos com
características de facultatividade e mutualismo. A
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Previdência Social só viria a ser instituída através da Lei n° 4.682 (Lei Elói Chaves), de 24/01/1923.
A CRIAÇÃO DA SUPERINTENDÊNCIA GERAL DE SEGUROS
O Decreto n° 4.270, de 10/12/1901, e seu
regulamento anexo, conhecido como "Regulamento
Murtinho", regulamentaram o funcionamento das
companhias de seguros de vida, marítimos e
terrestres, nacionais e estrangeiras, já existentes ou
que viessem a se organizar no território nacional.
Além de estender as normas de fiscalização a todas
as seguradoras que operavam no País, o
Regulamento Murtinho criou a "Superintendência
Geral de Seguros", subordinada diretamente ao
Ministério da Fazenda. Com a criação da
Superintendência, foram concentradas, numa única
repartição especializada, todas as questões
atinentes à fiscalização de seguros, antes
distribuídas entre diferentes órgãos. Sua jurisdição
alcançava todo o território nacional e, de sua
competência, constavam as fiscalizações preventiva,
exercida por ocasião do exame da documentação da
sociedade que requeria autorização para funcionar,
e repressiva, sob a forma de inspeção direta,
periódica, das sociedades. Posteriormente, em 12
de dezembro de 1906, através do Decreto n° 5.072,
a Superintendência Geral de Seguros foi substituída
por uma Inspetoria de Seguros, também subordinada ao Ministério da Fazenda.
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O CONTRATO DE SEGURO NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Foi em 1º de janeiro de 1916 que se deu o maior
avanço de ordem jurídica no campo do contrato de
seguro, ao ser sancionada a Lei n° 3.071, que
promulgou o "Código Civil Brasileiro", com um
capítulo específico dedicado ao "contrato de
seguro". Os preceitos formulados pelo Código Civil e
pelo Código Comercial passaram a compor, em
conjunto, o que se chama Direito Privado do
Seguro. Esses preceitos fixaram os princípios
essenciais do contrato e disciplinaram os direitos e
obrigações das partes, de modo a evitar e dirimir
conflitos entre os interessados. Foram esses
princípios fundamentais que garantiram o desenvolvimento da instituição do seguro.
SURGIMENTO DA PRIMEIRA EMPRESA DE
CAPITALIZAÇÃO
A primeira empresa de capitalização do Brasil foi
fundada em 1929, chamada de "Sul América
Capitalização S.A". Entretanto, somente 3 anos
mais tarde, em 10 de março de 1932, é que foi
oficializada a autorização para funcionamento das
sociedades de capitalização através do Decreto n°
21.143, posteriormente regulamentado pelo Decreto
n° 22.456, de 10 de fevereiro de 1933, também sob
o controle da Inspetoria de Seguros. O parágrafo
único do artigo 1 o do referido Decreto definia: "As
únicas sociedades que poderão usar o nome de
"capitalização" serão as que, autorizadas pelo
Governo, tiverem por objetivo oferecer ao público,
de acordo com planos aprovados pela Inspetoria de
Seguros, a constituição de um capital minimo
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perfeitamente determinado em cada plano e pago
em moeda corrente, em um prazo máximo indicado
no dito plano, à pessoa que subscrever ou possuir
um titulo, segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no mesmo titulo".
CRIAÇÃO DO DNSPC
Em 28 de junho de 1933, o Decreto n° 22.865
transferiu a "Inspetoria de Seguros" do Ministério da
Fazenda para o Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio. No ano seguinte, através do Decreto n°
24.782, de 14/07/1934, foi extinta a Inspetoria de
Seguros e criado o Departamento Nacional de
Seguros Privados e Capitalização -DNSPC, também subordinado àquele Ministério.
PRINCÍPIO DE NACIONALIZAÇÃO DO SEGURO
Com a promulgação da Constituição de 1937
(Estado Novo), foi estabelecido o "Princípio de
Nacionalização do Seguro", já preconizado na
Constituição de 1934. Em conseqüência, foi
promulgado o Decreto n° 5.901, de 20 de junho de
1940, criando os seguros obrigatórios para
comerciantes, industriais e concessionários de
serviços públicos, pessoas fisicas ou jurídicas,
contra os riscos de incêndios e transportes
(ferroviário, rodoviário, aéreo, marítimo, fluvial ou
lacustre), nas condições estabelecidas no mencionado regulamento.
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CRIAÇÃO DO INSTITUTO DE RESSEGUROS DO
BRASIL - IRB
Nesse mesmo período foi criado, em 1939, o
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), através do
Decreto-lei n° 1.186, de 3 de abril de 1939. As so-
ciedades seguradoras ficaram obrigadas, desde
então, a ressegurar no IRB as responsabilidades
que excedessem sua capacidade de retenção
própria, que, através da retrocessão, passou a
compartilhar o risco com as sociedades seguradoras
em operação no Brasil. Com esta medida, o
Governo Federal procurou evitar que grande parte
das divisas fosse consumida com a remessa, para o
exterior, de importâncias vultosas relativas a
prêmios de resseguros em companhias estrangeiras.
É importante reconhecer o saldo positivo da atuação
do IRB, propiciando a criação efetiva e a
consolidação de um mercado segurador nacional, ou
seja, preponderantemente ocupado por empresas
nacionais, sendo que as empresas com participação
estrangeira deixaram de se comportar como meras
agências de captação de seguros para suas
respectivas matrizes, sendo induzidas a se organizar
como empresas brasileiras, constituindo e aplicando suas reservas no País.
O IRB adotou, desde o início de suas operações,
duas providências eficazes visando criar condições
de competitividade para o aparecimento e o
desenvolvimento de seguradoras de capital
brasileiro: o estabelecimento de baixos limites de
retenção e a criação do chamado excedente único.
Através da adoção de baixos limites de retenção e
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do mecanismo do excedente único, empresas pouco
capitalizadas e menos instrumentadas tecnicamente
-como era o caso das empresas de capital nacional -
passaram a ter condições de concorrer com as
seguradoras estrangeiras, uma vez que tinham
assegurada a automaticidade da cobertura de resseguro.
CRIAÇÃO DA SUSEP
Em 1966, através do Decreto-lei n° 73, de 21 de
'novembro de 1966, foram reguladas todas as
operações de seguros e resseguros e instituído o
Sistema Nacional de Seguros Privados, constituído
pelo Conselho Nacional de Seguros Privados
(CNSP); Superintendência de Seguros Privados
(SUSEP); Instituto de Resseguros do Brasil (IRB);
sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e corretores habilitados.
O Departamento Nacional de Seguros Privados e
Capitalização - DNSPC -foi substituído pela
Superintendência de Seguros Privados - SUSEP -
entidade autárquica, dotada de personalidade
jurídica de Direito Público, com autonomia
administrativa e financeira, jurisdicionada ao
Ministério da Indústria e do Comércio até 1979,
quando passou a estar vinculada ao Ministério da
Fazenda.
Em 28 de fevereiro de 1967, o Decreto n°
22.456/33, que regulamentava as operações das
sociedades de capitalização, foi revogado pelo
Decreto-lei n° 261, passando a atividade de
capitalização a subordinar-se, também, a
numerosos dispositivos do Decreto-lei n° 73/66.
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Adicionalmente, foi instituído o Sistema Nacional de
Capitalização, constituído pelo CNSP, SUSEP e pelas
sociedades autorizadas a operar em capitalização.
Fonte: Anuário Estatístico da SUSEP 1997
SEGURO DPEM
I - O que é DPEM? II - O que cobre e o que não cobre o Seguro DPEM? III - Quanto vou receber se for vítima de acidente coberto pelo seguro? IV - É possível receber mais de uma indenização em decorrência de um mesmo acidente em coberturas diferentes? V - Quem tem direito de receber a indenização? VI - Quem são os beneficiários do seguro? VII - Quem contrata este seguro? VIII - Como contratar? IX - Qual é a vigência do Seguro? X - Posso transferir meu bilhete de seguro de uma embarcação para outra? XI - Pode uma embarcação ter mais de dois bilhetes de seguro DPEM? XII - O que acontece se o proprietário deixar de pagar o DPEM? XIII - Quais as embarcações abrangidas pelo DPEM? XIV - Quanto custa o Seguro? XV - De quem é a responsabilidade pelo pagamento da indenização? XVI - Quais são os documentos necessários para obter a indenização? XVII - Existe necessidade de nomear procurador para recebimento da indenização? XVIII - Qual é o prazo para o recebimento da indenização? XIX - Quais são as normas que regem o DPEM?
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XX - Quem procurar em caso de dúvidas?
XXI - Como fazer uma reclamação contra uma Seguradora junto à SUSEP?
O que é DPEM?
O seguro DPEM foi instituído pela Lei nº 8.374, de
30/12/91, que em seu artigo 1º alterou a alínea "l"
do artigo 20 do Decreto-lei nº 73, de 21/11/66.
Tem por finalidade dar cobertura aos danos
pessoais causados por embarcações ou por sua
carga às pessoas embarcadas, transportadas ou não
transportadas, inclusive aos proprietários,
tripulantes e condutores das embarcações,
independentemente da embarcação estar ou não em operação.
Entretanto, no caso de acidente ocorrido fora do
território nacional, somente terão cobertura as
pessoas embarcadas ou transportadas em embarcações de bandeira brasileira.
O que cobre e o que não cobre o Seguro DPEM?
Os danos pessoais cobertos pelo referido seguro
compreendem as indenizações por morte, invalidez
permanente e despesas de assistência médica e
suplementares, mediante simples prova do acidente
e do dano decorrente, independente da existência de culpa.
A cobertura do seguro não abrange:
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a) danos pessoais decorrentes de radiações
ionizantes ou de contaminação pela radioatividade
de qualquer combustível nuclear ou de qualquer resíduo de combustão de matéria nuclear; e
b) multas e fianças impostas aos condutores ou proprietários das embarcações.
Quanto vou receber se for vítima de acidente coberto pelo seguro?
As indenizações serão pagas diretamente ao
beneficiário, por pessoa vitimada, em qualquer
caso, com base nas importâncias seguradas
vigentes na data do sinistro, independentemente da
data de emissão do bilhete de seguro, observados os valores fixados na tabela abaixo:
Morte R$ 13.500,00
Invalidez Permanente até R$
13.500,00
Despesas de Assistência Médica e
Suplementares até R$ 2.700,00
O valor da indenização por invalidez permanente
será determinado aplicando-se sobre o valor da
tabela anterior o percentual estabelecido de
conformidade com as normas para o seguro de acidentes pessoais.
O pagamento da indenização poderá ser feito em
cheque nominal ao beneficiário, ainda que haja
representação, ou, também, poderá ser realizado
através de depósito ou transferência eletrônica de
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dados (TED) para a conta corrente do beneficiário,
observada a legislação do Sistema de Pagamentos
Brasileiro.
É possível receber mais de uma indenização
em decorrência de um mesmo acidente em coberturas diferentes?
As indenizações por morte e invalidez permanente
não são cumulativas; se, depois de paga uma
indenização por invalidez permanente, verifica-se a
morte em conseqüência do mesmo acidente, a
sociedade seguradora pagará a indenização por
morte, deduzida a indenização já paga por invalidez permanente.
No caso de ter sido efetuado reembolso das
despesas de assistência médica e suplementares,
este valor não poderá ser descontado da indenização por morte ou invalidez permanente.
Quem tem direito de receber a indenização?
Todas as pessoas embarcadas, transportadas ou
não, inclusive proprietários, tripulantes e condutores
de embarcações, que foram vítimas de acidentes
envolvendo embarcações ou as cargas por elas transportadas, em operação ou não.
Quem são os beneficiários do seguro?
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A indenização no caso de morte será paga, na
constância do casamento ao cônjuge sobrevivente
ou pessoa a este equiparada. Na falta do
beneficiário descrito anteriormente, os beneficiários serão os herdeiros legais.
Nos casos de invalidez permanente e despesas de
assistência médica e suplementares, a indenização será paga à própria vítima.
Quem contrata este seguro?
Estão obrigados a contratar este seguro todos os
proprietários, ou armadores em geral, de
embarcações nacionais ou estrangeiras sujeitas à
inscrição nas Capitanias dos Portos ou Repartições a estas subordinadas.
A contratação do Seguro Obrigatório DPEM é
obrigatória para todas as embarcações, qualquer
que seja a sua propulsão e seu uso, tais como:
esporte ou recreio, embarcações de passageiros, de carga, de pesca e qualquer outra atividade.
O não pagamento do seguro caracteriza que a embarcação não está devidamente licenciada.
Como contratar?
O prêmio do Seguro Obrigatório DPEM deverá ser
recolhido obrigatoriamente através de bilhete de
seguro, emitido por embarcação, bastando o
proprietário da embarcação entrar em contato com
um corretor de seguros habilitado ou uma seguradora.
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O pagamento do prêmio de seguro relativo às
embarcações que forem submetidas ao processo de
inscrição deverá anteceder à expedição do Título de Inscrição ou Documento Provisório de Propriedade.
Qual é a vigência do Seguro?
O bilhete de seguro terá vigência de um ano, a contar:
a) Em caso de bilhete novo, das 24 (vinte e quatro)
horas do dia do pagamento do prêmio na rede
bancária, cartão de crédito ou outra forma admitida em lei; e
b) Em caso de renovação, das 24 (vinte e quatro)
horas do dia do vencimento do bilhete anterior,
desde que o prêmio do bilhete da renovação tenha sido pago até aquela data.
Posso transferir meu bilhete de seguro de uma embarcação para outra?
É vedado o endosso transferindo o bilhete de seguro
de uma embarcação para outra. Em caso de
transferência de proprietário da embarcação, o
bilhete de seguro se transfere automaticamente
para o novo proprietário, independentemente de endosso.
Pode uma embarcação ter mais de um bilhete
de seguro DPEM?
É vedada a emissão de mais de um bilhete de
seguro para a mesma embarcação. Na hipótese de
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ocorrer duplicidade de seguro, prevalecerá sempre o
seguro mais antigo e o prêmio do bilhete a ser
inutilizado será integralmente restituído.
O que acontece se o proprietário deixar de pagar o DPEM?
Todos os proprietários ou armadores em geral, de
embarcações nacionais ou estrangeiras que
deixarem de contratar o seguro ficarão sujeitos à
multa de valor igual ao dobro do prêmio anual, por
ano ou fração de ano. Para efeito de aplicação da
multa considerar-se-á o valor do prêmio na data de seu pagamento.
Além disso, não se procederá a inscrição, nem se
expedirá provisão de registro, termo de vistoria ou
certificado de regularização de embarcação, sem a comprovação da existência do seguro, em vigor.
As multas serão aplicadas pela Capitania dos Portos
ou por Repartições a elas subordinadas, na forma
estabelecida pela Diretoria de Portos e Costas do Ministério da Marinha.
Para fim de controle e de acordo com os artigos 2º
e 14 da Lei nº 8.374, de 31/12/91, sempre que
solicitado pela autoridade competente, o
responsável pela embarcação deverá exibir, além do
Termo de Vistoria ou do Certificado de
Regularização de Embarcação, o bilhete de seguro devidamente quitado.
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Quais as embarcações abrangidas pelo DPEM?
Consideram-se embarcações os veículos destinados
ao tráfego marítimo, fluvial ou lacustre, dotados ou
não de propulsão própria. A obrigatoriedade do
seguro DPEM se aplica exclusivamente às
embarcações sujeitas à inscrição nas Capitanias dos Portos ou Repartições a estas subordinadas.
Para efeito do seguro, as embarcações são divididas em 3 classes tarifárias:
Classificação das Embarcações
Uso / Tipo
Área de
Navegação
Ramo
Atividade ou Serviço Classe
Tarifária
Comercial
MAR (LON,
CAB e APM)
CAR / PES / PAS /
PAC / REB / OUT 3
INT
PES / OUT 2
PAS / PAC / CAR /
REB 3
APP
PAS / PAC / PES /
OUT 1
REB 2
CAR 3
Esporte e/ou
Recreio MAR/INT ESP 1
Embarcações
Miúdas (exceto
Jet-Ski / Moto
Aquática)
MAR / INT /
APP
PAS / PAC / CAR /
ESP / PES / OUT 1
Jet Ski / Moto
Aquática INT ESP 2
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Descrição da codificação da área de navegação e da
atividade ou serviço utilizado na tabela de
Classificação das Embarcações:
Área de Navegação
LON Longo curso
CAB Cabotagem
MAR Mar aberto
INT Interior
APM Apoio
Marítimo
APP Apoio
Portuário
Atividade ou Serviço
PAS Passageiro
PAC Passageiro e Carga
CAR Carga
REB
Rebocador /
Empurrador
OUT
Outra Atividade ou
Serviço
ESP Esporte e/ou Recreio
PES Pesca
Quanto custa o Seguro?
Valores dos prêmios tarifários (sem a incidência de IOF*), por classe, no seguro DPEM:
Classe
Tarifária Prêmio Tarifário
1 17,20
22
2 33,61
3 93,23
(*) IOF:
- O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
incide sobre os prêmios tarifários, na forma da
legislação específica. Exemplo: Prêmio bruto =
Prêmio tarifário x (1 + alíquota do IOF), o prêmio
bruto é o efetivamente cobrado ao segurado.
- A alíquota do IOF no seguro DPEM, atualmente, é
de 0,38%, de acordo com o disposto no Decreto
6.306/07, redação dada pelo Decreto 6.339/08, de 03/01/2008.
De quem é a responsabilidade pelo pagamento da indenização?
Em geral, na eventualidade de sinistro os
beneficiários devem dirigir-se à seguradora contratada.
Na ocorrência de acidente do qual participem duas
ou mais embarcações, a indenização será paga pelo
segurador da embarcação em que a pessoa
vitimada era transportada. Quando, entretanto, as
vítimas não estiverem sendo transportadas, ou não
sendo possível identificar em qual embarcação a
pessoa vitimada era transportada, as indenizações a
elas correspondentes serão pagas, em partes iguais,
pelos seguradores das embarcações envolvidas. Na
hipótese de haver embarcações não identificadas e
identificadas, a indenização será paga pelos seguradores destas últimas.
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Para o caso de morte ou invalidez permanente
causadas exclusivamente por embarcações não-
identificadas, a indenização, de 100% do valor
previsto nas normas vigentes, será paga pelo IRB
Brasil Resseguros (IRB) e rateada através de
consórcio específico, entre as sociedades
seguradoras que operam o DPEM. Assim, a vítima
ou seus herdeiros poderão solicitar o pagamento da
indenização, dirigindo-se à qualquer seguradora que opere o seguro em referência.
Comprovado o pagamento, a Seguradora que
houver pago a indenização poderá, mediante ação
própria, haver do responsável pelo acidente a
importância efetivamente indenizada, salvo se, na
data da ocorrência do evento a embarcação
causadora do dano estiver com o bilhete de Seguro DPEM em vigor.
Se constatada alguma irregularidade na utilização
da embarcação, a seguradora poderá, se comprovar
o pagamento da indenização, haver do segurado a importância excedente indenizada.
Quais são os documentos necessários para obter a indenização?
São os seguintes documentos necessários para o recebimento da indenização:
- No Caso de Morte:
• documento de ocorrência, expedido pela
autoridade competente (Capitania dos Portos, suas
Delegacias e Agências);
• certidão de óbito, ou sentença judicial que
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produza os mesmos efeitos;
• documento comprobatório da qualidade de
beneficiário;
• laudo cadavérico comprovando a causa da
morte, no caso de morte causada por embarcação não identificada.
- No Caso de Invalidez Permanente:
• documento de ocorrência, expedido pela
autoridade competente (Capitania dos Portos, suas
Delegacias e Agência);
• prova de atendimento por hospital,
ambulatório ou médico-assistente; e
• relatório do médico-assistente, atestando o grau de invalidez do órgão ou membro atingido.
- No caso de reembolso de "despesas médico-
hospitalares" às vítimas:
• documento de ocorrência, expedido pela
autoridade competente (Capitania dos Portos, suas
Delegacias e Agências);
• prova de atendimento da vítima por hospital,
ambulatório ou médico-assistente; • comprovante das despesas efetuadas.
Observação Importante:
Caso seja detectada falha, de ordem formal, em um
dos documentos mencionados acima, ou a
existência de indícios de fraude, deverá a sociedade
seguradora, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a
contar do recebimento da documentação, notificar o
interessado, com AR (aviso de recebimento),
solicitando os documentos ou esclarecimentos necessários à elucidação dos fatos.
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A sociedade seguradora fica isenta do pagamento
de qualquer indenização se constatado que houve
fraude ou tentativa de fraude, simulação do
acontecimento ou agravamento das suas
conseqüências para obter ou aumentar a indenização.
Existe necessidade de nomear procurador para recebimento da indenização?
Não há necessidade de nomear procurador para
recebimento de indenização de seguro DPEM, que
poderá ser requerida pela própria vítima do acidente
ou por seus beneficiários. Caso seja nomeado
procurador, faz-se necessário apresentar a procuração.
Qual é o prazo para o recebimento da indenização?
As indenizações por morte, invalidez permanente e
despesas de assistência médica e suplementares
serão pagas no prazo de 15 (quinze) dias, a contar
da entrega dos documentos completos à sociedade seguradora.
Havendo pendências ou falhas de ordem formal nos
documentos, o prazo de 15 dias será suspenso,
reiniciando sua contagem a partir do dia útil
subseqüente àquele em que as mesmas forem completamente solucionadas.
Quais são as normas que regem o DPEM?
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• Lei N.º 8.374, de 30 de dezembro de 1991,
dispõe sobre Seguro Obrigatório de Danos Pessoais
causados por embarcações, ou por sua carga -
DPEM.
• Resolução CNSP Nº 128, de 5 de maio de
2005, dispõe sobre as Normas Disciplinadoras e os
Elementos Mínimos que, obrigatoriamente, devem
constar do bilhete do Seguro Obrigatório de Danos
Pessoais Causados por Embarcações ou por sua Carga – Seguro DPEM.
• Resolução CNSP N.º 152, de 29 de novembro
de 2006, altera os valores de indenização para as
coberturas do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais
Causados por Embarcações ou por sua Carga – Seguro DPEM.
• Circular SUSEP N.º 304, de 19 de outubro de
2005, dispõe sobre as condições tarifárias do seguro
obrigatório de danos pessoais causados por embarcações ou por sua carga – seguro DPEM.
• Circular SUSEP N.º 332, de 4 de dezembro de
2006, altera os valores de prêmio tarifário, por
classe, do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais
Causados por Embarcações ou por sua Carga – Seguro DPEM.
As Leis e o Decreto podem ser encontrados no
sítio www.presidencia.gov.br e os demais normativos neste sítio.
Quem procurar em caso de dúvidas?
• Através do DISQUE SUSEP - 0800 021 8484
• Pela internet, no site www.susep.gov.br – link
27
"FALE CONOSCO"
• Por carta ou pessoalmente na Sede ou nas
Regionais da SUSEP.
Como fazer uma reclamação contra uma Seguradora junto à SUSEP?
Inicialmente contatamos com a Ouvidoria da empresa reclamada, para solução da questão.
Quando o cliente não se sente satisfeito, então,
deve dirigir-se à SUSEP com os documentos
comprobatórios para a formalização do
Procedimento de Atendimento ao Consumidor - PAC.
Para instruir corretamente um processo de
reclamação junto à SUSEP, agilizando inclusive sua
conclusão, o interessado deverá encaminhar os documentos discriminados abaixo:
a) requerimento à SUSEP, devidamente datado e
assinado pelo interessado, incluindo a narração dos fatos e com indicação da divergência ou dúvida;
b) interessado pessoa física – qualificação, cópia
do documento de identidade, CPF e informações para contato;
c) interessado pessoa jurídica – qualificação,
estatuto ou contrato social e informações para contato;
28
d) representante legal de pessoa física ou jurídica
– qualificação, procuração ou instrumento que
comprove seus poderes de representação,
documento de identidade, CPF e informações para contato;
e) resposta final da ouvidoria ou do setor de
atendimento da empresa reclamada ou
comprovante de que o pleito apresentado à SUSEP
foi encaminhado à empresa, após transcorrido o prazo estabelecido em norma.
f) documentos específicos do ramo, conforme
indicado a seguir:
• Bilhete de seguro DPEM;
• Aviso de sinistro;
• Documento de registro da ocorrência;
• Recibo de pagamento da indenização, em caso
de divergência de valores pagos;
• Comprovante de entrega dos documentos
exigidos, pela seguradora, para regulação do sinistro (recomendável).
• Em caso de morte:
a. documento de ocorrência, expedido pela
autoridade competente (Capitania dos Portos, suas Delegacias e Agências);
b. certidão de óbito, ou sentença judicial que produza os mesmos efeitos;
c. comprovante da qualidade de beneficiário; e
d. laudo cadavérico comprovando a causa da
morte, no caso de morte causada por embarcação não identificada.
29
• Em caso de Invalidez Permanente:
a. documento de ocorrência, expedido pela
autoridade competente (Capitania dos Portos, suas Delegacias e Agências);
b. prova de atendimento por hospital, ambulatório ou médico-assistente; e
c. relatório do médico assistente, atestando o grau de invalidez do órgão ou membro atingido.
• Em caso de reembolso de despesas de assistência médicas e suplementares:
a. Documento de ocorrência, expedido pela
autoridade competente (Capitania dos Portos,
suas Delegacias e Agências);
b. Prova de atendimento da vítima por hospital,
ambulatório ou médico-assistente; e c. Comprovante das despesas efetuadas.
30
SEGURO DPVAT
I-O que é DPVAT?
II -O que cobre e o que não cobre o Seguro DPVAT? III - Quais são os atuais valores de indenização do DPVAT no caso de envolvimento em acidente de trânsito?
IV - É possível receber mais de uma indenização em decorrência de um mesmo acidente em coberturas diferentes? V - Quem tem direito a receber a indenização? VI - Quem são os beneficiários do seguro? VII - Quais as categorias de veículos automotores abrangidas pelo DPVAT? VIII - O que é o Consórcio DPVAT? IX - Como contratar? X - Qual é a vigência do Seguro?
XI - Posso transferir meu bilhete de seguro de um veículo para outro? XII - Pode um veículo ter mais de dois bilhetes de seguro DPVAT? XIII - O que acontece se o proprietário deixar de pagar o DPVAT? XIV - O pagamento do DPVAT pode ser parcelado? XV - Quem está coberto pelo Seguro? XVI - Todas as Seguradoras participam dos Consórcios DPVAT?
XVII - Quanto custa o Seguro? XVIII - Como obter a indenização no caso de acidentes? XIX - Quais são os documentos necessários para obter a indenização? XX - Existe necessidade de nomear procurador para recebimento da indenização? XXI - Qual é o prazo para o recebimento da indenização? XXII - Qual é a diferença entre Seguro facultativo de RCF-
31
V, APP e o DPVAT?
XXIII - Existe a possibilidade de isentar do pagamento do seguro obrigatório os proprietários de veículos que possuam apólices de seguros com empresas privadas? XXIV - Quem procurar em caso de dúvidas? XXV - Quais são as normas que regem o DPVAT? XXVI - Como fazer uma reclamação contra uma Seguradora junto à SUSEP?
I - O que é DPVAT?
É o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados
por Veículos Automotores de Vias Terrestres, ou por
sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não (Seguro
DPVAT), criado pela Lei n° 6.194/74, alterada pela
Lei 8.441/92, 11.482/07 e 11.945/09, com a
finalidade de amparar as vítimas de acidentes de
trânsito em todo o território nacional, não importando de quem seja a culpa dos acidentes.
II - O que cobre e o que não cobre o Seguro
DPVAT?
A seguradora efetuará o pagamento das
indenizações a seguir especificadas, por pessoa vitimada:
1. Morte: Caso a vítima venha a falecer em
virtude do acidente de trânsito, seus beneficiários
terão direito ao recebimento de uma indenização
correspondente à importância segurada vigente na época da ocorrência do sinistro.
2. Invalidez Permanente: Caso a vítima de
acidente de trânsito venha a se invalidar
32
permanentemente em virtude do acidente, ou seja,
desde que esteja terminado o tratamento e seja
definitivo o caráter da invalidez, a quantia que se
apurar, tomando-se por base o percentual da
incapacidade de que for portadora a vítima, de
acordo com a tabela de Danos Corporais Totais,
constante do anexo à Lei n.º 6.194/74, com a
alteração dada pela Lei nº 11.945/09, tendo como
indenização máxima a importância segurada vigente na época da ocorrência do sinistro.
3. Despesas de Assistência Médica e
Suplementares (DAMS): Caso a vítima de acidente
de trânsito venha a efetuar, para seu tratamento,
sob orientação médica, despesas com assistência
médica e suplementares, a própria vítima terá
direito ao recebimento de uma indenização, a título
de reembolso, correspondente ao valor das
respectivas despesas, até o limite definido em
tabela de ampla aceitação no mercado, tendo como
teto máximo o valor vigente na época da ocorrência do sinistro.
Os valores correspondentes às indenizações, na
hipótese de não cumprimento do prazo para o
pagamento da respectiva obrigação pecuniária,
sujeitam-se à correção monetária segundo índice
oficial regularmente estabelecido e juros moratórios
com base em critérios fixados na regulamentação específica de seguro privado.
Não estão cobertos pelo DPVAT:
1. Danos materiais (roubo, colisão ou incêndio de veículos);
33
2. Acidentes ocorridos fora do território nacional;
3. Multas e fianças impostas ao condutor ou
proprietário do veículo e quaisquer despesas decorrentes de ações ou processos criminais; e
4. Danos pessoais resultantes de radiações
ionizantes ou contaminações por radioatividade de
qualquer tipo de combustível nuclear, ou de qualquer resíduo de combustão de matéria nuclear.
III - Quais são os atuais valores de
indenização do DPVAT no caso de
envolvimento em acidente de trânsito?
Os valores de indenização por cobertura são os
constantes da tabela abaixo, valores estes fixados
na Lei 6.194/74, por meio da Lei 11.482, de 31/05/2007:
Morte R$ 13.500,00
Invalidez Permanente (1) até R$ 13.500,00
Reembolso de Despesas Médicas e
Hospitalares (DAMS) (2) até R$ 2.700,00
(1) A quantia que se apurar, tomará por base o
percentual da incapacidade de que for portadora a
vítima, de acordo com os critérios estabelecidos no
§1º, e seus incisos, do art. 3º da Lei n.º 6.194/74,
com as alterações dadas pelas Leis nº11.482/07 e
nº 11.945/09, e com a tabela de Danos Corporais
Totais, constante do anexo daquela Lei, tendo como
indenização máxima a importância segurada vigente na época da ocorrência do sinistro.
34
(2) Os valores de indenização de DAMS serão pagos
até o limite definido em tabela de ampla aceitação
no mercado, tendo como teto máximo o valor
vigente na data de ocorrência do sinistro. Os valores
de indenização de tal tabela deverão ter, como
limite mínimo, os valores constantes da Tabela do
Sistema Único de Saúde (SUS). O Seguro DPVAT
assegura à vítima o reembolso de despesas médico-
hospitalares, desde que devidamente comprovadas,
efetuadas pela rede credenciada junto ao Sistema
Único de Saúde, quando em caráter privado, vedada
a cessão de direitos, bem como veda o reembolso
quando o atendimento for realizado pelo SUS, sob
pena de descredenciamento do estabelecimento de
saúde do SUS, sem prejuízo das demais penalidades previstas em lei.
OBSERVAÇÕES:
1. Qualquer indenização será paga com base no
valor vigente na data da ocorrência do sinistro, em
cheque nominal aos beneficiários, descontável no
dia e na praça da sucursal que fizer a liquidação, no prazo de trinta dias da entrega dos documentos.
O pagamento também poderá ser realizado através
de depósito ou transferência eletrônica de dados
(TED) para a conta corrente ou conta poupança do
beneficiário, observada a legislação do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
2. O valor da indenização do DPVAT não tem
relação com o valor salário mínimo vigente no país.
Os valores de indenização do seguro DPVAT são os fixados pela Lei 11.482/07.
35
IV - É possível receber mais de uma
indenização em decorrência de um mesmo
acidente em coberturas diferentes?
As indenizações por morte e invalidez permanente
não são cumulativas. No caso de ocorrência da
morte da vítima em decorrência do mesmo acidente
que já havia propiciado o pagamento de indenização
por invalidez permanente, a sociedade seguradora
pagará a indenização por morte, deduzida a
importância já paga por invalidez permanente.
Já no caso de ter sido efetuado algum reembolso de
despesas de assistência médica e suplementares
(DAMS) este não poderá ser descontado de
qualquer pagamento por morte ou invalidez
permanente que venha a ser pago em decorrência de um mesmo acidente.
V - Quem tem direito a receber a indenização?
Qualquer vítima de acidente envolvendo veículo,
inclusive motoristas e passageiros, ou seus
beneficiários, podem requerer a indenização do
DPVAT. As indenizações são pagas individualmente,
não importando quantas vítimas o acidente tenha
causado. O pagamento independe da apuração de
culpados. Além disso, mesmo que o veículo não
esteja em dia com o DPVAT ou não possa ser
identificado, as vítimas ou seus beneficiários têm direito à cobertura.
36
Se, por exemplo, em uma batida, há dois carros
envolvidos, cada um com quatro ocupantes, e
também um pedestre, e se as nove pessoas forem
atingidas, todas terão direito a receber indenizações do DPVAT separadamente.
VI - Quem são os beneficiários do seguro?
1. Em caso de Morte:
Na ocorrência de morte, a indenização será paga de
acordo com o disposto no art. 792 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.
2. Em caso de Invalidez Permanente:
A própria vítima.
3. Em caso de Reembolso de Despesas de Assistência Médica e Suplementares (DAMS):
A própria vítima.
Observação 1: O Seguro DPVAT assegura à vítima o
reembolso de despesas médico-hospitalares, desde
que devidamente comprovadas, efetuadas pela rede
credenciada junto ao Sistema Único de Saúde,
quando em caráter privado, vedada a cessão de
direitos, bem como veda o reembolso quando o
atendimento for realizado pelo SUS, sob pena de
descredenciamento do estabelecimento de saúde do
SUS, sem prejuízo das demais penalidades previstas em lei.
Observação 2: Em caso de morte, deixando a vítima
beneficiários incapazes, a indenização será liberada
em nome de quem detiver o encargo de sua guarda,
37
sustento ou despesas, conforme dispuser alvará judicial.
VII - Quais as categorias de veículos automotores abrangidas pelo DPVAT?
Categoria 1 - Automóveis particulares;
Categoria 2 - Táxis e carros de aluguel;
Categoria 3 - Ônibus, microônibus e lotação com
cobrança de frete (urbanos, interurbanos, rurais e interestaduais);
Categoria 4 - Microônibus com cobrança de frete
mas com lotação não superior a 10 passageiros e
Ônibus, microônibus e lotações sem cobrança de
frete (Urbanos, Interurbanos, Rurais e Interestaduais);
Categoria 9 - Motocicletas, motonetas, ciclomotores e similares; e
Categoria 10 - Máquinas de terraplanagem e
equipamentos móveis em geral, quando licenciados,
camionetas tipo "pick-up" de até 1.500 Kg de carga,
caminhões e outros veículos. Esta categoria inclui também:
I – Veículos que utilizem "chapas de experiência" e
"chapas de fabricante", para trafegarem em vias
públicas, dispensando-se, nos respectivos bilhetes
de seguro, o preenchimento de características de
identificação dos veículos, salvo a espécie e o número de chapa;
38
II – Tratores de pneus, com reboques acoplados à
sua traseira destinados especificamente a conduzir
passageiros a passeio, mediante cobrança de
passagem, considerando-se cada unidade da
composição como um veículo distinto para fim de tarifação;
III – Veículos enviados por fabricantes a
concessionários e distribuidores, que trafegam por
suas próprias rodas, para diversos pontos do País,
nas chamadas "viagens de entrega", desde que
regularmente licenciados, terão cobertura por meio
de bilhete Único emitido exclusivamente a favor de
fabricantes e concessionários, cuja cobertura vigerá por um ano;
IV – Caminhões ou veículos "pick-up" adaptados ou
não, com banco sobre a carroceria para o transporte
de operários, lavradores ou trabalhadores rurais aos
locais de trabalho; e
V – Reboques e semi-reboques destinados ao transporte de passageiros e de carga.
VIII - O que é o Consórcio DPVAT?
Para operar no seguro DPVAT, as sociedades
seguradoras deverão aderir, simultaneamente, aos
dois consórcios específicos, um englobando as
categorias 1, 2, 9 e 10 e o outro, as categorias 3 e 4.
Cada um dos consórcios terá como entidade líder
uma seguradora especializada no seguro DPVAT,
podendo a mesma seguradora ser a entidade líder dos dois consórcios.
39
Qualquer uma das sociedades seguradoras
pertencentes aos consórcios se obriga a receber as
solicitações de indenização e reclamações que lhes
forem apresentadas pelos segurados ou beneficiários.
Os pagamentos de indenizações serão realizados
pelos consórcios, representados por seus respectivos líderes.
Ficam excluídos dos consórcios:
I - os seguros de veículos pertencentes aos órgãos
da Administração PÚblica Direta, Indireta,
Autárquica e Fundacional dos Governos Estaduais
que, por força de legislação estadual, estejam
obrigados a contratar seguros em sociedade
seguradora sob controle acionário de qualquer dos
referidos órgãos pÚblicos e a canalizar recursos
para programas de seguro rural, respeitadas as
normas tarifárias e condições aprovadas pelo CNSP; e
II - veículos enviados por fabricantes a
concessionários e distribuidores, que trafegam por
suas próprias rodas, para diversos pontos do País,
nas chamadas "viagens de entrega", desde que
regularmente licenciados, terão cobertura por meio
de bilhete Único emitido exclusivamente a favor de
fabricantes e concessionários, cuja cobertura vigerá por um ano.
Para os veículos excluídos dos consórcios, o seguro
DPVAT será operado de forma independente por
sociedade seguradora.
40
Observação: A partir de 1º de janeiro de 2008,
consórcios foram criados em substituição aos
convênios ora existentes.
IX - Como contratar?
Para as categorias pertencentes aos Consórcios
DPVAT, a contratação do seguro obedecerá aos seguintes procedimentos:
1 - No caso de veículos sujeitos ao Imposto sobre
Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, o
bilhete de seguro será emitido, exclusivamente,
com o Certificado de Registro e Licenciamento Anual.
a) Para o Consórcio que inclui as categorias 1, 2, 9
e 10, o prêmio de seguro será pago conjuntamente
com a cota Única ou com a primeira parcela do IPVA.
b) Para o Consórcio que inclui as categorias 3 e 4,
será permitido o pagamento do prêmio do seguro
em nÚmero de parcelas não superior ao do
parcelamento do Imposto sobre Propriedade de
Veículos Automotores – IPVA, conforme disposto na
Resolução CNSP 154/06, ou, exclusivamente no ano
de 2009, em parcela Única que deverá ter
vencimento até a data do emplacamento ou
licenciamento anual do respectivo veículo, conforme
definido na Resolução CNSP Nº192/08 e na
Resolução CNSP Nº207/09. A forma de cobrança do
prêmio para esse Consórcio em 2009 deve ser
definida em função de acordos operacionais entre o DETRAN de cada Estado e o Consórcio DPVAT.
41
c) No primeiro licenciamento do veículo, o valor do
prêmio será calculado de forma proporcional,
considerando-se o número de meses entre o mês de
licenciamento, inclusive, e dezembro do mesmo ano.
d) Nas categorias 1, 2, 9 e 10, a data de
vencimento para pagamento do prêmio do Seguro
DPVAT coincidirá com a data de vencimento para
recolhimento da quota Única ou da primeira prestação do IPVA.
e) Nas categorias 3 e 4, a data de vencimento para
pagamento do prêmio do Seguro DPVAT coincidirá
com a data de vencimento para o recolhimento da
quota Única ou das prestações do IPVA, se for
utilizado a primeiro opção de pagamento do prêmio disposta na alínea "b".
2 - No caso de veículos isentos do Imposto sobre
Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, a
contratação do Seguro DPVAT será efetuada
juntamente com o emplacamento ou no licenciamento anual.
3 - Na primeira contratação, o valor do prêmio será
calculado de forma proporcional, considerando-se o
número de meses entre o mês de contratação, inclusive, e dezembro do mesmo ano.
4 - O pagamento do prêmio deverá ser efetuado somente na rede bancária.
5 - Para os veículos excluídos dos Consórcios, o
Seguro DPVAT será operado de forma independente por cada sociedade seguradora.
42
X - Qual é a vigência do Seguro?
Corresponderá ao ano civil.
Os veículos novos estão sujeitos à aplicação de
"pro-rata". Um veículo adquirido no mês de julho,
por exemplo, deve pagar apenas 6/12 do prêmio,
pois estará coberto durante 6 meses no seu primeiro ano de circulação.
XI - Posso transferir meu bilhete de seguro de um veículo para outro?
Não. Em caso de transferência de propriedade do
veículo, o bilhete de seguro se transfere
automaticamente para o novo proprietário, independentemente de endosso.
XII - Pode um veículo ter mais de dois bilhetes de seguro DPVAT?
É vedada a emissão de mais de um bilhete de
seguro para o mesmo veículo. Na hipótese de
ocorrer duplicidade de seguro, prevalecerá sempre o seguro mais antigo.
XIII - O que acontece se o proprietário deixar de pagar o DPVAT?
Todo proprietário de veículo deve manter o Seguro
Obrigatório DPVAT em dia, conforme determina as
normas em vigor. O não pagamento do seguro
acarreta a seguinte implicação: o veículo não é
considerado devidamente licenciado para efeitos de
43
fiscalização, estando o proprietário sujeito às penalidades previstas na legislação.
Além disso, em atendimento ao disposto no art. 112
do Decreto-lei nº 73/66, com redação dada pela Lei
Complementar 126/07, as pessoas que deixarem de
contratar os seguros legalmente obrigatórios, sem
prejuízo de outras sanções legais, será aplicada multa de o dobro do valor do prêmio.
XIV - O pagamento do DPVAT pode ser
parcelado?
Para o Consórcio que inclui as categorias 1, 2, 9 e
10 não é permitido o parcelamento do pagamento dos prêmios do Seguro DPVAT.
Para o Consórcio que inclui as categorias 3 e 4, o
pagamento do prêmio do seguro DPVAT poderá ser
realizado de forma parcelada, sendo que, o número
de parcelas não poderá ser superior ao do
parcelamento do Imposto sobre Propriedade de
Veículos Automotores – IPVA, observado o disposto no item IX.
XV - Quem está coberto pelo Seguro?
Todas as pessoas, transportadas ou não, que foram
vítimas de acidentes de trânsito causados por
veículos automotores de vias terrestres, ou por sua carga.
A cobertura abrangerá, inclusive, danos pessoais
causados aos proprietários e motoristas dos veículos, seus beneficiários e dependentes.
44
XVI - Todas as Seguradoras participam dos Consórcios DPVAT?
Para operar o seguro DPVAT, as sociedades
seguradoras deverão aderir, simultaneamente, aos
dois Consórcios específicos, um englobando as
categorias 1, 2, 9 e 10 e o outro as categorias 3 e 4.
O contrato de constituição do Consórcio deverá
conter as regras de adesão e retirada das
seguradoras e suas alterações deverão ser previamente aprovadas pela SUSEP.
XVII - Quanto custa o Seguro?
Os prêmios tarifários (sem a incidência de IOF*),
por categoria, são estabelecidos através da
Resolução do Conselho Nacional de Seguros
Privados nº 192/2008 (alterada pela Resolução
CNSP nº 215/2010), em:
Categoria Prêmio
Tarifário (R$)
1 96,63
2 96,63
3 390,84
4 242,33
9 274,06
10 101,13
(*) IOF:
45
- O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
incide sobre os prêmios tarifários, na forma da
legislação específica.
Exemplo: Prêmio bruto = Prêmio tarifário x (1 +
alíquota do IOF), o prêmio bruto é o efetivamente cobrado ao segurado.
- A alíquota do IOF no seguro DPVAT, atualmente,
é de 0,38%, de acordo com o disposto no Decreto
6.306/07, redação dada pelo Decreto 6.339/08, de 03/01/2008.
Observação: Adicionalmente ao prêmio tarifário do
seguro, será cobrado o valor de R$ 4,15 (quatro
reais e quinze centavos), a título de custo da
emissão e da cobrança da apólice ou do bilhete do
Seguro DPVAT, em atendimento ao disposto nos §§
3º e 4º do art. 12 da Lei Nº 6.194, de 19 de
dezembro de 1974, incluídos pelo artigo 30 da Lei Nº 11.945, de 4 de junho de 2009.
XVIII - Como obter a indenização no caso de
acidentes?
O procedimento para receber a indenização do
Seguro Obrigatório DPVAT é simples e dispensa a
ajuda de intermediários. O interessado deve ter
cuidado ao aceitar a ajuda de terceiros, pois são
muitos os casos de fraudes e de pagamentos de honorários desnecessários.
Os pedidos de indenização do DPVAT devem ser
feitos através de quaisquer seguradoras
consorciadas. Basta que o interessado escolha a
46
seguradora de sua preferência e apresente a documentação necessária.
Em caso de dúvida, o beneficiário deve ligar para a
Central de Atendimento dos Consórcios DPVAT:
0800-0221204, ou consultar o site dos Consórcios
na internet www.dpvatseguro.com.br, ou, ainda,
ligar para a central de atendimento da SUSEP: 0800-0218484.
XIX - Quais são os documentos necessários para obter a indenização?
A vítima, ou seu beneficiário, deve dirigir-se à seguradora apresentando os seguintes documentos:
– Indenização por morte:
a) certidão de óbito;
b) registro de ocorrência expedido pela autoridade policial competente; e
c) prova da qualidade de beneficiário.
– Indenização por invalidez permanente:
a) laudo do Instituto Médico Legal da jurisdição do
acidente ou da residência da vítima, com verificação
da existência e quantificação das lesões
permanentes, totais ou parciais, de acordo com os
percentuais da tabela constante do anexo à Lei
6.194/74, alterado pela Lei Nº 11.945, de 4 de junho de 2009;
b) registro da ocorrência expedido pela autoridade policial competente.
47
- Indenização de despesas de assistência médica e suplementares:
a) prova das despesas médicas efetuadas;
b) prova de que as despesas referidas na alínea
"a" decorrem de atendimento à vítima de danos
pessoais decorrentes de acidente envolvendo veículo automotor de via terrestre;
c) registro de ocorrência expedido pela autoridade
policial competente, da qual deverá constar,
obrigatoriamente, o nome do hospital, ambulatório,
ou médico assistente que tiver prestado o primeiro atendimento à vítima.
Caso seja detectada falha, de ordem formal, em um
dos documentos ou a existência de indícios de
fraude, deverá a sociedade seguradora, no prazo
máximo de 15 (quinze) dias, a contar do
recebimento da documentação, notificar o
interessado, com "aviso de recebimento",
solicitando os documentos ou esclarecimentos necessários à elucidação dos fatos.
– Quando as declarações contidas em
documento apresentado não caracterizarem a
ocorrência de sinistro coberto, por não
comprovarem a existência de acidente com veículo
automotor de via terrestre, a produção de dano
pessoal ou o nexo causal entre esses fatos, deverá a sociedade seguradora:
a) notificar a vítima ou, em caso de morte, seu
herdeiro legal ou mandatário devidamente
48
constituído, da falha encontrada, por meio de
correspondência com "aviso de recebimento", a ser
expedida no prazo máximo de quinze dias contados da data de entrega da documentação; e
b) na data de expedição da notificação,
encaminhar à SUSEP cópia do inteiro teor da correspondência enviada.
– Uma vez esclarecidos os fatos ou sanada, pelo
interessado, a falha indicada na notificação
expedida pela sociedade seguradora, esta deverá
pagar a indenização no prazo máximo de 30
(trinta), a contar da data do recebimento da resposta.
XX - Existe necessidade de nomear procurador para recebimento da indenização?
Não há necessidade de nomear procurador para
recebimento de indenização de seguro DPVAT, que
poderá ser requerida pela própria vítima do acidente
ou por seus beneficiários. Caso seja nomeado
procurador, faz-se necessário apresentar a procuração.
XXI - Qual é o prazo para o recebimento da indenização?
O prazo para liberação do pagamento é de 30
(trinta) dias, nos casos em que a documentação
apresentada encontra-se completa e regular.
Havendo pendências na documentação, o prazo de
30 (trinta) dias é suspenso e reiniciado a partir da data em que as mesmas forem solucionadas.
49
XXII - Qual é a diferença entre Seguro facultativo de RCF-V, APP e o DPVAT?
A Lei 6.194/74 introduziu como obrigatório o Seguro
de DPVAT com a finalidade de amparar as vítimas
de acidentes de trânsito em todo território nacional,
independente de apuração de culpa.
Estão cobertas todas as pessoas, transportadas ou
não, que forem vítimas de acidentes de trânsito
causados por veículos automotores de vias
terrestres, ou por sua carga. Neste ramo não se
consideram como vítimas apenas os terceiros
envolvidos. Qualquer pessoa, mesmo o filho do
motorista, pode receber a indenização se estiver no
interior do veículo acidentado. Não estão cobertos os danos materiais causados a terceiros.
Para complementar a cobertura do seguro DPVAT
poderíamos contemplar os seguintes seguros,
oferecidos de forma facultativa pelo mercado segurador:
RCF- V: Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos. Existem duas coberturas:
- Danos Materiais: por esta cobertura, caso o
segurado seja o responsável, a seguradora reembolsa os prejuízos materiais de terceiros.
- Danos Corporais: por esta cobertura, caso o
segurado seja o responsável, a seguradora
reembolsa os prejuízos relacionados a danos
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corporais (ferimentos, lesões ou morte) causados a terceiros.
APP: Acidentes Pessoais de Passageiros. Esta
cobertura visa indenizar os passageiros ou seus
beneficiários, transportado pelo veículo segurado
por lesões ou morte que venham a sofrer.
Nestes casos, as garantias ficam limitadas ao valor
da importância segurada contratada. Os contratos
prevêem importâncias seguradas distintas, por
veículo, para as garantias de danos materiais, de
danos corporais e de APP.
Observamos ainda que, de acordo com as normas
vigentes, a garantia de danos corporais concedida
pelo seguro de RCF-V somente deve responder, em
cada reclamação, pela parte da indenização que
exceder os limites vigentes na data do sinistro para
as coberturas do seguro obrigatório de DPVAT.
Este dispositivo evita que haja duplicidade de
cobertura, nos casos em que ambos os seguros estejam cobrindo o mesmo risco.
XXIII - Existe a possibilidade de isentar do
pagamento do seguro obrigatório os
proprietários de veículos que possuam
apólices de seguros com empresas privadas?
Não. O Seguro DPVAT possui sua contratação
obrigatória por Lei.
Destaca-se ainda que o objetivo do seguro DPVAT é
de indenizar a vítima ou a seu beneficiário em
decorrência de morte, invalidez permanente ou
despesas de assistência médica e suplementar em
acidente de trânsito. O mesmo não indeniza os
51
danos materiais causados ao proprietário do veículo que tenha se envolvido em acidente ou roubo.
XXIV - Quem procurar em caso de dúvidas?
Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT:
• Central DPVAT: 0800-0221204 (ligações gratuitas)
• Canal Fale Conosco DPVAT em www.dpvatseguro.com.br
• Atendimento presencial DPVAT: Seguradora
Líder Dos Consórcios do Seguro DPVAT: Rua
Senador Dantas, 76 - 3º andar – Centro – Rio de Janeiro.
• Outros pontos de atendimento presencial:
Listagem disponível através do
link www.dpvatseguro.com.br/ptatendimento/main.asp
• Central de atendimento da SUSEP: 0800-0218484 (ligações gratuitas)
XXV - Quais são as normas que regem o DPVAT?
1. Lei N.º 6.194, de 19 de dezembro de 1974,
dispõe sobre Seguro Obrigatório de Danos
Pessoais causados por veículos automotores de
via terrestre, ou por sua carga, a pessoas
transportadas ou não - DPVAT.
2. Lei N.º 8.441, de 13 de julho de 1992, altera
dispositivos da Lei n.º 6.194 de 19 de
dezembro de 1974.
52
3. Lei N.º 11.482, de 31 de maio de 2007, que
altera dispositivos da Lei n.º 6.194 de 19 de
dezembro de 1974.
4. Lei N.º 11.945, de 4 de junho de 2009, que
altera dispositivos da Lei n.º 6.194 de 19 de
dezembro de 1974.
5. Decreto N.º 2.867, de 8 de dezembro de 1998,
dispõe sobre a repartição de recursos
provenientes do Seguro DPVAT.
6. Portaria Interministerial 4.044/98.
7. Resolução CNSP N.º 192, de 16 de dezembro
de 2008, dispõe sobre as condições tarifárias
do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais
Causados por Veículos Automotores de Via
Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas
Transportadas ou não – Seguro DPVAT, e dá
outras providências.
8. Resolução CNSP N.º 153, de 8 de dezembro de
2006, dispõe sobre a Constituição das Provisões
Técnicas do Seguro Obrigatório de Danos
Pessoais Causados por Veículos Automotores de
Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas
Transportadas ou não - Seguro DPVAT.
9. Resolução CNSP N.º 154, de 8 de dezembro de
2006, altera e consolida as Normas
Disciplinadoras do Seguro Obrigatório de Danos
Pessoais Causados por Veículos Automotores de
Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas
Transportadas ou não - Seguro DPVAT.
10. Resolução CNSP N.º 192, de 16 de
dezembro de 2008, que dispõe sobre as
condições tarifárias do Seguro Obrigatório de
Danos Pessoais Causados por Veículos
Automotores de Via Terrestre, ou por sua
53
Carga, a Pessoas Transportadas ou não -
Seguro DPVAT.
11. Resolução CNSP N.º 196, de 16 de
dezembro de 2008, que altera o art. 11 do
anexo a Resolução CNSP n.º 154, de 8 de
dezembro de 2006.
12. Circular SUSEP N.º 393, de 16 de outubro
de 2009, que altera e consolida as instruções
complementares para a operação do Seguro
Obrigatório de Danos Pessoais Causados por
Veículos Automotores de Via Terrestre, ou por
sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não –
Seguro DPVAT.
13. Resolução CNSP N.º 207, de 27 de
novembro de 2009, que dispõe sobre o prazo
para pagamento do prêmio do Consórcio que
inclui as categorias 3 e 4 do Seguro Obrigatório
de Danos Pessoais Causados por Veículos
Automotores de Via Terrestre, ou por sua
Carga, a Pessoas Transportadas ou Não –
Seguro DPVAT.
14. Resolução CNSP N.º 215, de 6 de
dezembro de 2010, que altera dispositivos da
Resolução CNSP nº 192, de 30 de dezembro de
2008.
15. Resolução CNSP N.º 230, de 28 de
dezembro de 2010, que dispõe sobre o prazo
de vencimento para o pagamento do prêmio do
Consórcio que inclui as categorias 3 e 4 do
Seguro Obrigatório de Danos Pessoais
Causados por Veículos Automotores de Via
Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou não - Seguro DPVAT.
54
Obs.: As Leis e o Decreto podem ser encontrados no
site www.presidencia.gov.br e os demais
normativos neste Sítio.
XXVI - Como fazer uma reclamação contra uma Seguradora junto à SUSEP?
As reclamações à SUSEP podem ser formuladas pelos seguintes canais:
1. Pessoal (Sede, ou Regionais DF, MG, PA, RS e SP)
2. Telefone (Disque SUSEP 0800 021 8484)
3. Internet (site ww.susep.gov.br - link FALE CONOSCO)
4. Carta (para qualquer de nossos endereços)
Inicialmente a SUSEP, por intermédio do
Atendimento ao Público, contata com a Ouvidoria da
empresa, com a finalidade de sanar imediatamente
o problema. Cientificando o cliente que, no caso da
não solução, deverá retornar encaminhando os
documentos comprobatórios, necessários à
instrução de processo, os quais estão relacionados na Circular SUSEP nº 292/05.
Com relação aos documentos necessários à
instrução dos processos relativos às reclamações do
seguro DPVAT, adaptamos a circular 292 as
alterações da Lei nº 11.482/2007, que altera a Lei nº 6.194/2004.
Para instruir corretamente um processo de
reclamação junto à SUSEP, agilizando inclusive sua
55
conclusão, o interessado deverá encaminhar as
informações e cópias de documentos a seguir
discriminados:
a) Em caso de Morte:
- Requerimento à SUSEP, devidamente datado e
assinado pelo interessado, incluindo a narração dos fatos e com indicação da divergência ou dúvida;
- Interessado pessoa física - qualificação, cópia do
documento de identidade, CPF e informações para contato;
- Interessado pessoa jurídica - qualificação, cópia do
documento de identidade, CPF e informações para contato;
- Representante legal de pessoa física ou jurídica -
qualificação, procuração ou instrumento que
comprove seus poderes de representação,
documento de identidade, CPF e informações para
contato;
- Resposta final da ouvidoria ou do setor de atendimento da empresa reclamada;
- Bilhete de seguro (DPVAT categorias 3 e 4 - até dez/2004);
- Aviso de sinistro;
- Registro da ocorrência expedido por autoridade policial competente;
- Certidão de óbito;
- Comprovante da qualidade de beneficiário;
56
- Comprovante de entrega dos documentos
exigidos, pela seguradora, para regulação do
sinistro (recomendável).
b) Em caso de Invalidez Permanente:
- Requerimento à SUSEP, devidamente datado e
assinado pelo interessado, incluindo a narração dos fatos e com indicação da divergência ou dúvida;
- Interessado pessoa física - qualificação, cópia do
documento de identidade, CPF e informações para contato;
- Interessado pessoa jurídica - qualificação, cópia do
documento de identidade, CPF e informações para contato;
- Representante legal de pessoa física ou jurídica -
qualificação, procuração ou instrumento que
comprove seus poderes de representação,
documento de identidade, CPF e informações para
contato;
- Resposta final da ouvidoria ou do setor de atendimento da empresa reclamada;
- Bilhete de seguro (DPVAT categorias 3 e 4 - até dez/2004);
- Aviso de sinistro;
- Registro da ocorrência expedido por autoridade policial competente;
- Laudo do Instituto Médico Legal da jurisdição do
acidente ou da residência da vítima, com verificação
da existência e quantificação das lesões
57
permanentes, totais ou parciais de acordo com os
percentuais da tabela constante do anexo à Lei
6.194/74;
- Comprovante de entrega dos documentos
exigidos, pela seguradora, para regulação do sinistro (recomendável).
c) Em caso de Reembolso de DAMS:
- Requerimento à SUSEP, devidamente datado e
assinado pelo interessado, incluindo a narração dos
fatos e com indicação da divergência ou dúvida;
- Interessado pessoa física - qualificação, cópia do
documento de identidade, CPF e informações para contato;
- Interessado pessoa jurídica - qualificação, cópia do
documento de identidade, CPF e informações para contato;
- Representante legal de pessoa física ou jurídica -
qualificação, procuração ou instrumento que
comprove seus poderes de representação,
documento de identidade, CPF e informações para contato;
- Resposta final da ouvidoria ou do setor de
atendimento da empresa reclamada;
- Bilhete de seguro (DPVAT categorias 3 e 4 - até dez/2004);
- Aviso de sinistro;
- Registro de ocorrência expedido pela autoridade
policial competente, do qual deverá constar,
obrigatoriamente, o nome do hospital, ambulatório,
58
ou médico assistente que tiver prestado o primeiro atendimento à vítima;
- Comprovantes de pagamento das despesas medicas;
- Prova de que as despesas decorrem do
atendimento à vítima de acidente envolvendo veículo automotor de via terrestre;
- Recibo de pagamento de indenização (em caso de divergência de valores pagos);
- Comprovante de entrega dos documentos
exigidos, pela seguradora, para regulação do sinistro (recomendável).
59
SEGURO RURAL
O Que é o Seguro Rural?
Quais São as Modalidades do Seguro Rural?
O Que Cobre Cada Uma das Modalidades do Seguro Rural?
Qual é o Prazo para o Recebimento da Indenização em Cada Uma das Modalidades do Seguro Rural?
Qual a Diferença Entre Seguro Pecuário e Seguro de Animais?
Qual a Diferença Entre Seguro de Benfeitorias e Produtos Agropecuários e Penhor Rural?
O Que é CPR?
O Que é o FESR?
Quem Pode Ter a Garantia do FESR?
De Onde Vêm as Receitas do FESR?
O Que Fazer para Obter a Garantia do FESR?
O que é Subvenção Econômica ao Prêmio do Seguro Rural?
Quais São as Normas (SUSEP/CNSP) que Regem o Seguro Rural?
Quem Procurar em Caso de Dúvidas?
O que é o Seguro Rural?
60
O Seguro Rural é um dos mais importantes
instrumentos de política agrícola, por permitir ao
produtor proteger-se contra perdas decorrentes
principalmente de fenômenos climáticos adversos.
Contudo, é mais abrangente, cobrindo não só a
atividade agrícola, mas também a atividade
pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus
produtos, o crédito para comercialização desses produtos, além do seguro de vida dos produtores.
O objetivo maior do Seguro Rural é oferecer
coberturas que, ao mesmo tempo, atendam ao
produtor e à sua produção, à sua família, à geração
de garantias a seus financiadores, investidores,
parceiros de negócios, todos interessados na maior
diluição possível dos riscos, pela combinação dos diversos ramos de seguro.
Quais São as Modalidades do Seguro Rural?
1. Seguro Agrícola
1. Ramo 01: Seguro Agrícola Sem Cobertura
do FESR
2. Ramo 02: Seguro Agrícola Com Cobertura
do FESR
2. Seguro Pecuário
1. Ramo 03: Seguro Pecuário Sem Cobertura
do FESR
2. Ramo 04: Seguro Pecuário Com Cobertura
do FESR
3. Seguro Aqüícola
1. Ramo 05: Seguro Aqüícola Sem Cobertura
do FESR
2. Ramo 06: Seguro Aqüícola Com Cobertura
do FESR
61
4. Seguro de Benfeitorias e Produtos
Agropecuários (Ramo 30)
5. Seguro de Penhor Rural
1. Ramo 62: Seguro de Penhor Rural
Instituição Financeira Privada
2. Ramo 63: Seguro de Penhor Rural
Instituição Financeira Pública
6. Seguro de Florestas
1. Ramo 07: Seguro de Florestas Sem
Cobertura do FESR
2. Ramo 08: Seguro de Florestas Com
Cobertura do FESR
7. Seguro de Vida do Produtor Rural (Ramo 98) 8. Seguro de Cédula do Produto Rural (Ramo 09)
O Que Cobre Cada Uma das Modalidades do Seguro Rural?
Seguro Agrícola: Este seguro cobre as explorações
agrícolas contra perdas decorrentes principalmente
de fenômenos meteorológicos. Cobre basicamente a
vida da planta, desde sua emergência até a
colheita, contra a maioria dos riscos de origem
externa, tais como, incêndio e raio, tromba d'água,
ventos fortes, granizo, geada, chuvas excessivas, seca e variação excessiva de temperatura.
Seguro Pecuário: Este seguro tem por objetivo
garantir o pagamento de indenização em caso de
morte de animal destinado, exclusivamente, ao
consumo, produção, cria, recria, engorda ou trabalho por tração.
Os animais destinados à reprodução por monta
natural, coleta de sêmen ou transferência de
embriões, cuja finalidade seja, exclusivamente, o
62
incremento e/ou melhoria de plantéis daqueles
animais mencionados no parágrafo anterior, estão
também enquadrados na modalidade de seguro pecuário.
Seguro Aqüícola: Este seguro garante indenização
por morte e/ou outros riscos inerentes à animais
aquáticos (peixes, crustáceos, ...) em conseqüência de acidentes e doenças.
Seguro de Benfeitorias e Produtos
Agropecuários: Este seguro tem por objetivo
cobrir perdas e/ou danos causados aos bens,
diretamente relacionados às atividades agrícola,
pecuária, aqüícola ou florestal, que não tenham sido
oferecidos em garantia de operações de crédito rural.
Seguro de Penhor Rural: O Seguro de Penhor
Rural tem por objetivo cobrir perdas e/ou danos
causados aos bens, diretamente relacionados às
atividades agrícola, pecuária, aqüícola ou florestal,
que tenham sido oferecidos em garantia de operações de crédito rural.
Observada a natureza da instituição financeira, o
Seguro de Penhor Rural se divide em dois ramos
distintos: Penhor Rural – Instituições Financeiras
Públicas e Penhor Rural – Instituições Financeiras Privadas.
OBS.: Todas as operações dos seguros de bens
diretamente relacionados às atividades agrícola,
pecuária, aqüícola ou florestal devem ser
comercializadas e contabilizadas nos ramos Penhor
Rural (ramos 62 e 63) e Benfeitorias e Produtos
63
Agropecuários (ramo 30), observadas as respectivas
definições, sob pena de aplicação de penalidade,
nos termos da legislação vigente.
Seguro de Florestas: Este seguro tem o objetivo
de garantir pagamento de indenização pelos
prejuízos causados nas florestas seguradas,
identificadas e caracterizadas na apólice, desde que
tenham decorrido diretamente de um ou mais riscos cobertos.
Seguro de Vida: Este seguro é destinado ao
produtor rural, devedor de crédito rural, e terá sua
vigência limitada ao período de financiamento,
sendo que o beneficiário será o agente financiador.
Seguro de Cédula do Produto Rural - CPR: O
seguro de CPR tem por objetivo garantir ao
segurado o pagamento de indenização, na hipótese
de comprovada falta de cumprimento, por parte do tomador, de obrigações estabelecidas na CPR.
Qual é o Prazo para o Recebimento da
Indenização em Cada Uma das Modalidades do Seguro Rural?
O prazo para recebimento da indenização está
limitado a no máximo 30 dias, contados a partir do
cumprimento de todas as exigências por parte do
Segurado, de acordo com a norma em vigor e
observado o que dispuser nas condições contratuais do seguro contrato.
Qual a Diferença Entre Seguro Pecuário e Seguro de Animais?
64
O Seguro Pecuário, definido como modalidade de
Seguro Rural, tem por objetivo garantir o
pagamento de indenização, em caso de morte de
animal destinado, exclusivamente, ao consumo,
produção, cria, recria, engorda ou trabalho por tração.
Os animais destinados à reprodução por monta
natural, coleta de sêmen ou transferência de
embriões, cuja finalidade seja, exclusivamente, o
incremento e/ou melhoria de plantéis daqueles
animais mencionados no parágrafo anterior, estão
também enquadrados na modalidade de seguro pecuário.
O Seguro de Animais tem por objetivo garantir o
pagamento de indenização, em caso de morte de
animais classificados como de elite ou domésticos e não está enquadrado como Seguro Rural.
Entendem-se como animais de elite os destinados
ao lazer ou à participação em torneios/provas
esportivas, bem como aqueles utilizados,
exclusivamente, na coleta de sêmen e transferência
de embriões para fins distintos dos estabelecidos
para o Seguro Pecuário.
Entendem-se como animais domésticos aqueles
adaptados ao convívio familiar e destinados,
exclusivamente, à companhia de pessoas ou guarda residencial.
Vale lembrar que, por estar enquadrado como uma
modalidade de seguro rural, o Seguro Pecuário goza
de isenção tributária irrestrita de quaisquer
impostos ou tributos federais, nos termos do art. 19
65
do Decreto-Lei 73/66, o que não ocorre com o Seguro de Animais.
O Seguro de Animais não está enquadrado como uma modalidade de Seguro Rural.
Qual a Diferença Entre Seguro de Benfeitorias e Produtos Agropecuários e Penhor Rural?
Os Seguros de Benfeitorias e Produtos
Agropecuários têm por objetivo cobrir perdas e/ou
danos causados aos bens, diretamente relacionados
às atividades agrícola, pecuária, aqüícola ou
florestal, que não tenham sido oferecidos em garantia de operações de crédito rural.
O Seguro de Penhor Rural tem por objetivo cobrir
perdas e/ou danos causados aos bens, diretamente
relacionados às atividades agrícola, pecuária,
aqüícola ou florestal, que tenham sido oferecidos em garantia de operações de crédito rural.
O Que é CPR?
É um título emitido por produtor rural ou suas
associações, inclusive cooperativas, criado pela Lei
n° 8.929, de 22/08/94. O produtor rural, através da
CPR, vende a termo sua produção agropecuária,
recebe o valor da venda no ato da formalização do
negócio e se compromete a entregar o produto
vendido na quantidade, qualidade e em local e data
estipulados no título.
Através da Lei n° 10.200, de 2001, fica permitida a liquidação financeira da CPR.
O Que é o FESR?
66
O Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR foi
criado pelo Decreto-lei nº 73, de 21.11.66, tendo
como gestor a IRB – Brasil Re.
Sua finalidade é manter e garantir o equilíbrio das
operações agrícolas no país, bem como atender à
cobertura suplementar dos riscos de catástrofe, inerentes à atividade rural.
O exercício do FESR é de 1° de julho a 30 de junho do ano seguinte.
As Sociedades Seguradoras e a IRB recuperam do
FESR a parcela de seus sinistros retidos quando
esta se situar entre 100% e 150% dos prêmios
puros ou for superior a 250% dos prêmios puros. A
faixa de 150% a 250% pode ser amparada por um
contrato de resseguro uma vez que não é coberta pelo FESR.
Quem Pode ter a Garantia do FESR?
As Sociedades Seguradoras que operam nas seguintes modalidades:
1. Seguro Agrícola (Custeio, pela Res. CNSP
50/01)
2. Seguro Pecuário
3. Seguro Aqüícola
4. Seguro de Florestas
5. Seguro de Penhor Rural – instituições
financeiras públicas
6. Seguro de Penhor Rural – instituições financeiras privadas
De Onde Vêm as Receitas do FESR?
67
As receitas do fundo têm as seguintes origens:
1. excedentes do máximo admissível tecnicamente
como lucro nas operações de seguros: agrícola,
pecuário, aqüícola, de florestas e penhor rural.
2. crédito especial da União, quando necessário,
para cobertura de deficiência operacional verificada no exercício anterior.
O Que Fazer Para Obter a Garantia do FESR?
As Sociedades Seguradoras que operem com o
FESR devem apresentar ao Gestor do FESR, com
antecedência mínima de 90 dias do início do
exercício, plano de operações com as seguintes informações mínimas:
1. relação das regiões e culturas que pretendam
atuar em cada exercício do Fundo, observando,
obrigatoriamente, as orientações do
zoneamento agrícola do Ministério da
Agricultura e Abastecimento ou instituições
oficiais de pesquisa, caso as operações incluam
o seguro agrícola;
2. programa de resseguro relacionado a cada uma das modalidades selecionadas para atuação.
A garantia do FESR está condicionada à aprovação
pela SUSEP das Condições contratuais e Nota
Técnica Atuarial (NTA), para cada exercício. O
material deverá ser encaminhado com antecedência mínima de 90 dias do início do exercício.
A aprovação da NTA fica condicionada à apresentação da cobertura de resseguro.
68
Para fins de custeio das despesas administrativas
deve ser considerado na NTA o percentual de 10%
dos prêmios emitidos, ou até 20%, desde que devidamente justificado.
O que é Subvenção Econômica ao Prêmio do Seguro Rural?
É o pagamento pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA) de parte do prêmio de seguro rural devido pelo produtor.
Essa subvenção tem o objetivo de tornar o seguro rural mais acessível para todos os produtores rurais.
Quais São as Normas (SUSEP/CNSP) que Regem o Seguro Rural?
• Resolução CNSP 46/2001 – Dispõe sobre o
Seguro Rural e o Fundo de Estabilidade do Seguro
Rural - FESR, de sua administração e controle por
seu Gestor, e dá outras providências.
• Resolução CNSP 50/2001 – Dispõe sobre a
participação da IRB-Brasil Resseguros S.A. na
garantia de que trata o Capítulo IV da Resolução
CNSP nº 46, de 12 de fevereiro de 2001, e dá outras providências.
• Resolução CNSP n° 95/2002 - Altera RESOLUÇÃO
CNSP No 46, de 2002 para incluir o Seguro de Vida
do produtor rural, quando este estiver vinculado à
crédito rural, e o Seguro de CPR como modalidades do seguro rural, portanto com isenção de IOF.
• Circular SUSEP n° 261/04 – Dispõe sobre o seguro CPR e dá outras providências.
69
• Circular SUSEP n° 268/2004 – Disponibiliza no
site da SUSEP as novas condições contratuais do
plano padronizado do seguro de florestas e dá outras providências
• Circular SUSEP n° 308/2005 – Dispõe sobre o seguro de Penhor Rural e dá outras providências.
• Circular SUSEP n° 305/2005 – Dispõe sobre o seguro de Benfeitorias e dá outras providências.
• Circular SUSEP n° 286/05– Dispõe sobre o seguro pecuário e o seguro de animais.
• Circular SUSEP n° 360/08 - (Seguro Rural -
Anexo VII) Dispõe sobre o envio de dados pelas
Sociedades Seguradoras, Entidades Abertas de
Previdência Complementar e Caixa Econômica Federal (CAIXA).
• Lei n° 10.823/03 – Dispõe sobre a subvenção
econômica ao prêmio do Seguro Rural e dá outras
providências.
• Decreto n° 5.121/04 – Regulamenta a Lei n°
10.823/03, que dispõe sobre a subvenção
econômica ao prêmio do Seguro Rural e dá outras providências.
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SEGURO-GARANTIA
01-O que é seguro-garantia?
02-Quais são as partes envolvidas no seguro-garantia?
03-Como se relacionam as partes em uma operação de seguro-garantia?
04-Quem contrata este seguro?
05-O que é um contrato de contragarantia?
06-Quais são as modalidades do seguro-garantia?
07-Qual os normativos em vigor da SUSEP que tratam do seguro-garantia?
08-O que ocorre na falta de pagamento do prêmio do seguro?
09-Quais são os casos de isenção de responsabilidade da seguradora?
10-Qual o valor da garantia?
11-Como é a vigência do seguro-garantia?
12-Como são definidas as taxas e os prêmios praticados?
13-Quais são os detalhes para a regulação e liquidação de um sinistro?
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01 - O que é seguro-garantia?
É um seguro que tem a finalidade de garantir o fiel cumprimento das obrigações contraídas pelo tomador junto ao segurado em contratos privados ou públicos, bem como em licitações.
02 - Quais são as partes envolvidas no seguro-garantia?
Tomador: pessoa jurídica ou pessoa física que assume a tarefa de construir, fornecer bens ou prestar serviços, por meio de um contrato contendo as obrigações estabelecidas. Ao mesmo tempo, torna-se cliente e parceiro da seguradora, que passa a garantir seus serviços. O Tomador é o risco; o interessado em cumprir o contrato. É ele quem paga o prêmio do seguro.
Segurado: pessoa física ou jurídica contratante da obrigação junto ao tomador.
Segurador: quem garante a realização do contrato.
03 - Como se relacionam as partes em uma operação de seguro-garantia?
O segurado recebe uma apólice emitida pela seguradora, garantindo as obrigações do tomador contraídas no contrato principal. Para que se conclua a operação, a seguradora e o tomador assinam o contrato de
72
contragarantia, garantindo o direito de regresso da seguradora contra o tomador em um eventual sinistro.
04 - Quem contrata o seguro-garantia?
Geralmente este seguro é utilizado na construção civil, porém pode ser aplicado em contratos de prestação de serviços, fornecimento e obrigações aduaneiras.
05 - O que é um contrato de contragarantia?
É um instrumento legal que permite obter ressarcimento junto ao tomador dos valores pagos pela seguradora ao segurado. Este contrato não interfere no direito do segurado.
06 - Quais são as modalidades do seguro-garantia?
Seguro-garantia do Concorrente
O objetivo é garantir a indenização, até o valor fixado na apólice, se o tomador, após vencer a concorrência prevista em edital, deixar de assinar o contrato de execução ou de fornecimento previsto no edital ou convite.
Exemplo: É publicado um edital de concorrência pública para construção de um hospital. Um dos requisitos estabelecidos pelo edital é a apresentação de uma apólice de garantia que cubra a obrigação de assinar o contrato, nos termos propostos, caso seja vencedor.
Seguro-garantia do Executante Construtor, Executante Fornecedor e Executante Prestador de Serviços
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O objetivo é garantir a indenização, até o valor fixado na apólice, dos prejuízos decorrentes do inadimplemento do tomador em relação às obrigações assumidas em contratos de construção, fornecimento ou prestação de serviços, firmado entre ele e o segurado e coberto pela apólice.
Exemplo: Uma vez vencida a concorrência pública para a construção do hospital, o tomador, no ato de assinatura do contrato, apresenta uma garantia de execução, garantindo que o hospital ficará pronto.
Seguro-garantia de Adiantamento de Pagamento
O objetivo é garantir a indenização, até o valor fixado na apólice, dos prejuízos decorrentes do inadimplemento do tomador, em relação aos adiantamentos de pagamentos concedidos contratualmente pelo segurado e que não tenham sido liquidados na forma prevista, conforme o contrato de execução.
Exemplo: O segurado acordou contratualmente que, para início das obras do hospital, seria adiantada uma parcela de pagamento para fins de aquisição de materiais. Desta forma, o dinheiro só será liberado antecipadamente mediante a apresentação de uma apólice de seguro-garantia.
Seguro-garantia de Perfeito Funcionamento
O objetivo é garantir a indenização, até o valor fixado na apólice, dos prejuízos decorrentes da inadequação de qualidade da construção, bens fornecidos ou serviços prestados, conforme contrato assinado entre as partes.
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Exemplo: Uma empresa encomenda uma bomba hidráulica com determinada capacidade. Após o recebimento, constata-se que o equipamento não atingiu as especificações anteriormente acordadas.
Seguro-garantia Imobiliário
Este seguro também é conhecido como seguro-garantia de Conclusão de Obra ou seguro-garantia para licenciamento das construções de prédios residenciais multifamiliares e comerciais.
O objetivo é assegurar que o construtor executará a obra nas condições fixadas no memorial de incorporação, garantindo a entrega do imóvel naquelas condições ou, eventualmente após acordo, a devolução das importâncias recebidas. O principal objetivo desta modalidade é garantir a conclusão da obra e não a devolução de recursos.
Exemplo: Esta modalidade de seguro poderá ser utilizada nas vendas de unidades na planta. O segurado é o adquirente do imóvel e o tomador é o incorporador.
Seguro-garantia Aduaneiro
O objetivo é garantir a indenização à Receita Federal, em suas diversas Secretarias, correspondentes ao pagamento de tributos suspensos por regulamento aduaneiro específico, nas situações em que o tomador não cumpra suas obrigações. O seguro é utilizado como garantia para
75
viabilizar a obtenção de regimes aduaneiros, como por exemplo, o regime de admissão temporária.
O risco envolvido é que, ao final do contrato, os equipamentos devem retornar ao exterior ou que seja comprovada sua destruição; caso contrário, os tributos são devidos e se o tomador não recolhê-los, o seguro será acionado.
Outros tipos de garantias aduaneiras podem ser: drawback, trânsito temporário e valoração aduaneira.
Exemplo: Uma empresa petroleira necessita trazer para a Petrobrás, durante um ano, equipamentos para prospecção de petróleo em águas profundas. Para que estes equipamentos possam entrar no Brasil sem pagamento de tributos, a empresa petroleira solicita à Receita Federal um regime especial de importação (admissão temporária) com suspensão de tributos, mediante a apresentação de um Seguro Aduaneiro.
Seguro-garantia para Concessões
A concessão é um instrumento utilizado pelo governo a fim de transferir para iniciativa privada um serviço ou um bem do próprio governo. Esta transferência é feita por um período de aproximadamente 20 anos, podendo ser estendido ou reduzido conforme o caso. A iniciativa privada assume os investimentos em manutenção e melhorias, remunerando-se através da cobrança de uma tarifa.
O seguro-garantia para concessões é feito mediante apólices anuais renováveis uma vez que a seguradora não poderia assumir um risco por todo o prazo de concessão.
O objetivo da apólice é garantir a indenização ao órgão do governo que está realizando a concessão de um serviço ou
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de um bem público, quando ocorrer o descumprimento das obrigações relativas ao contrato de concessão.
Exemplo: concessão de rodovias, concessão de água e esgoto, etc.
07 - Qual os normativos em vigor da SUSEP que tratam do seguro-garantia?
Circular SUSEP 232 de 03/06/2003 - Divulga as
informações mínimas que deverão estar contidas na
apólice, nas condições gerais e nas condições
especiais para os contratos de seguro-garantia e dá outras disposições.
08 - O que ocorre na falta de pagamento do prêmio do seguro?
Cabe ao tomador o pagamento do prêmio do seguro enquanto houver risco, não sendo permitido, com tudo, o cancelamento da apólice por falta de pagamento do prêmio total ou parcial.
09 - Quais são os casos de isenção de responsabilidade da seguradora?
A seguradora ficará isenta de responsabilidade em relação à apólice nas seguintes hipóteses:
1. Caso fortuito ou de força maior; 2. Descumprimento das obrigações do tomador,
decorrente de atos ou fatos de responsabilidade do segurado;
3. Alteração das obrigações contratuais, garantidas pela apólice, acordadas entre segurado e tomador, sem prévia anuência da seguradora.
77
4. No caso de existirem duas ou mais garantias, cobrindo cada uma delas, de forma parcial, o objeto exigido pelo segurado, a seguradora responderá proporcionalmente, com os demais participantes, de acordo com as responsabilidades assumidas.
10 - Qual o valor da garantia?
O valor da garantia pela apólice deverá ser como valor máximo de indenização. Deverá equivaler à perda máxima fixada ou provável a que o segurado estará sujeito, não podendo ser superior ao valor do contrato segurado. Normalmente, em contratos públicos, este valor equivale a 1% do valor do contrato, para garantias de ocorrência, e 5% do valor do contrato, no caso de garantias de execução.
11 - Como é a vigência do seguro-garantia?
Independente do prazo de vigência estabelecido na apólice, a condição assumida pela seguradora, de fiadora e principal pagadora das obrigações contratualmente acordadas pelo tomador perante o segurado, só se extingue com a devolução da apólice pelo segurado, ou com a declaração, por escrito, deste, do cumprimento integral das obrigações do tomador no contrato afiançado.
12 - Como são definidas as taxas e os prêmios praticados?
É uma prática comum classificar os tomadores em classes A, B, C e D, a partir de uma análise cadastral sobre sua situação econômico-financeira, sendo A e B conceitos considerados seguráveis de imediato e C e D dependentes de uma análise mais profunda, podendo resultar em garantias adicionais (notas promissórias, hipotecas, etc).
78
No entanto, cada seguradora tem liberdade de adotar os critérios que considerar mais adequados.
13 - Quais são os detalhes para a regulação e liquidação de um sinistro?
Confirmado o descumprimento, pelo tomador, das obrigações do contrato afiançado pela apólice, o segurado terá direito de exigir da seguradora a indenização devida, quando resultar infrutífera a intimação extrajudicial de pagamento feita ao tomador.
Tomada pelo segurado a medida extrajudicial (aquela formalizada sem que se utilize procedimento legal de juízo, como por exemplo, uma notificação por escrito) de intimação do tomador, comprovando que este descumpriu sua obrigação contratual, e este não a atendendo, a seguradora assume a responsabilidade total pela execução do contrato ou paga a indenização ao segurado.
Caracterizado o sinistro e paga a indenização, a seguradora sub-rogar-se-á nos direitos e ações do segurado contra o tomador ou terceiros, cujo atos ou fatos tenham dado causa ao pagamento. Esta sub-rogação inclui o direito à execução das contragarantias oferecidas pelo tomador quando da contratação do seguro.
É normalmente conhecida no seguro-garantia a possibilidade da seguradora, ao invés de simplesmente pagar uma perda financeira, substituir o tomador por outra empresa que tenha capacidade de concluir o contrato objeto do seguro, porém, todos estes trâmites de liquidação dependem da concordância do segurado.
79
SEGUROS DE PESSOAS
Estes seguros têm por objetivo garantir o
pagamento de uma indenização ao segurado e
aos seus beneficiários, observadas as
condições contratuais e as garantias
contratadas. Como exemplo de seguros de
pessoas, temos o seguro de vida, seguro
funeral, seguro de acidentes pessoais, seguro
educacional, seguro viagem, seguro
prestamista, seguro de diária por internação
hospitalar, seguro desemprego (perda de
renda), seguro de diária de incapacidade
temporária, seguro de perda de certificado de
habilitação de vôo.
Os seguros de pessoas podem ser contratados de
forma individual ou coletiva. Nos seguros coletivos,
os segurados aderem a uma apólice contratada pelo
estipulante, que tem poderes de representação dos
segurados perante a seguradora, nos termos da regulamentação vigente.
80
Normas específicas de Seguros de Pessoas
Coberturas de Risco:
Resolução CNSP 117/2004,
Circular SUSEP 302/2005 e
Circular SUSEP 317/2006
Cobertura por Sobrevivência:
Resolução CNSP 140/2005, (com redação alterada pela Resolução CNSP 148/2006) e
Circular SUSEP 339/2007
Nota de Esclarecimento sobre a nova regulamentação dos Seguros de Pessoas
Principais pontos a serem observados pelo consumidor em relação ao seguro contratado
Principais Dúvidas
Reclamações/Denúncias contra seguradoras
PLANOS APROVADOS:
· VGBL
PLANOS COM COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA
81
Inicialmente, esclarecemos que a operação de
planos com cobertura por sobrevivência é regulada,
basicamente, pela Resolução CNSP 140/2005 (com
redação alterada pela Resolução CNSP 148/2006),
que altera e consolida as regras de funcionamento e
os critérios para operação da cobertura por
sobrevivência oferecida em plano de seguro de vida
e dá outras providências, e pela Circular SUSEP
339/2007.
Existem 8 (oito) tipos de planos com cobertura por
sobrevivência.
Os fundos para aplicação dos recursos variam dos
mais agressivos, que investem em renda variável
(ações), aos mais conservadores, que aplicam
apenas em títulos públicos e/ou títulos privados.
Portanto, haverá opções para diferentes tipos de
investidores, dependendo do seu perfil de
investimento. O segurado deverá estar atento para
as políticas de investimentos dos fundos, em
especial para os percentuais mínimo e máximo de investimentos em renda variável.
• Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL):
quando, durante o período de diferimento, a
remuneração da provisão matemática de benefícios
a conceder for baseada na rentabilidade da(s)
carteira(s) de investimentos de FIE(s), no(s)
qual(is) esteja(m) aplicada(s) a totalidade dos
respectivos recursos, sem garantia de remuneração
mínima e de atualização de valores e sempre
estruturados na modalidade de contribuição
variável.
82
Os recursos vertidos ao plano por meio do
pagamento de prêmios, depois de descontado,
quando for o caso, o carregamento, ou de
portabilidades, serão apropriados à provisão
matemática de benefícios a conceder e aplicados
pela sociedade seguradora, de acordo com os
percentuais previamente estabelecidos pelo
segurado na proposta, em quotas de FIEs
vinculados ao plano, até o segundo dia útil
subseqüente ao da efetiva disponibilidade dos
recursos, tendo como base os valores das quotas
em vigor na data da aplicação.
No caso de planos coletivos, os recursos dos
prêmios pagos pelo estipulante-instituidor serão
aplicados pela sociedade seguradora em FIEs
vinculados ao plano, de acordo com os percentuais
previamente estabelecidos, pelo estipulante-
instituidor, na proposta de contratação.
Os percentuais mencionados acima poderão ser
alterados por solicitação expressa do segurado e, no
caso de planos coletivos, pelo estipulante-
instituidor, no que se refere aos recursos por ele
aportados para o plano.
• Vida com Remuneração Garantida e
"Performance" (VRGP): quando garantir aos
segurados, durante o período de diferimento,
remuneração por meio da contratação de índice de
atualização de valores e de taxa de juros e a
reversão, parcial ou total, de resultados financeiros.
83
• Vida com Remuneração Garantida e
"Performance" sem Atualização (VRSA):
quando garantir aos segurados, durante o período
de diferimento, remuneração por meio da
contratação de taxa de juros e a reversão, parcial
ou total, de resultados financeiros e sempre
estruturados na modalidade de contribuição variável.
• Vida com Atualização Garantida e
"Performance" (VAGP): quando garantir aos
segurados, durante o período de diferimento, por
meio da contratação de índice de preços, apenas a
atualização de valores e a reversão, parcial ou total, de resultados financeiros.
• Vida com Renda Imediata (VRI): quando,
mediante prêmio único, garantir o pagamento do capital segurado, sob a forma de renda imediata.
• Dotal Puro: quando garantir aos segurados,
durante o período de diferimento, remuneração por
meio da contratação de índice de atualização de
valores, taxa de juros e, opcionalmente, tábua
biométrica, sem reversão de resultados financeiros,
sendo o capital segurado pago ao segurado
sobrevivente ao término do período de diferimento.
Esses planos são sempre estruturados na modalidade de benefício definido.
• Dotal Misto: quando garantir aos segurados,
durante o período de diferimento, remuneração por
meio da contratação de índice de atualização de
valores, taxa de juros e, opcionalmente, tábua
84
biométrica, sem reversão de resultados financeiros,
sendo o capital segurado pago em função da
sobrevivência do segurado ao período de
diferimento ou de sua morte ocorrida durante
aquele período. Esses planos são sempre estruturados na modalidade de benefício definido.
• Dotal Misto com Performance : quando
garantir aos segurados, durante o período de
diferimento, remuneração por meio da contratação
de índice de atualização de valores, taxa de juros e,
opcionalmente, tábua biométrica, com reversão,
parcial ou total, de resultados financeiros, sendo o
capital segurado pago em função da sobrevivência
do segurado ao período de diferimento ou de sua
morte ocorrida durante aquele período. Esses
planos são sempre estruturados na modalidade de benefício definido.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS PLANOS
Tipos
de Plano
Modalidades Período de Diferimento
Benefício
Definido
Contribuição
Variável
Capitalização
Índice
Taxa de
Juros
(ii)
Reversão de
Resultados
Financeiros
(iv)
Tábua
Biométrica
(i)
Financeira Atuarial
VGBL · ·
VRGP · · · · · · · ·
VRSA · · · · · · ·
VAGP · · · · · · ·
VRI · Não Aplicável
Dotal Puro · · · · · ·
Dotal Misto · · · · · ·
Dotal Misto
com
Performance
· · · · · · ·
Tipos Período de Pagamento da Indenização
85
De
Plano Índice
Taxa de Juros
(iii)
Reversão de
Resultados
Financeiros
(iv)
Tábua
Biométrica
(i)
VGBL · · · ·
VRGP · · · ·
VRSA · · · ·
VAGP · · · ·
VRI · · · ·
Dotal Puro · · · ·
Dotal Misto · · · ·
Dotal Misto com
Performance · · · ·
i) Para planos que prevejam capitalização atuarial
durante o período de diferimento ou pagamento da
indenização.
ii) A taxa de juros é diferente de 0 (zero)
iii) A taxa de juros deve ser fixada entre 0% e 6%
ao ano
iv) A reversão de resultados financeiros é facultativa, e poderá ser total ou parcial.
Durante o período de diferimento o segurado poderá
solicitar, independentemente do número de prêmios
pagos, resgate ou portabilidade, parcial ou total, de
recursos do saldo da Provisão Matemática de
Benefícios a Conceder, após o cumprimento do
prazo de carência estabelecido no regulamento.
As portabilidades serão feitas entre planos de
seguro de vida com cobertura por sobrevivência.
A contratação pode ocorrer da forma individual ou
coletiva.
PRINCIPAIS PONTOS A SEREM OBSERVADOS
PELO CONSUMIDOR EM RELAÇÃO AO SEGURO CONTRATADO:
86
1. Faça uma pesquisa de preços antes de contratar
qualquer plano. Mas atenção: faça a comparação
sempre considerando o mesmo tipo de cobertura e
o mesmo valor de capital segurado, avaliando, também, a existência de período de carência.
2. Leia atentamente a proposta e condições gerais
do seguro, em especial as cláusulas referentes às garantias e aos respectivos riscos excluídos.
3. Não efetue pagamentos em dinheiro ou com
cheques ao portador, nem forneça dados pessoais
ou efetue pagamentos àqueles que recorrem
pessoalmente ou por telefone alegando necessidade
prévia para liberação de valores de indenizações ou benefícios.
4. Cada plano comercializado pelas seguradoras
deve ser submetido para análise e arquivamento
pela SUSEP, recebendo um número identificador,
denominado número do processo SUSEP, que deve
constar de todo o material do plano, como por
exemplo: material de divulgação, proposta de
contratação ou adesão, condições gerais, certificado
individual, extratos, etc. Mas atenção: o registro do
plano na SUSEP não implica, por parte da
Autarquia, incentivo ou recomendação a sua comercialização.
5. A proposta de contratação ou de adesão deverá
ser totalmente preenchida e assinada. Caso haja
declaração pessoal de saúde, questionário de perfil
ou de avaliação de risco, deve-se responder a todas
as perguntas com respostas corretas e completas,
pois isto poderá acarretar na negativa de
87
pagamento da indenização caso haja alguma declaração falsa.
6. Verifique se a proposta contém os valores iniciais
do prêmio e dos capitais segurados discriminados por cada tipo de cobertura contratada.
7. As condições gerais contêm uma série de
informações importantes, como por exemplo:
glossário, contendo as principais definições, o
período de carência, riscos excluídos, o critério de
atualização de valores, os documentos necessários
no caso de pagamento da indenização e etc. As
condições do plano de seguro devem estar à
disposição do proponente previamente à assinatura da respectiva proposta.
8. Verifique se os seus direitos estão sendo
cumpridos pelas empresas, como por exemplo, o
recebimento da apólice (seguros individuais) ou do
certificado individual (seguros coletivos) e, se for o caso, de extratos periódicos.
9. Ao formular reclamação à SUSEP, apresente
documentação que comprove seu vínculo com a
empresa, tais como: cópia da apólice, certificado de
seguro, contracheque ou outro documento que
comprove o pagamento do prêmio, contrato etc.
Para maiores esclarecimentos consulte a Circular
SUSEP 292/2005 ou o item RECLAMAÇOES CONTRA SEGURADORAS ao final desta página.
10. A reclamação deverá ser feita pelo segurado /
beneficiário ou por procurador, através de
documento contendo endereço completo para correspondência.
88
11. O processo instaurado na SUSEP, baseado nas
informações constantes da denúncia, constitui
procedimento administrativo para apuração de
irregularidade cometida pela empresa. Ressaltamos,
que no âmbito de competência da SUSEP, a
empresa reclamada estará sujeita à aplicação de
sanções administrativas, caso fiquem comprovadas
irregularidades. Assim, para fins de recebimento de
valores considerados devidos deverá ser acionado o Poder Judiciário.
12. O ingresso de ação junto ao Poder Judiciário não
suspende o curso do processo administrativo na
esfera da SUSEP. A instauração de processo
administrativo junto a SUSEP não suspende ou
interrompe o prazo prescricional da respectiva ação judicial.
13. Consulte o Novo Código Civil ( Lei nº
10.406/02) sobre os prazos prescricionais.
Obs. Importante:
É vedado ao estipulante recolher dos segurados, a
título de prêmio de seguro, qualquer valor que
exceda o calculado pela sociedade seguradora,
destinado ao custeio do plano; quando houver
recolhimento, juntamente com o prêmio, de outros
valores devidos ao estipulante ou à sociedade
seguradora, a qualquer título, é obrigatório o
destaque no documento utilizado na cobrança do
valor do prêmio do seguro (art.34 da Resolução CNSP 117/2004).
PRINCIPAIS DÚVIDAS
89
As condições contratuais podem restringir coberturas ou direitos do segurado?
Sim. Dessa forma, é importante que o segurado
tenha conhecimento de seu conteúdo antes mesmo
de "fechar" o seguro. Porém, tais restrições deverão
ser apresentadas com destaque para facilitar a sua identificação.
O que se entende por perda de direito?
Por perda de direito entende-se a ocorrência de um
fato que provoca a perda do direito do segurado à
indenização ainda que, a princípio, o sinistro seja
oriundo de um risco coberto, ficando, então, a
seguradora isenta de qualquer obrigação decorrente do contrato.
Ocorre a perda de direito se:
- o sinistro ocorrer por culpa grave ou dolo do segurado ou beneficiário do seguro;
- a reclamação de indenização por sinistro for fraudulenta ou de má-fé;
- o segurado, corretor, beneficiários ou ainda seus
representantes e prepostos fizerem declarações
falsas ou, por qualquer meio, tentarem obter benefícios ilícitos do seguro.
- O segurado agravar intencionalmente o risco.
O que é prêmio do seguro?
É o valor que o segurado paga à seguradora pelo
seguro, para que ele transfira a esta o risco. Pagar
90
o prêmio é uma das principais obrigações do segurado.
Como é determinado o valor do prêmio de seguro?
O valor do prêmio será fixado pela seguradora a
partir das informações que lhe foram enviadas pelo segurado.
Ressaltamos que a SUSEP não tem o poder legal de
impor ou controlar os preços cobrados pelas
empresas, e sim as taxas mínimas para constituição
de provisões técnicas visando a manutenção da
solvência da seguradora. Sendo assim, desde que a
seguradora respeite a taxa mínima e os limites
máximos de carregamento estabelecidos no produto
encaminhado à SUSEP, ela tem a liberdade de
estabelecer seus preços, cabendo ao
estipulante/segurado buscar o contrato que lhe
satisfaça em termos de preço/garantias ofertadas, como em qualquer mercado de livre concorrência.
O que acontece se houver atraso nos pagamentos dos prêmios?
O não pagamento do prêmio nas datas previstas
poderá acarretar a suspensão ou até mesmo o
cancelamento do seguro, prejudicando o direito à
indenização, caso o sinistro ocorra após a data de
suspensão ou cancelamento. As condições gerais,
na cláusula "pagamento de prêmio", deverão
informar em que hipóteses ocorrerão a suspensão
e/ou o cancelamento do contrato em razão da falta de pagamento de prêmio.
91
É extremamente importante manter todos os
comprovantes de pagamento do prêmio para
eventual reclamação de indenização.
No caso de não ocorrer o cancelamento imediato da
apólice ou do certificado individual por
inadimplência do segurado ou do estipulante, a
seguradora adotará uma das seguintes hipóteses, conforme definido nas condições gerais do seguro:
I – cobertura dos sinistros ocorridos durante o
período de inadimplência, com a conseqüente
cobrança do prêmio devido ou, quando for o caso,
seu abatimento da indenização paga ao(s) beneficiário(s); ou
II – não cobertura dos sinistros ocorridos durante o
período de inadimplência, sendo vedada a cobrança dos prêmios referentes a este período.
O prazo de tolerância e/ou suspensão de que
tratam, respectivamente, os incisos I e II estarão especificados nas condições gerais.
Qual é o início de vigência do seguro?
No caso de seguro em que a proposta foi
recepcionada na seguradora sem pagamento de
prêmio, o início de vigência da cobertura será a data
de aceitação da proposta ou outra se expressamente acordarem segurado e seguradora.
No caso de seguro de proposta recepcionadas pela
seguradora com adiantamento para futuro
pagamento de prêmio, o contrato terá início de
vigência a partir da data da recepção da proposta pela seguradora.
92
A seguradora poderá recusar a proposta?
Sim. A sociedade seguradora tem o prazo de 15
(quinze) dias para se pronunciar quanto à proposta
de seguro apresentada pelo segurado ou seu
corretor. Encerrado este prazo, não tendo havido a
recusa da seguradora, o seguro passa a ser considerado como aceito.
A solicitação de documentos complementares, para
análise e aceitação do risco ou da alteração
proposta, poderá ser feita apenas uma vez, durante
este prazo. Neste caso, o prazo de 15 (quinze)
ficará suspenso, voltando a correr a partir da data em que se der a entrega da documentação.
No caso de recusa, a seguradora deverá comunicar
formalmente ao segurado a não aceitação do seguro, justificando a recusa.
Posso cancelar a minha apólice durante a vigência do seguro?
Sim. O contrato poderá ser rescindido com a concordância de ambas as partes.
Além disso, poderá ocorrer o cancelamento automático do seguro nos seguintes casos:
1. Por falta do pagamento único ou da
primeira parcela do prêmio;
2. Quando ocorrer a indenização integral;
3. Por inadimplência de prêmio parcelado, nos prazos previstos nas condições gerais.
Como devo proceder em caso de sinistro?
93
O segurado deverá avisar imediatamente a
seguradora, preencher o formulário de aviso de
sinistro e apresentar a documentação básica
necessária, conforme definida nas condições gerais do seguro.
Qual o prazo para receber a indenização?
A liquidação dos sinistros deverá ser feita num
prazo não superior a trinta dias, contados a partir
do cumprimento de todas as exigências contratuais feitas ao segurado.
Os procedimentos para a liquidação de sinistros
devem ser claramente informados na apólice, com
especificação dos documentos básicos necessários a serem apresentados para cada tipo de cobertura.
A contagem do prazo poderá ser suspensa quando,
no caso de dúvida fundada e justificável, forem
solicitados novos documentos, sendo reiniciada, de
quando havia parado, a partir do cumprimento das exigências pelo segurado.
A seguradora poderá pagar a indenização na forma de bens ou serviços?
Sim. Na cláusula correspondente à liquidação de
sinistros, o plano de seguro poderá admitir as
hipóteses de substituição do pagamento do capital
segurado em dinheiro por pagamento em bens ou
serviços (por exemplo, serviço de funeral e entrega
de cestas básicas), desde que expressamente solicitada pelo segurado ou beneficiários.
Quem pode ser estipulante de uma apólice coletiva de seguros de pessoas?
94
Qualquer pessoa física ou jurídica pode ser estipulante, exceto:
1. Corretoras de seguros, seus sócios, dirigentes,
administradores, empregados, prepostos ou
representantes;
2. Corretores; e
3. Sociedades seguradoras, seus dirigentes,
administradores, empregados, prepostos ou representantes;
Quais as coberturas que podem ser oferecidas nos seguros de pessoas?
Os planos de seguros podem oferecer, juntos ou separadamente, os seguintes tipos de coberturas
1. Morte (natural ou acidental);
2. Morte acidental;
3. Invalidez Permanente Total ou Parcial por
Acidente: pagamento de indenização em caso
de perda, redução ou impotência funcional
definitiva, total ou parcial, de membro ou órgão
decorrente de acidente pessoal. Deverá ser
observada atentamente a tabela para o calculo
da indenização prevista no plano de seguro;
4. Invalidez Laborativa Permanente Total por
Doença: pagamento de indenização em caso de
invalidez para a qual não se pode esperar
recuperação ou reabilitação, com os recursos
terapêuticos disponíveis no momento de sua
constatação, para a atividade laborativa
principal do segurado;
5. Invalidez Funcional Permanente Total por
Doença: pagamento de indenização em caso de
invalidez conseqüente de doença que cause a
95
perda da existência independente do segurado,
na forma estabelecida no plano de seguro;
6. Diárias por Incapacidade: pagamento de diárias
em caso de impossibilidade continua e
ininterrupta do segurado exercer a sua
profissão ou ocupação, durante o período em
que se encontrar sob tratamento médico;
7. Despesas Médicas, Hospitalares e Odontológicas
em caso de acidente pessoal: garante o
reembolso, limitado ao capital segurado, de
despesas médicas, hospitalares e odontológicas
efetuadas pelo segurado para seu tratamento,
sob orientação médica, iniciado nos 30 (trinta)
primeiros dias contados da data do acidente
pessoal coberto;
8. Diária por Internação Hospitalar: pagamento de
indenização proporcional ao período de
internação do segurado, observados o período
de franquia e o limite contratual máximo por
evento fixado no plano de seguro;
9. Doenças Graves: pagamento de indenização em
decorrência de diagnóstico de doenças
devidamente especificadas e caracterizadas no
plano de seguro;
10. Perda de Renda: pagamento de indenização em
caso de perda de emprego. Deverão ser
observados os critérios estabelecidos no plano
de seguro, como tempo mínimo de carteira
profissional assinada, tempo mínimo no ultimo
emprego, motivos de demissão, entre outros;
11. Auxílio Funeral: reembolso das despesas com o
funeral até o limite do capital segurado. Ainda
que a seguradora ofereça a alternativa de
prestação de serviços, é garantida a livre
escolha dos prestadores de serviço pelos
96
beneficiários com o respectivo reembolso das
despesas efetuadas;
12. Cobertura para segurados dependentes
(cônjuges, companheiros, filhos);
13. Sobrevivência: pagamento de indenização, sob
a forma de pagamento único ou de renda, caso
o segurado sobreviva ao período estipulado no
plano de seguro;
14. Outras coberturas relacionadas a seguros de pessoas.
A SUSEP proibiu a venda da cobertura de invalidez por doença?
A cobertura de Invalidez Permanente por Doença –
IPD tem trazido diversos problemas aos
consumidores que têm seus sinistros negados, e
suas expectativas frustradas, em virtude da
abrangência do conceito de invalidez e divergências
na sua caracterização.
Com vistas a resolver esta questão, a SUSEP vedou
a comercialização de cobertura em que o
pagamento da indenização esteja condicionado à
impossibilidade do exercício, pelo segurado, de toda e qualquer atividade laborativa.
Adicionalmente, a nova regulamentação criou duas
novas conceituações para a invalidez por doença:
laborativa ou funcional. Na primeira, não se espera
recuperação ou reabilitação com os recursos
terapêuticos disponíveis no momento da sua
constatação para a atividade que o segurado obteve
a maior renda, dentro de exercício anual definido nas condições contratuais.
97
Já a invalidez funcional decorre da ocorrência de
quadro clínico incapacitante que inviabilize de forma
irreversível o pleno exercício das relações
autonômicas do segurado (perda da existência
independente do segurado), comprovada na forma definida nas condições do contrato de seguro.
Ressaltamos que a SUSEP não proibiu a
comercialização de invalidez por doença, mas
apenas determinou que o seu conceito seja bem
especificado e transparente para os consumidores.
A seguradora pode comercializar outros tipos de
coberturas de invalidez relacionada à doença, que
tenham sua caracterização bem definida, como, por
exemplo, a Invalidez Funcional Permanente Total
por Doença e a Invalidez Laborativa Permanente
Total por Doença, previstas na Circular SUSEP
302/2005, além de outros tipos elaborados pela seguradora.
O que é seguro viagem?
O seguro de viagem tem por objetivo garantir aos
segurados, durante período de viagem previamente
determinado, o pagamento de indenização quando
da ocorrência de riscos previstos e cobertos, nos
termos das condições gerais e especiais
contratadas. Este seguro deve oferecer, no mínimo,
as coberturas básicas de morte acidental e/ou
invalidez permanente total ou parcial por acidente,
podendo ser oferecidas outras coberturas, desde
que as mesmas estejam relacionadas com viagem,
como, por exemplo, cobertura por perda ou roubo de bagagem.
O que é seguro educacional?
98
O seguro educacional visa auxiliar o custeio das
despesas com educação do beneficiário, em razão
da ocorrência dos eventos cobertos. Considerando
que existe a possibilidade de diferenciação nos
critérios de atualização das mensalidades escolares
e do capital segurado, deverá ser observado que o
capital segurado pode não ser suficiente para quitar
integralmente as mensalidades. Não se incluem na
modalidade educacional os seguros de acidentes
pessoais que visem, exclusivamente, à cobertura de
acidentes dos educandos durante a permanência no estabelecimento de ensino ou em seu trajeto.
O que é seguro prestamista?
O seguro prestamista é aquele no qual os segurados
convencionam pagar prestações ao estipulante para
amortizar dívida contraída ou para atender a
compromisso assumido. O primeiro beneficiário é o
próprio estipulante pelo valor do saldo da dívida ou
do compromisso. A diferença que ultrapassar o
saldo será paga ao segundo beneficiário, indicado
pelo segurado. O seguro prestamista, geralmente,
apresenta as coberturas de morte, invalidez e desemprego.
Qual a diferença entre o Seguro Auxílio
Funeral e a Assistência Funeral? Quais
seguradoras estão autorizadas a comercializar esta modalidade?
O Seguro Auxílio Funeral é uma modalidade do
Seguro de Pessoas. Portanto, todas as seguradoras
autorizadas a operar no ramo vida podem
comercializar esta cobertura, desde que incluída em
99
algum plano devidamente protocolado nesta Autarquia.
Esta cobertura, geralmente com capital segurado de
baixo valor, tem por objetivo reembolsar os gastos
referentes ao funeral no caso de morte do
segurado. A sua caracterização como seguro está
condicionada à livre escolha dos prestadores de
serviços, com cobrança de prêmio e constituição de provisão.
De forma distinta, a Assistência Funeral é tratada
como um serviço complementar ao contrato de
seguro, não havendo direito à livre escolha, ou seja,
o segurado fica limitado aos prestadores de serviço
indicados pela seguradora. Neste caso, deve ser observado que:
- os serviços não podem ser prestados diretamente pela seguradora;
- os serviços terão seus regulamentos previstos em
documento próprio apartado das condições contratuais do seguro;
- quando cobrado do segurado, o pagamento dos
serviços deverá estar discriminado do premio de seguro;
- o regulamento não poderá prever o pagamento em espécie ou reembolso ao segurado;
Qual o prazo de vigência dos seguros de pessoas?
100
Os seguros de pessoas podem ser estabelecidos por
prazo determinado (um ano, dois anos...) ou por
toda a vida do segurado (seguro vitalício).
A apólice de seguro e o certificado individual
deverão especificar o inicio e o fim de vigência do seguro.
A apólice com prazo determinado poderá ser
renovada automaticamente uma única vez, pelo
mesmo prazo contratado anteriormente. As
renovações posteriores deverão ser feitas, obrigatoriamente, de forma expressa.
Nos seguros coletivos, a renovação que não implicar
em alteração da apólice com ônus ou deveres
adicionais para os segurados ou a redução de seus direitos, poderá ser feita pelo estipulante.
A seguradora é obrigada a renovar o meu seguro?
Não. A seguradora, assim como os segurados, não
está obrigada a renovar apólices após o final de
vigência, devendo comunicar sua decisão de não
renovação com a antecedência prevista nas normas.
É importante destacar que a não renovação de uma
apólice na data de seu vencimento, nos termos do
que dispõe o Código Civil, não caracteriza o
cancelamento unilateral de um contrato durante sua vigência
Além disso, o fato de uma apólice ter sido renovada
anualmente ao longo de vários anos, não implica,
necessariamente, na obrigatoriedade de novas renovações.
101
Ressaltamos, ainda, que em geral, em casos de não
renovação, é oferecida a possibilidade de
contratação de uma nova apólice, a qual,
entretanto, não necessariamente contém as
mesmas coberturas, mesmas condições contratuais
ou mesmas taxas de seguro. Isso ocorre até pela
necessidade de que os novos contratos estejam
adequados aos níveis de transparência e de respeito
ao consumidor exigidos pela legislação atual, tanto
a editada pela SUSEP e CNSP como o próprio Código do Consumidor e o Código Civil.
As apólices de seguros de pessoas podem ser alteradas durante a sua vigência?
Sim. Entretanto, qualquer alteração nas condições
contratuais em vigor deverá ser realizada por
aditivo à apólice, com a concordância expressa e
escrita do segurado ou de seu representante,
ratificada pelo correspondente endosso.
Com relação aos seguros coletivos, qualquer
modificação da apólice que implique em ônus, dever
ou redução de direitos para os segurados dependerá
da anuência expressa de segurados que
representem, no mínimo, três quartos do grupo segurado.
Todo plano de seguros de pessoas permite resgate?
Não. O resgate consiste na restituição do montante
acumulado na provisão constituída, devendo ser
observado o regime financeiro (repartição /
capitalização) adotado na estruturação do plano de seguro.
102
A maioria dos planos de seguros de pessoas com
coberturas de risco (morte, invalidez, doenças
graves, etc) são estruturados em regime financeiro
de repartição, no qual todos os prêmios pagos pelos
segurados de um mesmo plano, em um
determinado período, destinam-se ao custeio das
despesas de administração e das indenizações a
serem pagas no próprio período. Em outras
palavras, os valores arrecadados ao longo dos
períodos são destinados aos pagamentos de
indenizações referentes a eventos que ocorram no
âmbito do grupo segurado e não à acumulação
individual de cada segurado. Isso explica o fato de
que prêmios de valor inferior, muitas vezes, a R$
20,00, dão direito a indenizações, no caso de morte,
acidente ou invalidez, de valores superiores a R$
10.000,00, independentemente de ter o segurado,
por exemplo, assinado a proposta no mês anterior
(ou seja, tendo pago somente um prêmio de menos
de R$ 20,00). Dessa forma, as coberturas
estruturadas no regime financeiro de repartição não
dão direito a resgate ou devolução de quaisquer
prêmios pagos, e os segurados ou beneficiários só
terão direito a alguma indenização em caso de sinistro.
Nos seguros de pessoas com coberturas de risco,
estruturados no regime financeiro de capitalização,
haverá a constituição da provisão matemática de
benefícios a conceder com base nos prêmios pagos
mensalmente, capitalizados atuarialmente, após o
desconto das importâncias relativas às despesas de
corretagem, colocação e administração do plano, e
à parcela do prêmio destinada à cobertura de risco
que o segurado está exposto. Dessa forma, estes
103
seguros podem prever nas suas condições gerais o
direito ao resgate. Entretanto, deve ficar claro para
os segurados que o resgate, nestes casos,
corresponderá a um valor calculado atuarialmente
que não representará o somatório dos prêmios pagos.
Somente os prêmios destinados à cobertura por
sobrevivência dão direito, obrigatoriamente, a resgate.
O segurado pode contratar simultaneamente mais de um seguro de pessoas?
Sim. Não há limite para o valor da indenização,
podendo o segurado contratar quantos seguros
quiser. Cada seguradora efetivará a indenização de
acordo com o valor do capital segurado constante de cada contrato.
Entretanto, é facultado à sociedade seguradora
solicitar, quando da assinatura da proposta ou da
solicitação de aumento do valor do capital segurado,
para efeito de subscrição, informação ao proponente
ou ao segurado quanto à contratação de outros seguros de pessoas com coberturas concomitantes.
Os menores de 14 anos podem fazer seguro de vida?
Para os menores de 14 (catorze) anos é permitido,
exclusivamente, o oferecimento e a contratação de
coberturas por sobrevivência ou coberturas de
riscos relacionadas ao reembolso de despesas
como, por exemplo, as despesas com o funeral ou
104
despesas médicas, hospitalares e odontológicas decorrentes de acidente pessoal.
Não havendo nomeação de beneficiário na
apólice de seguro, qual o procedimento a ser
seguido à época do pagamento da indenização?
Na falta de indicação da pessoa ou beneficiário, ou
se por qualquer motivo não prevalecer a que for
feita, o capital segurado será pago por metade ao
cônjuge não separado judicialmente, e o restante
aos herdeiros do segurado, obedecida a ordem da
vocação hereditária. Na falta destes, serão
beneficiários os que provarem que a morte do
segurado os privou dos meios necessários à subsistência.
Importante mencionar que se o segurado não
renunciar a faculdade, ou se o seguro não tiver
como causa declarada a garantia de alguma
obrigação, é lícita a substituição do beneficiário, por
ato entre vivos ou de última vontade. A seguradora,
que não for cientificada oportunamente da
substituição, desobrigar-se-á pagando o capital segurado ao antigo beneficiário.
Existe algum tipo de atualização do capital
segurado e do prêmio (contribuição) ao longo da vigência do seguro?
Sim. Os seguros de pessoas com vigência superior a
um ano deverão conter cláusula de atualização
anual de valores (prêmio e capital segurado), com
base em índice geral de preços estabelecido nas
condições gerais. Dessa forma, anualmente, os
105
valores dos prêmios e dos capitais segurados devem ser atualizados pela variação do índice pactuado.
Para as coberturas de risco custeadas mediante
pagamento único ou anual do prêmio, o capital
segurado (benefício) deverá ser atualizado, com
base no índice de preços pactuado, até a data do evento gerador.
Alternativamente ao critério de atualização de
valores por índice de preços, nos planos coletivos
estruturados no regime financeiro de repartição, é
facultada a adoção de cláusula de recálculo do
capital segurado, segundo fatores objetivos (por
exemplo: variação salarial, mensalidade escolar)
expressos nas condições gerais, na apólice, no certificado, nas propostas e no contrato.
O valor do prêmio de seguro deve aumentar
sempre na mesma proporção do valor do capital segurado?
Não. Para o cálculo do prêmio de seguro é adotada a seguinte fórmula:
Prêmio = Capital Segurado (valor da indenização) x
Taxa (expressa a probabilidade de ocorrência do
evento coberto na apólice). Destaca-se que, no caso
dos seguros de vida, a probabilidade de ocorrência
de morte aumenta com o aumento da idade dos segurados.
Da análise da fórmula acima, podemos observar que
o prêmio sofre acréscimo de valor sempre que
existe aumento do capital segurado e/ou da taxa.
Portanto, o aumento do capital segurado não ocorre
106
necessariamente na mesma proporção ou na mesma periodicidade do reajuste do prêmio.
Sendo assim, além da atualização monetária
(aumento proporcional de valores de prêmio e de
capital segurado), dependendo da estrutura do
plano, o valor do prêmio pode ser recalculado em decorrência da mudança de idade do segurado.
Nos planos individuais, a forma como os prêmios
serão alterados de acordo com a faixa etária do
segurado, incluindo os valores ou percentuais constará das Condições Gerais do seguro.
Nos planos coletivos, a forma como os prêmios
serão alterados de acordo com a faixa etária do
segurado, incluindo os valores ou percentuais,
deverão constar das condições contratuais e ser
disponibilizados aos proponentes quando da adesão ao seguro.
A concessão de aposentadoria por invalidez
por instituições oficiais de previdência
significa que tenho direito à indenização por invalidez no seguro de pessoas?
Não. A aposentadoria por invalidez concedida por
instituições oficiais de previdência, ou
assemelhadas, não caracteriza por si só o estado de
invalidez nos seguros de pessoas, que deve ser comprovado através de declaração médica.
No caso de divergências sobre a causa,
natureza ou extensão de lesões, bem como a
avaliação da incapacidade relacionadas ao segurado, o que deve ser feito?
107
No caso de divergência sobre a causa, natureza ou
extensão de lesões, bem como avaliação da
incapacidade relacionada ao segurado, a sociedade
seguradora deverá propor ao segurado, por meio de
correspondência escrita, dentro do prazo de 15
(quinze) dias, a contar da data da contestação, a constituição de junta médica.
A junta médica será constituída por 3 (três)
membros, sendo um nomeado pela sociedade
seguradora, outro pelo segurado e um terceiro,
desempatador, escolhido pelos dois nomeados,
cabendo a cada uma das partes pagar os honorários
do médico que tiver designado, sendo que os
honorários do terceiro serão pagos, em partes iguais, pelo segurado e pela sociedade seguradora.
O prazo para constituição da junta médica será de,
no máximo, 15 (quinze) dias a contar da data da
indicação do membro nomeado pelo segurado.
O que é o VGBL?
O VGBL – Vida Gerador de Benefícios Livre é um
plano de seguro de pessoas com cobertura por
sobrevivência, cuja principal característica é a
ausência de rentabilidade mínima garantida durante
a fase de acumulação dos recursos, sendo a
rentabilidade da provisão idêntica à rentabilidade do fundo onde os recursos estão aplicados.
Os fundos para aplicação dos recursos variam dos
mais agressivos, que investem em renda variável
(ações), aos mais conservadores, que aplicam
apenas em títulos públicos e/ou títulos privados.
Portanto, haverá opções para diferentes tipos de
108
investidores, dependendo do seu perfil de
investimento. O segurado deverá estar atento para
as políticas de investimentos dos fundos, em
especial para os percentuais mínimo e máximo de investimentos em renda variável.
O segurado pode acompanhar diariamente, por
meio de divulgação em periódico de grande
circulação definido no regulamento, as seguintes
informações sobre os fundos: taxa de administração
praticada, valor do patrimônio líquido, valor da
quota e rentabilidades acumuladas no mês e no ano civil a que se referirem.
Nos planos de seguros com cobertura por
sobrevivência, deve-se ter especial atenção para os
custos envolvidos na operação (carregamento e
taxa de administração). Quanto maiores esses custos menos recursos ficarão na provisão.
A provisão matemática de benefícios a conceder
pode ser considerada como sendo a “conta” onde
são colocadas todos os prêmios (pagamentos)
efetuados pelo segurado. Já a provisão matemática
de benefícios concedidos pode ser considerada
como a “conta” para onde é transferido todo o
dinheiro da provisão matemática de benefícios a
conceder, quando o segurado entra em gozo do
benefício (começa a receber a renda).
Para cálculo do valor da indenização a ser paga sob
a forma de renda, a empresa considerará o
montante acumulado na provisão ao término do
período de acumulação, as tábuas biométricas de
sobrevivência e a taxa de juros. O segurado poderá
verificar se seu plano VGBL foi aprovado pela
109
SUSEP, simular o valor da renda a ser recebida ou
verificar informações fornecidas pela seguradora
acessando o site: www.susep.gov.br.
O valor do benefício pago sob a forma de renda será
atualizado anualmente, pelo indexador adotado no
regulamento do plano, podendo haver, durante o
período de pagamento da indenização sob a forma de renda, o repasse de excedentes financeiros.
O plano VGBL permite resgate ou portabilidade dos recursos acumulados?
Sim. Durante o período de acumulação, o segurado
tem o direito de solicitar, independentemente do
número de prêmios pagos, o resgate ou
portabilidade, parcial ou total, dos recursos
acumulados na sua provisão, observados os prazos
de carência e os intervalos previstos no
regulamento. Destaca-se que as portabilidades só
poderão ser feitas entre planos de seguro de vida com cobertura por sobrevivência.
No que se refere ao resgate e a portabilidade, o
segurado deve ficar atento para que as seguradoras
cumpram os prazos estabelecidos no regulamento
para o pagamento do resgate e/ou efetivação da
portabilidade. No caso de não cumprimento dos prazos, deve o segurado denunciar o fato à SUSEP.
Qual a diferença entre o VGBL e o PGBL?
O VGBL é um plano de seguro de pessoas com
cobertura por sobrevivência destinado à parcela de
consumidores que não usufruem o benefício de
diferimento do imposto de renda previsto no modelo
110
completo da declaração de ajuste anual do imposto de renda para pessoas físicas (I.R.P.F.).
Dessa forma, quando do recebimento de resgate ou
indenização sob a forma de renda ou pagamento
único, a alíquota do I.R incidirá sobre a diferença
positiva entre esse valor e o somatório dos respectivos prêmios pagos.
Em contrapartida, no PGBL, as pessoas usufruem o
diferimento fiscal previsto no modelo completo da
declaração de ajuste anual do I.R.P.F, e a alíquota
do I.R. incidirá sobre o valor a ser resgatado ou recebido sob a forma de renda.
111
Seguro de Danos
A Estrutura dos Planos de Seguros de Danos
As apólices (contratos de seguro) contêm um
conjunto de cláusulas contratuais, chamadas, em
conjunto, Condições Contratuais, que estabelecem
as obrigações e direitos do Segurado e do Segurador.
As condições contratuais podem agregar:
• Condições Gerais: nome dado, nos
contratos de seguro, às condições comuns a todas
as modalidades e/ou coberturas de um plano de
seguro, que estabelecem as obrigações e os direitos
das partes contratantes. Por exemplo, estão entre
as cláusulas obrigatoriamente presentes, nas
condições gerais, aquelas que estabelecem o objeto do seguro, o foro, as obrigações do segurado, etc.;
• Condições Especiais ou Acessórias:
especificam as diferentes modalidades de cobertura
que possam existir dentro de um mesmo plano de
seguro. São disposições anexadas à apólice, que
modificam as condições gerais, ampliando ou restringindo as suas disposições;
112
• Condições Particulares: conjunto de
cláusulas que alteram as Condições Gerais e/ou
Especiais de um plano de seguro, modificando ou
cancelando disposições já existentes, ou, ainda,
introduzindo novas disposições e eventualmente
ampliando ou restringindo a cobertura; são
especificadas para cada contrato, pois
individualizam determinados tópicos ou coberturas de um contrato em particular.
OBSERVAÇÕES:
• Já na apresentação da proposta de seguro,
as Condições Contratuais completas devem estar à disposição do Segurado.
• Qualquer alteração restritiva ou que
implique em ônus para o Segurado, em quaisquer
das Condições do contrato, deverá ser realizada por
endosso ou aditivo ao contrato, com a concordância expressa e escrita do segurado.
• Deverão ser apresentadas com destaque as obrigações e/ou restrições de direito do segurado
• A definição dos termos técnicos utilizados no contrato deverá constar das Condições Gerais.
• O termo “Limite Máximo de Garantia”
utilizado ao longo deste texto, comumente assume
outras denominações nos contratos de seguro,
dentre elas “importância segurada”.
Condições Gerais
As Condições Gerais contemplam, normalmente, as seguintes partes:
113
• Objetivo do Seguro
O objetivo do seguro de danos é garantir ao
segurado, até o limite máximo de garantia e de
acordo com as condições do contrato, o pagamento
de indenização por prejuízos, devidamente
comprovados, diretamente decorrentes de perdas
e/ou danos causados aos bens segurados, ocorridos
no local segurado, em conseqüência de risco coberto.
• Aceitação e Renovação do Seguro
A seguradora terá o prazo de quinze dias corridos,
contados a partir do recebimento e imediato
protocolo da proposta de seguro, para manifestar-
se sobre a proposta. O prazo será de quarenta de
cinco dias no caso de seguros rurais com subvenção
econômica dos prêmios nos termos da Lei No 10.823, de 19 de dezembro de 2003.
A recusa da proposta de seguro será comunicada
pela seguradora por escrito ao proponente, com as devidas justificativas.
No caso de não aceitação da proposta de seguro por
parte da Sociedade Seguradora, em que já tenha
havido pagamento de prêmio, os valores pagos
deverão ser devolvidos, atualizados de acordo com
as normas em vigor, da data do pagamento pelo
segurado até a data da efetiva restituição. A
cobertura perdurará por mais dois dias úteis,
contados a partir da data que o proponente, seu
representante ou corretor de seguros tiver conhecimento formal da recusa.
114
A renovação poderá ser feita de dois modos: de forma tácita (automática) ou expressa.
• Vigência e Cancelamento
Normalmente, o prazo de vigência do seguro de
danos é de um ano. E, entra em vigor a partir das
vinte e quatro horas do início de vigência especificado na proposta.
Nada impede, entretanto, que sejam contratados
seguros com prazos inferiores ou superiores a um
ano. O custo do seguro é calculado em função desse prazo.
Seguro a Prazo Curto é o seguro contratado por
prazo inferior a um ano. O prêmio é calculado em
função de uma tabela de prazo curto que majora,
em termos relativos, o valor dos prêmios em relação ao prêmio anual.
Seguro a Prazo Longo (plurianual) é o seguro
contratado por prazo superior a um ano. Nesse
seguro utiliza-se uma tabela de prazo longo que
diminui, em termos relativos, o valor do prêmio em
relação ao prêmio anual. O Seguro a Prazo Longo só
poderá ser contratado pelo prazo máximo de cinco anos.
O contrato poderá ser rescindido, total ou parcialmente por acordo entre as partes.
No caso de rescisão por iniciativa da Seguradora
será restituído ao Segurado a parte do prêmio
recebido proporcionalmente, ou seja, na base “pro-
rata temporis” pelo tempo a decorrer. Por exemplo:
se já decorreu 60% do prazo de vigência do seguro,
115
a seguradora poderá reter 60% do prêmio, restituindo 40% do prêmio ao segurado.
Se a iniciativa tiver sido do Segurado, a Seguradora
reterá a parte do prêmio recebido com base na
tabela prazo curto pelo tempo decorrido. Por
exemplo: decorridos cento e vinte dias da vigência
do contrato, com base na tabela prazo curto, a seguradora poderá reter 50% do prêmio.
• Âmbito Geográfico
Define onde o seguro se aplica e usualmente é somente no Brasil.
Entretanto, no caso de existir cobertura
internacional, em que haja o reembolso de despesas
efetuadas no exterior, os eventuais encargos de
tradução ficarão totalmente a cargo da Sociedade Seguradora.
• Garantias ou Riscos Cobertos
São os riscos previstos e descritos em cada uma das coberturas, a básica e as agregadas.
Os riscos excluídos pertinentes a cada uma das
coberturas deverão ser inseridos após a descrição dos seus respectivos riscos cobertos.
Deverá ser especificado o limite máximo de
garantia. Caso o seguro conjugue mais de uma
cobertura deverão ser especificados, também, os
limites máximos de indenização (de cada
cobertura). Para as coberturas adicionais o limite
máximo de garantia de cada uma delas poderá ser
116
fixado como porcentagem ou fração do limite máximo de garantia para a cobertura básica.
• Forma de Contratação
A forma de contratação do limite máximo de
garantia deverá ser estabelecida nas Condições Gerais do seguro.
O limite máximo de garantia pode ser contratado sob três formas:
• Risco Absoluto;
• Risco Relativo;
• Risco Total;
Para entendermos os possíveis modos de
contratação dos limites máximos de garantia de
cada uma das coberturas, daremos a seguir algumas informações:
• Limite Máximo de Garantia (LMG): é
livremente estipulado, pelo próprio segurado, para
cada uma das coberturas contratadas, e representa
o limite máximo de responsabilidade que a seguradora deverá pagar (indenização);
• Cláusula de Rateio: condição
contratual que prevê a possibilidade do segurado
assumir uma proporção da indenização do seguro
117
quando o valor em risco declarado for inferior ao valor em risco apurado no momento do sinistro;
• Valor em Risco (VR): é o valor total de
reposição dos bens segurados imediatamente antes da ocorrência do sinistro;
OBSERVAÇÕES:
• A nomenclatura de Primeiro Risco Absoluto
e Primeiro Risco Relativo justifica-se por existir a
possibilidade técnica de contratação de seguro a
Segundo Risco, Terceiro Risco, embora raramente utilizada;
• Nos sinistros em que haja franquia e
rateio, simultaneamente, calculam-se os prejuízos
indenizáveis, aplicando-se as regras da franquia e depois as regras do rateio;
Risco Absoluto
Nessa forma de contratação, o segurador responde
pelos prejuízos, integralmente, até o montante do
limite máximo de garantia, deduzidas eventuais
franquias. Não haverá, em hipótese alguma, aplicação de cláusula de rateio.
Risco Relativo
Sempre que houver a probabilidade de qualquer
bem do segurado, num determinado local, ser
atingido por um mesmo evento, sem que o dano
seja total, é, normalmente, utilizada a forma de contratação a risco relativo.
118
O seguro a primeiro risco relativo é bastante
comum nos ramos Compreensivos e Riscos
Nomeados e Operacionais.
Nesse tipo de contratação o segurado declara, no
momento da contratação, o valor em risco dos bens (valor em risco declarado – VRD).
No momento do sinistro, é apurado o valor em risco
dos bens (VRA). Se esse valor for superior ao valor
em risco declarado, haverá aplicação da cláusula de
rateio e a indenização será reduzida na proporção
da diferença entre o prêmio pago e aquele que seria efetivamente devido, conforme fórmula abaixo:
Exemplo: Suponha que o segurado contratou um
seguro e declarou o valor em risco (VRD) como
sendo igual a R$ 40.000,00. Ocorrido o sinistro, o
perito (regulador de sinistro) apurou o valor em
risco e esse valor foi igual a R$ 50.000,00. O prejuízo foi igual a R$ 2.000,00.
Como há insuficiência, ou seja, VRD < VRA será
aplicada a cláusula de rateio e o valor da indenização será:
119
Risco Total
No momento da contratação do seguro, é possível
conhecer o valor dos bens expostos ao risco,
estabelecendo-se esse valor como montante do
limite máximo de garantia, que é fixado pelo
segurado. Assim, esse montante será igual ao valor atual do bem, ou múltiplo deste (LMG = k*VA).
Na ocorrência do sinistro, quando esse LMG é
compatível com o valor apurado naquele momento,
a seguradora arca sozinha com o prejuízo até o
limite máximo de indenização, ou seja, não será
aplicada cláusula de rateio. Porém, se, na data do
sinistro, for constatado que o valor do objeto é
superior ao valor segurado (LMG < VRA) haverá rateio da seguinte forma:
Exemplo: Suponha que o segurado contratou um
seguro com limite máximo de garantia igual a R$
3.200.000,00. Ocorrido o sinistro, o perito
(regulador de sinistro) apurou o valor em risco e
esse valor foi igual a R$ 6.400.000,00. O prejuízo foi igual a R$ 500.000,00.
Como há insuficiência, ou seja, LMG < VRA, será
aplicada a cláusula de rateio, e o valor da indenização será:
120
Cláusula de Rateio Parcial
Em algumas situações acordadas entre o segurado e
a seguradora, o rateio pode ser parcial. Esse tipo de
rateio pode ser adotado tanto para seguros a risco relativo quanto para seguros a risco total.
O rateio parcial é a cláusula constante das
condições da apólice, que objetiva diminuir a
participação do segurado nos prejuízos parciais quando ocorre rateio por insuficiência de seguro.
Para que isso seja possível, é definido um
percentual de redução (k) que é utilizado na
fórmula de cálculo da indenização com rateio como
redutor do valor em risco apurado. Assim, tal
percentual servirá para diminuir o valor do
denominador da fração LMG/VRA. Logo, o valor da
indenização aumentará. A fórmula da indenização ficará da seguinte forma:
A cláusula de rateio parcial será aplicada caso o
VRD < K x VRA. E, ainda, para a contratação desse
121
tipo de rateio, por conta do aumento do valor da
indenização, a seguradora cobra um prêmio
adicional.
Exemplo: Suponha que o segurado contratou um
seguro com limite máximo de garantia igual a R$
100.000,00 e percentual de redução K = 70%.
Ocorrido o sinistro, o perito (regulador de sinistro)
apurou o valor em risco e esse valor foi igual a R$ 200.000,00. O prejuízo foi igual a R$ 50.000,00.
Verificação de insuficiência:
O seguro é insuficiente, será utilizada cláusula de
rateio.
Assim, o valor da indenização será:
• Pagamento do Prêmio
Os seguros podem ser pagos em parcela única ou de forma fracionada.
Quando o vencimento cair em dia em que não haja
expediente bancário, o pagamento do prêmio
poderá ser efetuado no primeiro dia útil seguinte em que houver expediente bancário.
122
O não pagamento do prêmio, nos seguros com
pagamento único, ou o não pagamento da primeira
parcela, nos casos dos seguros com prêmio
fracionado, nas datas previstas, implicará o
cancelamento automático do contrato, desde o seu início de vigência.
Nos seguros contratados com fracionamento do
pagamento do prêmio, na hipótese de não
pagamento de uma das parcelas subseqüentes a
primeira, a cobertura permanece válida e o prazo de
vigência da cobertura será ajustado em função do
prêmio efetivamente pago, observada, no mínimo, a fração prevista na tabela de prazo curto.
Exemplo: Cobertura contratada por R$ 1.800,00,
pagáveis em seis parcelas iguais e sucessivas de R$
300,00. Foram pagas três parcelas. Por quantos dias a cobertura teria validade?
Então temos:
Prêmio efetivamente pago: R$ 300,00 x 3 = 900,00
Prêmio devido: R$ 1.800,00
Razão: 900,00/1.800,00 = 0,50 = 50%. Assim, o segurado pagou 50% do prêmio devido.
Consultando a tabela, verificamos que a COBERTURA é válida por cento e vinte dias.
• Tabela de Prazo Curto
Prazo
dias
% do
prêmio
anual
Prazo
dias
% do
prêmio
anual
Prazo
dias
% do
prêmio
anual
15 13 135 56 255 83
30 20 150 60 270 85
45 27 165 66 285 88
60 30 180 70 300 90
123
75 37 195 73 315 93
90 40 210 75 330 95
105 46 225 78 345 98
120 50 240 80 365 100
Para percentuais não previstos na tabela, deverão
ser aplicados os percentuais imediatamente superiores.
O segurado poderá restabelecer a vigência, pelo
período inicialmente contratado, desde que retome
o pagamento do prêmio devido, dentro do prazo
estabelecido conforme a tabela, sendo facultado à
Seguradora, unicamente, a cobrança de juros legais equivalentes aos praticados no mercado financeiro.
Ao término do prazo estabelecido, sem que haja o
restabelecimento,operará de pleno direito o
cancelamento do contrato de seguro, desde que haja expressa previsão contratual neste sentido.
• Ocorrência e Liquidação do Sinistro
Ocorrendo qualquer um dos eventos garantidos
pelas coberturas contratadas, o segurado, por meio
de aviso de sinistro, deverá comunicar o sinistro à seguradora, tão logo dele tenha conhecimento.
A liquidação dos sinistros será feita num prazo não
superior a trinta dias, contados a partir do
cumprimento de todas as exigências feitas ao segurado.
A contagem do prazo é suspensa quando, no caso
de dúvida fundada e justificável, forem solicitados
124
novos documentos, e reiniciada a partir do cumprimento das exigências.
Os procedimentos para a liquidação de sinistros
devem ser claramente informados na apólice, com
especificação dos documentos básicos necessários a serem apresentados para cada tipo de cobertura.
• Franquias
A franquia é o valor previsto na apólice pelo qual o
segurado fica responsável em cada sinistro,
tornando-se até esse valor segurador de si próprio.
Existem dois tipos de franquia: simples, em que o
segurador responde pela totalidade dos prejuízos
sempre que estes ultrapassarem a franquia
estabelecida; ou dedutível, onde o segurador só paga os prejuízos que ultrapassarem a franquia.
As franquias podem ser fixadas em valor absoluto
ou como percentual do limite máximo de garantia.
Se for estabelecida como percentual dos prejuízos
indenizáveis, comumente recebe o nome de
Participação Obrigatória do Segurado (POS). E sua
contratação resulta, naturalmente, em redução de
prêmio, já que os sinistros a cargo do segurador diminuem.
• Sub-rogação de Direitos
Pelo pagamento da indenização, cujo recibo vale
como instrumento de cessão, a Seguradora fica
sub-rogada em todos os direitos do segurado contra
125
aqueles que por ato, fato ou omissão tenham
causado os prejuízos indenizados ou que para eles
tenham concorrido.
Ou seja, caso o prejuízo sofrido pelo segurado tenha
sido decorrente de ato doloso (intencional) ou
culposo (involuntário, caracterizado pela
negligência, imprudência ou imperícia) de um
terceiro, a seguradora, após pagamento da
indenização, sub-roga-se (toma o lugar) no direito
dele (segurado), podendo ingressar na justiça com
uma ação de regresso, ou seja, pleitear na justiça,
contra o causador do prejuízo (terceiro), o ressarcimento da indenização paga ao segurado.
• Foro
O foro competente para dirimir eventuais litígios é o do domicílio do segurado.
• Perda de Direito
A seguradora ficará isenta de qualquer obrigação
decorrente do contrato se:
• O segurado agravar intencionalmente o risco;
• O sinistro ocorrer por culpa grave ou dolo do Segurado ou Beneficiário do seguro;
• A reclamação de indenização por sinistro for fraudulenta ou de má-fé;
126
• O segurado ou beneficiário ou ainda seus
representantes e prepostos fizerem declarações
falsas ou, por qualquer meio, tentarem obter benefícios ilícitos do seguro;
• O segurado não participar o sinistro à
sociedade seguradora, tão logo tome conhecimento,
e não adotar as providências imediatas para minorar suas conseqüências;
• Concorrência de Apólices
O segurado que, na vigência do contrato, pretender
obter novo seguro sobre os mesmos bens e contra
os mesmos riscos deverá comunicar sua intenção,
previamente, por escrito, a todas as sociedades
seguradoras envolvidas, sob pena de perda de direito.
Na ocorrência de sinistro contemplado por
coberturas concorrentes, ou seja, que garantam os
mesmos interesses contra os mesmos riscos, em
apólices distintas, a distribuição de responsabilidade
entre as sociedades seguradoras envolvidas deverá obedecer às seguintes disposições:
I – será calculada a indenização individual de cada
cobertura como se o respectivo contrato fosse o
único vigente, considerando-se, quando for o caso,
franquias, participações obrigatórias do segurado,
limite máximo de indenização da cobertura e cláusulas de rateio;
Exemplo: ocorrência de sinistro abrangendo as
Coberturas 1, 2 e 3. Necessidade de se recalcular as
127
indenizações individuais provisórias em razão da
extrapolação do LMG da apólice. A cobertura 1 é
comum às apólices (Concorrência).
Apólice A Apólice B
LMI Franquia LMI Franquia
Cobertura 1 60.000,00 5.000,00 Cobertura 1 30.000,00 3.000,00
Cobertura 2 30.000,00 3.000,00 Cobertura 2
Cobertura 3 Cobertura 3 10.000,00 2.000,00
LMG da Ap. 70.000,00 LMG da Ap. 30.000,00
II – será calculada a "indenização individual
ajustada" de cada cobertura, na forma abaixo indicada:
a) se, para uma determinada apólice, for verificado
que a soma das indenizações correspondentes às
diversas coberturas abrangidas pelo sinistro é maior
que seu respectivo limite máximo de garantia, a
indenização individual de cada cobertura será
recalculada, determinando-se, assim, a respectiva
indenização individual ajustada. Para efeito deste
recálculo, as indenizações individuais ajustadas
relativas às coberturas que não apresentem
concorrência com outras apólices serão as maiores
possíveis, observados os respectivos prejuízos e
limites máximos de indenização. O valor restante do
limite máximo de garantia da apólice será
distribuído entre as coberturas concorrentes,
observados os prejuízos e os limites máximos de indenização destas coberturas.
b) caso contrário, a "indenização individual
ajustada" será a indenização individual, calculada de acordo com o inciso I deste item.
128
Prejuízo
Indenização
Provisória Apólice A
Indenização
Provisória Apólice B
Cobertura 1 55.000,00 = 55.000 - 5.000 =
50.000 30.000
Cobertura 2 28.000,00 = 28.000 - 3.000 =
25.000
Cobertura 3 8.000,00 = 8.000 - 2.000 =
6.000
Indenização Provisória
Total 75.000 36.000
LMG da Ap. 70.000 30.000
Indenização Individual Ajustada
Apólice A
Indenização Individual
Ajustada
Apólice B
Cobertura 1
= 70.000 –
25.000 =
45.000 Cobertura 1
= 30.000 –
6.000 = 24.000
Cobertura 2 (Max possível)
25.000 Cobertura 2
Cobertura 3 Cobertura 3
(Max possível) 6.000
Soma das Ind.
Indiv. Ajust. 70.000
Soma das Ind.
Indiv. Ajust. 30.000
III – será definida a soma das indenizações
individuais ajustadas das coberturas concorrentes
de diferentes apólices, relativas aos prejuízos
comuns, calculadas de acordo com o inciso II deste item;
Concorrente? IIA Apólice
A
IIA Apólice
B Soma Prejuízo
Cobertura
1 Sim 45.000 24.000 69.000 55.000
Cobertura
2 Não 25.000 28.000
Cobertura
3 Não 6.000 8.000
129
IV – se a quantia a que se refere o inciso III deste
item for igual ou inferior ao prejuízo vinculado à
cobertura concorrente, cada sociedade seguradora
envolvida participará com a respectiva indenização
individual ajustada, assumindo o segurado a responsabilidade pela diferença, se houver;
V – se a quantia estabelecida no inciso III for maior
que o prejuízo vinculado à cobertura concorrente,
cada sociedade seguradora envolvida participará
com percentual do prejuízo correspondente à razão
entre a respectiva indenização individual ajustada e a quantia estabelecida naquele inciso.
Prejuízo Indenização Concorrente
Apólice A
Indenização Concorrente
Apólice B
Total
Indenizado
Cobertura
1 55.000
= 45.000*55.000/69.000 =
35.869,57
= 24.000*55.000/69.000 =
19.130,43 55.000
Cobertura
2 28.000 25.000 25.000
Cobertura
3 8.000 6.000 6.000
86.000
• Prescrição
Define o tempo permitido para reclamações.
Quando inserido no contrato de seguro deverá ser definido conforme dispõe o Código Civil Brasileiro.
• Glossário
Define todos os termos técnicos utilizados no
contrato (apólice), objetivando facilitar a interpretação do mesmo pelo segurado.
130
Seguro de Transportes
1. O que é o seguro de transportes? 2. Quais são as coberturas do seguro de transportes? 3. Quem pode contratar o seguro de transportes? 4. Qual a diferença entre seguro de transportes e seguro
de responsabilidade civil do transportador? 5. Qual é o prazo para o recebimento da indenização do
seguro de transportes? 6. Quais são as normas (SUSEP/CNSP) que regem o
seguro de transportes? 7. Quem procurar em caso de dúvidas?
O que é o seguro de transportes?
O seguro de transportes garante ao segurado uma
indenização pelos prejuízos causados aos bens
segurados durante o seu transporte em viagens
aquaviárias, terrestres e aéreas, em percursos nacionais e internacionais.
A cobertura pode ser estendida durante a permanência das mercadorias em armazéns.
131
Quais são as coberturas do seguro de transportes?
O seguro de transportes é composto por uma
cobertura básica, de contratação automática, e
pelas coberturas adicionais, que cobrem riscos que
não são cobertos pela cobertura básica, e contra os
quais o segurado opcionalmente pode se garantir, mediante o pagamento de prêmio adicional.
Existem algumas opções de contratação da cobertura básica, dentre elas destacamos:
Nº 1 - Cobertura Básica Restrita (C) - garante ao
segurado os prejuízos que venha a sofrer em
consequência de perdas e danos materiais causados ao objeto segurado exclusivamente por:
a) Incêndio, raio ou explosão;
b) encalhe, naufrágio ou soçobramento do navio ou
embarcação;
c) capotagem, colisão, tombamento ou
descarrilamento de veículo terrestre;
d) abalroamento, colisão ou contato do navio ou
embarcação com qualquer objeto externo que não
seja água;
e) colisão, queda e/ou aterrissagem forçada da
aeronave, devidamente comprovada;
f) descarga da carga em porto de arribada;
g) carga lançada ao mar;
h) perda total de qualquer volume, durante as
operações de carga e descarga do navio; e
i) perda total decorrente de fortuna do mar e/ou de arrebatamento pelo mar.
132
Nº 2 - Cobertura Básica Restrita (B) - garante ao
segurado os prejuízos que venha a sofrer em
consequência de perdas e danos materiais causados
ao objeto segurado pelos riscos citados na cobertura anterior e também por:
a) inundação, transbordamento de cursos d’água,
represas, lagos ou lagoas, durante a viagem terrestre;
b) desmoronamento ou queda de pedras, terras,
obras de arte de qualquer natureza ou outros objetos, durante a viagem terrestre;
c) terremoto ou erupção vulcânica; e
d) entrada de água do mar, lago ou rio, na
embarcação ou no navio, veículo, “container”, furgão (“liftvan”) ou local de armazenagem.
Nº 3 - Cobertura Básica Ampla (A) - garante ao
segurado os prejuízos que venha a sofrer em
consequência de todos os riscos de perda ou dano
material sofridos pelo objeto segurado, em
consequência de quaisquer causas externas, exceto
as previstas na cláusula de prejuízos não indenizáveis.
Existem ainda coberturas básicas que visam cobrir
mercadorias e/ou situações específicas, como é o caso das seguintes coberturas:
Nº4 - Cobertura Básica Restrita para Embarques de
Mercadorias/Bens Acondicionados em Ambientes Refrigerados;
133
Nº5 - Cobertura Básica Ampla para Embarques de
Mercadorias/Bens Acondicionados em Ambientes
Refrigerados;
Nº6 - Cobertura Básica Restrita para Mercadorias/Bens Congelados;
Nº 7 - Cobertura Básica Ampla para Mercadorias/ Bens Congelados;
Nº 9 - Cobertura Básica Ampla para Animais Vivos (Exceto Embarques Aéreos de Aves Vivas);
Nº 10 - Cobertura Básica Ampla para Seguros de
Transportes Aéreos de Aves Vivas;
Nº 20 - Cobertura Básica para Seguros de Bagagem; e
Nº 21 - Cobertura Básica para Seguros de Mercadorias Conduzidas por Portadores.
Quem pode contratar o seguro de transportes?
A pessoa que tem o interesse em preservar o
patrimônio contra os riscos inerentes à viagem, ou
seja, qualquer pessoa que tenha o interesse segurável na carga a ser transportada.
No contrato de compra e venda, fica estabelecido a
partir de que momento o interesse segurável passa do vendedor ao comprador da mercadoria.
Qual a diferença entre seguro de transportes e
seguro de responsabilidade civil do transportador?
134
O seguro de transportes é contratado pelo dono da
carga, e é de contratação obrigatória para pessoas
jurídicas, à exceção de órgãos públicos. Já o seguro
de responsabilidade civil do transportador deve
obrigatoriamente ser contratado pela empresa de
transporte, mas cobre apenas prejuízos pelos quais
o próprio transportador seja responsável, como
colisão, capotagem, abalroamento, incêndio ou explosão do veículo transportador.
Qual é o prazo para o recebimento da
indenização do seguro de transportes?
Uma vez entregue pelo segurado toda a
documentação exigível, que deve constar das
condições da apólice, a seguradora efetuará o
pagamento da indenização no prazo máximo de 30
dias. No caso de solicitação de outros documentos
além daqueles considerados básicos para a
liquidação de sinistros, este prazo será suspenso, e
terá a sua contagem reiniciada a partir do dia útil
subseqüente àquele em que forem completamente atendidas as exigências.
Quais são as normas (SUSEP/CNSP) que regem o seguro de transportes?
Resolução CNSP Nº 17/1968 - Estabelece que os
seguros obrigatórios de transporte, no País, de bens
pertencentes a pessoas jurídicas e de riscos de
incêndio de bens pertencentes a pessoas jurídicas,
situados no país, reger-se-ão pelas normas, condições e tarifas vigentes para esses ramos.
Circular SUSEP Nº 354/2007 - Disponibiliza no sitio
da SUSEP as condições contratuais do plano
135
padronizado para o seguro de transportes e
estabelece as regras mínimas para a
comercialização deste seguro.
Seguro de Crédito Interno
ÍNDICE
1 – O que é operação de crédito?
2 – O que é seguro de crédito interno?
3 – O que é Perda Líquida Definitiva?
4 – Como se caracteriza a insolvência?
5 – Como se caracteriza o sinistro?
6 – Quem contrata este seguro?
7 – Quais são as principais características do seguro de crédito?
8 – Qual a legislação em vigor?
9 – Quais as modalidades e suas características?
10 – Quais as principais coberturas?
11 – Como se relacionam a vigência da apólice e o prazo das operações de crédito?
1 – O que é operação de crédito?
136
Todo ato de vontade ou disposição de alguém de
destacar ou ceder, temporariamente parte de seu
patrimônio a um terceiro, com a expectativa de que
esta parcela volte à sua posse integralmente, após decorrer o tempo estipulado.
2 – O que é seguro de crédito interno?
É uma modalidade de seguro que tem por objetivo
ressarcir o SEGURADO (credor), nas operações de
crédito realizadas com clientes domiciliados no país,
das Perdas Líquidas Definitivas causadas por devedor insolvente.
3 – O que é Perda Líquida Definitiva?
Corresponde ao total do crédito sinistrado acrescido
das despesas de sua recuperação e deduzido das
quantias efetivamente recebidas, relativas a esse crédito.
4 – Como se caracteriza a insolvência?
a) Quando for declarada judicialmente a falência do devedor, também denominado GARANTIDO;
b) Quando for deferido judicialmente o
processamento da concordata preventiva do GARANTIDO;
c) Quando for concluído um acordo particular do
GARANTIDO com a totalidade dos seus credores,
com a interveniência da SEGURADORA, para
pagamento de todas as dívidas com redução dos débitos;
137
Na modalidade Quebra de Garantia, a insolvência
também se caracteriza quando, na cobrança judicial
ou extrajudicial da dívida, os bens dados em
garantia ou os bens do GARANTIDO revelem-se
insuficientes ou fique evidenciada a impossibilidade
de busca e apreensão, reintegração, arresto ou penhora desses bens.
5 – Como se caracteriza o sinistro?
Quando ocorre a insolvência do devedor
reconhecida através de medidas judiciais ou
extrajudiciais realizadas para o pagamento da dívida.
6 – Quem contrata este seguro?
Este seguro é geralmente contratado por empresas
que realizam operações de crédito em suas vendas,
tanto para pessoa física como para pessoa jurídica,
ou intermediários de operações de crédito,
financiamento e investimento; consórcios, empresas
de factoring, etc. caracterizados desta forma como
SEGURADOS das operações de crédito. Os
SEGURADOS também são os responsáveis pelo pagamento do prêmio de seguro.
Os contratantes da operação de crédito, ou seja, os
devedores são denominados GARANTIDOS, e é sobre eles que incide o risco de inadimplência.
7 – Quais são as principais características do seguro de crédito?
a) participação obrigatória do SEGURADO
138
Esta cláusula visa a manter o interesse do
SEGURADO na seleção dos riscos, assim como no
resultado das ações judiciais e extrajudiciais.
b) globalidade das operações
Tem por objetivo evitar que a entidade de
crédito somente inclua na apólice os riscos de maior vulto e probabilidade.
c) limite de crédito
Estabelece um limite máximo de crédito,
evitando assim as fraudes e o excesso de exposição
do SEGURADO.
8 – Qual a legislação em vigor?
CIRCULAR SUSEP N°21/89, de 23/08/1989
CIRCULAR SUSEP N°53/80, de 22/09/1980
CIRCULAR SUSEP N°73/79, de 31/10/1979
CIRCULAR SUSEP N°34/76, de 14/06/1976
CIRCULAR SUSEP N°30/76, de 04/06/1976
CIRCULAR SUSEP N°41/72, de 03/10/1972
9 – Quais as modalidades e suas características?
Riscos Comerciais – é uma modalidade do Seguro
de Crédito que tem por objetivo cobrir as operações
de crédito realizadas pelo SEGURADO, somente com pessoas jurídicas domiciliadas no país.
139
Quebra de Garantia – esta modalidade do Seguro de
Crédito tem por objetivo cobrir as operações de
crédito realizadas pelo SEGURADO, especialmente
aquelas relativas à venda de bens de consumo, para
pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no país. A
principal característica desta modalidade é a
existência de garantias reais, em que os bens
envolvidos na operação são utilizados como garantia ao SEGURADO e à Seguradora.
10 – Quais as principais coberturas?
Cobertura de Operações de Consórcio - garante ao
SEGURADO (no caso, o grupo de consórcio) as
Perdas Líquidas Definitivas em conseqüência da
insolvência do GARANTIDO (cada um dos
consorciados contemplados) depois que este tiver
tomado posse do bem consorciado, deixando de pagar as prestações mensais.
Cobertura de Operações de Empréstimo Hipotecário
- tem por objetivo cobrir as Perdas Líquidas
Definitivas que o SEGURADO venha a sofrer em
conseqüência da insolvência de seus devedores
pessoas físicas, nos contratos de empréstimo com
garantia hipotecária, não abrangidos pelo Sistema
Financeiro de Habitação (SFH). Esta cobertura terá
início no momento em que o devedor, satisfeitas
todas as exigências estabelecidas no Contrato de
Empréstimo Hipotecário e na apólice, inscreva a hipoteca no registro competente.
Cobertura de Operações de Arrendamento Mercantil
("Leasing") - nesta cobertura a SEGURADORA se
obriga a indenizar o SEGURADO pelas perdas
líquidas definitivas que o mesmo possa sofrer em
140
conseqüência da incapacidade do
arrendatário/GARANTIDO de pagar as
contraprestações estipuladas em contrato de arrendamento mercantil.
11 – Como se relacionam a vigência da apólice e o prazo das operações de crédito?
Não existe vinculação entre o prazo de vigência da
apólice e as coberturas de crédito. Por exemplo: foi
feita a compra a prazo de um veículo em 48 meses
em 01/02/2008, supondo que a financeira tivesse
uma apólice com vigência de um ano a partir de
01/01/2008. Caso ocorresse a insolvência do
comprador em 05/05/2010, a SEGURADORA teria a
obrigação de indenizar o SEGURADO se este pagou
prêmio integral ou se a apólice fosse renovada até a extinção das obrigações já assumidas.
Em caso de cancelamento da apólice todos os
contratos que já foram averbados permanecem
garantidos, sendo encerradas somente as coberturas para as novas contratações de crédito.
141
Microsseguros - Seguro para os Segmentos de
Baixa Renda no Brasil
Introdução
A preocupação com a situação das populações
menos favorecidas é hoje uma tendência mundial,
não apenas pelas questões humanitárias envolvidas,
mas pelas consequências sociais, econômicas,
políticas e, até mesmo, ecológicas geradas pela
desigualdade e pela miséria. O tema tem sido
recorrente nos mais importantes fóruns de
discussão internacionais, mobilizando os melhores
especialistas de todas as áreas na busca de
soluções que promovam a diminuição da pobreza e
a inclusão social. O fato ganha vieses mais graves
com os efeitos das mudanças climáticas em função
do aquecimento global, cujos impactos nas
populações carentes costumam ser ainda mais devastadores.
De acordo com pesquisas realizadas por
conceituadas instituições internacionais, enquanto
nos países desenvolvidos a maior parte da
142
população está coberta por algum tipo de seguro,
nos 100 países mais pobres do mundo pouco menos
de 3% da população possui algum tipo de
cobertura. Porém, são as famílias pobres que estão
especialmente vulneráveis aos riscos, tanto aqueles
causados pela natureza, quanto aos causados por ocorrências do cotidiano.
No Brasil a situação não é diferente, pois as classes
menos favorecidas estão mais frequentemente
expostas às doenças, acidentes, mortes e a uma
série de danos e perdas relacionadas aos bens e a
propriedade em função da natureza de suas
atividades e do ambiente em que vivem. Estas
ocorrências, além dos impactos sociais e
econômicos causados aos mais carentes, geram a
cada período uma série de gastos extraordinários
para o Governo, cujos recursos poderiam ser mais
bem empregados caso houvesse algum tipo de
mecanismo que oferecesse uma proteção adequada para os segmentos mais pobres da população.
Neste contexto, o microsseguro surge como uma
alternativa para beneficiar o crescimento econômico
e o desenvolvimento humano, desempenhando um
papel fundamental, já que se encontra na fronteira
entre os serviços financeiros e a proteção social,
incorporando elementos de ambos. Por essas
razões, o microsseguro vem se constituindo como
parte da estratégia dos governos de muitos países
para diminuir a pobreza, ao tornar os sistemas
financeiros mais inclusivos por meio da promoção
do acesso a serviços como poupança, crédito e seguros para a população de baixa renda.
143
Primeiras ações da SUSEP voltadas para o Segmento de Baixa Renda
A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP),
na qualidade de órgão responsável pelo controle e
fiscalização dos mercados de seguro, previdência
complementar aberta, capitalização e resseguro,
atendendo às diretrizes governamentais para
incentivar a criação de produtos e serviços
financeiros adaptados à realidade da
população de baixa renda e dos micro-
empreendedores formais e informais, no final
de 2003 iniciou discussões internas com o objetivo
de implementar ações para incentivar a
comercialização de seguros simplificados e de baixo custo.
Como resultado, em 21/09/2004 foi editada
a Circular SUSEP 267/2004, a primeira norma
sobre seguro de vida em grupo popular,
estabelecendo Condições Gerais padronizadas e seus respectivos parâmetros.
Outro fato relevante ocorrido na mesma época foi a
edição do Decreto 5.172/2004 que reduziu o IOF
(Imposto Sobre Operações Financeiras) para o
Ramo Vida, de 7% para 2%, chegando a alíquota
zero em 2006. Esta mudança tem tido repercussão
positiva na comercialização dos produtos do Ramo
Vida em geral. À época da elaboração da norma,
constituía-se em uma das principais reivindicações do mercado segurador 1.
Além disso, a edição da Resolução CNSP
110/2004, de 7/5/2004, que resultou na criação
de ouvidorias na quase totalidade das seguradoras,
144
estabeleceu importantes mecanismos para
salvaguardar os direitos dos consumidores,
principalmente daqueles menos favorecidos.
Na seqüência, em 17/11/2005, foi editada
a Circular SUSEP 306/2005 sobre seguro popular
de automóvel, estabelecendo Condições Gerais padronizadas para o ramo.
Embora não tenham sido elaboradas normas
específicas de seguro popular para outros ramos
pela SUSEP, as normas para os Ramos Vida e Auto
acabaram por estimular o provimento de seguros
para o segmento de baixa renda, inspirados no
desempenho positivo das apólices comercializadas,
despertando assim o mercado brasileiro para este segmento.
Microsseguro x Seguro Popular
No Brasil, o termo “seguro popular” é usado para
designar produtos massificados com importâncias
seguradas e prêmios de pequeno valor. Mas, seguro
popular não é o mesmo que microsseguro, uma vez
que este está direcionado para as necessidades
específicas das famílias de baixa renda, enquanto
que o seguro popular é para todos os tipos de
consumidores e apenas significa seguro de pequenos valores.
Ramos sob a responsabilidade de outros supervisores no Brasil
O Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP é
o órgão deliberativo do sistema e a
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP é o
145
órgão executor das políticas delineadas pelo CNSP e
também a autoridade responsável pela supervisão e
controle dos mercados de seguros. Porém, a
autoridade da SUSEP não cobre todos os segmentos de seguro.
Seguro Saúde:
A ANS – Agência Nacional de Saúde, vinculada
ao Ministério da Saúde e criada pela Lei 9.961/00,
de 2000, é a autoridade supervisora de seguros de
saúde, responsável pela regulação, controle e
supervisão das atividades de assistência à saúde suplementar.
A Lei 9.656/98, de 1998, estabeleceu as regras
para os planos e seguros privados de assistência à
saúde e, em 2001, a Lei 10.185/01 transferiu
para a ANS a competência para supervisionar o
seguro saúde no Brasil que, até então, era da SUSEP.
A classificação das companhias que operam planos
de saúde está definida pela RDC 39/00, enquanto a
RDC 65/01 estabelece as regras a serem adotadas
pelas sociedades seguradoras especializadas em seguros saúde.
De acordo com a informação fornecida pela ANS 2,
no Brasil há outras formas de provedores que
fornecem seguro saúde para os segmentos de baixa
renda 3, além das companhias de seguros
especializadas em seguro saúde. As formas legais destas entidades são:
146
a) Cooperativa médica - sociedades de pessoas,
sem fins lucrativos, constituídas conforme o
disposto na Lei n.º 5.764, de 16 de dezembro de
1971, que operam Planos Privados de Assistência à Saúde;
b) Cooperativa odontológica - sociedades de
pessoas, sem fins lucrativos, constituídas conforme
o disposto na Lei n.º 5.764, de 16 de dezembro de
1971, que operam exclusivamente Planos Odontológicos;
c) Autogestão - entidades de autogestão que
operam serviços de assistência à saúde ou
empresas que, por intermédio de seu departamento
de recursos humanos ou órgão assemelhado,
responsabilizam-se pelo Plano Privado de
Assistência à Saúde destinado, exclusivamente, a
oferecer cobertura aos empregados ativos,
aposentados, pensionistas ou ex-empregados, bem
como a seus respectivos grupos familiares definidos,
limitado ao terceiro grau de parentesco
consangüíneo ou afim, de uma ou mais empresas,
ou ainda a participantes e dependentes de
associações de pessoas físicas ou jurídicas,
fundações, sindicatos, entidades de classes profissionais ou assemelhados.
d) Filantropia - entidades sem fins lucrativos que
operam Planos Privados de Assistência à Saúde, que
tenham obtido certificado de entidade filantrópica
junto ao Conselho Nacional de Assistência Social -
CNAS e declaração de utilidade pública federal junto
ao Ministério da Justiça ou declaração de utilidade
pública estadual ou municipal junto aos Órgãos dos Governos Estaduais e Municipais.
147
e) Odontologia de grupo - empresas ou entidades
que operam exclusivamente Planos Odontológicos,
excetuando-se àquelas classificadas na modalidade de cooperativa odontológica.
f) Medicina de grupo - empresas ou entidades que
operam Planos Privados de Assistência à Saúde,
excetuando-se àquelas classificadas nas
modalidades de cooperativa médica, autogestão e filantropia.
Seguro Rural:
No que diz respeito ao Seguro Rural, a SUSEP só é
responsável pela normatização e fiscalização dos
seguros operados por seguradoras. Estes seguros
normalmente estão voltados para médios e grandes
produtores rurais. Os seguros voltados para os
segmentos de baixa-renda são providos por programas governamentais.
O Decreto-Lei n.º 73/66 (art. 24) também permite
que cooperativas de seguro comercializem seguros
agrícolas. Neste caso, as atividades de seguros são supervisionadas por outros setores do Governo.
Programa de Garantia da Atividade Rural (PROAGRO)
É um programa criado em 1973 (Lei n.º 5.969, de
12/12/1973), gerenciado e subsidiado pelo Governo
Federal, através do Ministério da Agricultura e do
Banco Central (BACEN), com foco nos agricultores e
suas cooperativas. O Ministério da Agricultura é
responsável pela gestão técnica do seguro e o BACEN pela administração dos seus recursos.
148
O programa é um instrumento de política agrícola
instituído para que o produtor rural tenha garantido
um valor complementar para pagamento
do seu custeio agrícola em casos de ocorrência de
fenômenos naturais, pragas e doenças, que atinjam
bens, rebanhos e plantações. O programa, porém,
não está especialmente focado em agricultores de baixa renda.
Programa de Garantia da Atividade Agropecuária MAIS (PROAGRO MAIS)
O PROAGRO MAIS é um programa instituído em
2004 e inserido no âmbito do PROAGRO para
atender aos pequenos produtores de baixa renda,
vinculados ao Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (Pronaf) nas operações de custeio agrícola (adesão obrigatória).
Esse programa é gerido pelo BACEN e pelo
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). As
taxas únicas de 2% são pagas pelos produtores rurais.
Comissão Consultiva de Microsseguros do CNSP
Em 15/04/2008, o Conselho Nacional de Seguros
Privados, por meio do Ato CNSP 10/2008, criou a
Comissão Consultiva de Microsseguros, presidida pelo Superintendente da SUSEP e composta por:
- dois representantes do Ministério da Fazenda;
- dois representantes da SUSEP;
- um representante do Banco Central do Brasil;
- um representante do Ministério da Previdência
149
Social;
- dois representantes da Federação Nacional de
Empresas de Seguros Privados e Capitalização -
FENASEG;
- dois representantes da Federação Nacional dos
Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de
Capitalização, de Previdência Privada, e das
Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros –
FENACOR; e
- dois representantes da Escola Nacional de Seguros – FUNENSEG.
A Comissão tem por objetivo promover estudos
sobre microsseguros e assessorar o CNSP no que se
refere aos seus aspectos técnicos e operacionais.
Foi ao longo do tempo agregando mais partes
interessadas no processo de implementação de uma
estrutura regulatória adequada ao desenvolvimento
dos microsseguros no País, o que vem possibilitando
o aumento da consciência das autoridades
responsáveis pela definição das políticas do setor -
uma recomendação básica para a obtenção do
alinhamento de práticas de regulação e supervisão
voltadas para as características particulares dos
microsseguros, além de facilitar o diálogo,
especialmente sobre as questões fiscais, sociais e operacionais.
Grupo de Trabalho de Microsseguros da SUSEP
Em 12 de junho de 2008, a SUSEP instituiu, por
meio da Portaria SUSEP no 2.960, o Grupo de
Trabalho de Microsseguros (GT SUSEP), com a
finalidade de apresentar estudos e assessorar a
Comissão Consultiva de Microsseguros, em relação
150
aos aspectos técnicos, legais e operacionais do microsseguro.
O GT SUSEP, diretamente subordinado ao
Superintendente da SUSEP, foi composto por
representantes de todos os departamentos
da Autarquia 4, possibilitando, em maior ou menor
grau, o envolvimento de todos as áreas com as
questões que envolvem os microsseguros. Vale
ressaltar que esta composição tem sido
fundamental para a quebra de barreiras internas,
permitindo a sensibilização dos diferentes setores sobre o tema.
Em sua segunda reunião, o GT SUSEP, entre outras
decisões, aprovou um cronograma de atividades
que estabeleceu a apresentação de Relatórios
Parciais ao superintendente da SUSEP, os quais
estão disponíveis nos links abaixo:
Relatório I - Definição do conceito de
“microsseguro”, identificação do público-alvo
e definição do conceito de “população de
baixa-renda” para fins de microsseguro, de
agosto de 2008;
Relatório II - Identificação das Barreiras
Regulatórias para o microsseguro no Brasil, de
outubro de 2008;
Relatório III – Partes Interessadas em
Microsseguros e Respectivos Papéis, de maio
de 2009; e
Relatório IV – Principais Parâmetros para
Produtos de Microsseguros, de agosto de
2009.
151
Os conteúdos desses relatórios foram fundamentais
para a tomada de decisões no âmbito da Comissão.
Vale ressaltar ainda que, no decorrer dos trabalhos
e ao longo de todo o processo, os membros do GT,
pelo conhecimento técnico específico dentro de sua
especialidade e área de atuação, desempenharam
importante papel de apoio, compondo todos os
Subgrupos de Trabalhos específicos criados pela Comissão Consultiva.
Dinâmica dos Trabalhos da Comissão Consultiva de
Microsseguros
Desde a sua instituição até a realização do I
Workshop de Microsseguros, a Comissão Consultiva
se reuniu nove (9) vezes para deliberar sobre suas
estratégias de atuação, definir conceitos, aprovar
temas para pesquisas e promover debates sobre assuntos de interesse comum.
O ponto de partida dos trabalhos realizados pela
Comissão Consultiva foi a aprovação de um
cronograma para nortear suas atividades, cujas
datas-limite para cada uma de suas quatro etapas
foram sendo ajustadas no decorrer do tempo, já
que o prazo estabelecido inicialmente, na maioria
das vezes, se mostrava insuficiente em função da
complexidade dos temas abordados e da
necessidade de se obter consenso.
As agendas para cada reunião da Comissão
Consultiva eram preparadas com base nos objetivos
pretendidos em cada etapa do cronograma. Por sua
vez, o registro das principais conclusões e decisões
de cada reunião foi devidamente documentado por
meio de “memórias”, elaboradas pelos membros do
152
GT SUSEP e aprovadas por todos os participantes ao final de cada rodada.
Das reuniões participaram, além dos representantes
dos diversos órgãos e entidades dos setores público
e privado que compunham a Comissão, os membros
do GT SUSEP e convidados especiais, geralmente
especialistas nos temas que se pretendia
desenvolver, os quais apresentavam os resultados de seus estudos.
Também compareciam às reuniões os responsáveis
por programas de seguros voltados para segmentos
mais carentes da população, descrevendo suas
experiências práticas e técnicas para atingir o público-alvo pretendido.
Não raro, verificava-se que alguns assuntos
específicos demandariam discussões mais
detalhadas, exigindo mais tempo para estudo e
debates e, em muitos casos, diversas reuniões. Por
isso, na medida em que se fazia necessário, eram
criados subgrupos de trabalho 5, compostos por
membros da Comissão e do GT SUSEP e por
convidados – especialistas e servidores da SUSEP
com reconhecido conhecimento nos assuntos a serem abordados com mais profundidade.
O resultado das conclusões consensuadas na esfera
dos subgrupos – na forma de relatórios e atas – era
apresentado à Comissão Consultiva durante suas
reuniões, quando então eram novamente discutidas,
podendo ser referendadas ou emendadas. Contudo,
o processo de discussão e análise prévias no âmbito
dos subgrupos, embasava, facilitava e agilizava o processo de tomada de decisões pela Comissão.
153
Entre os diversos subgrupos formados pela
Comissão Consultiva, merece destaque o trabalho
realizado pelo Subgrupo de Pesquisas coordenado
pela Escola Nacional de Seguros (FUNENSEG) que,
com base na definição de “população de baixa
renda” estabelecida pela Comissão para propósitos
de estudos e pesquisas de microsseguro, elaborou
um completo Programa, cujos principais resultados
estão disponíveis no link Programa de Pesquisas de Microsseguros.
Boa parte dos especialistas que realizaram estes
estudos, assim como muitos convidados, acabaram
por se incorporar definitivamente à Comissão
Consultiva, colaborando de forma decisiva para os
resultados positivos obtidos e, principalmente, para
o alinhamento de entendimentos entre os setores público e privado.
Este processo agregador acabou por transformar a
Comissão Consultiva em um grande fórum de
debates sobre microsseguros, cujo resumo dos
resultados e principais propostas foi apresentado
no Relatório Final ao Conselho Nacional de Seguros Privados.
Workshops de Microsseguros
Para apresentar os resultados dos trabalhos
realizados no seu âmbito de atuação desde a sua
criação, a Comissão promoveu nos dias 10 e 11 de
setembro de 2009, no Rio de Janeiro, o I Workshop
de Microsseguros, que contou com a participação de
cerca de 150 pessoas dos mais diversos segmentos
da sociedade, permitindo uma discussão ampla e aberta com as diversas partes interessadas.
154
O I Workshop contou com a participação de
especialistas do Centro para Regulação e Inclusão
Financeira (CENFRI) da África do Sul – que, com o
aval da Comissão, desenvolveu um estudo e
diagnóstico sobre os microsseguros em nosso país –
e, ainda, com o apoio do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) – que publicará compêndio,
em espanhol e português, sobre o workshop,
incluindo as melhores pesquisas realizadas, para
divulgação às partes interessadas na América Latina.
Em seguida, em 7 de dezembro, foi realizado em
Brasília o II Workshop de Microsseguros,
especialmente voltado para os principais
responsáveis pelo estabelecimento de políticas no país vinculadas ao setor.
Participação da SUSEP no IAIS-Microinsurance
Network Joint Working Group
No cenário internacional, a SUSEP iniciou sua
participação em fóruns de discussão sobre o
assunto no início de 2006, por ocasião da formação
do IAIS-CGAP Joint Working Group on
Microinsurance (em português, Grupo de Trabalho
Conjunto IAIS-CGAP sobre Microsseguros),
atualmente denominado IAIS-Microinsurance
Network Joint Working Group (IAIS-MI JWG), grupo
de trabalho formado por membros e observadores
da International Association of Insurance
Supervisors - IAIS 6 e por representantes
do Microinsurance Network (ex-CGAP Working Group on Microinsurance).
155
A International Association of Insurance
Supervisors, da qual a SUSEP é membro, elabora
princípios, padrões e documentos-guia sobre a
regulação e a supervisão de seguros, aceitos
mundialmente, constituindo-se como o principal
fórum internacional nos assuntos ligados à
supervisão de seguros. Dela são membros efetivos
mais de 190 supervisores e reguladores, de mais de
140 países, além de observadores, representados
por grupos seguradores, grandes consultorias e outras entidades internacionais afins 7.
O Microinsurance Network foi criado em 2002 (à
época, CGAP Working Group on Microinsurance) e
seus mais de 80 membros são representantes de
organizações doadoras, agências internacionais de
desenvolvimento, especialistas em desenvolvimento
de sistemas financeiros, companhias de seguro
privadas e outras partes interessadas que estão
envolvidas na promoção e suporte dos
microsseguros nos países em desenvolvimento,
através da promoção do desenvolvimento e
proliferação dos serviços de seguros para pessoas
de baixa-renda. O grupo auxilia no desenvolvimento
do microsseguro através de pesquisas, instrumentos de ação, coordenação e conscientização.
Em maio de 2007, durante reunião realizada no Rio
de Janeiro, o IAIS-MIN JWG finalizou o documento
intitulado “Issues in Regulation and Supervision of
Microinsurance” (ou, em português, “Questões de
Regulação e Supervisão de Microsseguros”),
cujo objetivo é estimular e proporcionar
embasamento para discussões sobre a regulação e
a supervisão do microsseguro, entre reguladores,
156
supervisores, provedores e outras partes
interessadas, contando com uma estrutura
integrada para o seu desenvolvimento, por
intermédio de políticas favoráveis, adaptações legais
e regulatórias e construção da capacidade
institucional do setor, consistente com os princípios
e práticas internacionalmente aceitos -
notadamente, os Princípios Básicos de Seguros
da IAIS - com foco em questões operacionais, prudenciais, de governança e conduta de mercado.
O documento também discute outros temas
relevantes, identificando tipos de produtos,
consumidores e provedores, destacando o papel dos
supervisores e reguladores de seguros, na qualidade
de responsáveis pelo provimento de mecanismos
capazes, agindo como facilitadores no que se refere a esta tendência mundial.
Em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela
Autarquia, desde outubro de 2007, o IAIS-MIN JWG
é presidido pela SUSEP, assim como o Subgrupo de
Trabalho de Microsseguro da IAIS, sendo esta a
primeira vez que o Brasil preside um grupo de
trabalho no âmbito da mais prestigiada e reconhecida associação internacional do gênero.
A participação da SUSEP no IAIS-MIN JWG tem sido
decisiva para o processo do estabelecimento de
uma estrutura regulatória facilitadora aos
microsseguros no país. Os documentos produzidos
no âmbito daquele grupo de trabalho, além de fonte
de inspiração, vêm norteando o rumo dos trabalhos
da Comissão Consultiva. O contato constante com
seus membros, reconhecidos especialistas
internacionais no tema dos microsseguros, tem
157
propiciado uma rica troca de experiência, constituindo-se em inesgotável fonte de consulta.
1 - O Decreto 6.306, de 14/12/2007, alterado pelo
Decreto 6.339, de 3/1/2008, alterou a alíquota para 0,38%.
2 - Pesquisa realizada pelo IAIS-CGAP Joint Working
Group Survey sobre o papel das mútuas,
cooperativas e organizações de comunidades de base no Microsseguro.
3 - Baixa renda quando comparada a renda do público-alvo das seguradoras.
4 - Integram o GT SUSEP representantes do
Departamento de Controle Econômico (DECON),
Departamento de Fiscalização (DEFIS),
Departamento Técnico-Atuarial (DETEC),
Departamento de Administração e Finanças (DEAFI)
e Secretaria-Geral (SEGER).
5- Foram os seguintes subgrupos de trabalho
criados: Subgrupo para Definição do Conceito de
Microsseguros; Subgrupo de Corretores; Subgrupo
de Pesquisas; Subgrupo de Produtos e Público-alvo;
Subgrupo de Análise do Projeto de Lei NO
3.266/2008; e Subgrupo para Organização de
Workshop.
6- www.iaisweb.org
7- No Brasil, são membros da IAIS: a
158
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e a
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); e
observadores: Federação Nacional das Empresas de
Seguros Privados e de Capitalização (FENASEG),
Bradesco Seguros e Escola Nacional de Seguros
(FUNENSEG).
Seguros de automóveis
Informações Úteis
Tabela FIPE
DÚVIDAS DOS SEGURADOS SOBRE SEGURO DE AUTOMÓVEIS
1) Qual a legislação vigente para o Seguro de Automóveis?
2) Existem quantas modalidades de Seguro de Automóvel?
3) Quais são as principais garantias oferecidas?
4) Como é calculado o prêmio de seguro?
5) No caso de indenização integral do veículo por acidente ou roubo, como será a indenização pela modalidade de Valor Determinado(VD) e Valor de Mercado Referenciado(VMR)?
6) O que significa Indenização Integral?
7) O que é Questionário de Avaliação do Risco?
8) Quais os procedimentos no caso de sinistro?
9) Quais os documentos necessários para a comprovação do sinistro? A seguradora pode exigir testemunhas?
10) No caso de indenização integral do veículo, o segurado terá direito a algum tipo de restituição de prêmio?
159
11) No caso de cancelamento do seguro, como será a
restituição do prêmio?
12) Em que casos é vedada a aplicação de franquia?
13) As avarias constatadas por ocasião da vistoria podem ser deduzidas da indenização?
14) Qual o destino do veículo sinistrado com indenização integral?
15) Quando o Seguro de Automóvel começa a ter início?
16) A seguradora pode se recusar a fazer o seguro?
17) O que são oficinas credenciadas? Quais as vantagens oferecidas por elas?
18) O que é o Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos (RCF-V)?
19) Quais as Normas que regulam o seguro de RCF-V?
20) Quais as principais garantias oferecidas pelo seguro de RCF-V?
21) O que é o Seguro de Acidentes Pessoais de Passageiros (APP)?
22) Quais as principais garantias oferecidas pelo seguro de APP?
23) Quais as Normas que regulam o Seguro de APP?
24) Como é calculada a indenização no caso de Seguros de APP?
160
1) Qual a legislação vigente para o Seguro de Automóveis?
R. É a Circular SUSEP Nº 269/2004, publicada em
04 de outubro de 2004. Ela estabelece, altera e
consolida as regras e critérios complementares de
funcionamento e de operação dos contratos de
seguros de automóveis, com inclusão ou não, de
forma conjugada, da cobertura de responsabilidade
civil facultativa de veículos e/ou acidentes pessoais
de passageiros. Esta Circular, além de definir regras
específicas para o seguro de automóvel, estabelece
que aplicam-se também a tais seguros todas as
disposições da Circular SUSEP Nº 256, de 16 de
junho de 2004, a qual dispõe sobre a estruturação
mínima das Condições Contratuais e das Notas
Técnicas Atuariais dos Contratos de Seguros de Danos em geral.
2) Existem quantas modalidades de Seguro de Automóvel?
R. Há duas modalidades no Seguro de Automóveis:
Valor Determinado e Valor de Mercado
Referenciado. As Seguradoras podem oferecer a
contratação apenas na modalidade Valor
Determinado, apenas na modalidade Valor de
Mercado Referenciado, ou em ambas. O segurado
deverá contratar o seguro na modalidade que mais
lhe convier, dentre as oferecidas pela Seguradora de sua escolha.
161
3) Quais são as principais garantias oferecidas?
R. Em geral, verifica-se que as Garantias Principais são:
Compreensiva (colisão, incêndio e roubo); Incêndio
e Roubo; Colisão e Incêndio; Responsabilidade Civil
Facultativa de Veículos (RCF-V - Ver Pergunta 18);
Acidentes Pessoais de Passageiros (APP - Ver Pergunta 21).
Mas há ainda outras garantias que poderão ser
contratadas mediante cobrança de prêmio respectivo, como por exemplo:
· Acessórios: Garante a indenização dos prejuízos
causados aos acessórios do veículo pelos mesmos
riscos previstos na apólice contratada. Entende-se
como acessório, original de fábrica ou não, rádio e
toca-fitas, Cd players, televisores, etc, desde que
fixados em caráter permanente no veículo segurado.
· Blindagem: Está coberta por esta garantia, a
blindagem do veículo segurado, contra eventos cobertos pela apólice.
· Carroceria: Garante indenização, no caso de danos
causados à carroceria do veículo segurado, desde
que o sinistro seja decorrente de um dos riscos cobertos na apólice.
· Cobertura de Assistência 24 Horas: Tem como
objetivo indenizar ao segurado por prejuízos
oriundos de assistência ao veículo segurado e a
seus ocupantes, em caso de acidente ou pane mecânica e/ou elétrica.
162
· Danos Morais: Garante ao Segurado o reembolso
da indenização por danos morais causados a
terceiros, pela qual vier a ser responsável civilmente
em sentença judicial transitada em julgado, ou em
acordo judicial ou extrajudicial autorizado de modo
expresso pela seguradora. Em geral, somente pode
ser contratada em conjunto com a cobertura de RCF-V.
· Despesas Extraordinárias: Garante ao segurado,
em caso de indenização integral, uma quantia
estipulada no contrato de seguro, para o pagamento
de despesas extras relativas a documentação do veículo, etc.
· Equipamentos: Garante a indenização dos
prejuízos causados aos equipamentos do veículo
pelos mesmos riscos previstos na apólice
contratada. Entende-se como equipamento,
qualquer peça ou aparelho fixado em caráter
permanente no veículo segurado, exceto áudio e vídeo.
· Extensão de Perímetro para os Países da América
do Sul: Através desta garantia, o Segurado poderá
ampliar a área de abrangência do seguro do seu veículo para os países da América do Sul.
· Valor de Novo (aplicável à modalidade de valor de
mercado referenciado): Garante ao Segurado, no
caso de indenização integral, a indenização
referente a Cobertura de Casco pelo Valor de Novo
do veículo, nos casos em que o sinistro ocorra
dentro do prazo definido na apólice e superior ao
prazo mínimo já previsto na norma ( que é de 90 dias), contados da entrega do veículo ao segurado.
163
Obs.: Valor de Novo é o valor do veículo zero km na
data de ocorrência do sinistro constante na tabela
de referência definida nas condições contratuais do seguro.
Nas apólices celebradas com a garantia de Valor de
Mercado Referenciado para veículo zero km, é
obrigatória a fixação contratual do período de
tempo, não inferior a noventa dias, em que o
veículo sinistrado com indenização integral será
indenizado pelo Valor de Novo, contado a partir da
data de entrega do veículo ao segurado, devendo a
Sociedade Seguradora definir expressamente as
condições necessárias para que seja aceita a cobertura como Valor de Novo.
4) Como é calculado o prêmio de seguro?
R. Existem diversas técnicas para o cálculo de
prêmio de seguro, envolvendo vários parâmetros
estatísticos. A SUSEP não define forma para a
elaboração. Assim, as Seguradoras possuem
liberdade de estabelecer a forma de fixação do
prêmio, a qual deverá ser enviada à SUSEP por meio da Nota Técnica Atuarial.
De uma forma bastante simplificada, os pr êmios
podem ser calculados conforme demonstrado nos exemplos abaixo:
Exemplos de Cálculo do Prêmio de Seguro:
Carteira: 1.000 veículos segurados
164
Importância Segurada = R$ 10.000,00 cada veículo, no ato da contratação
Despesas Administrativas = 10%, Comissão de Corretagem = 15%,
Margem de Segurança = 3%, Lucro = 5%
1ª Hipótese – Sinistros de Indenização Integral
pagos pelo VMR (os valores de indenização são
diferenciados porque são estabelecidos na data do
pagamento da indenização com base na tabela de referência)
1 indenização de R$ 10.000,00 + 2 indenizações de
R$ 9.000,00 + 2 indenizações de R$ 8.000,00 = R$ 44.000,00
Taxa de Risco = 44.000/(1.000 x 10.000) x 100 = 0,44 %
Prêmio de Risco = 0,44% x 10.000 = R$ 44,00
Prêmio Puro = 44 x (1 + 0,03) = R$ 45,32
Prêmio Comercial = 45,32 / (1 – 0,10 – 0,15 – 0,05) = R$ 64,74
2ª Hipótese – Sinistros de Indenização Integral pagos pelo VD (os valores de indenização são fixos)
5 indenizações de R$ 10.000,00 = R$ 50.000,00
Taxa de Risco = 50.000/(1.000 x 1 0.000) x 100 = 0,50 %
Prêmio de Risco = 0,50% x 10.000 = R$ 50,00
165
Prêmio Puro = 50 x (1 + 0,03) = R$ 51,50
Prêmio Comercial = 51,50 / (1 – 0,10 – 0,15 – 0,05) = R$ 73,57
Note que, o Prêmio pago na modalidade VD é maior que o Prêmio pago na modalidade VMR.
5) No caso de indenização integral do veículo por
acidente ou roubo, como será a indenização pela
modalidade de Valor Determinado (VD) e Valor de Mercado Referenciado (VMR)?
R. Se havia cobertura para tais riscos, na
modalidade Valor Determinado, a indenização será a quantia fixada na apólice.
Se a contratação ocorreu na modalidade Valor de
Mercado Referenciado, a indenização será
determinada de acordo com o valor constante da
tabela de referência de cotação para o veículo na
data da liquidação do sinistro (data em que o valor
da indenização está disponível para o segurado),
conjugado ainda com o fator de ajuste, que é um
percentual a ser aplicado sobre essa tabela e que
deve estar definido na apólice e na proposta do seguro.
Esse fator de ajuste deverá levar em consideração
as características particulares e o estado de
conservação do veículo. A aplicação do fator de
ajuste tornará a indenização maior ( se superior a
100%) ou menor (se inferior a 100%) em relação à cotação do veículo na tabela de referência.
166
Ao segurado cabe propor o valor da Importância
Segurada do veículo (na modalidade VD) e o fator
de ajuste (na modalidade VMR). Mas a Seguradora poderá ou não aceitar a realização do seguro.
6) O que significa Indenização Integral?
R. A Indenização Integral do veículo fica
caracterizada quando os prejuízos, resultantes de
um mesmo sinistro, atingirem ou ultrapassarem o
valor apurado a partir da aplicação de determinado
percentual sobre o valor contratado. Este percentual
deverá constar das Condições Contratuais do
seguro, sendo fixado com observância dos seguintes limites máximos :
I) Na contratação de seguro de veículo na
modalidade Valor Determinado – Até 75% do valor determinado na apólice.
II) Na contratação de seguro de veículo na
modalidade Valor de Mercado Referenciado – Até
75% do valor do veículo, apurado pela aplicação do
fator de ajuste contratado, sobre o valor do veículo
segurado na tabela de referência estabelecida no contrato, em vigor na data do aviso de sinistro.
Exemplo:
1ª Hipótese – Valor Determinado
Valor Determinado na Apólice: R$ 10.000,00
Percentual contratado para caracterização de
indenização integral: 75%, que é o valor máximo possível.
167
Desse modo, qualquer sinistro com valor igual ou
superior a R$ 7.500,00 (75% de R$ 10.000,00) irá
caracterizar a indenização integral do veículo.
Se o percentual contratado fosse de 65%, qualquer
sinistro com valor igual ou superior a R$ 6.500,00
(65% de R$ 10.000,00) é que caracterizaria a indenização integral do veículo.
2ª Hipótese – Valor de Mercado Referenciado
Valor Apurado na Tabela na data de aviso do
sinistro, considerando-se o ano de fabricação, marca e modelo: R$ 10.000,00
Fator de Ajuste contratado: 1,10
Valor do Veículo: R$ 10.000,00 x (1,10) = R$ 11.000,00
Percentual contratado para caracterização de
indenização integral: 75%, que é o valor máximo possível.
Desse modo, qualquer sinistro com valor igual ou
superior a R$ 8.250,00 (75% de R$ 11.000,00) irá caracterizar a indenização integral do veículo.
Se o percentual contratado fosse de 65%, qualquer
sinistro com valor igual ou superior a R$ 7.150,00
(65% de R$ 11.000,00) é que caracterizaria a indenização integral do veículo.
7) O que é Questionário de Avaliação do Risco?
168
R. O Questionário de Avaliação do Risco é uma série
de perguntas que a seguradora faz para definir o
perfil do segurado e desta forma, poder avaliar
melhor o risco que ela irá assumir. Algumas
Seguradoras concedem descontos ou agravam
(aumentam) o valor do prêmio de seguro de acordo
com as respostas fornecidas pelo segurado. Dentre as perguntas mais comuns estão:
· Idade do principal condutor do veículo.
· Tempo de habilitação do principal condutor do veículo.
· Sexo do principal condutor do veículo.
· Região de Circulação do Veículo
· Se possui garagem ou estacionamento fechado para o veículo segurado.
· Qual a utilização do veículo (profissional, locomoção diária ou lazer).
· Se possui dispositivos de Segurança ( Rastreadores via Satélite, Bloqueadores, ...)
OBS:
No caso de perguntas subjetivas feitas no
questionário de avaliação do risco, a seguradora
não poderá negar a indenização caso o segurado preste declarações incorretas.
ATENÇÃO: Veja o que estabelece o art. 766 do Código Civil:
169
Art. 766. Se o segurado, por si ou por seu
representante, fizer declarações inexatas ou omitir
circunstâncias que possam influir na aceitação da
proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido.
Parágrafo único. Se a inexatidão ou omissão nas
declarações não resultar de má-fé do segurado, o
segurador terá direito a resolver o contrato, ou a
cobrar, mesmo após o sinistro, a diferença do prêmio.
Desta forma, mentir intencionalmente no
questionário para se pagar prêmio menor poderá acarretar a perda do direito à indenização!
A seguradora poderá estabelecer como critério de
aceitação que o segurado possua algum dispositivo
de segurança. Entretanto, não poderá impor que
este seja adquirido em empresa conveniada. Porém,
poderá fornecê-lo gratuitamente ou orientar o segurado na aquisição.
8) Quais os procedimentos no caso de sinistro?.
R. O segurado deverá contatar o policial mais
próximo e solicitar que seja lavrada a ocorrência
com a emissão do respectivo Boletim de Ocorrências
(BO) ou BRAT, comunicando o sinistro, o mais breve
possível, à Seguradora. Deverá também preencher
o Aviso de Sinistro e juntar os documentos
necessários, conforme relação constante das
Condições Contratuais para a liquidação do sinistro, para ter direito à indenização.
170
9) Quais os documentos necessários para a
comprovação do sinistro? A seguradora pode exigir testemunhas?
R. A documentação básica exigida encontra-se
discriminada nas Condições Contratuais, que são entregues ao segurado pela seguradora.
Após a entrega de todos os documentos solicitados
pela seguradora, esta terá um prazo máximo de 30
dias para efetuar o pagamento da indenização. No
caso de dúvida fundada e justificável, a seguradora
poderá solicitar novos documentos, e nesta situação
a contagem de tempo será suspensa e reiniciada após a entrega dos novos documentos solicitados.
10) No caso de indenização integral do veículo, o
segurado terá direito a algum tipo de restituição de prêmio?
R. Depende. É facultado à seguradora a não
restituição do prêmio na hipótese de ter sido
estabelecido nas Condições Contratuais a concessão
de descontos no valor prêmio em função da
contratação simultânea de mais de uma cobertura.
Porém, não dispondo as Condições Contratuais
sobre o tema, o segurado tem direito de receber o
prêmio proporcionalmente ao número de dias que
faltam para se encerrar o seguro, mas somente em relação as coberturas que não foram utilizadas.
171
Exemplo:
Apólice de Automóvel contratada em 2007
Vigência: 01/01/2007 a 31/12/2007 – 12 meses
Prêmio Casco: R$ 1200,00
Prêmio RCF-V: R$ 120,00
Prêmio APP: R$ 12,00
Cancelamento: Sinistro de Roubo em 30/04/2002 (4
meses de utilização do seguro). Não utilizou as coberturas de RCF-V e APP
1ª Hipótese: Não há previsão de desconto pela
contratação de mais de uma cobertura)
Prêmio de Restituição = (120,00 + 12,00) x (8/12) = R$ 88,00
2ª Hipótese:
A seguradora concede um desconto de 10% pela
contratação simultânea de mais de uma cobertura –
nesse caso, não haverá devolução de prêmio
referente às coberturas contratadas e não utilizadas.
11) No caso de cancelamento do seguro sem que
tenha havido a indenização integral, como será a restituição do prêmio?
172
R. Primeiramente, esta rescisão deverá ter a
concordância de ambas as partes: segurado e
seguradora.
Caso a rescisão seja a pedido da seguradora, esta
reterá, do prêmio recebido, além dos emolumentos
(Custo de Apólice e IOF), a parte proporcional ao tempo decorrido.
Caso a rescisão seja a pedido do segurado, a
seguradora poderá reter, no máximo , além dos
emolumentos, o prêmio calculado de acordo com a
Tabela de Prazo Curto, constante nas Condições
Contratuais entregues ao segurado. A forma de
retenção tem de estar definida nas condições contratuais.
Exemplos:
Contrato de seguro com vigência: 01/01/2007 à 31/12/2007 (365 dias)
Prêmio Anual com emolumentos: R$ 1160,00
Emolumentos: R$ 60,00
Prêmio Líquido de emolumentos: R$1100,00
Pedido de Cancelamento: 90 dias após o início da vigência
1ª Hipótese – Cancelamento a pedido do segurado e
aceito pela seguradora, sendo previsto nas condições contratuais a retenção máxima
Valor apurado na Tabela de Prazo Curto: 90 dias - a
seguradora pode reter 40% do prêmio anual, além dos emolumentos
173
Prêmio Retido = R$ 60,00 + (R$ 1100,00 x 40%) = R$ 500,00
Valor a ser restituído ao segurado = R$1160,00 – R$500,00 = R$ 660,00
2ª Hipótese – Cancelamento a pedido da seguradora e aceito pelo segurado
Parte Proporcional do Tempo Decorrido: (90 dias / 365 dias) = 24,66%
Prêmio Retido = R$ 60,00 + (R$ 1100,00 x 24,66%) = R$ 331,26
Valor a ser restituído ao segurado = R$ 1160,00 – R$ 331,26 = R$ 828,74
12) Em que casos é vedada a aplicação de franquia?
R. Nos casos de danos causados aos veículo por
incêndio, queda de raio e/ou explosão e nos casos de indenização integral do veículo.
13) As avarias constatadas por ocasião da vistoria
podem ser deduzidas da indenização?
R. Nos casos de sinistros com indenização integral é
vedada a dedução de valores referentes às avarias previamente constatadas.
174
14) Qual o destino do veículo sinistrado com indenização integral?
R. Após o pagamento da indenização, o veículo
(salvado) passa a pertencer à seguradora, que
passa a ser responsável por ele. A seguradora
deverá observar as normas do CONTRAN com relação à circulação desses veículos.
15) Quando o seguro de Automóvel começa a ter
início?
R. As apólices, os certificados e os endossos terão
início e término às 24 (vinte e quatro) horas das datas neles indicadas, observado o que se segue:
Se não houver pagamento de prêmio quando do
protocolo da proposta: o início de vigência da
cobertura deverá coincidir com a data da aceitação
da proposta ou em data distinta, desde que
expressamente acordada entre as partes.
Se houve adiantamento para pagamento do prêmio:
o início de vigência será a partir da realização da
vistoria, exceto para veículos zero quilômetro ou
quando se tratar de renovação do seguro na mesma
sociedade seguradora. Nesses casos, o início de
vigência será a partir da data de recepção da proposta pela seguradora.
6) A Seguradora pode se recusar a fazer o seguro?
175
R. Sim. Entretanto, deverá ser especificado, na
proposta do seguro, o prazo para aceitação, bem
como qualquer procedimento para comunicação da
aceitação ou recusa da proposta, especificando os
motivos da recusa e observando-se o período
máximo de quinze dias, contado da data de
recebimento da proposta. A seguradora poderá
solicitar, porém apenas uma vez para segurado
pessoa física, documentos complementares para
melhor análise do risco. Neste caso, o prazo de
quinze dias será suspenso, voltando a correr a partir
da data em que se der a entrega da documentação solicitada.
Caso a seguradora, mesmo após a vistoria, recuse-
se a fazer o seguro dentro do prazo de 15 (quinze)
dias, os valores pagos pelo segurado deverão ser
devolvidos pela seguradora no prazo máximo de 10 (dez) dias.
A seguradora poderá deduzir do valor pago pelo
segurado, a parcela correspondente ao período em
que houve a cobertura, ou, a seu critério, poderá
devolver integralmente esse valor. Devem as condições contratuais dispor sobre esta regra.
Caso a seguradora não restitua o valor no período
de 10 (dez) dias, este deverá ser atualizado, de
acordo com as normas vigentes, além da aplicação de juros de mora.
Os principais motivos de recusa da proposta pela seguradora são:
· Veículos com parecer recusável na vistoria prévia
176
· Veículos com chassi remarcados
· Veículos com mais de 10 anos
· Veículos fora de fabricação
· Veículos com modelos especiais (ex.: carros de fibra ou modificados)
· Veículos que apresentem irregularidade de emplacamento
Não há norma que estabeleça em que casos a seguradora deve aceitar ou recusar um seguro.
17) O que são oficinas credenciadas? Quais as
vantagens oferecidas por elas?
R. Oficinas Credenciadas são uma rede de oficinas,
previamente definidas pela seguradora, que visam
conceder ao segurado alguns benefícios, como por
exemplo: desconto ou parcelamento da franquia,
atendimento diferenciado, com maior rapidez na
execução do serviço, sistema de leva-e-traz,
garantia da seguradora na qualidade dos serviços realizados.
Para a seguradora, as oficinas credenciadas
constituem fator redutor no preço de peças e mão-
de-obra, reduzindo consequentemente o custo
médio de seus sinistros, além de agilizarem o
processo de regulação/ajuste do orçamento e
liberação do veículo.
No entanto, a seguradora não pode exigir que o
segurado repare seu veículo em uma oficina
177
credenciada, podendo apenas estabelecer vantagens para tal.
18) O que é o Seguro de Responsabilidade Civil
Facultativa de Veículos (RCF-V)?
R. Este seguro visa reembolsar ao segurado a
indenização à qual esteja obrigado, judicial ou
extrajudicialmente, a pagar em conseqüência de
danos corporais e/ou materiais involuntários causados a terceiros.
Existem seguros obrigatórios, como por exemplo o
DPVAT, e desta forma o seguro de RCF-V deverá ser
contratado a 2º Risco destes seguros, isto é, só será
acionado no que exceder ao prejuízo que for coberto pelo seguro obrigatório.
Dentre eles, estão:
* Carta Verde:
Trata-se de seguro obrigatório dos veículos
brasileiros, de passeio ou aluguel, quando em
viagem aos países do Mercosul. Assim, este seguro
destina-se, respeitadas suas condições contratuais,
a indenizar diretamente ao terceiros ou reembolsar
o segurado das despesas pelas quais seja civilmente
responsável, em sentença judicial transitada em
julgado ou em acordo autorizado de modo expresso pela seguradora., abrangendo:
Danos Corporais e Materiais Causados a Terceiros
178
Pagamento de honorários de advogado de defesa do segurado, bem como custas judiciais.
* DPVAT
Este seguro tem a finalidade de amparar as vítimas
de acidentes de trânsito em todo o território
nacional, não importando de quem seja a culpa dos acidentes. Este seguro possui cobertura de:
Morte
Invalidez Permanente
Despesas de Assistência Médica e Despesas Suplementares (DAMS)
* RCTR-VI (Danos a Terceiros)
Este seguro tem a finalidade de indenizar ou
reembolsar ao segurado as quantias pelas quais
seja civilmente responsável, em sentença judicial
transitada em julgado, ou por acordo autorizado de
modo expresso pela seguradora, por eventos
ocorridos durante a vigência do seguro e relativas a:
Morte, danos pessoais e/ou materiais causados a passageiros
Morte, danos pessoais e/ou materiais causados a terceiros não transportados, à exceção da carga.
Pagamento de honorários de advogado de defesa do segurado, bem como custas judiciais.
179
19) Quais as Normas que regulam o seguro de RCF-V?
R. As Circulares SUSEP 27/84 e 106/99 estabelecem
as condições padronizadas para este seguro. No
entanto, sejam condições padronizadas ou
condições elaboradas pela própria seguradora, este
seguro tem que atender as demais disposições normativas aplicáveis a seguros de danos.
20) Quais as principais garantias oferecidas pelo seguro de RCF-V?
R. As principais garantias são:
Danos Materiais e Danos Corporais.
Outras garantias:
Danos Morais, Carga e Descarga, Contaminação
e/ou Poluição, Veículos Rebocadores, Reboques ou
Semi-Reboques desatrelados de rebocadores,
Extensão de Cobertura para Países da América do Sul, entre outras.
21) O que é o Seguro de Acidentes Pessoais de
Passageiros?
R. O objetivo deste Seguro é a indenização por
danos decorrentes de acidentes pessoais ocorridos
aos passageiros, quando transportados em veículos de uso particular ou público e destinados a este fim.
Considera-se acidente pessoal o evento com data
caracterizada, de origem externa, súbito,
involuntário e violento, causador de lesão física que,
180
por si só e independente de toda e qualquer outra
causa, tenha como conseqüência direta a morte ou
invalidez permanente total ou parcial dos
passageiros ou torne necessário o tratamento médico.
22) Quais as principais garantias oferecidas pelo
seguro de APP?
R. As principais garantias são:
Morte e Invalidez Permanente
Outras garantias
Despesas Médico Hospitalares, Extensão para os países da América do Sul, entre outras.
23) Quais as Normas que regulam o Seguro de APP?
R. São as Circulares SUSEP 302/2005 e 316/2006.
24) Como é calculada a indenização no caso de
Seguros de APP?
R. As indenizações por morte e invalidez
permanente no caso dos seguros de APP não se
acumulam. Se, depois de paga uma indenização por
invalidez permanente, verificar-se a morte do
segurado em conseqüência do mesmo acidente, da
181
indenização por morte deve ser deduzida a importância já paga por invalidez permanente.
No caso de indenizações por invalidez permanente,
estas, em geral, são calculadas de acordo com a
tabela constante na Circular SUSEP 29/91. Não
ficando abolidas por completo as funções do
membro ou órgão lesado, a indenização por perda
parcial é calculada pela aplicação, à percentagem
prevista na tabela para a perda total do órgão, do
grau de redução funcional apresentado. Nos casos
não especificados na tabela a indenização é
estabelecida tomando-se por base a diminuição
permanente da capacidade física do segurado,
independente de sua profissão. Quando do mesmo
acidente resultar invalidez de mais de um membro
ou órgão, a indenização deve ser calculada
somando-se as percentagens respectivas, cujo total não poderá exceder a 100%.
* Exemplo:
Importância Segurada Para Invalidez Permanente: R$ 10.000,00
Importância Segurada Para Morte: R$ 10.000,00
1ª Ocorrência: Fratura não consolidada do maxilar inferior
Percentagem apurada na tabela: 20%
Valor da Indenização: R$ 10.000,00 x 20% = R$ 2.000,00
2ª Ocorrência: Morte posterior do Segurado decorrente do mesmo acidente
182
Valor da Indenização: R$ 10.000,00 – R$ 2.000,00 (já recebidos) = R$ 8.000,00
PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE CAPITALIZAÇÃO
01 - O que é um título de capitalização?
02 - Qual a legislação aplicável?
03 - Quais as informações que devem constar nas
Condições Gerais de um título de capitalização?
04 - Como é feita a contratação de um título?
05 - Pode-se adquirir um título para outra pessoa?
06 - Quais os tipos de título disponíveis no mercado?
07 - Quais as modalidades dos títulos de capitalização?
08 - Prazo de Vigência é o mesmo que Prazo de
Pagamento?
09 - Como é estruturado um título de capitalização?
10 - O que representam as Cotas que compõem um título?
11 - Os valores dos pagamentos são fixos?
12 - O que acontece se houver atraso nos pagamentos?
13 - Como são realizados os sorteios?
14 - Como é formado o capital a ser resgatado?
183
15 - O título pode ser resgatado a qualquer momento?
16 - Ao se resgatar o título, ao final do prazo de vigência,
não se recebe tudo o que foi pago?
17 - O resgate é sempre inferior ao valor total que foi
pago?
18 - Aplicar em título de capitalização é o mesmo que
aplicar em poupança? Formarão, em situações
semelhantes, o mesmo capital?
19 - Os títulos que, ao final do prazo de vigência,
estabelecem capital de resgate de 100% (ou mais) em
relação aos pagamentos efetuados, além de atualização
monetária pela TR, não formarão no título de capitalização
o mesmo capital comparado com a caderneta de
poupança?
20 - Como se faz para acompanhar a evolução do capital
constituído?
21 - É vantagem adquirir um título de capitalização?
22 - O que significa o número Processo SUSEP XXXXX que
aparece no título?
23 - Como posso saber se o título que estou comprando foi
registrado na SUSEP?
24 - É a SUSEP que aprova as promoções comerciais
envolvendo títulos de capitalização onde os consumidores
ganham o direito à participação em sorteios?
184
01 - O que é um título de capitalização?
É um produto em que parte dos pagamentos
realizados pelo subscritor é usado para formar um
capital, segundo cláusulas e regras aprovadas e
mencionadas no próprio título (Condições Gerais do
Título) e que será pago em moeda corrente num prazo máximo estabelecido.
O restante dos valores dos pagamentos é usado
para custear os sorteios, quase sempre previstos
neste tipo de produto e as despesas administrativas das sociedades de capitalização.
02 - Qual a legislação aplicável?
Na esfera legal, o Decreto-lei nº 261, de 28 de
fevereiro de 1967, dispõe sobre as operações das
Sociedades de Capitalização, mencionando no seu
texto artigos do Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966.
Na esfera infra-legal, a Resolução CNSP nº 015, de
12/05/92, e alterações (Res. CNSP 23/2002 e Res.
CNSP 101/2004) estabelecem as normas
reguladoras das operações de capitalização no país
e a Circular SUSEP nº 365, de 27 de maio de 2008,
e alterações (Circular SUSEP 378/2008, Circular
SUSEP 396/2009 e Circular SUSEP 416/2010)
dispõem sobre as operações, as Condições Gerais e
185
a Nota Técnica Atuarial dos títulos de capitalização.
Também, a Circular SUSEP nº 376 dispõe sobre
operacionalização, a emissão de autorizações e a
fiscalização das operações de distribuição gratuita de prêmios mediante sorteio.
O título de capitalização só pode ser comercializado
pelas Sociedades de Capitalização devidamente autorizadas a funcionar.
03 - Quais as informações que devem constar
nas Condições Gerais de um título de capitalização?
As Condições Gerais, além de determinarem os
direitos e as obrigações do Subscritor/Titular e da
Sociedade de Capitalização, estabelecem também
todas as normas referentes ao título de capitalização.
Abaixo apresentamos vários itens que deverão
constar das Condições Gerais e entre parêntesis os
números das perguntas que se relacionam com o item apresentado, explicando-o melhor:
A) Glossário:
Definição dos termos mais importantes para a compreensão das Condições Gerais;
B) Objetivo:
Define a finalidade do título, que é a formação de
um capital (13) no prazo e condições estabelecidos nas Condições Gerais.
C) Natureza do Título:
186
Informa sobre a sua indivisibilidade em relação à
Sociedade de Capitalização, sendo facultada a
transferência de titularidade (5);
D) Início de Vigência (7):
Prazo em que se dará o início do contrato, isto é,
define a data em que a Sociedade assume a administração do título;
E) Pagamentos:
Traz informações sobre o número de pagamentos
(8, 9 e 10), a vigência (7), atraso de pagamento (11), entre outros;
F) Cancelamento dos Títulos (11): (Só nos títulos PM ou PP)
Informa as condições nas quais a Sociedade de
Capitalização poderá cancelar o título, porém ela
não poderá, em nenhum caso, se apossar do capital constituído;
G) Ordenação e Identificação de Títulos:
Informa o tamanho da série (número de títulos
emitidos numa mesma série). Em geral, quanto maior a série menor é a chance de ser sorteado;
H) Sorteios (12):
Define de que forma são realizados os sorteios e
os valores dos prêmios. Tais valores são sempre
definidos como múltiplos do último pagamento efetuado;
187
I) Resgate (13 a 18):
Informa sobre o Resgate do título de
capitalização, definindo o prazo de carência e a taxa
de juros de capitalização do título. Traz também
uma tabela que, em função do número de
pagamentos realizados, fornece o percentual em
relação à soma dos pagamentos efetuados que o
titular tem direito em caso de resgate, isto é, qual o
percentual do valor efetivamente pago a que o subscritor tem direito em caso de resgate.
J) Atualização de Valores (13 e 18):
Informa como é realizada a atualização mensal da
provisão matemática, devendo-se utilizar a taxa de
remuneração básica aplicada à caderneta de
poupança (TR). Esta taxa não inclui a taxa de juros de 0,5% ao mês aplicada à caderneta de poupança.
K) Impostos e Taxas (12):
Informa os Impostos e as taxas incidentes, ou que venham a incidir, sobre os valores do título.
L) Informações (19):
Apresenta como o titular receberá informações
sobre o seu título, acompanhando, assim, a evolução do capital constituído;
M) Foro:
Deverá prever que o foro será o do domicílio do
titular.
04 - Como é feita a contratação de um título?
188
Não existe obrigatoriedade normativa de
preenchimento e assinatura dea proposta de
subscrição para a aquisição do título. A aquisição
pode ser feita diretamente com os canais de
comercialização disponibilizados pela sociedade de capitalização.
No caso de existência de proposta, o envio (a
entrega) da proposta devidamente assinada
representa a concretização da subscrição do Título,
sendo proibida a cobrança de qualquer taxa a título
de inscrição.
É importante destacar que as Condições Gerais do
título devem estar disponíveis ao subscritor no ato
da contratação. A disponibilização das Condições
Gerais em momento posterior ao da contratação
constitui violação às normas, sendo a Sociedade, portanto, passível de penalidade.
05 - Pode-se adquirir um título para outra pessoa?
Sim, aliás, o subscritor, que é a pessoa que adquire
o título e assume o dever de efetuar os
pagamentos, pode desde que comunique por escrito
à Sociedade, a qualquer momento, e não somente
no ato da contratação, definir quem será o titular,
isto é, quem assumirá os direitos relativos ao título, tais como o resgate e o sorteio.
É claro que subscritor e titular podem ser a mesma
pessoa, isto é, a pessoa que paga o título é a que detém os direitos inerentes a ele.
189
Também é possível a cessão parcial do título, ou
seja, o subscritor pode ceder o resgate do título
para uma associação, para um clube de futebol e outros.
Quando essa cessão é feita automaticamente, isto
é, no ato da compra já está pré-definido que
ocorrerá a cessão do direito de resgate para alguma
instituição, é obrigatório que esta informação esteja
claramente disponível para o subscritor. Em outras
palavras, o subscritor tem que ser obrigatoriamente
informado de que ao comprar o título está cedendo
o direito de resgate à instituição identificada no material de comercialização.
06 - Quais os tipos de título disponíveis no mercado?
Os títulos são estruturados, quanto a sua forma de pagamento, em PM, PP e PU.
• PM
É um título que prevê um pagamento a cada mês de vigência do título.
• PP
É um título em que não há correspondência entre
o número de pagamentos e o número de meses de vigência do título.
• PU
É um título em que o pagamento é único
(realizado uma única vez), tendo sua vigência estipulada na proposta.
190
07 - Quais as modalidades dos títulos de capitalização?
• Modalidade Tradicional:
Define-se como Modalidade Tradicional o Título de
Capitalização que tem por objetivo restituir ao
titular, ao final do prazo de vigência, no mínimo, o
valor total dos pagamentos efetuados pelo
subscritor, desde que todos os pagamentos
previstos tenham sido realizados nas datas programadas.
• Modalidade Compra-Programada:
Define-se como Modalidade Compra-Programada
o Título de Capitalização em que a sociedade de
capitalização garante ao titular, ao final da vigência,
o recebimento do valor de resgate em moeda
corrente nacional, sendo disponibilizada ao titular a
faculdade de optar, se este assim desejar e sem
qualquer outro custo, pelo recebimento do bem ou
serviço referenciado na ficha de cadastro,
subsidiado por acordos comerciais celebrados com indústrias, atacadistas ou empresas comerciais.
• Modalidade Popular:
Define-se como Modalidade Popular o Título de
Capitalização que tem por objetivo propiciar a
participação do titular em sorteios, sem que haja devolução integral dos valores pagos.
191
Normalmente, esta modalidade é a utilizada quando há cessão de resgate a alguma instituição.
• Modalidade Incentivo:
Entende-se por Modalidade Incentivo o Título de
Capitalização que está vinculado a um evento
promocional de caráter comercial instituído pelo Subscritor.
O subscritor neste caso é a empresa que compra
o título e o cede total ou parcialmente (somente o
direito ao sorteio) aos clientes consumidores do produto utilizado no evento promocional.
08 - Prazo de Vigência é o mesmo que Prazo de Pagamento?
Não, Prazo de Pagamento é o período durante o
qual o Subscritor compromete-se a efetuar os
pagamentos que, em geral, são mensais e
sucessivos. Outra possibilidade, como colocada
acima, é a de o título ser de Pagamento Periódico (PP) ou de Pagamento Único (P.U.).
Já Prazo de Vigência é o período durante o qual o
Título de Capitalização está sendo administrado pela
Sociedade de Capitalização, sendo o capital relativo
ao título, em geral, atualizado monetariamente pela
TR e capitalizado pela taxa de juros informada nas
Condições Gerais. Tal período deverá ser igual ou superior ao período de pagamento.
09 - Como é estruturado um título de capitalização?
192
Os títulos de capitalização são estruturados com
prazo de vigência igual ou superior a 12 meses e
em séries cujo tamanho deve ser informado no
próprio título, sendo no mínimo de 10.000 títulos.
Por exemplo, uma série de 100.000 títulos poderá
ser adquirida por até 100.000 clientes diferentes,
que são regidos pelas mesmas condições gerais e,
se for o caso, concorrerão ao mesmo tipo de sorteio.
O título prevê pagamentos a serem realizados pelo
subscritor. Cada pagamento apresenta, em geral,
três componentes: Cota de Capitalização, Cota de sorteio e Cota de Carregamento.
10 - O que representam as Cotas que compõem um Título?
As Cotas de Capitalização representam o
percentual de cada pagamento que será destinado à
constituição do Capital, conforme definido na
pergunta nº 1. Em geral, não representam a
totalidade do pagamento, pois, como foi dito
anteriormente, há também uma parcela destinada a
custear os sorteios e outra destinada aos Carregamentos da Sociedade de Capitalização.
Este capital também é chamado de provisão matemática para resgate.
Nos títulos com Pagamento Único (PU) em que haja
sorteio, a Cota de Capitalização mínima deverá ser
70% do valor do pagamento. Porém para títulos
pertencentes às modalidades incentivo e popular
com 12 meses de vigência este percentual deverá ser, no mínimo, 50% do valor do pagamento.
193
Em resumo, temos a tabela abaixo:
PU com Sorteios
Modalidade Prazo de vigência
(meses)
Percentual mínimo destinado à
capitalização
Tradicional / Compra
Programada - 70%
Popular / Incentivo Acima de 12 70%
Popular / Incentivo 12 50%
Já nos títulos com pagamentos mensais (PM) ou
pagamentos periódicos (PP), os percentuais
destinados à formação da provisão matemática deverão respeitar os seguintes valores mínimos:
Prazo de Vigência Mês de Vigência
( meses ) 1° 2° 3° 4°
Acima de 12 10% 10% 10% 70% até o final
Porém, ainda deverão satisfazer a seguinte
condição: a média aritmética do percentual de
capitalização até o final da vigência, deverá
corresponder a, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos pagamentos realizados.
Para finalizar cabe destacar que nos títulos em que
não haja sorteio, os percentuais destinados à
formação da provisão matemática deverão
corresponder, no mínimo, a 98% (noventa e oito por cento) de cada pagamento.
As Cotas de Sorteio tem como finalidade custear
os prêmios que são distribuídos em cada série. Por
exemplo, se numa série de 100.000 títulos com
Pagamento Único os prêmios de sorteios totalizarem
10.000 vezes o valor deste pagamento, a cota de
sorteio será de 10% (10.000/100.000), isto é, cada
194
título colabora com 10% de seu pagamento para
custear os sorteios. A cota de sorteio deverá ser
informada nas Condições Gerais do título.
As Cotas de carregamento deverão cobrir os
custos de despesas com corretagem, colocação e
administração do título de capitalização, emissão,
atendimento ao cliente, desenvolvimento de
sistemas, lucro da sociedade de capitalização e cota
de contingência, quando for o caso, conforme
definido na Nota Técnica Atuarial e nas Condições
Gerais do título. A cota de carregamento, também,
deverá ser informada nas Condições Gerais do título.
Para encerrar, daremos um exemplo. Suponha que,
num título com pagamentos mensais no valor de
R$100,00 cada um, o quarto pagamento apresente as seguintes cotas:
• Cota de Capitalização: 75%
• Cota de Sorteio: 15%
• Cota de Carregamento: 10%
Então, R$75,00 serão destinados para compor o
capital, R$15,00 serão destinados para o custeio
dos sorteios e R$10,00 serão destinados à Sociedade de Capitalização.
11 - Os valores dos pagamentos são fixos?
Nos títulos com vigência igual a 12 meses, os
pagamentos são obrigatoriamente fixos. Já nos
títulos com vigência superior, é facultada a
atualização dos pagamentos, a cada período de 12
195
meses, por aplicação de um índice oficial estabelecido no próprio título.
12 - O que acontece se houver atraso nos pagamentos?
Cada título define o procedimento em relação aos
pagamentos em atraso. Alguns estipulam multa
moratória, atualização monetária e juros para
pagamentos após a data de vencimento. Outros
somente atualização monetária e juros. Já alguns
simplesmente prorrogam a vigência em razão de
atrasos. Porém, em qualquer hipótese
anteriormente citada, os títulos que estão em atraso
são suspensos, não possuindo direito aos sorteios
durante o prazo de suspensão. Além disso, na
ocorrência de um determinado número consecutivo
(definido em cada título) de pagamentos em atraso,
o título será automaticamente cancelado. Porém,
mesmo assim, o titular terá direito ao capital
formado para resgate, após encerrado o prazo de carência.
13 - Como são realizados os sorteios?
A Sociedade de Capitalização pode utilizar-se dos
resultados de loterias oficiais para a geração dos
seus números sorteados. Caso a sociedade opte por
não utilizá-los, ou se as loterias oficiais não se
realizarem, a Sociedade de Capitalização se obriga a
realizar sorteios próprios com ampla e prévia
divulgação aos titulares, prevendo, inclusive, livre
acesso aos participantes e a presença obrigatória de auditores independentes.
196
As Condições Gerais do título devem informar o
critério de apuração dos números sorteados, além
de definir os múltiplos dos prêmios dos sorteios.
Tais múltiplos se referem ao valor do pagamento,
ou seja, se no exemplo dado na pergunta nº 10, o
prêmio do sorteio for de 40 vezes o pagamento, ao
título sorteado caberá R$4.000,00 (40 x R$100,00).
Porém, deverá ser informado se este valor é bruto
(sobre o qual incidirá imposto de renda) ou se já é líquido de imposto.
O título sorteado poderá permanecer em vigor ou
não, segundo o que estiver disposto nas condições
gerais, porém o fato de um título ser ou não
sorteado em nada alterará o seu capital para resgate.
Finalizando, um título de capitalização não
obrigatoriamente deverá prever sorteios, mas como
os prêmios do sorteio são custeados pelos próprios
títulos, em geral, quanto maiores forem os prêmios,
menores serão as cotas de capitalização, isto é,
menor será a parcela do pagamento destinada a compor o capital de resgate do título.
14 - Como é formado o capital a ser resgatado?
O capital a ser resgatado origina-se do valor que é
constituído pelo título com o decorrer do tempo a
partir dos percentuais dos pagamentos efetuados,
com base nos parâmetros estabelecidos nas
Condições Gerais. Este montante que vai sendo
formado denomina-se Provisão Matemática e é,
portanto, a base de cálculo para o valor a que o
subscritor terá direito ao efetuar o resgate do seu
197
título. Ele, mensal e obrigatoriamente, é atualizado,
em geral, pela TR, que é a mesma taxa utilizada
para atualizar as contas de caderneta de poupança,
e sofre a aplicação da taxa de juros definida nas
condições gerais, que pode inclusive ser variável,
porém limitada ao mínimo de 20% da taxa de juros
mensal aplicada à caderneta de poupança
(atualmente, então, a taxa mínima de juros seria de 0,1% ao mês).
A Sociedade de Capitalização em hipótese alguma
poderá se apossar do capital, podendo apenas
estabelecer um percentual de desconto
(penalidade), não superior a 10%, nos casos de
resgate antecipado, isto é, quando o resgate for
solicitado pelo titular antes de concluído o período
de vigência. Na hipótese de resgate o título após o
prazo de vigência, ou quando o título for sorteado,
não poderá haver aplicação de penalidade - o
capital resgatado corresponderá a 100% da provisão matemática.
15 - O título pode ser resgatado a qualquer momento?
Não, alguns títulos prevêem prazo de carência, isto
é, um período inicial em que o capital fica
indisponível ao titular. Se o titular solicitar o resgate
durante o período de carência ou se o título for
cancelado, o resgate só poderá acontecer
efetivamente (receber o dinheiro) após o
encerramento do período de carência. Conforme já
explicado acima, em casos de resgate antecipado,
faculta-se a Sociedade de Capitalização estipular uma penalidade de até 10% do capital constituído.
198
Outra possibilidade, também, é a de o título prever
Resgate Parcial, isto é, resgata-se uma parte do
capital constituído, valendo inclusive a aplicação de
penalidade limitada novamente a 10%.
O título de capitalização deverá informar nas suas
Condições Gerais, em geral na forma de uma
tabela, os percentuais do capital constituído a que o
titular terá direito em função do número de
pagamentos realizados. Vejamos abaixo um
exemplo de um título de pagamentos mensais da
modalidade popular com 12 meses de prazo de
vigência e com prazo de pagamento igual a 9 meses, sendo cada pagamento no valor de R$10,00.
PAGAMENTOS EFETUADOS % DE RESGATE SOBRE A SOMA DOS
PAGAMENTOS EFETUADOS
1 9,05%
2 27,16%
3 42,32%
4 49,99%
5 54,66%
6 57,84%
7 66,84%
8 68,83%
9 70,42%
10 (**) 70,78%
11(**) 71,13%
12(**) 71,48%
(*) Esta tabela foi elaborada considerando as seguintes cotas de capitalização: mês 1: 10% , mês 2: 50%, meses 3 a 9:
80% . Além disso, considerou-se a taxa de juros igual a 0,5% ao mês e um fator de redução (penalidade) igual a 10% até o sexto mês.
(**) 10, 11 e 12 representam na verdade apenas os meses de vigência, já que o título só prevê 09 pagamentos.
Se, por exemplo, o titular solicitar o resgate após
ter efetuado 2 pagamentos (2 x R$10,00 =
R$20,00), ele terá direito a 27,16% do valor que
pagou, resultado, então, em R$5,43 (27,16% de R$20,00).
199
Já se o titular permanecer até o final do título,
tendo, portanto, realizado 09 pagamentos (9 x
R$10,00 = R$90,00), ele terá direito a 71,48% do
que pagou, ou seja, a R$ 64,33 (71,48% de R$90,00).
Em ambos os casos acima, sobre os valores, ainda, incidirá a atualização monetária.
16 - Ao se resgatar o título, ao final do prazo
de vigência, não se recebe tudo o que foi pago?
A resposta irá variar de título para título. Nas
Modalidades Tradicional e Compra-Programada há
obrigação prevista em Norma para que o resgate
seja, no mínimo, igual ao montante pago. Cada
empresa define no seu título o percentual, em
relação aos pagamentos realizados, que será
restituído ao titular quando do resgate. O
consumidor, antes de assinar a proposta, deverá
observar nas Condições Gerais do título tabela
semelhante a que foi mostrada na pergunta
anterior, verificando, assim, o percentual a que terá direito.
Se o título fosse da modalidade tradicional e o
titular ficasse até o final do prazo de vigência, receberia, no mínimo, R$ 90,00.
17 - O resgate é sempre inferior ao valor total que foi pago?
Não, alguns títulos possuem ao final do prazo de
vigência um percentual de resgate igual ou até
mesmo superior a 100%, isto é, se fosse, por
200
exemplo, 100% significaria que o titular receberia,
ao final do prazo de vigência, tudo o que pagou,
além da atualização monetária.
18 - Aplicar em título de capitalização é o
mesmo que aplicar em poupança? Formarão, em situações semelhantes, o mesmo capital?
Título de capitalização não é a mesma coisa que
caderneta de poupança. O título de capitalização é
um produto comercializado somente pelas
Sociedades de Capitalização através de títulos que
são previamente aprovados pela SUSEP. Seu capital
de resgate será sempre inferior ao capital
constituído por aplicações idênticas na caderneta de
poupança, já que, dos pagamentos efetuados num
título, desconta-se uma parte para custear as
despesas administrativas das Sociedades de
Capitalização e, quando há sorteios, uma parcela
para custear as premiações.
19 - Os títulos que, ao final do prazo de
vigência, estabelecem capital de resgate de
100% (ou mais) em relação aos pagamentos
efetuados, além de atualização monetária pela
TR, não formarão no título de capitalização o
mesmo capital comparado com a caderneta de poupança?
Não, o capital formado na caderneta de poupança é
calculado sobre a totalidade dos depósitos e incluem
a variação da TR, além de juros de 0,5% ao mês.
No caso dos títulos de capitalização, há também
atualização monetária, em geral, pela TR e juros
mensais, mas estes não incidem sobre a totalidade
dos pagamentos. Ao prever um resgate de 100%
201
(ou mais), estes já incluem a taxa de juros nos
percentuais da tabela citada anteriormente,
restando apenas a atualização monetária. Dizer que
há atualização pela TR não significa dizer que o
capital formado será igual ao que seria constituído por meio da caderneta de poupança.
20 - Como se faz para acompanhar a evolução do capital constituído?
As Sociedades de capitalização são obrigadas a
prestar informações sempre que solicitadas pelo
subscritor. Independentemente deste fato, as
informações poderão ser disponibilizadas por meio
de mídia impressa ou eletrônica, ou ainda, por meio
de extratos. No caso de extratos, a periodicidade
máxima para sua emissão ou é de seis meses, para
títulos com Pagamentos Mensais (PM ou PP) e
vigência igual a 12 meses, ou é de um ano, se a
vigência for superior a 12 meses ou para qualquer
período de vigência se o título for de Pagamento
Único (PU). Neste caso, a periodicidade do extrato deverá estar nas condições gerais do título.
21 - É vantagem adquirir um título de capitalização?
A resposta para esta pergunta depende de cada
pessoa. O consumidor deverá avaliar as diferenças
entre o título de capitalização e a poupança, por
exemplo. O título de capitalização permite a
participação em sorteios e a obrigação de “poupar”
para não atrasar os pagamentos, uma vez que os
títulos com pagamento em atraso não concorrem
aos sorteios. Entretanto, o capital formado é inferior
se comparado ao que seria obtido com a caderneta
202
de poupança, naturalmente com os mesmos valores
e número de depósitos, pode haver prazo de
carência, os valores de depósitos estão pré-
definidos, ou seja, obriga o subscritor a efetuar o
depósito daquele valor e ainda pode haver a
aplicação de penalidade em caso de resgate
antecipado, isto é, antes de encerrado o prazo de vigência.
22 - O que significa o número Processo SUSEP XXXXX que aparece no título?
Quando a sociedade submete o material referente a
um produto para análise na SUSEP recebe um número de processo – Processo SUSEP XXXXX.
Deste modo, o número que aparece no título e no
material de comercialização é o número de
identidade do produto da empresa que está registrado na SUSEP.
23 - Como posso saber se o título que estou comprando foi registrado na SUSEP?
Basta verificar se consta o número do processo
administrativo do produto na SUSEP – esse número
deve constar obrigatoriamente nas condições gerais do título.
Todo título de capitalização, antes de começar a ser
comercializado deve, obrigatoriamente, ter seus
critérios técnicos analisados e aprovados pela SUSEP.
24 - É a SUSEP que aprova as promoções
comerciais envolvendo títulos de capitalização
203
onde os consumidores ganham o direito à participação em sorteios?
Não. A SUSEP aprova os títulos que podem ser utilizados nestas promoções.
Esta aprovação do título capitalização na Modalidade
Incentivo representa uma autorização prévia por
parte da SUSEP para sua utilização em promoções comerciais.
Quando uma empresa quer aumentar as vendas de
um determinado produto, pode fazer promoções
onde o consumidor ao adquirir aquele produto
recebe, gratuitamente, um número para participar
de um sorteio (pode receber também o título na
íntegra) e esse número está ligado a um título de capitalização, sempre da modalidade incentivo.
A SUSEP, embora não aprove cada promoção
individualmente, determina, por meio da Circular
SUSEP 376/2008, as regras que as sociedades de
capitalização devem seguir para vender estes títulos
para as empresas utilizarem nestas promoções comerciais.
204
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA
DEFINIÇÕES BÁSICAS - GLOSSÁRIO
TIPOS DE PLANOS / BENEFÍCIOS
PLANOS PADRÕES - BENEFÍCIOS DE RISCOS
PGBL- PLANO GERADOR DE BENEFÍCIO LIVRE
PRGP - PLANO COM REMUNERAÇÃO GARANTIDA E
PERFORMANCE
PAGP - PLANO COM ATUALIZAÇÃO GARANTIDA E
PERFORMANCE
PRSA - PLANO COM REMUNERAÇÃO GARANTIDA E
PERFORMANCE SEM ATUALIZAÇÃO
PRI - PLANO DE RENDA IMEDIATA
CONTRATAÇÃO DE PLANO
PRINCIPAIS DÚVIDAS / PERGUNTAS E RESPOSTAS
DÚVIDAS GERAIS
DÚVIDAS ESPECÍFICAS INERENTES AOS PLANOS PGBL /
PAGP / PRGP / PRSA
ASSISTÊNCIA FINANCEIRA
205
DEFINIÇÕES BÁSICAS - GLOSSÁRIO
Acidente Pessoal: o evento, com data
caracterizada e perfeitamente conhecida, externo,
súbito, involuntário e violento, causador de lesão
física, que, por si só, independente de toda e
qualquer outra causa, tenha como conseqüência
direta a morte ou a invalidez total e permanente do
participante, observando-se que se inclui nesse
conceito o suicídio, ou sua tentativa, que será
equiparada, para fins de pagamento de benefício, ao acidente pessoal;
Assistido: pessoa física em gozo do benefício sob a forma de renda;
Averbadora: pessoa jurídica que propõe a
contratação de plano coletivo, ficando investida de
poderes de representação, exclusivamente para contratá-lo com a EAPC, sem participar do custeio;
Base de cálculo da performance financeira: a
diferença, ao final do último dia útil do mês, entre a
parcela do patrimônio líquido do FIE correspondente
à provisão matemática de benefícios a conceder (no
período de diferimento) ou benefícios concedidos
(no período de pagamento de benefício), conforme
o caso, e o valor da remuneração pela gestão financeira acumulado do mês;
206
Beneficiários: as pessoas indicadas na proposta de
inscrição ou em documento específico, para receber
o pagamento relativo ao benefício contratado, no
caso dos planos cujo evento gerador do benefício
seja a morte do participante, ou o próprio
participante no caso dos planos cujo evento gerador
seja a sobrevivência ou a invalidez. Caso esteja
previsto em regulamento e, a estrutura técnica do
plano o permita, a provisão matemática de
benefícios a conceder será disponibilizada aos
beneficiários em caso de óbito do participante durante o período de diferimento;
Benefício: o pagamento que os beneficiários
recebem em função da ocorrência do evento gerador durante o período de cobertura;
Benefício Definido: a modalidade de plano
segundo a qual o valor do benefício contratado é
previamente estabelecido na proposta de inscrição;
Benefício Prolongado: interrupção definitiva do
pagamento das contribuições, mantendo-se o
direito à percepção, de forma temporária, do mesmo valor do benefício originalmente contratado;
Carregamento: o percentual incidente sobre as
contribuições pagas pelo participante, para fazer
face às despesas administrativas, ás de corretagem e às de colocação do Plano.
O percentual máximo de carregamento
permitido pela legislação vigente é de 10%
para os planos estruturados na modalidade de
contribuição variável e de 30% para aqueles
207
estruturados na modalidade de benefício definido.
Certificado de Participante: o documento emitido
pela EAPC que caracteriza a aceitação do interessado no plano subscrito;
Cobertura de Risco: a que garante o pagamento
de benefício aos beneficiários indicados, em caso de
morte do participante, ou ao próprio participante, no caso da sua invalidez total e permanente;
Cobertura por Sobrevivência: a que garante o
pagamento de benefício pela sobrevivência do participante ao período de diferimento contratado;
Comunicabilidade: instituto que, na forma
regulamentada, permite a utilização de recursos da
provisão matemática de benefícios a conceder,
referente à cobertura por sobrevivência, para o
custeio de cobertura (ou coberturas) de risco,
inclusive valor de impostos e do carregamento, quando for o caso;
Consignante: pessoa jurídica responsável,
exclusivamente, pela efetivação de descontos em
folha de pagamento, em favor da EAPC, correspondentes às contribuições dos participantes;
Contrato: instrumento jurídico que tem por
objetivo estabelecer as condições particulares da
contratação do plano coletivo e fixar os direitos e as
obrigações entre averbadora/instituidora, EAPC e participantes;
Contribuição: o valor pago à EAPC para o custeio do plano contratado;
208
Critério de Atualização: os contratos firmados a
partir de 01/01/1997 terão os valores de benefício e
contribuição atualizados anualmente de acordo
com um dos índices de preços previstos na Circular
SUSEP nº 11/96 e Circular SUSEP nº 255/2004 –
IGP-M/FGV; IGP-DI/FGV; INPC/IBGE;
IPCA/IBGE; IPC/FGV e IPC/FIPE, previamente pactuados na contratação do plano.
Para os contratos firmados antes desta data o índice
utilizado era a TR (taxa referencial aplicada às
cadernetas de poupança), sendo sua periodicidade prevista em contrato.
Data de Registro: a data de recebimento, pela
EAPC, da proposta de inscrição do interessado em participar do plano;
Doenças, Lesões e Sequelas Preexistentes: são
aquelas que o participante ou seu responsável saiba
ser portador ou sofredor na data da assinatura da proposta de inscrição;
EAPC:é a Entidade Aberta de Previdência
Complementar ou Sociedade Seguradora autorizada
a instituir planos de previdência complementar aberta;
Evento Gerador: a morte, a invalidez total e
permanente ou a sobrevivência do participante ocorrida durante o período de cobertura do plano;
Excedente Financeiro: o valor positivo
correspondente, ao final do último dia útil do mês, à
diferença entre o valor da base de cálculo da
performance financeira e o saldo da provisão
209
matemática de benefícios a conceder (no período de
diferimento) ou benefícios concedidos (no período
de pagamento de benefício), conforme o caso;
Extratos para fins de Repactuação: tratando-se
de benefício por sobrevivência (aposentadoria),
estruturados na modalidade de benefício definido,
contratado após 01/01/1997, a Entidade
enviará anualmente ao participanteextrato para
fins de repactuação das contribuições, no prazo
máximo de 60 dias, a contar da data de aniversário
do plano.
Entende-se, neste caso, por repactuação o
reajuste efetuado na contribuição necessário à recomposição do benefício inicialmente contratado.
Extratos Previdenciários: ao participante
receberá, no máximo, anualmente extrato do
plano previdenciário, contendo, no mínimo, o valor
dos benefícios contratados e/ou o saldo atualizado
de sua provisão matemática de benefícios a conceder, se for o caso.
Independente da emissão do extrato, a
Entidade deverá prestar informações sempre
que solicitadas pelo participante e/ou beneficiários.
FIE: fundo de investimento especialmente
constituído ou o fundo de investimento em quotas
de fundos de investimento especialmente
constituídos, cujos únicos quotistas sejam, direta ou
indiretamente, sociedades seguradoras e entidades
abertas de previdência complementar, cuja carteira
seja composta em conformidade com as diretrizes
210
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN) na regulamentação que disciplina a aplicação
dos recursos das reservas, das provisões e dos
fundos das sociedades seguradoras, das sociedades
de capitalização e das entidades abertas de
previdência complementar, bem como a aceitação
dos ativos correspondentes como garantidores dos respectivos recursos;
Indexador: o índice contratado para atualização
monetária dos valores relativos ao plano, na forma
estabelecida por este regulamento;
Início de Vigência do Plano: a data de aceitação da proposta de inscrição pela EAPC;
Instituidora: pessoa jurídica que propõe a
contratação de plano coletivo, ficando investida de
poderes de representação, exclusivamente para
contratá-lo com a EAPC, e que participa, total ou parcialmente, do custeio;
Invalidez Total e Permanente: aquela para a
qual não se pode esperar recuperação ou
reabilitação com os recursos terapêuticos disponíveis no momento de sua constatação;
Limite de Comercialização: valor máximo
estabelecido pela EAPC para cada cobertura assumida/oferecida;
Nota Técnica Atuarial: o documento que contém a
descrição e as bases técnicas do plano a que se refere o respectivo regulamento;
Participante: a pessoa física que contrata o plano;
211
Período de Carência: ao período de tempo,
contado a partir do início de vigência do plano,
durante o qual, na ocorrência do evento gerador, os
beneficiários não terão direito ao recebimento do benefício.
O período de carência para os Benefícios de
Risco (Pecúlio, Pensão e Invalidez), desde que
previsto em regulamento, deverá ser de no máximo
24 meses, a contar da data de início de vigência do
plano, durante o qual não é devido o pagamento do
benefício.
EM CASO DE MORTE OU INVALIDEZ
ACIDENTAL NÃO HÁ CARÊNCIA PARA PAGAMENTO DO BENEFÍCIO.
O pagamento do benefício por MORTE
ACIDENTAL, quando decorrente de suicídio ou sua
tentativa, somente será devido caso ocorra após o
prazo de 24 meses, a contar da data de início de vigência do plano.
Período de Cobertura: o prazo durante o qual na
ocorrência do evento gerador os beneficiários ou assistidos farão jus ao benefício contratado;
Plano: o conjunto de direitos e obrigações,
conforme descrito no regulamento e na respectiva Nota Técnica Atuarial (NTA);
Plano Conjugado: aquele que, no momento da
contratação, preveja cobertura por sobrevivência e
cobertura (ou coberturas) de risco, com o instituto
da comunicabilidade, respeitadas a regulamentação
212
específica e as demais normas complementares a serem editadas pela SUSEP;
Portabilidade: instituto que, durante o período de
diferimento, e na forma regulamentada, permite a
movimentação de recursos da provisão matemática de benefícios a conceder;
Prazo de diferimento: período de tempo
compreendido entre a data da contratação do plano
pelo participante e a data escolhida por ele para o
início da concessão do benefício, podendo coincidir com o prazo de pagamento das contribuições;
Proponente: o interessado em contratar a
cobertura, no caso de contratação individual ou
aderir ao contrato, no caso de contratação sob a forma coletiva;
Proposta de Inscrição: o documento mediante o
qual o interessado expressa a intenção de aderir ao
plano, concordando com as condições estabelecidas
no regulamento e no contrato, no caso dos planos coletivos.
Deverá ser preenchida e assinada pelo participante,
sendo disponibilizada uma cópia ao mesmo observando-se que nela deverão constar:
os valores dos benefícios contratados e suas
respectivas contribuições (planos na
modalidade BENEFÍCIO DEFINIDO); período de carência, quando houver; índice e periodicidade de atualização das
contribuições e/ou benefícios; percentual de carregamento;
213
número do processo SUSEP de aprovação do plano.
Provisão Matemática de Benefícios a
Conceder: corresponde aos compromissos da EAPC
para com os seus participantes dos respectivos
planos, relativamente aos benefícios a conceder por
rendas e pecúlios sob o regime financeiro de capitalização;
Provisão Matemática de Benefícios
Concedidos: constituída pela EAPC, a partir da
ocorrência do evento gerador, destinada a garantir o pagamento ao beneficiário da renda contratada;
Regime Financeiro de Capitalização: a estrutura
técnica em que as contribuições são determinadas
de modo a gerar receitas capazes de, capitalizadas
durante o período de cobertura, produzir montantes
equivalentes aos valores atuais dos benefícios a
serem pagos aos beneficiários no respectivo período;
Regime Financeiro de Repartição de Capitais
de Cobertura: a estrutura técnica em que as
contribuições pagas por todos os participantes do
plano, em um determinado período, deverão ser
suficientes para constituir as provisões matemáticas
de benefícios concedidos, decorrentes dos eventos ocorridos neste período;
Regime Financeiro de Repartição Simples: a
estrutura técnica em que as contribuições pagas por
todos os participantes do plano, em um
determinado período, deverão ser suficientes para
214
pagar os benefícios decorrentes dos eventos ocorridos nesse período.
A tabela abaixo apresenta, de forma resumida, o
regime financeiro aplicável para cada tipo de benefício existente:
REGIMES FINANCEIROS
BENEFÍCIOS REPARTIÇÃO
SIMPLES
REPARTIÇÃO DE
CAPITAIS DE
COBERTURA
CAPITALIZAÇÃO
Pecúlio por Morte SIM NÃO SIM
Pecúlio por Invalidez SIM NÃO SIM
Renda de Aposentadoria NÃO NÃO SIM
Renda de Pensão NÃO SIM SIM
Renda por Invalidez NÃO SIM SIM
Regulamento: o instrumento jurídico que disciplina
os direitos e as obrigações da EAPC, do participante
e dos beneficiários, bem como as características
gerais do Plano, sendo obrigatoriamente entregue
ao participante no ato da inscrição, como parte integrante da proposta de inscrição.
É IMPORTANTE QUE O PARTICIPANTE LEIA
ATENTAMENTE O REGULAMENTO DO PLANO E
A PROPOSTA DE INSCRIÇÃO, tomando ciência
dos benefícios oferecidos no plano, suas principais
características, e das cláusulas restritivas de direito,
que deverão vir sempre em destaque no
Regulamento, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Remuneração pela gestão financeira: o
resultado da aplicação do percentual de gestão
financeira sobre o valor da parcela do patrimônio
215
líquido do FIE correspondente à Provisão Matemática de Benefícios;
Renda: o benefício representado por uma série de pagamentos mensais ao beneficiário;
Resgate: a restituição ao participante do montante
acumulado na provisão matemática de benefícios a conceder relativa ao seu benefício.
O Resgate é obrigatório nos planos de benefício por
sobrevivência (aposentadoria), sendo concedido ao
participante que desistir do plano, no valor
correspondente ao montante acumulado em sua
provisão matemática de benefícios a conceder. Nos
demais planos, deverá ser observado o contrato (regulamento).
OS PLANOS ESTRUTURADOS NO REGIME
FINANCEIRO DE REPARTIÇÃO, DEVIDO A
NATUREZA DO REGIME, NÃO PERMITEM
CONCESSÃO DE RESGATE, DE SALDAMENTO OU
DEVOLUÇÃO DE QUAISQUER CONTRIBUIÇÕES
PAGAS, UMA VEZ QUE CADA CONTRIBUIÇÃO É
DESTINADA A CUSTEAR O RISCO DE PAGAMENTO DE BENEFÍCIO NO PERÍODO.
PARA PLANOS DE BENEFÍCIO POR SOBREVIVÊNCIA
(APOSENTADORIA) COM CAPITALIZAÇÃO
FINANCEIRA DURANTE O PERÍODO DE
DIFERIMENTO, NO CASO DE MORTE DO
PARTICIPANTE, SERÁ DEVIDO O RESGATE AOS BENEFICIÁRIOS INDICADOS.
Saldamento: a interrupção definitiva do
pagamento das contribuições ao plano, mantendo-
216
se o direito à percepção proporcional do benefício originalmente contratado;
Transferência: a movimentação, na forma
regulamentada, de plano ou conjunto de planos de
previdência complementar aberta em
comercialização ou com comercialização
interrompida, incluindo os titulares e assistidos,
quando for o caso, assim como as reservas,
provisões e fundos, os ativos garantidores
correspondentes, representados em moeda corrente
nacional ou nas modalidades previstas na regulamentação;
Valores Garantidos: são os valores
correspondentes ao resgate, ao saldamento e ao benefício prolongado;
Vesting: conjunto de cláusulas, constante do
Contrato entre a EAPC e a instituidora, que o
participante, tendo expresso e prévio conhecimento,
é obrigado a cumprir para que lhe possam ser
oferecidos e postos a sua disposição os recursos da
provisão (ou provisões) decorrente das contribuições pagas pela instituidora.
TIPOS DE PLANOS / BENEFÍCIOS
Os planos previdenciários podem ser contratados de
forma individual ou coletiva (averbados ou
instituídos); e podem oferecer, juntos ou
separadamente, os seguintes tipos básicos de benefício:
217
RENDA POR SOBREVIVÊNCIA: renda a ser
paga ao participante do plano que sobreviver
ao prazo de diferimento contratado, geralmente
denominada de aposentadoria. RENDA POR INVALIDEZ: renda a ser paga ao
participante em decorrência de sua invalidez
total e permanente ocorrida durante o período
de cobertura e depois de cumprido o período de
carência estabelecido no plano. PENSÃO POR MORTE: renda a ser paga ao(s)
beneficiário(s) indicado(s) na proposta de
inscrição em decorrência da morte do
participante ocorrida durante o período de
cobertura e depois de cumprido o período de
carência estabelecido no plano. PECÚLIO POR MORTE: importância em
dinheiro, pagável de uma só vez ao(s)
beneficiário(s) indicado(s) na proposta de
inscrição, em decorrência da morte do
participante ocorrida durante o período de
cobertura e depois de cumprido o período de
carência estabelecido no plano. PECÚLIO POR INVALIDEZ: importância em
dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio
participante, em decorrência de sua invalidez
total e permanente ocorrida durante o período
de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano.
A SUSEP e as Entidades criaram os seguintes planos
padrões que atualmente são comercializados pelo
mercado de previdência complementar aberta (para
acessar os planos padrões consultar nesta home
page o tópico MERCADO).
218
TIPOS DE PLANOS / BENEFÍCIOS
PLANOS PADRÕES - BENEFÍCIOS DE RISCOS
São os planos que podem oferecer os seguintes
tipos de benefícios: Pecúlio por Morte, Pecúlio por Invalidez, Pensão por Morte e Renda por Invalidez.
TIPOS DE PLANOS / BENEFÍCIOS
PGBL - PLANO GERADOR DE BENEFÍCIO LIVRE
Os planos denominados (sob a sigla) PGBL, durante
o período de diferimento, terão como critério de
remuneração da provisão matemática de benefícios
a conceder, a rentabilidade da carteira de
investimentos do FIE instituído para o plano, ou
seja, DURANTE O PERÍODO DE DIFERIMENTO NÃO HÁ GARANTIA DE REMUNERAÇÃO MÍNIMA.
O Plano PGBL poderá ter sua carteira de
investimentos estruturada sob as seguintes
MODALIDADES: SOBERANO, RENDA FIXA OU COMPOSTO (ver definições básicas).
O objetivo do plano é a concessão de benefícios de
previdência aberta complementar (não confundir
com fundos de investimento de mercado
financeiro). A proposta de inscrição indicará a data
de concessão de benefícios escolhida pelo participante.
219
O valor do benefício será calculado em função da
provisão matemática de benefícios a conceder na
data da concessão do benefício e do tipo de
benefício contratado, de acordo com os fatores de renda apresentados na proposta de inscrição.
PGBL - PLANOS PADRÕES
PLANOS PADRÕES PGBL APROVADOS PELA SUSEP ANTES DE 26/08/2002
O participante contratará um dos seguintes tipos de renda mensal:
RENDA MENSAL VITALÍCIA: consiste em
uma renda paga vitalícia e exclusivamente ao
participante a partir da data de concessão do
benefício. O benefício cessa com o falecimento
do participante. RENDA MENSAL TEMPORÁRIA: consiste em
uma renda paga temporária e exclusivamente
ao participante. O benefício cessa com o
falecimento do participante ou o fim da
temporariedade contratada, o que ocorrer
primeiro. RENDA MENSAL VITALÍCIA COM PRAZO
MÍNIMO GARANTIDO: consiste em uma
renda paga vitaliciamente ao participante a
partir da data da concessão do benefício, sendo garantida aos beneficiários da seguinte forma:
No momento da inscrição, o participante
escolherá um prazo mínimo de garantia que será indicado na proposta de inscrição.
220
O prazo mínimo da garantia é contado a partir
da data do início do recebimento do benefício
pelo participante.
Se durante o período de percepção do benefício
ocorrer o falecimento do participante, antes de
ter completado o prazo mínimo de garantia
escolhido, o benefício será pago aos
beneficiários conforme os percentuais indicados
na proposta de inscrição, pelo período restante do prazo mínimo de garantia.
No caso de falecimento do participante, após o
prazo mínimo garantido escolhido, o benefício
ficará automaticamente cancelado sem que seja
devida qualquer devolução, indenização ou
compensação de qualquer espécie ou natureza aos beneficiários.
No caso de um dos beneficiários falecer antes
de ter sido completado o prazo mínimo de
garantia, o valor da renda será rateado entre os
beneficiários remanescentes até o vencimento do prazo mínimo garantido.
Não havendo qualquer beneficiário
remanescente, a renda será paga aos
sucessores legítimos do participante, pelo prazo restante da garantia.
RENDA MENSAL VITALÍCIA REVERSÍVEL
AO BENEFICIÁRIO INDICADO: consiste em
uma renda paga vitaliciamente ao participante
a partir da data de concessão do benefício escolhida.
221
Ocorrendo o falecimento do participante,
durante a percepção desta renda, o percentual
do seu valor estabelecido na proposta de
inscrição será revertido vitaliciamente ao beneficiário indicado.
Na hipótese de falecimento do beneficiário,
antes do participante e durante o período de
percepção da renda, a reversibilidade do
benefício estará extinta sem direito a
compensações ou devoluções dos valores
pagos.
No caso do beneficiário falecer, após já ter iniciado o recebimento da renda, o benefício estará extinto.
PGBL - PLANOS PADRÕES
PLANOS PADRÕES PGBL APROVADOS PELA SUSEP APÓS 26/08/2002
Além das modalidades de Rendas mencionadas no item anterior, teremos:
RENDA MENSAL VITALÍCIA REVERSÍVEL
AO CÔNJUGE COM CONTINUIDADE AOS
MENORES: consiste em uma renda paga
vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do benefício escolhida.
Ocorrendo o falecimento do participante,
durante a percepção desta renda, o percentual
do seu valor estabelecido na proposta de
inscrição será revertido vitaliciamente ao
222
cônjuge e na falta deste, reversível
temporariamente ao(s) menor(es) até que
complete(m) a idade para maioridade (18, 21
ou 24) estabelecida no regulamento e conforme o percentual de reversão estabelecido.
PGBL - PLANOS PADRÕES
PLANOS PADRÕES PGBL (MODALIDADE
INDIVIDUAL) APROVADOS PELA SUSEP APÓS
02/2008 E PARA OS PLANOS COLETIVOS APROVADOS APÓS 01/2009
Além das modalidades de Rendas mencionadas no item anterior, teremos:
PAGAMENTO ÚNICO: No primeiro dia útil
seguinte à data prevista para o término do
período de diferimento, será concedido ao
participante benefício sob a forma de
pagamento único, calculado com base no saldo
de provisão matemática de benefícios a
conceder verificado ao término daquele período. RENDA MENSAL POR PRAZO
CERTO: consiste em uma renda mensal a ser
paga por um prazo pré-estabelecido ao participante/assistido.
Na proposta de inscrição, o participante indicará o
prazo máximo, em meses, contado a partir da data
de concessão do benefício, em que será efetuado o pagamento da renda.
Se, durante o período de pagamento do benefício,
ocorrer o falecimento do participante/assistido antes
223
da conclusão do prazo indicado, o benefício será
pago ao beneficiário (ou beneficiários), na
proporção de rateio estabelecida, pelo período restante do prazo determinado.
O PAGAMENTO DA RENDA CESSARÁ COM O TÉRMINO DO PRAZO ESTABELECIDO.
Na hipótese de um dos beneficiários falecer, a parte
a ele destinada será paga aos sucessores legítimos, observada a legislação vigente.
Na falta de beneficiário nomeado, a renda será paga
aos sucessores legítimos do participante-assistido, observada a legislação vigente.
Não havendo beneficiário nomeado ou, ainda, em
caso de falecimento de beneficiário, a renda será
provisionada mensalmente, durante o decorrer do
restante do prazo determinado, sendo o saldo
corrigido pelo índice de atualização de valores
previsto no regulamento do plano contratado, até
que identificados os sucessores legítimos a quem
deverão ser pagos o saldo provisionado e, se for o caso, os remanescentes pagamentos mensais.
TIPOS DE PLANOS / BENEFÍCIOS
PRGP - PLANO COM REMUNERAÇÃO GARANTIDA E PERFORMANCE
Os planos denominados (sob a
sigla) PRGP garantirão, durante o período de
diferimento, remuneração dos recursos da provisão
matemática de benefícios a conceder, POR TAXA DE
JUROS EFETIVA ANUAL E ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO
224
DE VALORES, os quais deverão estar previstos em seu regulamento.
DURANTE O PERÍODO DE DIFERIMENTO, HAVERÁ
APURAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS. O
PERCENTUAL DE REVERSÃO DE RESULTADOS
FINANCEIROS ESTARÁ PREVISTO NO REGULAMENTO.
A apuração de resultados financeiros à época de
concessão do benefício é facultativa, podendo ser
utilizado o mesmo FIE do período de diferimento. O
percentual de reversão de resultados financeiros estará previsto no regulamento.
O objetivo do plano é a concessão de benefícios de
previdência complementar aberta (não confundir
com fundos de investimento de mercado
financeiro). A proposta de inscrição indicará a data
de concessão de benefícios escolhida pelo participante.
O valor do benefício será calculado em função da
provisão matemática de benefícios a conceder na
data da concessão do benefício e do tipo de
benefício contratado, de acordo com os fatores de renda apresentados na proposta de inscrição.
TIPOS DE PLANOS / BENEFÍCIOS
PAGP - PLANO COM ATUALIZAÇÃO GARANTIDA
E PERFORMANCE
Os planos denominados (sob a sigla) PAGP
garantirão, durante o período de diferimento,
atualização dos recursos da provisão matemática de
benefícios a conceder, POR ÍNDICE DE
225
ATUALIZAÇÃO DE VALORES, o qual estará previsto em Regulamento.
DURANTE O PERÍODO DE DIFERIMENTO, HAVERÁ
APURAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS. O
PERCENTUAL DE REVERSÃO DE RESULTADOS
FINANCEIROS ESTARÁ PREVISTO EM REGULAMENTO.
A apuração de resultados financeiros à época de
concessão do benefício é facultativa, podendo ser
utilizado o mesmo FIE do período de diferimento. O
percentual de reversão de resultados financeiros estará previsto em regulamento.
O objetivo do plano é a concessão de benefícios de
previdência complementar aberta (não confundir
com fundos de investimento de mercado
financeiro). A proposta de inscrição indicará a data
de concessão de benefícios escolhida pelo participante.
O valor do benefício será calculado em função da
provisão matemática de benefícios a conceder na
data da concessão do benefício e do tipo de
benefício contratado, de acordo com os fatores de renda apresentados na proposta de inscrição.
TIPOS DE PLANOS / BENEFÍCIOS
PRSA - PLANO COM REMUNERAÇÃO
GARANTIDA E PERFORMANCE SEM ATUALIZAÇÃO
Os planos denominados (sob a sigla) PRSA
garantirão, durante o período de diferimento,
remuneração dos recursos da provisão matemática
226
de benefícios a conceder, POR ÍNDICE DE JUROS, o qual estará previsto em Regulamento.
DURANTE O PERÍODO DE DIFERIMENTO, HAVERÁ
APURAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS. O
PERCENTUAL DE REVERSÃO DE RESULTADOS
FINANCEIROS ESTARÁ PREVISTO EM
REGULAMENTO E NÃO PODERÁ SER INFERIOR A 95%.
A apuração de resultados financeiros à época de
concessão do benefício é facultativa, podendo ser
utilizado o mesmo FIE do período de diferimento. O
percentual de reversão de resultados financeiros estará previsto em regulamento.
O objetivo do plano é a concessão de benefícios de
previdência complementar aberta (não confundir
com fundos de investimento de mercado
financeiro). A proposta de inscrição indicará a data
de concessão de benefícios escolhida pelo participante.
O valor do benefício será calculado em função da
provisão matemática de benefícios a conceder na
data da concessão do benefício e do tipo de
benefício contratado, de acordo com os fatores de renda apresentados na proposta de inscrição.
TIPOS DE PLANOS / BENEFÍCIOS
PRI - PLANO DE RENDA IMEDIATA
Os planos denominados (sob a sigla) PRI garantirão,
mediante contribuição única, o pagamento de
benefício por sobrevivência sob a forma de renda imediata.
227
A apuração de resultados financeiros é facultativa.
O percentual de reversão de resultados financeiros
estará previsto em regulamento.
O objetivo do plano é a concessão de benefícios de
previdência complementar aberta (não confundir
com fundos de investimento de mercado
financeiro). O valor do benefício será calculado em
função da contribuição única na data de subscrição
do plano e do tipo de benefício contratado, de
acordo com os fatores de renda apresentados na
proposta de inscrição.
CONTRATAÇÃO DE PLANO
DICAS SOBRE COMO ESCOLHER O MELHOR PLANO:
Preliminarmente, o consumidor terá que ter em
mente o tipo de cobertura que deseja contratar, ou
seja, cobertura por morte, invalidez ou
sobrevivência. Para identificar qual o tipo de
plano/benefício que se deseja contratar convém
proceder uma leitura atenta nos TIPOS DE PLANOS / BENEFÍCIOS.
Assim sendo, teremos em função da modalidade de plano contratado as seguintes recomendações:
Planos de Risco (Pecúlio por Morte, Pecúlio por
Invalidez, Pensão por Morte e Renda por
Invalidez)
* Deverão ser observados no regulamento: o
período de carência para o benefício; quais são as
coberturas oferecidas e se estas possuem seus
valores iniciais de benefício e contribuição
228
discriminados na proposta de inscrição. Compare
também o percentual de carregamento utilizado,
que deverá constar da proposta de inscrição, além
do índice de atualização de benefícios e
contribuição, bem como sobre sua periodicidade de
aplicação. Importante, antes de efetuar a compra
de seu plano, faça um comparativo de custos do
mercado considerando os produtos com as mesmas coberturas.
Quando da assinatura da proposta de inscrição,
preencha de próprio punho a declaração pessoal de
saúde com respostas corretas e completas, pois isto
poderá acarretar na negativa de seu benefício caso
haja alguma declaração falsa. É ESSENCIAL A
LEITURA ATENTA DE TODO O REGULAMENTO E DA PROPOSTA DE INSCRIÇÃO.
Planos de Aposentadoria / PGBL – Plano
Gerador de Benefícios Livre
* Deverão ser observados os parâmetros a serem adotados no plano, em especial:
Durante o período de pagamento das contribuições
(período de diferimento): a Rentabilidade do FIE e o carregamento.
Durante a fase de pagamento dos benefícios: a
tábua biométrica, a taxa de juros, se o plano
oferece ou não reversão de excedentes financeiros e qual o percentual de reversão adotado.
É ESSENCIAL A LEITURA ATENTA DE TODO O REGULAMENTO E DA PROPOSTA DE INSCRIÇÃO.
229
Planos de Aposentadoria / PRGP – Plano com Remuneração Garantida e Performance
* Deverão ser observados os parâmetros a serem adotados no plano, em especial:
Durante o período de pagamento das contribuições
(período de diferimento): a taxa de juros, a tábua
biométrica (se for o caso), o indexador, o
carregamento, o percentual de reversão financeira e a rentabilidade do FIE.
Durante a fase de pagamento dos benefícios: a
tábua biométrica, o indexador, a taxa de juros, se o
plano oferece ou não reversão de excedentes financeiros e qual o percentual de reversão adotado.
É ESSENCIAL A LEITURA ATENTA DE TODO O REGULAMENTO E DA PROPOSTA DE INSCRIÇÃO.
Planos de Aposentadoria / PAGP – Plano com Atualização Garantida e Performance
* Deverão ser observados os parâmetros a serem adotados no plano, em especial:
Durante o período de pagamento das contribuições
(período de diferimento): a tábua biométrica (se for
o caso), o indexador, o carregamento, o percentual de reversão financeira e a rentabilidade do FIE.
Durante a fase de pagamento dos benefícios: a
tábua biométrica, o indexador, a taxa de juros, se o
plano oferece ou não reversão de excedentes financeiros e qual o percentual de reversão adotado.
230
É ESSENCIAL A LEITURA ATENTA DE TODO O REGULAMENTO E DA PROPOSTA DE INSCRIÇÃO.
Planos de Aposentadoria / PRSA – Plano com
Remuneração Garantida e Performance sem Atualização
* Deverão ser observados os parâmetros a serem adotados no plano, em especial:
Durante o período de pagamento das contribuições
(período de diferimento): a taxa de juros, o
carregamento, o percentual de reversão financeira e a rentabilidade do FIE.
Durante a fase de pagamento dos benefícios: a
tábua biométrica, o indexador, a taxa de juros, se o
plano oferece ou não reversão de excedentes financeiros e qual o percentual de reversão adotado.
É ESSENCIAL A LEITURA ATENTA DE TODO O REGULAMENTO E DA PROPOSTA DE INSCRIÇÃO.
Planos de Aposentadoria / PRI – Plano de Renda Imediata
* Deverão ser observados os parâmetros a serem adotados no plano, em especial:
Durante a fase de pagamento dos benefícios: a
tábua biométrica, o indexador, a taxa de juros, se o
plano oferece ou não reversão de excedentes financeiros e qual o percentual de reversão adotado.
É ESSENCIAL A LEITURA ATENTA DE TODO O REGULAMENTO E DA PROPOSTA DE INSCRIÇÃO.
231
PRINCÍPAIS DÚVIDAS / PERGUNTAS E RESPOSTAS
DÚVIDAS GERAIS
* Minha contribuição aumentou
excessivamente no mês anterior. Este procedimento é correto?
R. Nos planos de previdência complementar aberta
é prevista cláusula de atualização monetária, sendo
o indexador e a periodicidade previstos no
regulamento. Além da atualização, no regulamento
dos planos por idade ou faixa etária contratados
está previsto o reajuste técnico em decorrência da
mudança da idade (planos de pecúlio, pensão e
invalidez estruturados no regime financeiro de
repartição). Para os planos de renda por
sobrevivência estruturados na modalidade de
benefício definido, o aumento da contribuição acima
do indexador previsto no plano será em decorrência
da repactuação (consultar a definição de extratos para fins de repactuação).
* Todos os planos de previdência complementar aberta dão direito ao Resgate?
R. Não. Se o plano for estruturado no regime
financeiro de repartição (maior parte dos planos de
pecúlio, pensão e invalidez), não há o direito ao
resgate. Entretanto, se o plano for estruturado no
regime financeiro de capitalização, o resgate será
devido ,obrigatoriamente, nos planos de renda por
sobrevivência (aposentadoria) e, desde que previsto
no regulamento, será devido nos planos de pecúlio, pensão e invalidez.
232
Concluindo:
BENEFÍCIOS REPARTIÇÃO SIMPLES REPARTIÇÃO DE CAPITAIS DE COBERTURA CAPITALIZAÇÃO
Direito a Resgate? Direito a Resgate? Direito a Resgate?
Pecúlio por Morte NÃO NÃO EXISTE FACULTATIVO
Pecúlio por Invalidez NÃO NÃO EXISTE FACULTATIVO
Renda de Aposentadoria NÃO EXISTE NÃO EXISTE OBRIGATÓRIO
Renda de Pensão NÃO EXISTE NÃO FACULTATIVO
Renda por Invalidez NÃO EXISTE NÃO FACULTATIVO
FACULTATIVO => consultar o regulamento do
plano contratado.
* Resgatei um valor inferior a soma de minhas contribuições. O cálculo está correto?
R. O valor de resgate corresponde ao montante da
provisão matemática de benefícios a conceder que,
no caso dos planos de renda por sobrevivência
(aposentadoria), é calculada com base
nas contribuições puras destinadas ao referido
benefício (descontado o carregamento) acrescida de
capitalização financeira ou atuarial e atualização monetária conforme previstos no plano.
Nos planos de risco (pecúlio, pensão e invalidez), o
resgate não corresponde à devolução das
contribuições puras já que uma parte desta contribuição é destinada a cobrir o risco.
O participante deve ter o conhecimento da
contribuição paga para cada tipo de benefício
contratado, bem como do percentual de
carregamento (informado na proposta de inscrição,
no certificado de participante e no regulamento).
* Sou beneficiário de um plano de previdência
complementar aberta e a Entidade negou o
pagamento de benefício por inadimplência no
233
pagamento das contribuições. Tenho direito a algo?
R. No caso dos planos individuais ou coletivos
instituídos, o não pagamento das contribuições pelo
participante ou instituidora, respectivamente, até o
vencimento acordado acarretará a automática
suspensão da cobertura, ficando a Entidade isenta
de qualquer obrigação decorrente de evento
gerador ocorrido durante o período de suspensão.
Já no caso da pessoa jurídica (consignante /
averbadora) ser responsável pelo repasse das
contribuições à Entidade e deixar de fazê-lo não
constituirá motivo para o cancelamento do contrato,
uma vez que não caracteriza o não pagamento por
parte do participante, ficando a pessoa jurídica sujeita às cominações legais.
Vale lembrar que, desde que previsto no
regulamento do plano contratado, o participante
terá direito ao resgate da provisão matemática de
benefícios a conceder constituída pelas contribuições efetivamente pagas.
* Solicitei a portabilidade de minha provisão
matemática de benefícios a conceder para
outra Entidade. Quando será efetivada esta portabilidade?
R. A portabilidade se dará mediante solicitação do
participante, devidamente registrada na Entidade, informando:
O plano previdenciário, quando da mesma
Entidade; ou
234
O plano previdenciário e respectiva Entidade,
quando a portabilidade for para outra Entidade; Respectivo valor ou percentual do saldo da
provisão matemática de benefícios a conceder; Respectivas datas.
A Entidade cedente dos recursos deverá efetivar a
portabilidade até o quarto (quinto - para planos
aprovados a partir de 30/01/2007) dia útil
subsequente às respectivas datas determinadas pelo participante.
OS RECURSOS FINANCEIROS SERÃO PORTADOS
DIRETAMENTE ENTRE AS ENTIDADES, FICANDO
VEDADO QUE TRANSITEM, SOB QUALQUER FORMA, PELO PARTICIPANTE.
O participante deverá receber documento fornecido pela Entidade:
cedente dos recursos, no prazo máximo de sete
dias úteis a contar da respectiva data
determinada pelo participante para a
portabilidade, atestando a data de sua
efetivação, o respectivo valor e a Entidade
cessionária. cessionária dos recursos, no prazo máximo de
sete dias úteis a contar das respectivas datas
de recepção dos recursos, atestando a data de recebimento, o respectivo valor e o plano.
* É certa a negativa do pagamento do benefício por uma doença pré-existente?
R. Se o participante omitir uma doença que saiba
ser portador antes da contratação do plano de
235
previdência e não tenha mencionado na proposta de
inscrição ou na declaração pessoal de saúde
fornecida à Entidade, esta poderá negar o
pagamento do benefício contratado sem a
devolução das contribuições já pagas, conforme
estabelece o art. 766 do Código Civil Brasileiro (Lei n.º 10.406/2002).
* O que é um plano bloqueado?
R. Alguns planos foram bloqueados à
comercialização por serem inadaptáveis às diretrizes
constantes da Lei nº 6435/77. O bloqueio dos
planos resultou, no entanto, no distanciamento
entre os valores dos benefícios e das contribuições e
a realidade econômica do país em virtude de não
existir nesses planos uma correção monetária com
base nos indexadores vigentes, ou quando existia, a
periodicidade de atualização não acompanhava o
crescimento inflacionário. Para estes planos não
existe nenhuma norma que os regulamente,
valendo o contrato (regulamento) subscrito à época.
Em muitos casos os valores de contribuição e benefício não possuem mais expressão monetária.
* Quais os planos de previdência
complementar aberta que posso utilizar para
redução da base de cálculo do meu imposto de
Renda?
R. Os planos de renda por sobrevivência, de pensão
por morte e de renda por invalidez, mas lembre-se
que a dedução das contribuições relativas ao
respectivo exercício está limitada a 12% de sua renda bruta anual.
236
* Qual o tempo máximo para pagamento do
benefício de um plano de previdência
complementar aberta?
R. Trinta dias, após o recebimento de todos os
documentos solicitados pela Entidade (geralmente
previstos no regulamento do plano) para a regulação do benefício.
* Como é feito o reajuste das rendas após serem concedidas?
R. Para os contratos firmados após 01/01/1997, o
reajuste é calculado anualmente de acordo com o
indexador estabelecido no regulamento, acrescido
da diferença proveniente da atualização mensal da
provisão matemática de benefícios concedidos e
anual dos benefícios. Para os contratos firmados
antes de 01/01/1997, vale o previsto no regulamento do plano aprovado pela SUSEP.
* A SUSEP pode obrigar uma entidade a efetuar o pagamento do benefício?
R. A SUSEP detém, entre outras, a atribuição para
fiscalizar as Entidades Abertas de Previdência
Complementar, as Sociedades Seguradoras e as
Sociedades de Capitalização autorizadas a operar,
podendo aplicar penalidade às empresas que se
encontram sob o seu poder de polícia. Entretanto,
não possui poderes para determinar pagamento de
benefícios decorrente de planos de previdência
firmados por empresas fiscalizadas, detendo, assim,
a atribuição para instaurar o procedimento
administrativo, cujo fim poderá redundar na
aplicação da penalidade cabível, conforme o caso
237
em questão. DESSA FORMA, SOMENTE A JUSTIÇA
POSSUI COMPETÊNCIA PARA
DETERMINAR/OBRIGAR O PAGAMENTO DE
CONTRATOS DAS EMPRESAS FISCALIZADAS PELA SUSEP.
* O que é tábua biométrica?
R. É o instrumento que mede a duração da vida
humana (também conhecida como tábua de
mortalidade) ou a probabilidade de entrada em
invalidez (pode ser de dois tipos: tábua de entrada
em invalidez e tábua mortalidade de inválidos) e é
um parâmetro utilizado para tarifar os planos de previdência complementar aberta.
* Incide Imposto de Renda no resgate de Planos de Previdência Aberta Complementar?
R. Incide na fonte sobre o valor total do resgate.
É facultativo aos participantes que ingressarem a
partir de 1º de janeiro de 2005, em planos de
aposentadoria estruturados na modalidade
contribuição variável, a opção por regime de
tributação no qual os valores pagos aos próprios
participantes ou aos assistidos, a título de benefícios
ou resgates de valores acumulados, sujeitam-se à
incidência de imposto de renda na fonte às alíquotas
de 35% a 10% de acordo com os prazos de
acumulação dos recursos. A referida opção também
é facultada aos participantes que ingressaram no
plano até 1º de janeiro de 2005, devendo o
participante ter formalizado à respectiva entidade até o dia 1º de julho de 2005.
238
(Lei nº 11.053/2004 - Alterada pela Lei nº 11.196,
de 21 de novembro de 2005; IN SRF 497 -
Revogada pela IN SRF nº 588, de 21 de dezembro
de 2005; IN SRF 524 - Alterada pela IN Conjunta
SRF, SPC e SUSEP nº 589, de 21 de dezembro de 2005)
* Incide Imposto de Renda no benefício de aposentadoria?
R. Incide sobre quaisquer benefícios pagáveis sob a
forma de renda, bem como os resgates, desde que
estes ultrapassem o teto máximo definido pela
Receita Federal (consultar legislação da Receita
Federal para saber sobre as alíquotas e o teto máximo).
* Quais parâmetros e condições devo observar
quando da contratação de um Plano de Risco
(Pecúlio por Morte, Pecúlio por Invalidez, Pensão por Morte e Renda por Invalidez)?
R. Devem ser observados no regulamento: o
período de carência para benefício; as coberturas
oferecidas e se estas possuem seus valores iniciais
de benefício e de contribuição discriminados na
proposta de inscrição. Compare também o
percentual de carregamento utilizado, que deverá
constar da proposta de inscrição, além do índice de
atualização de benefícios e de contribuição, bem
como sobre sua periodicidade de aplicação.
Importante, antes de efetuar a compra de seu plano, faça um comparativo de custos do mercado.
Quando da assinatura da proposta de inscrição,
preencha de próprio punho a declaração pessoal de
239
saúde com respostas corretas e completas, pois isto
poderá acarretar na negativa de seu benefício caso
haja alguma declaração falsa (ver comentário acima a respeito da negativa de pagamento).
* Os benefícios devidos pela Entidade são atualizados até a data do efetivo pagamento?
R. Nos planos de benefícios de risco (Pecúlio,
Pensão e Invalidez), os regulamentos dos planos
deverão estabelecer o critério que será adotado
para a atualização das obrigações pecuniárias,
conforme Resolução CNSP Nº 103/2004 e Circular
SUSEP Nº 255/2004. Desta forma, para os
contratos firmados a partir de 01/10/2004, existem os seguintes critérios:
A EAPC poderá adotar o critério de atualização
monetária a partir da data de exigibilidade da
obrigação pecuniária até a data de seu efetivo
pagamento, somente na hipótese de não
cumprimento do prazo para o pagamento da
respectiva obrigação pecuniária de 30 dias, contados a partir da data da habilitação.
Neste caso, os benefícios vencidos desde a data da
ocorrência do evento gerador até a data do efetivo
pagamento, não serão atualizados na hipótese da EAPC cumprir o prazo de 30 dias.
Considerando o disposto acima, é importante que o
assistido agilize sua habilitação ao benefício junto à
EAPC, apresentando os documentos necessários
imediatamente após a ocorrência do evento gerador (morte ou invalidez do participante).
240
A EAPC poderá adotar o critério de atualização
monetária a partir da data de exigibilidade da
obrigação pecuniária até a data de seu efetivo pagamento.
Neste caso, os benefícios devidos e não pagos serão
atualizados monetariamente da data de seu
vencimento até a data do efetivo pagamento pelo índice estabelecido no plano.
Considerando o disposto no parágrafo anterior, a
atualização será efetuada com base na variação
apurada entre o último índice publicado antes da
data de cada vencimento da renda e aquele
publicado imediatamente anterior à data de sua
efetiva liquidação, estando ainda sujeito à aplicação
de mora e/ou multa conforme previsto no regulamento do plano.
DÚVIDAS ESPECÍFICAS INERENTES AOS PLANOS PGBL / PAGP / PRGP / PRSA
* Há alguma garantia de remuneração na fase
de pagamento das contribuições (período de diferimento) do Plano PGBL?
R. Não existe garantia de remuneração durante o
período de pagamento das contribuições, podendo
até mesmo a rentabilidade ser negativa,
diferentemente do Plano PRGP, que garante taxa de
juros e atualização monetária; do plano PAGP, que
garante somente atualização monetária e do plano PRSA, que garante somente taxa de juros.
* Qual a diferença existente entre os planos PGBL, PAGP, PRGP e PRSA?
241
R.
a) O plano PGBL, durante o período de diferimento,
terá como critério de remuneração da provisão
matemática de benefícios a conceder, a
rentabilidade da carteira de investimentos do FIE
instituído para o plano, ou seja, DURANTE O
PERÍODO DE DIFERIMENTO NÃO HÁ GARANTIA DE REMUNERAÇÃO MÍNIMA.
O plano PGBL poderá ter sua carteira de
investimentos estruturada sob as seguintes
MODALIDADES: SOBERANO, RENDA FIXA OU COMPOSTO.
b) O plano denominado PRGP garante, durante o
período de diferimento, remuneração dos recursos
da provisão matemática de benefícios a
conceder POR TAXA DE JUROS EFETIVA ANUAL
E ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO DE VALORES, os quais estão previstos nos respectivos regulamentos.
Durante o período de diferimento, haverá apuração
de resultados financeiros. O percentual de reversão
de resultados financeiros também consta do regulamento.
c) O plano denominado PAGP garante, durante o
período de diferimento, atualização dos recursos da
provisão matemática de benefícios a conceder POR
ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO DE VALORES, o qual está previsto nos respectivos regulamentos.
Durante o período de diferimento, haverá apuração
de resultados financeiros. O percentual de reversão
242
de resultados financeiros também consta do regulamento.
A diferença básica entre o PRGP e o PAGP é que o
PAGP não garante remuneração dos recursos da
provisão matemática de benefícios a conceder POR TAXA DE JUROS EFETIVA ANUAL.
d) O plano denominado PRSA garante, durante o
período de diferimento, atualização dos recursos da
provisão matemática de benefícios a conceder POR
TAXA DE JUROS EFETIVA ANUAL, a qual está prevista nos respectivos regulamentos.
Durante o período de diferimento, haverá apuração
de resultados financeiros. O percentual de reversão
de resultados financeiros também consta do regulamento e deverá ser de no mínimo 95%.
A diferença básica entre o PRGP e o PRSA é que o
PRSA não garante remuneração dos recursos da
provisão matemática de benefícios a conceder POR ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO DE VALORES.
* Posso descontar as contribuições que efetuo
para estes planos da base de cálculo do Imposto de Renda?
R. Sim, mas o valor total descontado, relativo às
contribuições do respectivo exercício, deverá
corresponder, no máximo, a 12% de sua renda
bruta anual.
* Há alguma garantia nestes planos na fase de pagamento de benefício?
243
R. Sim, atualização monetária e taxa de juros, a
qual pode variar de 0 a 6%, de acordo com o
regulamento.
* Há repasse de excedentes na fase de pagamento de benefício?
R. Pode haver, desde que previsto em Regulamento.
Lembre-se, caso o plano preveja a reversão dos
resultados financeiros, a EAPC deverá informar o
fundo no qual está aplicada sua provisão matemática de benefícios concedidos.
* Quais encargos estão atrelados ao plano?
R.
– Carregamento (máximo de 10%), o qual pode
ser cobrado quando do pagamento das contribuições e/ou das portabilidades e resgates;
– Percentual de gestão financeira, incidente
sobre o patrimônio líquido do fundo no qual está aplicada sua provisão;
(obs.: Para planos comercializados a partir de 1º de janeiro de 2006 este percentual é de 0%)
– Encargo de saída, aplicado sobre os resgates,
sendo o percentual máximo determinado pela SUSEP.
(obs.: Para planos aprovados a partir de 30 de
janeiro de 2007 e propostas subscritas a partir de
1º de julho de 2007, de planos aprovados antes de 30/01/2007, este percentual é de 0%)
244
* Como posso receber meu benefício de aposentadoria?
R. Poderá ser sob a forma de pagamento único ou
sob a forma de renda, conforme modalidades de pagamento de benefício previstas em Regulamento.
* Quais tipos de renda posso escolher?
R. Desde que previstas no regulamento,
poderão ser as seguintes, dentre outras: renda
mensal por prazo certo, renda mensal vitalícia,
renda mensal temporária, renda mensal vitalícia
com prazo mínimo garantido, renda mensal vitalícia
reversível ao beneficiário indicado e renda mensal
vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores.
* Quais os tipos de aplicação existentes para o PGBL?
R.
– Plano do Tipo Soberano – Títulos de emissão
do Tesouro Nacional e/ou do BACEN e créditos securitizados do Tesouro Nacional.
– Plano do Tipo de Renda Fixa – A mesma
aplicação do plano soberano mais investimentos de renda fixa.
– Plano do Tipo Composto – Demais
modalidades, limitando os investimentos em renda variável a 49% do patrimônio líquido do FIE.
Verificar as modalidades oferecidas por cada Entidade.
245
* Qual a carência para portabilidade e resgate? Posso efetuá-los de forma parcial?
R. Para o resgate total, o prazo de carência estará
compreendido entre 60 (sessenta) dias e 24 (vinte e
quatro) meses, de acordo com o estabelecido no
Regulamento. Para os resgates parciais, o prazo de
carência estará compreendido entre 60 (sessenta)
dias e 6 (seis) meses, de acordo com o estabelecido no regulamento.
A portabilidade será pela totalidade dos recursos e o
prazo máximo de carência será de 60 (sessenta) dias, de acordo com o estabelecido no regulamento.
* Qual o tempo máximo para efetivação da portabilidade para outra Entidade?
R. A portabilidade se dará mediante solicitação do
participante, devidamente registrada na Entidade, informando:
O plano previdenciário, quando da mesma
Entidade; ou O plano previdenciário e a respectiva Entidade,
quando a portabilidade for para outra Entidade; O respectivo valor ou percentual do saldo da
provisão matemática de benefícios a conceder; Respectivas datas.
A Entidade cedente dos recursos deverá efetivar a
portabilidade até o quarto (quinto - para planos
aprovados a partir de 30/01/2007) dia útil
subsequente às respectivas datas determinadas pelo participante.
246
Os recursos financeiros serão portados diretamente
entre as Entidades, ficando vedado que transitem,
sob qualquer forma, pelo participante.
O participante deverá receber documento fornecido pela Entidade:
cedente dos recursos, no prazo máximo de sete
dias úteis, a contar da respectiva data
determinada pelo participante para a
portabilidade, atestando a data de sua
efetivação, o respectivo valor e a Entidade
cessionária. cessionária dos recursos, no prazo máximo de
sete dias úteis, a contar das respectivas datas
de recepção dos recursos, atestando a data de recebimento, o respectivo valor e o plano.
* Quais os principais parâmetros que devo observar para a contratação de um PGBL?
R. Durante o período de pagamento das
contribuições deverá ser observada a rentabilidade
do FIE e o carregamento. Durante a fase de
pagamento dos benefícios deverá ser observada a
tábua biométrica, a taxa de juros e, quando
previsto, o percentual de reversão de excedentes financeiros adotados no plano.
* É possível a portabilidade entre planos do
tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre)?
R. Não, a portabilidade só é permitida entre planos
do mesmo segmento, isto é, entre planos de
247
previdência complementar aberta ou entre planos de seguro de vida com cobertura por sobrevivência.
* É possível a portabilidade entre pessoas diferentes?
R. Não, segundo o inciso II do parágrafo 2º do art.
27 da Lei Complementar Nº 109/2001, é vedada a
transferência (portabilidade) de recursos entre participantes.
* O que são Tábuas biométricas BR-EMSsb e BR-EMSmt e as demais?
R. As referidas tábuas foram desenvolvidas a partir
da experiência do mercado segurador brasileiro e
serão atualizadas a cada 5 (cinco) anos de forma a
refletir a realidade de sobrevivência (sb) ou de
mortalidade (mt) da população feminina e
masculina à época da concessão do benefício
contratado. As primeiras tábuas biométricas BR-
EMS tiveram início de vigência em 1º de abril de
2010 e terão como final de vigência a data de 31 de março de 2015.
* O que diferencia um Plano PGBL que tem
como parâmetro a tábua biométrica BR-EMSsb dos demais PGBL’s?
R. O valor do benefício pago sob a forma da renda
será calculado pela aplicação, sobre o saldo da
Provisão Matemática de Benefícios a Conceder, de
Fator de Cálculo do Benefício, que considerará taxa
de juros efetiva anual e a tábua biométrica BR-
EMSsb na sua versão vigente na data de
encerramento do período de diferimento, pois
248
se trata de tábua com atualização a cada 5 (cinco) anos.
* Meu plano utiliza a tábua biométrica BR-
EMSsb no cálculo do benefício. Pode ocorrer
variação do valor do benefício entre o período
de solicitação da aposentadoria e a data do efetivo início do recebimento da renda?
R. Sim. Isto pode ocorrer se, no intervalo entre o
recebimento do último extrato encaminhado pela
entidade e o efetivo recebimento da primeira renda,
houver divulgação de nova versão da tábua BR-
EMSsb, em função do término do prazo de vigência de utilização da mesma.
ASSISTÊNCIA FINANCEIRA - CIRCULAR SUSEP Nº 320/2006
A referida Circular não estabelece limites para a
taxa de juros a ser adotada na assistência
financeira. Desta forma, não se pode antever que as
entidades de previdência complementar aberta ou
sociedades seguradoras irão adotar taxas mais
baixas ou mais altas que as aplicadas pelo mercado
financeiro. Contudo, em função da necessidade de
preservação da carteira de segurados e
participantes, bem como considerando o nível das
garantias oferecidas para os empréstimos (vínculos
às reservas por sobrevivência), é possível que de fato haja uma diferença entre as taxas praticadas.
ESCLARECIMENTOS GERAIS:
Essa Circular se aplica às seguintes operadoras -
Sociedades Seguradoras e Entidades Abertas de
249
Previdência Complementar com e sem fins
lucrativos. Vale lembrar que a Resolução CNSP Nº
11/80, que tratava da matéria exclusivamente para
as Entidades Abertas de Previdência Complementar
Sem Fins Lucrativos, já havia sido revogada
tacitamente com a revogação da Lei Nº 6.435/77 pela Lei Complementar Nº 109/2001.
A assistência financeira poderá ser oferecida pelas operadoras aos:
PARTICIPANTES DE PLANOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA:
cujo evento gerador do benefício seja a morte
ou invalidez do próprio participante. Incluem-se
nessa modalidade os planos de pecúlio por
morte, pensão por morte, pecúlio por invalidez
ou renda por invalidez; cujo evento gerador do benefício seja a
sobrevivência do participante ao período de
diferimento e que possuam estrutura
puramente financeira nesse período. Incluem-
se nessa modalidade, entre outros, os Planos
PGBL’s, PAGP’s – com estrutura financeira no
período de diferimento, PRGP’s – com estrutura financeira no período de diferimento e PRSA’s.
SEGURADOS DE PLANOS DE SEGURO DE VIDA:
cujo evento gerador da indenização seja a
morte ou invalidez do próprio segurado. cujo evento gerador da indenização seja a
sobrevivência do segurado ao período de
diferimento e possuam estrutura puramente
financeira nesse período. Incluem-se nessa
250
modalidade, os Planos VGBL’s, VAGP’s – com
estrutura financeira no período de diferimento,
VRGP’s – com estrutura financeira no período de diferimento e VRSA’s.
As operadoras não poderão conceder assistência
financeira com recursos das provisões matemáticas,
reservas técnicas ou fundos. A assistência deverá
ser oferecida através da utilização de recursos livres da própria Companhia.
A Circular não limita a taxa de juros, devendo a
mesma constar do contrato formalizado com o titular (participante ou segurado).
Em relação à assistência financeira, para o
pagamento das contraprestações, não quitadas nas
respectivas datas de vencimento, ou para a
quitação do saldo devedor, as EAPC´s deverão
adotar os procedimentos de resgate automático
conforme estabelecem os artigos 6º e 7º da referida
Circular. Vale lembrar que este dispositivo se aplica
exclusivamente aos planos de previdência
complementar aberta que possuam estrutura
puramente financeira no período de diferimento e
cujo respectivo evento gerador do benefício seja a sobrevivência do titular ao período de diferimento.
Para os contratos de assistência financeira em
planos de previdência ou de seguro, cujo evento
gerador do benefício ou indenização seja a morte ou
a invalidez do titular, deverão ser estabelecidos
prazos de amortização limitados a trinta e seis
meses, salvo quando ocorrer redução da capacidade
de pagamento do titular devidamente comprovada perante a EAPC ou a Sociedade Seguradora.
251
As contraprestações da assistência financeira
decorrentes desses contratos deverão ser
consignadas por meio de códigos específicos na
folha de pagamentos, de modo que fiquem
segregados os débitos correspondentes ao
pagamento das contribuições ou prêmios dos planos de previdência e seguro, por morte ou invalidez.
A partir de 02/07/2011, durante o período de
vigência da assistência financeira, a EAPC ou a sociedade seguradora:
deverão fornecer a cada segurado/participante,
pelo menos anualmente, informação sobre o
saldo devedor atualizado, bem como
informação sobre os procedimentos a serem
observados pelo mesmo, caso deseje liquidar
antecipadamente o valor da dívida assumida no
contrato de assistência financeira. sempre que solicitado, a EAPC ou a sociedade
seguradora fornecerão ou colocarão a
disposição do segurado/participante a
informação de que trata o parágrafo anterior,
ou quaisquer outras relacionadas ao contrato
de assistência financeira, no prazo máximo de
10 (dez) dias a partir da data de seu protocolo
junto à EAPC ou à sociedade seguradora. no caso de liquidação antecipada do contrato de
assistência financeira pelo
segurado/participante, devem ser observados
obrigatoriamente pela EAPC ou pela sociedade
seguradora os seguintes procedimentos:
a. o documento de cobrança gerado pela
EAPC ou pela sociedade seguradora deverá
apresentar data de vencimento com pelo
252
menos 10 (dez) dias de antecedência,
contado da data de sua postagem, ou de
pelo menos 5 (cinco) dias, contado da data
de sua efetiva entrega ao
segurado/participante, nos casos de
recebimento do documento de cobrança
nas instalações ou representações da
própria EAPC ou sociedade seguradora; e
b. é vedado à EAPC ou à sociedade
seguradora solicitar quaisquer outros
documentos do segurado/participante, que
não àqueles relacionados à sua identificação.