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Seguridade Social – PGE 1 PREVIDÊNCIA DO SERVIDOR PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL – alguns aspectos Legislação: CRS, arts. 29, 30, 33; Estatuto Servidor Público Estadual (LC 10.098/94); Estatuto da Brigada Militar (LC 10.990/97) Lei 7.672/1982 – dispõe sobre o IPERGS SEGURIDADE SOCIAL INTRODUÇÃO Preocupação com os infortúnios da vida; A proteção social nasceu na família; Quem não contasse com ajuda familiar, teria de se valer da benemerência de terceiros; Com o tempo, o Estado começa a responsabilizar-se pela assistência aos desprovidos, até finalmente a criação de um sistema estatal securitário, coletivo e compulsório; As ações estatais modernas incluem, além da previdência, também a saúde e o atendimento aos necessitados = SEGURIDADE SOCIAL, grau máximo de proteção social; Brasil: a CF88 criou um Estado de Bem Estar Social, uma vez que a proteção social é obrigação estatal; Seguridade Social + ações voluntárias da sociedade = melhor mecanismo da proteção social no Brasil e no mundo. Seguridade Social - Conceitos TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPITULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS “Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” A previdência, a assistência social e a saúde são direitos sociais, usualmente enquadrados como direitos fundamentais de segunda geração. Direitos sociais são direitos positivos, isto é, direitos que demandam ações do governo. Seguridade Social – Conceitos TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO I - DISPOSIÇÃO GERAL: art. 193 CAPÍTULO II - DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I - DISPOSIÇÕES GERAIS : arts. 194-195 Seção II - DA SAÚDE: arts. 196-200 Seção III- DA PREVIDÊNCIA SOCIAL: arts. 201-202 Seção IV -DA ASSISTÊNCIA SOCIAL: arts. 203-204 CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO/CULTURA/DESPORTO Seção I - DA EDUCAÇÃO Seção II - DA CULTURA Seção III - DO DESPORTO CAPÍTULO IV - DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAPÍTULO V - DA COMUNICAÇÃO SOCIAL CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE CAPÍTULO VII - DA FAMÍLIA/CRIANÇA/ADOLESC./IDOSO CAPÍTULO VIII - DOS ÍNDIOS Seguridade Social - Conceitos CAPÍTULO II - DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I - DISPOSIÇÕES GERAIS

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Seguridade Social – PGE 1

PREVIDÊNCIA DO SERVIDOR PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL – alguns aspectos Legislação:

• CRS, arts. 29, 30, 33; • Estatuto Servidor Público Estadual (LC 10.098/94); • Estatuto da Brigada Militar (LC 10.990/97) • Lei 7.672/1982 – dispõe sobre o IPERGS

SEGURIDADE SOCIAL

INTRODUÇÃO • Preocupação com os infortúnios da vida; • A proteção social nasceu na família; • Quem não contasse com ajuda familiar, teria de se valer da benemerência de terceiros; • Com o tempo, o Estado começa a responsabilizar-se pela assistência aos desprovidos, até finalmente a criação de um

sistema estatal securitário, coletivo e compulsório; • As ações estatais modernas incluem, além da previdência, também a saúde e o atendimento aos necessitados =

SEGURIDADE SOCIAL, grau máximo de proteção social; • Brasil: a CF88 criou um Estado de Bem Estar Social, uma vez que a proteção social é obrigação estatal; • Seguridade Social + ações voluntárias da sociedade = melhor mecanismo da proteção social no Brasil e no mundo.

Seguridade Social - Conceitos

TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPITULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS

“Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”

A previdência, a assistência social e a saúde são direitos sociais, usualmente enquadrados como direitos

fundamentais de segunda geração. Direitos sociais são direitos positivos, isto é, direitos que demandam ações do governo.

Seguridade Social – Conceitos

• TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO I - DISPOSIÇÃO GERAL: art. 193 CAPÍTULO II - DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I - DISPOSIÇÕES GERAIS : arts. 194-195 Seção II - DA SAÚDE: arts. 196-200 Seção III- DA PREVIDÊNCIA SOCIAL: arts. 201-202 Seção IV -DA ASSISTÊNCIA SOCIAL: arts. 203-204 CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO/CULTURA/DESPORTO Seção I - DA EDUCAÇÃO Seção II - DA CULTURA Seção III - DO DESPORTO CAPÍTULO IV - DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAPÍTULO V - DA COMUNICAÇÃO SOCIAL CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE CAPÍTULO VII - DA FAMÍLIA/CRIANÇA/ADOLESC./IDOSO CAPÍTULO VIII - DOS ÍNDIOS

Seguridade Social - Conceitos • CAPÍTULO II - DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I - DISPOSIÇÕES GERAIS

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Seguridade Social – PGE 2

“Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.”

SEGURIDADE = PREVIDÊNCIA + ASSISTÊNCIA + SAÚDE (PAS) FINALIDADE: cobertura dos RISCOS SOCIAIS.

• Seguridade Social: rede protetiva formada pelo Estado e por particulares, com contribuição de todos, com a finalidade de estabelecer ações positivas no sustento de pessoas carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes, providenciando a manutenção de um padrão mínimo de vida.

- É meio para se atingir o bem-estar e a justiça social, que é o fim da ordem social (art. 193, CF) e objetivo fundamental da República Federativa do Brasil (art. 3°, CF).

SEGURIDADE SOCIAL - PRINCÍPIOS (arts. 194 e 195, CF)

• PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE (art. 3°, I, da CF): é o mais importante princípio. Determina que cada participante contribua para a proteção social de todos. • UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO: Universalidade da Cobertura: abrange todos os riscos sociais que possam gerar estado de necessidade (aspecto

OBJETIVO) Universalidade do Atendimento: abrange todas as pessoas pertencentes ao sistema protetivo (aspecto SUBJET) • UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ÀS POPULAÇÕES URBANAS E

RURAIS Uniformidade: quanto aos riscos sociais cobertos Equivalência: quanto ao valor da prestação. • SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS: pela seletividade o legislador escolhe as maiores carências sociais, priorizando-as; pela distributividade, dá-se a cada

um de acordo com suas necessidades (solidariedade). • IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS: previsto no art. 194, único, IV. Proibição de redução efetiva dos valores nominais das prestações (STF). • EQÜIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO: todos devem participar do custeio da seguridade, na medida de suas possibilidades, havendo contribuição maior para

aqueles que recebem mais ou que expõem a maior risco seus empregados.

• DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO: distribuída entre o maior número de pessoas capazes de contribuir, conforme o art. 195 e incisos, da CF. A maior parte

das contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social vêm elencada na Lei 8.212/91 (Lei de Custeio da Seguridade Social).

FONTES DE CUSTEIO

• ORÇAMENTOS da UNIÃO, ESTADOS/DF e MUNICÍPIOS (lei orçamentária anual) => fonte indireta • CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS (natureza tributária) => fonte direta

– do EMPREGADOR sobre » Folha de salários: Contribuição Patronal » Receita ou Faturamento: COFINS (LC 70/91) » Lucro: CSLL

– do Trabalhador: Contribuição sobre o Salário – sobre Receitas de Prognósticos – do Importador de bens ou serviços – Outras fontes: mediante Lei complementar e com anterioridade nonagesimal (art. 195, §§ 4º e 5º)

• CF, art. 149, § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

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Seguridade Social – PGE 3

• CF, art. 195, § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social

constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. • CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA ADMINISTRAÇÃO: mediante gestão quadripartite nos órgãos colegiados, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos

aposentados e do Governo. Órgãos Colegiados:

– CNPS (Conselho Nacional da Previdência Social – art. 3º e ss., da LBPS). Ver art. 4º, da LBPS: competência do CNPS.

- CNAS (Conselho Nacional de Assistência Social – art. 17 e ss., da Lei 8.742/93) - CNS (Conselho Nacional de Saúde)

• PRECEDÊNCIA DA FONTE de CUSTEIO: Nenhum benefício poderá ser criado ou majorado, sem prévia fonte de custeio (art. 195, § 5º) • COMPETÊNCIA LEGISLATIVA:

• Privativa da União (art. 22, XXIII, CF): sobre seguridade social; • Concorrente entre União, Estados e DF (art. 24, XII, da CF): sobre previdência social e saúde; • Competência dos Municípios (art. 30, I a III, e VII, da CF[1]): sobre previdência social e saúde • Competência para instituir Contribuições sociais: em regra, exclusiva da União (art. 149, CF). Os Estados/DF e

Municípios poderão instituir contribuições para o custeio de sistema previdenciário de seus servidores (art. 149, § 1°, CF).

• OBS:

- As ações sobre seguridade social são reguladas pela União, a qual é dotada de competência para estipular como será a ação estatal na construção da rede protetiva;

- A União tem competência exclusiva para legislar sobre o RGPS; - Em relação à previdência social, a competência legislativa concorrente se justifica em razão dos servidores públicos

estaduais e municipais vinculados a RPPS e também da competência para criar as entidades fechadas de previdência complementar (art. 40, § 15°, CF).

- Em relação à saúde, há competência legislativa concorrente. Inclui-se também o Município, por força dos art. 30, I a III, e também do art. 198, § 2°, da CF, que obriga os entes federados a reservar percentual mínimo de suas rendas para aplicação em saúde.

- A instituição de contribuições sociais se dá por lei ordinária, salvo outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social (art. 195, § 4°).

PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Seguro Social: vínculo entre o segurado e o ente segurador estatal, visando a proteção do trabalhador para a hipótese de impossibilidade de execução de serviços pelo obreiro – temporária ou permanente.

– É direito subjetivo do indivíduo, exercitado em face da sociedade, personificada na figura do Estado-Providência.

MODELOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL QUANTO ao CUSTEIO

– Capitalização: somente o próprio segurado, ou um conjunto deles, contribui para a criação do fundo com lastro suficiente para cobrir as necessidades de seus integrantes. Modelo utilizado nos planos individuais de previdência privada e também nos “fundos de pensão”, entidades fechadas de previdência. Ex.: regime de previdência complementar (art. 202, CF) do Brasil;

– Repartição: o segurado e outras pessoas contribuem. Repousa no ideal de solidariedade, já que à atual geração de

trabalhadores garante os benefícios dos trabalhadores em inatividade. Ex.: RGPS e RPPS do Brasil.

REGIMES PREVIDENCIÁRIOS no BRASIL • PÚBLICO

– RGPS: lei 8.213/91. Gestão do INSS; – RPPS (Reg. Próprio de Previdência Social):

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Seguridade Social – PGE 4

• Servidores civis: art. 40, CF e Lei 9.717/98; • Militares: art. 142, X, CF e Lei 6.880/80. • Regime Complementar Público: art. 40, §§ 14 a 16, CF.

• PRIVADO (facultativo e autônomo em relação aos regimes públicos)

– Regime Complementar Privado: art. 202, CF, LC 108/01 e 109/01 • Entidades Abertas de Previdência • Entidades Fechadas de Previdência

RELAÇÕES JURÍDICAS COM A PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Relação Jurídica de Custeio: natureza tributária contribuinte (devedor) x Estado (credor)

• Relação Jurídica da Prestação: natureza jurídica de um múnus público beneficiário (credor) x Estado (devedor)

PREVIDÊNCIA SOCIAL - Conceitos • Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

• Incluem:

– servidores efetivos da U/E/DF/M, autarquias e fundações – vitalícios:

• Magistrados (art. 93, VII, CF); • Membros do Ministério Público (art. 129, § 4º); • Ministros do Tribunal de Contas (art. 73, § 3º).

• Não incluem: – emprego público: empresa pública e sociedade de economia mista; – servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão ou cargo temporário

PREVIDÊNCIA SOCIAL - PRINCÍPIOS

• EQUILÍBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL Deve ser observada a relação entre custeio e pagamento de benefícios, a fim de mantê-lo em condições superavitárias. • GARANTIA DO BENEFÍCIO MÍNIMO – art. 201, § 2º, CF “nenhum benefício que substitua o salário-de-contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal

inferior ao salário mínimo.” • VEDAÇÃO DE REQUISITOS DIFERENCIADOS Art. 40, § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos

pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação da EC 47, de 2005)

I portadores de deficiência; (EC 47, de 2005) II que exerçam atividades de risco; (EC 47, de 2005) III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (EC 47, de

2005)

• VEDAÇÃO DE CUMULAÇÃO DE APOSENTADORIAS Art. 40, § 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada

a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação da EC 20/98)

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Seguridade Social – PGE 5

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação da EC 19, de 1998) ...

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. ((Redação da EC 19, de 1998)

a) a de dois cargos de professor; (Redação da EC 19, de 1998) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação da EC 19, de 1998) c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação da EC

34, de 2001)

• PRESERVAÇÃO DO VALOR REAL DOS BENEFÍCIOS – fim da paridade entre ativos e inativos Art. 40, § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,

conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação da EC 41, 19.12.2003). Entretanto, este princípio será concretizado conforme critérios definidos em lei, o que na prática não tem cumprido sua

função de manter o poder aquisitivo dos benefícios. • PRINCÍPIO DA COMUTATIVIDADE - Contagem recíproca de tempo de serviço Art. 40, § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o

tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (EC 20, de 15/12/98) Art. 201, § 9º - Assegura a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e

urbana, hipótese em que os diversos sistemas de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos na Lei 9.796/99;

Art. 41, § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com

remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

• FIM DO TEMPO FICTO Art. 40, § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído

pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) • LIMITES DOS PROVENTOS DE INATIVIDADE Art. 40, § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando

decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

- limitados ao subsídio do Ministro do STF, mesmo quando decorrentes da acumulação: -- de proventos de cargos ou empregos públicos; -- de outras atividades do RGPS; -- de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em

comissão e de cargo eletivo. (art. 40, § 11) ;

• REMESSA AO RGPS – APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA Art. 40, § 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo

observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

• CARGO EM COMISSÃO – RGPS Art. 40, § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e

exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

• REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - RPCP (art. 40, §§ 14 a 16) - desde que a U/E/DF/M instituam RPCP, seus RPPS poderão ter o mesmo limite máximo do valor dos benefícios do

RGPS.

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Seguridade Social – PGE 6

- o RPCP é de adesão facultativa ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do RPCP.

- instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.

• Planos de Benefícios de Previdência Complementar

o benefício definido: o benefício é pré-estabelecido, sendo a contribuição variável dependente do benefício;

o contribuição definida: a contribuição é pré-estabelecida, sendo o benefício variável dependente da contribuição e do rendimento dos investimentos;

o Misto.

• CORREÇÃO MONETÁRIA DAS REMUNERAÇÕES – Art. 40, § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão

devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela EC 41, 19.12.2003) • CONTRIBUIÇÃO DOS INATIVOS E PENSIONISTAS Art. 40, § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata

este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

• CONTRIBUIÇÃO DOS INATIVOS E PENSIONISTAS INCAPAZES Art. 40, § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de

aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

• CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL INATIVO. DESCONTO DE 5,4%.

INSTITUÍDO PELA LEI-RS Nº 7.672/82, TORNOU-SE VEDADO COM O ADVENTO DA EC Nº 20/98 (ART. 40, § 12, C/C ART. 195, INC. II, DA CF/88). REMESSA OBRIGATÓRIA. SENTENÇA ILÍQUIDA. UTILIZAÇÃO DO VALOR DA CAUSA COMO PARÂMETRO. QUANTIA QUE NÃO EXCEDE SESSENTA SALÁRIOS MÍNIMOS. APLICABILIDADE DO ART. 475, § 2º, DO CPC. LEGITIMIDADE PASSIVA DO ESTADO. QUANDO A PARTE-AUTORA PRETENDER A CESSAÇÃO DO DESCONTO PREVIDENCIÁRIO EFETUADO, CASO DOS AUTOS. TERMO INCIAL. DATA DA INATIVAÇÃO, PORQUANTO POSTERIOR À EC 20/98. JUROS MORATÓRIOS. TAXA: 1% AO MÊS. TERMO INICIAL: TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO (ARTS. 161, § 1º, E 167, PAR. ÚN., DO CTN). VERBA HONORÁRIA MANTIDA. APELAÇÃO CÍVEL PARCIALMENTE PROVIDA. (Apelação e Reexame Necessário Nº 70025512559, Terceira Câmara Especial Civel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mário Crespo Brum, Julgado em 18/09/2008) (grifei)

• A contribuição previdenciária do inativo e pensionista dos RPPS voltou a ser possível a contar da EC 41/03

• ABONO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO Art. 40, § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária

estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela EC 41, 19.12.2003)

• UNICIDADE DO RPPS Artt. 40, § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares

de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

• PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FACULTATIVA – art. 202, CF, LC 108/2001 e LC 109/2001. admite-se a participação da iniciativa privada na atividade securitária, em complemento ao regime oficial, com caráter

facultativo. Gerido por entidade fechadas ou abertas de previdência privada, fiscalizadas pelo Poder Público, através do Conselho de Gestão de Previdência Complementar. Com a EC. 20/98, este regime passou a ser autônomo em relação ao RGPS.

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Seguridade Social – PGE 7

• INDISPONIBILIDADE DOS DIREITOS DOS BENEFICIÁRIOS - Uma vez implementadas as condições, os beneficiários têm direito adquirido, podendo reclamá-lo a qualquer tempo. O

benefício previdenciário tem caráter alimentar, logo são inalienáveis, impenhoráveis e imprescritíveis. • GRATIFICAÇÃO NATALINA (art. 201, § 6º) - garante que seu valor tenha por base o valor do benefício no mês de

dezembro, calculado como o 13º dos trabalhadores (proporcionalmente ao número de meses no ano em gozo da prestação).

CONSTITUIÇÃO RS • Art. 14 - Os Municípios que não possuírem sistema próprio de previdência e saúde poderão vincular-se ao

sistema previdenciário estadual, nos termos da lei, ou associar-se com outros Municípios. Seção II - Dos Servidores Públicos Civis • Art. 29 - São direitos dos servidores públicos civis do Estado, além de outros previstos na Constituição Federal,

nesta Constituição e nas leis: I - vencimento básico ou salário básico nunca inferior ao salário mínimo fixado pela União para os trabalhadores

urbanos e rurais; II - irredutibilidade de vencimentos ou salários; III - décimo terceiro salário ou vencimento igual à remuneração integral ou no valor dos proventos de

aposentadoria; IV - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Estatuto Serv. Públ. Estadual (LC 10.098/94) • Art. 34 - Considera-se serviço noturno o realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia

seguinte, observado o previsto no artigo 113. Parágrafo único - A hora de trabalho noturno será computada como de cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. Subseção V - Da Gratificação por Serviço Noturno • Art. 113 - O serviço noturno terá o valor-hora acrescido de 20% (vinte por cento), observado o disposto no artigo 34. • Parágrafo único - As disposições deste artigo não se aplicam quando o serviço noturno corresponder ao horário normal

de trabalho.

V - salário-família ou abono familiar para seus dependentes; • Estatuto Serv. Públ. Estadual (LC 10.098/94) Subseção VIII - Do Abono Familiar Art. 118 - Ao servidor ativo ou ao inativo será concedido abono familiar na razão de 10% (dez por cento) do menor

vencimento básico inicial do Estado, pelos seguintes dependentes: I - filho menor de 18 (dezoito) anos; II - filho inválido ou excepcional de qualquer idade, que seja comprovadamente incapaz; III - filho estudante, desde que não exerça atividade remunerada, até a idade de 24 (vinte e quatro) anos; IV - cônjuge inválido, comprovadamente incapaz, que não perceba remuneração. § 1º - Quando se tratar de dependente inválido ou excepcional, o abono será pago pelo triplo. § 2º - Estendem-se os benefícios deste artigo aos enteados, aos tutelados e aos menores que, mediante autorização

judicial, estejam submetidos a sua guarda. § 3º - São condições para percepção do abono familiar que: I - os dependentes relacionados neste artigo vivam efetivamente às expensas do servidor ou inativo; II - a invalidez de que tratam os incisos II e IV do "caput" deste artigo seja comprovada mediante inspeção médica, pelo

órgão competente do Estado. § 4º - No caso de ambos os cônjuges serem servidores públicos, o direito de um não exclui o do outro.

VI - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta semanais, facultada a compensação de

horários e a redução da jornada conforme o estabelecido em lei; VII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; VIII - remuneração do serviço extraordinário, superior, no mínimo em cinqüenta por cento, à do normal; • Estatuto Serv. Públ. Estadual (LC 10.098/94) Art. 33 - Por necessidade imperiosa de serviço, o servidor poderá ser convocado para cumprir serviço extraordinário,

desde que devidamente autorizado pelo Governador. (Vide Lei Complementar n° 11.649/01)

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Seguridade Social – PGE 8

§ 1º - Consideram-se extraordinárias as horas de trabalho realizadas além das normais estabelecidas por jornada diária para o respectivo cargo.

§ 2º - O horário extraordinário de que trata este artigo não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária diária a que estiver sujeito o servidor. (2h para 8h diárias)

§ 3º - Pelo serviço prestado em horário extraordinário, o servidor terá direito a remuneração, facultada a opção em pecúnia ou folga, nos termos da lei.

• Subseção IV - Da Gratificação por Exercício de Serviço Extraordinário Art. 110 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora

normal de trabalho. Art. 111 - A gratificação de que trata o artigo anterior somente será atribuída ao servidor para atender às situações

excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo previsto no § 2º do artigo 33. Art. 112 - O valor da hora de serviço extraordinário, prestado em horário noturno, será acrescido de mais 20% (vinte por

cento).

IX - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a remuneração normal, e pagamento antecipado;

X - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e da remuneração, com a duração de cento e vinte dias; • Estatuto Serv. Públ. Estadual (LC 10.098/94) • Seção V - Da Licença à Gestante, à Adotante e à Paternidade , Art. 141 - À servidora gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 120 (cento e vinte) dias, sem

prejuízo da remuneração. Parágrafo único - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a inspeção

médica e, se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo. Art. 142 - Ao término da licença a que se refere o artigo anterior, é assegurado à servidora lactante, durante

o período de 2 (dois) meses, o direito de comparecer ao serviço em um turno, quando seu regime de trabalho obedecer a dois turnos, ou a três horas consecutivas por dia, quando seu regime de trabalho obedecer a turno único. REVOGADO

Art. 143 - À servidora adotante será concedida licença a partir da concessão do termo de guarda ou da

adoção, proporcional à idade do adotado: I - de zero a dois anos, 180 (cento e vinte) dias; II - de mais de dois até quatro anos, 150 (noventa) dias; III - de mais de quatro até seis anos, 120 (sessenta) dias; IV - de mais de seis anos, desde que menor, 90 (trinta) dias.

XI - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; • Estatuto Serv. Públ. Estadual (LC 10.098/94) Art. 144 - Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor terá direito à licença-paternidade de 8 (oito) dias

consecutivos. XII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; • Estatuto Serv. Públ. Estadual (LC 10.098/94) Subseção III - Da Gratificação por Exercício de Atividades Insalubres, Perigosas ou Penosas Art. 107 - Os servidores que exerçam suas atribuições com habitualidade em locais insalubres ou em contato com

substâncias tóxicas radioativas ou com risco de vida, fazem jus a uma gratificação sobre o vencimento do respectivo cargo na classe correspondente, nos termos da lei. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa)

§ 1º - O servidor que fizer jus às gratificações de insalubridade, periculosidade ou penosidade deverá optar por uma delas nas condições previstas na lei.

§ 2º - O direito às gratificações previstas neste artigo cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

• - CF, art. 40, § 4º, alterado pela EC 47/2005: remete a regulação para LC, ainda inexistente:

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Seguridade Social – PGE 9

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

I portadores de deficiência; II que exerçam atividades de risco; III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

XIV - proibição de diferenças de remuneração, de exercício de funções e de critério de admissão, por motivo de sexo,

idade, cor ou estado civil; XV - auxílio-transporte, correspondente à necessidade de deslocamento do servidor em atividade para seu local de

trabalho, nos termos da legislação federal. Parágrafo único - O adicional de remuneração de que trata o inciso XIII deverá ser calculado exclusivamente com

base nas características do trabalho e na área e grau de exposição ao risco, na forma da lei.

Art. 30 - O regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado, das autarquias e fundações públicas será único e estabelecido em estatuto, através de lei complementar, observados os princípios e as normas da Constituição Federal e desta Constituição.

- LEC nº 10.098, de 03/02/94 - Estatuto do Servidor Público Estadual Art. 33 - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. - CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal

e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

... XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo

Poder Executivo;

§ 1º - A revisão geral da remuneração dos servidores públicos, civis e militares, ativos e inativos, e dos pensionistas far-se-á sempre na mesma data e nos mesmos índices. (REVOGADO) § 1º - A remuneração dos servidores públicos do Estado e os subsídios dos membros de qualquer dos Poderes, do Tribunal de Contas, do Ministério Público, dos Procuradores, dos Defensores Públicos, dos detentores de mandato eletivo e dos Secretários de Estado, estabelecidos conforme o § 4° do art. 39 da Constituição Federal, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, sendo assegurada através de lei de iniciativa do Poder Executivo a revisão geral anual da remuneração de todos os agentes públicos, civis e militares, ativos, inativos e pensionistas, sempre na mesma data e sem distinção de índices. (NR dada pela Emenda Constitucional nº 57, de 21/05/08) - CF, art, 37, inciso X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente

poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Obs- EC 41/03: fim da paridade § 2º - O índice de reajuste dos vencimentos dos servidores não poderá ser inferior ao necessário para repor seu poder aquisitivo. § 3º - As gratificações e adicionais por tempo de serviço serão assegurados a todos os servidores estaduais e reger-se-ão por critérios uniformes quanto à incidência, ao número e às condições de aquisição, na forma da lei. § 4º - A lei assegurará ao servidor que, por um qüinqüênio completo, não houver interrompido a prestação de serviço ao Estado e revelar assiduidade, licença-prêmio de três meses, que pode ser convertida em tempo dobrado de serviço, para os efeitos nela previstos. § 5º - Fica vedado atribuir aos servidores da administração pública qualquer gratificação de equivalência superior à remuneração fixada para os cargos e funções de confiança criados em lei.

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Seguridade Social – PGE 10

§ 6º - É vedada a participação dos servidores públicos no produto da arrecadação de multas, inclusive da dívida ativa.

§ 7º - Fica fixado como limite único, no âmbito de qualquer dos Poderes, do Tribunal de Contas e do Ministério

Público do Estado, para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. [90,25% do subsídio STF] (REVOGADO)

§ 7º - Para fins do disposto no art. 37, § 12, da Constituição Federal, fica fixado como limite único, no âmbito de qualquer dos Poderes, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais. (NR dada pela Emenda Constitucional nº 57, de 21/05/08) - CF, art. 37, inciso XI: a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da

administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar,

em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

• Art. 34 - Os servidores estaduais somente serão indicados para participar em cursos de especialização ou

capacitação técnica profissional no Estado, no País ou no exterior, com custos para o Poder Público, quando houver correlação entre o conteúdo programático de tais cursos e as atribuições do cargo ou função exercidos.

Parágrafo único - Não constituirá critério de evolução na carreira a realização de curso que não guarde correlação direta e imediata com as atribuições do cargo exercido.

• Art. 35 - O pagamento da remuneração mensal dos servidores públicos do Estado e das autarquias será realizado

até o último dia útil do mês do trabalho prestado. Parágrafo único - O pagamento da gratificação natalina, também denominada décimo terceiro salário, será

efetuado até o dia 20 de dezembro.

• Art. 37 - O tempo de serviço público federal, estadual e municipal prestado à administração pública direta e indireta, inclusive fundações públicas, será computado integralmente para fins de gratificações e adicionais por tempo de serviço, aposentadoria e disponibilidade.

Parágrafo único - O tempo em que o servidor houver exercido atividade em serviços transferidos para o Estado será computado como de serviço público estadual.

- CF, art. 201, § 9º: Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na

administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

• Art. 38 - O servidor público será aposentado: I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia

profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos; II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

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Seguridade Social – PGE 11

III - voluntariamente: a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos integrais; [derrogado pelo

art. 40, § 1º, III, a, CF] b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e cinco, se professora, com

proventos integrais; [derrogado pelo art. 40, § 5º, CF] c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

[derrogado EC 20/98] d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo

de serviço. § 1º - Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, alíneas a e c, no caso de exercício

de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas. § 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários. § 3º - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se

modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria. [derrogado a partir da EC 41/03]

- Fim da paridade: - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor

real, conforme critérios estabelecidos em lei (CF, art. 40, § 8°). - Lei 10.887, de 18 de junho de 2004: Art. 1o No cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores titulares de cargo efetivo de qualquer dos Poderes

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, previsto no § 3o do art. 40 da Constituição Federal e no art. 2o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência.

§ 1o As remunerações consideradas no cálculo do valor inicial dos proventos terão os seus valores atualizados mês a mês de acordo com a variação integral do índice fixado para a atualização dos salários-de-contribuição considerados no cálculo dos benefícios do regime geral de previdência social. [INPC]

... § 4o Para os fins deste artigo, as remunerações consideradas no cálculo da aposentadoria, atualizadas na forma do § 1o

deste artigo, não poderão ser: I - inferiores ao valor do salário-mínimo; II - superiores ao limite máximo do salário-de-contribuição, quanto aos meses em que o servidor esteve vinculado ao

regime geral de previdência social. § 5o Os proventos, calculados de acordo com o caput deste artigo, por ocasião de sua concessão, não poderão ser

inferiores ao valor do salário-mínimo nem exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria.

§ 4º - Na contagem do tempo para a aposentadoria do servidor aos trinta e cinco anos de serviço, e da servidora aos trinta, o período de exercício de atividades que assegurem direito a aposentadoria especial será acrescido de um sexto e de um quinto, respectivamente. [Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo na ADIn nº 178-7. D.J.U., 01/03/96] § 5º - As aposentadorias dos servidores públicos estaduais, inclusive membros do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado serão custeados com recursos provenientes do Tesouro do Estado e das contribuições dos servidores, na forma da lei complementar. - Vide lei 7.672/82 => institui contribuição previdenciária - Vide a LEC 10.588, de 28/11/95, alterada pela LEC nº 11.476/00 => contribuição previdenciária suplementar de 2%.

§ 6º - As aposentadorias dos servidores das autarquias estaduais e das fundações públicas serão custeadas com recursos provenientes da instituição correspondente e das contribuições de seus servidores, na forma da lei complementar. § 7º - Na hipótese do parágrafo anterior, caso a entidade não possua fonte própria de receita, ou esta seja insuficiente, os recursos necessários serão complementados pelo Tesouro do Estado, na forma da lei complementar.

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Seguridade Social – PGE 12

§ 8º - Os recursos provenientes das contribuições de que tratam os parágrafos anteriores serão destinados exclusivamente a integralizar os proventos de aposentadoria, tendo o acompanhamento e a fiscalização dos servidores na sua aplicação, na forma da lei complementar.

- CF, Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação da EC 41, 19.12.2003)

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação EC 41, 19.12.2003)

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação EC 41, 19.12.2003)

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; (Redação EC 20, de 15/12/98)

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação EC 20, de 15/12/98)

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação EC 20, de 15/12/98)

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação EC 20, de 15/12/98)

§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º,

III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação da EC 20, de 15/12/98)

- Estatuto Serv. Públ. Estadual (LC 10.098/94) CAPÍTULO VII - DA APOSENTADORIA Art. 158 - § 1º - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, se

incapacitantes para o exercício da função pública, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkison, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outros que a lei indicar, com base na medicina especializada.

§ 2º - Ao servidor aposentado em decorrência de qualquer das moléstias tipificadas no parágrafo anterior, fica vedado o exercício de outra atividade pública remunerada, sob pena de cassação de sua aposentadoria.

Art. 160 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato. § 1º - A aposentadoria por invalidez será precedida por licença para tratamento de saúde, num período não superior a 24

(vinte e quatro) meses. § 2º - Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o exercício do cargo, ou de se proceder à

sua readaptação, será o servidor aposentado. § 3º - O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato da aposentadoria será

considerado como de prorrogação da licença. Art. 162 - O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço, se acometido de qualquer das

moléstias especificadas no § 1º do artigo 158, passará a perceber provento integral. Art. 164 - O servidor em estágio probatório somente terá direito à aposentadoria quando invalidado por acidente em

serviço, agressão não-provocada no exercício de suas atribuições, acometido de moléstia profissional ou nos casos especificados no § 1º do artigo 158 desta lei.

- Constitucional? Veja art. 40, § 1º, I, CF, não havendo exigência de carência para aposentadoria por invalidez decorrente de qualquer causa.

Art. 39 - O professor ou professora que trabalhe no atendimento de excepcionais poderá, a pedido, após vinte e cinco anos ou vinte anos, respectivamente, de efetivo exercício em regência de classe, completar seu tempo de serviço em outras atividades pedagógicas no ensino público estadual, as quais serão consideradas como de efetiva regência.

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Seguridade Social – PGE 13

- Constitucional? E o art. 40, § 5º, CF: “Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.” (Redação da EC 20, de 15/12/98)

Parágrafo único - A gratificação concedida ao servidor público estadual designado exclusivamente para exercer

atividades no atendimento a deficientes, superdotados ou talentosos será incorporada ao vencimento após percebida por cinco anos consecutivos ou dez intercalados.

Art. 40 - Decorridos trinta dias da data em que tiver sido protocolado o requerimento da aposentadoria, o servidor público será considerado em licença especial, podendo afastar-se do serviço, salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do pedido. Parágrafo único - No período da licença de que trata este artigo, o servidor terá direito à totalidade da

remuneração, computando-se o tempo como de efetivo exercício para todos os efeitos legais. APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO. PROFESSOR ESTADUAL. PROMOÇÃO RETROATIVA. ADVENTO DE APOSENTADORIA. INTERPRETAÇÃO DO ART. 2º, II, DA EC Nº 41/03. CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. A promoção de professor estadual de classe para classe é caso de provimento derivado vertical de cargo e, por isso, por guardar estreita relação com o cargo anteriormente ocupado, não faz incidir a regra do art. 2º, II, da EC nº 41/03 (permanência mínima de 5 anos no cargo em que se pretende a aposentadoria). Assim, devem integrar os proventos de aposentadoria da apelada os valores decorrentes da promoção retroativa publicada quando já inativada a servidora, mesmo que o período entre a data da promoção e o ato de jubilação seja inferior a 5 anos. 2. O termo inicial da correção monetária é a data do vencimento de cada parcela, tendo em vista que se trata de atualização do capital. O índice de atualização que deve ser utilizado é o IGP-M, pois é o que melhor recompõe as perdas acarretadas pela inflação. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70028712909, Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 11/03/2009) APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL. PROFESSORA APOSENTADA. A promoção da professora a classe superior da respectiva carreira não implica provimento de novo cargo, não incidindo, portanto, a exigência do exercício efetivo pelo prazo de cinco anos no cargo para o qual o servidor tenha sido promovido, nos termos do art. 8º, II, da EC nº 20/98. Devem, portanto, integrar os proventos da autora os decorrentes de promoção retroativa, ainda que o direito à mesma tenha surgido menos de cinco anos antes da inativação, impondo-se, ainda, o pagamento de todas as parcelas retroativas. Precedentes desta Corte. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70021297684, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Luiz Pozza, Julgado em 06/12/2007) MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO. CEPERS/SINDICATO. MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. REQUISITOS PARA APOSENTADORIA. Controvérsia em torno da interpretação do art. 2º, inc. II, da EC 41/03, que estabeleceu a exigência de um prazo mínimo de cinco anos no mesmo cargo público para a concessão de aposentadoria voluntária. Orientação administrativa do Estado do Rio Grande do Sul, traçada em pareceres normativos da Procuradoria-Geral do Estado, no sentido de que cada promoção, nas carreiras do Magistério Público Estadual, corresponde ao provimento de um novo cargo, exigindo a permanência de pelo menos cinco anos nessa classe para efeito de aposentadoria voluntária. Necessidade de distinção entre os modos originário e derivado de provimento de cargos públicos. Como a ascensão funcional, dentro das carreiras do Magistério Público estadual, através de promoções por antiguidade ou merecimento, constitui modo derivado de provimento de cargos públicos, não incide a exigência do transcurso do prazo de cinco anos no cargo para o qual o servidor tenha sido promovido para a obtenção de aposentadoria voluntária. Precedente jurisprudencial específico do Órgão Especial deste Tribunal de Justiça. SEGURANÇA CONCEDIDA. (Mandado de Segurança Nº 70017983172, Segundo Grupo de Câmaras Cíveis, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, Julgado em 13/04/2007) Parte do voto do relator: “Com essas ponderações, entendo que o provimento por derivação, por guardar

íntima relação como cargo anterior (“solução de continuidade”), não se submete ao requisito do art. 2º, inc. II, da EC 41/03, pois essa determinação visa apenas obstar que servidores providos originariamente em novo cargo público não se aposentem antes dos “5 anos de efetivo exercício no cargo”.”

Algumas definições:

• Cargo: o lugar correspondente a um conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas ao membro do Magistério”;

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Seguridade Social – PGE 14

• Classe: o conjunto de cargos, genericamente semelhantes, distribuídos na Carreira, para provimento segundo critérios estabelecidos em lei, abrangendo níveis de habilitação relativos ao grau de formação do professor ou do especialista de educação.

• Segundo a doutrina, o provimento de cargo público pode-se dar de modo autônomo (ou originário) ou derivado, como no caso da promoção, que é classificado como de provimento derivado vertical. A diferença entre as formas de provimento está que o autônomo “não guarda qualquer relação com a anterior situação do provido”, diferente do provimento por derivação vertical, no qual o servidor é “guindado para cargo mais elevado” – dentro da própria carreira (CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, Curso de Direito Administrativo, 17ª ed. 2004).

Art. 41 - O Estado manterá órgão ou entidade de previdência e assistência à saúde para seus servidores e dependentes, mediante contribuição, na forma da lei previdenciária própria. - Art. 41 alterado pela EC nº 16, de 21/05/97. - Vide Lei 7.672/1982 – dispõe sobre o IPERGS: Art. 1º - O INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, criado pelo Decreto nº 4.842,

de 8 de agosto de 1931, é uma autarquia estadual de previdência e assistência, com personalidade jurídica de direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira.

Parágrafo único - A autonomia administrativa e financeira da Autarquia não exclui o exercício da supervisão de suas atividades pelos órgãos competentes do Poder Executivo.

§ 1º - A direção do órgão ou entidade a que se refere o “caput” será composta paritariamente por representantes dos segurados e do Estado, na forma da lei a que se refere este artigo. - Lei 7.672/1982 – dispõe sobre o IPERGS Art. 58 - A Diretoria do Instituto será constituída pelo Presidente e mais 4 (quatro) Diretores, nomeados pelo

Governador do Estado. (Redação dada pela Lei n° 10.034/93) (Vide art. 27 da Lei n° 12.395/05) § 1º - Dos Diretores a que se refere este artigo, 2 (dois) serão indicados através de lista tríplice: (Redação dada pela Lei

n° 10.034/93) (Vide art. 27 da Lei n° 12.395/05) a) um pelas entidades sindicais do mais elevado grau do funcionalismo estadual, legalmente existentes; (Redação dada

pela Lei n° 10.034/93) (Vide art. 27 da Lei n° 12.395/05) b) um pelo Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul – CPERS/Sindicato. (Redação dada pela Lei n°

10.034/93) (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa) (Vide art. 27 da Lei n° 12.395/05)

§ 3º - O benefício da pensão por morte corresponderá a totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei previdenciária própria, observadas as disposições do parágrafo 3º do artigo 38 desta Constituição e do inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal. [derrogado EC 41/03] - CF, art. 40, § 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (Redação da EC 41,

19.12.2003) I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do

regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela EC 41, 19.12.2003)

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela EC 41, 19.12.2003)

§ 4º - O valor da pensão por morte será rateado, na forma de lei previdenciária própria, entre os dependentes do servidor falecido, extinguindo-se a cota individual de pensão com a perda da qualidade de pensionista. - Lei 7.672/1982 – dispõe sobre o IPERGS CAPÍTULO II - DOS DEPENDENTES Art. 9º - Para os efeitos desta lei, são dependentes do segurado: I - a esposa; a ex-esposa divorciada; o marido inválido; os filhos de qualquer condição enquanto solteiros e menores de

dezoito anos, ou inválidos, se do sexo masculino, e enquanto solteiros e menores de vinte e um anos, ou inválidos, se do sexo feminino;

II - a companheira, mantida como se esposa fosse há mais de cinco anos, desde que se trate de solteira, viúva, desquitada, separada judicialmente ou divorciada, e solteiro, viúvo, desquitado, separado judicialmente ou divorciado seja o segurado;

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Seguridade Social – PGE 15

III - o tutelado e o menor posto sob guarda do segurado por determinação judicial, desde que não possuam bens para o seu sustento e educação;

IV - a mãe, desde que não tenha meios próprios de subsistência e dependa economicamente do segurado; § 1º - Não será considerado dependente o cônjuge desquitado, separado judicialmente ou o ex-cônjuge divorciado, que

não perceba pensão alimentícia, bem como o que se encontrar na situação prevista no art. 234 do Código Civil, desde que comprovada judicialmente.

§ 2º - Equipara-se ao filho, para os efeitos do item I deste artigo, o enteado. § 3º - O filho e o enteado, quando solteiros e estudantes de segundo grau e universitários, conservam ou recuperam a

qualidade de dependentes, até a idade de vinte e quatro anos, desde que comprovem, semestralmente, a condição de estudante e o aproveitamento letivo, sob pena de perda daquela qualidade.

§ 5º - Os dependentes enumerados no item I deste artigo, salvo o marido inválido, são preferenciais e a seu favor se presume a dependência econômica; os demais comprová-la-ão na forma desta Lei.

Lei 7.672/1982 – dispõe sobre o IPERGS Art. 12 - Na falta de dependentes enumerados no art. 9º, o segurado poderá designar como beneficiário pessoa que

comprovadamente viva sob sua dependência, exceto quando se tratar de Pecúlio Facultativo. § 1º - Só poderão ser designados na forma deste artigo pessoas do sexo masculino, se menores de dezoito ou maiores de

sessenta anos ou inválidos e pessoas do sexo feminino se menores de vinte e um ou maiores de cinqüenta e cinco anos ou inválidas.

§ 2º - A designação feita na forma deste artigo não gerará direito a pensão se a morte do segurado ocorrer antes de transcorridos seis meses, contados a partir da entrega do instrumento de designação no Instituto.

Art. 13 - Considera-se dependente econômico, para os efeitos desta Lei, a pessoa que perceba, mensalmente, renda

inferior a um Salário Mínimo Regional, a qualquer título.

- Pensão para viúvo: Assim proveu o Eg. Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento do RE 205896/RS, em 30.05.2001, pelo

Tribunal Pleno, relator o Senhor Ministro MARCO AURÉLIO: “Os dispositivos constantes dos artigos 195, caput e parágrafo 5º e 201, V, da Constituição Federal não permitem a interpretação extensiva do artigo 9º, I, da Lei 7.672/82, do Estado do Rio Grande do Sul. Na esteira da jurisprudência dessa Casa, a extensão automática da pensão ao viúvo, em decorrência do falecimento da esposa-segurada, exige lei específica. Recurso não conhecido”.

No mesmo rumo, precedente estabelecido no julgamento do RE 204.735/RS, relator o Senhor Ministro CARLOS

VELLOSO: “CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO: EXTENSÃO AO VIÚVO. PRINCÍPIO DA IGUALDADE. NECESSIDADE DE LEI ESPECÍFICA. C.F., art. 5º, I; art. 195 e seu § 5º; art. 201, V. I – A extensão automática da pensão ao viúvo, em obséquio ao princípio da igualdade, em decorrência do falecimento da esposa-segurada, assim considerado aquele como dependente desta, exige lei específica, tendo em vista as disposições constitucionais inscritas no art. 195, caput, e seu § 5º, e art. 201, V, da Constituição Federal. Recurso extraordinário não conhecido”.

APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDÊNCIA PÚBLICA. AÇÃO ORDINÁRIA COM CUMULAÇÃO DE PEDIDOS. INCLUSÃO DO MARIDO COMO PENSIONISTA E PAGAMENTO DE PENSÃO INTEGRAL. PENSÃO POR MORTE AUFERIDA APENAS PELO ÚNICO FILHO MENOR DA SEGURADA FALECIDA. DEMANDANTE VIÚVO QUE NÃO COMPROVOU A CONDIÇÃO LEGAL DE MARIDO INVÁLIDO AO TEMPO DO ÓBITO DA SERVIDORA PARA FINS DE INCLUSÃO COMO DEPENDENTE. NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS APONTADOS NO ART. 9º, INC. I, DA LEI ESTADUAL Nº 7.672/82. AUSÊNCIA DE PROVA CONVINCENTE E CONCLUSIVA DE INVALIDEZ E DE DEPENDÊNCIA ECONÔMICA EM RELAÇÃO À FALECIDA ESPOSA. INEXISTÊNCIA DE DIREITO AO RATEIO DA PENSÃO POR MORTE, A QUAL É DEVIDA EXCLUSIVAMENTE AO FILHO MENOR DA EXTINTA SEGURADA, ATÉ ELE COMPLETAR 21 ANOS DE IDADE. PENSÃO INTEGRAL. É PACÍFICA A ORIENTAÇÃO DO STF A RESPEITO DO TEMA, INTERPRETANDO A NORMA CONSTITUCIONAL APLICÁVEL À ESPÉCIE. CONDENAÇÃO DO IPERGS AO PENSIONAMENTO INTEGRAL, OBSERVADO AÍ O TOTAL DOS VENCIMENTOS QUE RECEBERIA A EXTINTA SERVIDORA, SE VIVA FOSSE. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL. CORREÇÃO DAS PARCELAS ATRASADAS A CONTAR DA DATA EM QUE DEVERIAM TER SIDO PAGAS. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO STJ. APELAÇÃO PROVIDA EM PARTE. (Apelação Cível Nº 70010659704, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Miguel Ângelo da Silva, Julgado em 31/05/2006) APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE DE EX-SEGURADA. IMPOSSIBILDIADE DE INCLUSÃO DO VIÚVO COMO BENEFICIÁRIO. AUSÊNCIA DE PROVA DA INVALIDADE E DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. Conforme leitura dos artigos 5º caput e 226, § 5º da Constituição Federal não

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Seguridade Social – PGE 16

haveria como negar a inclusão do marido como dependente da segurada para fins previdenciários. Por outro lado, conforme orientação do Superior Tribunal Federal, não é possível incluir o companheiro como dependente. Todavia, conforme disposto no artigo 9º da Lei Estadual nº 7672/82, é possível a habilitação em casos em que se comprove a invalidez do companheiro ou sua dependência econômica em relação à segurada. No caso concreto inexiste nos autos comprovação de que o companheiro seja inválido ou possua dependência econômica em relação à autora, dessa forma não é possível sua inclusão como dependente para fins previdenciários. O apelado não se enquadra na previsão do art. 13 da Lei Estadual nº. 7.672/82, que considera dependente quem percebe mensalmente até um salário mínimo, pois ele é pensionista do INSS, percebendo cerca de um salário mínimo. PREQUESTIONAMENTO. Desnecessária a análise de todos os dispositivos legais indicados para fins de prequestionamento, estando fundamentada a decisão, com apreciação das questões relevantes ao deslinde da controvérsia. Inexistência de lei específica autorizando a inclusão do viúvo como dependente. POR MAIORIA, VENCIDO O DES. CANÍBAL, APELO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70026169698, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Maraschin dos Santos, Julgado em 24/06/2009) - Pensão para filha solteira APELAÇÃO/AGRAVO RETIDO. IPERGS. AÇÃO OBJETIVANDO O RECEBIMENTO DE PENSÃO POR

MORTE E NA FORMA INTEGRAL. FILHA SOLTEIRA MAIOR DE 21 ANOS. LEI ESTADUAL N° 11.443/2000. A Lei Estadual n° 11.443/2000 revogou o art. 73 da Lei Estadual n° 7.672/82, norma que garantia o pensionamento às filhas solteiras e maiores de vinte e um anos, de servidores que tivessem ingressado no serviço público até 1º de janeiro de 1974. Como o óbito do ex-servidor ocorreu apenas recentemente, ou seja, quando já vigorava a Lei que revogou o artigo supra-referido, a autora não tem direito à pensão previdenciária, visto que este direito somente é adquirido quando do falecimento do ex-servidor. Apelação e agravo retido providos. Prejudicado o reexame necessário. (Apelação e Reexame Necessário Nº 70022673461, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Aurélio Heinz, Julgado em 09/04/2008)

• Histórico legislativo sobre pensão para filha solteira no RS:

– Lei Estadual nº 5.255/66, no art. 9º, I: apenas as filhas menores de 21 anos eram dependentes presumidas de seus pais, inexistindo, portanto, previsão legal de dependência presumida para as filhas maiores de 21 anos.

– Lei nº 5.549/67: as filhas maiores de 21 anos, enquanto solteiras, seriam dependentes para fins previdenciários, benefício este que foi mantido pela Lei nº 5.888/69.

– Lei nº 6.617/73: estabeleceu a dependência presumida às filhas solteiras de qualquer condição, quando menores de 21 anos ou inválidas, havendo a ressalva no parágrafo 5º da referida lei, presumindo a dependência à filha maior de 21 anos quando o segurado estivesse vinculado anteriormente à vigência da Lei, datada de 01/01/74.

– A Lei nº 7.672/82, art. 73, estabelece que “As filhas solteiras maiores de vinte e um anos, de segurados do Instituto admitidos no serviço público estadual em data anterior a 1º de janeiro de 1974, conservam a qualidade de dependentes, para os efeitos desta Lei.” Há dependência presumida da filha maior.

– Por fim, houve a edição da Lei nº 11.443/00, revogando o art. 73 da Lei nº 7.672/82, não tendo os filhos dos servidores maiores de 21 anos direito à pensão por morte se o falecimento do servidor se der após a data de revogação do referido artigo.

§ 5º - O órgão ou entidade a que se refere o caput não poderá retardar o início do pagamento de benefícios por mais de quarenta dias após o protocolo de requerimento, comprovada a evidência do fato gerador. § 6º - O benefício da pensão por morte de segurado do Estado não será retirado de seu cônjuge ou companheiro em função de nova união ou casamento destes, vedada a acumulação de percepção do benefício, mas facultada a opção pela pensão mais conveniente, no caso de ter direito a mais de uma.

Art. 42 - Ao servidor público, quando adotante, ficam estendidos os direitos que assistem ao pai e à mãe naturais, na forma a ser regulada por lei. Art. 43 - É assegurado aos servidores da administração direta e indireta o atendimento gratuito de seus filhos e dependentes de zero a seis anos em creches e pré-escolas, na forma da lei. - CF, Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: ... IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 53, de 2006)

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Seguridade Social – PGE 17

Art. 44 - Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresas fornecedoras ou prestadoras de serviços ou que realizem qualquer modalidade de contrato com o Estado, sob pena de demissão do serviço público. Art. 45 - O servidor público processado, civil ou criminalmente, em razão de ato praticado no exercício regular de suas funções terá direito a assistência judiciária pelo Estado.

• Seção III - Dos Servidores Públicos Militares Art. 46 - Os integrantes da Brigada Militar, inclusive o Corpo de Bombeiros, são servidores públicos militares do Estado, regidos por estatuto próprio, estabelecido em lei complementar, observado o seguinte: - Vide a LEC nº 10.990, de 18/08/97 – Estatuto da Brigada Militar. I - remuneração especial do trabalho que exceder à jornada de quarenta horas semanais, bem como do trabalho noturno, e outras vantagens que a lei determinar; - Vide a LEC nº 9.643, de 27/03/92. II - acesso a cursos ou concursos que signifiquem ascensão funcional, independentemente de idade e de estado civil; III - regime de dedicação exclusiva, nos termos da lei, ressalvado o disposto na Constituição Federal; IV - estabilidade às praças com cinco anos de efetivo serviço prestado à Corporação.

§ 1º - A transferência voluntária para a inatividade remunerada será concedida aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos definidos em lei. § 2º - Lei Complementar disporá sobre a promoção extraordinária do servidor militar que morrer ou ficar permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em serviço, bem como, na mesma situação, praticar ato de bravura. - Redação da Emenda Constitucional nº 17, de 16/07/97. - Vide a LEC nº 11.000, de 18/08/97. § 3º - Os servidores militares integrantes do Corpo de Bombeiros perceberão adicional de insalubridade. § 4º - É assegurado o direito de livre associação profissional. § 5º - Fica assegurada a isonomia de remuneração entre os integrantes da Brigada Militar e da Polícia Civil. Art. 263 - Os limites de idade que determinam a perda dos benefícios da previdência estadual não se aplicam no caso de deficientes físicos, sensoriais, mentais e múltiplos.

ESTATUTO SERV. PÚBL. ESTADUAL (LC 10.098/94) – ALGUNS DISPOSITIVOS • CAPÍTULO XIII - DA REVERSÃO • Art. 44 - Reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando verificada, por junta médica

oficial, a insubsistência dos motivos determinantes da aposentadoria. § 1º - O servidor que reverter terá assegurada a retribuição correspondente à situação funcional que detinha

anteriormente à aposentadoria. § 2º - Ao servidor que reverter, aplicam-se as disposições dos artigos 18 e 22, relativas à posse e ao exercício,

respectivamente. • Art. 45 - A reversão far-se-á, a pedido ou "ex-officio", no mesmo cargo ou no resultante de sua transformação. • Art. 46 - O servidor com mais de 60 (sessenta) anos não poderá ter processada a sua reversão. • Art. 47 - O servidor que reverter não poderá ser aposentado antes de decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício,

salvo se sobrevier outra moléstia que o incapacite definitivamente ou for invalidado em conseqüência de acidente ou de agressão não-provocada no exercício de suas atribuições.

Parágrafo único - Para efeito deste artigo, não será computado o tempo em que o servidor, após a reversão, tenha se licenciado em razão da mesma moléstia.

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Seguridade Social – PGE 18

• Art. 48 - O tempo em que o servidor esteve aposentado será computado, na hipótese de reversão, exclusivamente para fins de nova aposentadoria.

• CAPÍTULO XVI - DA VACÂNCIA • Art. 55 - A vacância do cargo decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; III - readaptação; IV - aposentadoria; V - recondução; VI - falecimento • TÍTULO III - DOS DIREITOS E VANTAGENS • CAPÍTULO I - DO TEMPO DE SERVIÇO • Art. 62 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, os quais serão convertidos em anos, considerados estes

como período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. • Art. 63 - Os dias de efetivo exercício serão computados à vista dos comprovantes de pagamento, ou dos registros

funcionais.

• Art. 64 - São considerados de efetivo exercício os afastamentos do serviço em virtude de: I - férias; II - casamento, até 8 (oito) dias consecutivos; III - falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, sogros, irmãos, companheiro ou companheira, madrasta ou

padrasto, enteado e menor sob guarda ou tutela, até 8 (oito) dias; IV - doação de sangue, 1 (um) dia por mês, mediante comprovação; V - exercício pelo servidor efetivo, de outro cargo, de provimento em comissão, exceto para efeito de promoção por

merecimento; VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; VII - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, exceto para promoção por merecimento; VIII - missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou no exterior, quando o afastamento houver sido

expressamente autorizado pelo Governador do Estado e sem prejuízo da retribuição pecuniária; IX - deslocamento para nova sede na forma do artigo 58; X - realização de provas, na forma do artigo 123; XI - assistência a filho excepcional, na forma do artigo 127; XII - prestação de prova em concurso público; XIII - participação em programas de treinamento regularmente instituído, correlacionado às atribuições do cargo; XIV - licença: a) à gestante, à adotante e à paternidade; b) para tratamento da própria saúde ou de pessoa da família, com remuneração; c) prêmio por assiduidade; d) por motivo de acidente em serviço, agressão não-provocada ou doença profissional; e) para concorrer a mandato eletivo federal, estadual ou municipal; f) para desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento; g) para participar de cursos, congressos e similares, sem prejuízo da retribuição; XV - moléstia, devidamente comprovada por atestado médico, até 3 (três) dias por mês, mediante pronta comunicação à

chefia imediata; XVI - participação de assembléias e atividades sindicais. Parágrafo único - Constitui tempo de serviço, para todos os efeitos legais, o anteriormente prestado ao Estado pelo

servidor que tenha ingressado sob a forma de contratação, admissão, nomeação, ou qualquer outra, desde que comprovado o vínculo regular.

• Art. 65 - Computar-se-á integralmente, para efeito de aposentadoria e disponibilidade o tempo: I - de serviço prestado pelo servidor em função ou cargo público federal, estadual ou municipal; II - de serviço ativo nas forças armadas e auxiliares prestado durante a paz, computando-se em dobro o tempo em

operação de guerra, na forma da lei; III - correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, anterior ao ingresso no serviço

público estadual;

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Seguridade Social – PGE 19

IV - de serviço prestado em atividade privada, vinculada à previdência social, observada a compensação financeira entre os diversos sistemas previdenciários segundo os critérios estabelecidos em lei;

V - em que o servidor: a) esteve em disponibilidade; b) já esteve aposentado, quando se tratar de reversão. • Art. 66 - É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou

função em órgão ou entidade dos Poderes da União, estados, municípios, autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas.

• Subseção VI - Da Gratificação de Permanência em Serviço • Art.114 - Ao servidor que adquirir direito à aposentadoria voluntária com proventos integrais e cuja permanência no

desempenho de suas funções for julgada conveniente e oportuna para o serviço público poderá ser deferida, por ato do Governador, uma gratificação especial de 35% (trinta e cinco por cento) do vencimento básico. (Redação dada pela Lei Complementar n° 11.942/03)

• Parágrafo único - A gratificação de que trata este artigo, que tem natureza precária e transitória, será deferida por período máximo de dois anos, sendo admitidas renovações por igual período, mediante iniciativa da chefia imediata do servidor e juízo de conveniência e oportunidade do Governador. (Redação dada pela Lei Complementar nº 11.942/03)

SERVIDOR PÚBLICO. DAER. GRATIFICAÇÃO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO. REVOGAÇÃO. MOTIVAÇÃO. DISPENSA. Os atos administrativos de concessão e de revogação da gratificação de permanência em serviço possuem caráter discricionário, nos termos do art. 114 da LC-RS nº 10.098/94. O administrador somente terá que motivar o ato que revoga ou suspende o benefício, caso sua concessão tenha sido bem fundamentada, o que não aconteceu na espécie. Teoria dos motivos determinantes. Precedentes catalogados. APELAÇÃO IMPROVIDA POR MAIORIA. (APELAÇÃO CÍVEL Nº 70017563537, TERCEIRA CÂMARA CÍVEL, RELATOR: NELSON ANTÔNIO MONTEIRO PACHECO, JULGADO EM 01/11/2007) • CAPÍTULO VI - DAS LICENÇAS • Seção I - Disposições Gerais • Art. 128 - Será concedida, ao servidor, licença:

I - para tratamento de saúde; II - por acidente em serviço; III - por motivo de doença em pessoa da família; IV - à gestante, à adotante e à paternidade; V - para prestação de serviço militar; VI - para tratar de interesses particulares; VII - para acompanhar o cônjuge; VIII - para o desempenho de mandato classista; IX - prêmio por assiduidade; X - para concorrer a mandato público eletivo; XI - para o exercício de mandato eletivo; XII - especial, para fins de aposentadoria. § 1º - O servidor não poderá permanecer em licença por prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos

incisos VII, VIII e XI deste artigo. • Seção XII - Da Licença Especial para Fins de Aposentadoria • Art. 157 - Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado o requerimento da aposentadoria, o servidor

será considerado em licença especial remunerada, podendo afastar-se do exercício de suas atividades, salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do pedido. § 1º - O pedido de aposentadoria de que trata este artigo somente será considerado após terem sido averbados todos os

tempos computáveis para esse fim. § 2º - O período de duração desta licença será considerado como tempo de efetivo exercício para todos os efeitos legais.

• TÍTULO VI - DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA AO SERVIDOR • Art. 255 - O Estado manterá órgão ou entidade de previdência e assistência médica, odontológica e hospitalar para seus

servidores e dependentes, mediante contribuição, nos termos da lei. • Art. 256 - Caberá, especialmente ao Estado, a concessão dos seguintes benefícios, na forma prevista nesta lei: I - abono familiar; II - licença para tratamento de saúde;

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III - licença-gestante, à adotante e licença-paternidade; IV - licença por acidente em serviço; V - aposentadoria; VI - auxílio-funeral; (a. 257) VII - complementação de pensão. (a. 259) § 1° - Além das concessões de que trata este artigo, será devido o auxílio-transporte, correspondente à necessidade de

deslocamento do servidor em atividade para seu local de trabalho e vice-versa, nos termos da lei. § 2º - O Estado concederá o auxílio-refeição, na forma da lei. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia

Legislativa) § 3º - A lei regulará o atendimento gratuito de filhos e dependentes de servidores, de zero a seis anos, em creches e pré-

escola.

• Art. 257 - O auxílio-funeral é a importância devida à família do servidor falecido, ativo ou inativo, em valor equivalente:

I - a um mês de remuneração ou provento que perceberia na data do óbito, considerados eventuais acúmulos legais; II - ao montante das despesas realizadas, respeitando o limite fixado no inciso anterior, quando promovido por terceiros. Parágrafo único - O processo de concessão de auxílio-funeral obedecerá a rito sumário e concluir-se-á no prazo de 48

(quarenta e oito) horas da prova do óbito, subordinando-se o pagamento à apresentação dos comprovantes da despesa.

• Art. 258 - Em caso de falecimento de servidor ocorrido quando no desempenho de suas funções, fora do local de trabalho, inclusive em outro Estado ou no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos do Estado, autarquia ou fundação de direito público.

• Art. 259 - Ao cônjuge ou dependente do servidor falecido em conseqüência de acidente em serviço ou agressão não-

provocada, no exercício de suas atribuições, será concedida complementação da pensão que, somada à que perceber do órgão de Previdência do Estado, perfaça a totalidade da remuneração percebida pelo servidor, quando em atividade.

• Art. 260 - Caberá ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul a concessão de benefícios e serviços, na

forma prevista em lei específica. Parágrafo único - Todo servidor abrangido por esta lei deverá, obrigatoriamente, ser contribuinte do órgão

previdenciário de que trata este artigo. APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. PREVIDÊNCIA PÚBLICA. IPERGS. EXTINTO SERVIDOR DO DAER. MORTE EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTE DE TRABALHO. COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO POR MORTE COM BASE NO ART. 259, DA LEI Nº 10.098/94. SOMA DOS BENEFÍCIOS EQUIVALENTE À TOTALIDADE DOS VENCIMENTOS DO SERVIDOR. INAPLICABILIDADE DO § 7º, DO ART. 40, DA CF/88. APELO PROVIDO. (Apelação e Reexame Necessário Nº 70000834341, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Teresinha de Oliveira Silva, Julgado em 13/12/2000) APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. EX-SERVIDOR DA RFFSA. EMBARGOS DE DEVEDOR. COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO. A autarquia estadual responde somente pela complementação do benefício pago pelo INSS aos pensionistas de funcionários da VIFER cedidos à RFFSA, em razão de acordo firmado entre o Estado e a União. Tal responsabilidade foi repassada à autarquia-ré, a quem incumbe o pagamento de benefícios previdenciários. APELO PROVIDO. VOTO VENCIDO. (Apelação Cível Nº 70033001157, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 11/11/2009) DIREITO CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. PENSÃO. INTEGRALIDADE. FILHA SOLTEIRA DE EX-SERVIDOR DA VIFER CEDIDO À RFFSA. RESPONSABILIDADE DO IPERGS, TÃO-SÓ, PELA COMPLEMENTAÇÃO DO BENEFÍCIO, CONSOANTE LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS EX-FERROVIÁRIOS. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. UNÂNIME. (TJRS, Agravo de Instrumento nº 70023701139, Terceira Câmara Especial Cível, Rel. Des. Mário Crespo Brum, em 21/10/2008). APELAÇÃO. PREVIDÊNCIA PÚBLICA. INTEGRALIDADE DE PENSÃO. EX-SERVIDOR DO IRGA. RESPONSABILIDADE DO IPERGS PELA COMPLEMENTAÇÃO DA PENSÃO PAGA PELO INSS. Os pensionistas de ex-servidor do IRGA fazem jus à complementação da pensão paga pelo INSS. Responsabilidade do IPERGS. Negado seguimento à apelação. (Apelação Cível Nº 70028402311, Terceira Câmara Especial Civel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Eduardo Delgado, Julgado em 06/08/2009)

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Seguridade Social – PGE 21

Comentário:o Estatuto do IRGA – Instituto Rio-Grandense do Arroz – Lei nº 533/48, previu a inscrição compulsória dos seus servidores em Instituto de Previdência Social. Aplica-se ao caso, o disposto no art 4º, ‘b’, da Lei nº 7.672/82, que dispõe acerca da condição de segurado obrigatório da autarquia estadual, assim estabelecendo: “ Art. 4º - São segurados obrigatórios do Instituto, independentemente do regime jurídico de trabalho: (...) b) os servidores do Estado que, havendo sido contribuintes obrigatórios do sistema federal de previdência, hajam sido por este inativados, e percebam complementação ou diferença de proventos dos cofres do Estado ou de Autarquia Estadual; RPPS E SUCESSIVAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS

• EC 20/98. Equilíbrio financeiro – Imposição de contributividade para todos os entes – Proibição de tempo de contribuição fictício – Limite de idade para aposentadoria por tempo de contribuição. – Lei 9.717/98 - Normas Gerais para os RPPS

- Impossibilidade de conceder benefícios distintos dos previstos no RGPS - Vedação de concessão de aposentadoria especial até a definição por lei complementar. - Vedação de assistência financeira, médica e auxílio-funeral - Estabelecimento de número mínimo de participantes e de receita mínima

• EC 41/2003 – Fim da integralidade e da paridade – Extinção da aposentadoria proporcional – Contribuição dos inativos

• EC 47/05 – Regra de transição – Tratamento diferenciado para apos. de portadores de deficiência e atividades

Principais modificações operadas nos RPPS

EC 20/98 EC 41/2003 EC 47/2005 Deverá observar, no que couber, requisitos e critérios fixados para o RGPS (art. 40, § 12, CF)

Substituição da Aposentadoria por Tempo de Serviço pela Aposentadoria por Tempo de Contribuição com idade mínima (55 anos, para mulheres, 60, para os homens), e tempo mínimo no serviço público (10 anos) e na função (5 anos)

Extinção/modificação das regras de transição da EC 20/98 (para os já filiados, que viessem a adquirir direito a benefício depois) (arts. 2º e 6º, da EC 41/03)

Modificação das regras de transição da EC 41/2003

Fim da Aposentadoria Proporcional por Tempo de Serviço e da diferenciada de Professor Universitário.

Cálculo de proventos – remunerações utilizadas como base para contribuições do servidor (Lei n. 10.887/04 ) (§ 3°)

Vedação de contagem de tempo de serviço fictício (§§ 9º e 10) Vedação de critérios diferenciados para concessão de aposentadorias, salvo atividades exercidas exclusivamente em condições especiais nocivas, disciplinadas por Lei Complementar (§ 4º)

Tratamento diferenciado para apos. de portadores de deficiência e atividades de risco (§ 4º)

Criação de teto para proventos de inatividade do RGPS = 10 s.m. (art. 5º)

Fim da paridade salarial (identidade entre rendimentos de ativos e inativos) – mesmo reajuste do RGPS (§ 8º)

Contribuição sobre proventos de aposentadoria e pensão (acima do teto do RGPS – ADIn 3.105-8/DF (§ 18)

Contribuição sobre parcela acima do dobro do teto, para incapazes.(§ 21)

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Seguridade Social – PGE 22

Isenção da contribuição previdenciária para permanência em atividade após completar requisitos para aposentadoria (válida ate completar 60 anos (H) ou 55 (M).

Abono de permanência para quem permanecer em atividade até 70 anos, após direito à aposentação (§ 19)

Vedação textual de cumulação de aposentadorias pelos RPPS, salvo em se tratando de cargos cumuláveis.(§ 6º)

Pensão por morte – valor dos vencimentos/proventos do servidor falecido, até o teto, acrescido de 70% sobre a parcela excedente (§ 7º)

Benefícios de salário-família e do auxílio-reclusão apenas para os segurados de baixa renda (art. 13, EC 20/98)

Limitação ao teto do RGPS, condicionado a criação do RPCP (§ 14)

Valor dos proventos e pensões não superior a última remuneração na ativa.(§ 2°)

RPPS com caráter contributivo e equilíbrio financeiro e atuarial (art. 40, caput)

Previdência Complementar Privada (a. 202) Regime próprio exclusivo para ocupantes de cargo efetivo (servidores não efetivos com vinculação obrigatória ao RGPS)(§13)

• REGRAS DE TRANSIÇÃO – EC 41/03 - Art. 2º- Aposentadoria com a média das remunerações do RPPS e RGPS, para quem ingressou até a EC 20/98, se tiver: -- 5 anos no cargo da aposentadoria; -- H: 53 anos de idade e 35 anos de contribuição + pedágio;* - M: 48 anos de idade e 30 anos de contribuição + pedágio.* * pedágio: 20% do tempo que faltava para os 35 ou 30, na data da EC 20/98. -- Magistrado, MP e TC: aplica-se estas regras com acréscimo de 17% no tempo de serviço até a EC 20/98, se homem. -- Professor: aplica-se estas regras com acréscimo de 17% no tempo de serviço até a EC 20/98, se homem, e 20%, se

mulher, desde que se aposentem, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício de magistério. -- proventos de inatividade reduzidos para cada ano antecipado em relação a 60 anos (55 para professor) e 55 anos (50

para professora) em 3,5% por ano, para inativação até 31/12/05 e 5% por ano, após esta data; -- Se optar por permanecer em atividade fará jus a abono de permanência igual a contrib. previdenciária até completar

70 anos. -- Sem previsão de paridade. - Art. 6°– Aposentadoria com proventos integrais (totalidade da remuneração no cargo efetivo em que se der a aposentadoria), para

quem ingressou até a data desta emenda, e tiver: -- 20 anos serviço público -- 10 anos carreira -- 5 anos no cargo -- H: 35 anos de contribuição e 60 anos de idade; -- M: 30 anos contribuição e 55 anos de idade; -- garantida a revisão na mesma proporção e data dos ativos. • REGRAS DE TRANSIÇÃO – EC 47/05 - Art. 3º - Aposentadoria com proventos integrais para quem ingressou até a EC 20/98, se tiver: -- 25 anos serviço público -- 15 anos carreira -- 5 anos no cargo -- H: 35 anos de contrib. e 60 de idade; -- M: 30 anos de contrib. e 55 de idade. -- redução da idade, na proporção de um ano de idade para cada ano de contribuição que exceder os 35 (H) ou 30 (M) de

contribuição. -- garantida a paridade com os ativos.

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Seguridade Social – PGE 23

- Desta forma, somente quem se aposentar de acordo com a regra geral (art. 40, CF) e de acordo com o art. 2º, da EC 41/03, não terá direito à paridade.

JURISPRUDÊNCIA

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. GUARDA. ESTUDANTE. CONDIÇÃO DE DEPENDENTE ATÉ OS VINTE E QUATRO ANOS. LEI Nº 7.672/82, ART. 9º, III, C/C PARÁGRAFO 3º. 1. Aplica-se ao menor posto sob guarda o parágrafo 3º do artigo 9º da Lei 7.672/82 que assegura a qualidade de dependente ao filho solteiro estudante até 24 anos. 2. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, os juros de mora, nas ações previdenciárias ajuizadas após a edição da Medida Provisória 2.180-35, de 24 de agosto de 2001, são de 6% ao ano. Recurso provido em parte. Relatora vencida. (Agravo Nº 70025393265, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Maria Isabel de Azevedo Souza, Julgado em 19/08/2008)

Lei 7.672/82 (Lei do IPE), art. 9º, § 3º - O filho e o enteado, quando solteiros e estudantes de segundo grau e universitários, conservam ou recuperam a qualidade de dependentes, até a idade de vinte e quatro anos, desde que comprovem, semestralmente, a condição de estudante e o aproveitamento letivo, sob pena de perda daquela qualidade.

APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDÊNCIA PÚBLICA. PENSÃO. ESTUDANTE. MANUTENÇÃO DO BENEFÍCIO ATÉ OS 24 ANOS DE IDADE. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. De acordo com o inciso V do artigo 228 da Lei Complementar Municipal nº 003/92, a maioridade acarreta a perda da qualidade de beneficiário da pensão por morte. Não havendo previsão legal, mostra-se incabível a extensão do benefício até os 24 anos de idade por estar o beneficiário estudando. APELAÇÃO IMPROVIDA, por maioria. (Apelação Cível Nº 70020300257, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Silveira Difini, Julgado em 31/10/2007)

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL INATIVO. DESCONTO DE 5,4%. Instituído pela Lei-RS n. 7.672/82, tornou-se vedado com o advento da EC n. 20/98 (art. 40, § 12, c/c art. 195, inc. II, da CF/88). TERMO INICIAL DA RESTITUIÇÃO. O termo inicial da restituição é a data da entrada da aposentadoria (set/2003), já que a EC n. 20/98 passou a vigorar anteriormente. Apelação parcialmente provida. (Apelação Cível Nº 70024921009, Terceira Câmara Especial Civel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mário Crespo Brum, Julgado em 27/03/2009)

SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MAGISTÉRIO. TUTELA ANTECIPADA. IMPLANTAÇÃO DE DIFERENÇAS DECORRENTES DE REVISÃO DO ATO DE APOSENTADORIA. IMPOSSIBILIDADE. A implantação de aumento de proventos decorrente de aposentadoria, mesmo caracterizando-se como verba de natureza alimentar, mediante tutela antecipada, encontra vedação legal expressa (art. 1º da Lei nº 9.494/97). Por outro lado, o ato de aposentadoria goza de presunção de legitimidade, segundo a qual os atos praticados pela Administração são tidos por válidos e operantes até pronunciamento que implique sua reforma ou desconstituição. Alegações da agravante que dependem de prova para afastar as conclusões administrativas à concessão da aposentadoria proporcional ao tempo de serviço por incapacidade. Requisito da verossimilhança não demonstrado. Indeferimento do pedido de tutela antecipada mantido. NEGADO SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO, POR MANIFESTA IMPROCEDÊNCIA, EM DECISÃO MONOCRÁTICA. DECISÃO QUE SE MANTÉM. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. (Agravo Nº 70027877521, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Nelson Antônio Monteiro Pacheco, Julgado em 19/03/2009)

APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL MILITAR INATIVO. PRETENSÃO AO RECONHECIMENTO DO DIREITO À PROMOÇÃO AO GRAU HIERÁRQUICO IMEDIATAMENTE SUPERIOR. REVISÃO DOS PROVENTOS. LEI COMPLEMENTAR Nº 10.990/97. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. OCORRÊNCIA. MUDANÇA DE POSICIONAMENTO. PACIFICAÇÃO DO TEMA NO STJ. A Terceira Seção do STJ, nos termos do art. 2º, § 1º, da Resolução nº 08/2008-STJ, firmou entendimento no sentido de reconhecer a aplicabilidade da prescrição do próprio fundo de direito nos casos em que se pretende a revisão dos proventos de aposentadoria em razão de promoção ao grau hierárquico superior, com base na Lei Estadual nº 10.990/97. Mudança de posicionamento. Art. 543-C do CPC. Prescrição do fundo de direito reconhecida no caso concreto. PRELIMINAR ACOLHIDA, JULGANDO EXTINTA A AÇÃO, COM JULGAMENTO DE MÉRITO. PREJUDICADO O EXAME DA APELAÇÃO.

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Seguridade Social – PGE 24

(Apelação Cível Nº 70028602761, Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 18/03/2009)

RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ADMINISTRATIVO. LEI COMPLEMENTAR Nº 10.990/97, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. PRETENSÃO À REVISÃO DE ATO DE REFORMA DE POLICIAL MILITAR INATIVO, COM REFLEXOS PATRIMONIAIS NOS SEUS PROVENTOS. MODIFICAÇÃO DE SITUAÇÃO JURÍDICA FUNDAMENTAL. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DO DIREITO. OCORRÊNCIA. 1. Na hipótese em que se pretende a revisão de ato de reforma de policial militar do Estado do Rio Grande do Sul, com base na Lei Complementar Estadual nº 10.990/97, com sua promoção a um posto superior na carreira militar e, como mera conseqüência do deferimento do pedido de promoção, a revisão de seus proventos da inatividade, a prescrição aplicável é de fundo do direito, nos termos do artigo 1º do Decreto nº 20.910/32. 2. Recurso especial provido. (REsp 1073976/RS, Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Terceira Seção, julgado em 26/11/2008, DJe 06/04/2009)

Do voto da Relatora do REsp 1073976/RS : Cinge-se a controvérsia à prescrição da pretensão de policial militar inativo do Estado do Rio Grande do Sul ao reconhecimento dos benefícios concedidos pela Lei Complementar estadual n.º 10.990/97: se de fundo de direito ou se de trato sucessivo (Súmula 85/STJ). (...) A Lei Complementar Estadual n.º 10.990/97 (Estatuto dos Servidores Militares da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul) reestruturou a carreira dos policiais militares daquele Estado e determinou a promoção dos ocupantes das graduações extintas de Cabo PM, Terceiro-Sargento, Subtenente PM e Segundo-Tenente ao grau hierárquico superior. Nesse sentido, estabeleceu, em seu artigo 160, que: “Art. 160. Os servidores militares inativados na forma prevista pelo artigo 167, § 1º, incisos I, II e III da Lei n.º 7.138, de 30 de janeiro de 1978, são considerados promovidos ao grau hierárquico imediato, mantendo-se inalterado o cálculo dos respectivos proventos.” Na hipótese dos autos, o autor, com fundamento no princípio constitucional da isonomia, ajuizou ação de revisão do ato de sua reforma, pleiteando sua promoção a grau superior, nos termos do artigo 160 da Lei Complementar n.º 10.990/97, bem como a revisão de seus proventos de inatividade, em igualdade com a remuneração dos servidores em atividade. Consoante relatado, aduz o Estado recorrente que a prescrição da pretensão de policial militar inativo ao reconhecimento dos benefícios concedidos pela Lei Complementar Estadual n.º 10.990/97 é de fundo de direito, “pois não se está a discutir vantagens pecuniárias ou parcelas que deveriam ser pagas ao autor, e que consistiria em obrigação de trato sucessivo, mas, isto, sim, está-se buscando a alteração da graduação em que foi o demandante transferido para a inatividade, com base em lei cuja vigência data há mais de cinco anos da propositura da ação” (fl. 106).

No que se refere à distinção entre a prescrição de fundo de direito e a de trato sucessivo, segue a lição do ilustre Ministro Moreira Alves: “Fundo do direito é expressão utilizada para significar o direito de ser funcionário (situação jurídica fundamental) ou os direitos a modificações que se admitem com relação a essa situação jurídica fundamental, como reclassificações, reenquadramentos, direito a adicionais por tempo de serviço, direito à gratificação por prestação de serviços de natureza especial, etc.). A pretensão ao fundo do direito prescreve, em direito administrativo, em cinco anos, a partir da data da violação dele, pelo seu não reconhecimento inequívoco. Já o direito a perceber as vantagens pecuniárias decorrentes dessa situação jurídica fundamental ou de suas modificações ulteriores é mera conseqüência daquele, e sua pretensão, que diz respeito a quantum, renasce cada vez em que este é devido (dia a dia, mês a mês, ano a ano, conforme a periodicidade em que é devido seu pagamento), e, por isso, se restringe às prestações vencidas há mais de cinco anos, nos termos exatos do artigo 3º do Decreto n.º 20.910/32.” (Recurso Extraordinário 110.419/SP, Rel. Min. Octavio Gallotti, Tribunal Pleno, DJ 22/9/89).

Cuida a hipótese do reconhecimento do direito do autor à modificação de situação jurídica fundamental, referente à alteração da graduação em que foi transferido para a inatividade, com reflexos sobre os proventos de sua aposentadoria. Na espécie, portanto, em que se pretende a promoção de policial militar a um posto superior na carreira militar e, como mera conseqüência do deferimento à promoção, a revisão de seus proventos, a prescrição aplicável é de fundo de direito, nos termos do artigo 1º do Decreto n.º 20.910/32, in verbis: “Art. 1º - As dívidas passivas da União, dos estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.”

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Seguridade Social – PGE 25

Como bem assentou o Ministério Público Federal, “se da nova graduação decorrem diferenças remuneratórias, é a primeira que em realidade se persegue, sendo as segundas mera conseqüência. Em última análise: não há direito às segundas, se não ocorrer, antes, o reenquadramento de posto” (fl. 153). (...) Desse modo, como a presente ação foi ajuizada em 12/3/2007, deve ser reconhecida a prescrição do fundo do direito, pois transcorridos mais de cinco anos entre a edição da Lei Complementar Estadual n.º 10.990, de 18 de agosto de 1997, e a propositura desta ação.

APELAÇÃO CIVEL ¿ SERVIDOR PUBLICO ¿ MUNICIPIO DE JAGUARÃO ¿ APOSENTADORIA PELO REGIME JURIDICO ÚNICO DOS SERVIDORES DO MUNICIPIO ¿ IMPOSSIBILIDADE, TENDO EM VISTA QUE A APELANTE JÁ POSSUIA A IDADE LIMITE PARA OBTENSÃO DA APOSENTADORIA COMPULSORIA ANTERIOR AO ADVENTO DA LEI COMPLEMENTAR QUE INSTITUIU O REGIME JURIDICO ¿ APOSENTADORIA ATRAVÉS DO RGPS. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70028227700, Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Carlos Branco Cardoso, Julgado em 18/03/2009)

APELAÇÃO CÍVEL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. BRIGADA MILITAR. REFORMA. ACIDENTE EM SERVIÇO. INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA O SERVIÇO DA BRIGADA MILITAR. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 118, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI N.º 10.990/97. Não prospera o pedido do apelante, fulcrado no art. 118, parágrafo único, da Lei n.º 10.990/97, de retificação do ato de sua aposentadoria, para ser reformado com remuneração correspondente ao grau hierárquico imediatamente superior ao que possuía na ativa, pois a sua incapacidade restringe-se ao serviço da Brigada Militar. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70028100253, Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 18/03/2009)

LC 10.990/97 (Estatuto da Brigada Militar), art. 118, Parágrafo único – “Nos casos previstos nos itens II, III e IV do artigo 116, verificada a incapacidade definitiva, o servidor militar considerado inválido, com impossibilidade total e permanente para qualquer trabalho, será reformado com remuneração correspondente ao grau hierárquico imediatamente superior ao que possuir na ativa.”

APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. REVISÃO DE CÁLCULOS DE APOSENTADORIA. PRETENSÃO DE INCLUIR HORAS-EXTRAS E HORAS-MÁQUINA NO CÁLCULO DE PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO DAS ALUDIDAS GRATIFICAÇÕES PARA ESTE EFEITO. VANTAGENS QUE NÃO SÃO PERMANENTES. 1) As horas-extras e as horas-máquina não se incorporam para efeito de cálculo de proventos, tendo em vista serem vantagens de natureza temporária. 2) O STF posicionou-se no sentido de que a contribuição previdenciária não pode incidir sobre as horas-extras. Por via transversa, não se pode admitir a incorporação das horas-extras e das horas-máquina aos proventos, tendo em vista que estes são calculados sobre a base de cálculo da contribuição previdenciária (art. 40, § 3º, da CF e artigo 1º da Lei Federal n.º 10.887/2004). APELAÇÃO PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70024868945, Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 18/03/2009)

Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Prequestionamento. Ocorrência. 3. Servidores públicos federais. Incidência de contribuição previdenciária. Férias e horas extras. Verbas indenizatórias. Impossibilidade. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 545317 AgR, Relator Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgado em 19/02/2008, DJe-047, divulg. 13-03-2008, public. 14-03-2008, Ement. Vol. 02311-06, p. 1068)

- OBS: esse acórdão refere-se ao adicional de férias e não ao valor recebido pelas férias.

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL INCIDENTE SOBRE HORAS EXTRAS E TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. IMPOSSIBILIDADE. Somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da contribuição previdenciária. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 389903 AgR, Relator Min. Eros Grau, Primeira Turma, julgado em 21/02/2006, DJ 05-05-2006, p. 15, Ement. Vol. 02231-03, p. 613)

SAÚDE

• Direito de todos e dever do Estado (art. 196); • Qualquer pessoa tem o direito de ser atendido, independente de contribuição;

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Seguridade Social – PGE 26

• Responsabilidade do Min. da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS); • Regulamentação: Lei 8.080/90; • Execução das ações de saúde: diretamente pelo Poder Público ou através de pessoas físicas ou jurídicas de direito

privado, mediante reembolso pelo SUS (art. 197); • Financiamento: recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados/DF e Municípios, além de outras

fontes. • Recursos mínimos anuais aplicados pela União, Estados/DF e Municípios: art. 198, §§ 2° e 3° e art. 77, ADCT; • Art. 198 “As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um

sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

– União: direção única do Min. da Saúde; – Estados/DF: direção única da Sec. Saúde; – Municípios: direção única da Sec. Saúde. (ver a. 30, VII, CF)

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade.” • Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes

deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins

lucrativos. § 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País,

salvo nos casos previstos em lei. § 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas

para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

• Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de

medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para

consumo humano; VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos

psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

ASSISTÊNCIA SOCIAL • A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição (art. 203); • Objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

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Seguridade Social – PGE 27

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem

não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei (Benefício assistencial de prestação continuada previsto no art. 20, § 3°, da LOAS)

• LOAS: Lei 8.742/93; • Conceito: é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um

conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. • Complementa o seguro social: preenche a lacuna deixada pela previdência social, porquanto esta destina-se apenas aos

que contribuem; • Garante o mínimo existencial, núcleo essencial do princípio da dignidade da pessoa humana; • Financiamento: recursos do orçamento da seguridade social, além de outras fontes; • Diretrizes (art. 204): I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação

e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;

II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis (Conselhos de Assistência Social a nível de União, estados e municípios).

• Benefícios eventuais (art. 22, LOAS): pagamento de auxílio por natalidade ou morte às famílias cuja renda mensal per

capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo; • Além dos Benefícios, a LOAS prevê serviços assistenciais, Programas e Projetos de Assistência Social (art. 23 e ss.). • Bolsa Família: criado pela Lei 10.836/04, consiste em pagamento de valor certo ao beneficiários, unidades familiares

que se encontrem em situação de pobreza e extrema pobreza. Substituiu os extintos benefícios do Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, entre outros.

• Outros programas: Renda Básica da Cidadania (Lei 10.835/04), ainda não implementado; “Farmácia Popular do Brasil” (Lei 10.858/04).

QUESTÕES DE CONCURSOS (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF1/2004) 92. Em virtude do princípio da preservação, em caráter permanente, do valor real do benefício previdenciário, o seu reajustamento será efetuado de acordo com: a) os índices de reajuste do salário mínimo. b) os índices de inflação que melhor traduzam a perda do poder aquisitivo da moeda, no período. c) os índices oficiais de inflação, adotados para tal fim, por lei própria. d) os maiores índices de inflação relativos ao período. (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF1/2002) 40. A partir da análise da ordem social delineada pela Constituição Federal de 1988, formulam-se as seguintes considerações: I – a previdência e a seguridade social se confundem, porque têm como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. II – a eqüidade na forma de participação no custeio é exclusiva da previdência, por impor a observância de critérios que lhe preservam o equilíbrio financeiro atuarial. III – a irredutibilidade do valor dos benefícios, como forma de proteção aos direitos adquiridos, não contraria a ordem social erigida com base no primado do trabalho. IV – o direito à saúde é garantido pela assistência social, porque, para torná-lo efetivo, é exigida a participação da comunidade. Assim considerado, assinale, dentre as listadas abaixo, a única alternativa correta no que concerne às considerações acima feitas: a) todas são falsas. b) são verdadeiras as de números II e III. c) apenas a de número IV é verdadeira. d) apenas a de número III é verdadeira.

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Seguridade Social – PGE 28

(JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF1/2002) 41. Considerando os objetivos que a Constituição preconiza para a Lei Orgânica da Seguridade Social, afirma-se: I – a diversidade de sua base de financiamento torna impossível a universalidade da cobertura e do atendimento dos direitos a que se destina a seguridade social. II – a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais não se aplicam à garantia do direito à saúde, porque prestada mediante serviço descentralizado. III – a seletividade e distributividade na prestação de benefícios e serviços são inconciliáveis com a regra de sua uniformidade e equivalência para as populações urbanas e rurais. IV - o princípio da seletividade e distributividade na prestação de benefícios e serviços não ofende o postulado da isonomia. À vista dessas afirmações, assinale, dentre as abaixo, a única alternativa correta: a) são verdadeiras as de números II e IV. b) apenas a de número IV é verdadeira. c) apenas a de número II é verdadeira. d) são verdadeiras as de números I e III. (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF1/2002) 42. O princípio da solidariedade na seguridade social permite concluir que: I – o seguro social está alicerçado em contribuições dos segurados e de seus empregadores, com o concurso do Estado, vertidas igualmente. II – o texto constitucional não é exaustivo das fontes de custeio do seguro social. III – as contribuições a cargo das empresas para financiamento do seguro social devem ser proporcionais à sua folha de salários. IV – não apenas os segurados do sistema estão sujeitos a concorrer para seu custeio. Considerando-se a CF/1988, assinale, dentre as abaixo, a única alternativa correta: a) todas as conclusões acima são verdadeiras. b) somente a de número IV é falsa. c) são falsas as de números I e III. d) somente a de número II é verdadeira. (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF1/2002) 43. Considerando-se o ordenamento legal da previdência social brasileira, podemos afirmar: I – os sistemas de previdência social, instituídos pelos Municípios em benefício de seus servidores, integram o Regime Facultativo Complementar da Previdência Social. II – os preceitos do Regime Geral de Previdência Social são supletivos do Regime Facultativo Complementar. III – existe pluralidade de órgãos de deliberação colegiada na estrutura organizacional da previdência social brasileira. IV – a instituição de regime de previdência próprio, por Município, é excludente do regime da previdência geral para seus servidores. Analisando essas proposições, assinale a única alternativa correta: a) todas são verdadeiras. b) são verdadeiras as de números II e IV. c) são falsas as de números I e III. d) são verdadeiras as de números III e IV. (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF4/Conc IX/2000) 84. Assinale a alternativa correta: a) A previdência social no Brasil é organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, devendo ser observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. b) O sistema previdenciário oficial pode cobrir eventos de doença, invalidez, morte, idade avançada, auxílio educação e moradia. c) É vedada a adoção, pela previdência social oficial, de critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos seus beneficiários. d) Todos os salários de contribuição considerados para cálculo de benefícios da previdência social oficial devem ser atualizados por índices reais de correção monetária, mesmo diversos dos previstos na lei ordinária. (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF4/Conc IX/2000) 88. Segundo a Constituição, a Seguridade Social deve ser organizada com base, entre outros, nos seguintes objetivos: a) Universalidade da cobertura e do atendimento, irredutibilidade do valor dos benefícios, equidade na forma de participação no custeio, diversidade de base de financiamento, caráter democrático e descentralizado de administração, mediante gestão quadripartite.

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Seguridade Social – PGE 29

b) Uniformidade e equivalência dos benefícios urbanos e rurais, seletividade e distributividade, irredutibilidade do valor dos benefícios, equidade na forma de participação no custeio, unicidade da base de financiamento, caráter democrático e centralizado da administração, mediante gestão pública. c) Universalidade da cobertura e do atendimento, seletividade dos benefícios urbanos e equivalência dos benefícios rurais, redutibilidade do valor dos benefícios, diversidade de base de financiamento, caráter democrático e participativo de administração, mediante gestão partilhada. d) Universalidade da cobertura e do atendimento seletivo, equivalência dos benefícios urbanos e rurais, distributividade, irredutibilidade do valor dos benefícios, equidade na forma de participação no custeio, caráter democrático e gestão exclusivamente governamental. (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL/2002/PROVA 2) 01- À luz da Seguridade Social definida na Constituição Federal, julgue os itens abaixo: I. Previdência Social, Saúde e Assistência Social são partes da Seguridade Social. II. A saúde exige contribuição prévia. III. A Previdência Social exige contribuição prévia. IV. A assistência social possui abrangência universal, sendo qualquer pessoa por ela amparada. a) Todos estão corretos. b) Somente I está incorreto. c) II e IV estão incorretos. d) I e II estão incorretos. e) III e IV estão incorretos. (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL/2002/PROVA 2) 02- Com relação aos objetivos constitucionais da Seguridade Social, assinale a opção correta. a) Universalidade da base de financiamento. b) Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços. c) Irredutibilidade do valor dos serviços. d) Eqüidade na cobertura. e) Diversidade do atendimento. (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL/2002/PROVA 2) 03- Assinale a opção correta entre as assertivas abaixo relacionadas à gestão da Seguridade Social, nos termos da Constituição Federal. a) A gestão da Seguridade Social ocorre de forma centralizada, monocrática, quadripartite. b) A gestão da Seguridade Social ocorre de forma descentralizada, monocrática, quadripartite. c) A gestão da Seguridade Social ocorre de forma centralizada, colegiada, quadripartite. d) A gestão da Seguridade Social ocorre de forma descentralizada, colegiada, tripartite. e) A gestão da Seguridade Social ocorre de forma descentralizada, colegiada, quadripartite. (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL/2002/PROVA 2) 04- Pedro, menor carente, de 12 anos, e Paulo, empresário bem-sucedido, de 21 anos, desejam participar de programas assistenciais (Assistência Social) e de saúde pública (Saúde). De acordo com a situação-problema apresentada acima, é correto afirmar que: a) Pedro e Paulo podem participar da Assistência Social. b) só Pedro pode participar da Saúde. c) Pedro só pode participar da Assistência Social. d) Paulo pode participar da Assistência Social. e) Pedro e Paulo podem participar da Saúde. (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL/2002/PROVA 2) 05- A respeito do financiamento da Seguridade Social, nos termos da Constituição Federal e da legislação de custeio previdenciária, assinale a opção correta. a) A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social não pode contratar com o poder público. b) A lei não pode instituir outras fontes de custeio além das previstas na Constituição Federal. c) Pode-se criar benefício previdenciário sem prévio custeio. d) As contribuições sociais criadas podem ser exigidas no ano seguinte à publicação da lei. e) São isentas de contribuição para a seguridade social todas as entidades beneficentes de utilidade pública federal. (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL/2002/PROVA 2) 06- A respeito da organização e princípios constitucionais da Seguridade Social, assinale a opção incorreta.

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a) As contribuições sociais da empresa podem ter alíquotas diferenciadas. b) O orçamento da seguridade social dos entes federados descentralizados é distinto do orçamento da União. c) Pode ser dada remissão para as contribuições sociais das empresas sobre a folha de salários. d) A lei definirá critério de transferência de recursos para o sistema único de saúde. e) Poderá haver contribuição social do trabalhador sobre o lucro e o faturamento. (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL/2002/PROVA 2) 10- À luz da competência constitucional da Previdência Social, julgue os itens abaixo que são de competência da Previdência Social: I. cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada. II. salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda. III. pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. IV. a promoção da integração ao mercado de trabalho. a) Todos estão corretos. b) Somente IV está incorreto. c) I e II estão incorretos. d) I e III estão incorretos. e) III e IV estão incorretos. (Analista Judiciário Área judiciária - TRF4 – 2001) 69. O sistema brasileiro de financiamento da seguridade social é o

(A) da responsabilidade exclusiva e pessoal dos empregadores e dos trabalhadores pelos investimentos necessários. (B) da co-participação da sociedade, de forma direta e indireta, além das contribuições do empregador e do

trabalhador. (C) do autofinanciamento pelos trabalhadores e pelos em-pregadores, vedada a destinação de recursos orça-mentários

da União, dos Estados e dos Municípios. (D) do autofinanciamento pelos trabalhadores e pelos empregadores, admitida a participação da sociedade

exclusivamente pela forma indireta. (E) da responsabilidade exclusiva da sociedade, de forma direta e indireta, vedada a participação de verbas de origem

não estatal. (Analista Judiciário Área judiciária - TRF4 – 2001) 70. Uma pessoa participante de regime próprio de previdência

(A) depende de autorização especial para obter sua filiação, como segurado facultativo, ao regime geral da previdência social.

(B) pode se filiar, como segurado facultativo, ao regime geral da previdência social. (C) tem sua filiação vedada ao regime geral de previ-dência social, na qualidade de segurado facultativo. (D) pode escolher, ao se filiar ao regime geral da previdência social, a faixa pela qual quer contribuir como segurado

facultativo. (E) só pode se filiar ao regime geral da previdência social se o fizer como segurado facultativo especial.

GABARITO 92- C; 40- D; 41- B; 42- C; 43- D; 84- A; 88- A; 01- C; 02- B; 03- E; 04- E; 05- A; 06- E; 10- B; 69- B; 70- C Assessor Jurídico PGE - 2008

• 50. Considerando que compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, assinale a alternativa incorreta no que tange aos seus objetivos, em face do que dispõe expressamente a Carta Magna.

a) Universalidade da cobertura e do atendimento. b) Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços. c) Uniformidade da base de financiamento. d) Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais. e) Eqüidade na forma de participação no custeio.

• 51. À luz do que dispõe o art. 40 da Constituição Federal, assinale a alternativa incorreta. a) O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. b) Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

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Seguridade Social – PGE 31

c) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. d) A lei poderá estabelecer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. e) É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.

• 52. Assinale a alternativa correta: a) Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata o art. 40 da CF que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. b) Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata o art. 40 da CF que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual diverso ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. c) Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata o art. 40 da CF que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. d) Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata o art. 40 da CF que superem o limite mínimo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. e) Incidirá contribuição apenas sobre os proventos de aposentadorias concedidas pelo regime de que trata o art. 40 da CF que superem o limite mínimo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

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Seguridade Social – PGE 32

Assessor Jurídico PGE 2002

Procurador PGE – 2005 – 11º Concurso

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Seguridade Social – PGE 33