seguranca_fisica

Upload: thalysson-iury

Post on 03-Jun-2018

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    1/39

    UNIVERSIDADE ESTCIO DE SEspecializao em InformticaCoordenao de Ps Graduao

    Segurana Fsica deRedes de Computadores

    PorEng. Leonardo Henrique Lima de Souza

    Rio de JaneiroOutubro de 2004

    www . P rojeto de R edes . com.br Outros trabalhos em:

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    2/39

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    3/39

    2

    Agradecimentos

    A Kelly, que sempre me d foras e encorajamento nos momentosdifceis.

    Ao professor Joo Mendes, que atendeu a todas as minhassolicitaes quando tive dvidas.

    A Deus, na certeza de que nossas conquistas so graas concedidas.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    4/39

    3

    Sumrio

    Pg.Introduo ............................................................................... 6Captulo 1 Segurana Fsica dos Centros de Processamento de Dados(CPDs) ........................................................................................ 9Captulo 2Segurana dos meios de armazenamento ................................ . 19Captulo 3Plano de Contingncia ............................................................... 23Captulo 4O estado da arte: Sala-cofre ...................................................... 28Concluso ............................................................................... 33Referncias Bibliogrficas .................................................. 34 Anexos ..................................................................................... 35

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    5/39

    4

    Resumo

    Este trabalho objetivou introduzir aos profissionais da rea de tecnologia da informao ereas afins um estudo sobre os componentes pertinentes relacionados segurana fsica de

    rede de computadores e seus centros de processamento de informao. O texto se divide

    em quatro captulos, aos quais abordamos: a segurana da rede, segurana dos meios de

    armazenamento, plano de contingncia e sala cofre. O seu contedo detalha aspectos

    construtivos da implantao de um centro de processamento de dados, as premissas que se

    deve ter, procedimentos de segurana, equipamentos de automao predial que devem

    fazer parte do escopo da construo e outros detalhes para a garantia da segurana fsica. O

    referencial terico se baseou em livros, normas tcnicas brasileiras e artigos de

    profissionais de segurana. Para o desenvolvimento de um plano de contingncia de

    recursos de informtica, o trabalho mostra um modelo e cita como deve se atribuir os

    diferentes tipos de responsabilidades da contingncia dentro de uma empresa. O conceito

    de sala-cofre discutido no ltimo captulo onde apresenta vrios detalhes desse

    equipamento, seus benefcios e sobre a deciso de adotar essa tecnologia. A concluso

    final apresentada compatvel com a idia inicial de se obter conhecimento tcnico sobre o

    assunto e deixa entender que preciso estar sempre se atualizando para manter um bom

    nvel de segurana.

    Palavras chave: Segurana fsica. Plano de contingncia. Centro de processamento de

    dados. Poltica de segurana.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    6/39

    5

    Abstract

    The aim of this work was introduce to the professionals of information technology area andsimilar areas, a study about the components related to physical security of computers

    network and its centers of information processing. The text has four chapters, to which

    approaches: the security of the network, security of the storage medias, plan of

    contingency and room-safe. Its content details constructive aspects about the implantation

    of a data processing center, the premises that must have, procedures of security, equipment

    of building automation that must be part of the purpose the construction, and other details

    for certify the physical security. The theoretical reference was based on books, brazilian

    technical norms and articles from security professionals. For develop a plan of contingency

    for computers resources, the text presents a sample and cites how the responsibilities must

    be shared inside a company. The room-safe concept is argued in the last chapter, where it

    presents some details of this equipment, its benefits and the decision to use this technology.

    The presented end conclusion is compatible with the initial idea of getting technician

    knowledge on the subject, and leaves to understand that is necessary to be always bringing

    up to date to keep a good level of security.

    Keywords: Physical security. Plan of contingency. Data processing center. Security policy.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    7/39

    6

    Introduo

    A informao nos dias atuais sem dvida um dos ativos de maior importncia no

    universo das organizaes, conseqentemente as medidas e regras para implementao de

    sua segurana tm sido intensivamente praticadas, tanto no que diz respeito segurana

    lgica: implementada atravs de software, quanto segurana fsica: relacionada a uma

    srie de recursos, oriundos de outros campos da tecnologia, como por exemplo a automao

    predial e os sistemas de combate a incndio, que se associam a informtica para lhe garantir

    maior suporte.

    Neste contexto enfocamos a segurana fsica das redes de computadores e dos

    Centros de Processamento de Dados (CPDs) que as servem, como um fator de vital

    importncia para o desenvolvimento de qualquer empresa. Pois o sucesso de sua

    implantao, bem como a continuidade de seu funcionamento est diretamente ligada ao

    sucesso da organizao.

    A utilizao das redes de computadores tem crescido de forma significativa nosltimos anos, criando uma relao direta de dependncia entre as empresas e os recursos de

    informtica. A conseqncia disso o aumento da vulnerabilidade s ameaas de

    segurana. Somando-se a isto, vemos que muitos sistemas de informao no esto

    preparados para suportar tais ameaas, pois os fatores de segurana da informao no

    foram aplicados em sua totalidade a poca de suas concepes

    Sendo a segurana fsica um fator crucial para o bom funcionamento das redes,

    decidimos traar um caminho no qual poderemos ampliar nossa viso em relao a esse

    assunto, e ao mesmo tempo contribuir para a rede de conhecimento dos profissionais da

    rea, pois sabemos que muitos dos temas a serem abordados neste trabalho, no so

    comumente estudados no nvel acadmico nas faculdades ligadas a rea de tecnologia da

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    8/39

    7

    informao. Com isso poderemos conhecer as aplicaes dos sistemas de controle e

    estabelecer padres de segurana fsica a altura das ameaas vigentes.

    Temos portanto uma questo a responder: Como garantir segurana fsica eficaz

    para as redes de computadores e seus Centros de Processamento Dados?

    Com ajuda das normas da Associao Brasileira de Normas Tcnica (ABNT): NBR

    17799 Tecnologia da Informao Cdigo de Prtica para a gesto de segurana da

    informao e NBR 11515 Critrios de segurana fsica relativos ao armazenamento de

    dados, em conjunto com as contribuies dos referenciais tericos e prticos,

    pretendemos esclarecer os principais pontos relacionados a segurana fsica dos ambientes

    informatizados.

    Para tanto, ser necessrio explorar os detalhes das instalaes vislumbrando as

    medidas de controle que esto intimamente relacionadas, as quais podemos citar: o acesso

    e a monitorao do CPD, a segurana contra incndio, o controle de temperatura e

    umidade, o aterramento e a alimentao eltrica. Sendo estes pontos marcantes paragarantir (conforme afirma a norma NBR 17799):

    1. a confidencialidade acesso somente a pessoas autorizadas

    2. a integridade exatido das informaes

    3. a disponibilidade garantia de acesso sempre que necessrio

    Os desastres ocorridos recentemente com empresas de grande porte como

    Eletrobrs, Petrobrs e o Tribunal Regional do Trabalho no Rio de Janeiro, conforme

    temos notcia1, alm de causarem perdas materiais e paralisaes nos sistemas,

    culminaram tambm em perda de dados, gastos elevados para as recuperaes

    emergenciais, prejuzos a sociedade, imagem negativa para o pblico, aspectos jurdicos

    da paralisao e queda nas aes das companhias.

    1 Nos anexos A, B e C, esto as reportagens sobre a ocorrncia de incndios de acordo com a citao do texto.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    9/39

    8

    Alm disso, no que diz respeito aos servios pblicos prestados populao, seja

    na esfera federal, estadual ou municipal, a lei 4.150/62, em seu artigo 1o , determina que

    todos os rgos pblicos atendam as normas tcnicas de segurana segundo a ABNT,

    conforme podemos comprovar no anexo D. Somando-se a isso, o novo Cdigo Civil

    brasileiro impe aos gestores da informao (Gerentes e Diretores) a solidariedade na

    reparao dos danos causados sociedade e a terceiros, prejudicados em funo de um ato

    ilcito2, isto , atribui diretamente a responsabilidade pela impercia na gesto de

    segurana aos administradores dos sistemas de informao.

    Em relao a localizao do CPD,

    O mais recomendvel a construo de um edifcio exclusivo, localizado no centro de umarea exclusiva, acima do nvel do solo, com as instalaes sensveis no centro do edifcio e as reasde apoio na periferia, seguindo o conceito das camadas concntricas de segurana(CARUSO &STEFFEN, 1999, p.210).

    No entanto essa idealidade demanda recursos que esto alm da capacidade da

    maioria das empresas, assim como, atinge um nmero relativamente pequeno de

    profissionais atuantes, por isso nosso estudo tender para a situao em que o CPD selocaliza dentro da planta onde as empresas desenvolvem suas atividades, seja ela um

    prdio ou uma rea comum, devendo ser a situao mais recomendvel segundo

    CARUSO & STEFFEN objeto de um estudo mais profundo e mais amplo, o qual

    pretendemos desenvolver futuramente.

    2 Verificar o Anexo E

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    10/39

    9

    CAPTULO1Segurana Fsica dos Centros de Processamento de Dados (CPDs)

    1.1 Breve histrico

    A preocupao com a segurana fsica teve incio dos anos 70, devido a atos de

    vandalismo praticados na Alemanha por estudantes que apontavam o processo de

    informatizao das empresas como principal motivo de desemprego. Desde ento a cultura

    da Segurana da Informao pelo mundo tem se tornado cada vez mais efetiva. No Brasil

    essa necessidade se consolidou nos anos 90, com a concepo das normas de segurana da

    informao editadas pela ABNT.

    1.2 Consideraes de projeto

    O projeto e a implantao de um CPD devem contemplar uma srie de

    caractersticas peculiares, ligadas importncia e a sensibilidade que lhe so atribudas,

    com o objetivo de...prevenir perda, dano ou comprometimento dos ativos, e a

    interrupo das atividades do negcio (NBR ISSO/IEC 17799, 2001, p.15).

    LOCALIZAOUm centro de processamento de informaes deve ser implantado em uma rea

    livre de quaisquer fatores de risco. Dessa forma deve-se evitar sua proximidade com

    depsitos de materiais combustveis, tubulaes de gua e esgoto ou outro tipo de lquido

    ou gs inflamvel, antenas de telecomunicaes e estaes de energia eltrica. O local

    tambm deve estar acima do nvel da rua para evitar inundaes, ser livre de vibraes ou

    impactos, ser protegido de poluio atmosfrica e ter acesso restrito.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    11/39

    10

    ESTRUTURAFSICA

    A estruturao fsica contempla os detalhes construtivos e arquitetnicos da

    instalao para se obter o nvel adequado de segurana. Enumeramos abaixo os principais

    pontos a serem observados:

    a) Piso, Teto e Paredes

    O piso ideal a ser utilizado em uma instalao de CPD do tipo piso elevado. Suas

    principais funes so: permitir a passagem de cabos de dados e alimentao eltrica,

    funcionar como plenumde insuflamento de ar-condicionado3, permitir distribuio das

    vrias linhas de comunicao, servir como meio para instalao de sistema de deteco e

    combate a incndio e permitir fcil remanejamento das unidades, oferecendo maior

    flexibilidade na alterao dolayout .

    O piso elevado deve ter normalmente ...de 0,2 m a 0,4 m de altura, e para o caso

    de equipamentos de grande porte, de 0,4 m a 0,6 m (CARUSO & STEFFEN, 1999,

    p.214). Essas caractersticas se estendem tambm aos aspectos construtivos do piso, quedeve ser composto por placas removveis e intercambiveis com dimenses iguais. A

    estrutura metlica deve ser autoportante4 reticulada e apoiada em suportes verticais

    ajustveis. Devem ser previstas placas perfuradas ou grelhas para insuflamento do ar-

    condicionado, bem como o aterramento de toda a estrutura metlica do piso. As

    especificaes de esforo devem estar de acordo com as cargas a serem colocadas em cima

    do piso, assim como ter previso para expanses futuras. Materiais combustveis devem ser

    evitados na sua composio.

    3 O nvel do cho utilizado para insuflamento do ar-condicionado, pois a tendncia do ar frio ficar abaixo do ar quente.Isso faz com que o ar frio insuflado percorra o ambiente at atingir o ponto retorno no teto da sala, tornando o sistema derefrigerao mais eficiente.

    4 Tem rigidez mecnica suficiente para sustentar-se com o apoio de uma s extremidade . (FERREIRA, 1999, p. 236)

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    12/39

    11

    Tetos rebaixados devem ser evitados, dando-se preferncia a instalaes aparentes,

    no entanto, quando inaceitveis, o teto dever permitir: a passagem de cabos eltricos e de

    dados, instalao de grelhas para retorno do ar-condicionado e a instalao de sistema de

    deteco e combate a incndio. A sua estrutura deve ser metlica e modular, sustentada por

    perfis metlicos e preparada para suportar o peso de luminrias, grelhas, sensores e outros

    acessrios. As placas devem ser removveis e intercambiveis, e feitas de materiais

    incombustveis e no pulverizadores de partculas. O piso do andar superior ao da sala do

    CPD deve ser impermeabilizado, de forma evitar vazamentos.

    As paredes devem ser de alvenaria ou concreto, e capazes de suportar impactos e

    furaes caso a instalao necessite de algum acessrio preso a elas. Deve tambm ser

    provida de uma porta corta fogo. Todo o conjunto deve garantir mnimo de 1 hora de

    resistncia ao fogo a uma temperatura de at 1000o C.

    b) Iluminao e programao visual

    Uma boa iluminao pode contribuir muito para a segurana e a produtividade deum CPD, portanto o projeto de iluminao do ambiente deve contemplar luminrias

    fluorescentes com ndice de iluminamento no inferior a 500 lux medidos a 1 m do piso,

    utilizando uma central retificadora nica e exclusiva para o sistema . Deve ser evitado o

    ofuscamento da viso, os pontos escuros (iluminao heterognea) bem como o reflexo nas

    telas dos monitores de vdeo. O sistema de iluminao no deve interferir no

    funcionamento dos equipamentos presentes na sala.

    O ambiente deve ser tambm composto por uma programao visual adequada que

    indique as tenses das tomadas, os espaos para passagem de cabos, a localizao dos

    equipamentos de segurana, o caminho de sada e as portas.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    13/39

    12

    c) Acabamento e mobilirio

    O acabamento deve nortear todo o ambiente proporcionando limpeza e organizao

    ao local, no entanto materiais combustveis e de PVC devem ser evitados assim como

    carpetes e cortinas que podem acumular poeira. Adequando-se a esses aspectos, tambm

    deve ser enquadrado o mobilirio, que deve ser resistente para suportar o peso dos

    equipamentos, funcional no sentido de facilitar as instalaes e as mudanas delayout e

    feito de metal ou outro material incombustvel.

    E NERGIAELTRICA

    A energia eltrica fornecida a um CPD deve ser estabilizada e ininterrupta, portanto

    recomenda-se que toda a alimentao seja fornecida por sistemano-break , que alm de

    fornecer energia limpa para os equipamentos, atua tambm como fonte alternativa. Deve

    ser dimensionado para suportar 50% a mais da mxima carga a ser utilizada, devido aos

    picos de demanda. Deve ser modular para permitir expanses futuras.O cabo de entrada da concessionria deve ser duplicado na subestao local, de

    forma que se tenha uma fonte alternativa caso a primeira falhe. Na subestao devem

    existir transformadores que isolem a instalao interna da externa. Uma forma de garantir

    energia independentemente das concessionrias a instalao de um grupo geradordiesel

    que dever entrar em operao toda vez que houver falta da alimentao externa.

    Todo o sistema deve contar com um aterramento eficiente, de forma a garantir que

    correntes circulantes na malha de terra no retornem aos equipamentos, evitando choques

    acidentais e perdas de informao. Isto pode ser alcanado atravs do dimensionamento

    das cargas a serem ligadas e da passagem de uma malha de terra de acordo com as

    normalizaes vigentes.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    14/39

    13

    CABEAMENTO

    Convm que o cabeamento eltrico e de telecomunicaes que transmite dados ou

    suporta servios de informao seja protegido contra interceptao ou dano (NBR

    ISSO/IEC 17799, 2001, p.16). A separao entre os cabos de dados e os cabos de eltrica,

    a medida a ser tomada para preveno de interferncias. A proteo fsica dos cabos pode

    ser feita com uso de tubos condutes e canaletas atravs do piso elevado. A identificao e

    a codificao do cabeamento so importantes nas manutenes e expanses do sistema.

    CLIMATIZAO

    Os CPDs so totalmente dependentes das instalaes de climatizao, em funo

    das exigncias de nveis de temperatura e umidade inerentes aos equipamentos que o

    compe. Um sistema de condicionamento de ar destina-se a manter um ambiente isento de

    impurezas, bem como ao clima em condies ideais e estveis. A presso positiva deve ser

    mantida dentro do recinto, o que impede a entrada de fumaa e impurezas. Para se garantira eficcia desse recurso, recomenda-se que se tenha um sistema exclusivo para essa rea, e

    que se use filtros de materiais incombustveis, sendo passvel de manuteno e limpeza, e

    que possua controle automatizado, o que far o sistema se regular automaticamente de

    acordo com parmetros previamente determinados em projeto.

    A temperatura e a umidade relativa ideais devem ficar em 22o C e 55%

    respectivamente5, isto pode ser alcanado com eficincia a partir da utilizao de caixas de

    volume de ar variveis (VAVs), que possuem controles PID (proporcional integral

    derivativo). Para manuteno de um ambiente limpo e seguro deve ser proibido fumar no

    recinto. Deve-se contar tambm com um sistema de controle que feche osdampers nas

    5 Caruso e Steffen afirmam que + 10% para temperatura e + 5% para umidade relativa so os limites tolerados, bem comovariao mxima de 1 oC a cada 5 minutos para temperatura e de 45% a 55% em menos de 8 horas para umidade relativa.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    15/39

    14

    tubulaes de insuflamento de ar-condicionado quando nvel alto de poluio (fumaa) for

    detectado, para tanto ser necessria a instalao de sensores nas tubulaes, assim como a

    automatizao dosdampers.

    CONTROLE DEACESSO

    O acesso deve ser franqueado somente a pessoas que precisem entrar nos recintos

    dos ambientes de informaes em virtude da necessidade funcional (CARUSO &

    STEFFEN, 1999, p.227). Para tanto o ambiente do CPD deve ser classificado como de alto

    risco6, e deve contar com um sistema de controle de acesso eletrnico, de preferncia com

    mais de um nvel de segurana, como por exemplo, crach de identificao e senha de

    acesso. Identificaes biomtricas como digitais e ris so recomendadas.

    Esse sistema deve ser operado por pessoal de alta confiana, e deve prover funes

    qualitativas extremamente confiveis, bem como relatrios de registro de acessos e eventos

    nos ambientes controlados. Sensores de porta devem ser instalados para garantirmonitorao do funcionamento. Em casos extremos recomenda-se um posto de vigilncia

    permanente na entrada do CPD, provido por pessoal treinado adequadamente.

    PROTEOCONTRAI NCNDIO

    As recomendaes presentes neste documento at agora se referiram a informao

    como foco principal, e em segundo plano aos equipamentos. No caso da proteo contra

    incndio, as vidas humanas passam tambm a compor esse conjunto, tornando a

    especificao da segurana mais complexa e ao mesmo tempo mais importante. De modo a

    qualificar esse segmento, podemos dividi-lo em: deteco, combate e proteo passiva.

    6 Tm caractersticas especficas, sendo seu funcionamento vital para a sobrevivncia da organizao.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    16/39

    15

    Os sistemas de deteco de incndio tm evoludo muito nos ltimos anos,

    oferecendo aos projetistas uma gama enorme de produtos para diferentes aplicaes. Para o

    caso de uma rea sensvel como um CPD, recomendvel utilizar detectores de fumaa do

    tipo inico, pois possuem tempo de resposta menor, em conjunto com detectores

    inteligentes pticos de fumaa, pois podem funcionar por mais tempo em condies de

    sujeira. aconselhvel tambm o uso de detectores de cmara de aspirao, pela preciso

    em diagnosticar um incndio atravs da anlise do ar com raioslaser em uma cmara

    fechada. Os detectores devem ser instalados no piso elevado, no ambiente e no teto

    rebaixado (se for o caso), obedecendo-se as distncias regulamentadas na norma NBR

    9441, editada pela ABNT, referente a sistemas de deteco e alarme de incndio. Todas as

    peas devem ser ligadas por laos tipo classe A7, a uma central de alarmes, onde se pode

    monitorar os nveis de poluio de cada uma. As sinalizaes com sirenes estrobes8

    tambm so muito importantes para indicar a presena do sinistro e direcionar s sadas.

    O combate ao incndio pode ser automtico, atravs da composio do sistema dedeteco em conjunto com a liberao automatizada de gases para a extino do fogo, ou

    manual com a liberao do gs extintor por um comando, ou ainda com a utilizao de

    extintores de CO2, que devem ser alocados em nmero adequado dentro do recinto.

    Extintores de gua ou p qumico, a princpio no so recomendados, pois podem danificar

    os equipamentos.

    Atualmente, a extino automatizada de fogo em CPDs feita com a utilizao do

    gs FM200, que dimensionado corretamente, de acordo com o volume da sala, eficaz e

    no txico para as pessoas, ao contrrio do gs carbnico que letal. Este porm, foi

    largamente usado no passado, e ainda est presente em boa parte das instalaes. Alm

    7 Tipo de ligao em que existe um circuito fechado ligando os detectores central de alarmes, aumentando a seguranado sistema8 Lmpada especial tipo flash, para sistemas de incndio. A luz emitida transpe-se fumaa.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    17/39

    16

    disso o CO2, quando liberado, provoca mudana brusca na temperatura do ambiente,

    podendo ser prejudicial tambm aos equipamentos. Por essas razes se tornou um recurso

    inconveniente nas novas instalaes.

    A proteo passiva contra incndio feita atravs de enchimentos nas paredes dos

    recintos com materiais isolantes, geralmente fibra de cermica, fibra de silcio ou l de

    rocha. Normas internacionais recomendam que as paredes suportem no mnimo a

    temperatura 1260o C por uma hora. Outro recurso importante so as tintas intumescentes9,

    que aplicadas as estruturas metlicas formam um conjunto impeditivo de propagao de

    fogo. As massas corta-fogo so indicadas para cobertura de cabos eltricos e de dados.

    MONITORAO DOAMBIENTE

    Para monitorar o ambiente do CPD, recomendvel a instalao de um circuito

    fechado de TV, que ir manter vigilncia constante tanto no interior da sala quanto em seu

    permetro externo, podendo ser configurado para indicar alarmes em caso de invasodevido ao recurso de deteco de movimento. As imagens devem ser gravadas e

    armazenadas para o caso de consulta posterior. O tempo de reteno ficar a cargo dos

    administradores da segurana.

    1.3 Procedimentos Operacionais

    O principal esforo administrativo dentro de qualquer organizao o

    estabelecimento de padres de execuo de atividades e de comportamento de seres

    humanos (CARUSO & STEFFEN, 1999, p.259). Porm, as rotinas podem significar

    riscos medida que os procedimentos se tornam mecnicos e repetitivos. Neste sentido,

    9 Pintura que se parece com um coating e que oferece resistncia ao fogo em estruturas metlicas. Na presena do fogo,a pelcula de tinta intumesce formando uma camada isolante que protege o perfil metlico.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    18/39

    17

    convm lanar mo de recursos como, rodzio de pessoal, cursos de reciclagem, e

    at mesmo mudanas superficiais nos procedimentos, com objetivo de manter atentas as

    equipes responsveis.

    CONTROLE DEACESSO DEPESSOAS EMATERIAIS

    O acesso de pessoas previamente autorizadas s dependncias do CPD foi descrito

    na seco anterior, porm existe a situao de servios espordicos de funcionrios

    terceirizados, bem como visitao de pessoal externo. Nesses casos devem ser registradas

    informaes como: nome, procedncia, motivo da entrada, organizao qual est ligado,

    nmero de documento de identidade, data e hora de entrada e sada, nome do responsvel

    que autorizou e assinatura da pessoa em livro de registros. Caso portem algum objeto, este

    deve ser registrado e analisado com cautela, pois no caso de ms, materiais explosivos e

    mdias virgens, figuram em ameaas ao sigilo e a integridade das informaes.

    PROCEDIMENTOS DEEMERGNCIA

    Todo o aparato tecnolgico dimensionado para situaes de emergncia pouco ou

    nada pode fazer se as pessoas envolvidas no forem conscientizadas a respeito dos riscos.

    Este fato d origem a necessidade de se ter uma poltica de segurana interiorizada na

    cultura dos colaboradores, sendo estabelecida regras claras e objetivas a serem seguidas.

    O detalhamento dos procedimentos deve levar em considerao situaes como:

    incndio, falta de energia, tempestades e raios, assaltos , invases, terremotos, etc. Enfim,

    todas as situaes que podem significar riscos para o funcionamento do CPD.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    19/39

    18

    TESTES ESIMULADOS

    Os colaboradores envolvidos em torno de um ambiente sensvel devem estar

    sempre preparados para situaes de emergncia, os testes e simulados assim como cursos

    de reciclagem, ajudam a mant-los atentos e atualizados aos procedimentos padres,

    amenizando o risco de impercias e negligncias quando solicitados. Quanto aos

    equipamentos, estes devem sofrer manutenes preventivas constantes, efetuando-se testes

    peridicos de funcionamento, alm disso importante haver uma equipe preparada para

    reparos, com peas sobressalentes disposio, isto contribui para que a estrutura esteja

    sempre em funcionamento.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    20/39

    19

    CAPTULO2Segurana fsica dos meios de armazenamento

    2.1 Introduo

    Os meios de armazenamento esto sujeitos a uma srie de riscos que podem afetar a

    sua integridade. Podemos citar por exemplo a exposio a campo magntico, a calor,

    umidade, a impacto mecnico e poeira, como os principais agentes que compem a lista

    dos causadores de destruio fsica de informaes, levando-se em conta todos os tipos de

    meios de armazenamento existentes. No obstante, o transporte, a deteriorao natural e

    falta de testes peridicos das mdias gravadas, figuram como pontos chaves para definio

    de procedimentos seguros para evitar a perda de informaes.

    2.2 Fatores de Risco

    CAMPO MAGNTICO

    Os campos magnticos so gerados ao redor de um condutor, quando este

    percorrido por uma corrente eltrica. Um campo com intensidade de 4.000 A/m fatal para

    qualquer mdia magntica, de acordo com Caruso (1999, pg.276). A uma distncia de 10mm, essa intensidade decai para 250 A, o que nos parece uma situao improvvel em um

    ambiente de armazenamento de mdia, entretanto recomenda-se uma distncia de

    segurana bem maior.

    A exposio s antenas de telecomunicaes que emitem ondas eletromagnticas

    tambm deve ser evitada, pois pode danificar o contedo das mdias.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    21/39

    20

    DECOMPOSIO QUMICA

    Os componentes plsticos usados na fabricao das mdias so susceptveis a

    decomposio qumica quando submetidos ao calor excessivo e aos poluentes

    atmosfricos. Essa deteriorao compromete a qualidade do que est gravado, assim como

    regravaes futuras.

    CHOQUES MECNICOS

    Os choques mecnicos podem causar danos aos contedos das mdias, portanto

    deve-se ter cuidado e cautela no seu manuseio.

    2.3 Instalaes

    Assim como em um ambiente de CPD, a sala para guarda dos meios de

    armazenamento deve ter caractersticas peculiares para garantia da integridade das

    informaes. O lugar deve ser provido de sistema de climatizao ambiente, seguindo osvalores discriminados nas tabelas 1 e 2.Para situaes freqentes, tais como operao

    (uso), transporte, manuteno ou outro manuseio de rotina as variaes temporrias das

    condies ambientais devem ser contidas dentro de limites aceitveis especficos (NBR

    11515, 1990, p.3). Alm disso o ambiente deve contar com paredes com resistncia contra

    fogo, instalaes eltricas adequadas, proteo contra raios, aterramento e iluminao de

    emergncia.

    Um recurso largamente utilizado nas empresas e por este trabalho tambm

    recomendado so os diversos tipos de cofres para mdias. Esses equipamentos so

    dimensionados para suportar impactos, fogo e tentativa de furto, recomenda-se entretanto

    certificados de laboratrio independente, no sentido de assegurar os limites estabelecidos

    na especificao tcnica.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    22/39

    21

    2.4 Segurana Operacional

    Todo esquema montado para guarda de informaes deve contar com

    procedimentos operacionais especficos, a fim de assegurar a sua eficcia.

    DOCUMENTAO

    O registro uma medida indispensvel para um controle adequado de todos os

    meios de armazenamento disponveis e de sua localizao (CARUSO & STEFFEN,

    1999, p.278). Entretanto recomenda-se a identificao de todas as mdias armazenadas com

    etiquetas visuais. As alteraes feitas em programas tambm devem ser documentadas e

    guardadas para o suporte posterior.

    PROCEDIMENTOSOPERACIONAIS

    As cpias efetuadas devem ser testadas ao longo do tempo, respeitando-se a vida

    til das mdias e o nmero mximo de regravaes estabelecidas pelo fabricante, poisexistem vrios registros de perda de informao por falta de cuidado com esses itens.

    No recinto de armazenamento deve ser proibida a entrada de alimentos para evitar

    acidentes. Este um local de uso espordico, isto , somente quando houver necessidade,

    portanto o trabalho permanente deve ser proibido, de acordo com Caruso (1999, pg. 279).

    Mas para o caso de anormalidades, algumas diretrizes devem ser elaboradas no sentido de

    se ter aes imediatas, para amenizar os possveis danos.

    Os procedimentos de recuperao devem ser estabelecidos pela equipe responsvel,

    este documento procura prever todas as situaes possveis orientando sobre as medidas a

    serem tomadas e ainda rotas alternativas para o caso de imprevistos.

    Por fim recomendamos algumas prticas a serem seguidas em relao a utilizao

    de mdias para armazenamento de informaes, a citar: testes de aceitao em mdias

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    23/39

    22

    novas; as fitas devem ser guardadas na posio vertical; a caixa da fita s deve ser aberta

    na sala de operao; para transporte de mdias, deve ser usada caixa apropriada bem como

    seguir os limites de temperatura impostos nas tabelas 1 e 2; aps constantes sacudidas, as

    fitas devem ser rebobinadas para recuperarem a tenso; a mdia dos disquetes nunca deve

    ser tocada.

    Tabela 1 Condies normais para discos rgidos e fitas

    Situao Temperatura Umidade relativa Partculas no armx. por m 3

    Condies Ideais- mn. / mx.

    - variao (+)

    +17 o C / + 23 o C

    mx 2 por hora

    +45% / 55%

    mx. 5 por 24h

    < 5 m: o mnimo

    > 5 m: isentoLimites normais

    - Transporte (mn. / mx.)

    - Operao (mn. / mx.)

    - variao (+)

    +5 o C / + 32 o C (A)

    +16 o C / + 32 o C

    mx. 10 o C por hora

    20% / 60%

    20% / 60%

    mx. 5 por 24h

    < 5 m: 30.000> 5 m: 01

    Limites de emergncia + 75 o C 85% (B)

    (A) Fita virgem pode ser exposta +48 o C.(B) Fita Contaminao por partculas pode ser resolvida por processo de saneamento, desde que haja corroso (fuligem,cido).

    Fonte: (NBR 11515, 1990, pg. 3)

    Tabela 2 Condies normais para discos flexveis

    Situao Temperatura Umidade relativa Partculas no armx. por m 3 (M=milho)

    Condies Ideais- mn. / mx.

    - variao (+)

    +17 o C / + 23 o C

    mx 2 por hora

    +45% / 55%

    mx. 5 por 24h

    < 5 m: 30.000

    > 5 m: 01Limites normais- Arquivo (mn./mx.)- Transporte- Operao (mn./mx.)

    - variao (+)-

    +4 o C / + 51,5 o C-40o C / + 51,5 o C+10 o C / + 51,5 o C

    mx. 20 o C

    8% / 65%8% / 65%

    30% / 65%Sem restrio

    > 0,3 m: 540 M> 0,5 m: 85 M> 1 m: 8 M> 5 m: 25.000

    Limites de emergncia + 55 o C 85% (A)

    (A) Fita Contaminao por partculas pode ser resolvida por processo de saneamento, desde que no haja corroso (fuligem, cido)

    Fonte: (NBR 11515, 1990, pg. 4)

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    24/39

    23

    CAPTULO3Plano de contingncia

    3.1 Objetivo

    Um plano de contingncia estabelece uma srie de procedimentos padronizados,

    com o objetivo de amenizar os impactos causados por um desastre, em que toda a

    segurana implementada no conseguiu evitar. Parece-nos evidente que uma organizao

    interrompe boa parte de suas atividades, quando um desastre acontece em seu ambiente de

    processamento de informaes, espera-se portanto, que a equipe responsvel j tenha em

    seu escopo de servios as devidas aes a serem tomadas mediante tal situao. Entretanto

    os esforos a se despenderem, bem como os custos envolvidos para implementao de um

    plano de contingncia, devem estar de acordo com as necessidades vitais de cada rea da

    organizao, as quais, devero previamente definir seus servios essenciais para que sejam

    inseridos no escopo de recursos que sero restaurados no menor tempo possvel.

    importante que as conseqncias de desastres, falhas de segurana e perda de serviossejam analisadas. Recomenda-se que os planos de contingncia sejam desenvolvidos eimplementados para garantir que os processos do negcio possam ser recuperados dentro darequerida escala de tempo. importante que tais planos sejam mantidos e testados de forma a setornarem parte integrante de todos os outros processos gerenciais.(NBR ISO/IEC 17799, 2001,

    p.45)

    Vale ressaltar que a efetivao de um plano de contingncia a um custo justificado,

    est atrelada a idia de servios informatizados essenciais, os quais devem estar institudos

    nas atribuies dos responsveis de cada rea da organizao, visando principalmente

    queles recursos que a organizao depende para sobreviver. Neste ponto o conhecimento

    especfico das reas e o trabalho em equipe so vitais, portanto os preciosismos e os

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    25/39

    24

    exageros devem ser evitados, em prol da otimizao do consumo de verbas, tempo e

    pessoal para execuo dos processos.

    3.2 Conceituao

    Para um entendimento conceitual de um plano de contingncia, listamos a frente os

    itens considerados importantes na viso de vrios autores sobre o assunto, os quais definem

    parmetros e premissas a serem seguidas, porm em alguns casos suas idias no chegam a

    divergir mas se complementam, dando margem criao de meios prprios na resoluo

    dos problemas por cada profissional da rea, e da pluralidade de idias para esse nvel de

    segurana. Por esse motivo entendemos que seguir a linha de um determinado autor pode

    significar uma incompleta adequao do que se prope, s caractersticas da organizao.

    Alm disso no incio dos trabalhos, est-se diante de questes subjetivas, as quais a

    concretizao depender de um consenso entre as partes envolvidas. Portanto alm de um

    estudo preliminar do que se entende por plano de contingncia, deve-se tambm consideraras particularidades internas e o nvel de contingncia que se almeja.

    Uma forma interessante e padronizada de se chegar a um plano ideal, considerando

    os riscos, os custos e o restante dos pontos de anlise, a utilizao de guias padronizados,

    onde se pode enquadrar todas as implicaes pertinentes, e lan-las em um modelo onde,

    segundo os fabricantes, esto previstas todas as situaes possveis, ficando a cargo do

    operador a responsabilidade e inserir as informaes. Um bom exemplo desse tipo de

    programa o BCP Generator que pode ser encontrado na pgina:

    http://www.disasterrecoveryworld.com.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    26/39

    25

    Para iniciar os trabalhos, recomenda-se:

    a. definir o grau de criticidade dos servios computadorizados, isto , pontuar e

    classificar cada servio administrativo de modo a perceber sua importncia para a

    rea de negcios.

    b. definir as prioridades dos servios, caracterizando a importncia que

    determinados aplicativos tm para o fluxo organizacional.

    c. definir o perodo crtico, que pode ser entendido como o tempo mximo que

    uma rea pode funcionar sem o auxlio de determinada aplicao.

    Para um referencial corporativo, sugerimos analisar o grfico 1, em que se pode

    observar um estudo feito pela Universidade de Minnesota, sobre o tempo mdio que

    funes essenciais se mantm aps um desastre.

    Grfico 1 - Perodo mdio de tempo durante o qual as funes essenciaisdas organizaes se mantm aps um desastre no CPD (por atividade).

    Estudo da Universiade de Minnesota

    4,8

    2

    3,3

    4,8

    4,9

    5,6

    0 1 2 3 4 5 6

    Mdia Geral

    Finanas

    Distribuio

    Ind. De transformao

    Ind. Diversas

    Seguros

    rea de negcio daorganizao

    Dias

    Fonte: (CARUSO & STEFFEN, 1999, p.290)

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    27/39

    26

    O tempo necessrio para o retorno das atividades depender do grau do problema

    que ocasionou a parada, portanto os responsveis das reas envolvidas devero tomar

    cincia do ocorrido e serem informados sobre a previso de tempo de indisponibilidade.

    3.3 Modelo de um plano de contingncia

    O modelo apresentado a seguir representado por um resumo do que propem

    Caruso & Steffen em Segurana de informtica e de informaes 1999 no seu apndice

    D.

    DEFINIO DOS GRUPOS ENVOLVIDOS NO PLANO DE CONTINGNCIA:

    a. Coordenao coordenao geral do plano de contingncia;

    b. reas de negcios coordenao dos aspectos relacionados rea de negcios;

    c. Administrativo coordenao de todas as atividades de apoio administrativo;

    d. Aplicativos coordenao do ferramental necessrio para o processamento de

    aplicativos durante a contingncia;e. Hardware coordenao dos equipamentos necessrios para a contingncia;

    f. Software coordenao das exigncias relacionadas comsoftware bsico e de

    apoio;

    g. Operao coordenao da operacionalizao do plano de contingncia;

    h. Comunicaes coordenao e execuo de procedimentos necessrios para

    operacionalizao da estrutura de comunicaes na contingncia;

    i. Microinformtica coordenao e execuo da estrutura de microinformtica.

    PLANO DE AO

    a. Controles a serem mantidos descrio de todos os controles a serem mantidos

    com relao equipamentos, softwares, infra-estrutura e documentao;

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    28/39

    27

    b. Procedimentos de retorno - descrio de todos os controles a serem restaurados

    com relao a equipamentos, softwares, infra-estrutura e documentao;

    OPERACIONALIZAO DOPLANO

    Nesta parte estabelecemos as informaes referentes a recursos humanos e de

    maquinrio necessrio para as aes do plano de contingncia. Tambm definimos os

    responsveis por manter e atualiza-lo.

    a. Manuais de contingncia definio dos procedimentos de contingncia,

    especificando os responsveis por manter as atualizaes, descrio dos

    equipamentos esoftwaresnecessrios;

    b. Relao de pessoal relao geral de todas as pessoas envolvidas com suas

    funes especficas. Neste documento devem constar dados como: nome,

    endereo, telefone e as atividades relacionadas ao plano de contingncia;

    c. Relao de equipamentos esoftwares relao de todos os equipamentos esoftwares inseridos no plano e contingncia. Na parte dehardware podemos

    citar: gabinetes, microcomputadores, discos, fitas, impressoras, equipamentos

    de telecomunicaes e etc. Quanto aossoftwares destacam-se os sistemas

    operacionais de rede e de estaes de trabalhos, aplicativos de comunicao e

    aplicativos de apoio.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    29/39

    28

    CAPTULO4O estado da arte: Sala cofre

    4.1 Introduo

    Neste captulo trataremos da apresentao de um recurso cada vez mais evidente

    nas empresas que zelam pela segurana de seus dados. As metas e premissas de segurana

    fsica da informao chegaram em um nvel tal de exigncia, que - em muitos casos - foi

    necessrio se dar um passo a frente do que se produzia at ento. Tendo como base todo o

    conhecimento adquirido anteriormente com as normalizaes e modelos construtivos de

    ambientes para processamento de informaes, foi inserido no mercado a alguns anos atrs

    o conceito de sala-cofre.

    Este equipamento de segurana conta com um aparato tecnolgico altamente

    desenvolvido, com o principal objetivo de salvaguardar fisicamente tudo que dentro dele

    estiver. A casca metlica envoltria do sistema propicia isolamento contra pulsos

    eletromagnticos e de rdio-freqncia. Alm disso como se tratam de mdulos montados

    de forma a atender especificaes de cada empresa, a sala-cofre pode tambm ter seu

    tamanho modificado, dentro de determinados limites, bem como ser transportada paraoutros lugares, graas ao conceito de modularidade. O investidor que despender recursos

    nesse empreendimento pode transferir a localizao do seu patrimnio, utilizando os

    mesmos benefcios que tinha antes (o que no ocorre com o modelo tradicional de

    construo de CPDs). Nesse aspecto no se recomenda efetuar qualquer mudana sem

    antes consultar o fabricante dos equipamentos, pois se trata de algo muito especfico, o que

    incorre na necessidade de contratao de empresas certificadas para exercerem tal funo.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    30/39

    29

    Este fato deve ser observado tambm no momento da aquisio do sistema, pois conforme

    o desenvolvimento da tecnologia, mais os fabricantes esto trabalhando com a certificao

    de parceiros, para que tenham garantias de condies na implantao de seus sistemas.

    As paredes de concreto e alvenaria que compe o modelo tradicional de construo

    de CPDs acumulam umidade cristalizada desde a sua construo, em caso de altas

    temperaturas essa umidade se despende das paredes passando sobre a forma de vapor para

    o ambiente10, o que pode danificar componentes eletrnicos e mdias11. Uma sala-cofre

    delimita um local totalmente estanque para o resto do ambiente, no apresentando

    transferncia de umidade para sua rea interna. Isso inclui a exposio a altas temperaturas,

    presso de gases corrosivos e gua.

    4.2 Aspectos gerais

    A sala-cofre composta por duas camadas envoltrias, uma camada externa

    refratria capaz de suportar temperaturas de at 1000o

    C, e uma clula interna hermtica,estanque a gases e lquidos. Um modelo didtico sobre esse conceito pode ser verificado na

    figura 1.

    Figura 1- Modelo didtico sobre as camadas da sala-cofre.

    10 De acordo com a norma NBR 11515/1990 a umidade relativa do ar limite para armazenamento de mdias de 85%. 11 Segundo Aceco TI, 100 o C so suficientes para liberar gua cristalizada do concreto.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    31/39

    30

    A cmara externa tem funo de isolar termicamente e proporcionar resistncia

    mecnica estrutura. Alguns projetistas fazem uso de uma estrutura de concreto e

    alvenaria para compor esta camada, podendo-se tambm aproveitar os tetos e paredes

    existentes, desde que estejam dentro dos padres de projeto. Existe tambm a soluo

    modular, onde a cmara externa parte integrante de um conjunto metlico que compe

    toda a sala, portanto o fabricante fornece a estrutura completa de forma a atender os

    padres de projeto.

    A camada interna composta por elementos pr-fabricados em chapas de ao com

    3 cm de espessura, conforme afirma Brasiliano (2001, pg 4). As chapas ou painis so

    montados internamente de modo que exista um vo entre a camada externa e a interna. Os

    dois conjuntos so montados de forma independente, embora estejam fixados um ao outro

    por pontos de solda. Esses pontos de fixao possuem flexibilidade para no prejudicar a

    estanqueidade do sistema no caso de deformaes.

    O acesso sala-cofre feito atravs de duas portas subseqentes: a primeira refratria integrada cmara externa e abre para fora, a segunda uma porta estanque

    integrada a cmara interna e abre para dentro. O estado normal das portas fechado, sendo

    os comandos de abertura enviados atravs de um sistema eletrnico de controle de acesso.

    O nvel de segurana desse sistema, pode ser de um simples crach de identificao,

    passando por autenticao com cdigos numricos podendo chegar at a identificao

    biomtrica, onde se verificam as digitais dos dedos, a retina, a voz e a ris.

    O sistema que gerencia a abertura das portas tambm pode ser acionado para trav-

    las em caso de invases empresa, no entanto as requisies de sada, isto , pessoas que

    esto dentro da sala podem abrir as portas normalmente, pois se assim no fosse, a vida

    humana estaria em perigo.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    32/39

    31

    Para um nvel de segurana maior recomendado que a sala-cofre tenha um

    sistema de deteco de incndio, bem como um sistema de combate, com a utilizao de

    descarga de gs supressor de combusto. Esse gs no deve ser txico ao ser humano,

    sendo sua descarga fruto da deciso que o sistema automtico deve tomar ao se identificar

    com preciso a incidncia de combusto dentro do ambiente. Alm disso, deve ser

    acionado um alarme avisando a ocorrncia do sinistro aos empregados responsveis pelas

    aes imediatas.

    O cabeamento eltrico e de dados que chega sala-cofre deve ser totalmente

    estruturado e passar por quadros de blindagem modular que permitam o isolamento do

    ambiente interno. tambm recomendvel a cobertura de todos os cabos e tubulaes com

    massa do tipo corta-fogo12 para evitar propagao de incndio pelos seus leitos. Esses

    cabos trafegam pelo piso elevado da sala, que possui uma estrutura preparada para receb-

    los de acordo com as normas internacionais de cabeamento estruturado.

    4.3 Aplicaes

    A salas-cofre so recomendadas para abrigar equipamentos que possam trabalhar

    sem interveno humana, conforme afirma Brasiliano (2001, pg 4). As principais

    aplicaes do conceito so voltadas para servidores de rede, discos e fitotecas robotizadas,

    equipamentos de comunicao e outros itens de funcionamento crtico.

    Geralmente o que tem se visto nas grandes empresas a adoo de se construir um

    datacenter 13 e dentro dele abrigar a sala-cofre. Isto eleva o grau de segurana dos

    servios informatizados, porm o custo de implantao de uma sala-cofre ainda muito

    12 Massa especial para cabos e tubulaes, com o principal objetivo de isolamento trmico.13

    Datacenter um termo atual utilizado pelo mercado que significa um grande CPD, com recursos tecnolgicos e com

    capacidade para crescimento. Por causa do alto investimento para sua implantao, um novo ramo de negcio surgiu,onde a empresa dona do datacenter aluga servios para outras empresas, garantindo segurana e disponibilidade defuncionamento.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    33/39

    32

    alto, bem como os equipamentos que a compe e os servios de profissionais

    especializados. Em todo caso vale a ressalva de que todo o investimento despendido,

    depender de quo valorosas so as informaes que se deseja guardar.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    34/39

    33

    Concluso

    Tivemos ao longo deste trabalho a insero de vrios conceitos tcnicos voltados

    para a segurana fsica da informao. No obstante os casos exclusos, certamente o grau

    de profundidade que se chegou foi demais adequado para o propsito que tnhamos

    inicialmente. Em nosso entendimento, a meta que se definiu de estabelecer padres de

    segurana e conhecer mais sobre as diferentes disciplinas que a envolvem, foi atingida por

    completo. Sabemos porm que observaes podem chegar a citar as omisses que tivemos,

    no entanto em nossa viso os pontos abordados englobam os mais importantes temas de

    interesse nesse assunto.

    Foi de extrema importncia a utilizao das referncias bibliogrficas, pois a fuso

    dos seus contedos nos proporcionou uma pluralidade de idias que se autocompletavam

    ao longo do texto, enriquecendo-o de forma significante.

    Descobrimos tambm que o assunto que abordamos ainda tem muito a se

    desenvolver sobre a forma de literatura, pois tivemos dificuldades para reunir o materialadequado para trabalhar. Alm disso percebi que algumas passagens escritas cerca de

    somente cinco anos atrs, j no valem mais. Portanto para quem leu esse trabalho no

    espere que aqui estejam informaes totalmente duradouras, pois o avano da tecnologia e

    as novas necessidades certamente o tornaro muito em breve parcialmente obsoleto.

    Quanto a isso a concluso que tenho que apesar de ter chegado onde desejava, o

    esforo para se manter a segurana fsica um trabalho contnuo de atualizao e

    implementao de tecnologias, que s cessar quando no houver mais ameaas.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    35/39

    34

    Referncias Bibliogrficas

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS.NBR ISO/IEC 17799 -Tecnologia da Informao: Cdigo de Prtica para a gesto de segurana da informao.Rio de Janeiro: ABNT, 2001.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS.NBR 11515 - Critrios desegurana fsica relativos ao armazenamento de dados . Rio de Janeiro: ABNT, 1990.

    CARUSO, Carlos A. A.; STTEFEN, Flvio Deny.Segurana em Informtica e deInformaes . 2a ed. rev. e ampl. So Paulo: Senac, 1999.

    CASTRO NETO, Jaime Spinola.Edifcios de alta tecnologia. So Paulo: Carthago &Forte, 1994.

    MARTE, Cludio Luiz.Automao Predial : A inteligncia distribuda nas edificaes.So Paulo: Carthago & Forte: 1995.

    FERREIRA, Aurlio B. de Holanda.Novo Aurlio Sculo XXI : o dicionrio da lngua portuguesa. 3a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

    LUBIANCO, Jlio. Incndio destri parte do prdio da Petrobrs.JB Online , Rio deJaneiro: 20 maio 2004. Disponvel em: . Acesso em: 28 set. 2004.

    Prejuzo de R$ 3 milhes.JB Online , Rio de Janeiro: 27 fev. 2004. Disponvel em:. Acesso em: 28 set. 2004.

    PETRAGLIA, Marcela. Incndio no Ministrio do Trabalho.JB Online , Rio de Janeiro:09 fev. 2002. Disponvel em: . Acesso em: 28 set. 2004.

    ACECO. Segurana para ambientes de TI . Disponvel em. Acesso em: 30 set. 2004.

    BRASILIANO, Antnio C. R.Conceito de segurana em reas computacionais CPD.Disponvel em . Acesso em: 6 ago. 2004

    SCUA. A Norma Brasileira para a Gesto da Segurana da Informao (ISO/IEC17799). Disponvel em . Acesso em: 10 ago. 2004

    ANTUNES, Edson.Planejamento de Contingncia e Continuidade de Negcios.Disponvel em . Acesso em: 10 out. 2004.

    SOUZA, Renato Bernardes.Proteo passiva contra incndios. Disponvel em. Acesso em: 12 out. 2004.

    http://www.jb.com.br/http://www.jb.com.br/http://www.jb.com.br/http://www.aceco.com.br/acecoti/seguranca/seguranca.htmlhttp://www.brasiliano.com.br/http://www.brasiliano.com.br/http://www.scua.com.br/seguranca/artigos/norma17799.htmhttp://www.scua.com.br/seguranca/artigos/norma17799.htmhttp://www.scua.com.br/http://www.modulo.com.br/http://www.modulo.com.br/http://www.unifrax.com.br/http://www.unifrax.com.br/http://www.unifrax.com.br/http://www.modulo.com.br/http://www.scua.com.br/http://www.scua.com.br/seguranca/artigos/norma17799.htmhttp://www.scua.com.br/seguranca/artigos/norma17799.htmhttp://www.brasiliano.com.br/http://www.aceco.com.br/acecoti/seguranca/seguranca.htmlhttp://www.jb.com.br/http://www.jb.com.br/http://www.jb.com.br/
  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    36/39

    35

    Anexo A

    Publicado em.: 20/05/2004..........Fonte..: JORNAL DO BRASILPgina.......: 018.................Edio.: 01Autor: Jlio Lubianco

    Incndio destri parte do prdio da Petrobrs

    Parte da laje do ltimo andar desabou de madrugada. No houve feridos.

    Um incndio destruiu, na madrugada de ontem, 650 metros quadrados do 26andar do prdio sede da Petrobrs, na Avenida Repblica do Chile, no Centro. O fogofoi controlado pelos bombeiros e no houve vtimas. No local, funcionava a centralde telecomunicaes do edifcio, que foi danificada . Parte da laje do prdiodesabou devido dilatao provocada pelo fogo.

    Funcionrios sentiram cheiro de fumaa e borracha queimada e alertaram a

    brigada de incndio interna da empresa, que iniciou o combate s chamas. Bombeirosde quatro quartis foram chamados e controlaram a situao em pouco mais de duashoras. Eles precisaram entrar no prdio, pois a escada Magirus no chegava at ofogo, no ltimo andar.

    Segundo o coronel Roni Azevedo, o trabalho foi feito com relativa facilidadedevido ao bem estruturado sistema de preveno do prdio, que conta com sensoresde fumaa e uma brigada de incndio. Depois de extinto o fogo, o trabalho derescaldo, para evitar novos focos, se estendeu at o incio da manh.

    Mais de 3 mil pessoas trabalhavam no local, mas apenas alguns funcionrios dalimpeza, segurana e manuteno estavam no prdio durante o incndio. Por

    precauo, a empresa suspendeu o expediente. Com o prdio interditado, osfuncionrios que chegavam para trabalhar eram orientados para voltar no diaseguinte.

    No incio da noite, a empresa divulgou nota informando que as causas do incndioainda no so conhecidas. Uma comisso formada por funcionrios, Conselho Regionalde Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ) e Sindipetro-RJ vai investigar as causas doincidente.

    Pela manh, todos os telefones do prdio estavam fora de operao, j que ofogo atingiu exatamente a central de telecomunicaes do prdio. Uma reunio dadiretoria com investidores e analistas, para apresentao do planejamento estratgicoanual, foi transferida para o prdio da BR Distribuidora, no Maracan. Durante o dia,tcnicos e peritos do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil fizeram uma inspeo paratentar identificar as possveis causas do fogo. Foi mantida a interdio dos trs ltimosandares e liberado o restante do edifcio. O Instituo de Criminalstica Carlos boli vaidivulgar o laudo da percia em 30 dias.

    O Sindicato dos Profissionais da Petrobrs divulgou nota defendendo arealizao de concursos pblicos para ocupar postos de trabalho terceirizados. Deacordo com o sindicato, a terceirizao aumenta o risco de problemas, e outros focosde incndio no mesmo edifcio j foram controlados por profissionais que conhecembem o local. O sindicato alega que um funcionrio que no conhea detalhadamente oambiente de trabalho no tem condies de atuar com a mesma eficincia.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    37/39

    36

    Anexo B

    Publicado em.: 27/02/2004..........Fonte..: JORNAL DO BRASILPgina.......: 026.................Edio.: 01Autor: no divulgadoPrejuzo de R$ 3 milhes

    O incndio na sede da Eletrobrs dever causar um prejuzo de R$ 2 a R$ 3milhes para a estatal , que ser coberto pelo seguro. Essas so as estimativaspreliminares do presidente em exerccio e diretor financeiro interino da companhia,Jos Drumond Saraiva.

    O executivo explicou que, alm do seguro predial, com a Porto Seguro, no valorde R$ 23 milhes, a Eletrobrs tinha seguro prprio de at R$ 11,5 milhes, com aMartima Seguradora, para cobrir equipamentos no local. Apesar de admitir perda

    de informaes importantes para a empresa , Saraiva explicou que grande partedos documentos estava digitalizada na rede de computadores e foi salva quando oprimeiro foco de incndio foi apagado e a equipe de informtica da estatal pde entrarno prdio.

    Vamos contabilizar perdas nos nossos ativos de conhecimento , mas issono afeta o funcionamento da empresa - explicou.

    Saraiva no quis especular sobre a causa do incndio mas desconsiderou apossibilidade de uma ao criminosa. Mesmo assim, a estatal solicitou ao ConselhoRegional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) ajudanas investigaes.

    Ao todo, cerca de 900 funcionrios e prestadores de servios da Eletrobrstrabalhavam no prdio - outros 250 ligados Sul Amrica Capitalizao.

    A Eletrobrs a maior companhia do setor eltrico brasileiro e tem um valor demercado (soma do preo de todas as aes) de R$ 18 bilhes. Segundo estimativas deanalistas, o faturamento da estatal no ano passado deve ser de R$ 18 bilhes, comlucro lquido de R$ 2 bilhes.

    A empresa uma holding, que controla as maiores geradoras de energia dopas, que so Chesf, Furnas e Eletronorte. Alm disso, a companhia controla aEletronuclear, que administra as usinas nucleares de Angra 1 e 2.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    38/39

    37

    Anexo C

    Publicado em.: 09/02/2002..........Fonte..: JORNAL DO BRASILPgina.......: 13..................Edio.: 1Autor: MARCELA PETRAGLIA

    Incndio no Ministrio do Trabalho

    Um incndio destruiu no incio da noite de ontem os quatro ltimos andares daantiga sede do Ministrio do Trabalho, na Rua da Imprensa, Centro do Rio, onde hojefunciona o Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Pelo menos 30 mil processos

    judiciais foram queimados em gabinetes de juzes localizados no 11 andar, deonde as chamas se alastraram, a partir das 18h, at o 12 pavimento, destruindo asinstalaes da Delegacia Regional do Trabalho e salas do TRT no 13 pavimento. Nacobertura, no 14 andar, foi atingido o gabinete do ministro do Trabalho, FranciscoDornelles, que viajou para o Rio to logo soube do incndio. s 22h o fogo continuavaalto e ameaava o 10 andar.

    Havia pelo menos sete pessoas no prdio quando o fogo comeou. Os bombeirosdemoraram 20 minutos para chegar ao local. Helicpteros foram acionados e houvedificuldade para obter gua: seis hidrantes no funcionaram e o coronel bombeiroPaulo Ramos atribuiu a falha ao incidente provocado por um gamb em umaelevatria da Cedae, na quarta-feira . Carros-pipa da prefeitura tambm foramusados. Os bombeiros ainda enfrentaram o mau estado das mangueiras, repletas defissuras. No houve vtimas graves, mas no terrao do 14 andar estavam osegurana Laerte Oliveira, que feriu a mo esquerda ao quebrar uma vidraa de sadade emergncia, e uma funcionria identificada apenas como Iolanda, que trabalhavano 12 andar e desceu at o 10 andar para desligar computadores.Ambos foram

    resgatados do prdio por cordas.Ainda no h informaes sobre a origem do fogo no prdio, construdo em 1940,

    no governo Getlio Vargas. Caber Polcia Federal investigar. " um prejuzoincomensurvel. Meu carnaval acabou. No sei o que farei para fazer otribunal funcionar na quinta-feira", alarmou-se a presidente do TRT, a juza AnaMaria Cossermelli. A rea em torno do edifcio foi isolada, pois pedaos de vidros eesquadrilhas das janelas comearam a despencar. Segundo o juiz Luiz Carlos de Brito,de 70 anos, aposentado, os processos destrudos podero ser retomados, com acolaborao das partes, que devero ceder novamente cpias dos documentosnecessrios. " uma tragdia", lamentou o magistrado, que trabalhou 15 anosno prdio onde funcionam 43 varas trabalhistas, com 10 mil processos

    tramitando em cada uma.

  • 8/12/2019 seguranca_fisica

    39/39

    38

    Anexo D

    Lei n 4.150/62:"Art. 1

    Nos servios pblicos concedidos pelo Governo Federal, assim como nos de naturezaestadual e municipal por ele subvencionados ou executados em regime de convnio,nas obras e servios executados, dirigidos ou fiscalizados por quaisquer repartiesfederais ou rgos paraestatais, em todas as compras de materiais por eles feitas,bem como nos respectivos editais de concorrncia, contratos ajustes e pedidos depreos ser obrigatria a exigncia e aplicao dos requisitos mnimos de qualidade,utilidade, resistncia e segurana usualmente chamados 'normas tcnicas' eelaboradas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas, nesta lei mencionada pelasua sigla 'ABNT'." (grifou-se)

    Anexo E

    Alguns artigos do Novo cdigo civil

    - Art. 186: Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia,violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete atoilcito

    - Art. 187: Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo,excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pelaboa-f ou pelos bons costumes

    - Art. 927: Aquele que, por ato ilcito, causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.

    Par. nico: Haver obrigao de reparar o dano, independentemente de culpa, noscasos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida peloautor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.