segurança no trabalho em máquinas e...

NR 12Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

Fevereiro de 2017

HISTÓRICO DAS NEGOCIAÇÕES:

- Publicada em 1978;- Sofreu doze alterações (fev/2017);- Alteração Substancial – publicada em dez/2010;- Aprovada de forma tripartite (gov, emp, trab);- Resultado de dois anos de negociações;- Representantes “Técnicos”;- Passou de 40 para mais de 340 itens;

REFERÊNCIAS NO PROCESSO DE REVISÃO:

- Convenção 119 da OIT (Proteção de Máquinas);- CLT (Arts. 184 a 186);- Convenções Coletivas do Estado de São Paulo;- Normas Técnicas da ABNT e Internacionais;- Normas Técnicas do MTb;- Diretiva “Máquinas” da União Europeia;

NR 12 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Normas Tipo “A” - Normas fundamentais de segurança;Normas Tipo “B” - Normas de Segurança relativas a um grupo;Normas Tipo “C” - Normas de segurança por categoria de Máquinas.


17,5% Indústria

Normas tipo A

NBR NM 213 – 1 e 2Segurança de máquinasConceitos básicos, princípios gerais para projetos parte EN 292 –1/2/3

Normas tipo B

Normas tipo B1Aspectos gerais de segurança

NBR 13852 – Distâncias seguras para impedir acesso a zonas de perigo pelos membros superiores (EN 294)

NBR 13854 – Folgas mínimas para evitar esmagamento de partes do corpo humano(EN 349)

NBR 14153 – Segurança de máquinas: Parte de sistemas de comando relacionadas à segurança, princípios gerais de projeto(EN 954-1)

NBR 14154 – Segurança em máquinas: Prevenção de partida inesperada(EN 1037)

Normas tipo B2Componentes utilizados na segurança

NBR 13759 – Equipamentos de parada de emergência, aspectos funcionais, princípios para projetos(EN 418)

NBR NM 273 – Dispositivos de intertravamento associados a proteções – Princípios para projeto e seleção(EN 1088)

NBR NM 272 – Requisitos gerais para o projeto e construção de proteções (fixas e móveis)(prEN 953)

NBR 13853 – Distâncias seguras para impedir acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores(prEN 811)

NBR 14009 – Princípios para apreciação de riscos(EN 1050)

NBR 14152 – Segurança em máquinasDispositivos de comando bi-manuaisAspectos funcionais e princípios para projeto(EN 574)

EN 60204-1 – Segurança de máquinas – Equipamento elétrico de máquinas – Parte 1 Especificações para requisitos gerais.

Normas tipo C

NBR 13862 - Transportadores contínuos - Requisitos de segurança para o projeto

NBR 13865 - Cilindros de massas alimentícias -Requisitos de segurança

NBR 13867 - Picadores de Carne - Requisitos de segurança

NBR 13536 - Máquinas injetoras para plásticos e elastômeros. Requisitos técnicos de segurança para o projeto, construção e utilização

NBR 13930 - Prensas mecânicas - Requisitos de Segurança

NBR 13 936 - Máquinas de moldagem por sopro destinadas à produção de artigos ocos de termoplástico - Requisitos Técnicos de segurança para projeto e construção.

Tipos de Normas

Normas Tipo A – Normas fundamentais de segurança: definem, a rigor, osconceitos fundamentais, princípios de projeto e aspectos gerais válidos à todamáquina;

Normas Tipo B - Normas de Segurança relativas a um grupo: tratam de umaspecto ou tipo de dispositivo condicionador de segurança de uma gama demáquinas:

Normas Tipo B1 – Normas sobre aspectos particulares de Segurança, sãoexemplos: Distância de Segurança, Temperatura de superfícies e Ruído;

Normas Tipo B2 – Normas sobre dispositivos condicionadores de Segurança, porexemplo: comando bimanuais, dispositivos de intertravamento, dispositivossensíveis a pressão, proteções;

Normas Tipo C – Normas de segurança por categoria de Máquinas: dãoprescrições detalhadas de segurança a um grupo particular de máquinas.

ALGUNS PROBLEMAS QUANDO DA PUBLICAÇÃO DA NORMA:

• Obrigações iguais para fabricantes e usuários;

• Retroatividade de obrigações para máquinas usadas;

• Inclusão de conceitos técnicos idealizados apenas para as máquinasnovas;

• Custo “inicial” de mais de R$ 100 bilhões;

• Falta de tratamento diferenciado para as MPE;

• Alta complexidade do texto;

• Prazos insuficientes para adequação;

• Desincentivo a exportação nacional de máquinas e equipamentos.


600 Auditores Fiscais do

Trabalho foram capacitados na NR

12 nos anos de 2011 e 2012

“Prioritária para SIT/MTb”


AÇÕES DO SISTEMA INDÚSTRIA APÓS REPUBLICAÇÃO DA NR 12:

• Coordenação da representação empresarial na CNTT da NR 12;

• Mobilização das Federações, Sindicatos e Associações Industriais;

• Provocação de outros Ministérios afetos a matéria;

• Mudança dos representantes da CNTT da NR 12 do MTb;

• Realização de reuniões com os setores industriais;


Construção da Proposta Empresarial para a NR 12:

• Realização de reuniões setoriais para acolher sugestões acerca daproposta de texto elaborado;

• Realização de duas consultas nacionais entre Federações, Conselhode Relações do Trabalho da CNI, Departamentos Regionais do SESIe SENAI, Sindicatos, Associações e Empresas;

• Protocolada Proposta Empresarial no MTb em 06/02/2014.

• Formação de grupo multidisciplinar empresarial para elaboração deproposta de texto base para a NR 12;

• Análise de todas as sugestões recebidas;

PROPOSTA EMPRESARIAL - DOCUMENTOS BASE :

• Diretiva Europeia de Máquinas (2006/42/CE - para fabricantes ecomerciantes);

• Diretiva Europeia de Equipamentos de Trabalho no Trabalho(2009/104/CE – para os empregadores);

• O texto da NR 12 revisado na CNTT no período de 2011 à 2013;

• Não foram objeto de discussão os Anexos da NR 12 vigentes há época.

ENTIDADES QUE ENCAMINHARAM PROPOSTAS A CNI:

• Federações: FIEAM, FIEB, FIEPR, FIEPE, FIERGS, FIESC, FIESP,FINDES, FIRJAN, SENAI/SP, SESI/BA, SESI/MA, SESI/RN,SESI/RR, SESI/RS, SESI/SC.

• Associações/Sindicatos: Abiepan, Abimaq, Abip, Abiplast, Abit,Abrabe, Abtcp, Anicer, Simplast/AM, Sindaçucar/PE, Sindipão/GO,Sindiplast/SP, Sindusfarma/SP, Sinicon, Siniem, Sinplast/RS, Unica.

• 5º Encontro da Rede de SST do Sistema Indústria: 1 representantede cada Federação da Indústria e Departamento Regional do SESI –5 e 6/12/2013;

• Empresas: 53 empresas.

Premissas defendidas pelo Sistema Indústria


A “Proposta Empresarial” protocolada no MTb solicitava ainda:

revogação das exigências da atual NR 12 e a adoção da

proposta empresarial;

fixação de prazos para as empresas se adaptarem às novas

regras;

suspensão da NR 12 até que a proposta empresarial fosse

discutida na Comissão Nacional Tripartite Temática da NR 12.

19º Reunião da CNTT NR 12 (abril de 2014):

Não acatamento da Proposta Empresarial pelas Bancadas de Governo e

de Trabalhadores;

Ministério Público do Trabalho e o Sindicato Nacional dos Auditores

Fiscais do Trabalho posicionaram se contrários a Proposta Empresarial,

sem terem analisados previamente o documento;

Deliberado que a partir deste momento todas as novas negociações da

NR 12 levarão em consideração três textos: a norma vigente; o texto

rediscutido na CNTT (2011 a 2013); e a proposta da Bancada

Empresarial;

22ª CNTT DA NR 12 (agosto de 2014):

O Ministério do Trabalho apresenta na reunião da CNTT uma propostade texto completa para a NR 12:

-corpo da norma;-11 anexos; e-glossário.

0

50

100

150

200

250

Total de itens Itens iguais Itens diferentesSérie1 245 133 112

Proposta do MTb comparada com o texto da NR 12 vigente há época

MTb

54% 46%

AÇÕES DO SISTEMA INDÚSTRIA:

• Encaminhamento da proposta do MTb (06/08) para:

* Federações da Indústria;* Associações Industriais;* Grupo de Trabalho Empresarial da NR 12 da CNI (174 Membros);* Conselho de Relações do Trabalho da CNI.

• As tabelas encaminhadas pelo Sistema Indústria tinham três opções derespostas por item:

“Não” – Manter texto original;“Sim” – Aceitar a proposta MTb;“Nenhum” – Os dois textos não atendem os anseios empresariais.

Quantidade de manifestações recebidas pelo Sistema Indústria sobre a proposta do MTb:

Total 257

Organizações que responderam a consulta da CNI sobre a NR 12 (percentual):

0,05,010,015,020,025,030,035,040,045,0

43,5%

24,0%20,1%

6,5% 3,9% 1,9%

ParáRoraima

MaranhãoBahia

Espiríto SantoParaíbaGoiás

Distrito FederalCeará

Mato GrossoPernambuco

ParanáRio de JaneiroMinas Gerais

Rio Grande do SulAmazonas

Santa CaratinaSão Paulo

0,8

0,80,8

0,80,81,51,51,51,51,51,5

3,15,45,45,45,4

18,543,8

Unidades da Federação que responderam a consulta sobre a proposta do MTb

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

QuímicaCerâmica

PneuSucroalcooleiroConstrução Civil

CalçadosVestuário

MetalPanificação

GráficoAlimentação

Máquinas e EquipamentosMetalúrgica

PlásticoMóveis

Veículos AutomotoresFederações/SESI/SENAI

Têxtil

0,81,71,71,71,71,71,72,52,52,53,43,43,4

5,95,95,9

12,724,6

Setores industriais que responderam a consulta sobre a proposta do MTb:

RESPOSTA A PROPOSTA DO MTb:

• 26.000 respostas aos 245 itens do Corpo da NR 12;

• 2 Reuniões do GT Empresarial da NR 12;

• 1 Consulta Nacional a Fed/Sind/Ass/Sistema “S”/ Empresas;

• 4 Reuniões Setoriais (2 Panif., 1 Máq. Agrícolas e 1 Calçados);

• 7 Reuniões da GERT/DJ da CNI (10 dias – “full time”)

• 3 Reuniões Deliberativas do Comitê Empresarial da NR 12:(CNI, CNC, CNA, FIESP, FIRJAN, FIESC, FIEPR)

(+ 1000 Horas de trabalho/homem)

RESPOSTA A PROPOSTA DO MTE:

• Deliberações do Comitê Empresarial da NR 12:

- 34 - De Acordo;- 146 - De Acordo com Ressalvas;- 63 - Divergentes;- 26 - Inclusões

• Manutenção das Premissas da CNI apresentadas ao MTE:

- Linha de corte temporal;- Diferenciação de obrigações para Usuários e Fabricantes;- Tratamento mais favorável para as MPE;

OUTRAS AÇÕES GOVERNAMENTAIS EM 2014:

• Publicação da IN N.º 109, de 04 de junho de 2014 (PEF Setorial):

- Promessa do MTb ao setor empresarial para a solução do problema;- Não atendeu aos anseios dos segmentos industriais;- Participação do representante dos trabalhadores na fiscalização.

• Publicação da Portaria Interministerial N.º 8, de 25 de setembro de 2014:

- Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamento;- MTE, MDIC e Ministério da Fazenda;- Nível de Secretário e Diretor;- Poderá criar Grupos de Trabalhos setoriais;- Apenas “1” reunião desta a sua criação;- Não teve “efetividade”.


• Publicação da Nota Técnica N.º 36/2014 DSST/SIT/MTE

- Interessa á inspeção do trabalho que a competência legal seja atribuída aosAuditores Fiscais do Trabalho, de modo a promover a celeridade naaplicação das medidas de interdição e embargo ante as situações riscograve e iminente à saúde e a vida dos trabalhadores.

• Publicação da Portaria N.º 1.719, de 5 de novembro de 2014:

- Disciplina os procedimentos relativos aos embargos e interdições;- Suspender, temporariamente, a vigência da Portaria nº 40, de 14/01/2011,

considerando a decisão proferida no curso da Ação Civil Pública nº0010450-12.2013.5.14.0008 (Rondônia).

Ações do Sistema Indústria no final de 2014 e início de 2015:

Negociações Políticas:

Apresentação dos impactos da NR 12 nos segmentos industriais e solicitação

de suspensão da norma para a Presidente Dilma Rousseff, nas duas reuniões do

Fórum Nacional da Indústria, no Palácio do Planalto;

Solicitação do Presidente CNI e de diversos Presidentes de Federações da

Indústria ao Ministro do Trabalho, para suspender a atual NR-12 até que as

negociações na CNTT da NR estivessem finalizadas;

Encaminhamento da correspondência ao Ministro da Casa Civil:

informando os impactos negativos das NRs, em especial a NR-12;

Solicitação de suspensão da atual NR;

Atendimento às premissas da CNI em relação NR-12;

Cautela no ritmo de revisão das NRs.

Ações do Sistema Indústria (2014):

Negociações Técnicas:

Ausência de avanços nas negociações da CNTT;

Realização de reuniões em paralelo com o Secretário da SIT para encontrar

alternativas de avanços nas negociações;

Apoio na construção de propostas de texto para os anexos da NR 12, por meio de

encontros setoriais:

Panificação e confeitaria:

Máquinas agrícolas e florestais;

Calçados e afins;

Artefatos de borracha e afins e;

Frigoríficos.

Ações do Sistema Indústria (2014):

Ações Jurídicas:

Criação do Grupo de Trabalho Jurídico sobre a NR-12 (GERT/CNI, DJ/CNI,

FIESC, FIESP, FIRJAN, e FIEPR);

Elaboração de duas importantes teses jurídicas:

I. Ação anulatória de Auto de Infração com pedido de antecipação de tutela

(disponibilizada às Federações); e

II. Ação de cumprimento de obrigação de fazer em face da União e do Inmetro,

requerendo a condenação das entidades à certificação da conformidade

técnica das máquinas e equipamentos objeto da NR n.º 12;

Obtenção Liminar favorável ao Sindicato da Indústria da Madeira de Caçador /SC.

“2015” e “2016”Diminuição de conflitos e busca de consensos na CNTT da NR 12Muitas mudanças pontuais no corpo da norma foram publicadas:- Portaria MTE n.º 857, de 25 de junho de 2015;- Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015;- Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016; - Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016;- Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro de 2016;Publicação de “4” Notas Técnicas pela SIT/MTb:- Nota Técnica DSST/SIT n.º 48/2016;- Nota Técnica DSST/SIT n.º 176/2016;- Nota Técnica DSST/SIT n.º 253/2016; e - Nota Técnica DSST/SIT n.º 254/2016.

Dois Anexos (Panificação e Açougue) foram totalmente revistos;Dois Anexos (Máquinas Agrícolas e Equipamentos de Guindar) foram parcialmente revistos.


06/02/2017


06/02/2017

Ordem Geral :

Publicação de 03 Portaria e 04 Notas Técnicas com pontos positivos

Exclusão de atendimento as exigência da NR 12 para as máquinas fabricadas na Europa (NT 48/16);

Exclusão de atendimento as exigência da NR 12 para as ferramentas portáteis e semi-estacionárias;

Não retroatividade das alterações das Normas Técnicas ABNT ou Internacionais (Port. 1.111/16);

Alteração do Conceito Falha segura para Estado da Técnica (Port. 509/16)

Exclusão de atendimento a NR 12 para as máquinas destinadas a exportação;


06/02/2017

Setor de Panificação:

Exclusão das máquinas Certificados pelo INMETRO; Exclusão das máquinas/equipamentos classificados como

eletrodomésticos; Flexibilização de várias exigências; Exclusão de algumas máquinas do setor de panificação; Linha de Corte temporal respeitando o momento

construtivo da máquina; Novos prazos


06/02/2017


Linha de Corte temporal respeitando o momento construtivo da máquina;

Simplificação das exigências para os dispositivos hidráulicos e pneumáticos.

Simplificação das exigências para as dobradeiras

Possibilidade de se adotar soluções tecnológicas alternativas, quando não for possível atender ao que dispõem a NR 12, desde que observe o mesmo padrão de segurança e seja feito por profissional legalmente habilitado.

“Na impossibilidade da aplicação das medidas prescritas neste anexo,podem ser adotadas, outras medidas de proteção e sistemas desegurança nas prensas e similares, observados os itens 12.5 e 12.38.1,desde que garantam a mesma eficácia das proteções e dispositivosmencionados neste anexo, e atendam ao disposto nas normas técnicasoficiais vigentes e, na ausência dessas, normas internacionais eeuropeias harmonizadas tipo A e B aplicáveis”.

Setor de Metal Mecânica – Anexo de Prensas (em negociação):

06/02/2017


Setor Plastico:

Exclusão da exigência de válvula de segurança monitorada por interface de segurança para as máquinas fabricadas antes de junho de 2016;

As máquinas que estão, comprovadamente, em processo de aquisição ou importação até o dia 1 de janeiro de 2017, também estão desobrigadas da exigência da válvula.

Impacto de R$ 500 milhões

06/02/2017


Adoção do critério de dupla visita para todas asempresas fiscalizadas pela NR 12 duram ospróximos 36 meses;

Extensão do prazo para adequação de 60 dias para12 meses, sem necessidade de anuência daSuperintendências Regional do Trabalho;

Sendo necessário prazo superior a 12 meses ochefe da fiscalização de Saúde e Segurança do SRTpoderá aprovar qualquer prazo desde que hajajustificativa técnica ou financeira, ficandodispensado a anuência do sindicato dostrabalhadores (Modelo SESI-RJ)

Durante o prazo concedido a empresa não poderáser autuada.

Não pode ocorrer fiscalização indireta (notificaçãocoletiva por carta)

Publicação de Instrução Normativa nº 129/17 instituindo Procedimento Especial de Fiscalização, com as seguintes ações:

06/02/2017


Outras ações propostas não previstas no acordo:

Priorizar, na CNTT, a separação das obrigações entre fabricantes eusuários, conforme premissa empresarial;

Concessão de prazos, em itens específicos do anexo de prensas, de atécinco anos para adequação;

Celebração de convênio com o SESI/SENAI para capacitaçãoprofissional e empresarial em segurança de máquinas e equipamentos,com a elaboração de cartilhas, cursos, treinamentos, campanhas etc.

06/02/2017


Impacto das alteração alcançadas na NR 12 para as indústrias brasileiras:

R$ ?? Bilhões

NR 12 – PORTARIA SIT/MTE 857/2015:

SIMPLIFICAÇÃO DAS REGRAS PARA AS MPE:

- Máquinas e equipamentos fabricados antes de 24/06/2012 (sem manual):

• Elaboração de ficha contendo informações básicas;• Feita pelo próprio empregador ou por pessoa

designada por ele;

- Dispensa em realizar o inventário das máquinas e equipamentos;

- Treinamento dos trabalhadores com caráter simplificado:

- Ser ministrado por trabalhador da empresa que possua capacitação.


SUBSTITUIÇÃO DO CONCEITO “FALHA SEGURA” POR “ESTADO DA TÉCNICA”:

Falha Segura (como era):

-Possibilidade de falha com risco de acidente com a máquina:• Prever a ida para uma situação ou estágio seguro. • Impraticável para a grande maioria das máquinas.

Estado da Técnica (nova regra):

- Realizar análise de riscos;- Considerar as características operacionais específicas das máquinas e

equipamentos;- Considerar o processo/local onde estão instaladas;- Uso de dispositivos de segurança mais eficazes;- Avaliar limitações tecnológicas e de custo.

NR 12 – PORTARIA SIT/MTE 857/2015:FLEXIBILIZAÇÃO DOS SISTEMAS DEACIONAMENTO EM EXTRA BAIXA TENSÃO :Para as máquinas e equipamentos fabricados até24/03/2012

-Apreciação de risco (APR);-Com risco de choque (APR): • adotar sistema em extra baixa tensão (25 VCA ou 60 VCC); ou • outra medida de proteção disposta em normas técnicas oficiais vigentes.

-Sem risco de choque (APR): Acionamento convencional.

Para as máquinas e equipamentos fabricados após 24/03/2012

• Adotar sistema em extra baixa tensão (25 VCA ou 60 VCC); ou

• Outra medida de proteção disposta em normas técnicas oficiais vigentes.


MÁQUINAS PARA EXPORTAÇÃO:

As máquinas e equipamentos comprovadamentedestinados à exportação ficam isentos do atendimentoaos requisitos técnicos de segurança previstos na NR-12;

Passam a ter caráter prioritário em relação as demais obrigações contidas no corpo da norma.

ANEXOS DA NR 12:


A NR-12 NÃO SERÁ APLICADA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS:

- Movidos ou impulsionados por força humana ouanimal;

- Expostos em museus, feiras e eventos, sem fins produtivos, desde quedotados de medidas de preservação da integridade física dos visitantes eexpositores, e;

- Classificados como eletrodomésticos.


OBRIGAÇÕES PARA OS TRABALHADORES:

Foram estabelecidas obrigações específicas para ostrabalhadores na NR 12, com base no compartilhamentode parte da responsabilidade pelo uso da máquina ouequipamento

“12.134 É proibida a fabricação, importação, comercialização, leilão, locação,cessão a qualquer título, exposição e utilização de máquinas e equipamentos quenão atendam ao disposto nesta Norma”.

EXCLUI A PALAVRA “UTILIZAÇÃO” DO ITEM 12.134:


DISPOSITIVO DE PARADA DE EMERGÊNCIA (BOTÃO DE EMERGÊNCIA):

O texto da norma retirou a obrigação de equipar comdispositivo de parada de emergência as máquinasmanuais, as máquinas autopropelidas e tambémaquelas máquinas nas quais o dispositivo não contribuipara a redução do risco.

As novas regras também simplificaram obrigações relativas à reconstituição demanuais inexistentes ou extraviados das máquinas e equipamentos queapresentem riscos. Isso porque passaram a permitir que o manual possa serreconstituído pelo empregador ou pessoa por ele designada, sob aresponsabilidade de profissional qualificado ou legalmente habilitado

MANUAL DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS:


MÁQUINAS E IMPLEMENTOS PARA USO AGRÍCOLA E FLORESTAL (ANEXO XI):

As obrigações de segurança para as novas máquinasautopropelidas e equipamentos de uso agrícola eflorestal, foram harmonizadas com normas técnicasinternacionais (normas ISO) que são referência para oprojeto de fabricação desse tipo de produto, permitindo,assim, que os equipamentos fabricados no Brasilestejam em conformidade com as regras praticadas emoutros países.

NR 12 – PORTARIA MTPS 509/2016:

Antes da portaria, havia apenas duas possibilidades deadequação técnica dos circuitos elétricos de partida e paradadas máquinas e equipamentos à NR 12 – uma descrita pelaprópria norma e outra pela utilização das Normas TécnicasBrasileiras (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas(ABNT). O item 12.37 passou agora a permitir a opção dasempresas por outras três possibilidades de adequação técnicados circuitos elétricos, além das duas anteriores.

CIRCUITO ELÉTRICO DE PARTIDA E PARADA:

De acordo com as novas regras, os ensaios não destrutivos (END), anteriormenteexigidos pela NR 12 em todas as manutenções de máquinas e equipamentos,deverão ser realizados somente naquelas situações em que houver a indicação dofabricante.

EXIGÊNCIA DOS ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS (END) :


INSERÇÃO DO “RESET” NAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS:

A portaria previu que o “reset” somente deverá ser inserido nos projetos dasmáquinas e equipamentos quando a apreciação de risco realizada pelo fabricantedo equipamento assim o exigir. O “reset” é o procedimento para reiniciar a máquina,que, além de apenas ligar e desligar, executa outras funções que permitem acorreção de problemas, e antes era exigido em todos os projetos.

DEFINIÇÃO DE “VIDA ÚTIL DA MÁQUINA E EQUIPAMENTO” :

A portaria ainda incluiu no Glossário (Anexo IV) da norma o conceito de “Vida útil damáquina e equipamento”, esclarecendo que o tempo de vida útil indicado pelofabricante nos manuais não é uma condicionante para o descarte do equipamentopelas empresas, após findado o prazo estipulado. As empresas poderão continuar autilizar a máquina, desde que uma manutenção preventiva seja realizada.


EXCLUSÃO DA PROIBIÇÃO DE QUE MENOR DE 18 ANOS REALIZE ATIVIDADES COM MÁQUINAS:

Com essa exclusão, os menores poderão realizar suas atividades com máquinas e equipamentos, desde que haja um parecer técnico circunstanciado, assinado por profissional legalmente habilitado em segurança e saúde no trabalho, atestando a não exposição a riscos que possam comprometer a saúde, a segurança e a moral dos adolescentes. Esse parecer deverá ser encaminhado ao MTb para registro.

EXCLUSÃO DA EXIGÊNCIA DE SUPERVISÃO DE PROFISSIONAL HABILITADO NAS OPERAÇÕES DE MÁQUINAS:

A portaria também exclui a operação de máquinas e equipamentos dos serviços queenvolvam riscos de acidentes de trabalho e, portanto, devem ser planejados erealizados em conformidade com os procedimentos de trabalho e segurança, soba supervisão e anuência expressa de profissional habilitado ou qualificado.

NR 12 – PORTARIA MTb 1.110/2016:

A portaria trocou nos itens da norma a expressão “comando bimanuais” para“dispositivo de acionamento bimanual”, a fim de realizar uma adequação técnica dotexto.

CORREÇÃO DE NOMENCLATURA “DISPOSITIVOS DE ACIONAMENTO BIMANUAL” :

REVISÃO DO DIMENSIONAMENTO DE DEGRAUS DE ESCADAS :

Alteração dos requisitos da NR 12 para escadas de degraus sem espelho. Antes daportaria, os degraus deveriam ter largura de 60 cm a 80 cm, com plataformas dedescanso com 60 cm a 80 cm de largura e cumprimento em intervalos de, nomáximo, 3m de altura. A nova regra, no entanto, fixa apenas dimensões mínimas,de forma que os degraus devem ter largura útil mínima de 60 cm e as plataformasde descanso devem ter largura útil mínima de 60 cm, ainda em intervalos de, nomáximo, 3m de altura.


Foi excluída do texto da NR 12 a obrigação de se observarem as cores desinalização de segurança para máquinas e equipamentos, salvo se previsto emoutros atos normativos. Neste sentido, hoje a Norma Regulamentadora n. 26 (NR 26)– Sinalização de Segurança já remete a normas técnicas oficiais para observação decores específicas para advertência contra possíveis riscos existentes.

CORES DE SINALIZAÇÃO :

Na utilização de cestas aéreas ou de cestos acoplados em serviços em linhas, redese instalações energizadas com tensões inferiores a 1000 Volts, a norma passou aexigir que a caçamba tenha isolação própria e seja equipada com cuba isolante(liner), para garantir o grau de isolamento adequado. Contudo, ficou mantida anecessidade de se adotarem outras medidas de proteção coletivas para a prevençãodo risco de choque elétrico, nos termos da Norma Regulamentadora n.10 (NR 10) –Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.

EXIGÊNCIA DO USO DE LINER NAS CESTAS AÉREAS E CESTOS ACOPLADOS :


CRIAÇÃO DE UMA LINHA DE CORTE PARA AS MÁQUINAS CONTIDAS NOS ANEXOS VI (PANIFICAÇÃO) E VII (AÇOUGUE):

Para as máquinas usadas adequadas aos regramentos anteriores, a saber: NR-12com redação dada pela Portaria nº 12/83, cujos requisitos técnicos estavamindicados na Nota Técnica SIT nº 94/2009; ou NR12 com redação dada pelaPortaria nº 197/2010 e modificações posteriores, não é obrigatório, pelo empresário,à observância dos novos regramentos publicados.

As máquinas usadas que não estão adequadas e não estão especificadas, ouestejam excluídas do novo texto do anexo da NR-12, devem atender aos requisitostécnicos de segurança relativos à proteção das zonas perigosas, estabelecidos peloprograma de avaliação da conformidade do INMETRO, específicos para asmáquinas.

EXCLUSÃO DA NR 12 E ATENDIMENTO DOS REQUISITOS DO INMETRO:


SIMPLIFICAÇÃO DE OBRIGAÇÕES:

O novo texto dos Anexos VI e VII trazem alguns requisitos apenas esclarecedores,mas outros simplificam as obrigações dos sistemas de segurança, facilitando aaplicação da norma, essa simplificação reduz o custo dos projetos de segurançadas máquinas.

CONCESSÃO DE NOVOS PRAZOS PARA ADEQUAÇÃO:

Foram concedidos novos prazos para troca e/ou adequação de máquinas aosnovos regramentos da NR-12. Os prazos concedidos anteriormente pela Portaria nº197 de 2010, somados aos prazos de até 18 meses concedidos pela Portaria nº1.111/2016, denotam que o setor da panificação obteve aproximadamente oitoanos de prazo para adequação de suas máquinas.

NR 12 – Notas Técnicas divulgadas pela SIT/MTb:

Nota Técnica DSST n.º 48/2016 - Esclarecimentos quanto a exclusão do conceito defalha segura da Norma Regulamentadora n.° 12 (Segurança no Trabalho em Máquinase Equipamentos); quanto ao conceito de Estado da técnica; e quanto a importação demáquinas, especialmente no que tange a aplicação de normas internacionais eharmonizadas, abordando a correlação entre categoria de segurança e níveis deperformance (Perfomance LeveI. PL);

Nota Técnica DSST n.º 179/2016 - Análise sobre a aplicabilidade da NR-12 àsferramentas elétricas portáteis e ferramentas elétricas transportáveis; aplicação denormas técnicas nacionais (ABNT) e internacionais (ISO e IEC), bem como denormas Europeias (EN) harmonizadas como evidência do cumprimento do estado datécnica.

NR 12 – Notas Técnicas divulgadas pela SIT/MTb:

Nota Técnica DSST n.º 253/2016 - Análise sobre a possibilidade de utilização deválvulas que não tenham o princípio construtivo de fluxo cruzado para atendimentodo Anexo VIII – Prensas e Similares da NR-12;

Nota Técnica DSST n.º 254/2016 - Esclarecimentos sobre a alteração do item 12.58alínea “f”, que trata sobre dispositivos de parada de emergência, e sobre ascondições de aplicação dos itens 12.45.1 e 12.46.1, que tratam de proteçõesintertravadas com comando de partida, introduzidos pela Portaria MTb n.º 1.111, de21 de setembro de 2016.


• Publicação da Instrução Normativa N.º 129/2017 SIT/MTb

- Estabelece Procedimento Especial para a ação fiscal da NormaRegulamentadora nº 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas eEquipamentos – do Ministério do Trabalho (MTb). Esse ato normativodetermina que ao verificar as condições de segurança no trabalho emmáquinas e equipamentos (NR12) em utilização, o Auditor Fiscal do Trabalho(AFT) obrigatoriamente deverá instaurar o procedimento especial de açãofiscal (PEF). Essa instrução Normativa tem vigência de 36 meses e é válidapara todas as empresas, independentemente do porte.

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PROBLEMAS QUE AINDA PERDURAM APÓS TODOS ESSES AJUSTES:

Alta complexidade - A norma possui uma alta complexidade, em razão de seutexto vigente ter sido acrescido de inúmeras exigências, saindo de cerca de 40itens para mais de 340;

Obrigações iguais para fabricantes e usuários – Significa que, caso algumaexigência da NR 12 não seja observada pelo fabricante no momento construtivo damáquina, o usuário estará obrigado a promover a adequação da máquina ouequipamento;

Elevado custo econômico para as adequações exigidas pela NR 12 - Somenteo setor têxtil brasileiro estima a necessidade de R$ 3 bilhões para adequação dassuas máquinas e equipamentos;


Legislação mais rígida do que a vigente nos países europeus - Pelo maiornível de detalhamento da NR 12 em relação a “Diretiva Máquinas – 2006/42/CE”da União Europeia e pela sua não distinção de obrigações entre “fabricantes” e“usuários”, o normativo nacional tornou-se um regulamento mais rígido do que oseu paradigma do primeiro mundo, uma vez que na Europa há um tratamentodiferenciado de obrigações (Diretivas de Máquinas da União Europeia –“Fabricantes 206/42/CE” e “Usuários 209/104/CE”).

PROBLEMAS QUE AINDA PERDURAM APÓS TODOS ESSES AJUSTES:

Falta de um órgão oficial certificador que valide máquinas e equipamentosNão há segurança técnica ou jurídica que garanta a conformidade do trabalhorealizado pelas equipes técnicas das empresas, ficando ao arbítrio doentendimento da fiscalização do MTb.


PERSPECTIVA PARA O ANO DE 2017:

Anexo VIII (Prensas) – Término das negociações tripartites e publicação do textopelo Ministério do Trabalho;

Intensificação das negociações na CNTT – Para o ano de 2017 foramprevistas 10 (dez) reuniões da Comissão Nacional, a fim de possibilitar a revisãode itens do corpo do geral da norma e de anexos setoriais;

NR 12 – Congresso Nacional:

- PDC 1.408/2013 - Deputado Silvio Costa (PTB/PE) – Câmara dos Deputados;

- PDS 43/15 - Senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) – Senado Federal.

“Sustam a aplicação da Norma Regulamentadora NR-12 do Ministério do Trabalho”.


NR 12 – Alguns Dados Estatísticos:

- 69% da fiscalização da NR 12 foram nas MPE (2013);

- 69.967 atos fiscalizatórios em 2014 (jan/dez);

- 53,4 % das interdições da NR 12 estão em 4 UF:• 18,8% RS (2007 a 2015 (maio));• 17,1% MG (2007 a 2015 (maio));• 9% PE (2007 a 2015 (maio));• 8,5% SP (2007 a 2015 (maio));

- 65% da fiscalização da NR 12 foi nos segmentos industriais (2013);

Obrigado !


segurança no trabalho em máquinas e...

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