seguranÇa no trabalho e prevenÇÃo de acidentes

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SARH / SSP / DAMOR – Rua Marechal Deodoro, 230/7º andar – Centro – 36013-000 – Tel. (32) 3690-7712. E-mail: [email protected] 1 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS CURSO DE TREINAMENTO ESPECÍFICO SELEÇÃO COMPETITIVA INTERNA SEGURANÇA NO TRABALHO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AUTOR: GERALDO ZEFERINO VIEIRA Técnico de Segurança do Trabalho Bacharel em Administração FES/JF Especialista em Engenharia da Produção - UFJF Especialista em Planejamento e Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde - UFJF JUIZ DE FORA MG 2014

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SARH / SSP / DAMOR – Rua Marechal Deodoro, 230/7º andar – Centro – 36013-000 – Tel. (32) 3690-7712.

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SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS

CURSO DE TREINAMENTO ESPECÍFICO – SELEÇÃO COMPETITIVA INTERNA

SEGURANÇA NO TRABALHO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES

AUTOR: GERALDO ZEFERINO VIEIRA

Técnico de Segurança do Trabalho

Bacharel em Administração – FES/JF

Especialista em Engenharia da Produção - UFJF

Especialista em Planejamento e Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde - UFJF

JUIZ DE FORA – MG

2014

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SARH / SSP / DAMOR – Rua Marechal Deodoro, 230/7º andar – Centro – 36013-000 – Tel. (32) 3690-7712.

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“O sábio antevê o perigo e protege-se, mas os imprudentes passam e sofrem as consequências.”

Provérbios: 22:3

Uma organização só sobrevive quando satisfaz e não ameaça a satisfação das necessidades das pessoas.

ÍNDICE Item Pág

Objetivo ............................................................................................................................ 3

Princípios gerais de Higiene do Trabalho e de medidas de controle de riscos ................................ 3

Objetivos da Higiene do Trabalho .......................................................................................... 4

Riscos Ambientais ............................................................................................................... 5

Identificação dos Riscos Ambientais ....................................................................................... 7

Medidas de Controle dos Riscos Ambientais ............................................................................ 10

Legislação .......................................................................................................................... 13

Normas Regulamentadoras ................................................................................................... 14

Acidentes do Trabalho ......................................................................................................... 19

Investigação de Acidente ..................................................................................................... 21

Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa ............................................................................................................................

25

A melhor forma de despertar o interesse dos trabalhadores para a segurança e saúde é através

da divulgação de informações.

A norma regulamentadora número 1 (NR1), Disposições gerais, da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho traz no seu item1. 7 – cabe ao empregador:

a) Informar aos trabalhadores:

I – os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

II – os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;

III – os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais

os próprios trabalhadores forem submetidos;

IV – os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho

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OBJETIVO

___________________________________________________________________________ Apresentar conceitos e práticas que possibilitem aos participantes:

• Observar e relatar as condições de riscos no ambiente de trabalho;

• Solicitar medidas para reduzir, até eliminar e ou neutralizar os riscos existentes;

• Discutir os acidentes ocorridos e solicitar medidas que previnam acidentes semelhantes;

• Orientar demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. INTRODUÇÃO

PRINCÍPIOS GERAIS DE HIGIENE DO TRABALHO E DE MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS. ___________________________________________________________________________

Conceito de Higiene do Trabalho

É a ciência e arte dedicada à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores e riscos ambientais originados nos postos de trabalho e que podem causar enfermidade, prejuízos para a saúde ou bem-estar dos trabalhadores, também tendo em vista o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente em geral.

É a Ciência que atua no campo da saúde ocupacional, aplicando os recursos da engenharia e medicina, prevenindo acidentes e doenças do trabalho, decorrentes dos Riscos Ambientais.

Relação entre a Higiene do Trabalho e outros ramos profissionais: A higiene do trabalho se relaciona direta ou indiretamente com diversos ramos profissionais.

Direito: A higiene do trabalho fornece subsídios técnicos para solução de conflitos trabalhistas

envolvendo insalubridade, bem como no campo do direito previdenciário e civil. Os dados de avaliação de exposição a riscos ambientais auxiliam na concessão de aposentadoria especial e indenizações por incapacitações e/ou doenças do trabalho.

Engenharia: A engenharia está presente em todas as etapas de um programa de higiene do trabalho. Deste modo, esta ciência é essencial no reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais.

Ergonomia: A higiene do trabalho não visa apenas a detecção de atividades e/ou operações

insalubres, mas, também, a melhoria do conforto e qualidade de vida do trabalhador no seu ambiente de trabalho.

Psicologia e Sociologia: A psicologia e sociologia tratam de harmonizar as relações entre o processo produtivo, o ambiente de trabalho e o homem. A higiene do trabalho, através de suas etapas, fornece dados essenciais para a melhor interpretação do universo do trabalho.

Medicina do Trabalho: O controle biológico, através de exames médicos, é um dos parâmetros para verificar a eficiência e subsidiar um programa de controle de riscos ambientais.

Saneamento e Meio Ambiente: A importância da higiene do trabalho, ou seja, da avaliação e controle de riscos ocupacionais ultrapassa os limites do ambiente de trabalho; não só este é parte do meio ambiente em geral, mas, através da preservação adequada dos riscos ocupacionais, o impacto

negativo da industrialização no meio ambiente pode ser apreciavelmente reduzido.

Toxicologia: A toxicologia fornece dados técnicos sobre os contaminantes ambientais, facilitando o reconhecimento dos riscos ambientais nos locais de trabalho. Pode-se então afirmar que a toxicologia,

na maioria das vezes, antecede as etapas clássicas de um programa de higiene do trabalho.

Segurança do Trabalho: A higiene do trabalho, através de análise dos agentes agressivos nos postos de trabalho, muitas vezes, previne também riscos operacionais capazes de gerar acidentes do trabalho.

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Assim, a Higiene do Trabalho, por se tratar de uma ciência que tem como objetivo principal a

relação entre o homem e o meio ambiente de trabalho, necessita para o bom desenvolvimento a prática de ações multidisciplinares de educação dos trabalhadores, no sentido de prevenir riscos ambientais, obtendo-se melhor organização do trabalho.

OBJETIVOS DA HIGIENE DO TRABALHO

Os objetivos de um programa de higiene do trabalho consistem em reconhecer, avaliar e controlar os

riscos ambientais presentes nos locais de trabalho.

a) Reconhecimento – Esta etapa consiste no reconhecimento dos agentes ambientais que afetam a saúde dos trabalhadores, o que implica no conhecimento profundo dos produtos envolvidos no processo, métodos de trabalho, fluxo de processo, layout das instalações, número de trabalhadores expostos, etc. Esta etapa compreende também o planejamento da abordagem do ambiente a ser estudado, seleção dos métodos de coleta, bem como dos equipamentos de avaliação.

b) Avaliação – Esta etapa consiste na avaliação quantitativa e/ou qualitativa dos agentes físicos,

químicos, biológicos existentes nos postos de trabalho a serem avaliados. O avaliador deverá ter conhecimentos de avaliação ambiental, que consistem basicamente na calibração dos equipamentos, tempo de coleta, tipo de análise química a ser feita.

Esta etapa abrange dois ramos de higiene do trabalho, quais sejam:

Higiene de campo: é a encarregada de realizar o estudo da situação higiênica no ambiente de trabalho (análise de postos de trabalho, detecção de contaminantes e tempo de coleta), de

estudar e recomendar medidas de controle para reduzir a intensidade dos agentes a níveis aceitáveis.

Higiene analítica: realiza as análises químicas das amostras coletadas, cálculos e interpretações dos dados levantados no campo. Assim, por exemplo, uma amostra de poeira coletada deverá ser analisada no laboratório por difratometria de raios x para determinação de sílica livre cristalizada.

c) Controle: de acordo com os dados obtidos nas fases anteriores, esta etapa consiste em propor e

adotar medidas que visam a eliminação ou minimização do risco presente no ambiente.

O controle consiste na adoção de medidas relativas ao ambiente e ao homem:

1) Medidas relativas ao ambiente: são aquelas medidas aplicadas na fonte ou trajetória, tais como substituição do produto tóxico, isolamento das partes poluentes, ventilação local exaustora, ventilação geral diluidora, limpeza dos locais de trabalho, etc.

2) Medidas relativas ao homem: compreendem, dentre outras, a limitação do tempo de exposição, equipamentos de proteção individual, educação e treinamento, exames médicos (pré-admissional, periódico, mudança de função, retorno ao trabalho e demissional)

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RISCOS AMBIENTAIS

___________________________________________________________________________

Os Riscos Ambientais: são os agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos ambientes de trabalho capazes de produzirem danos à saúde, quando superado os respectivos limites de tolerância. Esses limites de tolerância são fixados em razão da natureza, concentração ou intensidade do agente e

tempo de exposição. Todavia, não podemos adotá-los como valor rígido entre condição segura e capaz de gerar alguma doença, devido à susceptibilidade individual, ou seja, para o higienista os limites devem ser encarados como valores referenciais.

Os riscos ambientais são agrupados em 05 classes: os agentes químicos, os físicos, os biológicos, os ergonômicos e os riscos de acidentes. Os três primeiros são considerados riscos ambientais, pois são “capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração ou intensidade”. Os outros dois riscos são assim considerados, pois são “capazes de provocar lesões à

integridade física do trabalhador”.

Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar

expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.

Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser

absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

Riscos Ergonômicos: São contrários as técnicas da Ergonomia, que propõe que os ambientes de trabalho devam se adaptar ao trabalhador, contribuindo assim para melhoria das condições laborais, proporcionando bem estar físico e psicológico, estando ligados também a

fatores externos (do ambiente) e internos (do plano emocional).

Riscos de Acidentes: São os oriundos de condições físicas (do processo de trabalho e do ambiente físico), capazes de provocarem incidentes e acidentes com lesões à integridade física do trabalhador, danos materiais em máquinas, instalações e também doenças profissionais.

LEVANTAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS EXISTENTES NA EMPRESA.

A IMPORTÂNCIA DE CONHECER OS RISCOS: Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos de acidentes, podem comprometer a do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte, além de prejuízos de ordem legal

e patrimonial para a empresa. É importante salientar que a presença de produtos ou agentes nocivos nos locais de

trabalho não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a saúde. Isso vai depender da combinação ou inter-relação de diversos fatores, como a concentração e a forma do contaminante no ambiente de trabalho, o nível de toxicidade e o tempo de exposição da pessoa.

Entretanto, na visão da prevenção, não existem micro ou pequenos riscos, o que existem são micro ou pequenas empresas.

Desta forma, em qualquer tipo de atividade laboral, torna-se imprescindível a necessidade

de investigar o ambiente de trabalho para conhecer os riscos a que estão expostos os trabalhadores.

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FATORES A SEREM CONSIDERADOS NA ANÁLISE DE RISCOS.

.

SENSIBILIDADE INDIVIDUAL

FATORES AMBIENTAIS QUE PODEM AFETAR A SAÚDE.

5.2.2 - CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS QUE MODIFICAM O EFEITO DE FATORES AMBIENTAIS

Fatores Genéticos

Sexo

Nutrição

Condição física

Doenças

Personalidade

Idade Cultura

Fonte: BEAGLEHOLE, R; BONITA, R; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia Básica. São Paulo: Santos Liv. Editora / OMS, 1996 (modificado).

TEMPO DE EXPOSIÇÃO

CONCENTRAÇÃO

INTENSIDADE

NATUREZA DO RISCO

FATORES FÍSICOS Ruído, clima, carga de

trabalho (exigência biomecânica), luminosidade, radiação.

FATORES BIOLÓGICOS Bactérias, vírus, parasitas, etc.

FATORES QUÍMICOS

Produtos químicos, poeira, drogas, tabaco, etc

FATORES PSICOLÓGICOS Carga mental, relações humanas, outros fatores estressantes.

FATORES ACIDENTAIS

Contato acidental com algum tipo de energia, objeto ou substâncias perigosas.

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IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Para facilitar a identificação foi criada uma tabela com os principais riscos, cada um associado a uma cor, que está transcrita a seguir.

CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM GRUPOS, DE ACORDO COM A NATUREZA E A PADRONIZAÇÃO DAS

CORES CORRESPONDENTES.

VERDE VERMELHO MARRON AMARELO AZUL

RISCOS FÍSICOS RISCOS QUÍMICOS RISCOS BIOLÓGICOS RISCOS ERGONÔMICOS RISCOS DE ACIDENTES

Ruído

Vibração

Radiações Ionizantes

Radiações Não

ionizantes

Frio

Calor

Pressões Anormais

Umidade

Poeiras

Fumos

Névoas

Neblinas

Gases

Vapores

Substâncias, compostos ou

produtos químicos em geral.

Vírus

Bactérias

Protozoários

Fungos

Parasitas

Bacilos

Esforço Físico Intenso

Levantamento e Transporte Manual

de Peso

Exigência de

Postura Inadequada

Controle Rígido de Produtividade

Imposição de

Ritmos Excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornadas de Trabalho

prolongadas

Monotonia

Repetitividade

Outras situações

de stress físico e/ou psíquico

Máquinas e equipamentos sem

proteção

Arranjo físico

deficiente

Ferramentas

inadequadas ou defeituosas

Eletricidade

Probabilidade de incêndio e

explosão

Armazenamento inadequado

Animais peçonhentos

Outras situações

que poderão contribuir para a

ocorrência de acidentes.

Etapas da identificação dos riscos:

a) Conhecer o processo de trabalho no local analisado

Os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada de trabalho;

Os instrumentos e materiais de trabalho;

As atividades exercidas;

O ambiente.

b) Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme classificação da Tabela de Riscos Ambientais.

c) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:

medidas de proteção coletiva;

medidas de organização do trabalho;

medidas de proteção individual;

medidas de higiene e conforto: banheiros, lavatórios, vestiários armários, bebedouros, refeitório e área de lazer.

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d) Identificar os indicadores de saúde:

queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;

acidentes de trabalho ocorridos;

doenças profissionais diagnosticadas;

causas mais frequentes de ausência ao trabalho.

e) conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local (PPRA – Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais).

f) Elaborar o Mapa de Riscos e encaminhar à direção do estabelecimento seu relatório e medidas propostas, para análise e manifestação da empresa.

MODELO DE QUESTIONÁRIO PARA AUXILIAR NA IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

Grupo 01 – Riscos Físicos - SETOR:

1. Existe ruído constante na seção?

2. Existe ruído intermitente na seção?

3. Indique os equipamentos mais ruidosos:

4. Os empregados utilizam protetor de ouvido?

5. Existe calor excessivo na seção?

6. Existem problemas com o frio na seção?

7. Existe radiação na seção? Onde?

8. Existem problemas de vibrações? Onde?

9. Existe umidade na seção?

10. Existem Equipamentos de Proteção Coletiva ou individual na seção? Eles são eficientes? Se não, indique as causas:

Grupo 2 – Riscos Químicos = Setor:

1. Existem produtos químicos na seção? Quais?

2. Existem emanações de gases, vapores, névoas, fumos, neblinas e outros? De onde são provenientes?

3. Como são manipulados os produtos químicos?

4. Existem equipamentos de proteção coletiva na seção? Quais?

5. Estes equipamentos são eficientes? Se não forem eficientes, indique as causas.

6. Quais são os Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s – utilizados na seção?

7. Existem riscos de respingos na seção? Por quê?

8. Existe risco de contaminações? Por meio de quê?

9. Usam óleos/graxas e lubrificantes em geral?

10. Usam solventes? Quais?

11. Sobre os processos de fabricação, existem outros riscos a considerar?

Grupo 03 – Riscos Biológicos - Setor:

1. Existe problema de contaminação por vírus, bactérias, protozoários, fungos e bacilos na seção?

2. Existe problema de parasitas?

3. Condições de limpeza e higienização das instalações?

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Grupo 04 – Riscos Ergonômicos – Setor:

1. O trabalho exige esforço físico pesado?

2. Indique as funções e o local relativos a esforços físicos.

3. O trabalho é exercido em postura incorreta?

4. Indique as causas da postura incorreta?

5. O trabalho é exercido em posição incômoda?

6. Indique a função, o local e os equipamentos ou objetos relativos à posição incômoda?

7. O ritmo de trabalho é excessivo? Em que funções?

8. O trabalho é monótono? Em que funções?

9. Há excesso de responsabilidade ou acúmulo de função?

10. Há problema de adaptação com EPI’s? Quais?

Grupo 5 – Riscos de Acidentes = Setor

1. Com relação ao arranjo físico, os corredores e passagens estão desimpedidos e sem obstáculos?

2. Indique os pontos onde aparecem estes problemas.

3. Os materiais ao lado das passagens estão convenientemente arrumados?

4. Os produtos químicos estão convenientemente guardados?

5. Os serviços de limpeza são organizados na seção?

6. O piso oferece segurança aos trabalhadores?

7. Existem chuveiros de emergência e lava-olhos na seção?

8. Com relação a ferramentas manuais, estas são usadas em bom estado? Onde?

9. As ferramentas utilizadas são adequadas?

10. As máquinas e equipamentos estão em bom estado? Se não, indique os problemas e identifique função/local.

11. As máquinas estão em local seguro?

12. Os operadores param as máquinas para limpar e lubrificá-las? Se não, explique por quê.

13. O botão de parada de emergência da máquina é visível?

14. A chave geral das máquinas é de fácil acesso?

15. Indique outros problemas de acionamento ou desligamento de equipamentos.

16. As máquinas têm proteção (nas engrenagens, correias, polias, contra estilhaços)? Indique os equipamentos e máquinas que necessitam de proteção.

17. Os operadores param as máquinas para limpá-las, ajustá-las ou consertá-las? Se não, explique por quê.

18. Os dispositivos de segurança das máquinas atendem às necessidades de segurança? Se não, indique os casos.

19. Nas operações que oferecem perigo, os operadores usam EPI’s?

20. Quanto aos riscos com eletricidade, existem máquinas ou equipamentos com fios soltos sem isolamento? Indique onde.

21. Os interruptores de emergência estão sinalizados (pintados de vermelho)? Indique onde falta.

22. Existem cadeados de segurança nas caixas de chaves elétricas, ao operar com alta tensão? Indique onde falta.

23. Há instalações elétricas provisórias? Indique onde.

24. Indique pontos com sinalização insuficiente ou inexistente.

25. Quanto aos transportes de materiais, indique o meio de transporte e aponte os riscos.

26. Quanto à edificação, existem riscos aparentes? Onde?

27. A iluminação é adequada e suficiente?

28. Existem problemas de aparecimento de ratos? Onde?

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MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS

___________________________________________________________________________

Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde e a segurança das pessoas.

Medidas de controle é uma titulação de item que representa o coletivo das ações estratégicas de

prevenção destinadas a eliminar ou reduzir, mantendo sob controle, as incertezas e eventos indesejáveis com capacidade potencial para causar lesões ou danos à saúde dos trabalhadores e, dessa forma, transpor as dificuldades possíveis na obtenção de um resultado esperado, dentro de condições satisfatórias.

O item conduz, necessariamente, ao entendimento de que a adoção de medidas de controle seja

precedida da aplicação de técnicas de análise de risco.

Análise de risco é um método sistemático de exame e avaliação de todas as etapas e elementos

de um determinado trabalho para desenvolver e racionalizar toda a sequência de operações que o trabalhador executa; identificar os riscos potenciais de acidentes físicos e materiais; identificar e corrigir

problemas operacionais e implementar a maneira correta para execução de cada etapa do trabalho com segurança. É, portanto, uma ferramenta de exame crítico da atividade ou situação, com grande utilidade para a identificação e antecipação dos eventos indesejáveis e acidentes possíveis de ocorrência,

possibilitando a adoção de medidas preventivas de segurança e de saúde do trabalhador, do usuário e de terceiros, do meio ambiente e até mesmo evitar danos aos equipamentos e interrupção dos processos produtivos.

As principais metodologias técnicas utilizadas no desenvolvimento de ‘análise de risco” são:

Análise Preliminar de Risco – APR; análise de modos de falha e efeitos – FMEA (AMFE); Hazard and

Operability Studies – HAZOP; Análise Risco de Tarefa – ART, Análise Preliminar de Perigo – APP, dentre outras.

O trabalhador deve participar da implementação e controle das medidas de proteção uma vez que

o conhecimento da realidade do trabalho é fundamental para que se estabeleça controle dos riscos. A responsabilidade pela saúde e pela segurança dos trabalhadores e trabalhadoras é algo

fundamental para o bom desempenho de uma organização e uma das mais básicas responsabilidades do

Administrador. Ao contrário de muitas outras demandas legais, este cuidado excede a simples obrigação,

sendo fácil entender que boas condições de trabalho são benéficas para todos. Desde o benefício de uma melhor qualidade de vida no trabalho até a maior produtividade e a preservação do patrimônio produtivo, muitos são os benefícios que não apenas justificam, mas, principalmente, estimulam atitudes e ações positivas nesse sentido. Uma dessas oportunidades é a boa utilização do conhecimento dos trabalhadores.

Tornar o ambiente de trabalho saudável e construir processos produtivos e ambientes seguros deve ser uma meta-base de todas as organizações e compromisso do Administrador.

Áreas de ação da Gestão de Riscos.

A Gestão de Riscos requer algum tipo de divisão da organização e das atividades em áreas de ação. A divisão pode ser por área geográfica ou funcional e cada unidade é uma área de ação. É preciso levar em conta as particularidades de cada área e agir localmente, mas os programas devem ser desenvolvidos de forma integrada, pensando globalmente. Assim, podemos dividir a organização em: atividades da organização, atividades fora do trabalho, transportes, atividades contratadas e uso dos produtos da organização.

O controle das atividades fora do trabalho é importante, porque o que ocorre com os componentes fora da organização tem impacto negativo sobre ela. Um empregado que se acidenta no jogo de futebol ou na pescaria é um empregado não apto para o trabalho. Os acidentes com familiares aumentam o absenteísmo. Os riscos associados ao transporte de pessoas e produtos apresentam características especiais que requerem abordagem especial. A contratação envolve execução de serviços por pessoas de cultura e conhecimentos diferentes dos existentes na organização. Além disso, essas pessoas não são familiarizadas com os riscos associados às instalações, embora

devam conhecer os inerentes às atividades que exercem. Essas características justificam uma abordagem especial.

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O TRABALHADOR DEVE SER OUVIDO E PARTICIPAR, DAS DISCUSSÕES PROMOVIDAS PARA AVALIAR

OS IMPACTOS DE ALTERAÇÕES NO AMBIENTE E PROCESSO DE TRABALHO RELACIONADOS À

SEGURANÇA E SAÚDE DOS TRABALHADORES;

Item importante num mundo onde as transformações tecnológicas e administrativas estão na pauta do dia, inserindo na realidade do trabalho novos perigos e riscos, que precisam ser conhecidos e avaliados.

Para que cumpra os seus objetivos, a participação dos empregados na gestão de segurança e saúde é imprescindível. Dentre as discursões podemos citar:

Implantação de sistemas de proteção coletiva e individual;

Revisar os procedimentos programados, estudando e planejando as ações a executar;

Equalizar o entendimento de todos, com a eliminação de dúvidas de execução, conduzindo ao uso de práticas seguras de trabalho e as melhores técnicas, sabidamente corretas, testadas e aprovadas.

Alertar acerca de outros riscos possíveis, não previstos nas instruções de segurança dos procedimentos;

Discutir a divisão de tarefas e responsabilidades;

Encontrar problemas potenciais que podem resultar em mudanças no serviço e, até mesmo, no procedimento de trabalho;

Identificar problemas reais que possam ter sido ignorados durante a seleção de equipamentos de segurança e de trabalho;

Difusão de conhecimentos, criando novas motivações.

REQUERER A SEGURANÇA DO TRABALHO OU A CIPA, QUANDO HOUVER, OU AO ADMINISTRADOR, A

PARALISAÇÃO DE MÁQUINA OU SETOR ONDE CONSIDERE HAVER RISCO GRAVE E IMINENTE À SEGURANÇA

E SAÚDE DOS TRABALHADORES;

A NR9 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS, no item 9.6.3 dispõe: “O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho que coloquem em situação de grave e eminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as suas atividades (DIREITO DE RECUSA), comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências”.

Pelo menos duas convenções da Organização Internacional do Trabalho - OIT também reforçam o DIREITO DE RECUSA: a Convenção 170 da OIT (ratificada pelo Brasil) e a Convenção 174, que está em

vias de ratificação.

Pela Convenção 170: “Os trabalhadores deverão ter o direito de recusar-se a expor a qualquer perigo derivado da utilização de produtos químicos quando tenham motivos razoáveis para crer que existe um risco grave e iminente para sua segurança ou sua saúde, e deverão informar imediatamente seu supervisor”.

“Os trabalhadores que se recusarem a se expor a um perigo, de conformidade com as disposições do

parágrafo anterior, ou que exercitem qualquer outro direito em conformidade com esta Convenção,

deverão estar protegidos contra as consequências injustificadas deste ato”.

Pela Convenção 174 da OIT: “Em particular, os trabalhadores e seus representantes deverão:

e) dentro de suas atribuições, e sem que de modo algum isso possa prejudicá-los, adotar medidas corretivas e se necessário, interromper a atividade quando fundamentado em seu treinamento e

experiência, tenha justificativa razoável para acreditar que existe risco iminente de acidente maior, e, informar seu supervisor ou acionar o alarme, quando apropriado, antes ou assim que possível depois de tomar tal ação; “.

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f) discutir com o empregador qualquer perigo potencial que eles considerem que pode causar um

acidente maior e Ter direito de informar a autoridade competente sobre esses perigos.”

A aplicação do DIREITO DE RECUSA ao trabalho está sempre relacionada com a presença de condição de risco grave e iminente. Várias normas regulamentadoras da Portaria 3214/78, definem a caracterização desta condição:

Segundo a NR3, que dispões sobre Embargo ou interdição, item 3.1.1. “Considera-se grave e iminente risco toda condição ambiental de trabalho que possa causar acidente do trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador”.

COLABORAR NO DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO PCMSO E PGR E DE OUTROS

PROGRAMAS RELACIONADOS À SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO;

Os programas são vários e são voltados às vezes para situações específicas, às vezes para atender aspectos gerais da empresa, muitas vezes incluindo, dentro desses maiores, programas menores. Dentre eles, podemos citar os mais conhecidos de alguns dos trabalhadores (as) e empresários:

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA é um programa de higiene ocupacional e trata da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos fatores ambientais existentes ou que

venham a existir no ambiente de trabalho. Ele tem como objetivo primordial a implantação de um programa de atenção à saúde e à integridade física dos trabalhadores, além de manter sob controle todos os agentes ambientais, com acompanhamento periódico, levando-se em conta a proteção do meio ambiente e recursos naturais. Ou seja, o PPRA tem a finalidade de diagnosticar condições de perigos no ambiente de trabalho e adotar medidas de controle para reduzir ou eliminar os riscos.

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO é parte integrante do conjunto

mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras. Ele deve ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. O Programa deve ser planejado e implantado com base nos perigos à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, especialmente os identificados nas avaliações feitas no ambiente de trabalho.

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LEGISLAÇÃO

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A origem do trabalho se confunde com a origem do próprio homem que, a exemplo dos animais, teve que prover para o seu próprio sustento, quer caçando ou pescando, quer buscando lugar seguro que o protegesse dos seus inimigos naturais. Esse labor físico inicial projetou-se em gerações, com modificações necessárias à adaptação a uma realidade que é produto da própria evolução do homem.

Com o objetivo primordial de regular as relações do trabalho subordinado, a legislação trabalhista, no Brasil, foi se introduzindo entre a dependência jurídica e econômica que une trabalhador(a) e empregador, colocando trabalhadores e trabalhadoras, com a força do seu labor, em prol do empregador, mediante um pagamento que deve ser justo. Todavia, as relações de trabalho podem ser tão complexas que obrigam o Estado a intervir, com objetivo de manter o equilíbrio entre o capital e o trabalho.

Nesse sentido houve um grande avanço no campo do direito, em 1943, com a aprovação, pelo

então presidente da República, Getúlio Vargas, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o que

facilitou a compreensão e o acesso à legislação, e colocou o País no mesmo nível de outras nações modernas.

Na CLT, o título II, no seu capítulo V, dispõe normas gerais e atribuições com o título de Segurança e Medicina do Trabalho, que tem como mérito propiciar ambiente seguro para que o trabalho se desenvolva com tranqüilidade. E isso é uma das obrigações impostas ao empregador, face à bilateralidade do contrato de trabalho. O ambiente sadio propiciará a tranqüilidade do trabalhador e

trabalhadora com reflexos na produção e na produtividade.

Deverá o empregador prover para que o ambiente seja saudável, com controle de luz, ruídos, agentes químicos agressivos, com máquinas seguras, oferecimento de equipamentos de proteção individual, além de períodos de descansos sempre que necessários, dentre outras exigências.

Um documento de direcionamento da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador foi emitido, em 29.12.2004, após extensos debates. De sua introdução temos o seu entendimento básico:

“O presente documento apresenta os fundamentos de uma Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, a ser desenvolvida de modo articulado e cooperativo pelos Ministérios do Trabalho, da

Previdência Social e da Saúde, com vistas a garantir que o trabalho, base da organização social e direito humano fundamental, seja realizado em condições que contribuam para a melhoria da qualidade de vida, a realização pessoal e social dos trabalhadores e sem prejuízo para sua saúde, integridade física e mental.”

Espera-se que essa política venha a nortear as ações dos órgãos citados, de forma integrada e

harmônica, com a colaboração de outras entidades, órgãos e organizações relacionadas à Segurança e à Saúde Ocupacional.

Para conhecer a Política Nacional de Saúde do Trabalhador, consulte o link: www.mpas.gov.br/docs/pdf/pnsst_CNPS.pdf

Norma de Segurança Municipal n° 2 (NSM-2)

Disponível em: http://www.jflegis.pjf.mg.gov.br/c_norma.php?chave=0000018815

O Decreto do Executivo 06712 / 2000, de quinze de maio de 2000, aprovou a Norma de Segurança Municipal n° 2 (NSM-2), pela qual devem ser observados e aplicados, no âmbito da Administração Direta do Município de Juiz de Fora e suas Autarquias e Fundações Públicas, os dispositivos relativos à Segurança e Medicina do Trabalho, em conformidade com a Lei Federal n.° 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que alterou o Capítulo V do Título II da Consolidação

das Leis do Trabalho e com a Portaria n.° 3.214, de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho, que aprovou as Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho e legislação complementar. Cabe ao DAMOR/SSP/SARH/PJF zelar pelo cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador.

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A Supervisão de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, setor do Departamento de

Ambiência Organizacional (DAMOR) da Secretaria de Administração de Recursos Humanos da Prefeitura de Juiz de Fora, que tem a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho deve possuir o dimensionamento mínimo previsto nos Quadros I e II da NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, em termos de Engenheiros de Segurança do Trabalho, Médicos do Trabalho, Enfermeiros do Trabalho, Auxiliares de Enfermagem do Trabalho e Técnicos de Segurança do Trabalho.

A questão da segurança e saúde ocupacional do trabalho em empresas é regulamentada em lei federal, podendo os estados e municípios, desde que não contradigam o que prescreve a legislação federal, regulamentar questões específicas desta área e que são normalmente detalhadas em legislações estaduais (leis ambientais, dentre outras) e municipais (lei orgânica etc.).

Tomando-se como partida a questão hierárquica das leis, a CIPA, ou responsável designado, deve procurar fazer com que seja cumprida a legislação que interessa, em primeiro lugar, em todo o país que

é a legislação federal. Essa legislação, em vigor, é baseada na lei n.º 6514 de 22.12.1977, que alterou a parte da lei, conhecida nacionalmente como Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que trata “da segurança e da medicina do trabalho”. As disposições específicas relativas a essa lei foram aprovadas

pela Portaria de n.º 3214 de 08.06.1978, do Ministério do Trabalho e Emprego. Elas compõem o que os profissionais de segurança do trabalho e os cipistas de todo o país conhecem hoje como as Normas Regulamentadoras (NR) de segurança e medicina do trabalho.

NORMAS REGULAMENTADORAS

A CLT, no seu artigo 157, obriga a empresa a cumprir e fazer cumprir as Normas de Segurança e Medicina do Trabalho, NRs, assim como instruir os empregados quanto as precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho e doenças profissionais e do trabalho. Essas NRs trazem, em detalhe, exigências técnicas e administrativas, assim como determinação de responsabilidades por cada uma desses aspectos que, se observadas pelo empregador, propiciarão a segurança e a saúde do trabalhador

e da trabalhadora.

Cada uma das NRs trata de um assunto específico e se complementa às demais. Algumas são específicas para um determinado ramo econômico. Outras são exigências gerais que devem ser

cumpridas por todas as empresas, independentemente do ramo econômico.

NR1 - Disposições Gerais: Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho urbano, bem como os direitos e obrigações do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema específico. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 154 a 159 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR2 - Inspeção Prévia: Estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar ao MTB a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realização. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 160 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR3 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 161 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da

Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, através da apresentação de sugestões e recomendações ao empregador para que melhore as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 163 a 165 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

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NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define os tipos de EPIs a que as empresas estão

obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 168 e 169 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR8 - Edificações: Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 170 a 174 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 175 a 178 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade: tem por objetivo garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem com instalações e serviços em eletricidade. Abrange todas as fases da transformação de energia elétrica e todos os trabalhos realizados com eletricidade ou em suas proximidades: geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas, e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades.

NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais: Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 182 e 183 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR12 - Máquinas e Equipamentos: Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e especifica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 184 e 186 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão: Estabelece todos os requisitos técnico legais relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 187 e 188 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR14 - Fornos: Estabelece as recomendações técnico-legais pertinentes à construção, operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 187 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, definindo assim, as situações que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterização do exercício insalubre, e também os meios de proteger os trabalhadores de tais exposições nocivas à sua saúde. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 189 e 192 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR16 - Atividades e Operações Perigosas: Regulamenta as atividades e as operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas correspondentes. Especificamente no que diz respeito ao

Anexo n°01: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos, e ao anexo n° 02: Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis, tem a sua existência jurídica assegurada através dos artigos 193 a 197 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à caracterização da energia elétrica como sendo o 3° agente periculoso é a Lei n°7.369 de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da área de eletricidade. A portaria do MTB n°3.393 de 17 de dezembro de 1987, numa atitude casuística e decorrente do famoso acidente com o Césio 137 em Goiânia, veio a enquadrar as radiações ionizantes, que já eram insalubres de grau máximo, como o 4° agente periculoso, sendo controvertido legalmente tal enquadramento, na medida em que não existe lei autorizadora para tal.

NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 198 e 199 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

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NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: Estabelece diretrizes de ordem

administrativa, de planejamento de organização, que objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na industria da construção civil. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso 1 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR19 - Explosivos: Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso II da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Estabelece as disposições regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e especifica que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso II da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR21 - Trabalho a Céu Aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, tais como, em minas ao ar livre e em pedreiras. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: Estabelece métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvem trabalhos subterrâneos de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 293 a 301 e o artigo 200 inciso III, todos da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra Incêndios, que devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da Consolidação das Leis Trabalhistas - Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e água potável, visando a higiene dos locais de trabalho e a proteção à saúde dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e especifica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR25 - Resíduos Industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem observadas, pelas empresas, no destino final a ser dado aos resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR26 - Sinalização de Segurança: Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VIII, da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar exercer as funções de técnico de segurança do trabalho, em especial no que diz respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao Ministério do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, tem seu embasamento jurídico assegurado través do artigo 3° da lei no 7.410 de 27 de novembro de 1985, regulamentado pelo artigo 7° do Decreto n° 92.530 de 9 de abril de 1986.

NR28 - Fiscalização e Penalidades: Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito à concessão de prazos às empresas para a correção das irregularidades técnicas, como também, no que concerne ao procedimento de autuação por infração às Normas

Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, tem a sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária, através do artigo 201 da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT.

NR29 - Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Tem por objetivo regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado. A sua existência jurídica está assegurada em nível de legislação ordinária, através da Medida Provisória n° 1.575-6, de 27/11/97, do artigo 200 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, o Decreto n°99.534, de 19/09/90 que promulga a Convenção n° 152 da Organização Internacional do Trabalho - OIT.

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NR30 - Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: Aplica-se aos trabalhadores de toda

embarcação comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na cabotagem, na navegação interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e embarcações de apoio marítimo e portuário.

NR31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura: tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.

NR32 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Assistência à Saúde: tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em estabelecimentos de assistência à saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

NR33 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados: tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados, seu reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores. Espaço confinado é qualquer área não projetada para ocupação humana que possua ventilação deficiente para remover contaminantes, bem como a falta de controle da concentração de oxigênio presente no ambiente.

NR-34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval: estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.

NR-35 – Trabalho em Altura: estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

NR-36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados: estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR do Ministério do Trabalho e Emprego.

Norma de Segurança Municipal n° 3 (NSM-3)

A Norma de Segurança Municipal n.º 3 (NSM-3), baixada pelo DECRETO N.º 6713 - de 15 de maio de 2000, criou os procedimentos para a concessão e a revisão dos adicionais de insalubridade e de

periculosidade, no âmbito da Administração Direta do Município de Juiz de Fora.

Conforme o Art. 9.º da NSM-3 - A Vistoria de Reavaliação Técnica consiste na verificação "in loco" das atividades, métodos, processos de trabalho e demais informações funcionais que caracterizaram e geraram para o servidor o direito à percepção de Adicionais de Insalubridade ou de Periculosidade. Sendo que a inspeção haverá de ser realizada por “Experts”, ou seja, Engenheiro de Segurança do Trabalho e/ou Médico do trabalho.

A INSALUBRIDADE

A insalubridade é definida pela legislação em função do tempo de exposição ao agente nocivo, levando em conta ainda o tipo de atividade desenvolvida pelo empregado no curso de sua jornada de trabalho, observados os limites de tolerância, as taxas de metabolismo e respectivos tempos de exposição.

Assim, são consideras insalubres as atividades ou operações que por sua natureza, condições ou

métodos de trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos.

A discriminação dos agentes considerados nocivos à saúde bem como os limites de tolerância

mencionados estão previstos nos anexos da Norma Regulamentadora NR-15, aprovada pela Portaria 3.214/78, com alterações posteriores. (Disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm)

Dependendo do específico anexo e agente considerado, o empregador efetuará o pagamento de

adicional ao trabalhador(a), que variará na proporção de 10, 20 e 40% (grau mínimo, médio e máximo) do salário mínimo.

O legislador foi tímido em fixar a base de cálculo para esse adicional indicando o salário mínimo. A verdade é que com tal preposição o legislador acabou por não incentivar qualquer investimento no sentido de eliminar ou mesmo de diminuir a insalubridade dos ambientes de trabalho.

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Além disso, os adicionais acabam por representar, na realidade, não um acréscimo na renda do

trabalhador e trabalhadora mas um pagamento que o empregador faz pela compra, em longas e suaves prestações, da saúde do empregado. Embora visivelmente equivocado, o conceito de insalubridade existe e deve ser respeitado, assim como o pagamento adicional. O empregador consciente preferirá eliminar ou neutralizar a insalubridade, a deixar persistir uma situação inadequada, ainda que, pagando o adicional, esteja cumprindo a lei.

PERICULOSIDADE

Conforme a nova redação do artigo 193 da CLT, “São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II – Radiações ionizantes ou substancias radiativas; III - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.”.

Por último a presidente Dilma Rousseff sancionou em 18/06/2014, a lei que reconhece como

atividades perigosas as profissões de motoboy, mototaxista, motofrete e de serviço comunitário de rua e obriga o pagamento de adicional de periculosidade para a categoria.

O PPP PPP significa Perfil Profissional Previdenciário, e é um documento que deve ser emitido pelo

setor de Recursos Humanos da empresa, para o trabalhador, sempre que este deseje realizar qualquer

pedido relativo aos seus interesses de beneficiário da Previdência, ou por ocasião de seu desligamento da empresa. O documento deve ser um resumo de toda sua vida ocupacional, com os aspectos de exposições a perigos, avaliações das exposições ambientais e exames ocupacionais, além de informações sobre o regime de enquadramento de insalubridade e pagamentos de alíquotas previdenciárias adicionais, além do seguro acidente básico. O detalhamento do PPP é dado nas Instruções Normativas do Ministério de Previdência Social.

OUTROS PROGRAMAS, DOCUMENTOS E PROCEDIMENTOS.

Programa de Proteção Respiratória – PPR (I.N. N.º 1 DE 11/4/94)

Esse Programa é de suma importância para a manutenção da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras de empresas em cujo processo produtivo, produtos gerados ou situação específica de determinado setor, independentemente do ramo econômico, há perigos químicos.

Vasos de pressão

A empresa que trabalha com vasos de pressão deve estar atenta quanto à existência, ou não, de documentos que garantam a segurança dos indivíduos que trabalham no que diz respeito ao uso seguro desses equipamentos. Assim, devem estar sempre à disposição da CIPA, ou responsável designado, para análise, os seguintes documentos:

Prontuário do vaso de pressão.

Registro de segurança. Projeto de instalação. Projeto de alteração ou reparo. Relatórios de inspeção.

Além disso, a empresa deve propiciar, também, a realização de treinamento de segurança na operação de unidades de processo.

Plano de Manutenção, Operação e Controle – PMOC (Port. 3523/98)

Esse Plano é uma exigência, não do MTE, mas do Ministério da Saúde. A preocupação desse Plano é evitar que os sistemas de ar condicionados nas empresas, independentemente, do ramo econômico, contribuam no crescimento das doenças em decorrência da permanência, por longo período de tempo, de pessoas em ambientes que dependam desses equipamentos funcionando para que as pessoas possam trabalhar.

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ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO

___________________________________________________________________________

Acidente do Trabalho é um acontecimento imprevisto, casual ou não, ou então - acontecimento infeliz que resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína etc.

É muito importante observar que um acidente não é simples obra do acaso e pode trazer

consequências indesejáveis. Em outras palavras: acidentes podem ser previstos. E, se podem ser previstos, podem ser evitados!

Nada acontece por acaso no universo, muito menos o que costumamos chamar de acidente. Todo acidente tem uma causa definida, por mais imprevisível que pareça ser.

Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de fatores, entre eles, falhas

humanas e falhas materiais.

Acidente do trabalho: conceito legal Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que

cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária. Trocando em miúdos: qualquer acidente que ocorrer com um trabalhador, estando ele a serviço de uma empresa, É considerado acidente do trabalho.

Segurados especiais: são trabalhadores rurais, isto é, que prestam serviços em âmbito rural, individualmente ou em regime de economia familiar, mas não têm o têm vínculo de emprego.

Lesão corporal: é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve, como, por exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de um membro.

Perturbação funcional: é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou sentido. Por exemplo, a perda da visão, provocada por uma pancada na cabeça, caracteriza uma perturbação funcional.

O acidente típico do trabalho ocorre no local e durante o horário de trabalho. É considerado como um acontecimento súbito, violento e ocasional. Mesmo não sendo a única causa, provoca, no trabalhador, uma incapacidade para a prestação de serviço e, em casos extremos, a morte.

Pode ser consequência de um ato de agressão, de um ato de imprudência ou imperícia, de uma ofensa física intencional, ou de causas fortuitas como, por exemplo, incêndio, desabamento ou inundação.

A legislação também enquadra como acidente do trabalho os que ocorrem nas situações apresentadas a seguir:

ACIDENTE DE TRAJETO (OU PERCURSO) - Considera-se acidente de trajeto o que ocorre no percurso da residência para o trabalho ou do trabalho para a residência. Nesses casos, o trabalhador está protegido pela legislação que dispõe sobre acidentes do trabalho. Também é considerada como acidente do trabalho, qualquer ocorrência que envolva o trabalhador no trajeto para casa, ou na volta para o trabalho, no horário do almoço. Entretanto, se por interesse próprio, o trabalhador alterar ou interromper

seu percurso normal, uma ocorrência, nessas condições, deixa de caracterizar-se como acidente do trabalho. Percurso normal é o caminho habitualmente seguido pelo trabalhador, locomovendo-se a pé ou

usando meio de transporte fornecido pela empresa, condução própria ou transporte coletivo urbano.

Acidente fora do local e horário de trabalho - Considera-se, também, um acidente do trabalho, quando o trabalhador sofre algum acidente fora do local e horário de trabalho, no cumprimento de ordens ou na realização de serviço da empresa.

Se o trabalhador sofrer qualquer acidente, estando em viagem a serviço da empresa, não o importa o meio de condução utilizado, ainda que seja de propriedade particular, estará amparado pela legislação que trata de acidentes do trabalho.

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DOENÇA PROFISSIONAL E DOENÇA DO TRABALHO

Doenças profissionais são aquelas adquiridas em decorrência do exercício do trabalho, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade.

Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais em que o trabalho é realizado, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o

trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente.

Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas decorrer a incapacidade para o trabalho.

Você já deve ter passado pela experiência de pegar uma forte gripe, de colegas de trabalho, por contágio. Essa doença, embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada

doença profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de produção.

Mas, se o trabalhador contrair uma doença por contaminação acidental, no exercício de sua atividade, temos aí um caso equiparado a um acidente do trabalho. Por exemplo, se um enfermeiro sofre

um corte no braço ao quebrar um frasco contendo sangue de um paciente aidético e, em consequência é contaminado pelo vírus HIV, isso é um acidente do trabalho.

Por outro lado, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem proteção auditiva adequada, submetida ao excesso de ruído gerado pelo trabalho executado junto a uma grande prensa, isso caracteriza doença do trabalho.

Ou ainda, se um trabalhador adquire tenossinovite (inflamação dos tendões e das articulações) por exercer atividades repetitivas, que solicitam sempre o mesmo grupo de músculos, esse caso é considerado doença profissional. A lista das doenças profissionais e do trabalho é bastante extensa e pode sofrer novas inclusões ou exclusões à medida que forem mudando as relações entre o homem e o trabalho.

CONCEITO PREVENCIONISTA DE ACIDENTE DO TRABALHO

Acidente do trabalho é toda ocorrência não programada, não desejada, que interrompe o andamento normal do trabalho, podendo resultar em danos físicos e/ou funcionais, ou a morte do trabalhador e/ou danos materiais e econômicos a empresa e ao meio ambiente.

O conceito legal tem uma aplicação mais “corretiva” voltada basicamente para as lesões ocorridas no trabalhador, enquanto o conceito prevencionista é mais amplo, voltado para a “prevenção” e

considera outros danos, além dos físicos.

Do ponto de vista prevencionista, quando uma ferramenta cai do alto de um andaime, por exemplo, esse fato caracteriza um acidente, mesmo que ninguém seja atingido. E o que é mais importante: na visão prevencionista, fatos como esse devem e podem ser evitados! Da Caracterização do Acidente

O acidente de trabalho deverá ser caracterizado administrativamente, pelo setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, que estabelecerá o nexo entre o trabalho exercido e o acidente;

Tecnicamente, através da Perícia Médica do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, que estabelecerá o nexo de causa e efeito entre:

1. O acidente e a lesão; 2. A doença e o trabalho; 3. A causa mortis e o acidente. .

Consequências dos acidentes

Para as empresas: perda de mão-de-obra, de material, de equipamentos, tempo, imagem perante a sociedade etc., e, conseqüentemente, elevação dos custos operacionais;

Para a vítima: fica incapacitada de forma total ou parcial, temporária ou permanente para o trabalho;

Para a família: que tem seu padrão de vida afetado pela falta dos ganhos normais, correndo o risco de cair na marginalidade;

Para a sociedade: com o número crescente de inválidos e dependentes da Previdência Social.

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INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE.

A investigação de acidente é parte integrante e fundamental do programa de Segurança do

Trabalho. É a forma de procurar informações, estudar e pesquisar as causas dos acidentes ocorridos e propor medidas corretivas para a eliminação das causas.

Todos os acidentes são de real importância, independente de sua gravidade, e, através da análise de cada ocorrência, chega-se à conclusão que impedirão a repetição do acidente com maior prejuízo.

As investigações do acidente são uma das atividades mais importantes do Serviço Especializado em Engenharia, Segurança e Medicina do trabalho (SESMT) e da CIPA, e devem ser efetuadas de maneira objetiva com base somente nos fatos, sem implicações disciplinares.

Após o acidente deve-se reunir os colaboradores do setor envolvido, o supervisor e o encarregado e se possível o acidentado comunicar e explicar a todos o fato ocorrido e fazer juntamente com eles um BRAINSTORMING (Tempestade de Idéias) do fato levantando-se todas as possíveis causas que gerou o acidente, é muito importante não desprezar nenhuma causa levantada por menor que seja.

Depois de levantar e anotar as possíveis causas fazer a montagem do Diagrama de Yshikawa ou

Espinha de Peixe (Anexo 01) para um melhor agrupamento das causas.

Depois devemos montar um relatório que podemos chamar de RELATÓRIO DE CAUSAS onde iremos descrever o acidente e todas as possíveis causas relatadas durante o BRAINSTORMING. A partir deste relatório montaremos um plano de ação (Anexo 03) juntamente com os participantes do BRAINSTORMING, determinando as medidas a serem tomadas, os responsáveis pela execução das medidas, onde as medidas serão implantadas (geralmente na área do acidente), como se implantar estas

medidas e o prazo para implantação das medidas para eliminar as causas que gerou o acidente.

É muito importante também, durante este trabalho procurar outros possíveis riscos que possam

causar problemas futuros agindo preventivamente em outros possíveis acidentes naquele setor.

Logo após a elaboração e aprovação do plano de ação deve-se procurar divulgar este plano de ação no setor (quadros de aviso, reuniões de segurança, etc) para se buscar um maior envolvimento de

todos colabores e demonstrar que se está trabalhando sobre o fato, fazer um acompanhamento rigoroso do cumprimento das medidas dentro dos prazos. Para se executar um trabalho de análise bem feito é fundamental o comprometimento de toda a equipe, supervisor de produção, encarregado de produção, gerente de produção e principalmente dos colaboradores.

Diagrama de Yshikawa ou Espinha de Peixe

Mão de obra: Toda causa que envolve uma atitude do colaborador (ex: Procedimento Inadequado, Pressa, Imprudência, Ato Inseguro, etc.).

Material: Toda causa que envolve o material que estava sendo trabalho.

Método: Toda causa envolvendo o método que estava sendo executado o trabalho. Máquina: Toda causa envolvendo á máquina que estava sendo operada. Medida: Toda causa que envolve uma medida tomada anteriormente para modificar processo, etc.

Meio Ambiente: Toda causa que envolve o meio ambiente em si (poluição, calor, poeira, etc.) e o ambiente de trabalho (layout falta de espaço, dimensionamento inadequado dos equipamentos, etc.).

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REGRAS BÁSICAS PARA INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES:

Durante as investigações de Segurança:

1. Pesquisar a situação anterior ao acidente;

2. Restringir-se aos fatos com bom senso para pesar o valor de cada um e justificar as conclusões;

3. Investigar cada detalhe, por menos significativo que possa parecer inicialmente;

4. Procurar os atos e as condições inseguras que, na maioria dos casos, estão presentes ao mesmo tempo;

5. Fazer recomendações, pois nenhuma investigação é completa quando não sugere ações corretivas;

6. Investigar todos os acidentes: A diferença entre um acidente banal e outro, sério, é fruto do acaso.

7. Determinar providências imediatas para evitar a repetição do acidente; se necessário, mudar

políticas, processos de trabalho, etc. Depois de ouvida a administração;

8. Elaborar relatórios escritos, meios eficientes no estudo e análise das áreas de maior risco,

possibilitando assim recomendações de natureza corretiva e preventiva;

9. Divulgar os resultados da investigação, pois seu valor é fundamental educativo; a partir desses resultados, deve-se iniciar logo um programa de prevenção de acidentes ou uma campanha de segurança.

10. O resultado da investigação implica em medidas corretivas que realimentam o plano de treinamento; implicando em alguns casos em retreinamentos de vários funcionários cujas atividades se envolvem com a causa do acidente.

ANÁLISE DO ACIDENTE:

Todo acidente, do mais corriqueiro até o pouco frequente, deve ter suas causas, circunstâncias analisadas. Para essa análise atingir seus objetivos detectar, prevenir e corrigir atos e condições inseguras. A descrição do acidente deve ser pormenorizada, citando:

A fonte da lesão, isto é, o objeto que causou o acidente (A parte móvel da máquina que bateu no trabalhador, o estilete que perfurou o dedo, o respingo de solda, etc.);

A Natureza da Lesão, (Contusão, entorse, luxação, fratura, ferimento, queimadura etc.);

Informações do Encarregado e de outras Testemunhas, que possam levar á determinação de

causas do acidente;

Consequências do Acidente, em termos tanto de prejuízos para o trabalhador (Sequelas, dias parados, invalidez ou morte) quanto de custos e influências sobre o trabalho.

NATUREZA DA LESÃO – TIPO DA LESÃO SOFRIDA PELO ACIDENTADO

A – 01 – Corpo estranho A – 02 – Corte A - 03 – Esmagamento A – 04 – Contusão A – 05 – Luxação, distensão, torção. A – 06 – Fratura A – 07 – Queimadura A – 08 – Amputações A – 09 – Machucado de picada, furo.

A – 10 – Dermatite A – 11 – Escoriações, abrasão, esfoladura. A – 12 – Intoxicação A – 13 – Lombalgia A – 14 – Hérnia A – 15 – Doença tipo... A – 16 – Morte A – 17 – Hematoma A – 18 – Outros

.

REGIÃO DO CORPO ATINGIDA – PARTE DO CORPO ENVOLVIDA NO ACIDENTE.

MEMBROS SUPERIORES B – 01 – Couro cabeludo

B – 02 – Olhos B – 03 – Orelha, ouvido. B – 04 – Boca, dentes. B – 05 – Pescoço

B – 06 – Rosto

B – 07 – Crânio B – 08 – Ombro B – 09 – Braço B – 10 – Cotovelo

B – 11 – Antebraço

B – 12 – Pulso - punho B – 13 – Mão B – 14 – Dedos (anular, indicador, médio, mínimo, polegar).

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CORPO B – 15 – Dorso, costas. B – 16 – Peito

B – 17 – Abdome B – 18 – Virilha

MEMBROS INFERIORES

B – 19 – Quadril, bacia. B – 20 – Coxa B – 21 – Pernas

B – 22 – Joelho B – 23 – Tornozelo B – 24 – Pés

B – 25 – Dedos dos pés B – 26 – Coluna B – 27 – Outros

.

ACIDENTE TIPO - MANEIRA COMO A PESSOA RECEBEU O FERIMENTO

C – 01 – Bater contra (objeto cortante ou duro, superfícies). C – 02 – Atingido por objetos flutuantes C – 03 – Atingido por objetos em movimento, deslizantes, etc. C – 04 – Prensagem entre C – 05 – Queda do mesmo nível C – 06 – Queda de nível diferente

C – 07 – Esforço exagerado C – 08 – Escorregão (não uma queda) C – 09 – Contato com temperaturas extremas, queimaduras. C – 10 – Inalação, absorção, ingestão. C – 11 – Contato com corrente elétrica C – 12 – Outros

AGENTE DA LESÃO – MÁQUINA, FERRAMENTA, MATERIAL, ETC., CAUSADOR DIRETO DA LESÃO. D – 01 – Máquina D – 02 – Veículos D – 03 – Ferramentas manuais D – 04 – Chapas metálicas e lâminas (folha, armação, haste). D – 05 – Material manuseado (outros além de chapas metálicas) D – 06 – Vasilhas D – 07 – Transportadores D – 08 – Guinchos, içadores, guindastes. D – 09 – Elevadores (pessoas e cargas)

D – 10 – Construção (porta, pilar, muro, janela, etc.). D – 11 – Solo ou superfícies sem nível D – 12 – Escadas, degraus, plataformas. D – 13 – Produtos Químicos D – 14 – Escada de mão ou andaimes D – 15 – Mecanismos e dispositivos elétricos D – 16 – Caldeiras, receptáculos com pressão. D – 17 – Radiações, infravermelhos, ultravioletas, etc. D – 18 - Outros

CONDIÇÕES INSEGURAS: Condições físicas e ou mecânicas que comprometem a segurança do trabalhador. ATOS INSEGUROS: Atos através dos quais as pessoas se expõem a riscos de acidentes. ATOS INADEQUADOS: Maneira incorreta de agir por falta de informação.

FATORES PESSOAIS – FALHAS INERENTES À PESSOA COMO TAL OU COMO TRABALHADOR H – 01 – Desconhecimento do risco H – 02 – Desprezo do perigo H – 03 – Influência do álcool ou de drogas H – 04 – Atitude imprópria

H – 05 – Defeito físico ou incapacidade física para o trabalho H – 06 – Rancor da Chefia H – 07 – Insatisfação com a empresa H – 08 – Outros

FATORES DE GERÊNCIA OU CHEFIA – FALHAS INERENTES AOS SUPERVISORES I – 01 – Falta ou treinamento inadequado de funcionários I – 02 – Supervisão insuficiente I – 03 – Desenho ou manutenção inadequado I – 04 – Planejamento de trabalho inadequado I – 05 – Padrões de compras inadequados. I – 06 – Falha no corrigir ou reportar condições

I – 07 – Conhecimentos insuficientes dos problemas encontrados pelos trabalhadores I – 08 – Falha no providenciar EPI’s I – 09 – Não estabelecimento de procedimentos I – 10 – Não enfatização constante de segurança I – 11 – Outros

Após a Investigação e Análise de Acidente realizado conforme procedimento anteriormente descrito, toma-se a medida necessária, para evitar-se novo acidente que pode ser, desde modificações em equipamentos, como uma mudança de procedimento operacional, além de medidas de conscientização

realizadas pelo Setor de Segurança do Trabalho, com esclarecimentos quando necessário, faz ainda parte

deste trabalho de conscientização a exibição de filmes de segurança.

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CLASSIFICAÇÃO DE ACIDENTES DE ACORDO COM DANOS FÍSICOS

São três tipos de acidentes classificados de acordo com danos físicos (gravidade) provocados e ou dos cuidados médicos requeridos.

1. Acidente com perda de dias – Classifica-se como acidente com “perda de dias”, o acidente que afasta o acidentado de sua função impossibilitando-o de comparecer ao serviço.

2. Acidente com atividade restrita – Classifica-se como acidente com “atividade restrita”, o acidente que impõem restrição à atividade do funcionário, impedindo-o temporariamente o exercício pleno de sua função.

3. Acidente com tratamento médico – Classifica-se como “tratamento médico”, o acidente que requer após o imediato tratamento ambulatorial, também tratamento preventivo por mais alguns dias, com retorno imediato do funcionário ao exercício pleno de sua função.

Relatório de Causas/ Modelo Básico RELATÓRIO DE CAUSAS

1 – (RELATO DO ACIDENTE) 2 – (CAUSAS LEVANTADAS DURANTE O BRAINSTORING) 3 – (CONCLUSÃO) 4- (PARTICIPANTES DO BRAINSTORMING)

. Modelo Básico ORDEM

O QUE (TAREFAS)

QUEM ONDE PORQUE COMO QUANDO

Ação a ser tomada

Responsável pela ação

Local onde a ação será tomada

O porque da ação

Como será tomada a

ação

Prazo para execução da

ação

OBS: Em um único plano de ação pode se ter várias ações, medidas ou modificações a serem feitas sendo desta forma se utiliza uma linha para cada ação, podendo um plano de ação ter várias linhas de ações a serem tomadas.

Este método de análise de acidentes contribui e muito para solucionar as causas que influenciaram no

acidente e causas que poderiam causar outros acidentes e acima de tudo envolve todos os colaboradores do setor fazendo com que eles se sintam envolvidos no trabalho do Setor de Segurança, dando a eles

liberdade para se expressarem sobre condições e atos inseguros no setor. COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO- CAT

A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos

com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deve ser imediata.

A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação de multa.

Na omissão por parte da empresa na comunicação do acidente, o próprio trabalhador, o dependente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade (magistrados, membros do Ministério Público

ou pelos serviços jurídicos da União, dos estados e do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar), poderá efetivar a qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social.

Para isso, deverão ser emitidas quatro vias (1ª via ao INSS, 2ª via ao segurado ou dependente, 3ª via ao sindicato de classe do trabalhador e 4ª via à empresa).

Maiores informações disponíveis em http://agencia.previdencia.gov.br/e-aps/servico/327

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NOÇÕES SOBRE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO DECORRENTES DE EXPOSIÇÃO AOS

RISCOS EXISTENTES NA EMPRESA.

QUADRO DE RISCOS E POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS

RISCOS FONTE GERADORA NO QUE A SEGURANÇA DO TRABALHO PODE AJUDAR?

Ruído Excessivo

Esmeril

Ar comprimido Motores

Etc.

Programa de Conservação Auditiva.

Fiscalização e conscientização do trabalhador quanto à importância da prevenção a perdas auditivas e uso adequado do protetor auricular.

Sinalização de Segurança.

Indicar medidas de controle na fonte ou trajetória.

CONSEQUÊNCIAS POSSÍVEIS

Ruído: O corpo humano começa a reagir ao barulho a partir de 70 dB podendo ocorrer alterações físicas, mentais e emocionais.

Efeitos no trabalho

Problemas de comunicação

Baixa concentração

Desconforto

Cansaço

Nervosismo

Baixo rendimento

Acidentes

Efeitos ao organismo

Estreitamento dos vasos sanguíneos

Aumento da pressão sanguínea

Contração dos músculos

Ansiedade e tensão

Insônia

Pode causar alterações menstruais e impotência sexual

Zumbido no ouvido

Efeitos à audição

Trauma acústico – é a perda auditiva repentina causada por barulhos de impacto como explosões.

Perda auditivas temporárias – ocorre após exposição a barulho intenso, mesmo por curto período de tempo. A audição volta ao normal após algum tempo.

Perdas auditivas permanentes – ocorre pela exposição repetida, durante longos períodos, a barulhos de alta intensidade. É irreversível, pois destrói as células auditivas.

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QUADRO DE RISCOS E POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS

AGENTES QUÍMICOS

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RISCOS

FONTE GERADORA

NO QUE A CIPA PODE AJUDAR?

Atividades de

manutenção, limpeza, pintura,

lavagem de veículos, etc.

Solicitar aos fabricantes e fazer cumprir orientações das Fichas Toxicológicas de todos produtos químicos utilizados (FISPQ – Padrão ABNT – NBR – 14.725)

Um pouco sobre os agentes químicos:

Certas substâncias químicas, utilizadas nas empresas e mesmos em nossos lares, são lançadas no ambiente, intencional ou acidentalmente. Essas substâncias podem apresentar-se nos estados: sólido, líquido e gasoso.

No estado sólido, temos poeiras de origem animal, mineral e vegetal, como a poeira mineral de sílica encontrada nas areias para moldes de fundição. No estado gasoso, como exemplo, temos o GLP (gás liquefeito de petróleo), usado como combustível nos fogões residenciais. No estado líquido, temos os

ácidos, os solventes, as tintas e os inseticidas domésticos.

Esses agentes químicos ficam em suspensos no ar e podem penetrar no organismo do trabalhador por:

VIA RESPIRATÓRIA essa é a principal porta de entrada dos agentes químicos, porque respiramos continuadamente, e tudo o que está no ar vai direto aos nossos pulmões. Se o produto químico estiver sob forma sólida ou líquida, normalmente fica retido nos pulmões e provoca, a curto ou longo prazo, sérias doenças chamadas pneumoconioses, como o edema pulmonar e o câncer dos pulmões. Se estiver no ar sob forma gasosa, causa maiores problemas de saúde, pois a substância atravessa os pulmões, entra na corrente sangüínea e vai alojar-se em diferentes partes do corpo humano, como no sangue, fígado, rins, medula óssea, cérebro etc., causando anemias, leucemias, alergias, irritação das vias respiratórias, asfixia, anestesia, convulsões, paralisias, dores de cabeça, dores abdominais e sonolência.

VIA DIGESTIVA: Se o trabalhador comer ou beber algo com as mãos sujas, ou que ficaram muito tempo expostas a produtos químicos, parte das substâncias químicas será ingerida junto com o alimento, atingindo o estômago e provocando sérios riscos à saúde.

EPIDERME: essa via de penetração é a mais difícil, mas se o trabalhador estiver desprotegido e tiver contato com substâncias químicas, havendo deposição no corpo, serão absorvidas pela pele. A maneira mais comum da penetração pela pele é o manuseio e o contato direto com os produtos perigosos, como arsênico,

álcool, cimento, derivados de petróleo etc. que causam câncer e doenças de pele conhecidas como dermatoses.

VIA OCULAR: alguns produtos químicos que permanecem no ar causam irritação nos olhos e conjuntivite, o que mostra que a penetração dos agentes químicos pode se dar também pela vista.

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No que podemos ajudar?

Exercer o controle sobre os produtos comprados pela empresa.

Manter cuidados básicos de higiene do trabalho e organização, reduzindo perdas e o risco potencial.

Definir práticas-padrão para utilização de alguns produtos químicos.

Exercer o controle sobre os produtos comprados pela empresa.

Por incrível que pareça, o grande problema não está relacionado aos produtos químicos principais utilizados pela empresa (uma vez que, para estes, geralmente há manuais de instrução e guias toxicológicos). O problema está com a chamada “raia miúda”, espalhando o risco de intoxicação ocupacional sem controle em diversas áreas da empresa. Assim, é importantíssimo fazer testes analíticos do thinner, benzina, varsol, outros solventes e desengraxantes usados na empresa, e das tintas, no sentido de verificar a não existência de benzeno, bem como informar ao trabalhador os riscos existentes

e os cuidados a serem adotados durante a utilização. Manter cuidados básicos de higiene do trabalho e organização, reduzindo perdas e o risco potencial.

É muito importante que as áreas tenham uma boa ventilação, “cada coisa no seu devido lugar”, uma boa ventilação natural, separação e isolamento das atividades que liberam gases, vapores e fumos metálicos (projetos específicos de enclausuramento e exaustão) e boas condições gerais de limpeza e higiene.

Importante também cuidar da higiene pessoal dos trabalhadores (uniformes limpos, pele protegida e limpa), orientando-os com relação aos aspectos básicos (lavaras mãos antes das refeições), instituindo regras gerais de higiene. Definir práticas-padrão para utilização de alguns produtos químicos. Da mesma forma que um cirurgião tem que adotar algumas práticas rigorosas de higiene antes de

começar uma cirurgia, assim também há necessidade de uma prática-padrão para lidar com o mercúrio ou o chumbo e outras substâncias químicas no trabalho. Destacamos que além da existência da prática-padrão, tem que ser dado esclarecimento detalhado ao trabalhador quanto aos riscos existentes e cuidados a serem seguidos na utilização, exigindo-se o cumprimento das normas estabelecidas. Devem ser estabelecidos critérios técnicos e/ou administrativos para a proteção da saúde dos

colaboradores expostos a agentes químicos, identificando os produtos químicos, sua toxidade,

observando os limites de tolerância e implementando medidas de controle e de proteção, visando assegurar as condições necessárias para o desenvolvimento seguro das atividades. Para lavagem e limpeza de peças é recomendamos a utilização de desengraxante, desaguante e diluente, isentos de substâncias aromáticas e/ou cloradas. (“Produtos Ecologicamente Corretos”.)

É importante tomar cuidado com os diferentes produtos químicos empregados na empresa e até em casa. Faça um levantamento dos produtos químicos que você utiliza, leia os rótulos das embalagens e informe-se sobre os efeitos que podem provocar no organismo humano. As medidas ou avaliações dos agentes químicos em suspensão no ar são feitas por meio de aparelhos especiais que medem a concentração, ou seja, a porcentagem existente em relação ao ar atmosférico. Os limites máximos de concentração de alguns produtos e outras informações estão estabelecidos na NR 15,

anexos 11, 12 e 13 do Ministério do Trabalho.

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RISCOS

FONTE GERADORA

NO QUE PODEMOS AJUDAR?

Detergentes e

Desengraxantes. / Óleos e Graxas.

Lavador

Treinamentos e sinalização.

Mascara com filtro contra vapores orgânicos ou outra indicada

na FISPQ.

Luva de segurança contra produtos químicos

Protetor facial, avental e botas impermeáveis.

Camisa manga comprida.

Creme Protetor da Pele – Óleo Resistente.

CONSEQUÊNCIAS POSSÍVEIS / MEDIDAS PREVENTIVAS

Produtos Químicos: Intoxicações.

Umidade – as atividades de lavagem de veículos leves e pesados pode ser prejudicial à saúde, caso o trabalhador tenha partes do corpo encharcadas ou umedecidas, propiciando perda de calor corporal. Para estarem protegidos os colaboradores deste setor devem utilizar forma efetiva e obrigatória equipamentos de

proteção eficazes como luvas, avental e botas impermeáveis.

Agentes Químicos: Detergentes e Desengraxantes. / Óleos e Graxas: Além dos EPI’s supracitados os colaboradores deste setor devem utilizar efetivamente Luva De Segurança Contra Agentes Químicos e Mascara com filtro contra vapores orgânicos.

Quando da utilização de solventes e detergentes, o colaborador deve estar utilizando de forma efetiva e obrigatória Mascara com filtro contra vapores orgânicos – Filtro Classe P2.

Graxas – Lubrificação – utilização obrigatória de equipamentos de proteção capazes de neutralizar os riscos:

Luva De Segurança Contra Agentes Químicos.

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RISCOS

FONTE GERADORA

NO QUE PODEMOS AJUDAR?

Tintas e solventes.

Operações de

Pintura.

Máscara de Proteção com filtro combinado contra gases e vapores orgânicos P2 ou outra indicada na FISPQ.

Luva de segurança contra produtos químicos

Protetor facial e avental impermeável.

Camisa manga comprida.

Creme Protetor da Pele – Óleo Resistente.

CONSEQUÊNCIAS POSSÍVEIS

Intoxicações.

Outras Recomendações

As atividades devem ser realizadas em ambiente arejado e durante a execução os funcionários devem utilizar EPI’s adequados aos riscos, indicados pelo SESMT.

Quando da compra das tintas e solventes devem ser exigidas as fichas de segurança dos produtos, observando-se as recomendações do fabricante quanto à proteção do usuário, meio ambiente e outras.

Estas informações não esgotam totalmente o assunto, devendo ser completadas pelo SESMT da empresa.

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RISCOS FONTE GERADORA NO QUE PODEMOS AJUDAR?

Radiações Não Ionizantes

Operações de solda e

corte a quente (Solda Elétrica)

Treinamento: segurança nas operações de solda e corte a quente.

Fiscalizar manutenção dos equipamentos. Sinalização de Segurança

CONSEQUÊNCIAS POSSÍVEIS

Queimaduras, cataratas e Conjuntivite, náuseas, diarreia, febre, fraqueza, inflamação da boca e garganta;

perda de cabelo; anemia, ou seja, redução do número de glóbulos vermelhos do sangue; etc.

Medidas Preventivas

EPI’s de Couro: luvas, avental ou jaleco, perneiras, mangas e botina de segurança com bico de aço.

Mascara Solda. / Óculos Proteção com filtro de luz. / Biombos.

A área de Soldagem e Corte a Quente, deverão ser isoladas das demais áreas, através de biombos ou outro tipo de proteção construída de material incombustível.

A área de Soldagem e Corte a Quente deve estar livre de materiais combustíveis, de modo a prevenir riscos de incêndios, cito: papel, madeira, tintas, solventes, líquidos inflamáveis, etc.

RISCOS

FONTE GERADORA

NO QUE PODEMOS AJUDAR?

Fumos Metálicos

Operações de solda

e corte a quente

As operações de solda e corte a quente devem realizadas em ambiente arejado, com circulação suficiente para renovação constante do ar, impedindo que concentração significativa do agente em suspensão.

O soldador e ajudante devem estar utilizando Máscara de Proteção – Filtro Contra Fumos Metálicos – Classe P2.

CONSEQUÊNCIAS POSSÍVEIS: Doenças Respiratórias; Intoxicações. OUTRAS RECOMENDAÇÕES

Estabelecer as condições mínimas de segurança para, recepção, armazenagem, movimentação, manuseio e utilização de Cilindros de Gás comprimido, obedecendo todos os requisitos legais (NR)

As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas por trabalhadores qualificados.

Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente em chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção, por ventilação local exaustora, dos fumos originados no

processo de solda e corte, bem como na utilização de eletrodos revestidos.

O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento adequado à corrente usada, fim de se evitar a formação de arco elétrico ou choques no operador.

Nas operações de soldagem e corte a quente, é obrigatória a utilização de anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circunvizinhos. O material utilizado nesta proteção deve ser do tipo incombustível.

Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame, recipiente, tanque ou similar, que se envolva geração de gases confinados ou semiconfinados, é obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais

para eliminar riscos de explosão e intoxicação do trabalhador.

As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas na saída do cilindro e chegada

do maçarico.

É proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximos às garrafas de O2 (oxigênio).

Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados. Os fios condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de soldagem devem ser mantidos longe de locais com óleo, graxa ou umidade, e

devem ser deixados em descanso sobre superfícies isolantes.

Insuflamento de ar fresco.

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MANUTENÇÃO

RISCOS ACIDENTES

Risco de partículas volantes e ferramentas perfuro-cortantes, queda de peso sobre artelhos, atropelamento e queda de objetos sobre o crânio e

queimaduras, trabalho em alturas superiores a 2 metros.

FONTES GERADORAS Trabalhos próximos e na operação de maquinas e equipamentos elétricos, esmerilhadeiras e ferramentas manuais, também carregamento de peças metálicas (cortantes), operação de conjunto de solda, outros.

DANOS A SAÚDE Possíveis; escoriações cortes com hemorragia, fraturas, etc.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO EXISTENTES

O colaborador deve utilizar, de forma efetiva e obrigatória: Protetor Auricular – Tipo Concha / Luva De Segurança Contra Agentes Químicos, / Creme

Protetor da Pele – óleo resistente. / Creme Desengraxante para Limpeza das Mãos e braços./ Botina de Segurança com biqueira de aço. / Óculos de Proteção Contra Impactos Incolor – ampla visão. / Uniformes Limpos.

Máquinas de Esmerilar O uso de rebolos de diâmetro máximo de 254mm respeitadas as velocidades previstas.

Uma grossura de 50mm dos rebolos e um diâmetro dos flanges igual a, pelo menos, a metade do diâmetro do rebolo.

Os rebolos usados para tirar rebarbas terão diâmetro máximo de 155mm e velocidade periférica de 20 metros.

Capôs ou cárters ou protetores resistentes (chapa de aço de pelo menos três milímetros de grossura), podendo servir de dispositivo de descanso se a máquina não possuir gancho de suspensão.

O rebolo é frágil: protege-lo de choques.

Com o motor desligado, o rebolo continua a girar. Evitar contatos violentos com o chão, que poderão provocar quebra do rebolo.

Não usar meios improvisados para limpar ou retificar. Mandar recortar por pessoa competente que poderá usar aparelho especial equipado de protetor contra estilhaços. Um retificador de rolete poderá servir, e até um tijolo, para operações mais grosseiras.

Usar luvas para esmerilar peças de arestas vivas, ou peças capazes de esquentar durante o trabalho.

O uso de óculos de proteção é obrigatório.

Colocar telas de proteção para proteger terceiros, se a operação provocar copiosa projeção de partículas.

Na montagem, não usar chave grande demais ou longa. Não bloquear a porca de fixação com martelo. Atarraxar sem exagero.

Colocar e regular o capô de proteção antes de pôr em movimento. .

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SERVIÇOS COM ESMERIS DE PEDESTAL

1. O executante só operar se estiver habilitado e autorizado para tal.

2. Utilizar sempre protetor facial aluminizado, além dos EPI’s básicos necessários.

3. Não deve ser utilizada luva de vaqueta ou qualquer outro tipo de luva, quando for utilizar o esmeril.

4. Verificar o estado de conservação do rebolo usado, retificando-o se necessário.

5. Verificar se a especificação do rebolo empregado está correta (consultar tabela), bem como a sua montagem na máquina.

6. Inspecionar o rebolo antes de ser montado para evitar que seja instalado com defeitos às vezes invisíveis. Suspendendo-se o rebolo pelo furo e batendo-se nele próximo à periferia, percebe-se quando está trincado (ruído surdo).

7. Verificar se o rebolo está bem preso e as guardas colocadas. O aperto deve ser suficiente porém

não excessivo.

8. Verificar no rótulo do rebolo a sua residência periférica (RPM). A RPM do rebolo deve sempre ser maior que a RPM do eixo onde for instalado.

9. Verificar a posição do descanso ou apoio das peças. A distância a ser mantida entre os descansos e os rebolos não pode exceder a 3mm.

10. Manter sempre um recipiente cheio de fluido refrigerante próximo à máquina para resfriamento da peça.

11. Posicionar-se preferencialmente na lateral do esmeril.

12. Segurar a peça em posição de afiar com as duas mãos e aproximá-la do rebolo cuidadosamente, atentar que a pressão da peça sobre o rebolo não deve ser excessiva.

13. Não esmerilhar materiais considerados moles (alumínio, teflon, bronze, etc...), pois eles ficam impregnados (empastam) no rebolo prejudicando o seu rendimento.

14. Não utilizar nunca a lateral do rebolo, para desgaste das peças.

15. Fazer o contato da peça a ser afiada com o rebolo, mantendo-a sempre acima do centro.

16. Não usar o rebolo, de modo que venha a causar sulcos (canaletes) na superfície; para tanto, procurar utilizar sempre toda a superfície frontal do rebolo, movimentando a peça a ser afiada conforme o caso.

17. Se houver qualquer não conformidade com o equipamento ou seus acessórios, comunicar imediatamente o responsável pela oficina.

18. Recolher e guardar os resíduos dos materiais em locais apropriados (Coleta Seletiva).

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MANUTENÇÃO

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:

Inclua o pessoal e os equipamentos. / todas as fases de operação e manutenção.

Feche, desnergize e bloqueie bem os equipamentos antes de limpar qualquer obstáculo, antes de

fazer limpeza na máquina, antes de corrigir defeitos ou de fazer manutenção.

Defina e faça cumprir os procedimentos que assegurem um aprontamento e início de operações seguras. / ourtogue responsabilidades somente a uma pessoa por equipamento de trabalho autorizado para o início da operação.

O pessoal não operativo não deve ser permitido na área, os visitantes devem ser escoltados.

Nunca se ponha sobre ou encima do equipamento em operação.

Nunca permita que o pessoal lubrifique as partes móveis enquanto o equipamento está em

operação. / ourtogue responsabilidades de lubrificação, manutenção e inspeção e faça cumprir os

procedimentos de segurança.

Esteja sempre alerta a todas as formas de energia armazenada (pontos potenciais de escapamento de energia): hidráulicos, pneumáticos, gravitacionais, mecânicos (molas, pares de torção, tensão, compressão), elétricos, magnéticos, etc.

O equipamento em operação a baixa velocidade também pode causar feridas; os colaboradores devem estar visíveis e longe de qualquer equipamento antes de iniciar a operação de pulso.

Utilize os corredores, nunca caminhe sobre as máquinas e materiais.

Mantenha-se longe das cargas suspensas;

Substitua as ferramentas que estejam desgastadas ou defeituosas. Use a ferramenta adequada

para cada tarefa. / escadas, plataformas superiores podem apresentar situações especiais de risco. Os procedimentos devem definir seu uso seguro. Unicamente pessoal autorizado com o equipamento de segurança adequado!

O pessoal operativo e de manutenção deve ser continuamente treinado no que diz respeito à

segurança. O treinamento regular para refrescar os conhecimentos é essencial.

TREINAMENTOS NECESSÁRIOS Orientações Básicas de Segurança.

Prevenção a Perdas Auditivas e Uso Adequado do Protetor Auricular. Proteção Respiratória. Segurança nas Operações de Soldagem e Corte a Quente.

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ELEVADOR DE CARROS Assegurar que os operadores do elevador estejam instruídos apropriadamente sobre o uso e funcionamento do elevador, utilizando como base as informações constantes no Manual de Operação e as Regras para Operação e Dicas de Segurança fixadas no elevador. Devem ser testados os Dispositivos de Segurança DIARIAMENTE antes de iniciar os trabalhos.

O operador deve realizar estas inspeções diariamente. A checagem diária do sistema é muito importante, pois a descoberta antecipada de um dispositivo com defeito assegura de que não ocorrerão desgastes prematuros de componentes e acidentes com o veículo ou com o operador. Diária (8 horas de trabalho)

1. Verifique através do ruído o funcionamento das travas mecânicas de segurança durante a operação. Caso as mesmas não estejam funcionando corretamente execute sua lubrificação ou manutenção. Certifique-se de que os carros do elevador se apóiem nos engates das travas de segurança.

2. Verifique o funcionamento da trava de segurança superior, acionando o motor da unidade hidráulica e

suspendendo a trava de segurança da calha superior, que deverá desligar o motor.

3. Inspecione as conexões hidráulicas e mangueiras a procura de vazamentos.

4. Verifique quanto a danos nas correntes dos cilindros.

5. Inspecione os cabos de aço quanto a desgaste anormal ou fios rompidos com os carros do elevador totalmente abaixados e elevados.

6. Inspecione todos os anéis-trava das roldanas e rolamentos.

7. Confira o aperto dos parafusos, porcas de fixação das colunas e dos cabos de aço.

8. Verifique os cabos de alimentação e chaves de acionamento.

9. Mantenha a base das colunas livre de sujeira ou substâncias corrosivas.

10. Inspecione o piso próximo aos chumbadores quanto a rachaduras.

11. Verifique as travas dos braços dos carros do elevador. Semanal (40 horas de trabalho) Confira o torque dos chumbadores.

Verifique o nível do fluido hidráulico. Mensal Engraxe os blocos de nylon e as superfícies de contato nas colunas.

Lubrifique as correntes e confira o aperto dos parafusos e porcas.

Verifique se o pino da roldana e as hastes dos cilindros se movimentam livremente ou possuem desgaste aparente.

Inspecione as polias dos cabos de aço a fim de verificar se o cabo movimenta-se livremente ou se há desgaste aparente.

Anual Substitua o fluído hidráulico.

Risco de acidentes aos olhos.

Resíduos, poeira, e fluidos podem sair dos veículos.

Remova todo tipo de resíduo. Limpe as superfícies para eliminar os materiais que tenham caído sobre elas.

Utilize os óculos de segurança.

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Risco de lesões.

Contato com partes em movimento pode provocar acidentes.

Durante a subida e descida do veículo no elevador, assegure que ninguém esteja sob o veículo ou próximo à área do elevador.

Não toque a mão sobre a corrente ou sob os carros dos braços enquanto eleva ou desce o veículo e não permita que ninguém se aproxime do elevador.

Verifique periodicamente as travas mecânicas de segurança, e lubrifique-as periodicamente.

Risco de esmagamento de partes do corpo durante a elevação do veículo.

Mantenha as mãos e as outras partes do corpo longe das superfícies que estão sendo levantadas.

Não utilize adaptadores não recomendados ao levantar um veículo.

Risco de dano.

Ferramentas que quebram ou escorregam podem provocar acidentes.

Ferramentas podem quebrar ou escorregar se forem usadas ou tiverem sua manutenção feita de maneira indevida.

Utilize a ferramenta apropriada para cada tarefa.

Inspecione, limpe e lubrifique (se recomendado) freqüentemente todas as ferramentas.

Siga os procedimentos recomendados quando executar serviços no veículo.

Precauções básicas de segurança devem sempre ser seguidas ao usar o equipamento,

incluindo:

1. Siga as instruções do manual de operação a fim de evitar acidentes e danos às pessoas e ao equipamento.

2. Tenha cuidado para não tocar em peças quentes, pois podem causar queimaduras.

3. Não opere o equipamento com o cabo de energia danificado ou se o equipamento estiver com defeito, até que seja examinado por um técnico qualificado.

4. Se for necessário um cabo de extensão, deve ser utilizado um cabo com um dimensionamento de corrente igual ou maior que do equipamento. Cabos com dimensionamento menor que do equipamento

podem so-breaquecer.

5. Desligue os disjuntores ou desconecte o cabo de alimentação do equipamento quando este não estiver em uso. Nunca desligue puxando pelo cabo, somente pelo plugue da tomada.

6. Jamais sobrecarregue o elevador. A capacidade nominal especificada pelo fabricante está impressa na plaqueta de identificação fixada no elevador.

7. Antes de conduzir o veículo por sobre o elevador, posicione os braços e suportes para fornecer uma área livre e desobstruída. Não bata e nem ande sobre os suportes dos carros, adaptadores, ou braços do elevador.

8. Eleve os carros do elevador até a posição de trabalho desejada, de forma que as travas mecânicas de

segurança possam atuar.

9. Antes de abaixar os carros do elevador, certifique-se de que não há objetos ou ferramentas obstruindo a descida dos carros. Libere os dispositivos de travamento antes de abaixar os carros do elevador.

10. Para reduzir o risco de incêndio, não opere o equipamento próximo a recipientes abertos contendo líquidos inflamáveis, tais como gasolina, álcool, thinner, etc.

11. Quando estiver trabalhando com motores de combustão interna, faça-o em uma área com ventilação adequada.

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12. Antes de remover o veículo da área do elevador, posicione os braços e suportes para garantir uma

saída sem obstruções.

13. Mantenha o cabelo, roupas, dedos e todas as partes de corpo longe de peças em movimento.

14. Para reduzir o risco de choque elétrico, não utilize o equipamento em superfícies molhadas ou exposto à chuva.

15. Utilize o equipamento somente conforme descrito neste manual. Utilize somente os acessórios

indicados pelo fabricante.

16. SEMPRE USE ÓCULOS DE SEGURANÇA. Os óculos comuns têm lentes resistentes somente a impacto, eles NÃO são óculos de segurança.

VALETA DE SERVIÇO:

A empresa possui uma valeta. As valetas devem ter dimensões mínimas de 1,10 a 1,40 metro de

profundidade e 0,80 a 1,10 metro de largura, paredes laterais revestidas de material impermeável, piso de chapa de metal vazado com drenagem adequada, iluminação artificial nas paredes laterais e acesso através de escadas ou rampas. Além disso, as valetas devem possuir guia para pneus instalada junto às paredes verticais, de modo a se evitar o acidente. ATENÇÃO – Quando não estiverem sendo utilizadas, as valetas devem permanecer isoladas através de correntes, faixas, grades, cones ou outros dispositivos de isolamento e/ou sinalização, de modo a se

evitar os acidentes do tipo queda. . CONDIÇÕES SE SEGURANÇA DOS PÁTIOS: Os pátios e garagens devem garantir as condições mínimas de segurança dos pisos dos pátios, evitando a geração de pó ou a formação de barro ou poças d'água. Os pisos devem ter uma boa drenagem superficial para escoar as águas pluviais e não podem apresentar saliências nem depressões que

prejudiquem a circulação de pessoas ou de veículos.

ILUMINAMENTO: Os pátios devem ser dotados de iluminamento geral, com nível de aclaramento mínimo de 20 (vinte) Lux. Além disso, devem garantir a integridade física dos trabalhadores através de delimitação e sinalização,

com faixas ou correntes, das áreas utilizadas por pessoas ou por veículos. . APOIO DOS VEÍCULOS: Nas atividades realizadas no veículo com os pneus apoiados no chão devem ser utilizados calços de metal ou madeira, no formato triangular (cunha) garantindo segurança contra deslizamento, de modo a impedir

o deslocamento dos pneus, durante a manutenção mecânica. Para a realização de qualquer atividade onde haja necessidade de elevação do veículo, devem ser utilizados cavaletes de ferro ou aço (“preguiças”), com base de sustentação em quatro pontos e cantoneiras de encaixe que impeçam o deslocamento do veículo.

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BLOQUEIO DE EQUIPAMENTOS

TRANCAR / ETIQUETAR A ENERGIA QUE ACIONA AS MÁQUINAS PODE SER PERIGOSA SE ALIVIADA ACIDENTALMENTE OU SEM ATENÇÃO, E PODE SER:

ELÉTRICA

MECÂNICA

HIDRÁULICA

PNEUMÁTICA

Trancar ou etiquetar é um processo específico para proteger empregados contra acidentes com equipamentos em manutenção ou reparos

O que é trancar?

Todo interruptor de circuito, válvula ou mecanismo de desligamento de energia deve estar na posição de segurança, indicando, que está desconectado / desligado. Normalmente se coloca um cadeado, em uma peça do mecanismo de desligamento de energia, cuja finalidade é mantê-lo em posição segura/desligado.

Um cadeado é colocado de tal forma que o equipamento não possa ser religado, sem que seja seguido um procedimento específico. O que é etiquetar?

Etiquetar é o processo de colocação de etiquetas (avisos) em máquinas/equipamentos para comunicar aos empregados, que os mesmos não podem ser religados. As etiquetas devem incluir informações sobre os perigos que podem ocorrer se os

equipamentos/máquinas forem religados inadvertidamente.

Deve existir somente um empregado autorizado a instalar ou remover as etiquetas. QUANDO SE DEVE TRANCAR / ETIQUETAR? UTILIZAR SEMPRE QUE ESTIVER DESENVOLVENDO UM TRABALHO EM EQUIPAMENTO / MÁQUINA NO QUAL EXISTA PERIGO PARA OS TRABALHADORES.

Funcionamento inesperado de um equipamento

Liberação da energia armazenada

Quando for remover ou neutralizar uma barreira de proteção ou outro mecanismo de segurança.

Quando for necessária manutenção, reparo em equipamento / máquina.

Reparos de circuitos elétricos.

Limpeza ou lubrificação de máquinas / equipamentos com partes móveis.

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FATORES ERGONÔMICOS

RISCOS

FONTE GERADORA

NO QUE AJUDAR?

SITUAÇÕES DE STRESS

FÍSICO E/OU PSÍQUICA

POSSÍVEIS EFEITOS DA

MÁ POSTURA

Dor no Pescoço,

DOR NAS COSTAS,

Dor nos braços ou antebraço

Dor nas mãos

Sensação de cansaço

Desconforto

Outros problemas de saúde (LER / DORT)

Treinamento

Adequação do Mobiliário

Análise Ergonômica.

Treinamento Específico

Controle do absenteísmo e atestados médicos.

Seguir orientações dos Recursos Humanos e

prazos previstos em Lei.

A psicologia e sociologia tratam de harmonizar as relações entre o processo produtivo, o

ambiente de trabalho e o homem.

Ambiente bem iluminado com ausência de ruídos incômodos, desconforto térmico, odores,

vibrações.

A área mínima por pessoa (04 a 06 m2) deve ser observada, espaço suficiente para movimentação.

Pausas no trabalho.

Saída para suprir necessidades fisiológicas.

A melhor coisa é prevenir estes problemas;

Mantenha-se sempre na postura NEUTRA;

Postura neutra pode significar um dia mais produtivo e mais confortável para você.

Outras Recomendações

Exercícios aeróbicos ajudam a manter a forma física, aumentar a resistência cardiovascular e diminuir a tensão dos usuários de computadores.

RISCOS DE ACIDENTES Outros fatores de risco que podem ser encontrados e devem ser eliminados dos ambientes de trabalho são decorrentes de: falhas de projeto de máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos e prédios; deficiências de layout; iluminação excessiva ou deficiente; uso inadequado de cores; probabilidade de

incêndio ou explosão; armazenamento inadequado de produtos, presença de animais peçonhentos etc.

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TRABALHO EM TURNOS NOTURNOS PODE AFETAR SAÚDE DO TRABALHADOR : TESE DE DOUTORADO

FOI REALIZADA COM TRABALHADORES DE INDÚSTRIA DE METAIS SANITÁRIOS.

A tese de doutorado da pesquisadora da Fundacentro, Érica Lui Reinhardt , mostra como o trabalho em turno noturno fixo pode contribuir negativamente na saúde dos trabalhadores.

Defendida em abril deste ano, na Faculdade de Saúde Pública/USP, Érica selecionou um grupo de trinta e oito homens (turno diurno e noturno), todos trabalhadores de indústrias de metais, situadas na cidade de

São Paulo.

Do grupo selecionado, a pesquisadora levantou dados de trabalhadores do turno noturno das 21h às 6h e do turno diurno das 7h às 17h, levando em consideração aspectos sociodemográficos, saúde e condições de trabalho, fadiga, sonolência e estresse, coletados por meio de questionários.

O sono desses trabalhadores, que costuma ser muito afetado pelo trabalho noturno, foi acompanhado durante 10 dias seguidos por meio de informações fornecidas pelos trabalhadores e pelo uso de equipamentos de monitoramento próprios para este fim.

Para a realização da pesquisa foram coletadas amostras de saliva desses trabalhadores em momentos diferentes do dia de trabalho. Estas amostras foram analisadas para verificar a concentração de melatonina, hormônio que em seres humanos está relacionado aos ritmos biológicos, ao sono e ao sistema imunológico.

Foi analisado também o cortisol, hormônio liberado em situações de estresse. Estes dois hormônios são bastante alterados pelo trabalho noturno, o que pode trazer prejuízo à saúde dessas pessoas.

Além disso, nessas mesmas amostras de saliva foram dosadas também algumas citocinas inflamatórias,

que são moléculas produzidas pelas células durante uma resposta do sistema imunológico a qualquer agressão ao organismo.

As citocinas escolhidas também atuam em processos inflamatórios crônicos, subjacentes a muitas doenças que atingem um número cada vez maior de pessoas, como as doenças cardiovasculares e o diabetes.

Essas doenças ocorreriam com maior frequência entre trabalhadores em turnos. Alterações na produção

dessas citocinas devido ao trabalho noturno poderiam estar envolvidas na origem dessas doenças nesta população trabalhadora, e a investigação desta associação foi um dos objetivos mais importantes do

estudo da pesquisadora.

Neste estudo, verificou-se um sono mais curto entre os trabalhadores diurnos e os noturnos. Os primeiros dormiram menos principalmente por serem obrigados a começar seu turno de trabalho muito cedo, às 7h.

Já os trabalhadores noturnos apresentavam um estado de dessincronização crônica, isto é, com seus

ritmos biológicos em desacordo com suas atividades cotidianas, o que era ocasionado pelo trabalho noturno.

Em função desta dessincronização, os trabalhadores noturnos não conseguem dormir bem e em quantidade suficiente durante o dia. Por tal razão, a pesquisadora concluiu que o trabalho em turnos prejudica o sono desses trabalhadores.

Outro resultado importante foi verificar que a produção das citocinas entre os trabalhadores noturnos estava alterada. Este é um resultado preocupante, pois ao longo do tempo isso pode acabar contribuindo

para o surgimento de doenças nesses trabalhadores.

Também se observou que as condições e as tarefas de trabalho contribuíram para a piora da qualidade de vida desses trabalhadores. Estes aspectos subjetivos podem interagir com as variáveis biológicas,

favorecendo o aparecimento de doenças.

Por isso, para a pesquisadora Érica Lui, é de extrema importância que nos estudos sobre o mundo do trabalho os pesquisadores adotem uma visão integradora dessas diferentes variáveis, tanto as biológicas

quanto as subjetivas.

Todos os detalhes, metodologia, questionários, resultados e demais informações acadêmicas, encontram-se disponíveis na tese. Disponível em:

http://www.granadeiro.adv.br/arquivos_pdf/trab_noturno_rev_protecao.pdf

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NOÇÕES SOBRE A SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – AIDS, E MEDIDAS DE PREVENÇÃO.

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS / SIDA

Síndrome: conjunto de sinais e sintomas de uma ou mais doenças.

Imunodeficiência: incapacidade do organismo de se defender contra agentes causadores de doenças.

Adquirida: contaminação ao longo da vida.

3.1 - Agente causador da AIDS: HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana

3.2 - Meios de Transmissão

Sangue

Secreções sexuais - esperma e secreções vaginais

Leite materno

3.3 - Formas de Transmissão

Relação sexual - anal, vaginal e oral

Transfusões de sangue não testado para HIV

Compartimento de seringas

Contatos com feridas expostas

Durante o parto

Amamentação

Manipulação de material contaminado

3.4 - Fatores que Aumentam os Riscos de Contaminação

Álcool Presença de outras DST Quantidade de exposições

Drogas Tempo de exposição Frequência de exposições

Lesões na boca e nos órgãos genitais Período menstrual

3.5 - Mitos e Lendas - Outros Fatores que Contribuem para o Risco de Contaminação

Sou muito bem informado Tenho proteção divina Fidelidade

Só transo com meu namorado (a) Conheço meu parceiro Eu sou casado (a)

Vários parceiros sexuais. Tenho proteção do amor

3.6 - Formas de Prevenção

Usar camisinha

Evitar que seu filho seja amamentado por terceiros. Sempre que necessário procure um banco de leite

Evitar gravidez caso seja portadora do vírus

Em caso de pessoas já portadoras, mesmo que a contaminação seja de ambos, fazer o uso de preservativo

Não compartilhar seringas e utilizar somente seringas descartáveis

Abstinência sexual

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SARH / SSP / DAMOR – Rua Marechal Deodoro, 230/7º andar – Centro – 36013-000 – Tel. (32) 3690-7712.

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3.7 - Formas que o HIV não é Transmitido

Doando sangue Picadas de inseto Camas e cadeiras

Alimentos Utensílios de cozinha, louças e talheres Roupas em geral.

Meios de transporte Cinemas, teatros e outros ambientes Banheiros.

Piscinas e saunas Beijos, abraços e carícias.

3.8 - Direitos Trabalhistas

Nenhuma empresa pode exigir o teste anti-HIV como condição de admissão do trabalhador

Ser demitido por ser portador do vírus da AIDS

Trabalhadores doentes de AIDS têm direito à liberação do FGTS e do PIS, independentemente de rescisão contratual. É só apresentar atestado médico, carteira de trabalho e RG à Caixa Econômica Federal.

O trabalhador com AIDS tem direito a auxílio doença, aposentadoria e deixar pensão para seus dependentes, mesmo se a doença se manifestar após a filiação,

11 - Direitos à Saúde

A Constituição Federal garante o atendimento de saúde gratuito a todo cidadão.

O exame anti-HIV pode ser feito pelo serviço Público de saúde. O resultado deste teste é confidencial.

O serviço de saúde recusar-se atendê-lo, por você ser soropositivo, registre isso em boletim de ocorrência na delegacia policial.

Maiores informações no endereço http://www.aids.gov.br

CTA - Juiz de Fora / Departamento de Clínicas Especializadas

Endereço: CTA - Juiz de Fora / Departamento de Clínicas Especializadas

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INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

Os locais onde se encontrarem instalações sanitárias deverão ser submetidos a processo permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda a

jornada de trabalho.

O lavatório deverá ser provido de material para a limpeza, enxugo ou secagem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas.

Os gabinetes sanitários deverão possuir recipientes com tampa, para guarda de papéis servidos, quando não ligados diretamente à rede ou quando sejam destinados às mulheres.

Água Água potável, em condições higiênicas, fornecidas por meio de copos individuais, ou bebedouros de jato inclinado e guarda-protetora..

Condições de Higiene e Conforto por Ocasião das Refeições

A empresa deverá orientar os trabalhadores sobre as importâncias das refeições adequadas e hábitos alimentares saudáveis.

A empresa garante condições de conservação e higiene adequadas e os meios para o aquecimento em local próximo ao destinado às refeições.

Mesas providas de tampo liso e de material impermeável, bancos ou cadeiras, mantidas permanentemente limpas.

VESTIÁRIO Existe local apropriado para vestiário dotado de armários individuais.

Os armários são individuais. Deverão possuir aberturas para ventilação ou portas teladas podendo também ser sobrepostos.

Os armários de compartimentos duplos terão as seguintes dimensões mínimas: a) 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura e 0.40m (quarenta centímetros) de profundidade, com separação ou prateleira, de modo que um compartimento, com a altura de 0,80m (oitenta centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento, com a altura de 0,40m (quarenta centímetros) a guardar a roupa de trabalho; ou

b) 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinquenta centímetros) de largura e 0,40m

(quarenta centímetros) de profundidade, com divisão no sentido vertical, de forma que os compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco centímetros), estabeleçam, rigorosamente, o isolamento das roupas de uso comum e de trabalho. Os armários de um só compartimento terão as dimensões mínimas de 0,80 m (oitenta centímetros) de altura por 0,30 m (trinta centímetros) de largura e 0,40 m (quarenta centímetros) de profundidade.

Você acabou de ter uma visão geral dos principais fatores de risco encontrados nos ambientes de trabalho, de um modo geral. Agora é importante você aplicar o que aprendeu, começando por analisar seu próprio ambiente de trabalho.