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1 Prof.ª Mirian Bazote SEGURANÇA BANCÁRIA SEGURANÇA NAS EMPRESAS As empresas mantêm, necessariamente, compromissos tácitos com seus empregados, fornecedores, clientes, acionistas, com a sociedade e com o meio ambiente. Exige-se que, ao menos, busquem proteger seus ativos contra riscos previsíveis, que podem não só comprometer o negócio, mas causar os danos sociais e políticos anteriormente citados. Ressalta-se que a melhor forma de prevenir riscos é o constante exame dos processos, o monitoramento do negócio, a percepção de cenários e a manutenção permanente das pessoas mobilizadas contra eventuais ocorrências. Para tanto é necessária à participação integrada e sistematizada de toda a empresa, de forma global e corporativa. Mais do que apenas buscar reduzir ocorrências de danos isoladamente, é necessário também organizar e coordenar todo o esforço corporativo no sentido de: avaliar as ameaças ao negócio e o nível de segurança da organização; introduzir a discussão sobre o custo que eventuais danos poderão ocasionar; identificar os recursos necessários para evitar as possíveis ocorrências, cujas perdas repercutem diretamente nos negócios, no resultado econômico e na imagem da organização. Nesse contexto, a segurança não pode mais ser tratada apenas como uma estrutura específica, mas como uma atividade sistematizada, pressupondo integração em todos os níveis e segmentos institucionais. A gestão de segurança constitui um processo contínuo, dinâmico e exigível, de permanente avaliação e adequação das medidas e procedimentos de segurança das pessoas e dos ativos, contra os riscos e ameaças reais ou potenciais. As empresas estão conscientes da necessidade da segurança para a preservação de seus valores, uma vez que as perdas podem influenciar diretamente no resultado financeiro. Por outro lado, a legislação também obriga a adoção de requisitos de segurança. Dessa forma, as organizações são levadas a investir continuamente em soluções de segurança. Segurança nas instituições Financeiras

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1 Prof.ª Mirian Bazote

SEGURANÇA BANCÁRIA

SEGURANÇA NAS EMPRESAS

As empresas mantêm, necessariamente, compromissos tácitos com seus empregados,

fornecedores, clientes, acionistas, com a sociedade e com o meio ambiente. Exige-se que, ao

menos, busquem proteger seus ativos contra riscos previsíveis, que podem não só

comprometer o negócio, mas causar os danos sociais e políticos anteriormente citados.

Ressalta-se que a melhor forma de prevenir riscos é o constante exame dos processos, o

monitoramento do negócio, a percepção de cenários e a manutenção permanente das pessoas

mobilizadas contra eventuais ocorrências. Para tanto é necessária à participação integrada e

sistematizada de toda a empresa, de forma global e corporativa.

Mais do que apenas buscar reduzir ocorrências de

danos isoladamente, é necessário também organizar e

coordenar todo o esforço corporativo no sentido de:

■ avaliar as ameaças ao negócio e o nível de segurança

da organização;

■ introduzir a discussão sobre o custo que eventuais

danos poderão ocasionar;

■ identificar os recursos necessários para evitar as

possíveis ocorrências, cujas perdas repercutem

diretamente nos negócios, no resultado econômico e

na imagem da organização.

Nesse contexto, a segurança não pode mais ser tratada

apenas como uma estrutura específica, mas como

uma atividade sistematizada, pressupondo integração em todos os níveis e segmentos

institucionais.

A gestão de segurança constitui um processo contínuo, dinâmico e exigível, de permanente

avaliação e adequação das medidas e procedimentos de segurança das pessoas e dos ativos,

contra os riscos e ameaças reais ou potenciais.

As empresas estão conscientes da necessidade da segurança para a preservação de seus

valores, uma vez que as perdas podem influenciar diretamente no resultado financeiro. Por

outro lado, a legislação também obriga a adoção de requisitos de segurança. Dessa forma, as

organizações são levadas a investir continuamente em soluções de segurança.

Segurança nas instituições Financeiras

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2 Prof.ª Mirian Bazote

A principal função de uma instituição financeira, estabelecer uma conexão, entre investidores

e tomadores de créditos abrange o aspecto intrínseco de confiança. O dicionário Aurélio defi

ne confiança como “segurança íntima de procedimento”. A percepção de segurança está

intimamente ligada ao nível de confiança que é depositado em uma instituição financeira.

Afinal, ninguém quer deixar seus bens depositados “em confiança” se não os perceber

protegidos.

Dessa forma, a percepção de segurança (posicionamento de empresa que se preocupa com a

segurança de clientes, ambientes e funcionários) torna-se um item a ser agregado como

diferencial na atuação dessas empresas.

Tendências de inovação em modelos de negócio, redução de custos, novas iniciativas de

medição de resultados, monitoramento de risco e aspectos regulatórios de órgãos

supervisores ocasionaram mudanças na postura dos bancos quanto à segurança.

A globalização trouxe a este segmento a consequente internacionalização de negócios e as

instituições financeiras modernas hoje atuam em outros mercados. Assim, a demanda de

órgãos reguladores por transparência, integridade de informações, gerenciamento de perdas

como forma de otimizar resultados, e ciência operacional no uso de recursos e produtos, vem

aumentando significativamente.

A maior exigência dos mercados internacionais nos aspectos de segurança, controle e gestão

de riscos e a maior competitividade desses mercados ocasionaram, nos últimos anos, o

movimento de grandes instituições financeiras nacionais no sentido de integrarem, em sua

gestão, a segurança no seu conceito mais abrangente, isto é, enquanto parte da estrutura de

governança e dos negócios da empresa.

O trabalho conjunto com as áreas de negócios permite o mapeamento e analise das ameaças e

riscos inerentes aos novos produtos e serviços a serem disponibilizados. Amplia-se, assim, o

resultado na comercialização dos produtos e serviços, concretizada pela redução da

possibilidade de perdas. Esta análise possibilita adequar o produto ou serviço de forma a

minimizar vulnerabilidades, colaborando para a manutenção de margem de rentabilidade e

contribuição. Permite também a proposição de alternativas de soluções, visando tornar os

produtos rentáveis e agregar a percepção de confiança e segurança na experiência de

relacionamento, inserindo o conceito de segurança na criação e manutenção do processo

negocial

A prevenção de incidentes de segurança relativos a pessoas, ativos físicos e financeiros,

imagem e informações, melhora a avaliação da e ciência operacional dos processos vinculados

a esses fatores, quando comparam-se itens como custo do processo, possibilidades de perda e

o resultado esperado. Evitar ilícitos, em ambientes físicos ou virtuais, e garantir a

disponibilidade de negócios e serviços impactam diretamente o resultado, objetivo maior da

empresa.

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As instituições financeiras são um dos setores da economia mais ameaçado por incidentes de

segurança. Se comparado a outros setores da economia, apresenta maior possibilidade de

sofrer assaltos, extorsão mediante sequestro e fraudes financeiras, bem como de ser

utilizado para a prática do crime de lavagem de dinheiro

Pelas características de seu negócio, as instituições financeiras oferecem uma vasta gama de

produtos e serviços que, associados a tecnologias avançadas, permitem a circulação de

recursos com grande velocidade. Por meio de transações financeiras, o dinheiro de origem

ilícita se mistura a valores movimentados legalmente, favorecendo o processo de dissimulação

da origem espúria.

Uma ação bem estruturada, com boa tecnologia, pessoas qualificadas, treinadas e

comprometidas torna muito mais difícil o uso dessas instituições para a realização de

operações de lavagem de dinheiro. Dessa forma as instituições financeiras contribuem para a

redução de atividades ilícitas, como o narcotráfico, o contrabando de armas e a corrupção,

uma vez que a lavagem de dinheiro é um “pré-requisito” para que os criminosos possam

usufruir impunes, dos recursos gerados pelo crime.

Por meio do atendimento dos requisitos de segurança, as instituições financeiras previnem e

combatem ilícitos como fraudes, assaltos, arrombamentos, sequestros, crimes cibernéticos,

dissimulação de capitais etc. Dessa forma, exercem seu papel relacionado à responsabilidade

social.

Segurança da informação também é uma preocupação constante e crescente nas instituições

financeiras. Roubos de senhas, fraudes eletrônicas, acessos não autorizados a sistemas e

aplicações podem trazer não só perdas imediatas e mensuráveis financeiramente, mas,

também, prejuízos em longo prazo resultantes do impacto sobre a imagem e a marca. Muitos

bancos envolvidos com operações ilícitas deixaram de existir e seus executivos ficaram

inabilitados para atuar no sistema financeiro, além de responderem criminalmente por seus

atos, inclusive por omissão.

Aspectos regulatórios da gestão de segurança

A gestão de Segurança é Regulamentada e normatizada em suas diversas dimensões Nas

décadas de 60 e 70, a segurança pública, impossibilitada de dar assistência aos Bancos, os “

estimulou” a criarem sua própria guarda e determinou que suas agências tivessem guardas

privados e armados, com o objetivo de inibir e reagir aos assaltos. A área bancária, sem meios

próprios para desenvolver a atividade de vigilância, optou pela extinção da segurança orgânica

e pela terceirização do serviço. Foi a partir daí que surgiu oficialmente a segurança privada no

Brasil, como atividade o oficial e regulamentada por Lei.

Em 20 de junho de 1983, foi instituída a Lei nº 7.102 para regulamentar as atividades de

segurança privada, em especial a segurança dos estabeleci mentos financeiros, e o

funcionamento das empresas prestadoras de serviços de segurança privada. A Lei nº 9.017/95

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atribuiu ao Departamento de Polícia Federal a competência para fiscalizar os estabelecimentos

financeiros e as empresas de segurança .privada

Como órgão supervisor da segurança privada no Brasil, a Polícia Federal publicou, em 28 de

agosto de 2006, a Portaria nº 387- DG/DPF, que altera e consolida as normas de segurança

privada. A presente Portaria disciplina, em todo o território nacional, as atividades de

segurança privada, armada ou desarmada, desenvolvidas pelas empresas especializadas, pelas

que possuem serviço orgânico de segurança e pelos profissionais que atuam nessas em-

presas. Além disso, regulamenta a fiscalização dos planos de segurança dos estabelecimentos

financeiros.

Com relação à possibilidade da ocorrência do crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos

e valores, as instituições financeiras brasileiras estão sujei tas à Lei 9.613/98.

FATORES DO PROCESSO DE GESTÃO DE SEGURANÇA EM BANCOS

O objetivo da segurança é resguardar a integridade das pessoas, das informações, dos ativos

físicos e financeiros e da imagem da empresa. Os bancos devem considerar os seguintes

fatores do processo de gestão de segurança:

Valores

Os valores são os “objetos” da proteção. Representam tudo o que deve ser protegido para

assegurar a continuidade dos negócios e contribuir para o resultado financeiro da empresa.

Pessoas: este primeiro grupo de valores é composto diretamente pelos funcionários da

organização, contratados diversos, clientes e usuários. Indiretamente devem ser incluídos os

familiares dos funcionários, que podem ser vítimas de ocorrências relacionadas com a

atividade dos funcionários, a exemplo da extorsão mediante sequestro.

VALORES

PESSOAS

ATIVOS

IMAGEM

INFORMAÇÃO

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Ativos físicos e Financeiros: podem ser citados o numerário (moeda nacional em espécie) e

outros valores (moeda estrangeira, travelers cheques, formulário base de cheques e

similares), equipamentos, instalações físicas.

Imagem: qualquer tipo de vinculação do nome da instituição e/ou de seus funcionários

com fatos ou notícias de caráter negativo pode provocar sérios danos à sua imagem um ativo

intangível e, por isso, necessita de mecanismos e cientes de proteção.

Informações: as informações merecem alto nível de proteção, pois sua perda pode gerar

prejuízos incalculáveis às organizações. Podem ser citados alguns exemplos de informações

cujo vazamento pode gerar, direta ou indiretamente, transtornos às organizações: dados

pessoais de funcionários e clientes, informações sigilosas sobre clientes, assuntos estratégicos

(projetos, negócios, valores, plano de segurança etc.), rotinas de serviços e funções específicas

de funcionários. Deve ficar claro que criminosos procuram conhecer as informações e rotinas

das agencias para subsidiar as ações contra o Banco.

Ocorrências e agentes

As organizações estão sujeitas a inúmeros tipos de ocorrências, que variam de acordo com o

tipo de negócio e com as fragilidades encontradas em cada local. Vale lembrar que os

criminosos também procuram correr sempre o menor risco, portanto a tendência é que a

vítima seja sempre a empresa ou unidade mais despreparada, não só sob aspecto de

equipamentos, mas principalmente quanto ao comportamento de seus funcionários.

Exemplo

Para a realização de um assalto a banco, os criminosos avaliam as condições de segurança

(postura dos vigilantes, controle de acesso, utilização de dispositivos eletrônicos etc.) de

várias agências. Obviamente a ação será contra aquela que os criminosos julgarem

vulnerável

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As ocorrências podem ser provocadas ou facilitadas por agentes internos e externos.

Atores internos: funcionários e contratados. Erros de procedimento, descumprimento de

normas, negligência, vazamento de informações e até mesmo dolo propiciam a ação

criminosa. Daí a necessidade de todos perceberem sua responsabilidade e se comprometerem

com as questões de segurança

Atores externos: de maneira geral são os criminosos especializados, responsáveis pelos mais

variados tipos de ataques, tais como sequestros, assaltos, arrombamentos, furtos, fraudes,

vandalismo, lavagem de dinheiro e crimes cibernéticos. Numa proporção menor, mas

responsáveis por grandes transtornos, ocorrem os incidentes e desastres de natureza não

criminosa (chuva, terremoto, etc.).

Estratégias

O terceiro fator considerado na gestão de segurança, e o mais relevante, é constituído pelas

estratégias que viabilizam esse macroprocesso:

Prevenção ou inibição: o objetivo principal é de identificar condições, situações ou pessoas

que possam ser causadoras de ameaças, de maneira a se criar fatores que inibam ocorrências.

Este conceito, de certa forma, abrange os demais, uma vez que o objetivo maior é evitar os

incidentes de segurança. Estão entre as atividades de prevenção ou inibição: a disseminação

de instruções e cultura de segurança, as aplicações de metodologias e políticas, a definição de

especiações de ferramentas e equipamentos de segurança, análise de riscos etc.

Correção: a partir de análises internas e do cenário externo, procura-se manter dinâmico o

processo preventivo, corrigindo e redefinindo mecanismos, ferramentas, práticas, instruções,

estrutura tecnológica e humana, já existentes e aplicados, de forma a manter a e eficácia das

medidas de segurança estabelecidas anteriormente. Estão entre essas atividades as

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atualizações de sistemas e equipamentos, monitoramento de tendências, cenários,

acompanhamento da efetividade das medidas de inibição adotadas, avaliação e controle de

situações e incidentes de crise , entre outras.

Recuperação: trata-se da elaboração de planos de continuidade de negócios. Se o incidente

ocorrer, a empresa deve ter previsto um plano de recuperação de suas atividades. Por outro

lado, é fundamental que se utilize o conhecimento gerado por incidentes efetivados, para

reavaliar e adaptar os módulos anteriores, com o intuito de se evitar novas ocorrências. O

plano busca também recuperar os ativos comprometidos pelos incidentes.

Pesquisa estratégica: tem por objetivo coletar informações consideradas úteis para a

segurança preventiva do Banco em todas as suas dimensões. A pesquisa estratégica envolve

relacionamento com outras instituições financeiras, grupos especializados em segurança na

internet, órgãos governamentais, universidades, organismos policiais, órgãos de inteligência e

outros. Por meio de pesquisa estratégica, por exemplo, podemos gerar subsídios para muitas

decisões estratégicas, ações emergenciais para evitar delitos contra o Banco, aquisição de

novas ferramentas de segurança, elucidação de delitos contra o Banco entre outros.

SEGURANÇA E RISCO OPERACIONAL

A integração entre os mercados por meio do processo de globalização, o aumento da

sofisticação tecnológica e as novas regulamentações tornaram as atividades, os processos

financeiros e seus riscos cada vez mais complexos.

Risco é a possibilidade de ocorrência de um evento adverso para uma determinada situação

esperada, com potencial para causar dano ao patrimônio da empresa As instituições

financeiras, ao desempenhar atividades de intermediação, tornam-se vulneráveis a diversos

riscos, tais como o risco de crédito, mercado, liquidez, imagem, conjuntura e operacional.

A gestão desta vulnerabilidade é condição necessária à sobrevivência e à solidez dos sistemas

financeiros. Neste contexto, reveste-se da maior importância o desenvolvimento e

implementação de medidas de segurança com vistas a evitar ou minimizar os efeitos daí

decorrentes.

A definição baseia-se na evidência das causas das perdas operacionais, caracterizadas como

fatores de risco.

Os fatores de risco operacional podem ser internos ou externos à instituição

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Fatores internos: abrangem pessoas, processos e sistemas.

► pessoas: sintetizam aspectos relacionados à qualidade de vida no trabalho, conduta,

competências e carga de trabalho;

► processos: diz respeito à modelagem de produtos e serviços financeiros e não financeiros e

à conformidade com leis e normas internas e externas;

► sistemas: está fundamentalmente associado à infraestrutura tecnológica, compreendendo

a capacidade, velocidade, estabilidade, confiabilidade, performance e integridade de

softwares e hardwares, à segurança lógica e à disponibilidade de dados e sistemas.

Fatores externos: abrangem os eventos externos; vinculam-se a desastres naturais e

catástrofes e, ainda, ao meio ambiente, ao ambiente social e regulatório, entre outros.

Fazer a gestão de segurança compreende identificar, avaliar, monitorar, controlar e propor

ações de mitigação em relação ao risco operacional. Essas etapas visam prevenir, anular ou

minimizar as perdas atinentes ao risco operacional.

É necessário definir alguns termos utilizados no processo de gestão de segurança para facilitar

a compreensão das etapas do estabelecimento de requisitos de segurança

QUADRO 1 Termos utilizados em Gestão de Segurança

Ameaças Agentes ou condições que causam incidentes que comprometem os ativos da organização por meio da exploração da vulnerabilidade, e consequentemente causanco impactos aos negocios.

Vulnerabilidades Fragilidades presentes ou associadas aos ativos, que ao

FATORES INTERNOS

PESSOAS

PROCESSOS

SISTEMAS

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ser explorada por ameaças permitem a ocorrencia de incidentes de segurança.

Incidentes Um fato decorrente da ação de uma ameaça, que explora uma ou mais vulnerabilidades levando a perdas

QUADRO 2 Termos utilizados em Gestão de Segurança

Fatores de risco Os fatores de risco operacional (Pessoas, Processos, Sistemas e Eventos Externos) constituem a base para

identificação do risco operacional a que as instituições estão expostas e se desdobram em subfatores

Perdas Decréscimo, diminuição de ativos de qualquer natureza como consequência de dano real ou potencial, cujos efeitos, uma vez medidos e quantificados, expressam prejuízo pecuniário de qualquer monta

Impacto Abrangência dos danos causados por um incidente de segurança sobre um ou mais processos de negócio.

Probabilidade Conceito filosófico e matemático que permite a quantificação da incerteza, permitindo que ela seja aferida, analisada e usada para a realização de previsões ou para a orientação de intervenções. É aquilo que torna possível lidar de forma racional com problemas envolvendo o imprevisível

Fonte: Semôla

Os conceitos acima apresentados remetem à de definição de risco como “a probabilidade de

ameaças causarem incidentes a partir da exploração de vulnerabilidades, gerando impactos

negativos nos negócios”.

De forma similar, diz-se que o objetivo da segurança é impedir a ocorrência de incidentes que

provoquem danos ao negócio das empresas. Caso não exista forma de impedir algum

incidente, então a segurança procura minimizar os impactos negativos no negócio.

Observa-se pelas definições acima que a gestão de segurança tem como relevante seu caráter

preventivo Sêmola (2003) separa as ameaças em três grupos:

1. Ameaças naturais: decorrentes de fenômenos da natureza - incêndios naturais,

enchentes, terremotos, poluição etc.;

2. Voluntárias: são ameaças propositais causadas por agentes humanos: fraudes,

vandalismo, sabotagens, espionagem, invasões e furtos de informações, entre outros

3. Involuntárias: ameaças inconscientes, quase sempre causadas pelo desconhecimento

acidentes, erros, falta de energia etc.; As ameaças sempre existiram e é de se esperar que, à

medida que a tecnologia se desenvolva, também surjam novas formas através das quais os

ativos da organização possam ficar expostos, gerando vulnerabilidades que podem ser

exploradas . A avaliação de segurança busca rastrear e identificar as vulnerabilidades de modo

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a definir as medidas de segurança capazes de eliminar os pontos fracos dos ambientes de

negócio mais sensíveis.

QUESITOS DE SEGURANÇA BANCÁRIA –

CONCEITOS E FINALIDADES

Parte dos recursos de segurança adotados pelas instituições financeiras decorre de dispositivos

legais. Contudo, além dos recursos obrigatórios, as instituições podem adotar outros

mecanismos de proteção, de acordo com suas estratégias de segurança.

Os quesitos apresentados a seguir envolvem os procedimentos e recursos obrigatórios, bem

como as soluções em segurança física disponíveis no mercado. O Banco emprega todos os

itens, conforme o padrão de segurança de cada dependência.

Plano de segurança

É um documento exigido por lei (Lei 7.102/83, regulamentada pela Portaria 387/2006

DPF) para todos os estabelecimentos financeiros que realizam guarda de valores ou

movimentação de numerário. O funcionamento dos estabelecimentos está condicionado à

aprovação do plano pelo Departamento de Polícia Federal DPF.

O plano de segurança apresenta detalhadamente as condições e os elementos de segurança

do estabelecimento e deve abordar os seguintes itens:

■ vigilância armada;

■ sistema de alarme;

■ demais dispositivos ou equipamento de segurança existentes (porta com detector de

metais PDM, sistema interno de televisão CFTV, fecha- dura eletrônica de tempo

programável para cofre e escudo).

A Portaria 387/06 DPF obriga que as dependências sejam providas de vigilância armada,

sistema de alarme e mais um dos dispositivos citados no item terceiro acima, porém todos os

itens existentes devem constar no plano. De acordo com essa Portaria, são exigidos também

coletes a prova de balas para os vigilantes, detector manual de metais (para dependências

com PDM) e vigilância armada na sala autoatendimento durante horário de expediente ao

público da dependência.

Para a aprovação do plano de segurança, as comissões de vistoria do Departamento da Polícia

Federal fiscalizam as condições de segurança das instituições financeiras e empresas de

segurança privada. Nas instituições financeiras são verificados os itens citados no plano, com

atenção especial à vigilância armada (postura, procedimentos e posicionamento de acordo

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com o indicado no plano) e alarme (tempo de retorno pela central de monitoramento no

teste realizado com o acionador de pânico silencioso).

A aprovação do plano de segurança é expressa por meio da emissão de portaria de aprovação,

com validade de um ano, a contar da data de sua expedição. Se constar o período de validade

na própria Portaria, este prevalecerá sobre a data de expedição A inexistência de plano de

segurança aprovado sujeita a instituição ao pagamento de multa de 1.000 a 20.000 UFIR, por

ocorrência, podendo chegar até a interdição da agencia Quando forem constatas

irregularidades ou necessidades de melhorias nos quesitos de segurança, a empresa é

notificada ou autuada pela comissão de vistoria da PF. A instituição tem um prazo para

providenciar a regularização dos itens apontados pela comissão de vistoria. Se as providências

forem acatadas pela comissão, a portaria de aprovação do plano de segurança é expedida pela

Polícia Federal. Caso contrário, a instituição poderá apresentar defesa pela imputação a

defesa em primeira instância é apresentada à Delegacia de Controle de Segurança Privada

Delesp. A Delesp pode aceitar os argumentos da instituição, sugerindo o arquivamento do

processo gerado pela notificação ou negar o provimento à defesa, o que enseja a abertura de

processo administrativo. Em ambos os casos, a decisão compete à Coordenação Geral

Consultiva de Segurança Privada – CGCSP, que pode arquivar os processos ou encaminhá-

los à Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada – CCASP, para julgamento.

CCASP é um órgão colegiado composto pelo setor de segurança privada e pelas agências

públicas envolvidas na regulação e controle desta atividade. É presidido pelo Diretor

Executivo do DPF e conta com representantes das seguintes instituições:

■ Comando do Exército;

■ Instituto Resseguros do Brasil;

■ Federação Brasileira dos Bancos;

■ Confederação Nacional dos Bancários;

■ Federação Nacional dos Sindicatos das Empresas de Vigilância e Transporte de Valores

■ Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância;

■ Associação Brasileira dos Cursos de Formação e Aperfeiçoamento dos Vigilantes;

■ Associação das Empresas de Transporte de Valores;

■ Sindicato dos Empregados no Transporte de Valores e Similares do Distrito Federal;

■ Associação Brasileira de Empresas de Vigilância e Segurança;

■ Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Vigilância, Transporte de Valores e

Similares;

■ Associação Brasileira de Profissionais em Segurança Orgânica

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Nessa comissão são julgados os méritos objetos das notificações e autuações e podem

resultar nas penas citadas anteriormente. Devido à sua participação direta nas questões

relacionadas à segurança da dependência, o GESTOR possui papel fundamental na adequação

dos processos sob sua gestão às exigências legais, de forma a evitar multas desnecessárias à

instituição.

Vigilância armada

É o serviço exigido, por lei, com o objetivo de proteger instalações, bens, numerário, pessoa e

outro valor, contra furtos, arrombamentos, assaltos, sequestros etc.

O posicionamento dos vigilantes deve constar no plano de segurança. A postura ostensiva dos

vigilantes influencia na avaliação que os criminosos fazem a respeito das condições de

segurança da dependência e pode ser fator determinante para que desistem de uma ação

em determinada agência e optem por outra, considerada mais vulnerável.

O vigilante deve estar presente em todo o período que houver funcionários na unidade, tendo

em vista que os assaltos não ocorrem somente durante o horário de atendimento ao público,

mas também antes e depois desse horário.

Sistema de alarme

O alarme é um equipamento de segurança eletrônico exigido por lei,

com ação preventiva e ostensiva contra assaltos, sequestros e

arrombamentos, entre outros. Visa informar, com tempestividade, à polícia

ou à central de monitoramento a investida de criminosos ou a presença de

pessoas em ambiente (ou horário) não permitido, por meio de um canal

de comunicação (telefone, rede de dados ou rádio).

O sistema de alarme pode ser disparado por meio de acionadores de pânico

silenciosos fixos ou remotos , senhas de pânico (ou de coação) para

desabilitar o sistema de alarme indicativas de o usuário encontrar-se sob

coação, ou sensores de presença

Os acionadores podem ser botoeiras fixas, instaladas em ambientes

estrategicamente definidos, ou remotos, distribuídos entre os vigilantes e funcionários. Os

sensores podem ser de vários tipos, tais como:

■ passivo: a detecção se dá por calor e movimento, combinando raio infravermelho com

microondas;

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■ ativo: composto

por módulo emissor

e módulo receptor

de luz

infravermelha, que dispara quando há o corte do feixe;

■ magnético: composto por duas de metal, utilizado

geralmente em portas e janelas, fixando-se uma das

partes na esquadria e a outra na folha. A detecção se dá

pelo afastamento das partes do sensor, devido à abertura da porta, por exemplo.

■sísmico: também conhecido como sensor de choque. Esse dispositivo capta e analisa

vibrações decorrentes de ataques às estruturas onde está instalado. As vibrações são

avaliadas segundo critérios de amplitude, frequência e tempo de atuação. Quando a vibração

captada for classificada como um ataque, o sensor emite sinal de alarme.

Para garantir melhores condições de segurança, o sistema de alarme permite que sejam

configurados setores diferentes, resultando em programações distintas conforme a

necessidade de segurança de cada ambiente.

Os disparos acidentais são os grandes vilões do sistema, tendo em conta que causam

transtornos à vizinhança, geram prejuízos decorrentes de taxa de atendimento a chamada

indevida (cobrada pela polícia em algumas localidades). Além disso, provocam descrédito do

sistema junto à polícia, podendo resultar em graves consequências para as pessoas e para a

empresa, nos casos de real necessidade.

Outros dispositivos

■ Porta com detector de metais - PDM Equipamento preventivo e de ação ostensiva que

concilia dispositivo capaz de identificar massa metálica por meio de um campo magnético,

com mecanismo que trava a porta, impedindo o acesso de pessoas em áreas protegidas. Tais

equipamentos previnem principalmente assaltos às unidades e sequestros de funcionários e

seus familiares.

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De acordo com a Portaria 387/2006 da Polícia Federal, os estabelecimentos financeiros nos

quais o acesso é realizado por meio de porta com detector de metais, devem possuir também

o detector manual de metais.

Além da porta giratória, existe a eclusa que também detecta massa metálica e possui sistema

de travamento. É um pequeno ambiente, dotado de duas

portas para o controle de acesso. As portas são Inter

travadas, ou seja, a abertura de uma só é possível mediante

o fechamento da outra.

O portal é um equipamento também utilizado no controle

de acesso, mas apenas detecta a massa metálica.

Diferentemente da PDM, o portal não bloqueia passagem de

pessoas ou objetos. Portanto, deve ser utilizado em locais

dotados de outros mecanismos de bloqueio ou

supervisionados. Exemplo de utilização supervisionada são

os portais para acesso às salas de embarque dos

aeroportos

Os três equipamentos portal, eclusa e porta giratória

conforme o tipo de dependência ou ambiente devem ser

testados diariamente antes do início do expediente ao público, com a passagem do vigilante

armado, sob acompanhamento de funcionário do banco ou do Gestor de Segurança.

■ Circuito fechado de televisão

CFTV É um sistema eletrônico de segurança dotado de câmeras e de sistema de gravação. O

equipamento tem função preventiva e ostensiva, com o objetivo de inibir e identificar agentes

de ocorrências irregulares, tais como assaltos, sequestros, arrombamentos, fraudes, furtos

etc. Deve permanecer em funcionamento ininterrupto e ser instalado em rack próprio. Para a

gravação noturna o sistema pode utilizar câmeras especiais (infravermelho, day/night) ou

utilizar sensores para acionar a iluminação do ambiente. Por meio da interligação dos

sensores à iluminação, as luzes são acesas

sempre que alguma presença for detectada,

possibilitando a gravação das imagens do local.

Os sensores de iluminação auxiliam na inibição

de ações irregulares por causar surpresa e a

indicação, ao invasor, de vigilância e

monitoramento do ambiente.

■ Fechadura eletrônica de tempo

programável

Equipamento que permite programação do

horário para a abertura do cofre. Possui

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também função que retarda a abertura em 15 minutos, no mínimo, para uso durante o

expediente. Por esse motivo, são conhecidas como fechaduras de retardo e são importantes

para a prevenção de assaltos, sequestros e arrombamentos. Essas fechaduras possuem a

função de auditoria, que permite armazenar e disponibilizar os registros de programação de

abertura, tempo de porta aberta todos as demais transações realizadas pelo equipamento e

usuários.

Escudo blindado

É um anteparo blindado, com visor, atrás do qual se posiciona o vigilante. Deve ser localizado

em local estrategicamente definido e indicado no plano de segurança O uso de escudos

blindados.

■ Controle de acesso

É a solução de segurança que visa identificar, permitir ou negar o acesso (entrada ou saída)

de pessoas, veículos ou objetos à (ou de) áreas com acesso restrito e controlado. O sistema

utiliza critérios pré configurados para a identificação e registra todos os eventos da utilização

diária (cadastramento de usuários, acessos, tentativas de acesso não autorizado, entre

outros).

A concessão de acesso deve permitir configurações variadas para que pessoas diferentes

possam ter acessos a ambientes distintos, conforme o nível de criticidade de cada um e a

atividade desenvolvida na empresa. O controle também pode limitar o acesso por faixas de

horário, dias específicos e configurações a afins.

Os sistemas podem ser manuais, semiautomáticos e automáticos e utilizam critérios de

verificação. Os mais modernos são automáticos e os critérios de verificação mais usuais são

senhas, cartões e dados biométricos. Para cada critério é necessário o coletor de dados

específicos. Por exemplo, utilizam-se teclados para coletar senhas, leitoras de cartões para ler

os dados gravados e leitores de características biométricas para ler as impressões digitais,

geometria de mão, leitura de retina ou íris, timbres vocais etc.

Também é possível conjugar vários critérios para elevar o nível de

identificação; neste caso, é necessário que os critérios, em

conjunto, resultem na identificação positiva do usuário

Exemplo

Para o usuário receber a autorização de acesso a determinada

área, ele Digita Sua Senha E registra Sua impressão digital .

O sistema deve validar conjuntamente ambos os critérios para

considerar a identificação positiva e conceder o acesso solicitado.

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16 Prof.ª Mirian Bazote

Para o controle de veículos e objetos, o sistema normalmente aplicado é o AVI-TAG (de

proximidade e RFID identificação por rádio frequência). São etiquetas (tag ou adesivo) que

armazenam dados e permitem a identificação do veículo ou bem.

O tag instalado em veículos é um transponder (feixe de canais de comunicação que funciona

como repetidora) que é lido à distância. Quando o veículo entra em uma zona de leitura, o

dispositivo do veículo troca informação com o leitor Se a informação for positiva, a cancela é

aberta. Como exemplo existem os sistemas de cancelas automáticas instaladas em pedágios

de rodovias, que abrem automaticamente para veículo autorizado, detentor do tag

O controle de veículos também pode ser por meio de cartões de proximidade, utilizado pelos

motoristas em cancelas. Os objetos controlados, como notebooks, por exemplo, utilizam tag

adesivos para serem identificados. No conceito de controle de acesso, existem também os

equipamentos de detecção: detector de explosivos,

detector de metais e equipamentos de inspeção

por raio X O sistema se complementa com as

barreiras físicas, para que a pessoa, o veículo ou o

objeto seja impedido de passar pelo ponto de

controle (porta, portão etc.). As barreiras mais

conhecidas e utilizadas nas organizações são as

roletas, catracas, torniquetes, portas diversas,

cancelas e fechaduras eletromagnéticas ou

eletromecânicas.