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SEGURANÇA TURÍSTICA: UMA PERSPECTIVA DA CRIAÇÃO DE UM BATALHÃO DE POLICIAMENTO TURÍSTICO NO LITORAL DO PIAUÍ
Antonio Gualberto Rodrigues Neto 1
Profª. Dra. Edvânia Gomes de Assis Silva 2 1 Graduando em Turismo pela UFPI / Campus de Parnaíba-PI, atua como Técnico em
Segurança Pública, lotado na Policia Militar do Piauí, e Secretaria de Segurança Pública. Interessa-se pela temática do turismo e segurança, economia e turismo com foco no litoral piauiense.
2 Geógrafa. Professora da Universidade Federal do Piauí. E-mail: [email protected]
RESUMO Este artigo tem como finalidade apresentar uma perspectiva a respeito da criação de um Batalhão de Policiamento Turístico no litoral do Piauí. Para tanto, seu objetivo foi identificar argumentos que justificassem a criação de um Batalhão de Policiamento Turístico no litoral piauiense, como também caracterizar esse litoral como região de atenção da segurança turística e conhecer a respeito da segurança turística no Brasil. No alcance de seus objetivos, fez-se uso de uma metodologia qualitativa, bibliográfica e descritiva. Em seu decorrer foram consideradas a segurança turística no Brasil, a região de atenção da segurança turística e a proposta de criação de um Batalhão de Policiamento Turístico no Litoral do Piauí. Os resultados apontaram para o fato de essa região ser merecedora do batalhão concebido por esta perspectiva, pois tem demanda turística e falta de serviços prestados aos seus visitantes. Portanto, este abordou que propostas como estas devem ser levadas em consideração, posto que, a segurança turística e salvaguarda do turista são de suma importância para o segmento do turismo no litoral piauiense. Palavras-chave: Turismo. Litoral do Piauí. Batalhão de Policiamento Turístico. ABSTRACT This paper aims to present a perspective regarding the creation of a Tourist Police Battalion on the coast of Piauí. To do so, the main objective is to identify arguments that justify the creation of a Tourist Police Battalion on the coast, as well as to identify this area as a place that needs tourist safety and to develop knowledge of tourist safety in Brazil. The objectives were reached through a qualitative methodology, with bibliographic and descriptive research. During the study, we analysed tourist safety in Brazil, the target area of the tourist safety and the proposal for the creation of a Tourist Police Battalion on the coast of Piauí. The results show that the area needs the battalion conceived in this perspective because of the touristic demand and the lack of services for visitors. Therefore, this paper suggests that similar proposals should be considered due to the fact that tourist safety and the safeguard of tourists are important for the touristic segment on the coast of Piauí. Keywords: Tourism. Coast of Piauí. Tourist Police Battalion.
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1 INTRODUÇÃO
Ao se observar o litoral piauiense, encontra-se com um turismo de sol e praia,
seus atrativos naturais, com unidades de conservação regularizadas, aliadas a um
desenvolvimento de atividades reportadas à pesca, ao comércio, ao artesanato, à
Educação Superior pública e privada. A proximidade com outros significativos destinos
turísticos (Jericoacoara-CE, Lençóis Maranhenses-MA, Parque Nacional de Ubajara-CE
e Parque Nacional de Sete Cidade-PI) trata-se de um referencial na perspectiva de
construção de roteiros turísticos.
Entre as ameaças que podem comprometer o destino turístico do litoral
piauiense, encontram-se o aumento da criminalidade, marginalidade e no consumo de
drogas demonstradas constantemente pela mídia, bem como as políticas públicas de
turismo inexistentes ou não perceptíveis à população dessa região. Daí, sendo
conhecido o papel do Batalhão da Pública Militar do Piauí, deu-se no confronto inicial da
elaboração deste artigo. Assim surgiu a questão: Qual perspectiva poderia ser
concebida sobre a criação de um Batalhão de Policiamento Turístico no litoral do Piauí?
Quais os benefícios poderiam ser proporcionados para a demanda do turismo e do
turista ou visitante?
No atendimento da solução do referido problema, o seu objetivo geral foi o de
identificar argumentos que justifiquem a criação de um Batalhão de Policiamento
Turístico no litoral do Piauí. Os objetivos específicos foram caracterizar o litoral
piauiense como região de atenção da segurança turística, conhecer a respeito da
segurança turística no Brasil. Inicialmente, argumenta-se o fato da segurança turística
ser uma temática pouco explorada, especialmente a que se dedica aos estudos de
criações de batalhões de policiamento turístico em áreas litorâneas, caso da área
delimitada aqui.
Nesse caso, a metodologia de sua construção foi de abordagens qualitativa,
bibliográfica e descritiva. Qualitativa, por não se recorrer ao trabalho com mensuração
de números, embora dados estatísticos e outros correlatos sejam apresentados.
Bibliográfica, por se valer de um referencial de textos (artigos, livros, monografias, teses
e outros) já publicados e veiculados em todos os meios disponíveis. E descritiva, em
razão da descrição de seu objeto de estudo ocorrer sem nenhuma interferência
(SEVERINO, 2007).
Esta perspectiva, então, teve como interesse e motivação a necessidade de um
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Batalhão de Policiamento Turístico do litoral do Piauí, o que só ocasionaria benefícios
para o segmento do turismo e a segurança turística ser um tema de interesse constante.
Logo, sua importância é justificada na elaboração de argumentos que podem ser
fundamentos de futuros estudos e pesquisas empíricas face a um tema desafiador, mas
compensador. Por outro lado, este seja uma pedra fundamental na construção desse
batalhão.
2 A SEGURANÇA TURÍSTICA NO BRASIL
De acordo com Silva e Silva (2019, p. 87) o turista procura “segurança,
tranquilidade, paz, diversão, sem ser incomodado”, e o Brasil sendo um país emergente,
“deve manter ou melhorar sua atividade turística para que os conflitos sociais tornem-se
irrelevantes, no que se refere à interferência negativa destes na determinação de visita
a um destino”. Nesse ponto, há de ser observada a violência aliada à criminalidade que,
para as autoras estão presentes em centros urbanos, influenciando também o Turismo
que tende a ser afetado pelas práticas criminosas e, “por isso, acaba por afastar o
visitante que procura um ambiente seguro como destino de sua viagem”, ressaltando
que apesar da violência constatada em “destinos brasileiros importantes, como é o caso
da capital carioca, ainda há a procura dos turistas”.
Acrescentando o assunto, referindo-se à segurança pública, Adenauer (2009, p.
10) comenta que “os conflitos sociais tornaram-se mais acentuados”. Silva e Silva
(2019, p. 86) relatam que “há décadas a sociedade brasileira vem conhecendo
crescimento das taxas de violência”. Aguiar et al. (2003, p. 309) salientam que “a
segurança, condição básica para a qualidade na receptividade de um núcleo receptor,
deve apresentar-se como uma extensão dos serviços garantidos aos moradores”,
lembrando de não existir possibilidade de oferecer segurança ao turista sem a
população também não dispor da mesma.
Nesse âmbito, é constada a concepção de alguns autores enfatizando que, no
Ministério do Turismo brasileiro, existem lacunas diante de uma política pública de
monitoramento ou estudo de segurança pública reportada especificamente ao turismo, o
que demonstra ser uma falha grave, já que a segurança representa uma influência
direta na opção por destinos, como já visto anteriormente. Gollo (2004, p. 52) é um dos
exemplos desses autores ao afirmar que “uma política sólida de segurança turística
ainda não figura na lista de prioridades da Administração Nacional do turismo no Brasil”,
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bem como o Ministério do Turismo – MT “não contempla em sua estrutura nenhum
órgão ou setor destinado a tratar da segurança no turismo, de forma específica”.
Gollo (2004, p. 52) acrescenta à sua afirmação o fato de que o Conselho
Nacional do Turismo – CNT, vinculado ao MT, tem como função “propor diretrizes e
oferecer subsídios técnicos para a formulação e acompanhamento da Política Nacional
do Turismo”, acatando o que dispõe a Organização Mundial do Turismo – OMT como
significativos subsídios e diversas linhas de ações diante o “tratamento que a segurança
Turística deveria merecer por parte dos países membros”.
Convém, então, evidenciar o sistema de segurança pública existente no país, a
começar da Constituição Federal de 1988 que, em seu Título V – Da Defesa do Estado
e das Instituições Democráticas, no Capítulo destinado às Forças Armadas, artigo 142,
dispõe que a Marinha, o Exército e a Aeronáutica são instituições pátrias permanentes e
regulares, estruturadas com fundamentos na disciplina e hierarquia, sob a autoridade do
presidente da República e destinam-se à defesa nacional, à consolidação dos poderes
constitucionais e ao cumprimento da lei e da ordem.
No Capítulo da Segurança Pública e no mesmo Título V, a Constituição Federal
de 1988 (CF) especifica a segurança como sendo dever do Estado, mas, direito e
responsabilidade de todos, e em seu artigo 144 determina que é da responsabilidade
geral da polícia federal, polícia rodoviária federal, polícias civis e militares e o corpo de
bombeiros a preservação da ordem pública e proteção das pessoas e do patrimônio.
Nesse ponto, convém lembrar que a ordem pública é significativa componente da
segurança turística, aspecto relevante deste estudo.
Também há de ser revelado o fato de que, embora exista uma lacuna quanto a
um monitoramento ou estudo e segurança pública relacionada particularmente ao
Turismo, como sublinhado linhas atrás, o Plano Nacional de Turismo (2018, p. 70- 75),
do Ministério do Turismo, com vigência entre 2018 e 2022, apresenta em suas Linhas
de Atuação (Ordenamento, Gestão e Monitoramento) a iniciativa de apoiar o
planejamento do Turismo integrado ao setor de segurança pública, com as estratégias
de: “a) estimular e apoiar o planejamento do turismo, em âmbitos estadual e municipal”
e “b) incentivar soluções de segurança pública que envolvam o setor turístico”. Diante
da segunda estratégia, é enfatizado:
A segurança turística não pode ser vista de forma isolada, como um dever início do Estado, mas um bem a ser distribuído a todos de maneira universal e indistinta. Ela deve ser compreendida como um universo econômico e de
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imagem extremamente representativo, que deve envolver esforços integrados de diversas instituições, por meio da criação de um Sistema de Segurança Turística, onde o papel de cada ente, público e privado, fiquem claro e definido.
Contribuindo com os argumentos da concepção da perspectiva deste estudo,
na estratégia de incentivos a soluções de segurança pública relacionada ao Turismo,
o Plano Nacional de Turismo (2018, p. 75-76) preconiza ser “imperativo” o
estabelecimento de propostas de políticas e projetos federais, estaduais e municipais
“com a finalidade de melhorar a percepção de segurança pública junto aos turistas
que circulam no Brasil”, destacando que, “com a atuação coordenada e cooperada, é
possível disseminar boas práticas e possibilitar a geração de novas soluções para a
segurança pública no turismo brasileiro”, o que é um fato merecedor de
considerações.
3 A REGIÃO DE ATENÇÃO DA SEGURANÇA TURÍSTICA
Convém observar que o conceito de região que atende à proposta idealizada é
o dado pela Nova Geografia que, segundo Silva (2013, p. 35), “não é concebida por
meio de métodos empíricos, mas as intenções do pesquisador é que irão definir os
critérios a serem utilizados na divisão regional”, caso deste estudo que tem foco na
região litorânea do Piauí. Aliado ao fato da região “no contexto contemporâneo pode e
dever ser trabalhada na perspectiva social”, tratando-se de outra característica
presente neste estudo, fundamentada no arremate da autora, esclarecendo que a
relevância dessa perspectiva para a análise do espaço geográfico está em “verificar
quantitativa e qualitativamente de maneira concreta tudo o que constitui e/ou
caracteriza uma região”.
Argumentado, então, nas considerações previamente necessárias à
caracterização da região do litoral piauiense, pode-se afirmar o lugar é a cidade, o
bairro é região, a praia é o lugar e a região e outros exemplos. O lugar pode ser
concebido como parte de um todo, incluindo os acontecimentos das coisas. Logo,
releva-se o lugar da atividade turística observada no litoral do Estado do Piauí,
especificamente o compreendido pelos municípios de Cajueiro da Praia, Ilha Grande
do Piauí, Luís Correia e Parnaíba, compreendido na figura 1, demonstrando a área de
localização do objeto de estudo, conforme demonstrado na figura 1.
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Figura 1 – Localização da área de estudo
Fonte: IBGE (2010).
Faz-se oportuno, então, relatar que o Estado do Piauí é localizado na região
Nordeste do Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
IBGE (2019), o último censo demográfico (IBGE, 2010) apresentou o resultado de
3.119.015 habitantes em uma área de 251.529.186 km², perfazendo em densidade
demográfica 12,4 habitantes por km², distribuídos nos 224 municípios emancipados
nessa parte da federação.
Diante de sua atividade turística, faz-se providencial a lembrança de que o
Estado tem em seus limites geográficos considerados destinos turísticos, caso da Serra
da Capivara relevada como o berço da civilização americana, tese defendida pela
arqueóloga Niede Guindon. O Parque Nacional de Sete Cidades, visitado permanente, é
motivo de estudo e contemplação. O Cannion do rio Poti, vem se tornando uma opção e
o Delta do Parnaíba é uma das escolhas dos visitantes estrangeiros, entre outras
responsáveis pela caracterização de uma região dotada de variados e diversos destinos
turísticos. Nesse ponto, Mendes e Silva (2017, p. 7) relatam:
O processo de regionalização do turismo no Piauí é marcado por suas características geográficas e seus aspectos sociais refletidos na cultura e economia. Algumas ações foram implementadas visando descentralizar o turismo por microrregiões para garantir uma maior participação da comunidade local. O papel da comunidade participativa resulta na disseminação e no fortalecimento da cultura do turismo local, bem como a formação de rede organizacional cooperativa.
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Especificamente, em relação ao objeto de atenção desta perspectiva, Silva (2013,
p. 101) revela que “a região litorânea do Piauí abriga condições fisiográficas e
ecológicas excepcionais, isto se deve à existência de um fenômeno único, localizado em
mar aberto, nas Américas, o Delta do Parnaíba”. De acordo com as lições de Moreira e
Mavignier (2007, p. 51), com 2.700 km² de área, sendo 35% no território piauiense e
65% do maranhense, o Delta do Parnaíba, “tem o seu mapa em formato triangular
lembrando essa letra grega, se divide em cinco barras: Tutoia, Melancieira e Caju no
Maranhão; Canárias, entre Maranhão e Piauí; e Igaraçu, no Piauí”.
Entre 2013 -2015 foram realizados estudos sobre a Capacidade de Carga
Turísticas no Ordenamento do Território do Delta do Parnaíba através do Projeto de
Pós-Doutoramento do bolsista Dr. Valdecir Galvão, sob a supervisão da Dra. Edvania
Gomes de Assis Silva, apresentou a demarcação dos territórios impactados pelo turismo
e suas consequências na cadeia produtiva do turismo no Delta do Parnaíba os quais
foram significantes. Assim, o projeto teve como prioridade mapear as áreas de dunas,
praias, RESEX, APA, lençóis piauienses e maranhenses resultado assim numa visão
holística dos aspectos naturais da região que estão diretamente relacionadas a
segurança e proteção dos visitantes, conforme figura 2;
Figura 2 – Áreas de Interesse Turístico no Delta do Parnaíba
Fonte: Projeto FAPEPI/CNPq (2015); Galvão (2015)
Tratando-se, segundo Moreira e Mavignier (2007, p. 51-52), “um dos mais
preciosos trabalhos feito pela natureza”, o Delta do Parnaíba é o único das Américas em
mar aberto e o terceiro maior do mundo, possuindo um conjunto de aproximadamente
oitenta ilhas, sendo a maior a Ilha Grande de Santa Isabel, cujas terras se dividem entre
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os municípios de Parnaíba e Ilha Grande do Piauí, perfazendo um total de 240 km²,
sendo seus moradores conhecidos como caiçara. As ilhas que compõem o Delta do
Parnaíba são observadas na figura 3.
Figura 3 – Ilhas que compõem o Delta do Parnaíba
Fonte: Projeto FAPEPI/CNPq (2015); Galvão (2015)
Como se vê, entre as várias ilhas componentes do Delta do rio Parnaíba, a sua
maior ilha tem em torno de 240 km² em sua totalidade que, conforme Oliveira (2014, p.
22), equivale a 18% do litoral piauiense, a Ilha Grande de Santa Isabel, que “depois de
ser desmembrada politicamente de Parnaíba, no ano de 1994 – devido à distância da
sede administrativa – formou-se um novo município, com uma área em torno. de
134.318 km²”, a Ilha Grande do Piauí, caracterizado oportunamente. Já a ilha das
Canárias é ilustrada na cor amarela, composta por cinco comunidades que se
distribuem ao longo de sua região, pertence ao Estado do Maranhão e faz parte do
município de Araioses. Aliadas a essas duas, encontram-se as ilhas do Caju, dos
Poldros, entre outras.
Nesse ponto, convém lembrar que a ênfase dada ao Delta do Parnaíba como um
dos considerados destinos turísticos reside no fato de representar um significativo
argumento deste estudo, em razão desse fenômeno da natureza também receber
atenções que, nas informações de Oliveira (2014, p. 28-29) tiveram início na década de
1980, período de exploração “pelo seu potencial turístico”, provocando consequências
nos aspectos turístico e econômico que “alteraram abruptamente as relações entre os
moradores daquelas localidades até então, produzindo assim mudanças nas
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sociabilidades e nos modo de vida”. Historicamente, o autor complementa sua
informação:
Mais tarde, em 1996, foi criada a Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba, sob a legislação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, visando à preservação do meio ambiente e da fauna da região; tal medida contribuiu bastante na alteração do cotidiano e na vivência dos tradicionais moradores da região.
No acréscimo do relatado, Moreira e Mavignier (2007, p. 51) ensinam que a APA
do Delta do Parnaíba encontra-se localizada em três Estados, abrangendo as cidades
de Paulino Neves, Tutoia, Araioses e Água Doce no Maranhão, Ilha Grande do Piauí,
Parnaíba, Luis Correia e Cajueiro da Praia no Piauí, e Chaval e Barroquinha no Ceará.
Para os autores, “é um tipo de unidade de conservação da natureza de uso direto, onde
é permitido o desenvolvimento de atividades produtivas de forma sustentada”,
possuindo uma área de aproximadamente 313.809km², demonstrada na figura 4.
Figura 4 – Mapa da Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba
Fonte: Galvão (2015) - Projeto FAPEPI/CNPq (2015)
Como se vê na figura 4, a APA do Delta do Parnaíba possui uma maior extensão
do que o próprio litoral do Piauí visto compreender cidades do Ceará e do Maranhão. No
acréscimo de Moreira e Mavignier (2007, p. 51), com o objetivo de proteger o
caranguejo-uçá tão presente nos manguezais do Delta do Parnaíba, foi criada a
Unidade de Conservação de Uso Sustentável a Reserva Extrativista Marinha do Delta
do Parnaíba (RESEX), por Decreto, no ano de 2000, e abrange terras dos municípios de
Ilha Grande do Piauí e Araioses(MA), com área de 275,6 km². Conforme os autores,
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“teve sua criação solicitada por 3600 famílias da região”. Sendo essa uma das “mais
produtivas de caranguejo-uçá do mundo. O seu rico manguezal é um ecossistema vital
para o equilíbrio ambiental da zona costeira, onde a vida marinha se alimenta e se
reproduz”.
Nesse ponto, há de ser evocado o pensamento de Silva (2013, p. 36) quando
concebe a paisagem como o “resultado do estabelecimento de uma inter-relação entre a
esfera natural, na medida em que a natureza é percebida e apropriada pelo homem, que
historicamente constitui o reflexo dessa organização”.
Daí, vinculada à percepção do equilíbrio ambiental que deve ser mantido no Delta
do Parnaíba, uma de suas paisagens é observada na figura 5.
Figura 5 – Paisagem do Delta do Parnaíba.
Fonte: E. G. A. Silva (2018)
Convém sublinhar que, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2019, p.
34), a área do Baixo Rio Parnaíba, da qual o Delta é integrante, é motivo de distintos
interesses que objetivam modificar suas condições de uso e ocupação, em razão do
avanço e a intensificação de alguns casos de ocupação “têm aumentado as ameaças
quanto à degradação ambiental e à dilapidação do patrimônio natural”. E no seu
enfrentamento:
Diversos projetos regionais, tais como os de desenvolvimento turístico, de irrigação nos tabuleiros e nos lagos de várzea marginais ao Rio Parnaíba, de novas alternativas de exploração dos recursos pesqueiros, devem ser integrados aos contextos local e regional como focos de interesse para valorização e aproveitamento em uma perspectiva de desenvolvimento social e econômico.
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Ainda, é importante anotar o que Silva (2013, p. 111) assegura, quando revela
que as atividades turísticas nas Unidades de Conservação evidenciadas (APA do Delta
do Parnaíba e a Resex Marinha do Delta) “ocorrem sem planejamento, marcada por
iniciativas diversas, promovidas pelos segmentos públicos e privados, com particular
ênfase em ações de promoção e comercialização”. Segundo a autora, a oferta de
produtos turísticos “é limitada, pouco elaborada e, em sua maioria, sem ser direcionada
para consumidores mais exigentes, principalmente turistas internacionais”, bem como os
produtos turísticos “são baseados nos atrativos naturais que, apesar de grande valor
paisagístico, apresentam pouca variedade. A gestão turística não é integrada, havendo
baixa articulação horizontal e vertical entre os atores envolvidos”.
Muito há, então, para se conhecer a respeito do Delta do rio Parnaíba, incluindo
todos os tipos de estudos científicos, pelo fato dessa região componente do litoral
piauiense exigir, nas palavras de Silva (2013, p. 112), “um turismo diferenciado e
exemplar, em virtude da forte identidade cultural, das peculiaridades locais e da grande
fragilidade ambiental constatada no território”. Logo, faz-se oportuno o comentado por
Silva (2016, p. 90):
O delta do Parnaíba é uma importante zona da costa Norte do litoral brasileiro. […]. Em toda a extensão do Delta é percebida a presença do homem ribeirinho com suas práticas cotidianas do contato direto com o rio. […]. Assim, no Nordeste brasileiro esta região é um destaque para a conservação da biodiversidade da vida.
Diante das cidades componentes do litoral piauiense, o município de Cajueiro da
Praia, localizado no extremo Nordeste do Estado do Piauí, limitado ao Sul e a Oeste
pelo município de Luís Correia e fazendo divisa com o Estado do Ceará, de acordo com
Moreira e Mavignier (2007, p. 141-142) é a sede do projeto Peixe-Boi Marinho, “que
trabalha em prol da preservação desse animal seriamente ameaçado de extinção”.
Apresentando uma área de 283,86 km² e uma população flutuante de 7.165 habitantes,
conforme Silva (2013, p. 122), o clima do município “é bom para o desenvolvimento da
atividade turística, pois pode atrair turistas de outros Estados que estão em busca de
climas mais quentes, com limitações, porém, nos períodos de chuva”. O mapa do
município de Cajueiro da Praia é demonstrado na figura 6.
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Figura 6 – Mapa do município de Cajueiro da Praia.
Fonte: IBGE (2010).
O município de Cajueiro da Praia tem em seus aspectos hidrográficos rios e
lagoas. Segundo Silva (2013, p. 124), as principais atividades econômicas do município
são a pesca, a carcicultura e o turismo. Há povoados como Barrinha e Barra Grande,
sendo o segundo um destino turístico já consagrado internacionalmente, especialmente
pelos esportes náuticos, inclusive como sede internacional de alguns deles. Na
informação da autora, é em Barra Grande que “há o maior número de estabelecimentos
comerciais, muitos deles voltados para as atividades turísticas, como bares,
restaurantes, hotéis e pousadas”.
Moreira e Mavignier (2007, p. 142) lembram que o nome Cajueiro da Praia é
batismo dos pescadores, “por ser destaque na praia, um enorme cajueiro”.
Recentemente, esse cajueiro foi considerado o maior do mundo de uma única semente,
cujas pesquisas sobre esse título derrubaram o adjetivo de outro cajueiro existente em
Natal, Rio Grande do Norte, há várias décadas detendo a denominação. Há o passeio
do cavalo marinho, cuja visão do animal é privilegiada e vem atraindo a atenção como
um destino turístico de sol e praia, componente do litoral nordestino, embora para Silva
e Silva (2019, p. 86) o Turista de Sol e Praia seja um desafio em defini-lo, “de forma que
este segmento está relacionado a uma rede de atividades dinâmicas e diferentes ao
longo do território”, caso do passeio em destaque.
Diante do município de Ilha Grande do Piauí, sendo o segundo componente do
litoral piauiense em ordem alfabética, teve sua origem a partir do desmembramento de
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Parnaíba, em 1994. Moreira e Mavignier (2007, p. 140) lecionam que o município em
evidência encontra-se localizado a 326 km ao Norte da capital do Estado, Teresina,
“tendo como atrativos: a lagoa do Amor, a praia do Cotia, os morros Gemedor e Branco,
e o Santuário de Nossa Senhora dos Pobres do Piauí”. O mapa do município de Ilha
Grande do Piauí é observado na figura 7.
Figura 7 – Município de Ilha Grande do Piauí.
Fonte: IBGE (2010).
Já o município de Luis Correia, distando 350 km da capital, Teresina, tem a
maioria de sua população concentrada na área rural. Nas informações de Silva (2013, p.
131-132), Luís Correia se apresenta “numa posição de extrema dependência de
Parnaíba, agravada por sua pequena influência e força econômica”, dependendo da
infraestrutura de Parnaíba em vários fatores, a exemplo de saúde, por possuir hospital
pouco equipado e de pequeno porte, serviços em geral, por possuir poucas opções, e
outros aspectos.
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Moreira e Mavignier (2007, p. 141) revelam que os 28 Km de litoral em Luís
Correia “recebe milhares de turistas por ano, que procuram as praias de Atalaia,
Coqueiro, Itaqui, Arrombado, Maramar, Macapá, para desfrutar de suas belezas”.
Segundo os autores, “a encantada praia do Coqueiro é a escolhida pelos que praticam
esportes de vela, como o kitesurf, nesta área também distando 26 km do centro da
cidade, está localizada a lagoa do Sobradinho”, sendo considerando um dos “mais
bonitos pontos turísticos do Piauí”. O mapa do município de Luís Correia é apresentado
na figura 8.
Figura 8 – Município de Luís Correia-PI.
Fonte: IBGE (2012)
Arrematando as considerações sobre o município de Luís Correia como
integrante do litoral piauiense, objeto deste estudo, Silva (2013, p. 132) lembra que a
principal atividade desenvolvida pelo município é “o turismo de veraneio, que apresenta
maior destaque”.
Diante do município de Parnaíba, este desempenha no litoral do Piauí, de acordo
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com Silva (2013, p. 118), “o papel de centro de apoio principal para as atividades
sociais, econômicas e de serviço de toda essa região”. Nas lições de Moreira e
Mavignier (2007, p. 138), situada às margens do rio Igaraçu, a 320 km ao Norte de
Teresina, Parnaíba “originou-se do povoado Arraial Novo, formado pela passagem de
aventureiros nas terras dos temíveis índios tremembés, e de colonos que cruzavam os
sertões de fora, alguns se fixando no lugar”. Sendo oportuno, então, demonstrar o mapa
do município de Parnaíba na figura 9.
Figura 9 – Mapa do município de Parnaíba.
Fonte: IBGE (2010).
Em termos de destinos turísticos, Moreira e Mavignier (2007, p. 139) citam “a bela
praia da Pedra do Sal”, situada a 18km do centro de Parnaíba, na Ilha Grande de Santa
Isabel, no Delta do Parnaíba, “sendo a preferida por surfistas”, e 12 km também do
mesmo centro da cidade, está a “encantadora Lagoa do Portinho, cercada por dunas
brancas”. Aliado a isso, segundo os autores, Parnaíba oferece bons hotéis, restaurantes
e semelhantes que têm nos cardápios pratos típicos da região. A Beira-Rio, na avenida
Nações Unidas, é ponto de diversão. A avenida São Sebastião é também outro ponto de
encontro, com seus bares, restaurantes, galerias e um shopping center.
Como se percebe, cada município componente do litoral piauiense tem suas
peculiaridades, e acreditando ser esse o fato de que, diante das potencialidades e
capacidade instalada nessa região, recorrendo novamente às informações de Silva
(2013, p. 84), há de ser sublinhado o fato de que:
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Como suporte para o desenvolvimento da atividade turística no litoral do Piauí, algumas políticas públicas foram implementadas com inovações tecnológicas nas áreas de transportes, com a construção do aeroporto de Parnaíba; na produção de energia, com a instalação da estação eólica na Pedra do Sal, e na produção agrícola, com a implantação do perímetro irrigado dos tabuleiros litorâneos em Parnaíba.
Ainda, valendo-se das palavras de Ruschmann (2004, p. 19) afirmando que “a
deteorização das condições de vida nos grandes conglomerados urbanos faz com que
um grande número de pessoas procure, nas férias e nos fins de semana, as regiões de
belezas naturais”, ou seja, tal fato proporciona um aumento no número de turistas que
procuram as áreas litorâneas, a exemplo do litoral do Piauí, objeto desta concepção,
que passa a considerar os pressupostos de consolidação dos argumentos até agora
implicitamente apresentados da criação de um batalhão de policiamento turístico nessa
região.
2.1 A Criação de um Batalhão de Policiamento Turístico no litoral do Piauí
Como visto anteriormente, o litoral piauiense tratando-se de uma região dotada
de diferentes destinos turísticos predominantemente de sol e praia, deve constituir uma
imagem favorável diante dos níveis de segurança. Fundamentando-se em Gollo (2004,
p. 10) pode-se relatar que vários autores e pesquisadores da área de Turismo “custaram
descrever que o aspecto segurança exerce papel decisivo ou fator determinante na
escolha do produto e do destino turístico”, visto que “para o movimento do Turismo, nos
destinos onde prospera uma imagem desfavorável quanto aos níveis de violência
encontrados, existe uma forte tendência de retração”.
Nesse caso, convém lembrar que as fontes consultadas não se referiram
especificamente ao tema da segurança turística na perspectiva da criação de um
batalhão de policiamento turístico no litoral do Piauí, com a maioria delas preferindo se
reportar ao papel das políticas públicas e outros assuntos correlatos. Entretanto, tal fato
não impediu a realização desta proposta, visto recorrer à analogia e outros recursos
para a sua construção. E o primeiro deles é o revelado por Gollo (2004, p. 11-12) ao
constatar que, apesar de se reconhecer o esforço do Governo Federal na criação de um
Plano Nacional de Segurança Pública, organizado pela Secretaria Nacional de
Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça, com o objetivo de
reaparelhamento e reciclagem policial, por intermédio de cursos de aperfeiçoamento e
integração e/ou unificação das estruturas policiais no combate ao crime, “muito há que
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se fazer”, em especial no cenário de interação entre segurança pública e atividade
turística. De acordo com o autor:
Visando tal interação, destaca-se a organização de ações de incentivo ao turismo e o estabelecimento de parcerias (estratégias comunitárias), envolvendo as iniciativas públicas e privadas na resolução dos problemas locais. A adoção de programas e planos de iniciativa governamental, seguida de ações concretas produz reflexos imediatos na cadeia produtiva. Em contrapartida, os agentes privados do sistema devem tomar a consciência de não assumirem uma postura cômoda e reativa. Ao contrário, devem sim assumir uma postura proativa, onde cada um deve executar sua parte: governo, cidadão, empresário, polícia etc.
Em termos de analogia, Gollo (2004, p.19) reportando-se à segurança turística e
os serviços especiais e a capacitação turística, lembra do apoio ao incentivo da criação
de polícias turísticas, promovido por vários destinos turísticos tradicionais, tanto
nacionais quanto estrangeiros, com o objetivo de melhorar os serviços prestados aos
visitantes. Segundo o autor, é crescente o reconhecimento entre os gestores do Turismo
e os responsáveis pela segurança pública instalados nos destinos, “de que os agentes
envolvidos devem estar aptos a prestarem informações e auxílios requeridos pelos
turistas”, inclusive com exemplos de ações e parcerias locais entre instituições públicas
e privadas “que podem viabilizar uma aproximação entre a comunidade do núcleo
receptor e a polícia”.
A título de exemplificação dessas ações e parcerias existentes no Brasil,
especificamente em relação à criação de batalhões de policiamento turístico, elemento
norteador desta perspectiva, cita-se o Estado da Bahia, cuja Polícia Militar é a
responsável pela sua representação com o Batalhão Turístico, pertencente ao 18º
Batalhão de sua corporação naquele Estado que, conforme Gollo (2004, p. 23):
A unidade da PM está encarregada de executar o policiamento ostensivo nas áreas de maior fluxo de visitantes, garantindo a integridade física e patrimonial destes, além de orientar e informar sobre os roteiros e serviços oferecidos na cidade. Além disso, executa atividades de receptivo de segurança turística.
Em Natal, no Rio Grande do Norte, a Companhia de Polícia de Proteção
Ambiental e de Apoio ao Turista – CPPAT, subordinada ao 4º Batalhão da Polícia
Militar, de acordo com Gollo (2004, p. 24), “está encarregada de executar as atividades
de segurança voltadas para o Turismo”, ressaltando que “a maior parte das atividades
desenvolvidas pela companhia está direcionada à área litorânea”.
No Pará, existe desde 1996 a Companhia Independente de Polícia Turística
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CIPT, subordinada ao Comando de Policiamento da Capital, presta apoio aos turistas
que chegam àquele Estado. De acordo com Gollo (2004, p. 25-26) o policiamento
turístico no início das atividades da companhia estava restrito à capital Belém e hoje
outras zonas turísticas do Estado contam com esse tipo de policiamento. Já no Rio de
Janeiro, o Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas – BPTur é subordinado ao
comando das unidades especiais, possuindo articulação com várias instituições e
entidades relacionadas ao turismo do Estado.
Evidentemente que outras ações e parcerias são feitas em vistas da segurança
turística no país. O que deveria ser conscientizado é que essas atitudes deveriam ser
modelos imitados pelos Estados brasileiros, em especial os que têm regiões litorâneas,
a exemplo do litoral do Piauí.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conceber uma perspectiva a respeito da criação de um Batalhão de Policiamento
Turístico no litoral do Piauí não se reporta a uma tarefa fácil, principalmente, em razão
da falta de atenções dedicadas a uma temática permanentemente atual, que é a
segurança turística como preocupação universal, já que um destino turístico sendo
considerado inseguro tem tendência à retração. Dessa forma, a intenção desta
concepção esteve na procura pela eficiência e efetividade das ferramentas de
planejamento e gestão adequada à mudança de modelos organizacionais e o
compromisso de ações envolvidas com o desenvolvimento da segurança turística nessa
área do Estado, embora se saiba das dificuldades para a sua concretização.
Nesse caso, os argumentos que justificam a criação de um Batalhão de
Policiamento Turístico no litoral do Piauí, podem ser observados implicitamente em todo
o decorrer deste artigo, valendo-se especialmente, do fato da segurança turística ser
uma preocupação universal, com prerrogativas da OMT, passando pela segurança
jurídica no Brasil, onde os modelos de batalhões análogos ao proposto por esta
perspectiva já encontram-se constituídos, podendo ser referências para a criação de um
deles no litoral piauiense.
Na caracterização desse litoral, há de ser destacada a predominância do Turismo
de Sol e Praia, com outras esferas de atividades incluídas. Composto por cidades
constituídas por orlas marítimas propensas ao banho, aos esportes e aos descansos,
entre outros atrativos, esse litoral piauiense é merecedor do referido batalhão em face
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de sua veiculação na mídia, aumento da criminalidade, entre outros aspectos que
justifiquem sua criação. Neste contexto é importante afirmar que a segurança turística
no Brasil deve ser uma de suas prioridades, já que o turismo tem um considerável peso
na balança comercial do país, bem como assegurar que a Segurança Turística é uma
preocupação mundial. Logo, o litoral do Piauí não pode deixar de receber suas
atenções, em especial a da criação de um Batalhão de Policiamento Turístico.
5 REFERÊNCIAS
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