SEGREDOS CURVOSO SUBSTRATO NO RACIONAL DA PSIQUE(UMA ANLISE ESCULTRICA)

Acordar espaos,acordar movimentos.Tempos.Voltas e curvas.Laos.Fora,corpo,sentidos!Voltar aos ritmos bsicos, musicalidade da libido,ao gestual simblico.Despertar para o todo envolvente pertence ao substrato no racional da Psique,quele invisvel em ns que perturba,insiste,persiste.Quer ser visto,exige dilogo.Entrelace!

Meditar a forma,a imagem,faz emergir sua fora. A prpria obra revela elementos motivadores do presente e da lembrana antiga.Revela tambm,em imagem,o processo simblico no qual o prprio mundo est falando. Passado,presente e futuro esto entrelaados pelo fio do desejo que os une.A apreenso arquetpica a prpria capacidade de representao,de imaginao e possibilidade simblica.

O Homo Aestheticus deseja expresso,procura a originalidade da forma escondida no caos criativo.Tempo,espao e energia interagem e a pluraridade busca seu contorno atravs do individuo. O objeto esttico desloca-se para a subjetividade e acorda lugares no corpo.

O CORPO O TEMPLO DA IMORTALIDADE DA ALMA.

Neste momento do desenvolvimento da histria da conscincia humana estamos ultrapassando o Uroboros Patriarcal,o movimento que luta contra os arqutipos,a fora do coletivo, para nos impormos como individualidade. Esta individualidade resgatada deseja relacionar-se com o Outro,com o seu oposto. Assim o novo ciclo se abre,o ciclo da Alteridade -eu e o outro- e nos coloca diante do dilogo das foras em oposio.

Iniciamos assim, o caminho da reflexo em busca de um bem-estar,o encontro! Um caminho de volta sabedoria contida em outros nveis de experincia que no s o racional.

No limite bio-tico confirma-se a direo do resgate das razes nutridoras,da sacralidade da base.Retorno ao tero! Uma busca da respirao embrionria, o vnculo esquecido com a me terra.O renascer do corpo e seus ciclos criativos.Uma forma de conhecimento muito ntimo. Voc sabe sem ver,sem escutar e sem tocar.

A busca da alma por centralizao faz do sacro o receptculo da graa divina. Segredos de regenerao e vivificao da matria trazem leveza e desejo de liberdade ao corpo. Libertam nossa Dafne da angstia da perseguio que levou converso,uma adaptao para preservao do hmus gerador.

A inteno de fazer do outro um objeto, no um jogo amoroso. antes uma invaso que ocorre quando o lado obscuro,o lado inconsciente tem domnio completo e irrompe na conscincia. Nessas circunstncias o controle consciente fica reduzido ou quase abolido.Dafne seria ento um objeto de posse de Apolo e perderia sua alma.

Localizar nosso prprio nferos,nossa prpria fora gravitacional e seu poder de reunir e constituir uma forma, traz de volta o poder regenerativo necessrio ao equilbrio energtico.

Surge novamente a divinizao da Mater,a terra-me. Nasce nas entranhas do corpo a sede da sabedoria.Ter no fundo de si mesmo a extenso de uma casa,o ventre criativo,a morada eterna do desejo,o desejo de Ser no Tempo e expandi-lo na Eternidade.

sis quem nos est informando a nvel arquetpico sobre a possibilidade de regenerao da vida.Ela pega em suas mos a baba de R,o Sol, e modela a cobra.Destitui R de sua onipotncia,oniscincia e onipresena,forando-o a revelar seu nome oculto,segredo da luz e sis realiza a grande alquimia,entrelaa o mundo do instinto potncia da luz e acorda a morte,magia da vida.

sis-Gaia traz a eternidade da luz para a finitude do Tempo e embalsama o corpo,protege-o na luz e da luz.Suas mos trazem a medida,a poro justa da Alma individual e sua imortalidade.sis transforma o infortnio do desmembramento do fim em um corpo que vive para alm da vida. Seu segredo unifica o corpo,vence a morte! Ela trs o giro,o entrelace noite-dia,o continuun e a complexidade da vida-morte-vida.

Se a luz atingir as profundezas,o hmus gerador iniciar seu percurso de fertilizao da matria inerte. sis a alma tecendo vida, alinhavando sabedoria!

Reencontrar a leveza do Ser a verdadeira liberdade.

O ventre libidinal deseja conscincia,uma nova conscincia que reequilibre as foras arrebatadoras espirituais.

s encontramos uma base segura quando respeitamos as bases instintivas do inconsciente,e tambm o ponto de vista da conscincia

JUNG

No muladhara,o chackra da raiz, est a base para elevar-se . No ventre a libido pulsa a fora, jorra a luz. Dialogo frutfero,inteno de magia.

A beleza viva,mvel,o desejo que se movimenta,o movimento do desejo.

A verdadeira verticalidade nasce do instinto, vem de Dioniso para jorrar como a seiva. A verticalidade vinda do nferos,nascida de Dioniso,jorra como fonte de luz dourada,pulsa para o alto a espiral da vida. Matria e Esprito movimentam-se em busca de sentido,o conhecimento em si do Logos.

se o individuo conseguir reconhecer o inconsciente a modo de fator co-determinante ao lado do consciente,vivendo do modo mais amplo possvel as exigncias conscientes e inconscientes,ento o centro de gravidade da personalidade total deslocar-se- . No persistir no eu,que apenas o centro da conscincia,mas passar para um ponto por assim dizer,virtual,entre o consciente e o inconsciente,o Si-mesmo(Selbst) _____JUNG

Ars totum requerit hominem A arte requer o homem todo !

um dos princpios desta arte o Im dos sbios- Aimant-amante,Amor.

A Alma ligada ao thymos,ao corao a alma que atingiu o estado ertico. Em sua funo divina, Eros um meio de penetrar em qualquer padro e dar o colorido, a funo que estreita as distncias e faz as ligaes.

O amor pela totalidade nos faz amantes,nos assegura a entrega ao ser amado numa receptividade-ativa, geradora do nosso rio dourado, energia pura! Abandonar-se! Entregar-se ao outro! Perder a conscincia que julga e separa. E retornar ao Eros,entregar-se a ele. Para com ele fazermos a passagem para o outro estado de conscincia,uma conscincia de centro na qual encontramos uma alternncia menos extrema entre Yin e Yang,entre corpo e mente,entre sombra e luz.