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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO Unidade Auditada: DEPART. NAC. DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTE Município - UF: Boa Vista - RR Relatório nº: 201408089 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE RORAIMA RELATÓRIO DE AUDITORIA Senhor Superintendente da CGU-Regional/RR, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201408089, apresentamos os resultados dos exames realizados sob atos e consequentes fatos de gestão, ocorridos na suprarreferida, no período de 01/01/2010 a 25/04/2016. I – ESCOPO DO TRABALHO Os trabalhos foram realizados na obra de Restauração do Lote 1.3 da BR-174, objeto do Convênio nº 864/2009-00, tendo como interveniente executora a Secretaria de Estado de Infraestrutura do Estado de Roraima e, como concedente, o DNIT, nos períodos de julho, novembro e dezembro de 2014, fevereiro de 2015 e fevereiro, março e abril de 2016, em estrita observância às normas de auditorias e fiscalizações aplicáveis ao serviço público federal, objetivando o acompanhamento preventivo dos atos e fatos relativos ao convênio citado ocorridos no período de abrangência do trabalho, qual seja, 01/01/2010 a 25/04/2016. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames, realizados por amostragem, sobre as áreas: II – RESULTADO DOS EXAMES 1 GESTÃO OPERACIONAL 1.1 Gerenciamento de Processos Operacionais

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SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

Unidade Auditada: DEPART. NAC. DE INFRA-ESTRUTURA DE

TRANSPORTE

Município - UF: Boa Vista - RR

Relatório nº: 201408089

UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO

ESTADO DE RORAIMA

RELATÓRIO DE AUDITORIA Senhor Superintendente da CGU-Regional/RR,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201408089, apresentamos os resultados dos exames realizados sob atos e consequentes fatos de gestão, ocorridos na suprarreferida, no período de 01/01/2010 a 25/04/2016.

I – ESCOPO DO TRABALHO

Os trabalhos foram realizados na obra de Restauração do Lote 1.3 da BR-174, objeto do Convênio nº 864/2009-00, tendo como interveniente executora a Secretaria de Estado de Infraestrutura do Estado de Roraima e, como concedente, o DNIT, nos períodos de julho, novembro e dezembro de 2014, fevereiro de 2015 e fevereiro, março e abril de 2016, em estrita observância às normas de auditorias e fiscalizações aplicáveis ao serviço público federal, objetivando o acompanhamento preventivo dos atos e fatos relativos ao convênio citado ocorridos no período de abrangência do trabalho, qual seja, 01/01/2010 a 25/04/2016. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames, realizados por amostragem, sobre as áreas:

II – RESULTADO DOS EXAMES

1 GESTÃO OPERACIONAL

1.1 Gerenciamento de Processos Operacionais

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1.1.1 FISCALIZAÇÃO EXECUÇÃO DA AÇÃO GOVERNAMENTAL

1.1.1.1 INFORMAÇÃO Informações relativas aos projetos, ao convênio e ao contrato de execução dos serviços de restauração do Lote 1.3 da BR-174. Fato Para o subtrecho definido como Lote 1.3, o DNIT celebrou com o Governo do Estado de Roraima o Termo de Compromisso (TC) n.º 864/2009-00, publicado no DOU em 31/12/2009, tendo como interveniente executora a Secretaria de Estado de Infraestrutura do Estado de Roraima (SEINF/RR). O objeto do TC consiste na execução dos serviços de recuperação da BR-174/RR, Trecho: Div. AM/RR – Fronteira Brasil/Venezuela, Subtrecho: Igarapé Seabra – Igarapé Caleffi, Segmento: km 182,58 – km 281,65, Extensão: 99,06 km, Código do PNV: 174BRR0745 ao 174BRR0780, segundo Projetos Básico e Executivo elaborados pela empresa Strata Engenharia Ltda – CNPJ: 38.743.357/0001-32, que também venceu a licitação para a supervisão da execução da obra. O quadro a seguir apresenta o mapa de situação do trecho referente ao Lote 1.3 da BR-174, objeto deste relatório. Quadro – Mapa de situação do subtrecho definido como Lote 1.3

Fonte: Projeto Executivo da Obra elaborado pela Strata Engenharia Ltda. A Strata elaborou o projeto de reabilitação funcional do pavimento com base na auscultação rodoviária mediante a avaliação das condições de degradação superficial, de deformação permanente e de deformabilidade elástica, objetivando a caracterização dos materiais constituintes das camadas do pavimento, chegando aos resultados descritos a seguir. DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES DO PAVIMENTO:

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- Situação I "Através dos dados de campo referente à avaliação funcional e procedimentos apresentados, pôde ser constatada a ocorrência de vários tipos de defeitos, sendo eles em sua grande maioria de severidade alta. Os defeitos predominantes no trecho são panelas, remendos, afundamento em trilha de rodas, desgastes, desagregação e trincas. Verificou-se que a concepção baseada somente em reforço estrutural não é adequado aos pavimentos em análise, independentemente dos métodos de cálculo de reforço empregados. Assim sendo, e com base no exposto acima e fundamentado nos resultados obtidos através da retroanálise apresentada no Volume 3E, propõe-se a Reciclagem “In Situ” da Base existente com incorporação do revestimento e adição de cimento, seguido de uma camada anti-reflexão de trincas para inibir o efeito de trincamento gerado por retração do material melhorado com cimento e posterior confecção de camada betuminosa capaz de resistir aos esforços gerados pela ação do tráfego." - Situação II “Como apresentado anteriormente verificou-se também em outros segmentos deste mesmo lote a deterioração por completa da camada de revestimento o que caracteriza um grave comprometimento de suporte da camada de base e até mesmo uma propagação para a camada de sub-base. Para este caso acredita-se que tal comprometimento teve influência direta pelas condições ambientais, climáticas, inexistência de drenagem, bem como a impossibilidade de escoamento da água de chuva. Nas análises dos dados provenientes dos Estudos Geotécnicos, verificou-se que os solos constituintes da camada de fundação e da camada de sub-base apresentam boas características quanto ao comportamento mecânico quando considerada a umidade ótima de compactação. Porém, estas camadas estão desprotegidas em relação às intempéries e ao tráfego. A elevada plasticidade do material é outro agravante para a camada de sub-base. De forma análoga a situação I, quando da análise dos dados referentes aos materiais componentes da camada de base, observa-se que vários pontos estudados apresentam valores de suporte inferiores aos exigidos pela atual condição de carregamento da rodovia e uma elevada plasticidade. Com base no exposto acima e fundamentado nos resultados obtidos através da retroanálise apresentada no Volume 3E, propõe-se a reconstrução da estrutura do pavimento através da utilização do Método de Projeto de Pavimentos Flexíveis do DNER. O qual definirá uma estrutura capaz de atender as necessidades atuais da rodovia. Para possibilitar a reutilização da camada de Sub-base, esta sendo proposto a reconfecção desta estrutura com a incorporação de areia para redução da plasticidade.” DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS PROPOSTOS PARA INTERVENÇÕES CORRETIVAS: "Sendo considerado que nos locais de intervenção teremos uma nova estrutura, uma vez que serão confeccionadas novas camadas de revestimento e base para a situação I e uma nova estrutura para a situação II. São apresentadas a seguir as premissas desta metodologia, bem como os resultados obtidos a partir da aplicação para cada uma das situações." 1) Solução Final para Reabilitação do Pavimento Existente Situação I Solução: Reciclagem da Base com Incorporação do Revestimento e Adição de Cimento (4%) + Reforço Detalhamento Executivo:

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• Reciclagem do revestimento existente e da base (15 cm) com adição de 4% de cimento em peso; • Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à taxa de 1,5 l/m²; • Camada Antirreflexão de Trincas (CART com polímeros); • Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de 0,5 l/m²; • Execução de camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa “B” espessura de 5,0 cm. • Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de 0,5 l/m²; • Execução de camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa “C” espessura de 5,0 cm. Situação II Solução: Reconstrução do Pavimento Detalhamento Executivo: • Remoção do revestimento (espessura = 2,0 cm) e Base existente (espessura = 15 cm); • Reconfecção da Sub-base (e = 15 cm) (Material da base existente com adição de 15% de areia); • Execução de Base Estabilizada Granulometricamente com mistura – Cascalho Laterítico e Areia (15 cm); • Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à taxa de 1,5 l/m²; • Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de 0,5 l/m²; • Execução de camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa “B” espessura de 5,0 cm; • Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de 0,5 l/m²; • Execução de camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa “C” espessura de 5,0 cm. 2) Solução Final para Implantação de Pavimentos Novos em Locais de Elevação do Greide Detalhamento Executivo: • Regularização do Subleito; • Execução de Sub-base (e = 15 cm) Estabilizada Granulometricamente com mistura (Cascalho Laterítico + Areia); • Execução de Base (e = 15 cm) Estabilizada Granulometricamente com mistura (Cascalho Laterítico + Areia); • Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à taxa de 1,5 l/m²; • Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de 0,5 l/m²; • Execução de camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa “B” espessura de 5,0 cm; • Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de 0,5 l/m²; • Execução de camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa “C” espessura de 5,0 cm. 3) Solução Final para Implantação de Acostamentos "Para os acostamentos que não estarão sujeitos a ação permanente do tráfego, indica-se a utilização de CBUQ Faixa “B”, uma vez que este tipo de revestimento além de atender todos os requisitos técnicos de proteção à base é economicamente mais viável. Os acostamentos serão implantados mediante alargamento da plataforma de maneira que a largura do mesmo atinja 2,5 metros. Para esta etapa deverá ser realizada a regularização do subleito e a confecção da nova sub-base e base através da utilização de materiais provenientes das jazidas indicadas para o projeto."

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Detalhamento Executivo: • Regularização do Subleito; • Execução de Sub-base (e = 15 cm) Estabilizada Granulometricamente com mistura (Cascalho Laterítico + Areia); • Execução de Base (e = 15 cm) Estabilizada Granulometricamente com mistura (Cascalho Laterítico + Areia); • Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à taxa de 1,5 l/m²; • Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de 0,5 l/m²; • Execução de camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa “B” espessura de 5,0 cm. 4) Solução Final para Implantação dos Limpa Rodas Detalhamento Executivo: • Regularização do Subleito; • Execução de Sub-base (e = 15 cm) Estabilizada Granulometricamente com mistura (Cascalho Laterítico + Areia); • Execução de Base (e = 15 cm) Estabilizada Granulometricamente com mistura (Cascalho Laterítico + Areia); • Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à taxa de 1,5 l/m²; • Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de 0,5 l/m²; • Execução de camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa “C” espessura de 5,0 cm. 5) Solução Final para o Revestimento Sobre as Pontes Detalhamento Executivo: • Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de 0,5 l/m²; • Execução de camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa “C” espessura de 3,0 cm. Após os estudos técnicos dos materiais necessários para cada etapa conceptiva, foi apresentada a solução final para as intervenções corretivas dos segmentos do subtrecho definido para o Lote 1.3, conforme quadro a seguir: Quadro – Soluções corretivas por segmentos

Reengenharia das soluções (km 182,58 ao km 281,65)

Segmento Estaca Incial Estaca final Extensão Solução Indicada

101 9123 + 4,737 9126 + 9,880 0,065 Ponte Ig. Seabra

102 9126 + 9,880 9361 + 0,000 4,690 Reconstrução

103 9361 + 0,000 9520 + 0,000 3,180 Reciclagem

104 9520 + 0,000 9648 + 0,000 2,560 Reconstrução

105 9648 + 0,000 9696 + 0,000 0,960 Reciclagem

106 9696 + 0,000 9708 + 10,860 0,251 Reconstrução

107 9708 + 10,860 9710 + 15,920 0,045 Ponte Ig. Sá Neto

108 9710 + 15,920 9731 + 0,000 0,404 Reconstrução

109 9731 + 0,000 9783 + 0,000 1,040 Reciclagem

110 9783 + 0,000 9811 + 0,000 0,560 Reconstrução

111 9811 + 0,000 9835 + 0,000 0,480 Reciclagem

112 9835 + 0,000 9867 + 0,000 0,640 Reconstrução

113 9867 + 0,000 9883 + 0,000 0,320 Reciclagem

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Reengenharia das soluções (km 182,58 ao km 281,65)

Segmento Estaca Incial Estaca final Extensão Solução Indicada

114 9883 + 0,000 10074 + 0,000 3,820 Reconstrução

115 10074 + 0,000 10149 + 0,000 1,500 Reciclagem

116 10149 + 0,000 10165 + 0,000 0,320 Reconstrução

117 10165 + 0,000 10221 + 0,000 1,120 Reciclagem

118 10221 + 0,000 10356 + 0,000 2,700 Reconstrução

119 10356 + 0,000 10415 + 3,290 1,183 Reciclagem

120 10415 + 3,290 10417 + 8,250 0,045 Ponte Yamanaka

121 10417 + 8,250 10420 + 0,000 0,052 Reciclagem

122 10420 + 0,000 10448 + 0,000 0,560 Reconstrução

123 10448 + 0,000 10667 + 0,000 4,380 Reciclagem

124 10667 + 0,000 10683 + 19,460 0,339 Reconstrução

125 10683 + 19,460 10686 + 9,700 0,050 Ponte Ig. Gentil

126 10686 + 9,700 10830 + 0,000 2,870 Reconstrução

127 10830 + 0,000 10908 + 0,000 1,560 Reciclagem

128 10908 + 0,000 10946 + 0,000 0,760 Reconstrução

129 10946 + 0,000 11178 + 0,000 4,640 Reciclagem

130 11178 + 0,000 11257 + 11,980 1,592 Reconstrução

131 11257 + 11,980 11259 + 7,060 0,035 Ponte Ig. Martins Pereira

132 11259 + 7,060 11300 + 0,000 0,813 Reconstrução

133 11300 + 0,000 11382 + 0,000 1,640 Reciclagem

134 11382 + 0,000 11493 + 11,180 2,231 Reconstrução

135 11493 + 11,180 11495 + 6,410 0,035 Ponte Ig. Tenente Barreto

136 11495 + 6,410 11669 + 15,910 3,490 Reconstrução

137 11669 + 15,910 11670 + 16,090 0,020 Ponte Ig. Bispo

138 11670 + 16,090 11712 + 17,360 0,841 Reconstrução

139 11712 + 17,360 11722 + 5,000 0,188 Rio Anauá

140 11722 + 5,000 12261 + 0,000 10,775 Reconstrução

141 12261 + 0,000 12301 + 0,000 0,800 Reciclagem

142 12301 + 0,000 12321 + 0,000 0,400 Reconstrução

143 12321 + 0,000 12373 + 0,000 1,040 Reciclagem

144 12373 + 0,000 12595 + 0,000 4,440 Reconstrução

145 12595 + 0,000 12675 + 12,000 1,612 Reciclagem

146 12675 + 12,000 12693 + 2,000 0,350 Pavimento novo (elev. Greide)

147 12693 + 2,000 12715 + 0,000 0,438 Reciclagem

148 12715 + 0,000 13063 + 4,090 6,964 Reconstrução

149 13063 + 4,090 13068 + 9,060 0,105 Rio Dias

150 13068 + 9,060 13144 + 7,700 1,519 Reconstrução

151 13144 + 7,700 13145 + 2,550 0,015 Ponte Ig. Shueller

152 13145 + 2,550 13223 + 0,000 1,557 Reconstrução

153 13223 + 0,000 13276 + 2,290 1,062 Reciclagem

154 13276 + 2,290 13277 + 12,400 0,030 Ponte Ig. Nelson Ribeiro

155 13277 + 12,400 13452 + 15,700 3,503 Reciclagem

156 13452 + 15,700 13454 + 5,650 0,030 Ponte Ig. Tamandaré

157 13454 + 5,650 13681 + 0,000 4,534 Reciclagem

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Reengenharia das soluções (km 182,58 ao km 281,65)

Segmento Estaca Incial Estaca final Extensão Solução Indicada

158 13681 + 0,000 13742 + 0,000 1,220 Reconstrução

159 13742 + 0,000 13864 + 0,000 2,440 Reciclagem

160 13864 + 0,000 14030 + 0,000 3,320 Reconstrução

161 14030 + 0,000 14064 + 0,000 0,680 Reciclagem

162 14064 + 0,000 14088 + 13,450 0,493 Reconstrução Fonte: Projeto Executivo – Volume 01 – Tomo II da Obra elaborado pela Strata Engenharia Ltda. Aprovado o projeto, foi firmado o TC n.º 864/2009-00 para a execução do Lote 1.3 com extrato publicado no DOU em 31/12/2009, tendo por montante, o valor de R$ 140.829.433,56 sendo R$ 136.604.550,56 a serem transferidos pela Unidade Gestora (DNIT) e R$ 4.224.883,01, referentes à complementação sob responsabilidade do Ente Federado Beneficiado (Estado de Roraima). Para restauração do lote em questão, o Governo do Estado de Roraima lançou a Concorrência Pública nº 003/2010, cuja ata de continuidade registrada em 22 de fevereiro de 2010 informa a habilitação da única empresa participante, o Consórcio Seabra-Caleffi (Egesa Engenharia S.A., CNPJ: 17.186.161/0001-01, e SC Transportes e Construções Ltda, CNPJ: 04.330.304/0001-78) que apresentou a proposta no valor de R$ 139.420.968,50. Na data de 01 de abril de 2010, foi publicado no DOU o extrato do Contrato nº 34/2010 para Execução dos Serviços de Restauração deste lote. Tal contrato foi celebrado em 19/03/2010, no valor de R$ 139.420.968,50. A Ordem de Serviço nº 21/2010, para início dos trabalhos, foi expedida em 25 de março de 2010 e assinada pelo Ministro dos Transportes, Diretor Geral do DNIT, Governador do Estado de Roraima e Secretário de Estado da Infraestrutura de Roraima. ##/Fato##

1.1.1.2 INFORMAÇÃO Informações relativas ao contrato e suas readequações, inclusive sobre o atendimento das determinações do Tribunal de Contas da União. Fato Providências adotadas em relação às constatações do TCU para o Lote 1.3 O Acórdão TCU nº 2408-34/10-Plenário verificou diversas deficiências nos projetos básicos de restauração dos lotes 1.1 a 1.4 da BR-174 que resultaram no sobrepreço de R$ 24.749.050,27 nessas obras. Especificamente em relação ao Lote 1.3, foi apurado o sobrepreço de R$ 5.842.519,00 resultante das deficiências do projeto básico, o qual foi utilizado como referência para o Edital n.º 03/2010, e que refletiu no sobrepreço de R$ 4.843.143,79 (maio/2009) no Contrato n.º 34/2010, celebrado com a vencedora da licitação. As deficiências identificadas pelo TCU e o impacto financeiro estão apresentados a seguir, juntamente com a informação sobre as providências adotadas pela SEINF visando à correção das divergências caracterizadoras do sobrepreço. I) Fornecimento de materiais betuminosos com preços corrigidos de forma imprecisa: A equipe do TCU constatou que para o Lote 1.3 existia o sobrepreço de R$ 767.313,42 no projeto básico para o fornecimento de materiais betuminosos. Contudo, tal sobrepreço não se reproduziu no Contrato nº 34/2010, pois a empresa vencedora apresentou em sua

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proposta preços unitários compatíveis com aqueles encontrados pela equipe do TCU após a correção da fórmula utilizada no projeto básico pela Strata Engenharia Ltda. II) Sub-base estabilizada granulometricamente com mistura de solo-areia na pista, base estabilizada granulometricamente com mistura de solo-areia na pista e reconfecção da base prevendo a utilização de areia comercial, devendo ser areia extraída: A equipe do TCU relatou que o projeto previa a execução desses serviços com a mistura de areia comercial, sendo que os areais apontados para serem utilizados nesses serviços não são comerciais, e sim areia extraída de jazidas adjacentes às rodovias. Assim, o indício de sobrepreço no projeto licitado para os serviços de base, sub-base e reconfecção da base foi de R$ 3.761.036,45 (maio/2009) para o Lote 1.3, sendo de R$ 3.528.974,66 para o Contrato nº 34/2010, resultante do projeto inadequado. Segundo o TCU, seria adequada a repactuação contratual devendo considerar os seguintes preços máximos para os serviços, tendo por preço de referência o Sicro (maio/2009), para o Contrato nº 34/2010, lote 1.3: - Base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-06 (65%) + A6 (35%)) (5 S 02 210 52) - R$ 65,98; - Base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-08 (80%) + A6 (20%)) (5 S 02 210 52) - R$ 61,40; - Sub-base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-08A (75%) + A6 (25%)) (5 S 02 210 51) - R$ 50,54; - Sub-base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-05A (80%) + A6 (20%)) (5 S 02 210 51) - R$ 26,47; - Sub-base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-06A (75%) + A5 (25%)) (5 S 02 210 51) - R$ 58,63; e - Reconfecção da Sub-base com 15% de areia (5 S 02 240 11) - R$ 26,94. Providências adotadas: Após a 1º Readequação do Projeto em Fase de Obras que contemplou o Projeto Executivo de Engenharia para Restauração desse lote, tais serviços foram orçados considerando a areia como sendo extraída, nos seguintes preços unitários: - Base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-06 (65%) + A6 (35%)) (5 S 02 210 52) - R$ 58,04; - Base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-08 (80%) + A6 (20%)) (5 S 02 210 52) - R$ 56,43; - Sub-base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-08A (75%) + A6 (25%)) (5 S 02 210 51) - R$ 45,08; - Sub-base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-05A (80%) + A6 (20%)) (5 S 02 210 51) - R$ 24,12; - Sub-base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-06A (75%) + A5 (25%)) (5 S 02 210 51) - R$ 40,37; e - Reconfecção da Sub-base com 15% de areia (5 S 02 240 11) - R$ 24,99. Além desses serviços previstos no projeto básico, quando do projeto executivo e da 1ª revisão de projeto foi incluído um novo serviço de Base Estab. Granul. mistura solo-areia na pista (J-04A (70%) + A6 (30%)) (5 S 02 210 52) - R$ 60,92. Verificou-se, dessa forma, que todos os serviços de sub-base e base ficaram com preços unitários abaixo daqueles calculados pelo TCU, devido às alterações promovidas na 1ª

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RPFO com relação à substituição do insumo areia comercial por areia extraída e ao recálculo das DMT´s da obra. III) Escavação, Carga e Transporte (ECT) de material de 1ª categoria utilizando pá carregadeira em detrimento da utilização de escavadeira, que é mais econômica: A equipe do TCU constatou que o projeto básico da licitação utilizou as composições dos serviços de escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria com carregadeira de pneus, mais caros, em detrimento dos serviços de escavação, carga e transporte com escavadeira hidráulica, mais baratos, sem que houvesse justificativa técnica para seleção dos serviços mais onerosos, conforme se observa nos volumes do projeto. Diante disso, procedeu-se ao cálculo dos preços dos serviços de ECT, 1ª e 2ª categorias, com base no SICRO 2, para ECT com escavadeira. Ao comparar os valores de ECT com escavadeira com os correspondentes valores previstos no projeto básico (relativos à carregadeira de pneus), constatou-se o indício de sobrepreço de R$ 1.314.169,13 para o lote 1.3 e como os valores contratados são exatamente iguais aos orçados no projeto básico, temos que o sobrepreço para o Contrato nº 34/2010, resultante do projeto inadequado, é de R$ 1.314.169,13. Providências adotadas: Após a 1ª Readequação do Projeto em Fase de Obras que contemplou o Projeto Executivo de Engenharia para Restauração desse lote, tais serviços foram orçados considerando a execução com a utilização da escavadeira hidráulica, e não mais carregadeira. A tabela a seguir demonstra a diferença nos preços unitários novos (projeto executivo e readequação) e antigos (projeto básico/contrato), considerando todos os serviços de terraplanagem. Tabela – Comparação entre os preços dos projetos executivo e básico

SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM

Códigos Und Contrato inicial 1ª Readequação ao contrato

Qtde Pr. Unit

(R$) Pr. Total

(R$) Qtde

Pr. Unit (R$)

Pr. Total (R$)

2 S 01 000 00 m2 1.037.982,00 0,37

384.053,34 2.306.018,03 0,37

853.226,67

2 S 01 010 00 un 51.899,00 32,43

1.683.084,57 16.312,00 32,43

528.998,16

5 S 01 011 00 un - -

0,00 694,00 81,09

56.276,46

2 S 01 100 01 m3 81.599,00 1,89

154.222,11 273.630,00 1,89

517.160,70

Escav. carga e transp. de material

de 1ª Categoria Com carregadeira Com escavadeira

5 S 01 100 09 m³ 45.940,00 7,47

343.171,80 46.426,30 5,97

277.165,01

5 S 01 100 10 m³ 28.937,00 8,13

235.257,81 29.084,38 6,51

189.339,31

5 S 01 100 11 m³ 19.286,00 8,53

164.509,58 20.524,64 7,01

143.877,73

5 S 01 100 12 m³ 6.753,00 8,87

59.899,11 9.113,65 7,54

68.716,92

5 S 01 100 13 m³ 21.211,00 9,45

200.443,95 23.443,44 7,89

184.968,74

5 S 01 100 14 m³ 8.421,00 9,98

84.041,58 9.447,24 8,50

80.301,54

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SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM

Códigos Und Contrato inicial 1ª Readequação ao contrato

Qtde Pr. Unit (R$)

Pr. Total (R$)

Qtde Pr. Unit (R$)

Pr. Total (R$)

5 S 01 100 15 m³ 3.535,00 10,19

36.021,65 5.295,20 8,86

46.915,47

5 S 01 100 16 m³ 27.005,00 10,56

285.172,80 28.186,12 9,20

259.312,30

5 S 01 100 17 m³ 7.530,00 11,13

83.808,90 3.816,60 9,49

36.219,53

5 S 01 100 18 m³ 10.122,00 11,36

114.985,92 10.881,40 9,91

107.834,67

5 S 01 100 19 m³ 148.973,00 13,14

1.957.505,22 148.189,00 11,66

1.727.883,74

5 S 01 100 20 m³ 109.375,00 17,08

1.868.125,00 117.081,00 15,38

1.800.705,78

- m³ 282.731,00 27,50

7.775.102,50 265.975,25 20,61

5.481.749,90

5 S 01 100 33 m³ - -

-

126.463,88 15,38

1.945.014,47

Escav. carga e transp. de material de 3ª Categoria

5 S 01 102 02 m³ - -

-

188,00 26,05

4.897,40

5 S 01 102 03 m³ - -

-

277,60 31,05

8.619,48

Escav. carga e transp. de solos moles

2 S 01 300 01 m³ 13.890,00 15,86

220.295,40 - -

-

2 S 01 300 02 m³ 22.548,00 17,07

384.894,36 5.047,00

17,07 86.152,29

2 S 01 300 03 m³ 3.787,00 17,59

66.613,33 990,00

17,59 17.414,10

2 S 01 300 04 m³ 5.410,00 18,19

98.407,90 1.808,00

18,19 32.887,52

2 S 01 300 05 m³ 1.347,00 19,42

26.158,74 - -

-

-- m³ - -

-

319,00

19,57 6.242,83

-- m³ - -

-

2.789,00

19,86 55.389,54

-- m³ - -

-

40.498,00

20,02 810.769,96

-- m³ - -

-

51.451,00

44,76 2.302.946,76

5 S 01 510 00 m³ 314.282,00 2,74

861.132,68 506.278,46

2,74 1.387.202,98

5 S 01 511 00 m³ 302.193,00 3,26

985.149,18 256.102,00

3,26 834.892,52

m³ 36.140,00 2,08

75.171,20 - -

-

Total Terraplenagem R$

18.147.228,63 19.853.082,48

Fonte: Projetos Executivo e Básico da Obra de Restauração do Lote 1.3 da BR-174 Verifica-se que, embora os achados do TCU tenham acarretado decréscimos nos valores contratuais para esses serviços no valor total de R$ 1.314.169,13, houve na verdade um reflexo financeiro de acréscimo ao contrato no valor de R$ 1.705.853,85, devido à inclusão de novos serviços e às alterações de quantitativos dos serviços já existentes por meio da 1ª Readequação em Fase de Obras, conforme demonstrado no quadro supra.

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IV) Aquisição de cimento, filler e aço em local mais distante que o ideal: Os projetos básicos utilizados nas licitações dos lotes 1.1 a 1.4 da BR-174/RR previam a aquisição de cimento, filler e aço na cidade de Manaus. O TCU relatou que o projeto básico utilizado na licitação do lote 1.5 da rodovia BR-210/RR previa a aquisição desses mesmos insumos na cidade de Boa Vista, o que diminuiria a DMT (Distância Média de Transporte) desses materiais e com isso o seu preço final. Foi expedido pelo TCU o Ofício de requisição nº 03-254/2010, e a Strata, em sua resposta, destacou que na época do projeto a cidade de Boa Vista não teria condições de suprir a necessidade de cimento, porém destaca que tal situação foi modificada e que será efetuada a alteração do local de aquisição no projeto executivo. Para calcular a nova DMT desses insumos o TCU considerou a estaca para Boa Vista como sendo a de nº 25.498, essa estaca foi obtida somando-se 7.079 (correspondente a 140 km, distância de Boa Vista a Caracaraí) estacas em relação à estaca da Cidade de Caracaraí, que está situada na estaca nº 18.419. O TCU havia calculado a nova DMT para os materiais: cimento, filler e aço, que seria de 282,38 km para o lote 1.3 (estaca 25.498 - estaca 11.379). No cálculo das DMT já foi considerada a nova disposição do canteiro de obras, observada na visita à obra, sendo ele situado na estaca 11.379. Providências adotadas: O cimento, o aço e o filler ainda constam do projeto executivo como sendo adquiridos em Manaus. Cabe relatar que não há indicação de que a aquisição do cimento e do aço em Boa Vista em substituição a Manaus resultaria na diminuição dos custos destes insumos aplicados na obra, tendo em vista que esses insumos comercializados na praça de Boa Vista são procedentes da praça de Manaus. Dessa forma, se esses insumos fossem adquiridos em Boa Vista, além do custo maior, pois já estariam com o frete de Manaus para Boa Vista, ainda haveria o custo do transporte de colocá-los na obra, ou seja, na prática haveria o pagamento duplicado do transporte desses insumos. Ademais, o preço do cimento e do aço no projeto básico é do SICRO do Amazonas, pois na época não existiam cotações no SICRO para Roraima. VI) Outros pontos foram observados na visita às obras e podem implicar alterações no projeto: Aquisição da grama, mourão e madeira Os projetos básicos dos Lotes 1.1 a 1.4 da BR-174/RR previa a aquisição dos insumos: grama, mourão e madeira, na cidade de Manaus. A equipe do TCU relatou que o projeto básico do lote 1.5 da BR-210/RR, rodovia que sofre intersecção com o Lote 1.3 da BR-174/RR, prevê a aquisição desses insumos na cidade de Boa Vista. Além disso, a empresa contratada para executar a obra do Lote 1.4 prevê em suas composições de preços unitários que a aquisição desses insumos seria na cidade de Caracaraí, que está localizada no final do lote 1.4, ou seja, ainda mais próximo que Boa Vista. O TCU expediu o Ofício de Requisição n. 03-254/2010, respondido pela empresa Strata que afirmou que iria verificar a disponibilidade desses insumos, e caso seja constatada a viabilidade, iria proceder às modificações e ajustes no projeto executivo. Providências adotadas: Conforme consta do Projeto Executivo do Lote 1.3, a aquisição de grama continua sendo da Cidade de Manaus-AM, contudo a aquisição da madeira/mourão foi modificada para o Município de Rorainópolis-RR. Com a aquisição destes insumos (madeira/mourão) em local mais próximo, os preços dos serviços foram reduzidos.

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Síntese das providências adotadas: De todo exposto, conclui-se que o projeto executivo e a 1ª Revisão do projeto em fase de obra corrigiu a maior parte dos itens com sobrepreço e que as novas medições dos serviços e consequentemente os pagamentos estão sendo efetuados com base nos valores previstos na 1ª Readequação do Projeto em Fase de Obras que contemplou as modificações exigidas pelo TCU. Contudo, verificou-se que não houve redução no valor total da obra, pois tal valor ficou acima do previsto no projeto básico e do valor contratado, passando de R$ 139.420.968,50 (valor do Contrato nº 34/2010) para R$ 142.170.007,54 (valor após 1ª Readequação), o que gerou um reflexo financeiro de R$ 2.749.039,04. Ressalta-se que essa readequação teve por finalidade adequar à planilha contratual elaborada com base no Projeto Básico as alterações trazidas com a aprovação do Projeto Executivo e com os achados de auditoria do TCU, além do acréscimo de outros serviços. Sendo assim, diversos itens constantes dos serviços de terraplenagem, drenagem, pavimentação, obras complementares, meio ambiente, instalação e manutenção de canteiro de obras e mobilização e desmobilização das obras de restauração do Lote 1.3, tiveram alterações substanciais em seus quantitativos e preços. A tabela a seguir apresenta o resumo dos reflexos financeiros no orçamento da obra. Tabela – Resumo dos reflexos financeiros

Item Descrição Contrato (R$) 1ª Revisão

(R$)

Reflexo financeiro

(R$)

Reflexo financeiro

(%)

1 TERRAPLENAGEM 18.147.228,63 19.853.082,48 1.705.853,85 9,40%

2 DRENAGEM E OBRAS-DE-ARTE CORRENTES 15.601.410,58 20.644.295,12 5.042.884,54 32,32%

3 PAVIMENTAÇÃO 90.452.666,22 83.361.051,96 -7.091.614,26 -7,84%

4 SINALIZAÇÃO 1.365.824,54 1.638.020,06 272.195,52 19,93%

5 OBRAS COMPLEMENTARES 6.911.802,52 9.852.435,37 2.940.632,85 42,55%

6 MEIO AMBIENTE 2.389.019,60 2.590.740,56 201.720,96 8,44%

7

INST. E MANUT. DE CANTEIRO DE OBRAS E ACAMPAMENTO 4.050.824,90 3.720.516,29 -330.308,61 -8,15%

8 MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO 502.191,51 509.865,70 7.674,19 1,53%

TOTAL DO ORÇAMENTO 139.420.968,50 142.170.007,54 2.749.039,04 1,97% Fonte: Projetos Executivo e Básico da Obra de Restauração do Lote 1.3 da BR-174 Da tabela acima, verifica-se que houve um decréscimo financeiro devido aos achados do TCU, como se nota no item 03 – Pavimentação, que apresentou um decréscimo de R$ 7.091.614,26 e no item 07 – Instalação e Manutenção de Canteiro de Obras e Acampamentos, de R$ 330.308,61, totalizando um decréscimo de R$ 7.421.922,87. Verifica-se, também, que houve um acréscimo financeiro por inclusão de novos serviços, aumento de quantitativos de serviços já existentes e correção de algumas das DMT´s dos insumos constantes no projeto básico, como se nota no item 01 – Terraplanagem, que apresentou um acréscimo de R$ 1.705.853,85, no item 02 – Drenagem e Obras-de-arte Correntes de R$ 5.042.884,54, no item 05 – Obras complementares de R$ 2.940.632,85, entre outros de menor representatividade, que totalizaram um acréscimo de R$ 10.170.961,91. Das ponderações entre acréscimos e decréscimos ocorreu um reflexo financeiro a favor da empresa contratada no valor de R$ 2.749.039,04.

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Com relação aos acréscimos, a tabela a seguir apresenta um resumo dos principais acréscimos, que representam 85,69% do total de serviços acrescidos na obra. Tabela – Resumo dos principais acréscimos na obra

Código Descrição Reflexo financeiro (R$) SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM

Esc. Carga e Transp. Mat. 1ª Cat. Com Carregadeira -R$ 13.208.045,82 Esc. Carga e Transp. Mat. 1ª Cat. Com Escavadeira R$ 10.404.990,64

5 S 01 100 33

Esc. Carga tr. mat 1ª c/escav. 3000 a 5000 m (Serviços emergenciais para tapa buraco)

R$ 1.945.014,47

Esc. carga transp. solos moles -- 1600 a 1800 m R$ 810.769,96 -- Camada Drenante com Areia R$ 2.302.946,76

TOTAL DE TERRAPLENAGEM R$ 2.255.676,01 SERVIÇOS DE DRENAGEM

2 S 04 000 00

Escavação manual em material de 1ª categoria R$ 475.436,16

Dreno longitudinal prof. p/corte em solo - DPS 01 BC -R$ 664.392,00 2 S 04 500

57 Dreno longitudinal prof. p/corte em solo - DPS 07 BC R$ 1.122.175,20

-- Calha interna de concreto c/ tela Bematel p/ proteção de bueiros metálicos

R$ 431.764,57

5 S 04 999 08

Demolição de dispositivos de concreto armado R$ 1.001.082,57

-- Recuperação de chapas de bueiros metálicos R$ 2.360.510,14 TOTAL DE DRENAGEM R$ 4.726.576,64

OBRAS COMPLEMENTARES 5 S 06 410

00 Cerca de arame farpado com suporte de Madeira R$ 4.537.458,00

-- Recomposição total de cerca com mourão de madeira -R$ 2.804.247,00 TOTAL DE OBRAS COMPLEMENTARES R$ 1.733.211,00

TOTAL GERAL DA PLANILHA R$ 8.715.463,65 Fonte: Projeto Executivo e 1ª Readequação da Obra de Restauração do Lote 1.3 da BR-174 Da tabela acima, verifica-se que houve decréscimos de R$ 2.803.055,18 (R$ 13.208.045,82 – R$ 10.404.990,64) quando da alteração do serviço de escavação, carga e transporte de carregadeira para escavadeira, e de R$ 2.804.247,00 quando da retirada do serviço de recomposição de cerca; e acréscimos de R$ 1.945.014,47 dos serviços emergenciais de escavação, carga e transporte com DMT 3000 a 5000m para dar trafegabilidade no trecho da rodovia, pois o pavimento encontrava-se em estado precário de conservação e manutenção; de R$ 810.769,96 e de R$ 2.302.946,76 referentes respectivamente à escavação de solos moles e aplicação de camadas de areia que foram dados como solução para substituição dos solos moles; de R$ 475.436,16 referente à escavação manual em material de 1ª categoria para os serviços de drenagem; de R$ 457.783,20 (R$ 1.122.175,20 – R$ 664.392,00) referente ao dreno DPS 07, que foi colocado em substituição ao dreno DPS 01 previsto no projeto básico e em outros locais de corte acrescidos na 1ª Revisão do projeto em fase de obras, pois o dreno DPS 07, apesar de mais oneroso, apresenta indiscutível melhoria na capacidade de drenagem; de R$ 431.764,57 referente à calha interna de concreto para proteção de bueiros metálicos; de R$ 1.001.082,57 referente à demolição de dispositivos de concreto armado; de R$ 2.360.510,14 referente à recuperação de chapas de bueiros metálicos; e R$ 4.537.458,00 referente à construção de cerca de arame farpado com suporte de madeira.

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Ressalta-se que essa 1ª Readequação em fase de obras foi aprovada pelo DNIT por meio do 2º Termo de Aditivo de Rerratificação e Acréscimo de Valor, em 08 de março de 2012, e publicada no DOU, em 23 de março de 2012. De todo exposto, verifica-se que para o lote em questão a Secretaria de Estado e Infraestrutura do Estado de Roraima corrigiu as deficiências do projeto básico que geraram o sobrepreço encontrado pelo Tribunal de Contas da União descrito no Acórdão TCU nº 2408-34/10-Plenário. No entanto, foram encontradas outras falhas que serão tratadas no corpo deste relatório. ##/Fato##

1.1.1.3 INFORMAÇÃO Informações relativas à rescisão contratual, serviços recebidos e ressarcimento aos cofres públicos referentes aos serviços de restauração do Lote 1.3 da BR-174. Fato Após o projeto executivo da obra e da 1ª Readequação de projeto em fase de obras que contemplaram as alterações do projeto básico, de acordo com os achados de auditoria do TCU, o valor do contrato passou para R$ 142.170.007,54, ou seja, houve um reflexo financeiro de R$ 2.749.039,04 (1,97%). A tabela a seguir demonstra as medições realizadas para o Contrato nº 34/2010. Tabela – Medições realizadas no Contrato nº 34/2010.

Medição Período Valor (R$)

Medição Período Valor (R$)

1ª e 2ª 25/03/10 a 30/04/10 0 15ª 01/05/11 a 31/05/11 45.004,83

3ª 01/05/10 a 31/05/10 33.306,70 16ª 01/06/11 a 30/06/11 57.615,38

4ª 01/06/10 a 30/06/10 300.141,82 17ª 01/07/11 a 31/07/11 45.004,83

5ª 01/07/10 a 31/07/10 1.692.578,35 18ª 01/08/11 a 31/08/11 45.004,83

6ª 01/08/10 a 31/08/10 1.302.870,18 19ª 01/09/11 a 30/09/11 45.004,83

7ª 01/09/10 a 30/09/10 1.125.203,08 20ª 01/10/11 a 31/10/11 461.673,85

8ª 01/10/10 a 31/10/10 1.872.802,32 21ª 01/11/11 a 30/11/11 613.581,02

9ª 01/11/10 a 30/11/10 1.385.864,16 22ª 01/12/11 a 31/12/11 3.998.282,56

10ª 01/12/10 a 31/12/10 2.562.323,41 23ª 01/01/12 a 31/01/12 7.815.543,88

11ª 01/01/11 a 31/01/11 2.590.116,29 24ª 01/02/12 a 29/02/12 12.355.999,81

12ª 01/02/11 a 28/02/11 78.688,63 25ª 01/03/12 a 31/03/12 12.427.975,16

13ª 01/03/11 a 31/03/11 45.004,83 26ª 01/04/12 a 30/04/12 58.148,13

14ª 01/04/11 a 30/04/11 45.004,83

Total Medido ....... R$ 51.002.743,71 Fonte: Medições da obra - Consórcio Seabra-Caleffi A tabela acima não inclui a 27ª Medição (medição final de reajustes de serviços), de 01 de maio de 2012 a 15 de abril de 2013, que apresentou um valor negativo de R$ 3.546.551,70, pois vários serviços realizados pela empresa, conforme diversos relatórios da SEINF e da empresa supervisora contratada, não foram posteriormente aceitos. Dessa forma, a tabela a seguir apresenta as relações de notas fiscais pagas às empresas Egesa Engenharia S.A., CNPJ: 17.186.161/0001-01, e SC Transportes e Construções Ltda, CNPJ: 04.330.304/0001-78, incluindo os valores referentes aos reajustamentos até a 26ª Medição.

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Tabela – Notas Fiscais apresentadas referente ao Contrato nº 34/2010.

Medição

Notas Fiscais - EGESA Engenharia S.A.

NF Valor (R$) NF Valor (R$) NF Valor (R$) NF

Valor (R$)

3ª 256 9.692,25 257 299,76

4ª 274 87.341,27 275 2.701,28

5ª 308 458.008,75 309 14.165,22 310 34.531,55 311 1.067,99

6ª 340 337.046,03 341 10.424,10 342 42.089,19 343 1.301,73

7ª 366 288.208,81 367 8.913,67 368 39.225,29 369 1.213,15

8ª 430 260.135,18 431 8.045,42 432 284.850,30 433 8.809,80

9ª 506 256.425,13 507 7.930,67 509 4.542,10 527 146.861,35

10ª 1 598.143,59 2 18.499,29 3 147.492,52 4 4.561,62

11ª 101 753.723,84 102 23.311,05

12ª 600 76.327,97 601 2.360,66

13ª 602 43.654,69 603 1.350,14

14ª 604 43.654,69 605 1.350,14

15ª 606 43.654,69 607 1.350,14

16ª a 20ª 608 634.674,61 609 19.629,11

21ª 648 595.173,59 649 18.407,43

22ª 7 3.878.334,08 8 119.948,48

23ª 63 7.581.077,56 64 234.466,32

24ª 97 6.733.073,73 98 208.239,39 101 5.252.246,09 103 162.440,60

25ª 183 1.233.439,13 184 38.147,60 185 10.821.696,78 186 334.691,65

26ª 396 56.403,69 397 1.744,44

Subtotal 23.968.193,28 741.284,31 16.626.673,82 660.947,89 Total Medido ...

R$ 41.997.099,30

Medição

Notas Fiscais - SC Trasnportes e Construções Ltda

NF Valor (R$) NF Valor (R$) NF Valor (R$) NF

Valor (R$)

3ª 293 22.615,25 294 699,44

4ª 298 203.796,29 299 6.302,98

5ª 310 1.068.687,08 311 33.052,18 312 80.573,61 313 2.491,97

6ª 329 786.440,74 330 24.322,91 331 98.208,11 332 3.037,36

7ª 341 672.487,22 355 91.525,67 343 2.830,69 344 20.798,58

8ª 364 606.982,08 367 664.650,69 368 20.556,21 369 18.772,64

9ª 383 18.504,91 384 342.676,46 385 10.598,24 386 598.325,30

10ª 400 1.395.668,38 401 43.165,00 402 344.149,21 403 10.643,80

11ª 412 54.392,44 417 1.758.688,96

Subtotal 4.829.574,39 2.965.084,29 556.916,07 654.069,65 Total Medido ...

R$ 9.005.644,40 Fonte: Processo nº 21001.000063/10-07 SEGAD/PROT-RR - Contrato nº 34/2010. Da tabela acima, nota-se que a partir da 12ª medição, somente foram emitidas notas fiscais da empresa Egesa Engenharia S.A., CNPJ: 17.186.161/0001-01, devido ao fato do 2º Termo Aditivo ao Instrumento de Constituição do Consórcio Seabra-Caleffi ter alterado a participação das empresas, ficando a Egesa Engenharia S.A. - CNPJ: 17.186.161/0001-

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01 com 99% e a responsabilidade única de emissão das notas fiscais, e a SC Transportes e Construções Ltda - CNPJ: 04.330.304/0001-78 com 1%. Como dito, a 27ª medição apresentou o valor negativo de R$ 3.546.551,70, contudo, a empresa ao receber o valor de reajustamento de R$ 1.949.453,91, ainda ficaria com déficit de R$ 1.597.097,79. Devido à inexecução parcial do contrato, em 18 de setembro de 2013, foi realizado o Termo de Rescisão Unilateral do Contrato nº 034/2010. Antes disso, em 07 de agosto de 2013, foi apresentado no Relatório de Recebimento da Obra o valor de R$ 2.538.139,59 (com o reajuste) de serviços aferidos que não poderiam ser recebidos e que deveriam ser incluídos na medição final negativa de R$ 3.546.551,70, ou seja, somadas, as glosas totalizaram o valor de R$ 6.084.691,29. Dessa forma, o valor total recebido da obra deveria ser de R$ 44.918.052,42 mais o reajustamento de R$ 1.949.453,91, em vez dos R$ 51.002.743,71 medidos e pagos. Em 31 de outubro de 2013, foi decidido que o Governo do Estado de Roraima aplicaria ao Consórcio Seabra Caleffi o que se segue:

I. Multa contratual prevista na Cláusula Sétima, Parágrafo Sétimo do Contrato nº 034 e Art. 87 da Lei nº 8.666/93, equivalente a 2% sobre o valor remanescente, ou seja, dos serviços não executados, perfazendo o valor de R$ 1.894.276,27;

II. Suspensão temporária prevista na Cláusula Décima, Parágrafo Terceiro do Contrato nº 034 e Art. 87 da Lei nº 8.666/93, do direito de participar de licitação e impedimento de contratar com a administração estadual, pelo prazo de dois anos; e

III. Pena de Ressarcimento à Administração, no valor de R$ 2.418.650,65 (sem reajuste), referente aos serviços não aceitos pela Administração, conforme Relatório da Comissão de Recebimento.

Além desses dispositivos acima descritos, o Consórcio Seabra Caleffi ainda deverá devolver aos cofres públicos a quantia de R$ 1.597.097,79 referente à diferença da 27ª Medição e do reajustamento. Dessa forma, verifica-se que a empresa deverá ressarcir ao erário o valor total de R$ 5.910.024,71 (R$ 1.894.276,27 + R$ 2.418.650,65 + R$ 1.597.097,79). Para melhor entendimento do exposto, foram solicitadas à Secretaria de Estado e Infraestrutura do Estado de Roraima (SEINF-RR), por meio da Solicitação de Fiscalização (SF) nº 04 (item 12), documentações que comprovassem o ressarcimento do valor de R$ 5.910.024,71 aos cofres públicos. A SEINF-RR, em resposta à SF 04, informou que a cobrança judicial compete à Procuradoria Geral do Estado de Roraima, que recebeu toda documentação por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 2547/2013, de 08 de novembro de 2013. Como tal informação em nada acrescenta ao já apresentado neste Relatório, voltamos a fazer a mesma solicitação por meio das SF´s nº 11 (item 29) e nº 13 (item 29 - Reiterado). A SEINF-RR, em resposta à SF nº 13, apresentou trâmites referentes ao Processo Judicial nº 0837491-74.2014.8.23.0010, que demonstram que o mesmo está concluso para decisão desde 25 de fevereiro de 2016, não havendo, portanto, mais informações sobre o caso. ##/Fato##

1.1.1.4 INFORMAÇÃO

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Informações relativas à nova licitação, contratação, execução e revisão dos serviços de restauração do Lote 1.3 da BR-174. Fato Após a rescisão unilateral do Contrato nº 34/2010, com o Consórcio Seabra Caleffi, o Governo do Estado de Roraima lançou a Concorrência nº 044/2013, para execução dos serviços remanescentes da Restauração do Lote 1.3 da BR-174, na qual se sagrou vencedora a empresa Cavalca Construções e Mineração Ltda. – CNPJ nº 79.201.539/0001-69. A tabela a seguir apresenta o resumo dos serviços remanescentes e o orçamento da Administração atualizado, em abril de 2013, no valor de R$ 98.965.242,28 para execução da obra de Restauração do Lote 1.3 da BR-174. Tabela – Resumo do Orçamento da Administração

Item Descrição VALOR (R$)

1 Inst. Manut. Canteiro de obras / Mobilização e desmobilização 1.431.430,54

2 Terraplenagem 16.361.020,99

3 Pavimentação 53.490.209,29

4 Drenagem 19.989.703,45

5 Sinalização 1.613.494,44

6 Obras Complementares 3.535.570,85

7 Meio Ambiente 2.543.812,72

Total do orçamento da administração 98.965.242,28 Fonte: Atualização de Preços para os Serviços Remanescentes – Lote 1.3 A empresa vencedora apresentou a proposta no valor de R$ 97.554.900,27, ou seja, 98,57% do valor orçado pela Administração, a seguir resumida. Tabela – Resumo da Proposta da empresa vencedora da Concorrência nº 044/2013

Item Descrição VALOR (R$)

1 Inst. Manut. Canteiro de obras / Mobilização e desmobilização 1.422.406,44

2 Terraplenagem 16.094.293,78

3 Pavimentação 53.159.551,66

4 Drenagem 19.253.753,95

5 Sinalização 1.611.524,07

6 Obras Complementares 3.469.779,65

7 Meio Ambiente 2.543.590,72

Total da proposta 97.554.900,27 Fonte: Proposta da empresa vencedora da Concorrência nº 044/2013 Em 18 de fevereiro de 2014, foi assinado o Contrato nº 011/2014 para execução dos serviços remanescentes e na mesma data, emitida a Ordem de Serviço nº 008/14. A seguir é apresentado o cronograma físico-financeiro da obra proposto pela empresa quando da ordem de serviço. Tabela – Cronograma Físico-Financeiro constante da Proposta

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Mês Medição Prevista %

Mês Medição Prevista %

1 1.523.871,76 1,56% 10 4.408.558,35 4,52%

2 6.729.398,33 6,90% 11 4.367.007,20 4,48%

3 8.849.979,13 9,07% 12 3.632.308,92 3,72%

4 10.290.903,37 10,55% 13 4.393.138,47 4,50%

5 10.316.339,27 10,57% 14 4.392.443,10 4,50%

6 9.041.781,69 9,27% 15 4.680.041,48 4,80%

7 5.285.161,18 5,42% 16 4.764.799,83 4,88%

8 5.430.198,28 5,57% 17 3.783.038,55 3,88%

9 4.934.054,64 5,06% 18 731.876,72 0,75%

Acumulado 62.401.687,65 63,97% Acumulado 97.554.900,27 100,00% Fonte: Proposta da empresa vencedora da Concorrência nº 044/2013 A tabela a seguir apresenta o resumo de todas as medições realizadas pela empresa vencedora da Concorrência nº 044/2013, em todo o exercício de 2014. Tabela- Medições em 2014

Mês Medição Executada Período %

1 286.814,69 fev/14 0,29%

2 562.767,47 mar/14 0,58%

3 449.280,88 abr/14 0,46%

4 301.795,09 mai/14 0,31%

5 195.612,83 jun/14 0,20%

6 92.860,91 jul/14 0,10%

7 165.979,63 ago/14 0,17%

8 298.738,56 set/14 0,31%

9 837.652,92 out/14 0,86%

10 558.391,34 nov/14 0,57%

11 46.212,44 dez/14 0,05%

Medido 2014 3.796.106,76 3,89%

Total 97.554.900,27 100,00% Fonte: Medições da empresa referente ao Contrato nº 011/2014. Verificou-se que a empresa contratada, Cavalca Construções e Mineração Ltda. – CNPJ nº 79.201.539/0001-69, não cumpriu, em 2014, a execução da obra de acordo com o cronograma, além de não manter equipamentos e profissionais adequados ao porte da obra no local da construção, conforme verificado in loco. Diante disso, foi solicitado à SEINF-RR, por meio da SF nº 05 (item 13) que apresentasse justificativas e/ou informasse quais medidas administrativas seriam adotadas para corrigir os dois problemas a seguir descritos:

a) Atraso no cronograma, pois em 2014 a empresa deveria ter executado o percentual de 72,97% da obra (fevereiro a novembro), correspondente a R$ 66.810.246,00 e só havia sido medido o valor de R$ 2.055.111,50 (fevereiro a agosto), ou seja, 2,11% do total. Essa situação se agravou ainda mais quando colocamos todo período de 2014, após a SF, pois a empresa deveria ter executado o percentual de 72,97% (fevereiro a dezembro) e só executou o percentual de 3,89%;

b) Pagamento desproporcional da medição dos serviços de Manutenção e Canteiro/Mobilização/Desmobilização em relação ao restante da obra produzido,

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pois houve um pagamento de serviços meio (62,09%) sem a devida execução das atividades fins (somente 1,22%).

Por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 006/2015, de 06 de janeiro de 2015, a SEINF-RR informou que a Pedreira que forneceria brita à empresa contratada foi embargada em 29 de abril de 2014 pela 1ª Brigada de Infantaria de Selva, impedindo a empresa de executar os serviços de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), e que a mesma só voltou a operar em 31 de outubro de 2014, após autorização. Além disso, com o início do período de chuvas, a execução dos serviços de terraplenagem se tornou inviável. Fatos esses que acarretaram baixa produtividade. Por esses motivos, a fiscalização da obra não solicitou as aplicações de penalidades à empresa. Como não foi respondido o item “b” acima, voltamos a solicitar tal resposta por meio da SF nº 07 (item 21). Diante disso, a SEINF-RR, por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 329/2015, de 11 de março de 2015, informou que foram pagos os serviços de mobilização e aqueles referentes à manutenção do canteiro, pois apesar de pouca produtividade a empresa mantinha funcionários no local, tais como equipe de Obras de Arte Correntes (AOC), de terraplenagem, lançamento de capa asfáltica, laboratório e topografia. Informou também que a empresa já tinha executado mais de 10% do contrato em duas medições (janeiro e fevereiro) e ainda não havia recebido. Fato esse que foi posteriormente verificado conforme a tabela a seguir, das medições em 2015. Tabela- Medições em 2015

Mês Medição Executada Período %

12 4.790.360,17 jan/15 4,91%

13 2.743.598,84 fev/15 2,81%

14 7.138.476,26 mar/15 7,32%

15 7.146.266,55 abr/15 7,33%

16 1.344.843,89 mai/15 1,38%

17 2.010.079,07 jun/15 2,06%

18 1.399.170,89 jul/15 1,43%

19 2.678.434,88 ago/15 2,75%

20 4.017.534,79 set/15 4,12%

21 351.704,47 out/15 0,36%

22 5.914.554,46 nov/15 6,06%

Medido 2015 39.535.024,27 40,53%

Total 97.554.900,27 100,00% Fonte: Medições da empresa referente ao Contrato nº 011/2014. Ocorre que o Item 1 - Manutenção do canteiro/desmobilização continuou sendo medido em desacordo com a proporcionalidade de execução da obra, chegando em 100%, ou seja, foi pago o valor de R$ 1.001.602,04 de manutenção de canteiro e R$ 420.804,40 de Mobilização, totalizando o valor de R$ 1.422.406,44 de atividade meio, enquanto a empresa produziu em atividade fim, somente o percentual de 44,42%, equivalente a R$ 43.331.131,03. Demonstrando que não houve uma preocupação da fiscalização da obra em manter as medições do Item 1 (manutenção do canteiro) de acordo com o cronograma executado, o que poderá gerar um prejuízo caso a empresa desista da obra.

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Em junho de 2014, foi apresentado o primeiro relatório de revisão em fase de obras com o objetivo principal de abordar as modificações procedentes, os ajustes decorrentes, os critérios e conceitos empregados, bem como os reflexos financeiros no custo de execução das obras, tendo como base o projeto original elaborado pela Strata Engenharia Ltda. Nesse relatório foi apresentada uma análise técnica da reavaliação do estado geral da superfície do pavimento CBUQ binder, com reflexo financeiro positivo, pois houve uma degradação acelerada devido ao prolongado período chuvoso e a faixa B ter ficado exposta ao tráfego de veículos sem a camada de fechamento CBUQ Capa. A tabela a seguir apresenta o resumo desses reflexos financeiros. Tabela – Resumo dos reflexos financeiros – 1ª Revisão em fase de obras

Item Descrição Contrato (R$) 1ª Revisão (R$)

Reflexo (R$) Reflexo (%$)

1 Inst. Manut. Canteiro de obras 1.001.602,04 1.001.602,04 0,00 0,00%

2 Mobilização/Desmobilização 420.804,40 420.804,40 0,00 0,00%

3 Terraplenagem 16.094.293,78 16.094.293,78 0,00 0,00%

4 Pavimentação 53.159.551,66 61.869.455,66 8.709.904,00 16,38%

5 Drenagem 19.253.753,95 19.253.753,95 0,00 0,00%

6 Sinalização 1.611.524,07 1.611.524,07 0,00 0,00%

7 Obras Complementares 3.469.779,65 3.469.779,65 0,00 0,00%

8 Meio Ambiente 2.543.590,72 2.543.590,72 0,00 0,00%

Total ... (R$) 97.554.900,27 106.264.804,27 8.709.904,00 8,93% Fonte: 1ª Revisão de Projeto em Fase de Obras Verifica-se que só houve reflexo no Item Pavimentação, no valor de R$ 8.709.904,00. Os principais serviços, que equivalem a 82,07% do reflexo, são apresentados na tabela a seguir. Tabela – Principais serviços do reflexo em pavimentação

Principais Serviços do reflexo financeiro da 1ª Revisão de Projetos em Fase de Obras

Unid. 82,07% do Reflexo total

Quant. Pr. Unit. (R$) Valor (R$) CBUQ - Reposição de fresagem (Faixa "C") ton 13.473,59 132,01 1.778.648,35

CBUQ - Reperfilagem (Faixa "C") ton 12.002,13 132,01 1.584.400,92

CBUQ - Capa de rolamento (Faixa "B") ton 1.153,98 121,11 139.758,28

Remendo profundo com demolição mecânica m³ 769,70 352,77 271.528,48

Fresagem descontínua revest. Betuminoso m³ 5.613,99 197,21 1.107.135,17 Tratamento superficial simples c/ polimero - Cart

m² 87.986,86 1,65 145.178,32

Reciclagem c/cimento, e incorp. Revest. Asfa. Inf. a 5 cm

m³ 14.466,98 128,64 1.861.032,31

Pintura de ligação m² 248.634,83 0,18 44.754,27

Transporte de CAP 50/70 t 975,83 221,11 215.764,89

Valor representado ... R$ 7.148.200,97 Fonte: 1ª Revisão de Projeto em Fase de Obras Da tabela acima, nota-se que foram colocados alguns serviços novos não previstos no contrato inicial, tais como: remendo profundo com demolição mecânica, fresagem descontínua com revestimento betuminoso e Reperfilagem em CBUQ (faixa C). Esses serviços foram acrescentados para recuperar os trechos onde o Binder estava degradado.

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Durante a fiscalização in loco, verificou-se juntamente com a empresa supervisora da obra que estão sendo realizados novos levantamentos para realização da 2ª Revisão de Projeto em fase de obras. Nesse sentido, foi solicitado à supervisora da obra, por meio da SF Campo nº 03, de 03 fevereiro de 2016, que fossem apresentados os estudos dessa revisão. Além disso, por meio da SF nº 10 (item 28), foi solicitado à SEINF/RR que apresentasse os estudos da próxima readequação de projeto em fase de obras referente aos serviços remanescentes. Em resposta, a empresa Supervisora, por meio do expediente OSO 007/2016, de 15 de fevereiro de 2016, enviou apenas uma relação de reparos extras no pavimento. A SEINF/RR, por sua vez, por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 265/2016, de 19 de fevereiro de 2016, enviou a minuta de planilha orçamentária que indicava que seria aditivado o valor de R$ 16.401.948,23 nessa 2ª Revisão em Fase de Obras e que foi aditivado o valor de R$ 9.845.337,30 na 1ª Revisão, valor este diferente do realmente aditivado de R$ 8.709.804,00. A tabela a seguir apresenta o resumo dos reflexos financeiros da minuta da 1ª e 2ª Revisão em fase de obras dos serviços remanescentes do Lote 1.3 da BR-174. Tabela – Resumo dos reflexos financeiros – 1ª e 2ª Revisões em fase de obras

Item Descrição Contrato (R$) 1ª Revisão

(R$) 2ª Revisão

(R$) Reflexo no

contrato (R$) Reflexo

(%)

1 Inst. Manut. Canteiro de obras

1.001.602,04 1.001.602,04 1.001.602,04 0,00 0,00%

2 Mobilização/ Desmobilização

420.804,40 420.804,40 420.804,40 0,00 0,00%

3 Terraplenagem 16.094.293,78 16.094.293,78 22.675.170,67 6.580.876,89 40,89% 4 Pavimentação 53.159.551,66 61.869.455,66 68.075.913,90 14.916.362,24 28,06% 5 Drenagem 19.253.753,95 19.253.753,95 23.915.830,29 4.662.076,34 24,21% 6 Sinalização 1.611.524,07 1.611.524,07 1.699.494,13 87.970,06 5,46%

7 Obras Complementares

3.469.779,65 3.469.779,65 3.469.779,65 0,00 0,00%

8 Meio Ambiente 2.543.590,72 2.543.590,72 2.543.590,72 0,00 0,00% Total ... (R$) 97.554.900,27 106.264.804,27 123.802.185,80 26.247.285,53 26,91%

Fonte: Minuta da planilha orçamentária da 2ª Revisão de Projeto em fase de obras Diante disso, passamos a analisar tal revisão e encontramos as seguintes incongruências: Relativas aos serviços previstos no Item 2.0 – Terraplenagem: Aumento de quantitativos em mais de 90% no subitem 2.25 - Compactação de aterro 95% PN; e em mais de 10% no subitem 2.26 – Compactação de aterro 100% PN, além do aumento de quantitativos em todos os serviços de Escavação, Carga e Transporte em material de 1ª Categoria com escavadeira, inclusive com aumentos de mais de 800% em alguns subitens, ambos sem justificativa técnica plausível e em afronta ao projeto executivo e remanescente da obra. Com relação aos serviços de escavação, esse aumento foi equivocado a ponto de o fator de empolamento que era aproximadamente 30% (conforme projeto executivo) passar para aproximadamente 50%, conforme tabela a seguir.

Tabela – Fator de empolamento – Contrato, 1ª e 2ª Revisões em fase de obras Código Serviço unid. Contrato

original 1ª Revisão 2ª Revisão

Quantidades 2.4 ESC. CARGA TRANSP. MAT 1ª

CAT DMT 50 M M³ 222.630,440 222.630,440 222.630,440

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Código Serviço unid. Contrato original

1ª Revisão 2ª Revisão Quantidades

2.5 50 A 200 M M³ 44.861,500 44.861,500 424.861,500

2.6 200 A 400 M M³ 27.060,470 27.060,470 52.060,470

2.7 400 A 600 M M³ 16.542,110 16.542,110 51.542,110

2.8 600 A 800 M M³ 7.717,890 7.717,890 57.717,890

2.9 800 A 1000 M M³ 23.341,180 23.341,180 58.341,180

2.10 1000 A 1200 M M³ 9.303,760 9.303,760 69.303,760

2.11 1200 A 1400 M M³ 4.920,300 4.920,300 39.920,300

2.12 1400 A 1600 M M³ 27.953,900 27.953,900 72.953,900

2.13 1600 A 1800 M M³ 2.176,550 2.176,550 21.176,550

2.14 1800 A 2000 M M³ 8.750,260 8.750,260 18.750,260

2.15 2000 A 3000 M M³ 146.891,380 146.891,380 176.891,380

2.16 3000 A 5000 M M³ 107.660,080 107.660,080 152.660,080

2.17 DMT > 5000M M³ 256.133,110 256.133,110 291.133,110

2.25 COMPACTAÇÃO DE ATERRO 95 % PN

M³ 459.693,930 459.693,930 890.000,000

2.26 COMPACTAÇÃO DE ATERRO 100 % PN

M³ 230.280,670 230.280,670 255.000,000

Empolamento 31,30% 31,30% 49,34% Fonte: Minuta da planilha orçamentária da 2ª Revisão de Projeto em fase de obras

Relativas aos serviços previstos no Item 3.0 – Pavimentação: Aumento de quantitativos do CBUQ – Capa de Rolamento não condizente com o projeto executivo, pois a soma dos serviços previstos nos itens 3.1.1.1, 3.1.4.1, 3.1.7.1, 3.2.1.1, 3.4.2, 3.5.1 e 3.6.1 deve se manter constante, a não ser que se comprove com alterações de largura de pista ou trajeto da rodovia. No contrato original esses serviços somam 87.432,00 toneladas e na 2ª Revisão somam 91.507,58 toneladas;

Relativas ao valor aditivado ao contrato original: O Contrato original para os serviços remanescentes de restauração do Lote 1.3 da BR-174 teve o valor acertado de R$ 97.554.900,27. Na 1ª Revisão em Fase de Obras houve um acréscimo de valor de R$ 9.845.337,30, ou seja, 10,09% do valor original. Na minuta da 2ª Revisão em Fase de Obras está previsto um novo acréscimo ao contrato no valor de R$ 16.401.948,23, ou seja, 16,81% do valor original. Esses valores somados chegam a 26,90% do valor original do contrato, o que contraria a lei de licitações em seu § 2º combinado § 1º, ambos do Art. 65, pois o aditivo não poderá ultrapassar o valor de 25% do contrato.

Diante dessas incongruências, solicitamos, por meio da SF nº 14 (item 35), que a SEINF/RR apresentasse as justificativas necessárias para as alterações citadas com os devidos demonstrativos que comprovem a necessidade técnica de tais alterações e as correções dos equívocos existentes. Por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 393/2016, de 08 de março de 2016, a SEINF/RR informou que:

Relativas aos serviços previstos no Item 2.0 – Terraplenagem: Foram encontradas divergências no projeto de terraplenagem, a exemplo do escalonamento que apenas foi considerado um degrau de 1,5m em toda extensão do trecho, fato que não condiz com a realidade, gerando esse grande aumento nos quantitativos; e que foram encaminhados apenas os estudos preliminares à CGU, sem as devidas memórias de cálculo e seções,

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pois a 2ª Revisão ainda está sendo elaborada. Ademais, o empolamento permanecerá o de projeto (30%), e que os questionamentos da CGU serão repassados à supervisora para as providências e correções no caderno de revisão;

Relativas aos serviços previstos no Item 3.0 – Pavimentação: Esse aumento se deu devido a uma solução visando a segurança dos usuários, adotada nos demais lotes, nos bordos externos das curvas, passando a largura para 9,5 m nesses trechos;

Relativas ao valor aditivado ao contrato original: A planilha da 2ª Revisão apresentou um erro no reflexo financeiro da 1ª Revisão, pois o seu valor correto foi de R$ 8.709.904,00, o que representa 8,93% do valor original do contrato; e que a 2ª Revisão ainda será concluída, em um prazo aproximado de 60 dias, e apresentará todas as correções necessárias e os devidos cálculos quando do encaminhamento ao DNIT, e que após conclusão será disponibilizada a 2ª Revisão digitalizada para a CGU.

Do exposto, verifica-se que haverá outro aditivo de valor ao Contrato nº 011/2014, no qual a minuta da 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras apresentou diversas inconsistências que foram apontadas pela equipe de fiscalização desta CGU Regional em Roraima.

##/Fato##

1.1.1.5 CONSTATAÇÃO Incompatibilidade de medições gerando potencial prejuízo de R$ 415.720,30 referente aos serviços remanescentes da obra de restauração do Lote 1.3 da BR-174. Fato Durante a análise do documento intitulado Atualização de Preços para Serviços Remanescentes (Abril/2013), realizada pela empresa Strata Engenharia Ltda, verificaram-se incongruências em medições de serviços que deveriam ter iguais volumes. Tal fato, pode ter ocorrido por dois motivos, ou um dos serviços foi medido a maior; ou um dos serviços foi medido a menor. Para melhor entendimento, apresentaremos a tabela a seguir que explica essa igualdade de volumes, e os devidos serviços explicitados. Tabela – Solos Moles x Camada Drenante de Areia

Contrato Anterior

Descrição Projeto Executivo - Fev 2011 1º Revisão da obra - Ago 2011

Quant (m³) Pr. Unit

(R$) Valor (R$) Quant (m³)

Pr. Unit (R$)

Valor (R$)

Esc. Carga transp. Solos Moles

51.451 846.587,57 51.451 1.009.108,06

50 a 200 m 13.890,00 15,94 221.406,60 - 15,86

200 a 400 m 22.548,00 17,16 386.923,68 5.047,00 17,07 86.152,29

400 a 600 m 5.608,30 17,68 99.154,74 990,00 17,68 17.503,20

600 a 800 m 5.522,00 18,28 100.942,16 1.808,00 18,28 33.050,24

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800 a 1000 m 1.955,94 19,51 38.160,39 19,51

1000 a 1200 m 1.326,40 319,00 19,57 6.242,83

1400 a 1600 m 150,00 2.789,00 19,86 55.389,54

1600 a 1800 m 450,00 40.498,00 20,02 810.769,96

Camada Drenante de Areia

51.451 135,56 6.974.697,56 51.451 44,76 2.302.946,76

Contrato Atual

Descrição Remanescente - Abr 2013 1º Revisão Remanescente - Jun 2014

Quant (m³) Pr. Unit

(R$) Valor (R$) Quant (m³)

Pr. Unit (R$)

Valor (R$)

Esc. Carga transp. Solos Moles

43.662,25 935.256,90 43.662,25 932.485,96

600 a 800 m 56,25 19,28 1.084,50 56,25 19,28 1.084,50

1000 a 1200 m 319,00 20,91 6.670,29 319,00 20,89 6.663,91

1400 a 1600 m 2.789,00 21,09 58.820,01 2.789,00 20,97 58.485,33

1600 a 1800 m 40.498,00 21,45 868.682,10 40.498,00 21,39 866.252,22

Camada Drenante de Areia

24.281,35 61,69 1.497.916,48 24.281,35 57,18 1.388.407,59

Fonte – Projeto e Revisões da obra de restauração do Lote 1.3 da BR-174 A tabela acima apresenta duas situações distintas, a primeira referente ao contrato anterior e a segunda referente ao contrato vigente. Na primeira, nota-se que o volume de Escavações, Carga e Transporte de solos moles é de 51.451 m³ e o volume de Camada Drenante de Areia é o mesmo, pois são serviços que devem ser executados de forma conjunta, pois se retira o solo mole imprestável de um determinado local e esse local é preenchido com areia. Da análise das medições desse primeiro contrato, verificou-se que foram medidos o volume de 27.169,65 m³ de camada drenante de areia e o volume de 7.788,75 m³ de Escavação, Carga e Transportes de Solos Moles nas DMTS´s 200 a 400, 400 a 600, e 600 a 800, ou seja, houve uma diferença de 19.380,90 (27.169,65 – 7.788,75) m³ a maior no volume de camada drenante de areia, que representa o valor de R$ 867.489,08 (19.380,90m³ x R$44,76/m³) a preços iniciais do contrato. Diante disso, foi solicitado à SEINF/RR, por meio da SF nº 14 (item 34), que apresentasse justificativas para essa diferença e documentação que comprovasse com exatidão a execução desse volume de camada drenante de areia, pois a mesma só poderia ser executada nos locais onde os solos moles foram retirados. Em reposta, a SEINF/RR, por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 393/2016, de 08 de março de 2016, apresentou uma planilha intitulada Distribuição do Solo Mole Executado pelo Consórcio Seabra-Caleffi. Nessa planilha, foi informado que o volume total executado na DMT de 50 a 200 foi de 1.130,79 m³, de 200 a 400 foi de 22.395,15 m³, de 400 a 600 foi de 2.051,21 m³, e de 600 a 800 foi de 1.592,50 m³, totalizando o volume de 27.169,65 m³. Informou ainda que somente foram medidos os serviços nas DMT´s previstas na 1ª Revisão, ou seja, foram medidos somente o volume de 5.047 m³ na DMT 200 a 400, pois a empresa deixou de medir o volume de 17.348,15 m³; o de 990 m³ na DMT de 400 a 600, pois a empresa deixou de receber o volume de 1.061,21 m³; o de 1.751,75 m³ na DMT 600 a 800, pois aqui a empresa mediu o volume a maior de 159,25 m³; e não foi medido o volume de 1.130,79 m³ na DMT de 50 a 200. No entanto, nesse primeiro contrato, quando comparamos os volumes previstos no projeto executivo e aqueles previstos na 1ª Revisão, podemos perceber que foram retirados e/ou

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diminuídos os volumes dos serviços de escavação e carga nas DMT´s de 50 a 200, 200 a 400, 400 a 600, 600 a 800, 800 a 1000, e 1000 a 1200. Em compensação foram aumentados os volumes desses serviços nas DMT´s de 1400 a 1600, e 1600 a 1800, ou seja, foram retirados serviços necessários e acrescentados serviços que depois foram verificados desnecessários, tanto que não foram medidos. E este fato, conforme informações da SEINF/RR, implicou na medição a menor dos volumes de escavação, carga e transporte de solos moles. Então, pela manifestação da SEINF/RR, ocorreu o segundo motivo dito no início desta constatação, qual seja, um dos serviços foi medido a menor. Ocorre, que esta CGU Regional não pode acatar essa manifestação, pois se tais serviços de escavação deixaram de ser medidos por não haver previsão deles na 1ª Revisão, e se eles realmente foram executados, porque estão presentes no contrato vigente? E porque não foram suprimidos na 1ª Revisão Remanescente? Diante disso, existe na 1ª revisão dos serviços remanescentes, no mínimo, o volume de 19.380,90 m³ (43.662,25 – 24.281,35) de Escavação, Carga e Transporte de Solos Moles que devem ser suprimidos na próxima revisão. Essa supressão deverá representar o valor de R$ 414.557,45 (19.380,90x21,39). ##/Fato##

Causa Previsão de quantitativos de serviços que não deveriam constar no orçamento dos serviços remanescente da obra. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 596/2016, de 11 de abril de 2016, a SEINF-RR apresentou a seguinte manifestação: “A 1ª revisão em fase de obras realizada pela Supervisora Strata Engenharia Ltda. buscou adequar a necessidade de execução dos serviços de camada drenante, no entanto quando da execução dos serviços verificou-se que os mesmos foram executados em distâncias de transporte menores que o previsto em projeto, como já explicado anteriormente através do Ofício 393/2016 desta secretaria. Sendo assim os quantitativos que não foram efetivamente executados permaneceram nos quantitativos do projeto remanescente, pois como ainda teria serviços de terraplanagem a serem executados os mesmos poderiam se tornar necessários e poderiam ser executados e medidos pela nova contratada. Porém ocorre que o contrato atual já está na 23ª medição e a terraplenagem já está com aproximadamente 70% executada e relativo a este item somente foi medido e devidamente comprovado com memória de cálculo e relatório fotográfico o valor de R$ 125.496,35 divididos entre as distâncias de 1000 a 1200m, 1400 a 1600m e 1600 a 1800m, sendo que atualmente a terraplenagem encontra-se com os trechos restantes todos com o corpo de aterro já iniciados, ou seja, não haverá mais execução de camada drenante, sendo assim todos os quantitativos referente a este serviço e escavação de solos moles restantes no projeto serão devidamente suprimidos dos quantitativos na 2ª Revisão em fase de obras, que quando estiver concluída e devidamente aprovada junto ao DNIT, será encaminhada a esta controladoria para as devidas verificações das solicitações feita a esta fiscalização.”

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Em resposta ao Ofício nº 11688/2016/CGU-Regional/RR/CGU-PR, de 18 de maio de 2016, a SEINF, por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 997/2016, de 25 de maio de 2016, adicionou a seguinte informação: “Já está sendo devidamente suprimidos os quantitativos aqui citados na 2º Revisão em fase de obras, como já havíamos informado em resposta anterior, e quando a revisão for devidamente concluída e aprovado junto ao DNIT será encaminhada cópia a esta controladoria.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno Verifica-se pela própria manifestação do gestor que o erro persiste, ou seja, existem quantitativos que deveriam ter sido suprimidos na 1ª Revisão Remanescente, ou antes, quando do levantamento dos serviços remanescentes, e não foram. Dessa forma, como já exposto no fato, existe uma diferença mínima de 19.380,90 m³ (43.662,25 – 24.281,35) de Escavação, Carga e Transporte de Solos Moles que deverão ser suprimidos na próxima revisão do remanescente. Essa supressão deverá representar o valor mínimo de R$ 414.557,45 (19.380,90x21,39). Portanto, esta constatação será mantida até a comprovação documental dessa supressão. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Que o DNIT apresente nova readequação de projeto e/ou orçamento que corrija os itens superestimados na readequação dos serviços remanescentes da obra de restauração do Lote 1.3 da BR-174. 1.1.1.6 CONSTATAÇÃO Alteração do local da usina de asfalto e realização de serviço diferente do contratado, acarretando vantagem indevida à empresa contratada Cavalca Construções e Mineração Ltda - CNPJ: 79.201.539/0001-69, com pagamento indevido de R$ 343.537,29 e prejuízo potencial de R$ 550.791,90. Fato Durante a fiscalização in loco da Obra Remanescente de Restauração do Lote 1.3 da BR-174, objeto do Contrato nº 011/2014, referente à Concorrência nº 044/2013, na qual sagrou-se vencedora a empresa Cavalca Construções e Mineração Ltda. – CNPJ nº 79.201.539/0001-69, foi verificado que o local da usina de asfalto (UA) não estava de acordo com aquele previsto no projeto constante da referida Concorrência. Diante disso, solicitou-se à empresa supervisora da Obra Remanescente de Restauração do Lote 1.3 da BR-174, objeto do Contrato nº 011/2014, Direção Consultoria e Engenharia – CNPJ: 32.963.001/0001-28, por meio da SF Campo nº 002 (item 07), que apresentasse todas as DMT´s novas referentes à nova localização da usina de asfalto, com suas respectivas memórias de cálculo, indicando o impacto financeiro na obra. Posteriormente, solicitou-se à SEINF/RR, por meio da SF nº 007 (item 20), que apresentasse um estudo completo de DMT´s considerando a nova posição da UA, mesmo local do britador (coordenadas N 01º 04´ 19,3´´; W 060º 22´ 49,0´), demonstrando os respectivos impactos financeiros. Tanto a resposta da SEINF/RR, por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 329/2015, de 11 de março de 2015, quanto a resposta da empresa Supervisora Direção Consultoria e Engenharia, por meio do expediente OSO 018/2015, de 25 de fevereiro de

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2015, não foram satisfatórias, pois apenas apresentaram as DMT´s sem os respectivos impactos financeiros. Em nova fiscalização in loco, nas datas de 02 a 04 de fevereiro de 2016, verificou-se que a UA se encontrava em outro local, diferente daquele previsto em projeto e da localização anteriormente utilizada em 2014 e 2015. Dessa forma, por meio da SF Campo nº 003 (item 05), solicitou-se à empresa supervisora o cálculo das novas DMT´s dos insumos brita e areia até o local da usinagem, demonstrando se houve ou não acréscimo financeiro em função dessas modificações, contemplando as situações descritas. Em resposta a essa SF, por meio do expediente OSO 007/2016, de 15 de fevereiro de 2016, a empresa supervisora emitiu uma Nota Técnica que recalculou as DMT´s e as composições unitárias dos serviços de CBUQ Capa e Binder nas três situações descritas, quais sejam, localização da UA em 2014/2015, localização da UA em 2016, e localização da UA conforme projeto, e apresentou o seguinte quadro resumo de preços. Quadro – Resumo comparativo de preços

Serviços Und Qtde

1ª Situação (2014/2015)

2ª Situação (2016) 3ª Situação (projeto)

UA + Pedreira Estaca 11.370

UA + Pedreira Estaca 10.870

UA 10.905 + Pedreira 10.870

Unit Pr. Total Unit Pr. Total Unit Pr. Total CBUQ Capa

T 87.432,00 124,30 10.867.797,60 125,56 10.977.961,92 132,01 11.541.898,32

CBUQ Binder

T 68.086,19 120,28 8.189.406,93 120,62 8.212.556,24 121,11 8.245.918,47

Transporte CAP 50/70

T 9.554,37 224,46 2.144.573,89 220,03 2.102.248,03 221,11 2.112.566,75

Total .... R$ 21.201.778,42 21.292.766,19 21.900.383,54 Fonte: Nota Técnica anexa ao OSO 007/2016, de 15 de fevereiro de 2016. Do quadro acima, verifica-se que haverá vantagem indevida, em quaisquer das situações descritas, para a empresa contratada. Com relação aos serviços já pagos de CBUQ capa e binder, em 2014 e 2015, a empresa recebeu indevidamente o valor de R$ 303.787,46, conforme tabela a seguir. Tabela – Serviços pagos considerando a DMT com a UA na estaca 11.370

Serviços Und Qtde Paga

1ª Situação (2014/2015) 3ª Situação (projeto)

UA + Pedreira Estaca 11.370

UA 10.905 + Pedreira 10.870 Projeto Remanescente

Unit Pr. Total Unit Pr. Total

CBUQ Capa T 37.279,25 124,30 4.633.810,78 132,01 4.921.233,79

CBUQ Binder T 34.926,75 120,28 4.200.989,97 121,11 4.229.979,18

Transporte CAP 50/70

T 3.768,59 224,46 845.896,59 221,11 833.271,83

Total .... R$ 9.680.697,34 9.984.484,80

Diferença .... R$ 303.787,46

Com relação aos serviços que serão ainda pagos de CBUQ capa e binder, em 2016, há um potencial prejuízo de R$ 510.762,43, considerando somente a 1ª Revisão de projetos em fase de obra, conforme tabela a seguir.

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Tabela – Potencial prejuízo considerando a DMT com a UA na estaca 10.870

Serviços Und Qtde a pagar

2ª Situação (2016) 3ª Situação (projeto)

UA + Pedreira Estaca 10.870

UA 10.905 + Pedreira 10.870 Projeto Remanescente

Unit Pr. Total Unit Pr. Total

CBUQ Capa T 75.414,25 125,56 9.469.013,73 132,01 9.955.435,67

CBUQ Binder T 34.869,97 120,62 4.206.016,14 121,11 4.223.102,43

Transporte CAP 50/70

T 6.716,86 220,03 1.477.910,93 221,11 1.485.165,14

Total .... R$ 15.152.940,80 15.663.703,24

Diferença .... R$ 510.762,43 Ressalta-se que com o aumento dos serviços de CBUQ Capa e Binder na 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras esse prejuízo potencial será maior. Durante as fiscalizações in loco, e em conversa com a supervisora da obra, foi verificado que não houve execução do serviço denominado Arenado Asfáltico, que é composto do serviço de imprimação com posterior lançamento de areia. Na prática, só ocorreu o serviço de imprimação. Nesse sentido, foi pago indevidamente o valor de R$ 39.749,83, e considerando os quantitativos da 1ª Revisão em Fase de Obras, há potencial prejuízo de R$ 40.029,47, conforme tabela a seguir. Tabela – Pagamento indevido e potencial prejuízo referente ao Arenado Asfáltico

Preços de contrato e quantitativos da 1ª Revisão

Itens Descrição Unid. 1ª Revisão Medido Acumulado

P.Unit. Quant. Valor (R$)

Quant. Valor (R$)

3.1.1.5 Arenado asfáltico m² 0,32 98.980,000 31.673,60 99.120,000 31.718,40

3.1.4.4 Arenado asfáltico m² 0,32 32.005,240 10.241,68 31.900,240 10.208,08

3.3.2 Arenado asfáltico m² 0,32 452.697,690 144.863,26 174.437,700 55.820,06

3.4.3 Arenado asfáltico m² 0,32 4.584,000 1.466,88

3.6.2 Arenado asfáltico m² 0,32 25.420,000 8.134,40 310,000 99,20

Total Arenado asfáltico m² 0,32 613.686,930 196.379,82 305.767,940 97.845,74

Preços de contrato sem areia (só imprimação) e quantitativos da 1ª Revisão

Total Arenado asfáltico m² 0,19 613.686,930 116.600,52 305.767,940 58.095,91

Diferença de preços com quantitativos da 1ª Revisão - Valor pago indevidamente

Total Arenado asfáltico R$ 0,13 305.767,940 39.749,83

Diferença de preços com quantitativos da 1ª Revisão - Potencial prejuízo

Total Arenado asfáltico R$ 0,13 307.918,990 40.029,47 Os valores acima foram calculados considerando os preços previstos no contrato, portanto não apresentam os valores corrigidos. De todo exposto, verifica-se que houve pagamento indevido de R$ 343.537,29 (303.787,46 + 39.749,83) e que há potencial prejuízo de R$ 550.791,90 (510.762,43 + 40.029,47). ##/Fato##

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Causa Execução de serviços em desacordo com o projeto executivo e alteração do local da Usina de Asfalto. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 596/2016, de 11 de abril de 2016, a SEINF-RR apresentou a seguinte manifestação: “Temos a informar que, após o envio da última nota técnica da supervisora que serviu de embasamento para nossa resposta ao CGU, que serviu de base para os cálculos apresentados por esta controladoria para demonstrar os valores supostamente pagos indevidamente devido a mudança do local da pedreira assim como do canteiro industrial no período de 2014 e 2015, esta fiscalização juntamente com a supervisora ao analisar o novo questionamento da CGU citado no item 037 voltou a verificar os cálculos e composições apresentadas, onde podemos verificar que houve um equívoco ao fazer a composição de preços do CBUQ faixa “B” e “C” com os novos DMT´s, pois erroneamente no DMT do filler não foi incluído o DMT de rodovia pavimentada, assim como foi mantido o DMT de não pavimentada de projeto, o que acarretou numa redução de R$ 6,07 indevidamente do preço da composição do CBUQ Faixa “C”, sendo assim apresentamos abaixo os quadros resumos com os devidos ajustes nas composições de preços, sendo assim demonstramos abaixo as novas condições a serem consideradas:

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Sendo assim o valor demonstrado na 1ª situação será devidamente glosado em medição para regularização dos valores pagos, e a 2ª situação trata-se das condições que serão incluídas na 2ª revisão em fase de obras, ou seja quando da aprovação da 2ª revisão será feito uma medição de repactuação e todo o quantitativo medido de CBUQ e transporte de material betuminoso será devidamente estornado e medido com o novo preço o que acarretará na eliminação não só da diferença sobre o saldo a medir como também nas quantidades já medidas, visando assim evitar qualquer dano ao erário. No que se refere ao item arenado asfáltico, ocorreu que quando da confecção da 1ª revisão em fase de obras não foi incluído o serviço de imprimação, deste modo este serviço não existe em planilha e então para dar celeridade a obra adotou-se medir o serviço de arenado até a aprovação da 2ª revisão, onde o serviço de imprimação será devidamente incluído, e assim será estornado todo o quantitativo de arenado que foi pago e será medido o serviço de imprimação, sendo que este ajuste só poderá ser feito quando aprovada a 2ª revisão em fase de obras, mas que atenderá a solicitação da controladoria e não acarretará em valores pagos indevidamente, salientamos ainda que a diferença de preços da empresa gera uma diferença de R$ 0,08 por m² conforme demonstrado na composição em anexo, deste modo o valor pago indevidamente até que seja repactuado os preços na 2ª revisão é de R$ 24.461,43 e o valor referente ao saldo do projeto seria de R$ 24.633,51 que será devidamente ajustado na 2ª revisão como já esclarecido acima. Informamos ainda que todas estas adequações serão incluídas na 2ª revisão que será encaminhada quando devidamente aprovada pelo DNIT à esta controladoria.” Em resposta ao Ofício nº 11688/2016/CGU-Regional/RR/CGU-PR, de 18 de maio de 2016, a SEINF, por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 997/2016, de 25 de maio de 2016, adicionou a seguinte informação: “Estes itens serão devidamente adequados na revisão tanto no que se refere aos DMT´s assim como na supressão do item filler (cimento) na composição do CBUQ, bem como a inclusão da imprimação e supressão do arenado asfáltico, deste modo quando a revisão for aprovada, será elaborada uma medição de repactuação onde todos os itens medidos com os novo valores, visando assim que não ocorra nenhum dano ao erário assim como também não ocorra pagamentos indevidos no decorrer das conclusões destes serviços.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A SEINF-RR alega que os valores que serviram para o embasamento desta constatação, utilizados pela CGU estavam equivocados, ou seja, alega equívoco nos valores das composições de CBUQ faixa “B” e “C” calculados pela Supervisora Direção Consultoria e Engenharia e apresentados na nota técnica anexa ao expediente OSO 007/2016, de 15

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de fevereiro de 2016. Assim, a SEINF–RR informa que houve erro na DMT do filler, pois não foi incluída a DMT de rodovia pavimentada, que acarretou em uma redução indevida de R$ 6,07 no preço do CBUQ faixa “C”. Dessa forma, a SEINF-RR apresenta novas composições unitárias para o CBUQ faixa “C”, na 1ª Situação (2014/2015) no valor de R$ 130,37, que informa uma DMT para rodovia pavimentada do filler de 500,40 km, e na 2ª situação (2016) no valor de R$ 131,38, que informa uma DMT para rodovia pavimentada do filler de 491,00 km. Primeiramente, cabe ressaltar que esta CGU analisou todos os cálculos referentes ao expediente OSO 007/2016, de 15 de fevereiro de 2016, e concordou com os mesmos, por isso utilizou como embasamento. Com relação às DMT´s apresentadas pela SEINF-RR, de 500,40 km e 491,00 km, ambas não guardam consonância com a execução e orçamento da obra, pois a massa de CBUQ da obra não utiliza o insumo cimento como filler, fato comprovado durante a fiscalização in loco desta CGU e conforme informações dos engenheiros da obra, supervisores, fiscais e executores. Portanto, o insumo utilizado como filler é da própria pedreira (pó de brita) conforme atestado pelos ensaios apresentados do CBUQ e composição unitária de usinagem do CBUQ faixa “C” apresentada pela empresa. Dessa forma, não há que ser falar em DMT de rodovia pavimentada para o filler e por isso a constatação está mantida, ou seja, houve pagamento indevido com relação aos serviços de CBUQ capa e binder, em 2014 e 2015, no valor de R$ 303.787,46, e há potencial prejuízo com relação aos serviços que serão ainda pagos de CBUQ capa e binder, em 2016, no valor de R$ 510.762,43. Sobre o serviço de arenado asfáltico, a SEINF-RR informa que o valor da diferença entre as composições de arenado asfáltico e de imprimação é de R$ 0,08, e apresentou uma composição de imprimação no valor de R$ 0,24. Esta CGU acata esse valor e concorda com os valores apresentados pela SEINR-RR de R$ 24.461,43 pagos indevidamente e de potencial prejuízo de R$ 24.633,51. Do exposto, houve pagamento indevido de R$ 328.248,89 (303.787,46 + 24.461,43) e há potencial prejuízo de R$ 535.395,94 (510.762,43 + 24.633,51). ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Que o DNIT apresente nova readequação de projeto e/ou orçamento que demonstre as corretas DMT´s da obra, principalmente com relação as novas localizações da usina de asfalto nos anos de 2014, 2015 e 2016, com decorrentes ajustes nas composições unitárias dos serviços de CBUQ Capa e Binder, bem como a inclusão do serviço de imprimação em detrimento do serviço não realizado de arenado asfáltico, de maneira a corrigir de forma imediata o pagamento realizado indevidamente de R$ 328.248,89 e a evitar o prejuízo potencial de R$ 535.395,94. 1.1.1.7 CONSTATAÇÃO Provável alteração na forma de obtenção do insumo brita, podendo gerar prejuízos de R$ 3.971.693,39, nos serviços de CBUQ, se não forem apresentadas as notas fiscais de aquisição de brita comercial no volume previsto em projeto. Fato Todos os custos dos serviços que utilizam o insumo brita, calculados nos projetos básico, executivo e de adequações (revisões), para obra de Restauração do Lote 1.3 da BR-174,

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consideraram que a brita seria adquirida, ou seja, brita comercial. Dessa forma, em todos projetos e adequações o custo da brita comercial foi orçado em R$ 80,00 / m³. Contudo, durante a fiscalização in loco da Obra Remanescente de Restauração do Lote 1.3 da BR-174, objeto do Contrato nº 011/2014, entre o Governo do Estado de Roraima e a empresa Cavalca Construções e Mineração Ltda. – CNPJ nº 79.201.539/0001-69, verificou-se que a empresa contratada mantinha a usina de CBUQ e equipamentos de britagem, em 2015, no mesmo local do Britador da empresa F.V. Busato – ME (Britas do Brasil) – CNPJ: 12.451.226/0001-98 (Estaca 11.370), e que agora, em 2016, mantém, no mesmo local do Britador da empresa Pedra Norte Extração de Pedras Ltda (“Maranhão”) – CNPJ: 04.297.485/0002-03 (Estaca 10.870), demonstrando a existência de parceria entre a empresa contratada e as empresas de mineração. Essa parceria foi confirmada pelo Diretor da empresa contratada Cavalca Construções e Mineração Ltda, em reunião realizada, durante a fiscalização, no acampamento da obra. Dessa forma, com intuito de comprovar que a empresa contratada não está britando ou recebendo brita sem a devida nota fiscal de compra, ou seja, mas sim adquirindo brita comercial, conforme previsto nos projetos e adequações da referida obra, foi solicitado, por meio da SF nº 11 (item 30), que a empresa apresentasse as devidas notas fiscais de compra do insumo brita, demonstrando a aquisição de volume equivalente ao utilizado na referida obra em 2015. Em resposta, por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 307/2016, de 24 de fevereiro de 2016, a SEINF/RR enviou 21 (vinte e uma) notas fiscais, conforme tabela a seguir. Tabela – Notas fiscais de compra de brita apresentadas pela empresa Cavalca

Item Nota

Fiscal nº Data

Quantidade (m³) Valor Unit (R$)

Valor total (R$) Brita 1 Brita 0

Pó de Pedra

Total

1 001 10/11/2014 205 205 80,00 16.400,00

2 002 10/11/2014 400 470 700 1570 80,00 125.600,00

3 003 09/12/2014 205 205 80,00 16.400,00

4 004 16/12/2014 205 205 80,00 16.400,00

5 006 17/12/2014 500 500 875 1875 80,00 150.000,00

6 007 06/01/2015 205 205 80,00 16.400,00

7 008 06/02/2015 230 230 80,00 18.400,00

8 009 05/03/2015 230 230 80,00 18.400,00

9 010 05/03/2015 470 400 405 1275 80,00 102.000,00

10 012 07/04/2015 230 230 80,00 18.400,00

11 013 05/05/2015 230 230 80,00 18.400,00

12 015 18/06/2015 875 1000 875 2750 80,00 220.000,00

13 016 04/07/2015 205 205 80,00 16.400,00

14 017 05/08/2015 205 205 80,00 16.400,00

15 018 04/09/2015 205 205 80,00 16.400,00

16 019 06/10/2015 205 205 80,00 16.400,00

17 020 06/11/2015 205 205 80,00 16.400,00

18 021 24/11/2015 1301 1735,5 1301 4337,5 80,00 347.000,00

19 022 08/12/2015 205 205 80,00 16.400,00

20 023 17/12/2015 205 205 80,00 16.400,00

21 024 05/01/2016 205 205 80,00 16.400,00

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Item Nota

Fiscal nº Data

Quantidade (m³) Valor Unit (R$)

Valor total (R$) Brita 1 Brita 0

Pó de Pedra

Total

Total (m³) 15.187,50 Fonte: Anexos ao GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 307/2016, 24 de fevereiro de 2016 Da tabela acima, nota-se que foram apresentadas notas fiscais que comprovam a compra de somente 15.187,50 m³ de brita. A empresa Cavalca Construções e Mineração Ltda informou à SEINF/RR, por meio do expediente OF-007/2016, de 23 de janeiro de 2016, mesmo expediente que apresentou as notas fiscais citadas acima, que houve um destrato comercial entre ela e a fornecedora de brita F.V. Busato-ME, e que existe diferença de quantitativos questionado entre as partes, podendo haver diferença no demonstrativo apresentado. Assim, a empresa colocou-se à disposição para apresentar o saldo de notas fiscais pendentes. Da análise das 22 (vinte e duas) medições emitidas pela empresa Cavalca Construções e Mineração Ltda. – CNPJ nº 79.201.539/0001-69, verifica-se, considerando apenas os serviços de CBUQ capa e binder, que a empresa precisaria de no mínimo 39.969,67 m³ de brita, conforme tabela a seguir. Tabela – Quantidade de brita necessária na medição de CBUQ

Serviços Und Qtde Medida Quantidade de brita

% (laboratório)

T m³

CBUQ Capa T 37.279,25 84,00 31.314,57 20.876,38

CBUQ Binder T 34.926,75 82,00 28.639,94 19.093,29

Total brita 59.954,51 39.969,67 Fonte: Medições (quantidades) e fichas de laboratório (% de brita na mistura). Dessa forma, encontramos um saldo de notas fiscais pendentes de 24.782,17 (39.969,67 – 15.187,50) m³ de brita só nos serviços de CBUQ da referida obra. Tendo em vista que a empresa contratada não comprovou a aquisição de 24.782,17 m³ de brita, conclui-se que produziu essa quantidade. Considerando o SICRO 03/2013, temos que o custo da brita produzida seria de R$ 28,42. Dessa forma, tem-se brita comercial no valor de R$ 80,00 para o volume de 15.187,50 m³ e brita produzida no valor estimativo de R$ 28,42 para o volume de 24.782,17 m³. Assim, o custo ponderado estimativo desse insumo seria de R$ 48,02 (= (80,00*15.187,50 + 28,42*24.782,17) / (15.187,50 + 24.782,17)). Para esse custo ponderado estimativo de R$ 48,02 para o insumo brita, tem-se que o custo do serviço de usinagem de CBUQ Capa seria de R$ 53,68 e o custo do serviço de usinagem de CBUQ Binder seria de R$ 48,42, então, os custos de CBUQ Binder e Capa seriam, respectivamente, de R$ 100,68 e de R$ 109,42, considerando as composições unitárias para esses serviços entregues pela empresa contratada, sem considerar as DMT´s que foram tratadas em outra constatação deste relatório. Assim a tabela a seguir apresenta o prejuízo ocorrido de R$ 1.555.691,84 e o potencial de R$ 2.416.001,55. Tabela – Prejuízo devido à brita não comercial

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Serviços pagos - Medições 01 a 22

Serviços Und Qtde Medida

Preços do CBUQ (R$)

Brita Comercial

Brita Ponderada

Diferença Total

CBUQ Capa T 37.279,25 132,01 109,42 22,59 842.138,26

CBUQ Binder T 34.926,75 121,11 100,68 20,43 713.553,58

Total de prejuízo ocorrido 1.555.691,84

Serviços a pagar - Próximas medições

Serviços Und Qtde Medida

Preços do CBUQ (R$)

Brita Comercial

Brita Ponderada

Diferença Total

CBUQ Capa T 75.414,25 132,01 109,42 22,59 1.703.608,00 CBUQ Binder T 34.869,97 121,11 100,68 20,43 712.393,55

Total de prejuízo potencial 2.416.001,55 De todo exposto, conclui-se que se a empresa não apresentar os comprovantes de compra do insumo brita considerada como produzida para os serviços já pagos, haverá um prejuízo ao erário de R$ 1.555.691,84, e para as próximas medições, o prejuízo de R$ 2.416.001,55, totalizando o valor de R$ 3.971.693,39. ##/Fato##

Causa Ausência de comprovação por meio de notas fiscais de compra do insumo brita. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada “Por meio do expediente GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 596/2016, de 11 de abril de 2016, a SEINF-RR apresentou a manifestação da empresa contratada, descrita a seguir: Prezados Senhores; A Cavalca Construções e Mineração Ltda., detentora do contrato em referência, vem expor fatos relativos a questões levantadas pela Controladoria Geral da União. Em relação a questão da Brita, expomos que em razão do volume de material a ser fornecido nenhum fornecedor da região tinha produção compatível com a nossa necessidade, onde a empresa Britas do Brasil se propôs a fornecer. Com o passar do tempo a crise que assolou o país e problemas de logística causaram prejuízos e dificuldades de a mesma cumprir com o compromisso. As razões alegadas por ela seriam:

1. As dificuldades para compra de explosivos causadas pelas mudanças de regras impostas para maior controle visando a segurança da Copa do Mundo de 2014;

2. Os aumentos dos preços dos explosivos que tem parte dos custos atrelados ao dólar;

3. Os aumentos dos preços de outros insumos como óleo diesel. Com estas dificuldades a Britas não conseguiu fornecer o material nas condições previstas, tendo problemas sérios de não conseguir detonar a rocha para industrializar. Neste momento para não paralisar os serviços uma vez que a Cavalca estava com aproximadamente 300 funcionários e cerca de 100 equipamentos mobilizados, para que não houvesse risco de paralisação dos serviços, a empresa adquiriu na Pedra Norte mais conhecida como MARANHÃO rocha detonada para que a Britas do Brasil pudesse industrializar. Portanto uma parte da obra a brita foi fornecida pelas Britas do Brasil mas feito da seguinte forma:

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a) Rocha detonada comprada pela Cavalca da empresa Pedra Norte para a Britas do Brasil industrializar e vender como Brita a Cavalca – Pagamento e custo da rocha foi suportado pela Cavalca;

b) Transporte da Rocha detonada da Jazida Pedra Norte – Estaca 10.870 a Unidade da Britas do Brasil 11.370 perfazendo um total de 10 kms de distância morta na Pedra Norte + 100 metros de distância morta dentro da Unidade da Britas do Brasil, totalizando 10,1 kms – Este custo foi suportado pela Calvalca.

Porém, após o fornecimento Cavalca e Britas do Brasil não chegaram a um acordo comercial sobre o valor que a mesma deveria cobrar para fornecer a brita, mas como cliente comprador Cavalca fornecendo o insumo Rocha e seu transporte. Desde então não chegamos a um acordo sobre os valores que por nos seria devidos. Por esta razão não temos ainda notas fiscais do total de material retirado conforme expressamos na resposta a esta Secretaria tempos atrás ainda estamos em fase final de um acordo amigável. Após este problema a Cavalca rescindiu o acordo comercial com a empresa Britas do Brasil, retirando usina de asfalto que estaca instalada na área e resolveu procurar a empresa Pedra Norte para fazer uma parceria de fornecimento, fato este que é de pleno conhecimento desta Secretaria e também da CGU que esteve em visita na obra. Salientamos também que no nosso setor é muito comum empresas parceiras fazerem permutas de materiais por insumos, como óleo diesel, peças e serviços de maior valor para poder viabilizar produtos e serviços a preços mais baixos. DO PRESSUPOTO DE PRODUÇÃO DE BRITA – De certa forma não se pode ser levado em consideração a questão brita produzida neste caso uma vez que a empresa Cavalca não possui:

1. Registro no DNPM; 2. CR autorização para detonação de rocha e compra de explosivos dado pelo

Exército Brasileiro; 3. Licenças ambientais para esta finalidade.

Achamos oportuno o momento para expormos que como cidadãos brasileiros acompanhando o momento difícil que nosso país vive, sabemos da importância de órgãos de controle CGU e TCU cuja a sociedade vê como amparo ao combate da corrupção e mau uso do dinheiro público. Não faz parte da política da empresa entrar em confronto com os referidos órgãos. Temos a plena consciência que o presente contrato não possui

preços superfaturados e nem está lesando o erário, pelo contrário estamos passando por sérias dificuldades onde os aumentos sucessivos dos insumos como o asfalto e os combustíveis nos levaram a necessidade já feito várias vezes a pedir reequilíbrio de preços do contrato. Porém caso haja entendimento de que os preços contratuais não são vantajosos ao erário estamos abertos ao diálogo para que o contratante possa buscar soluções para uma saída amigável.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A SEINF-RR enviou as alegações do diretor da empresa Cavalca Construções e Mineração Ltda., que apresentou mais 03 notas fiscais, só que de pedra in natura, emitidas pela empresa Pedra Norte Extração de Pedras Ltda (“Maranhão”) – CNPJ: 04.297.485/0002-03, nos valores de R$ 342.939,43, R$ 16.350,95; e R$ 63.317,55, que se referem, respectivamente, aos volumes de 14.348,93 m³, 685,00 m³, e 2.649,27 m³, totalizando o volume de 17.693,20 m³. Diante disso, e considerando as alegações da empresa, de que teve que comprar a pedra in natura na pedreira Pedra Norte, localizada na estaca 10.870, e transportar para britar

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na pedreira Britas do Brasil, localizada na estaca 11.370, volume esse apresentado por notas fiscais de 17.683,20 m³, faltando ainda comprovar a origem de no mínimo 7.098,97 m³ (24.782,17 – 17.683,20) de brita, e também que a empresa não tem registro no DNPM, licenças ambientais, autorização para compra de explosivos e detonação de rochas, e que, portanto não poderia produzir a brita. A equipe desta CGU acata, em parte, as manifestações da empresa, pois a mesma não poderia realmente britar. No entanto, esta equipe ressalta que devem ser apresentadas as notas fiscais do serviço de britagem para o volume de 17.693,20 m³ de pedra in natura adquirida em outra pedreira e de brita comercial no volume de 7.098,97 m³, ambas pela empresa Britas do Brasil. Além disso, esta equipe recomenda que as próximas medições de serviços, onde as composições unitárias contenham o insumo brita, deverão ser pagas após a apresentação das notas fiscais de brita comercial adquirida. Ademais, entende-se que poderá haver pequenas diferenças nos volumes de britas a serem apresentados, pois como informado pelo diretor da empresa contratada, houve permuta de insumos, a exemplo de óleo diesel por brita, mas tais permutas devem estar documentadas e registradas na contabilidade da empresa, conforme preconizado por lei. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se que no pagamento das medições onde os serviços se utilizam de brita comercial, que seja cobrada da empresa contratada as notas fiscais do volume equivalente de brita adquirida. III – CONCLUSÃO

Em face dos exames realizados, somos de opinião que a Unidade Gestora deve adotar medidas corretivas com vistas a elidirem os pontos ressalvados nos itens: 1.1.1.5. Incompatibilidade de medições gerando potencial prejuízo de R$ 415.720,30 referente aos serviços remanescentes da obra de restauração do Lote 1.3 da BR-174; 1.1.1.6. Alteração do local da usina de asfalto e realização de serviço diferente do contratado, acarretando vantagem indevida à empresa contratada Cavalca Construções e Mineração Ltda - CNPJ: 79.201.539/0001-69, com pagamento indevido de R$ 328.248,89 e prejuízo potencial de R$ 535.395,94; e 1.1.1.7. Provável alteração na forma de obtenção do insumo brita, podendo gerar prejuízos de R$ 3.971.693,39, nos serviços de CBUQ, se não forem apresentadas as notas fiscais de aquisição de brita comercial no volume previsto em projeto.

Boa Vista/RR, 08 de fevereiro de 2017.