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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

O PEDAGOGO E A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NA

ESCOLA

JACAREZINHO – PDE 2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE

DO PARANÁ

ROSÂNGELA DE OLIVEIRA SILVA

O PEDAGOGO E A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NA

ESCOLA

Caderno de Apoio Pedagógico, apresentado à Coordenação Estadual do Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – PDE, como requisito parcial à obtenção do Título de Professor PDE.

Orientador: Professor Fábio A. Gabriel.

JACAREZINHO - PR 2010

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“Sem a curiosidade que me move,

que me insere na busca, não

aprendo, nem ensino.”

Paulo Freire

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1 IDENTIFICAÇÃO

1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Rosângela de Oliveira Silva

Área do PDE: Pedagogia

NRE: Ibaiti

IES: Jacarezinho

Professor Orientador: Fábio Antonio Gabriel

Escola de Implementação: Colégio Estadual David Carneiro – EFMN –

Guapirama – PR

Público Alvo: Pedagogos que estarão atuando no Colégio no momento

da implementação do projeto, professores orientadores e alunos

representantes de turmas. Também serão convidados os pedagogos

que atuam na creche e na escola municipal, como também outros

professores e funcionários que se identificarem com o projeto.

1.2 TEMA DE ESTUDO

O Papel do Pedagogo na Organização e Mediação do trabalho pedagógico

na Escola Pública.

1.3 TÍTULO

O Pedagogo e a Mediação de Conflitos na Escola.

1.4 PALAVRAS CHAVE:

Mediação de Conflitos; Indisciplina; Violência; Agressividade; Bullying.

2- RESUMO

O mérito dessa pesquisa será abrir caminhos, levantar novas questões

ou mesmo buscar respostas concretas a tantas indagações no trabalho

cotidiano do professor pedagogo refletindo sobre o seu papel, suas funções e

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atribuições, bem como pesquisar e levantar quais as principais situações de

conflitos que acontece no cotidiano do mesmo, especialmente no que se

referem ao atendimento dos alunos, professores, pais e/ ou responsáveis

como uma das vertentes do trabalho desse profissional.

Procuramos pesquisar e estudar os problemas que mais acontecem na

escola fazendo parte do cotidiano do professor pedagogo, necessitando dele

na mediação desses conflitos: a indisciplina, a violência e agressividade, o

bullying, a importância da família e, como o professor pedagogo pode ajudar

nesta questão preocupante devido a grande incidência de sua manifestação

em todos os níveis de escolaridade. Por fim, propõem no Caderno de Apoio

Pedagógico a ser utilizado no GTR, encaminhamentos e sugere modelos de

registros a serem utilizados quando do enfrentamento das situações de

conflitos no cotidiano escolar, auxiliando na elaboração de estratégias

adequadas e eficazes no seu trabalho.

3 ABSTRAT

The pedagogy is the CONFLICT MEDIATION IN SCHOOL The merit of this research will open new paths, raised new questions or get answers to many questions in the daily work of the school teacher reflecting on its role, its functions as well as search and raise what are the main situations of conflict that happens in everyday the same, especially with regard to meeting students, teachers, parents and / or guardians as one of the aspects of this professional. We seek to investigate and study the problems that happen in school longer part of everyday life of the teacher educator needed him in the mediation of these conflicts, indiscipline, violence and aggression, bullying, the importance of family and, as the teacher educator can help with this concern due to the high incidence of its manifestation at all levels of schooling. Finally, the booklet proposes Pedagogical models and suggests referral of records to be used when confronting the situations of conflict in school life by assisting in the development of appropriate and effective in their work.

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Apresentação

Ao definirmos o tema da nossa intenção de pesquisa “O Papel do

Pedagogo na Organização e Mediação do Trabalho Pedagógico na Escola

Pública”, quando da inscrição no Programa de Desenvolvimento Educacional -

PDE e, à partir da experiência vivida como professora – pedagoga em escolas

diferentes e percebendo a falta de clareza por parte da comunidade escolar e

também por parte de pedagogos com mais tempo de serviço na escola e que

deveriam servir como referência para os “novatos, percebemos que ,nem

mesmo o curso de pedagogia esteve ou está suficientemente claro quanto à

definição da identidade e da função específica desse profissional na escola e,

decidimos então buscar a Identidade e função do professor – pedagogo a

partir de uma investigação, inclusive de campo, pretendendo estabelecer uma

compreensão que possa explicitar e defender a função dele na escola pública,

em especial no Paraná ,como um profissional importante e necessário neste

cenário.

A partir da análise do quadro abaixo organizado e repassado a nós

pedagogos em jornada pedagógica após a promulgação da Lei 103 / 2004 e

frente a tantas atribuições e responsabilidades para o professor pedagogo

descritos no Regimento Escolar e nas competências da Equipe Pedagógica,é

que estabelecemos o atendimento aos alunos, professores e pais e/ ou

responsáveis pelos alunos para ser aprofundado nesse trabalho.

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(Arquivo pessoal)

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Observamos também que os protagonistas das situações de conflitos na

escola são os alunos, professores e pais e/ou responsáveis pelos alunos.

A seguir, traçamos um resumo de como acontece essa interação entre o

pedagogo com essas pessoas (alunos, professores e pais e/ou responsáveis

pelos alunos), os protagonistas das situações de conflitos na escola e no

cotidiano do trabalho do pedagogo que se torna o mediador desses conflitos.

Professor > pedagogo > aluno.

Pais e/ou responsáveis > pedagogo > professores.

Pedagogo > pais e/ou responsáveis.

Pedagogo > alunos.

Assim, orientados pelo Professor Fábio A. Gabriel, definimos como título

desse projeto “O Pedagogo e a Mediação de Conflitos na Escola”, pois as

perguntas que mais me afligiam no momento dessa definição eram essas:

Qual o papel do pedagogo? Quais as situações emergentes de conflitos na

escola hoje? Como mediar os conflitos no dia a dia, especialmente no que se

refere ao atendimento aos alunos, professores, pais e/ou responsáveis?

Tendo como objetivo maior, promover a análise e a reflexão sobre as funções

e atribuições do professor pedagogo na escola pública, os tipos de conflitos

emergentes na escola em que atua e o seu papel no atendimento aos alunos

(as), professores e pais e /ou responsáveis pelos alunos, especialmente no

que se refere á mediação de conflitos no seu trabalho cotidiano como

produção do material didático, escolhemos e elaboramos o presente Caderno

de Apoio Pedagógico.

Para concretizarmos o projeto elencamos como objetivos específicos:

Propiciar situações que favoreçam a reflexão e a discussão sobre o papel do

pedagogo, suas funções, atribuições e responsabilidades no seu trabalho

cotidiano;

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Descrever o histórico das ações governamentais (leis) voltadas para a

atuação e o papel do pedagogo no trabalho pedagógico;

Contribuir com os colegas pedagogos, verificando quais são as suas funções,

tendo como enfoque a mediação de conflitos, especialmente no atendimento

aos alunos professores e pais e/ou responsáveis;

Fazer os pedagogos refletirem sobre as situações de conflitos que surgem na

escola e auxiliá-los na elaboração de estratégias adequadas na mediação dos

referidos conflitos

Preparar os alunos e alunas para desenvolver uma atitude analítica perante

os sentimentos, estados de ânimo e as relações interpessoais que podem

provocar acentuar ou amenizar as situações de conflitos na escola;

Analisar entre alguns conflitos selecionados os que costumam apresentar-se

mais frequentemente no trabalho cotidiano escolar do pedagogo;

Orientar os pedagogos para que saibam resolver os conflitos que lhes forem

apresentados de maneira cada vez mais eficaz;

Orientar os pedagogos no sentido de que o diálogo é a melhor forma de

resolver as situações de conflito na escola;

Colaborar com a formação dos pedagogos, buscando continuamente cultivar

o hábito de estudar, de participar e trocar experiências com os companheiros

de função;

Definimos como Público alvo os Pedagogos que estarão atuando no

Colégio no momento da implementação do projeto e os professores

orientadores e alunos representantes de turmas. Também serão convidados

os pedagogos que atuam na creche e na escola municipal, como também

outros professores e funcionários que se identificarem com o projeto e a ser

desenvolvido no Colégio Estadual David Carneiro – EFMN – Guapirama – PR,

à partir de agosto/ 2011.

As atividades serão desenvolvidas em momentos distintos e os assuntos

abordados em unidades.

Num primeiro momento para saber e/ou confirmar quais os tipos de

conflitos emergentes nas escolas de atuação será elaborado e enviado

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questionários para responder essa questão e, enquanto esperamos a

resposta dos mesmos faremos a reorganização do espaço pedagógico

destinado á Equipe Pedagógica e dar um atendimento mais efetivo aos

alunos, professores e pais e/ ou responsáveis pelos alunos, pois acreditamos

que um ambiente organizado favorece a mediação das situações de conflitos.

Em uma segunda etapa, especificamente no GTR, promoveremos a

análise e a reflexão sobre as funções e atribuições do professor pedagogo na

escola pública, e daremos sugestões de registros e de como mediar às

situações de conflitos no seu trabalho cotidiano, através dos registros.

Paralelo a isso será feito uma atividade junto aos alunos representantes e

professores orientadores de turmas, procurando refletir sobre os assuntos

dessa pesquisa e, planejarmos juntos como resgatar os valores hoje

esquecidos no ambiente escolar e familiar como sendo uma das sugestões de

minimização das situações de conflitos na escola.

Considerando o exposto, elaboramos este Caderno de Apoio

Pedagógico, voltado para nossa realidade escolar com enfoque prático, porém

bem fundamentado teoricamente, resultado do estudo aprofundado dos vários

aspectos ou vertentes do trabalho cotidiano do Professor Pedagogo, da

sistematização de teorias, da publicação de vários autores e do trabalho

amadurecido na experiência diária da autora, bem como de observações,

relatos, e participação em reuniões, cursos e jornadas pedagógicas, onde se

percebe que o pedagogo encontra-se fragilizado em seu papel e que suas

tarefas se concretizam indefinidamente deixando-se levar ao acaso, de acordo

com as necessidades diárias. Esse profissional tornou-se um multitarefeiro no

ambiente escolar, desempenhando diferentes funções, pertinentes ou não ao

cargo que ocupa.

Consequentemente, o Caderno de Apoio Pedagógico torna-se um

instrumento valioso para os alunos dos cursos de Pedagogia e para os

professores pedagogos.

O mérito dessa pesquisa será abrir caminhos, levantar novas questões ou

mesmo buscar respostas concretas a tantas indagações no trabalho cotidiano

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do pedagogo escolar refletindo sobre o seu papel, suas funções e atribuições,

bem como levantar e pesquisar quais os principais conflitos que acontece no

cotidiano desse profissional, especialmente no que se refere ao atendimento

aos professores, alunos, pais e / ou responsáveis. Sabemos que,não basta a

um profissional ter conhecimentos sobre seu trabalho. É fundamental que

saiba mobilizar esses conhecimentos, transformando-os em ação.

Atuar com profissionalismo exige do pedagogo, não só o domínio dos

conhecimentos específicos em torno dos quais deverá agir, mas, também

compreensão das questões envolvidas em seu trabalho, sua identificação e

resolução, autonomia para tomar decisões, responsabilidade pelas opções

feitas, que atue e que saiba interagir cooperativamente com a comunidade

profissional a que pertence e com a comunidade local. Procuramos pesquisar

e estudar problemas comuns que acontecem na escola e que faz parte do

cotidiano do trabalho do professor pedagogo necessitando da mediação

desses conflitos por parte dele, ou seja: a indisciplina, a agressividade e a

violência, o bullying, o não respeito aos valores, direitos e deveres, a

participação dos pais e /ou responsáveis e outros e principalmente como o

professor pedagogo pode ajudar nesta questão preocupante devido a grande

incidência de sua manifestação em todos os níveis de escolaridade.

Pelas provocações que o trabalho suscita e que poderão estimular

novas investigações, esperamos colaborar com o alargamento dos

conhecimentos sobre o referido tema, fazendo do pedagogo não mais um ator

em busca do seu papel e sim um profissional consciente do papel que ocupa

no ambiente escolar, espera - se que ele perceba e acredite principalmente

que uma simples atitude multiplica resultados e que não podemos tratar o

tema conflitos e a mediação de conflitos apenas como uma gama de

situações em que alunos discutem, briga se amontoam, se ferem e logo algum

adulto interfere para separar os briguentos. Ou ainda imaginarmos situações

em que gangues formadas por alunos ou ex alunos – problema, munidos de

armas ou drogas, invadem a escola, depredam o patrimônio ou deixam seus

rastros de sangue como nos tem mostrado os meios de comunicação, mas

sim com responsabilidade e seriedade.

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Acreditamos que a educação é o caminho que conduz à paz e que a

solidariedade, a tolerância e o amor e principalmente o diálogo são os

ingredientes que compõem o antídoto contra a violência e que deve ser

aplicado no coração de cada jovem e, no coração daqueles que se dedicam à

arte de educar e que o atendimento aos alunos, professores e pais e/ ou

responsáveis pelos alunos e que permeiam o trabalho do professor pedagogo

quando da mediação de conflitos na escola seja apenas uma das vertentes no

trabalho cotidiano desse profissional, sobrando tempo para que ele

desenvolva as suas outras e tão importantes responsabilidades e funções na

escola em que atua. É um trabalho que não se pode fazer de forma isolada, e

sim junto a quem compartilha nossas experiências. É o esperado ao final

desse projeto de pesquisa: a organização e a efetivação do trabalho

pedagógico escolar.

Aproveitamos a oportunidade para informar e esclarecer que as

sugestões de registros e atividades deste caderno apenas foram organizadas

e selecionadas por nós entre as tantas colhidas de outros municípios, colegas

e utilizadas em nosso trabalho cotidiano e que nos tem ajudado em muito e

por isso merecem serem repassadas a outros colegas pedagogos que se

assim desejarem poderão fazer uso.

Neste trabalho, o termo professor pedagogo está sendo empregado no

masculino, embora se constate que as pessoas que trabalham na educação

sejam em maior número do sexo feminino. A intenção foi usar a expressão em

sentido genérico sem precisar especificar a todo instante, nas inúmeras vezes

em que o termo ocorre no texto.

É um material Composto por várias unidades com objetivo de facilitar e

orientar o uso do Caderno de Apoio Pedagógico como se verifica a seguir:

Unidade I – Analise a Reflexão sobre as Funções. Responsabilidades e

Atribuições do professor na Escola Publica

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Unidade II - Principais Situações de Conflitos na Escola: Indisciplina, Violência

e Agressividade e o Bullying.

Unidade III - O Papel do Pedagogo no Atendimento aos Alunos, Professores

e/ou Responsáveis pelos (as) alunos (as);

Unidade IV - Como Mediar as Situações de Conflitos no Cotidiano do

Professor Pedagogo;

Unidade V - Sugestões de Livros, Filmes, Sítios e Vídeos;

REVISÃO DE LITERATURA

UNIDADE I Análise e Reflexão sobre as Funções, Responsabilidades e

Atribuições do Professor Pedagogo na Escola Pública:

A) O Pedagogo na Escola Pública do Paraná, sua trajetória,

representação e funções, frente à Lei Complementar 103/2004, LDBEN, o

Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual

David Carneiro – EFMN.

A Lei Complementar 103/2004 (PARANÁ, 2004),

altera o curso da história dos especialistas em educação

até então. Ela não veio isolada, nem tampouco é

específica para os especialistas. A intenção do governo

do Paraná ao instituir e dispor sobre o Plano de carreira

do professor da Rede de Educação Básica que,

segundo a referida lei, é promover o aperfeiçoamento

profissional contínuo e a valorização do professor,

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através de remuneração digna e melhoria de serviços

prestados á população do Estado, com base nos

princípios e garantias.

Na citada lei encontramos que:

Art. 33. Os cargos de Professor e Especialista de Educação, que

compõem o Quadro Próprio do Magistério da Rede Estadual de

Educação Básica do Paraná, ficam transformados em cargos de

Professor, sendo que os ocupantes dos referidos cargos ficam

enquadrados no presente Plano de Carreira do Professor,

obedecidos os critérios nesta Lei. Art. 39. Ficam considerados em

extinção, permanecendo com as mesmas nomenclaturas, os cargos

de Orientador Educacional, Supervisor Escolar e Administrador

Escolar na medida em que vagarem, assegurando-se tratamento

igual ao que é oferecido ao Professor, inclusive o direito ao

desenvolvimento na carreira, para aqueles que se encontra em

exercício (PARANÁ, 2004).

No que se refere ao pedagogo é importante ressaltar que a LC nº.

103/2004 apenas legitimou uma necessidade que há muitos anos vinha se

percebendo no interior das escolas de que não é possível separar o trabalho

de articulação pedagógica em função do Supervisor de Ensino e função do

Orientador Educacional, não é possível fragmentar esse trabalho, ele precisa

ser realizado de forma articulada, daí a necessidade de se legitimar o papel

do pedagogo. Foi exatamente isso que foi feito no Plano de Carreira dos

Professores do Estado do Paraná, acabou-se com a divisão dos antigos

Especialistas da Educação e todos os cargos foram transformados em

cargos de Professor Pedagogo e suas funções ficaram assim definidas:

-Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político-Pedagógico e do Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino;

-Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,

em uma perspectiva democrática;

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Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar;

-Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica

Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da

Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais;

-Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

-Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando

a elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para

todos;

-Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a

realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

-Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-

ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de

ensino;

-Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

-Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores

do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência,debates e oficinas pedagógicas;

-Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de

maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho

pedagógico;

-Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à

comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os

alunos;

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-Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento

Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da

organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

-Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e

demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

-Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do

Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

-Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de

ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando

ações e projetos de incentivo à leitura;

-acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,

Física e Biologia e de Informática;

-Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

-Coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

-Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da

Secretaria de Estado da Educação;

-Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,

a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino

-Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a

serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

-Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação - Profuncionário, tanto na organização do curso,

quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos

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funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as

formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

-Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

-Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

-Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

-Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de

classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e

progressão parcial, conforme legislação em vigor;

-Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias

letivos, horas e conteúdos aos discentes;

- Orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros Registro de Classe e

a Ficha Individual de Controle de Nota e Freqüência, sendo esta específica

para Educação de Jovens e Adultos;

-Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

-Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

-Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades

educacionais especiais;

-Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto

Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem,

visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação

Especial, se necessário;

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-Acompanhar os aspectos de sociabilizarão e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu

desenvolvimento integral;

-Acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

-Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver

necessidade de encaminhamentos;

-Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com

necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações

físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;

- Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de

alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de

informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho

pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

-Assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas e

acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino

extracurricular plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna;

-Acompanhar as Coordenações das Escolas Itinerantes, realizando visitas

regulares (somente para os estabelecimentos de ensino que servem de

Escola Base para as Escolas Itinerantes);

-Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para

cada disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;

-Coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos, na

modalidade Educação de Jovens e Adultos (quando no estabelecimento de

ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida

autorização);

-Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

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Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,

alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

-Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

- Elaborar seu Plano de Ação;

-Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Essas mesmas funções estão presentes no Regimento Escolar e no

Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento de Ensino, mas a equipe

pedagógica não elabora o seu Plano de Ação.

Verifica-se pela Lei, em seu capítulo X, a extinção dos cargos de

Orientador Educacional e Supervisor Escolar, em seus artigos 33 e agora,

corrigido pela Lei Complementar 103/2004, ficou estabelecido no capítulo IV,

artigo 5° e § 4º que:

Para o exercício do cargo de Professor nas atividades de

coordenação, administração escolar, planejamento, supervisão e

orientação educacional é exigida graduação em Pedagogia.

(PARANÁ, 2004, p. 02), e, concurso público para se exercer essa

função.

Muito embora a própria lei preveja a unificação desses cargos em cargo

de Professor Pedagogo, infelizmente nos deparamos com alguns

profissionais da área que levados pelas atribuições constantes que não são

poucas, não conseguem se organizar de outra forma e acabam

fragmentando o trabalho de equipe.

Quando lemos SAVIANI e LIBÂNEO, entendemos que: Pedagogo na

escola é aquele...

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Possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação

cultural. É, pois aquele que domina as formas, os procedimentos, e

os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio

cultural acumulado pela humanidade. A palavra pedagogia traz

sempre ressonância metodológica, isso é de caminho através do

qual se chega a determinado lugar. Aliás, isto já está presente na

etimologia da palavra: conduzir (por um caminho) até determinado

lugar. Saviani (1985, pg. 127)

Pedagogo é o profissional que atua em varias instâncias da prática

educativa, direta ou indiretamente ligada à organização e aos

processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos

de ação, tendo em vista objetivo de formação histórica. Em outras

palavras, pedagogo é um profissional que lida com fatos,

estruturas, contextos, e situações, referentes à pratica educativa

em suas várias modalidades e manifestações. A atuação do

pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no

aprimoramento do seu desempenho na sala de aula (conteúdos,

métodos, técnicas, formas de organização da classe), na análise e

compreensão das situações de ensino com base nos

conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas do

conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula. Libâneo,

(1996 p 84).

Refletindo sobre a importância a respeito da pedagogia e do papel do

pedagogo ressaltamos que a palavra pedagogia traz sempre ressonâncias

metodológicas, processuais que a própria etimologia explica com seu

significado (conduzir por um caminho) até determinado lugar (SAVIANI, 1985).

Com isso, considera-se que:

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Os pedagogos precisam concentrar esforços em propostas de

intervenção pedagógica nas várias esferas do educativo para

enfrentamento dos desafios colocados pela nova realidade do

mundo contemporâneo (Libâneo, 2002, pg.).

Portanto, a partir de tantas inquietações, decidimos através dessa

pesquisa buscar a Identidade e função do professor – pedagogo a partir de

uma investigação, inclusive de campo, pretendemos estabelecer uma

compreensão que possa explicitar e defender a função do pedagogo na

escola pública, em especial no Paraná.

B) PRINCIPIOS ÉTICOS NA ATUAÇÃO DO PEDAGOGO

O trabalho do pedagogo reveste-se de grande importância,

complexidade e responsabilidade e, para que seja realizado a contexto, exige-

se muito desse profissional, não só em termos de formação, de personalidade

como também de comportamento ético.

Embora não haja um código de ética elaborado especificamente para o

trabalho do pedagogo, como todo profissional, ele deve ter sua atuação

pautada por princípios éticos.

Como os princípios éticos, quaisquer que sejam, acabam norteando o

trabalho, julgamos útil analisar alguns desses aspectos e sugerir orientações

de algumas condutas que visem auxiliá-lo no seu cotidiano. O comportamento

ético em relação ás informações sobre alunos, professores e familiares, é um

dos principais aspectos a serem considerados.

Como a interação com os orientados, se caracteriza pelo seu caráter de

relação de ajuda, tanto o aluno, professores e pais e ou responsáveis pelos

alunos podem expor, espontaneamente, fatos, situações de cunho pessoal e

familiar, como o pedagogo pode necessitar fazer indagações sobre a

problemática em questão. Esses dados, por serem de caráter sigiloso ou

confidencial, não devem ser alvos de comentários com outras pessoas,

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quaisquer que sejam as circunstâncias. O sigilo de informações constantes

nos registros dos alunos deve ser igualmente preservado e questionários

preenchidos com dados mais íntimos sobre os alunos e seus familiares,

resultados de entrevistas e opiniões de professores sobre determinado aluno

deve ser mantido fora do alcance de pessoas que, casualmente, possam

chegar a eles.

Às vezes, os professores necessitam de informações específicas sobre

seus alunos e nesses casos, é preferível que o pedagogo, com base nos

dados de que dispõe, elabore um resumo e forneça, na medida em que julgar

relevante e conveniente às informações a serem entregues ao professor. As

recomendações anteriores sobre sigilo em relação às informações, são

igualmente válidas, é claro, em relação às informações sobre a família dos

alunos e sobre as demais pessoas da comunidade.

Outro campo em relação no qual o pedagogo deve ter cautela é o que

diz respeito aos valores da família e da comunidade. É importante ter sempre

presente que aconselhar não significa dar conselhos ou recomendar

determinadas atitudes, opções ou comportamentos em detrimento de outros.

Aconselhar é assistir a pessoa, levando-a a refletir sobre determinada

situação, problema ou dificuldade; sobre as implicações e conseqüências de

diferentes alternativas disponíveis, no caso, para que possa discernir e

decidir-se, por uma ou por outra, conforme seu arbítrio, suas possibilidades e

sua convivência.

O pedagogo deve ter sempre presente que as famílias dos

aconselhados e a comunidade possuem seus próprios valores e buscam não

só transmiti-los aos seus membros, como também fazer com que tais valores

atuem como normas condutoras. Não cabe, pois ao pedagogo, assumir

determinadas posições ou levar o aluno a confrontar-se com os valores da

família.

É importante, ainda que ele não fomente antagonismos na escola,

principalmente as baseadas em pontos de vista divergentes sobre questões

de moral ou de religião. As diferentes opiniões e posições sobre esses tipos

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de assuntos devem ser discutidas, em tese e, quando necessário, convidam-

se especialistas que representam posições diversas para debater os temas

em pauta: indicar leituras, entrevistas ou outras técnicas de esclarecimentos.

Até aqui, analisamos, basicamente, as implicações éticas do

comportamento do Pedagogo, enquanto profissional. É importante, ainda,

ressaltar, além dos do comportamento profissional, alguns aspectos éticos de

sua conduta pessoal, pois devido à multiplicidade de interações que

estabelece com as pessoas, quer queira, quer não, ele acaba por se tornar

uma figura muito exposta, conhecida e visada na escola e na comunidade.

Ressalta-se, também, que, ao interagir com pessoas de diferentes faixas

etárias, “status” e nível socioeconômico e cultural, seu comportamento estará

sendo observado, podendo até vir e servir de “modelo” para muitos, o que

vem aumentar a necessidade de uma conduta ética, irrepreensível.

Portanto, o pedagogo deve ter discrição em sua vida pessoal, em

público, mesmo quando fora do local ou do horário de trabalho, a fim de que

sua imagem seja sempre preservada de comentários desabonadores ou

comprometedores.

C) DOCUMENTAÇÃO ADMINISTRATIVO- PEDAGÓGICA –

I)SUGESTÕES DE REGISTROS NO TRABALHO DO PEDAGOGO-

Questionários e Fichas:

Modelo de cronograma de ação do Pedagogo;

Modelo de Programa mensal de Pedagogo;

Modelo para Comunicação Interna entre o Pedagogo e os Pais/ e ou

Responsáveis pelos alunos;

Modelo de registro de Entrevista com Pais e ou Responsáveis ou com

alunos;

Modelo de ficha de identificação de Professor;

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Ficha-resumo de Preferências e Disponibilidade do Professor

(preenchido pelo pedagogo);

Modelo de ficha p/ o Acompanhamento escolar;

Questionário para levantamento de informações sobre as atividades de

lazer (dos alunos) e dos professores;

Exemplos de teste Sociométrico

1) - Questionário para levantamento de Informações nas Áreas da Saúde

Física e Emocional dos alunos (A ser preenchido pelo pai ou

responsável)

Data ...../....../ 2011.

1 – Nome do aluno (a)... Sexo:...............................

2 – Série................................. Período........................

Grau................................

3 – Data de Nascimento ...../...../....

Localidade.................................................

4 – Residência Rua .........................................................nº.........

Bairro...............

5 – Telefone ( residência) .......................................Telefone ( trabalho

)..............

6 – Nome do pai ou responsável

7 – Profissão

8 – Local de trabalho:

9 – Telefone para contato:

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10 – endereço para correspondência:

11 – Da família, quem, provavelmente, vira ás reuniões da escola?

12 – Em caso de emergência, quem deve ser avisado?

Nome ............................................. Parentesco:................

Telefone residencial.........................Telefone ( trabalho )

Para onde o aluno de ser encaminhado?

Local.................................. Telefone:

13 – Doenças que o aluno já teve

Quando tomou vacina antitetânica?

Tem alergia a alimentos? ( ) não ( ) sim. – Qual ?

Tem alguma restrição alimentar? ( ) sim ( ) não. Qual ?

Tem alergia a remédios? ( ) sim ( ) não. Qual?

O aluno tem problema de saúde? Qual (ais)?

14 – O aluno tem quantos irmãos, mais velhos ( ) mais novos ( );

O aluno tem quantas irmãs. Mais velhas ( ) mais novas ( );

Algum (a) irmão(a) estuda nesta escola? ( )não ( ) sim

Nome ................................. Serie........... Período.......Grau........

Quantos irmãos ( ) só trabalham ( ) só estudam ( ) trabalham e

estudam.

15 – Outras pessoas moram com a família? ( ) não ( ) sim. Quantos? Quais?

16 – Qual é a religião do aluno?

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Ele a pratica? ( ) sim ( ) não . Por que?

É a mesma da família? ( ) sim ( ) não

Se diferente, qual a dos outras membros da família?

17 – O aluno trabalha? ( )não ( ) sim

Local de trabalho Horário fé trabalho

O que faz no trabalho?

18 – O aluno (a) ajuda em casa? ( ) não ( ) sim . O que faz?

19 – O aluno freqüenta outras cursos? ( ) não ( ) sim . Quais?

20 – O aluno pratica algum esporte?

21 – A que horas o aluno acorda, normalmente, em dias úteis?

22 – A que horas, normalmente, vai dormir?

23 – Assiste TV no quarto?

24 – Quantas horas de TV, em média, o aluno assiste por semana?

25 – Que tipo de programa assiste com maior freqüência?

26 – Quando o aluno que ver um programa de TV diferente dos outros, ele

27 – Onde o aluno faz lição de casa? Por quê?

28 – Quem freqüentou mais anos de escola na família ?

Pessoa até que curso e serie fez?

29 – Com que tipo de condução o aluno vai para a escola? Por que?

30 – Há quanto tempo o aluno reside no bairro?

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31 – O aluno mora: ( ) em casa

32 – O imóvel é ( ) próprio ( ) alugado.

33 – O aluno freqüenta algum clube ( ) não ( ) sim. –Qual ?

O que ele faz no clube?

34 – O que ele faz nas férias?

35 – O que ele faz nos fins de semana?

36 – Na casa do aluno, há>

NÃO SIM QUANTOS

Radio

TV

Vídeo

Geladeira

Carro

Bicicleta

Banheiro

Liquidificador

Maquina de lavar

Microondas

Computador

Assinatura de jornal

O aluno recebe mesada? ( ) não ( ) sim . De quanto?

Quais os gastos que o aluno cobre com a mesada?

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Em sua opinião, o aluno ( ) deve ou ( ) não deve receber mesada. Por quê?

Seu filho acha ( ) pouco ( ) razoável ( ) muito o que recebe de mesada?

Se tivesse melhor condição econômica, quanto acha que seria conveniente

dar ao seu filho, de mesada?

Algum membro da família teria interesse e disponibilidade para colaborar

com as atividades da escola? ( ) não ( ) sim. Quem?

Quais as habilidades dele (a)?

De que forma e em que poderia colaborar?

O que esperam da escola?

2) Modelo de questionário para coleta de Dados Relevantes para a

área de Orientação Escolar; ( a ser preenchido pelo aluno ou pelo

pedagogo, em entrevista).

Data / /

1 – Nome do (os) aluno (a): Sexo:

2 – Série: Período: Grau:

3 – Que outras escolas já freqüentou?

Escola Local: Data:

4 – se freqüentou outras escolas, por que saiu de cada uma delas?

5 – Por que escolheu esta escola para estudar?

6 – Já repetiu alguma série? ( ) não ( ) sim Quais? Por quê?

7 – Há quanto tempo você freqüenta está escola?

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8 – Você gosta desta escola? ( ) sim ( ) não Por quê?

9 – Você gosta de estudar? ( ) sim ( ) não. Por quê?

10 – Do que você mais gosta na escola?

11 – Normalmente, aonde você faz suas lições de casa? Descreva o local de

estudo (escrivaninha só sua, mesa para todos, sala, quarto, outros,

tranqüilidade do lugar; barulhos, distrações, etc.).

12 – Alguém ajuda em seus estudos? ( ) sim ( ) não. Quem o ajuda?

( ) pais ( ) professor particular ( ) bibliotecário

( ) irmãos ( ) colega ( ) outro. – Qual?

13 – Se alguém ajuda na tarefa de cãs, explique:

Como:

Quantas vezes: Quanto tempo:

14 – Você faz lição de casa todos os dias? ( ) sim ( ) não. Por quê?

15 – Você faz lição de casa sempre nos mesmos horários?

( ) sim. Em qual horário:

( ) não. –por quê?

16 – Quantas horas por dia você estuda ou faz lição?

17 – Como o seu esquema de estudo diário se modifica:

(A) nas vésperas de prova:

(B) quando tem trabalho em grupo:

(C) nos finas de semana.

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18 – Você anota as tarefas e consulta as anotações ao agenda antes de

iniciar os estudos ou procura se lembrar de cor? Explique.

19 – Você consulta sempre o horário das aulas? ( ) sim ( ) não. Por quê?

20 – Você tem sempre o material de que precisa para estudar? (livros,

dicionários, cadernos, lápis, caneta, borracha, rascunhos, régua, cola,

tesouro, apontador, grampeador, durex, etc.)

21 – Você tem todos os livros de que precisa para estudar? ( ) sim ( ) não.

Por quê?

22 – Você costuma ter as anotações de aula para estudar e fazer as tarefas?

( ) sim ( ) não Por quê?

23 – Na sua casa, as pessoas respeitam seu horários e materiais de estudo

( local, material, silencio, interrupções, etc..). ( ) sim ( ) não. Porquê?

24 – Você costuma procurar as palavra que não conhece no dicionário ou

pergunta para alguém ( professor, pais, irmãos, outros)? ( ) sim ( ) não.

Explique:

25 – Você tem livros, além daqueles que o professor pede,em cãs ou no

local de estudos? ( ) não ( ) sim. De que tipo?

26 – Freqüenta alguma biblioteca? ( ) sim ( ) não . Qual ?

27 – Gosta de trabalhar em grupo? ( ) sim ( ) não. Por quê?

28 – Nos trabalhos em grupo, geralmente, qual é a sua participação?

29 – Quais são suas maiores dificuldades em relação aos estudos e tarefas

de casa?

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30 – Quando você vai mal em alguma matéria, provavelmente, é por que

você: ( marque todas as alternativas que valem para o seu caso, onde 1 “X”,

se mais ou menos e 2 “X” ( XX), se muito.

( ) não gosta da matéria ou assunto ( ) acha difícil

( ) não gosta do professor ( ) não tem base

( ) faltou tempo para estudar ( ) não consegue se

concentrar

( ) não consegue lembrar do que estudou ( ) fica nervoso nas provas.

31 – Você anota as dificuldades ou o que não entendeu para perguntar ao

professor?

( ) sempre ( ) as vezes, quando se lembra ou tem vontade

( ) nunca ( ) depende do professor.

32 – Você dedica o tempo necessário para estudar cada matéria?

( ) sim ( ) não. Por quê?

( ) depende do que tem para fazer. ( ) depende da dificuldade que sente

( ) estuda primeiro o mais fácil. ( ) estuda primeiro aquilo de que gosta

mais.

33 – Para cada uma das afirmações seguinte, escreva “ sim “, “não” e “+ ou

–“

( mais ou menos, conforme o caso):

.....Nas aulas, sabe anotar apenas o que é importante.

.....Distrai-se facilmente nas aulas.

.....Alterna períodos de estudo e de descaso

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.....Dorme e come e suficiente e em horários fixos.

.....Começa muitas tarefas de uma só vez e fica mudando de um para outra.

34 – Matéria nas quais tem maior facilidade para aprender e razões.

Matérias Por quê?

35 – Matérias nas quais tem maior dificuldade para aprender e razões:

Matéria Por quê?

36 – Você trabalha ou tem outras atividades? ( ) não ( ) sim. Qual?

37 – quanto tempo gasta em cada uma?

38 – O que faz nas horas vagas?

3) Possíveis causas de problemas de aproveitamento escolar:

(a ser respondida pelo pedagogo que colocará, após cada questão, as

respostas “ sim “, “não”, “mais ou menos” ou “ ? “, esta última, para o caso

de não saber ou não ter podido observar.)

1- O aluno teve, tem ou está tendo algum problema físico? ( ) sim ( )

não(quais.

2 – O aluno teve, tem ou está tendo algum problema emocional?

3 – O aluno teve, tem ou está tendo algum problema de relacionamento?

4 – O aluno apresenta ter limitações intelectuais?

5– O aluno parece relativamente imaturo para a idade ou para a série

freqüentada?

6 – O aluno tem ou está tendo problemas na família ( nascimento de irmãos.

Separação dos pais, morte.)?

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7 – O aluno demonstra sono ou cansaço na sala de aula?

8 – O aluno alimenta-se pouco ou inadequadamente?

9 – O aluno falta muito ou chega quase sempre atrasado?

10 – O trabalho do aluno interfere no estudo?

11 – O aluno tem muitas atividades extracurriculares ou fora da escola (

judô, natação, música, inglês, etc..).

12 – O aluno é mais vagaroso do que os demais?

13 – O aluno tem menor intensidade ou duração de concentração?

14 – O aluno é impulsivo e/ou ansioso?

15 – O aluno é muito tímido?

16 – O ambiente familiar e/ou cultural do aluno não valoriza a escola e a

aprendizagem?

17 – O aluno tem interesses conflitantes, vida social ou esportiva intensa?

18- O aluno é muito minado, superprotegido?

19 – O aluno não tem disciplina?

20 – O aluno não esta motivado para a escola ou para a aprendizagem.

21 –O aluno não tem ou não segue horários.

22 –O aluno tem problemas com os professores.

23 – O aluno não faz lições ou exercícios em classe.

24 – O aluno não faz lições e exercícios em casa.

25 – O aluno não é aceito pelos colegas ( para trabalho em grupo).

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26 – O aluno não tem local apropriado para fazer lições ou estudar.

27 – O aluno não sabe estudar.

28 – outras.

4) QUESTIONÁRIO DE INFORMAÇÃO SOBRE A ADAPTAÇÃO DO

ALUNO À ESCOLA. ( A ser preenchido pelo aluno)

Responda as perguntas deste questionário com bastante sinceridade. As

informações fornecidas por você serão usadas para ajudá-lo na sua

adaptação à escola e são estritamente confidenciais, isto é, não serão

repassadas para ninguém.

Data / / .

1 – Nome: Sexo:

2 – Serie: Grau: Período:

3 – Data de Nascimento / /

4 – Há quanto tempo você estuda nesta escola?

5 – Mudou recentemente de classe, turma ou período? ( ) sim ( ) não

De: Para: Quando?

6 – Religião: Praticante: ( ) sim ( ) não.

7 – Bairro onde mora.

8 – Mudou de residência há pouco tempo? ( ) não ( ) sim. Quando?

9 – Profissão do pai ou responsável:

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10 – Em relação aos estudos, você se considera um aluno:

Fraco ( ) Médio ( ) forte( ).

11 – Você foi reprovado alguma vez? ( ) não ( ) sim. Em que série:

12 – Quando tem trabalho em grupo, você se considera um aluno:

( ) escolher os colegas;

( ) que o professor escolhe;

( ) que o Or. Forme os grupos.

13 – Para fazer trabalho em grupo, você prefere grupo:

( ) pequenos ( ) grande.

14 – De quantos alunos mais ou menos?

15 – Pra trabalhar em grupos você prefere colegas que....

16 – Nos trabalhos em grupo você prefere fazer

17 – Você prefere realizar trabalhos em grupo:

( ) em casa ( ) na casa de seus colegas.

( ) na escola Por quê?

18 – Você costuma ter problemas com seus colegas, quando os

professores, passam trabalhos em grupo? ( ) não ( ) sim. Qual?

19 – Você tem alguma habilidade especial? ( ) não ( ) sim. Qual ( is )?

20 – Você gosta de atividades?

( ) culturais ( ) Sociais ( ) esportivas

21 – Qual o seu passa tempo preferido?

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22 – Você gosta de trabalhos:

( ) escritos ( ) orais ( ) manuais

23 – Você tem amigos na escola? ( ) sim ( ) não

( ) muitos ( ) mais ou menos ( ) poucos.

24 – Na escola, você prefere:

( ) ter muitos amigos;

( ) ter poucos, porém, mais íntimos;

( ) não ter amigos.

25 – Você briga muito na escola? ( ) sim ( ) não. Por quê?

26 – Quando algum colega o insulta como você reage?

27 – Você se considera:

( ) muito tímido;

( ) normalmente tímido;

( ) sem timidez.

28 – Você se sente diferente de seus colegas? ( ) não ( ) sim Em que?

29 – Você tem problemas: ( pode Marcar mais de um).

( ) econômicos. Quais?

( ) de estudo. Quais?

( ) familiares. Quais?

( ) no trabalho. Quais?

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( ) de relacionamento com:

( ) pais. Quais?

( ) irmãos. Quais?

( ) professores. Quais?

( ) colegas. Quais?

( ) namorado(a). Quais?

( ) amigos. Quais?

30 – Você recebe mesada? ( ) não ( ) sim. De quanto?

31 – Você recebe salário? ( ) não ( ) sim. Quanto recebe?

32 – Quanto fica para você?

33 – Você se preocupa muito com: (pode marcar mais de um):

( ) política do pais. Por quê?

( ) problemas de família. Por quê?

( ) futura profissão. Por quê?

( ) suas roupas ou sua maneira de se vestir. Por que/

( ) falta de independência. Por quê?

( ) participação nos trabalhos em grupo. Por quê?

( ) notas na escola. Por quê?

( ) Injustiça. Por quê?

( ) namoro. Por quê?

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( ) outros aspectos que o preocupam.

( ) explique por que.

II) SUGESTÕES DE REGISTROS PARA CONTROLE DAS AÇÕES DOS

ALUNOS (ANEXO)

Com o objetivo de obter maior controle das ações dos alunos, faz-se

necessário registrá-las. Assim serão utilizados os seguintes documentos com

suas respectivas funções:

a. Agenda escolar;

b. Ficha de registro de autorização de entrada e saída do

estabelecimento a ser entregue ao inspetor do aluno e/ou professor. Após o

uso essa ficha é guardada na pasta dos alunos;

c. Livro ata para registrar as entradas, atrasos e saídas dos alunos;

d. Ficha de ocorrência disciplinar-comunicado aos pais e após

devolução arquivo na pasta dos alunos;

e. Bilhete aos responsáveis comunicando faltas, notas baixas, tarefas

incompletas ou sem fazer, uso do uniforme etc.

f. ficha para conhecimento do aluno;

OUTRAS SUGESTÕES PARA MEDIAR AS SITUAÇÕES DE CONFLITOS:

Trabalhar na adaptação de alunos indisciplinados, problemáticos ou

desajustados;

Discutir com os alunos sobre a melhor maneira de racionalizarem seus

estudos;

Procurar levar o aluno a refletir sobre suas próprias limitações (aptidões,

interesses e características de personalidade);

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Promover debates com os alunos, a fim de corrigir ou prevenir problemas

de comportamentos ( roubo, mentiras, colas, etc. );

Fazer aconselhamento dos alunos nas últimas séries, visando à melhor

opção profissional;

REFERÊNCIAS

AQUINO. A U. F, Aquino, J. G. Os direitos humanos na sala de aula. A

ética como tema transversal. São Paulo, Moderna, 2001.

ANFOPE. Definição das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de

Pedagogia

Disponível<http://www.Anped.org.br/200904PosicãoDiretrizesCursosPedago

gia.doc>. Acesso em 12 nov. 2010.

BRASIL. Lei. 9394, de 20/12/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Ministro da Educação e do Desporto. Brasília, 1996.

CARNEIRO, C. E. EFMN David. Projeto Político Pedagógico. Guapirama-

Pr: 2010a.

CARNEIRO, C. E. EFMN David. Regimento Escolar. Guapirama-Pr: 2010 b.

GIACAGLIA, Lia R. Angelini . Orientação Educacional na prática:

princípios, técnicas, instrumentos/ Lia Renata Angelini Giacaglia, Wilma M.

A. Penteado. - 3 ed. - São Paulo: Pioneira, 1997.- (Biblioteca Pioneira de Ciências

Sociais. Educação)

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37

In. Silva. Jr. C.A – Rangel M (org) – Nove olhares a Supervisão, Campinas,

SP. Papiros, 2006.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 5692 de 11/08/1971.

Ministério da Educação.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia, Ciência da Educação? Selma G.

Pimenta (org). São Paulo: Cortez, 1996, p. 127. Nova Escola. Parceiros na

Aprendizagem. Ano XXI. Nº. 193. Jun./Jul. de 2006.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para quê? 8. ed. São

Paulo: Cortez, 2005.

LOMBARDI, José Claudinei, Demeval Saviani (orgs) – Marxismo e educação:

debates comtemporaneos – 2. ed- Campinas, SP. Autores associados:

HISTEP, 2008

SILVA, Nara Syria F. Correia da. Supervisão Educacional uma Reflexão

Critica. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1985.

PARANÁ. Lei Complementar n. 103/04. Plano de Carreira dos Professores.

2004.

REGO, T. C. R Autoridade e tradição: as imagens do velho e do novo nas

relações educativas - IN: AQUINO, J. G. (ORG) Autoridade e Autonomia

na Escola: Alternativas teóricas e praticas. São Paulo: Summus, 1996.

SAVIANI, Demerval. O Sentido da Pedagogia e o Papel do Pedagogo.

ANDE SP, nº. 09, 1985, p. 27 e 28.

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UNIDADE II AS PRINCIPAIS SITUAÇÕES DE CONFLITOS NA

ESCOLA:

1 DEFINIÇÃO DE CONFLITO E DE MEDIAÇÂO DE CONFLITOS

Conflito é toda opinião divergente ou maneira diferente de ver ou interpretar

algum acontecimento. A partir, disso, todos nós que vivemos em sociedade

temos a experiência do conflito. São exemplos de conflitos interpessoais: a briga

entre alunos, a separação familiar, a guerra e o desentendimento entre alunos.

O conflito, pois é parte integrante da vida e da atividade social, quer

contemporânea, quer antiga. Ainda no esforço de entendimento do conceito,

podemos dizer que o conflito se origina da diferença de interesses, de desejos e

de aspirações. Percebe-se que não existe aqui a noção estrita de erro e de

acerto, mas de posição que são defendidas frente a outras, diferentes.

Ao definimos conflitos como o resultado da diferença de opiniões ou

interesse de pelos menos duas pessoas ou conjunto de pessoas,

devemos esperar que, no universo da escola, a divergência de

opiniões entre alunos e alunos, entre alunos e professores, e entre

os professores sejam uma causa objetiva de conflitos. Uma outra

causa de conflitos é a dificuldade de comunicação das pessoas, de

condições para se estabelecer o diálogo. Genoveva Sastre, 2002

pg.48.

Identificamos como mediação de conflitos, o procedimento no quais os

participantes, com a assistência de uma pessoa imparcial – o mediador −

coloca as questões em disputa com o objetivo de desenvolver opções,

considerar alternativo e, chegar a um acordo mutuamente aceitável.

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A mediação de conflitos na escola apresenta algumas vantagens para a

escola, pois: constrói um sentimento forte de cooperação e fraternidade,

diminui os índices de violência contra pessoas, vandalismo, violência contra o

patrimônio, incivilidades e melhora as relações entre alunos.

De acordo com (MUONE (1998) Genoveva Sastre, 2002, pg. 52 e 54)

Em toda convivência há momentos aprazíveis e momentos

conflituosos como já dissemos anteriormente. O conflito é uma

parte natural da vida. Sua solução proporciona importantes

elementos para mudança e o crescimento pessoal. A razão e a

emoção são as bases em que nos apoiamos para compartilhar

relações pessoais equilibradas e satisfatórias.

Não fomos preparados para compartilhar, nem para resolver com

agilidade e de forma não violenta os problemas que vão surgindo em nossas

relações pessoais e como esses conflitos estão sempre acompanhados de

sentimentos que constituem, em muitas ocasiões, a própria causa dos

mesmos (ofensas, insultos, falta de valorização, medo etc.), consideramos

que a aprendizagem da resolução de conflitos deve ser precedida ou

acompanhada de uma aprendizagem emocional que dotará os (as) alunos

(as) dos conhecimentos imprescindíveis sobre seu próprio comportamento

emocional e sobre as demais pessoas e devemos integrar nos projetos

políticos pedagógicos das escolas onde atuamos esses assuntos tão

presentes em nosso cotidiano.

De acordo com a nossa experiência , os problemas que mais

provocam situações de conflitos são : a indisciplina, a violência e a

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agressividade e o bullying e é deles que trataremos a seguir, o que não

impede que apareça outros com relevância no contexto escolar

2 A INDISCIPLINA, A AGRESSIVIDADE , A VIOLÊNCIA E O

BULLYING COMO FATORES DE GERAÇÃO DE CONFLITOS

NA ESCOLA:

2.1 A Indisciplina:

Considerando-se que a indisciplina é a ausência de disciplina e que no

conceito desta está à compreensão daquela, a indisciplina é, portanto, o

comportamento contrário ao conceito da disciplina.

No meio educacional esta visão é bastante difundida. Costuma-se

compreender a indisciplina, manifestada por um individuo ou um grupo, como

um comportamento inadequado, um sinal de rebeldia, intransigência,

desacato, traduzida na “falta de educação ou de respeito pelas autoridades”,

na bagunça ou agitação motora. Como uma espécie de incapacidades do

aluno ou de um grupo em se ajustar às normas e padrões de comportamento

esperados. A disciplina parece ser vista como obediência cega a um conjunto

de prescrições e, principalmente, como um pré-requisito para o bom

aproveitamento do que é oferecido na escola. Nessa visão, as regras são

imprescindíveis, ao desejado ordenamento, ajustamento, controle e coerção

de cada aluno e da classe como um todo. É curioso observar que, nesta

perspectiva, qualquer manifestação de inquietação, questionamento,

discordância, conversa ou desatenção por parte dos alunos é entendida como

indisciplina, já que se busca “[…] obter a tranqüilidade, o silêncio, a docilidade,

a passividade das crianças de tal forma que não haja nada nelas nem fora

delas algo que as possa distrair dos exercícios passados pelo professor, nem

sombra a sua palavra”.

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Para Rego (1996, p. 89), uma das origens da indisciplina está

relacionada à falta de autoridade do professor, de seu poder de

controle e aplicação de sanções. Ainda, a indisciplina pode ser

declarada a partir do momento que atrapalha o desempenho escolar

tanto dos colegas quanto dos professores.

A indisciplina, afirma Estrela (2002, p. 17), relaciona-se intimamente

com a disciplina e tende normalmente a ser definida pela sua

negação ou privação, ou pela desordem proveniente da quebra de

regras estabelecidas. Todavia, a indisciplina pode caracterizar-se

de diversas maneiras, em infinitas situações e de diferentes formas.

As causas da indisciplina podem ter diferentes origens. Giglio (1999, p.

187) apresenta como origem mais comum o sentimento de injustiça entre os

jovens. O autor acredita que os alunos, quando acham que tenham sido

tratados de forma injusta, ou submetidos a regras injustas, tendem a

defenderem-se de modo explosivo, indisciplinado, podendo agredir

fisicamente outrem. Ainda que, o docente, utilizando-se de sua autoridade,

tente coibir e prevenir tais manifestações, não obtém êxito. Isto porque, os

alunos estão diante de um professor com autoridade que eles não

reconhecem.

No que se refere à indisciplina na escola ou na sala de aula, quando um

aluno não se comporta segundo as exigências estabelecidas por um

regimento interno ou mesmo aquele que não respeita o professor, ou demais

integrantes da escola. Aquele que não se concentra no que está sendo

ensinado e não se relaciona bem com os colegas, é considerado

indisciplinado.

Disciplinado é, portanto, aquele que obedece, que cede, sem

questionar, às regras e preceitos vigentes em determinada organização.

Disciplinador é, nesta perspectiva, aquele que molda, modela, leva o indivíduo

ou conjunto de indivíduos à submissão, à obediência e á acomodação. Já o

indisciplinado é o que se rebela que não acata e não se submete, nem

tampouco se acomoda, e, agindo assim, provoca rupturas e questionamentos.

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Segundo o dicionário o termo disciplina pode ser visto como regime

de ordem imposta ou livremente consentida. Ordem que convém ao

funcionamento regular de uma organização escolar. Relações de

subordinação do aluno ou mestre ou ao instrutor. Observância de preceitos

ou normas. Submissão a um regulamento. E, disciplina, o ato de “sujeitar ou

submeter à disciplina:”. E “ainda, disciplinável como „ aquele que pode ser

disciplinado”. Já o termo indisciplina refere-se ao “procedimento, ato ou dito

contrário à disciplina; desobediência; desordem, rebelião”. Sendo assim,

indisciplina é aquele que “se insurge contra a disciplina” (Ferreira, 1986, p.

595).

Estas definições podem ser interpretadas de diversas formas. É

possível, por exemplo, entender que disciplinável é aquele que se deixa

submeter, que se sujeita de modo passivo, ao conjunto de prescrições

normativas geralmente estabelecidas por outrem e relacionadas a

necessidades externas a este.

A disciplina, nesta ótica, passa a ser vista como uma atitude de

desrespeito, de intolerância aos acordos firmados, de intransigência, do não

cumprimento de regras capazes de pautar a conduta de um indivíduo ou de

um grupo. Como analisa La Taille: “crianças precisam sim aderir a” regras

(que implicam valores e formas de conduta) e estas somente podem vir de

seus educadores, pais ou professores “os limites” implicados por estas regras

não devem ser apenas interpretados no seu sentido negativo: o que não pode

ser feito ou ultrapassado. Devem também ser entendidos no seu sentido

positivo: o limite situa, dá consciência da posição ocupada dentro de algum

espaço social – a família, a escola, e a sociedade como um todo “(La Talle,

1994, p.9. Grifos do autor)”.

Partindo desta premissa, no plano educativo, um aluno indisciplinado

não é entendido como aquele que questiona, pergunta se inquieta e se

movimenta na sala, mas sim como aquele que não tem limites, que não

respeita a opinião e sentimento alheios, que apresenta dificuldades em

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entender o ponto de vista do outro e de se auto governar (no sentido expresso

por Vygotsky, 1984), que não consegue compartilhar, dialogar e conviver de

modo cooperativo com seus pares. Neste caso, a disciplina não é

compreendida como mecanismo de repressão e controle, mas como um

conjunto de parâmetros (elaborado pelos adultos ou em conjunto com os

alunos, mas principalmente internalizados por todos), que devem ser

obedecidos no contexto educativo, visando à disciplina é concebido como

uma qualidade, uma virtude (do individuo ou de um grupo de alunos) e,

principalmente, como um objetivo a ser trabalhado e alcançado pela escola.

Como decorrência, a disciplina, ao invés de ser compreendida como um pré-

requisito para o aproveitamento escolar, é encarado como resultado (ainda

que não exclusivo) da prática educativa realizada na escola.

A análise destes termos, longe de ser diletantismo, pode nos sugerir

importantes aspectos que merecem ser examinados na discussão sobre a

indisciplina na sala de aula. O modo como interpretamos a indisciplina (ou a

disciplina), sem dúvida, acarreta uma série de implicações à prática

pedagógica, já que fornece elementos capazes de interferir,não somente nos

tipos de interações estabelecidas com os alunos e na definição de critérios

para avaliar seus desempenhos na escola, como também no estabelecimento

dos objetivos que se quer alcançar.

Já os profissionais da educação (diretores, coordenadores,

técnicos etc.) e, muitos pais, quando provocados a analisar as

possíveis causas da incidência deste comportamento nas escolas,

muitas vezes acabam por atribuir a responsabilidade ao professor.

Deste modo, a culpa que geralmente é atribuída ao aluno,

entendido como portador de defeitos ou qualidades morais e

psíquicas definidas independentemente da escola (Patto, 1993) ou

a família, passa a ser do professor. Nesta ótica, a origem da

indisciplina está relacionada exclusivamente a falta de autoridade

do professor, de seu poder de controle e aplicação de sanções. O

problema parece se reduzir à presença de maior ou menor “pulso”

para administrar e controlar a turma de alunos, assim como aplicar

medidas punitivas mais ou menos rigorosas. Nem é preciso

ressaltar que neste caso, a disciplina é sinônima de ordem,

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submissão e respeito hierarquia, e a idéia de autoridade se

confundem com autoritarismo (Davis: Luna, 1991).

É interessante observar que, do ponto de vista do aluno indisciplinado,

os motivos alegados costumam ser um tanto diferentes com bastante

freqüência, dirigem suas criticas ao sistema escolar. Reclamam não somente

do autoritaritarismo ainda tão presente nas relações escolares, mas também

da qualidade das aulas, da maneira que os horários e os espaços são

organizados, do pouco tempo de recreio, da quantidade de matérias

incompreensíveis, pouco significativas e desinteressantes, da aspereza de

determinado professor, do espontaneismo de outro, da falta de clareza dos

educadores, das aulas monótonas, da obrigação de permanecerem horas

sentados, da escassez de matérias e propostas desafiadoras, da ausência de

regras claras etc. Esses problemas foram relatados nos contatos diretos com

os alunos quando orientados por nós (grifo pessoal).

Nas interferências de Silva (2.004, pg.21) verificamos que:

Dentre as formas de indisciplina, a mais preocupante é a violência

escolar. Ela tem-se tornado cada vez mais comum em estabelecimentos

brasileiros e norte - americanos, e remete a uma situação tanto dos seus

pertences, dos bens públicos quanto de autodestritividade. Na escola,

aparece quase sempre sob a forma de ameaças e de assustamento de

colegas e até de professores.

Falaremos disso na próxima etapa deste trabalho.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

EM RELAÇÃO À INDISCIPLINA:

O pedagogo pode dedicar-se ao problema de três maneiras:

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a) Primeira: consultando todos os professores quanto à disciplina de suas

classes, consideradas separadamente, de maneira especifica.

b) Segunda: coletando todas as ocorrências de disciplina acontecidas dentro

e fora da sala de aula, para serem, posteriormente, estudadas em reunião,

com todos os professores.

c) Terceira: estimulando os professores a estudarem o problema da

disciplina, independentemente das ocorrências na escola.

Quanto ao primeiro caso, a supervisão poderia distribuir o seguinte

questionário para todos os professores:

QUESTIONÁRIO SOBRE DISCIPLINA

( a ser preenchido pelo professor)

1 – Nome do professor:- _______________________________

2 - Disciplina: _________________________________________

3– Série – turma:________________

4 – Tem problemas de disciplina nessa classe?

5 – Que dificuldades de disciplina apresentam a classe?

6 – Como se desenvolvem as mesmas?

7 – A que se atribui?

8 – Como tem tentado solucioná - las ?

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9 – Como têm sido os resultados?

10 – Que acha da disciplina geral da escola?

11 – Que medidas sugeririam para a melhoria disciplinar da classe?

12 – Que medidas sugeririam para a melhoria disciplinar da escola ?

Estes questionários seriam, depois de estudados, tratados um por um,

diretamente com cada professor, visando serem encontradas soluções justas

e satisfatórias para as dificuldades caracterizadas.

Interessante seria que alguma medida que tenha dado bons resultados

em uma classe fosse participada a todos os professores por meio de reuniões

ou por comunicados.

Quanto ao segundo caso, seriam coletadas todas as ocorrências tidas

como indisciplina, dentro e fora da sala de aula, e, no fim de cada mês, as

mesmas seriam apresentadas em reunião, para todos os professores, que

passariam a estuda – lãs em profundidade, visando encontrar soluções para

as mesmas.

Veja-se, não se visa a impor castigos, mas, sim, a procurar soluções,

com vistas à superação das ocorrências que sejam importantes para os

educadores e para a escola, com o objetivo máximo de se criar clima

favorável para que mais eficientemente se desenvolva o processo ensino-

aprendizagem.

Fato importante é que o pedagogo prepare o espírito dos professores

para “estudarem a fundo” as ocorrências e não com aquela atitude de que

elas são sempre de responsabilidade dos educadores.

Quanto ao terceiro caso, seria importante que o professor fosse

estimulado a interessar-se pelo que se passa no mundo, em todos os setores,

principalmente no das comunicações e da filosofia da educação, para que a

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disciplina fosse encarada de maneira objetiva, porém humana, sem

perfeccionismo ou formas de comportamento desumanas.

A equipe pedagógica, quanto à disciplina, poderia predispor a direção e

o corpo docente para que, no princípio de cada ano letivo, fossem elaboradas

as normas de disciplina da escola, considerando o comportamento do

educando dentro e fora da sala de aula, mas com a participação dos mesmos.

Este procedimento permitiria que houvesse um aperfeiçoamento

constante no campo da disciplina, de maneira consciente e democrática, em

função da experiência de cada um e das novas perspectivas surgidas na

sociedade

2.2 A VIOLÊNCIA E A AGRESSIVIDADE:

A violência é um problema social presente nas ações dentro das

escolas, e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no

processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de

formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos,

professores ou demais funcionários. Porém, o que vemos são ações

coercitivas, representadas pelo poder e autoritarismo dos professores,

coordenação e direção, numa escala hierárquica, estando os alunos no meio

dos conflitos profissionais que acabam por refletir dentro da sala de aula.

Nas escolas, as relações do dia-a-dia deveriam traduzir respeito ao próximo,

através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das

pessoas, visando atingir os objetivos propostos no projeto político

pedagógico da instituição.

A agressividade é compreendida como uma forma de se defender,

porém precisa ser orientada pelos pais desde os primeiros anos para não

ser algo que venha a trazer efeitos negativos para seu desenvolvimento.

Paciência e autoridade são duas maneiras de instruir a criança a usar sua

agressividade de forma equilibrada, como impulso de determinação.

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A ausência de limites, a tolerância excessiva dos pais, a falta de

tolerância perante frustrações, violência física ou emocional, ausência de

carinho são fatores que provocam comportamentos agressivos, porém é

interessante observar também se a criança não está passando por um

momento de transformação em sua família, como separação dos pais, ganho

ou perda de novos membros na família, seja por nascimento de irmão ou

morte de alguém querido.

Independente de qual seja o desencadeador que explique os atos de

violência, tudo esbarra no fator psicológico, ou seja:

. Um ato violento significa que a pessoa não conseguiu se controlar ou conter

os impulsos agressivos;

. Os impulsos agressivos ocorrem como forma de expressão da não aceitação

de uma idéias ou atitude, ou seja, a pessoa não quer ser contrariada.

A escola junto com a sociedade que a freqüenta, vem sofrendo com o

fenômeno da violência e a agressividade, em muitas vezes, de forma brutal e,

cada vez mais preocupada com esse problema, visto que a vida é o bem

maior das pessoas em nossa sociedade.

Segundo Sposito, 1998, pg.60.

Violência é todo ato que implica a ruptura de uma ligação pelo uso

da força. Nega-se assim, a possibilidade da relação social que se

instala pela comunicação, pelo uso da palavra, pelo diálogo e pelo

conflito.

Nas escolas, a violência física é caracterizada por brigas, agressões,

depredações, até morte, e os conflitos se registram entre vários atores:

alunos e professores, alunos e alunos, alunos e funcionários, etc.

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Não é demais relembrar algo que parece óbvio : a violência não está

restrita aos muros da escola,

e esta está certamente relacionada ao contexto social em que se insere. Isso

não quer dizer que a escola e seus membros possam isentar-se de sua

responsabilidade de transformação diante da sociedade. Embora algumas

formas de violência que ocorrem nos limites da escola sejam motivo

constante de preocupação, em especial aquelas protagonizadas por

alunos,elas devem ser enfrentadas em todas as suas formas, primeiramente,

reconhecendo sua existência, e depois pensar em estratégias efetivas de

intervenção e prevenção.

Devemos focar a atenção na necessidade da prevenção à violência e a

agressividade utilizando o diálogo como forma da resolução de conflitos e

que promovam a solidariedade e a cooperação entre os alunos criando com

isso um ambiente que aceite e respeite as diferenças inerentes a cada

indivíduo e que promovam a tolerância nas relações interpessoais,

proporcionando um ambiente escolar alegre e criativo, resultando na

melhoria do processo ensino aprendizagem.

MEDIDAS A SEREM TOMADAS QUANDO O PROFESSOR

SOFRE VIOLÊNCIA OU AGRESSIVIDADE:

“Quando um professor sofre ameaça ou qualquer forma de maus tratos por

parte dos alunos, que coloque em risco a sua integridade física ou

reputação pessoal , ele deve procurar, de forma indireta, a direção da

escola . Em caso de omissão por parte da instituição, ele deverá de dirigir a

uma delegacia de polícia para fazer um boletim de ocorrência.

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IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS CONTRA A VIOLÊNCIA NAS

ESCOLAS:

1) Cuidados com o entorno ou vizinhança da escola - zonas seguras.

. Colocar semáforos, passarelas, faixas de pedrestes;

. Cuidar do bom estado da iluminação;

. Controlar venda de bebidas alcoólicas em locais próximos;

. Proibir a existência de estabelecimentos de jogos de azar;

. Coibir a circulação de drogas ilícitas.

2) Lazer – Abertura do espaço escolar:

. Implementar programas para abertura da escola nos finais de semana com

propostas de envolvimento da comunidade , da família e dos alunos em

atividades culturais, artísticas, esportivas e de lazer, com a tônica em

educação para a cidadania e na construção de uma Cultura de Paz;

. promover atividades ( artes , esportes, etc.) que envolvam os alunos da

escola, a comunidade e a família;

3) Interação da escola, família e comunidade em que se situa a escola para a

redução da violência;

4) Atividades de cunho transdisciplinar:

. Conscientização dos alunos quanto ás conseqüências do uso de armas, de

drogas, roubos ou assaltos, preconceitos contra homossexuais, e atitudes

discriminatórias quanto às diferenças étnicas e de gênero

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5) Clima da Escola:

Cuidar do estado físico e da limpeza da escola. Criar ambientes agradáveis,

boa iluminação e ventilação, mobiliário em bom estado e espaço adequado

para as atividades escolares e de lazer;

. Desenvolver o sentido de pertencimento à escola com a participação de

todos os seus integrantes em diversas atividades;

. Contar com espaços para laboratórios químicos, de informática para o

desenvolvimento de atividades artísticas e esportivas;

. Incentivar cursos de grafite e restauração, estimulando o sentido de

pertencimento à escola e combatendo o vandalismo e a pichação do

patrimônio escolar.

6) NORMAS:

. Ter regras claras de disciplina e de expectativa quanto ao

comportamento e ao desempenho dos alunos, professores e funcionários;

. regras claras sobre medidas punitivas para comportamentos inadequados;

. Ter normas de punição para violência de professores e funcionários contra

alunos e vice – versa;

. Ter normas sobre deveres de professores e demais funcionários , para com

o corpo discente , como a obrigação da assiduidade e pontualidade e de

ministrar aulas da melhor qualidade;

7) SEGURANÇA: Contar com policiamento para :

. Apreender armas na escola, combinando medidas preventivas com

punitivas;

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. Dar segurança aos alunos e membros da comunidade, não sómente na

escola, mas também em seu entorno;

. Dar prioridade à segurança e à vigilância nos horários de entrada, saída e no

recreio;

. Ter regras explícitas sobre o uso do uniforme, visando a identificação dos

alunos;

8) VALORIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS JOVENS:

. Valorizar os jovens, respeitando sua autonomia e os casos de conflitos,

discutindo diretamente com os envolvidos;

. Estimular a organização de grêmios ou de entidades de formato próprios;

. Discutir com os jovens os temas de violência embasada na experiência

deles;

. Estimular o uso de mural organizado pelos alunos com assuntos educativos;

REGIMENTO ESCOLAR E ECA:

Todos os alunos, pais, professores e profissionais que lidam com

crianças e adolescentes no dia a dia, devem ter conhecimento e entendimento

da legislação que rege o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do

Regimento Escolar da Escola onde atua. Dessa maneira, todos podem se

informar sobre seus atos e comportamentos, bem como saber as

conseqüências que deles podem surgir.

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2.3 O FENÔMENO BULLYING:

Aliada à Indisciplina e a Agressividade, nas escolas outra forma de

violência deve despertar a atenção dos profissionais que atuam na educação:

aquelas que se apresentam de forma velada, por meio de um conjunto de

comportamentos cruéis, intimidadores e repetitivos, prolongadamente contra

uma mesma vítima, e poder destrutivo é perigoso tanto à comunidade escolar

e a sociedade como um todo, pelos danos causados ao psiquismo dos

envolvidos. Referimo-nos ao fenômeno bullying que vem se disseminando nas

escolas.

Segundo Silvia Beaccio, 2011, pg.94,

Uma atitude repetitiva de violência e de perseguição caracteriza o

bullying, palavra de origem inglesa cada vez mais pronunciada

entre muros das escolas e consultórios de psicólogos e psiquiatras.

O substantivo nasceu de um adjetivo, bully, que significa valentão.

No pior sentido da palavra. Quando os valentões se multiplicam,

eles viram bullies.

A prática da perseguição repetida-conhecida pelo termo inglês bullying-

é tão antiga quanto à própria escola. Mas só começou a ser estudada como

fenômeno com conseqüências dramáticas a partir da década de 70. De lá

para cá, o que era tratado como brincadeira normal de criança virou uma

questão tão séria que, em alguns países como nos Estados Unidos, é

considerada assunto de saúde pública.

As vítimas fazem parte de um grupo bem definidos e tem alguma

diferença que as torna o alvo: são magrinhos, gordinhos, nerdes, de outra

raça ou orientação sexual divergente E comum que os pais achem difícil

reconhecer o comportamento violento de um filho, preferindo tratar o problema

como coisa da idade.

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Afinal, como surgem essas mentes perigosas que sentem prazer em

infernizar o outro? Meninos e meninas que exibem esse tipo de

comportamento se inserem em um desses quatro grupos:

No primeiro estão crianças que não tiveram limites, pois os pais

ausentes trocam à função de educadores pela de amigos “filhos não querem

amigos, querem pai e mãe.” grifos do autor.

O segundo inclui crianças que não tiveram exemplos em casa.

Já o terceiro, se refere a meninos e meninas com alterações de

comportamento aparentemente repentinas.

O quarto grupo, o de crianças de índole genuinamente perversa;

minoria absoluta entre os bullies e bem mais complicada. Desde muito cedo,

2, 3 anos, elas demonstram incapacidade de sentir o sofrimento do outro. Há

uma indiferença no olhar. Não se comovem diante da dor de um animal, não

retribuem um sorriso, um carinho.

A incidência de bullying é maior entre adolescentes de 11 a 15 anos. A

maioria das vitimas é do sexo masculino, mas eles tendem a minimizar a

gravidade das ocorrências. Já as meninas manifestam sentimento de tristeza

e mágoa como vitimas de fofocas e isolamento. Os estudantes apontam à

necessidade de obter popularidade, como uma das maiores razões do

comportamento agressivo seguido de perto pelo desejo de se sentirem

poderosos diante dos demais e pela ausência do medo da punição.

Muitas escolas ainda estão despreparadas para enfrentar o problema

com o tamanho que ele tem. As instituições de ensino têm de agir antes de o

bullying acontecer.

Diz o artigo 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente:

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“Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e

opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou

punição ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.

A sociedade é responsável por zelar por esse direito tão obvio. Sem um

trabalho de prevenção, o ambiente escolar se contamina e todos são

afetados negativamente: as vítimas, os agressores, as testemunhas e as

famílias.

1 Formas de bullying:

1.1 Verbal: Insultar, ofender, xingar, fazer gozação, colocar apelidos

pejorativos, fazer piadas ofensivas, “zoar”;

1.2 Físico e Mental: chutar, espancar, empurrar, ferir, beliscar, roubar, furtar

ou distribuir os pertences das vítimas, atirar objetos contra as vítimas; bater,

1.3 Psicológico e Moral: irritar, humilhar e ridicularizar, excluir, isolar, ignorar,

desprezar ou fazer pouco, discriminar, aterrorizar e ameaçar, chantagiar e

intimidar, tiranizar, dominar, perseguir, difamar, passar bilhetes e desenhos de

caráter ofensivo entre os colegas, fazer intrigas, fofocas ou mexericos (mais

comum entre as meninas).

2 Como identificar os agressores:

2.1Faz brincadeiras ou gozações com os colegas diariamente;

2.2 Coloca apelidos pejorativos ou prefere chamar os colegas pelo nome ou

sobrenome;

2.3 Insulta, menospreza, ridiculariza e difama sem culpa;

2.4 Faz ameaças, dá ordens, domina e subjuga os tímidos;

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2.5 Incomodam, intimidam, empurram, picham , batem, dão socos, pontapés,

beliscões, puxam os cabelos, envolvem – se em discussões e

desentendimentos;

2.6 Pegam materiais, dinheiro, lanche e outros pertences dos colegas sem

consentimentos.

Também em casa observar se:

1. Volta da escola com as roupas amarrotadas e exibe certo ar de

superioridade;

2. Apresenta atitude desafiante e hostil com os pais e irmãos;

3. É habilidoso para sair – se bem em situações complicadas;

4. Tenta exteriorizar sua autoridade sobre alguém frágil;

5. Porta objetos ou dinheiro sem justificar a origem.

Mudanças de comportamento são sinais importantes e podem sinalizar aos

pais que os filhos estão sendo vitimas de bullying

A criança ou adolescente pode, repentinamente:

Pedir para mudar de turma;

Apresentar queda do rendimento escolar;

Passar a ter dificuldade de atenção;

Apresentar sintomas físicos, como dor de cabeça ou de estômago e suor

frio, indicando o violento e elevado nível de angústia a que está sendo

submetido;.

Não quer mais freqüentar a aula.

Hostilidades sempre existiram no ambiente escolar, mas elas se

potencializaram com o surgimento da internet e ocasionando o

surgimento do ciberbullying ou o bullying na internet. A sensação

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de que não serão descobertos e de impunidade acaba levando os

adolescentes a criarem páginas e conteúdos agressivos e a

dispararem contra os colegas, sem medo. Cleo Fante, pg.61.

A tecnologia que poderia ser utilizada como meio benéfico - para

troca de informação e de contato social - passou, nos casos de bullying, a

ser utilizada de forma agressiva e psicologicamente violenta por parte dos

agressores.

Além de apresentar qualidade de ensino, a boa escola não é aquela

onde necessariamente não ocorra, mas sim aquela que, quando ele existe,

sabe enfrentá-lo com coragem e determinação.

A perseguição pode ter efeitos lesivos e duradouros contra as vitimas e até

mesmo contra suas famílias. Daí a importância de se descobrir o problema a

tempo de reparar os danos.

Qualquer indivíduo que tenha sofrido qualquer tipo de ameaça verbal,

física ou psicológica precisa de ajuda e necessita ser protegido. Os adultos

devem informar à criança ou ao adolescente que o que ela sofreu será

cuidado pela família, pela escola, pela comunidade ou pelas autoridades da

lei.

Muito importante também é deixar claro para a vítima, seja qual for a

sua idade, que ela não é culpada pelas perseguições que está sofrendo,

reafirmando que ela tem valores e qualidades que devem ser muito

respeitados. Os pais devem sempre se mostrar disponíveis a escutar o filho,

permitindo que expresse seus sentimentos diante da ameaça ou da

agressão que vivenciou.

Devem também evitar criticar a criança ou adolescente quando,

sozinhos, não conseguirem enfrentar a situação, jamais devem ignorar ou

minimizar o problema de seu filho e muito menos estimular agressão ou

revide.

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Para combater os casos de ciberbullying, as seguintes medidas

devem ser tomadas:

Reforçar que as vitimas deve procurar ajuda de um adulto da família na

ocorrência de situações difíceis

A vítima, com apoio dos pais, deve relatar o ocorrido para um

responsável na escola.

Juntar provas materiais, salvando e imprimindo as páginas com as

ofensas.

Pedir ao provedor para tirar a página com as agressões do ar

Procurar uma delegacia e fazer o boletim de ocorrência

Procurar ajuda de um especialista quando os recursos de apoio

emocional da família se esgotar.

Hostilidades sempre existiram no ambiente escolar, mas elas

se potencializaram com o surgimento da internet e ocasionando o

surgimento do ciberbullying ou o bullying na internet. A sensação

de que não descobertos e de impunidade acaba levando os

adolescentes a criarem páginas e conteúdos agressivos e a

dispararem contra os colegas, sem medo. Cleo Fante, pg.61.

A tecnologia que poderia ser utilizada como meio benéfico - para

troca de informação e de contato social - passou, nos casos de bullying, a

ser utilizada de forma agressiva e psicologicamente violenta por parte dos

agressores.

Devemos dar atendimento especial aos casos de bullying, apesar de

considerá-lo um fenômeno novo, pois o mesmo vem sendo objeto de

investigação e de estudos nas últimas décadas, despertando a atenção para

suas conseqüências nefastas, uma vez que se evidencia pela “desigualdade

entre iguais”, resultando num processo em que os” valentões “projetam sua

agressividade com requintes de perversidade e de forma oculta dentro de um

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mesmo contexto escolar”. Por outro lado, considera-se o bullying também um

fenômeno antigo, por se tratar de uma forma de violência que sempre existiu

nas escolas onde os “valentões” continuam oprimindo e ameaçando suas

vítimas por motivos banais e até hoje ocorre despercebida da maioria dos

profissionais da educação.

CONSELHOS PARA A S ESCOLAS:

Envolvimento da comunidade escolar

Mostre aos pais e a comunidade que a responsabilidade pelo comportamento

doa alunos é de todos. Faça reuniões, palestras com profissionais, explique o

que é o bullying , e peça a participação e contribuição de pais, professores,

coordenadores, vizinhos, funcionários, enfim de qualquer um que tenha

contato com situações de violência .

Capacitação de profissionais

Torne o assunto pauta dês reuniões de professores.Existem apostilas,

vídeos,cursos, e muito material de pesquisa na internet. Vários profissionais

da escola devem ter um “olhar clinico” para identificar, caracterizar ,

diferenciar e pensar em possíveis soluções para casos de bullying. Incentive a

observação da rotina dos alunos , de forma próxima e presente

Serviço de denuncia

Por medo , a maioria das vitimas não procura ajuda. Facilite o contato através

da divulgação de um e-mail para receber denúncias e investigá-las . Outra

possível solução , simples e de baixo custo, consiste na criação de uma

“Caixa Ante- Bullying “, que deve ficar num local de fácil acesso para que

qualquer um possa denunciar ou pedir ajuda através de bilhetes . Por outro

lado, nunca deixe a caixa num lugar de grande concentração de alunos , pois

a vitima pode ter medo de ser vista pelo agressor.

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Estimulação de comportamentos positivos

O ser humano aprende pela observação . Antes d cobrar determinados

comportamentos dos alunos , é preciso garantir que todos os adultos da

escola comportam-se de maneira solidária e cooperativa, demonstrando

tolerância , empatia a até cuidado com outras pessoas .

Nenhum comportamento se altera da noite para o dia , mas pode ser moldado

aos poucos. Valorize e elogie os bons comportamentos .

Estimule o envolvimento dos jovens em projetos sociais , que desenvolvem

valores como o respeito, a colaboração , e o trabalho em equipe.

Orientação familiar

Promova encontros com os pais , faça cartilhas de orientação e procure com

muito cuidado sensibilizá-los sobre a importância de participarem do processo

,afinal eles são os primeiros modelos dos filhos.

Explique que uso da agressão em casa (física e verbal) aumenta as chances

da criança reproduzir o mesmo comportamento na escola, e que as

demonstrações de afeto envolvimento e dedicação estão diretamente

relacionadas a comportamentos pró-sociais e também com a autonomia dos

filhos.

O agressor

Atitude hostil, desafiadora e agressiva;

Ameaças constantes para pessoas próximas (independente da

idade);

Habilidade para sair de situações difíceis ;

Tratava de impor autoridade sobre outras pessoas ;

Portar dinheiro ou pertences sem justificar a origem dos mesmos .

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A vitima

Comportamento pouco sociável ;

Forte insegurança (o que os impede de solicitar ajuda);

Tem poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem

efetivamente aos atos de agressividade sofridos;

Apresenta com freqüência dores de cabeça, pouco apetite, dor de

estomago, tonturas;

Mudanças de humor inesperadas e recorrentes, apresentando as

vezes “explosão de irritação”

Volta da escola com roupas amassadas e rasgadas ou ate com

material escolar danificado;

Desleixo gradual em tarefas escolares;

Aparenta tristeza, contrariendade ou aflição constantes;

Apresenta feridas , contusões , cortes ou arranhões sem saber

dizer conde se machucou;

Dá muitas desculpas para faltar as aulas ;

Possui poucos amigos ou passa muito tempo isolado deles;

Pede dinheiro extra a família ou chega a furtar dinheiro , gastos

altos na cantina.

4) ATIVIDADES A SEREM FEITAS NA ESCOLA:

4.1 Colocar cartazes com os temas: justiça, dignidade e reciprocidade para

que reflitam sobre o assunto. (estímulo);

4.2 Exigir das pessoas a polidez (boa educação): palavras mágicas (bom

dia, boa tarde, obrigada);

4.3 Apresentação de Vídeos e palestras com assuntos polêmicos ex: laranja

mecânica;

4.4 Palestras com os pais e com vídeos;

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4.5 Fazer reuniões com os alunos que sofreram ou sofrem bullying na

escola:

4.6 Convidar pessoas para dar apoio às vítimas de bullying. Essas pessoas

não sofreram bullying mas não o aceitam;

4.7Identificar os causadores de bullying e chamá-los para reunião individual

ou o grupo com o objetivo de refletir sobre a conduta que está ocorrendo e

para que se coloque no lugar do outro e sinta a dor do outro;

4.8 Fazer levantamento inicial e periodicamen6e com o fim de avaliar se está

surgindo resultados tais reuniões;

4.9 Nos casos mais graves, chamar os pais juntamente com o Conselho

Escolar e ou Tutelar e o sujeito que pratica ou praticou o bullying e

conversar sobre o assunto e para que não volte a acontecer / intimidação.

Fazer de modo reservado;

4.10 Promover um espaço escolar pautado no exercício das virtudes:

Discutir dilemas, vídeos e matérias jornalísticas que levem a

resultados melhores , visto que exposições orais surtem pouco resultado;

O que pode servir de anteparo é transformar a escola em espaço de

fidelidade, a justiça, a prudência, a generosidade e o bom humor.

Concluímos este texto afirmando que não existe “ receita pronta” contra

o Bullying e as ações empreendidas nesse sentido devem focar a realidade de

cada escola. Todas aquelas estratégias que possibilitam a resolução de

conflitos e a redução da intimidação e agressão entre os alunos devem ser

postas em discussão e implementadas à medida que forem provadas pela

comunidade escolar .

Para finalizar, destaca-se mais uma vez que a escola é um espaço de

aprendizagem e de formação de pessoas. Para que isso seja garantido, é

imprescindível a existência de um ambiente seguro, onde os alunos possam

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aprender e conviver com outras pessoas, num clima saudável e tranqüilo.

Além de ser importante do ponto de vista do desenvolvimento humano, tal

ambiente é direito da criança e do adolescente, estabelecido pelo Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA), que ratificou o direito desta população à

liberdade, respeito e dignidade. O direito ao respeito como diz o Artigo 17 do

ECA, “consiste na inviolabilidade da identidade, da autonomia dos valores,

idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”. A existência de bullying

nas escolas fere integralmente esse direito e deve ser combatido por todas as

instâncias de nossa sociedade.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

PROJETO: Mediação de Conflitos na Escola.

Prezado (a) Professor (a) Orientador de Turma ou Professor Pedagogo.

Solicitamos a sua colaboração no sentido de responder as questões

deste questionário, assinalando as alternativas que achar mais viável ao

que é perguntado. Os dados colhidos serão utilizados em um trabalho do

PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional. Não precisa

identificar-se. Com meus agradecimentos, Rosângela de Oliveira Silva.

1)Há quanto tempo você atua como Professor e ou Professor Pedagogo?

Entre:

( ) 01 e 05. ( ) 06 e 10. ( ) 11 e 15 ( ) 16 e 20 ( ) mais de 21 anos.

2) O que acontece na escola e você considera manifestações

de Indisciplina, Violência e/ ou agressividade:

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( ) apelidos que incomodam. ( ) brincadeiras que causam

aborrecimentos. ( ) acusações

( ) intimidações. ( ) furtos de materiais escolares; lanches e dinheiro. ( )

gestos ofensivos.

( ) violência física através de chutes e pontapés. ( ) violência

verbal ( ) ofensas.( ) bullying.

( ) comentários maldosos. ( ) agressões a outros colegas ( ) vítimas de

chantagem.( ) gozações

( ) o não respeito aos colegas. ( ) o não respeito aos professores e demais

funcionários .

( ) a não valorização da parte física do colégio: destruindo, estragando ,

desperdiçando.

3) Com que freqüência isso acontece:

( ) todos os dias. ( ) uma vez por semana. ( ) duas ou mais vezes por

semana .( ) às vezes.

4) Locais:

( ) salas de aula. ( ) pátio de recreio. ( ) nos corredores. ( )

banheiros. ( ) quadra de esportes. ( ) biblioteca. ( ) fora da escola. ( )

outros locais da escola. Quais?______________________

5) Classifiquem de 01 a 20 as manifestações de Indisciplina,

Agressividade e Violência na escola conforme elas mais aparecem:

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( ) agressão física ( brigas entre alunos , chutes e pontapés, tapas;

( ) agressão verbal: ofensas, intimidações, comentários maldosos ou

gozações, falar palavrões;

( ) vandalismo: quebra, estragos ou desperdícios:

( ) gazear : matar aula ( ) não fazer tarefa de

casa ou entregar trabalhos nas datas estipuladas pelo professor;

( ) ocupar-se em classe com atividades estranhas à aula:

( ) não realizar em classe as atividades determinadas pelo professor;

( ) não prestar atenção na hora da explicação e depois não saber fazer a

tarefa;

( ) Distrair a atenção dos colegas com ditos, objetos ou de qualquer outra

forma (MP3,4, celular.

( ) faltar principalmente nos dias de prova ou entrega de trabalhos (sem

justificativa);

( ) chegar atrasado(a) ( ) no início das aulas ou ( ) após o intervalo;

( ) grafar nas paredes, carteiras, ou material escolar, palavras inadequadas;

( ) faltar com respeito com o professor, colegas ou funcionários;

( ) conversar durante às aulas:

( ) alunos respondões (mal criadagem);

( ) vir sem uniforme para a escola ou com roupas consideradas

inadequadas;

( ) sair da sala de aula sem autorização do professor (a);

( ) sair da escola sem autorização

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( ) Praticar o bullying na escola: agressões sempre ao mesmo indivíduo

e continuamente;

( ) furtos de materiais escolares, lanches e dinheiro na escola e nas salas de

aula;

( ) Outras? Quais ?______________________________________

6) Para você, a indisciplina a agressividade e a violência do (s ) aluno (s)

tem origem:

( ) na sociedade de modo geral ( ) nas condições sócio econômicas da

família; ( ) na falta de preparo: ( ) dos professores ou ( ) dos

pedagogos para lidar com a questão:

( ) é normal no (a ) aluno ( a) ; ( ) na metodologia de ensino.

7) O que você sabe a respeito de Bullying?

( ) muito pouco; ( ) o suficiente; ( ) quase tudo.

8) O Professor e ou o Pedagogo capaz de conseguir que o aluno seja

disciplinado é aquele que:

( ) que domina os conteúdos; ( ) é amigo(a) e compreensivo

(a); ( ) enérgico e dominador; ( ) consegue prender a atenção

dos alunos: ( ) é comprometido com a Escola.

9) Você resolveria os problemas de Indisciplina , Agressividade e

Violência na escola :

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( ) dialogando com o (a) aluno (a); ( ) chamando a atenção do (a) aluno

(a) :

( ) retirando o (a) indisciplinado (a) da sala; ( ) encaminhando o (a) aluno

( a) ao pedagogo .

( ) fazendo o aluno participar da aula mantendo seu tempo ocupado;

( ) conversando com os pais e/ ou responsáveis pelo (a) aluno (a);

( ) outros métodos: Quais?__________________________________

10) Classifique de 01 a 07, conforme a importância, as variáveis do que

depende a solução dos conflitos em relação à Indisciplina,

Agressividade e a Violência na Escola:

( ) melhoria no processo de ensino; ( ) melhorar as relações professores (

a) e alunos(as);

( ) fazer cumprir o regimento escolar; ( ) expulsar os alunos

indisciplinados;

( ) organizar atividades extra classe; ( ) professor dominar os conteúdos;

( ) professor preparar suas aulas , distribuindo bem as atividades à classe;

( ) fazer da classe um ambiente agradável; ( ) atender aos interesses e as

necessidades dos (as) alunos (as) ; ( ) dar aos (as ) alunos (as)

responsabilidades definidas de acordo com a capacidade de cada um.

11) Responda com suas palavras:

a) O que você entende ser o papel do (a) pedagogo (a)?________________

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_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

____________________________________________________________

b) Que ações você espera do (a) pedagogo (a) ou faz como pedagogo

(a) diariamente na escola ou no colégio em que você atua?

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

PROJETO: Mediação de Conflitos na Escola.

Questionário sobre a Participação dos Pais na Vida escolar dos filhos.

Senhores Pais e/ou Responsáveis de alunos.

Solicitamos a sua colaboração no sentido de responder as questões

deste questionário, assinalando as alternativas que achar mais viável ao

que é perguntado. Os dados colhidos serão utilizados em um trabalho do

PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional. Não precisa

identificar-se. Com meus agradecimentos, Rosângela de Oliveira Silva.

1) Escolaridade:

Pai: ( ) 4ª Série ( ) 1º grau ( ) 2º grau completo ( ) 2º grau

incompleto ( ) superior

Mãe:( ) 4ª Série ( ) 1º grau ( ) 2º grau completo ( ) 2º grau

incompleto ( ) superior

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2)Quem respondeu este questionário?

( ) Pai ( ) mãe ( ) outra pessoa. Quem?________

3) Você conhece a Escola de seu (sua) filho (a)?

( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos

4) Você acha importante a participação da família na escola?

( ) Sim ( ) Não

5) Você conhece os professores de seu (sua) filho (a)?

( ) Sim ( ) Não

6) Procura a escola para saber sobre o desenvolvimento de seu (sua)

filho (a)?

( ) Sim ( ) Não

7) Você se considera presente na vida escolar de seu (sua) filho (a)?

( ) Sim ( ) Não

8)Participa das reuniões na escola quando convocado (a)?

( ) Sim ( ) Não. Motivo: __________

9) Como você faz para saber se a escola trabalha de maneira adequada

para atender as necessidades educacionais do seu (sua) filho (a)?

( ) telefona para a escola só quando acontece algo de errado com seu (sua)

filho (a);

( ) procura se informar do comportamento / rendimento de seu (sua) filho

(a)em outro ambiente;

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( )manda alguém representa -lo na escola para tratar de assuntos referentes

ao seu (sua) filho (a)

10) O que você faz para participar da vida escolar de seu (sua) filho (a)?

( ) ajuda os (as) filhos nas tarefas;

( ) sabe quais as disciplinas que ele (a) tem mais dificuldades ou facilidades;

( ) participa das atividades da escola, reuniões, promoções;

( ) outras : ___________________________________________

11) De acordo com o relato de seu (sua) filho (a) quais manifestações

de Indisciplina, Violência e/ ou agressividade acontece na escola com

mais freqüência?

( ) apelidos que incomodam. ( ) brincadeiras que causam

aborrecimentos. ( ) acusações

( ) intimidações. ( ) furtos de materiais escolares; lanches e dinheiro. ( )

gestos ofensivos.

( ) violência física através de chutes e pontapés. ( ) violência

verbal ( ) ofensas.( ) bullying.

( ) comentários maldosos. ( ) agressões a outros colegas ( ) vítimas de

chantagem.( ) gozações.

( ) o não respeito aos colegas. ( ) o não respeito aos professores e demais

funcionários .

( ) a não valorização da parte física do colégio:destruindo, estragando ,

desperdiçando.

12) Com que freqüência isso acontece:

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( ) todos os dias. ( ) uma vez por semana. ( ) duas ou mais vezes por

semana .( ) às vezes.

13) Locais:

( ) salas de aula. ( ) pátio de recreio. ( ) nos corredores. ( )

banheiros. ( ) quadra de esportes. ( ) biblioteca. ( ) fora da escola. ( )

outros locais da escola. Quais?______________________

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

PROJETO: Mediação de Conflitos na Escola.

Senhores (as) alunos (as):

Solicitamos a sua colaboração no sentido de responder as questões

deste questionário, assinalando as alternativas que achar mais viável ao

que é perguntado. Os dados colhidos serão utilizados em um trabalho do

PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional. Não precisa

identificar-se. Com meus agradecimentos, Rosângela de Oliveira Silva.

1 )Sexo:

( ) Masculino ( ) feminino

2) Idade entre:

( ) 10 e l2 anos ( ) 13 e15 anos ( ) 16 e 18 anos ( ) mais de 19 anos

3) Você estuda:

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( ) na 5ª série ( ) na 6ª série ( ) na 7ª serie ( ) na 8ª serie ( ) no 1° ano do

ensino médio ( ) no 2°ano do ensino médio.

4) Você gosta de estudar?

( ) sim ( )não .Por quê?_________________________________

5) Seus pais são:

( ) casados e vivem juntos ( )casados e vivem separados

( ) a mãe é viúva ( ) o pai é viúvo ( ) tem outra situação

6) Como são seus pais em relação a você como pessoa (seus estudos,

seus amigos, no todo);

( ) tem atitudes controladoras em excesso; ( ) são preocupados demais e

o (a) respeitam;

( ) em geral são equilibrados, procuram ouví-lo;( ) não se preocupam

com você;

7) Acompanhamento Escolar:

( ) seus pais sempre acompanham seus deveres escolares;

( ) seus pais não se preocupam com sua vida escolar:

( ) Você sempre cumpre seus deveres escolares e não precisa da

supervisão dos seus pais

( ) gostaria que seus pais se preocupassem mais com seus estudos

8) Você estuda por quê?

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( ) acha importante para sua vida; ( ) seus pais obrigam; ( ) nunca

pensou no assunto;

9) Na escola você:

( ) mata aulas sempre que pode ; ( ) quando assiste quase não presta

atenção;

( ) não mata aulas , mas em geral não presta atenção; ( ) mata aula porque

sabe que a escola não pune; ( ) não mata aulas nunca e em

geral presta atenção;

10) Você briga muito na escola?

( ) sim ( )não .Por quê?_________________________________

11) Para você o Professor capaz de conseguir uma classe disciplinada é

aquele (a) que:

( ) e domina os conteúdos; ( ) é amigo (a) e compreensivo

(a); ( ) enérgico e dominador; ( ) consegue prender a atenção dos

alunos: ( ) é comprometido com a Escola

12) Você se considera na escola, um (a) aluno (a):

( ) disciplinado (a) ( ) indisciplinado ( ) muito tímido ( ) normalmente

tímido ( )sem timidez

13) Você acredita que a indisciplina é:

( ) uma coisa normal ( ) uma coisa anormal ( ) uma coisa normal da

adolescência ( ) não devia existir ( ) baixo auto estima ( ) ausência de

regras ou limites

14) Você tem problemas: (pode marcar mais de um).

( ) econômicos. Quais?________________________ ( ) de estudo .

Quais?________________

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( ) familiares . Quais?__________________________ ( ) no trabalho .

Quais?_______________

15) O combate à indisciplina, agressividade ou violência na escola se

faz:

( ) expulsando da classe os mais indisciplinados, violentos ou agressivos;

( ) o Pedagogo ou o Diretor conversar com os (as) alunos ( as);

( ) o professor agindo com mais firmeza com os indisciplinados, violentos ou

agressivos;

( ) chamando os pais para tomar providências.

16) O que você sabe a respeito de Bullying?

( ) muito pouco; ( ) o suficiente; ( ) quase tudo.

17) Quais manifestações de Indisciplina, Violência e/ ou Agressividade

acontece na escola com mais freqüência?

( ) apelidos que incomodam. ( ) brincadeiras que causam

aborrecimentos. ( ) acusações

( ) intimidações. ( ) furtos de materiais escolares; lanches e dinheiro. ( )

gestos ofensivos.

( ) violência física através de chutes e pontapés. ( ) violência

verbal ( ) ofensas.( ) bullying.

( ) comentários maldosos. ( ) agressões a outros colegas ( ) vítimas de

chantagem.( ) gozações.

( ) o não respeito aos colegas. ( ) o não respeito aos professores e demais

funcionários .

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( ) a não valorização da parte física do colégio:destruindo, estragando ,

desperdiçando.

18) Com que freqüência isso acontece:

( ) todos os dias. ( ) uma vez por semana. ( ) duas o

19) O que a escola representa para você?

( ) espaço para o conhecimento ( ) espaço de diversão ( ) nada.

20) Qual a sua reação diante de atos violentos?

( ) indiferença ( ) pede ajuda ( ) reage da mesma forma

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Psicologia e Educação na Infância. Lisboa: Editora Estampa.

UNIDADE III ATENDIMENTO AOS ALUNOS, PROFESSORES,

PAIS E / OU RESPONSÁVEIS PELOS (AS) ALUNOS (AS):

1) Conceito de atender:

1.1 atender

Dar, prestar atenção, tomar em consideração, acolher com atenção ou

cortesia, seguir, acatar, defender, intervir; estar atento.

1.2 Atendimento :

ato ou efeito de atender.

2) ATENDIMENTO AOS (AS) ALUNOS (AS):

2.1 A escola, o aluno e o que é ser estudante:

Escola não é o lugar em que as pessoas vão para viver momentos

agradáveis de encontro, mas uma instituição que tem como função básica

transmitir a cultura historicamente acumulada e criar novos conhecimentos.

É o lugar onde os alunos se capacitam a pensar, articular bem o

pensamento, para poderem melhor se posicionar, em qualquer situação.

Tem como objetivo final que o maior número de alunos adquira o

máximo de conhecimentos, pois é a escola, para a maioria da população, o

único canal de acesso ao conhecimento.

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A palavra ALUNO tem origem latina, em que “a” corresponde a

“ausente” ou “sem” e que” lúmen significa “luz”. Portanto, aluno quer dizer

“sem luz”, “sem conhecimento”.

Não concordando com o significado dessa palavra, vamos substituí-la

por ESTUDANTE em nossos escritos. Estudante significa pessoa que estuda

que aplica a inteligência para aprender. É o caso das crianças, adolescentes e

jovens que freqüentam a escola.

A relação pedagógica é ativa e recíproca, síntese de condições

objetivas e subjetivas. O professor é o mediador entre a sociedade em geral e

o aluno um ser, em desenvolvimento. Nessa relação, o pedagogo atuaria,

aprofundando a compreensão do professor quanto às características do

aluno, enquanto componente de um grupo sócio econômico cultural, e quanto

às peculiaridades do aluno, enquanto componente do grupo de crianças ou de

jovens ou adolescentes.

O estudante, de acordo com o dicionário, não passa de uma pessoa

que estuda, porém, se analisado com outros olhos, o estudante é muito além

do que um aluno. É aquele que junto de seus professores está para aprender,

adquirir conhecimento para, futuramente, poder compartilhar sua cultura e

tornar a sociedade melhor.

Quem estuda sabe que não é uma tarefa fácil, mas espera de graças a

seu esforço e dedicação.

É interessante observar que, do ponto de vista do aluno indisciplinado,

os motivos alegados costumam ser um tanto diferentes com bastante

freqüência, dirigem suas criticas ao sistema escolar. Reclamam não somente

do autoritaritarismo ainda tão presente nas relações escolares, mas também

da qualidade das aulas, da maneira que os horários e os espaços são

organizados, do pouco tempo de recreio, da quantidade de matérias

incompreensíveis, pouco significativas e desinteressantes, da aspereza de

determinado professor, do espontaneismo de outro, da falta de clareza dos

educadores, das aulas monótonas, da obrigação de permanecerem horas

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sentados, da escassez de matérias e propostas desafiadoras, da ausência de

regras claras etc. Esses problemas foram relatados nos contatos diretos com

os alunos quando orientados (grifo pessoal)

É curioso notar que, muitas vezes, os pais apresentam muita

dificuldade em entender o papel educativo da família. É bastante comum

delegarem à escola, especialmente ao professor, uma série de

responsabilidades e anseios quanto à educação de seus filhos, não somente

relacionados à questão da (in) disciplina.

“Os comentários dos educadores apresentados neste artigo foram

coletados em inúmeras situações que vivenciei ao longo de minha

vida profissional: em reuniões pedagógicas, e em cursos de

formação de professores”.

3) ATENDIMENTO AOS PROFESSORES

No relacionamento professor - aluno a ferramenta de trabalho mais

importante do docente é sua própria personalidade, uma personalidade que

se expõe cotidianamente aos olhares críticos de toda comunidade escolar. Se

os alunos obtiverem êxitos, estes não serão atribuídos totalmente ao

professor; porém, se fracassarem, dirão que ele não é um bom profissional.

Percebemos que na atualidade, o professor já não é visto como

representante de status de poder, mas como um funcionário que transmite

conhecimentos e que não possui nenhuma autoridade, a não ser aquela

proporcionada por sua própria personalidade. Um dos grandes desafios do

professor é o de tentar manter o controle de sua classe para que não seja

visto como incompetente entre a equipe docente, a equipe pedagógica e a

direção.

Além dos problemas de disciplina enfrentados pelos professores,

podemos citar outros que constituem desafios profissionais: o problema de

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adaptação às diferenças individuais, em razão de grupos heterogêneos,

relação pessoal escassa, dificuldades em cumprir o programa, necessidade

de atendimento particular ao aluno e adaptação a ritmos de aprendizagem

diferentes. Há, ainda, os problemas relacionados com a avaliação: o desafio

para fazer com que os alunos alcancem o nível de rendimento necessário, a

necessidade de encontrar alguns critérios de avaliação para evitar o fracasso

do (a )aluno (a)e, ao mesmo tempo alcançar os mínimos estabelecidos nos

programas oficiais e a notificação de uma avaliação desfavorável. Para a

maioria dos professores, a necessidade de superar a si mesmos e aos

problemas inerentes à sua profissão e de se conscientizarem de que os

conflitos são parte integrante de toda profissão que envolve relacionamentos

humanos, constitui um grande desafio.

O pedagogo atendendo aos professores deve dar cobertura ampla em

suas dúvidas, inseguranças e dificuldades. Ele deve assessorar o professor

quando este solicita colaboração ou se encontre em dificuldades.

Os professores novatos, geralmente, são os que mais precisam de

apoio e orientação, especialmente no que se refere ao comportamento dos

alunos e, com os dados obtidos, procurar na medida do possível, sugerir o

que melhor convém ao professor e o ajude, a encontrar o melhor caminho.

O pedagogo, com a cooperação da direção pode e deve auxiliar o

professor na superação de suas dificuldades.

Uma das funções do pedagogo frente ao trabalho com os professores é

a de assessoria aos mesmos.

Segundo esta perspectiva, espera-se que o pedagogo atue como um

“especialista psicopedagógico”, cabendo-lhe “direcionar” e “controlar” as

interferências que outros agentes educacionais como família, professores e

diretores desenvolvem no sentido da “modificação comportamental”. Propõe-

se, então, uma atuação voltada para o contexto mais imediato, ressaltando-se

as reais possibilidades de “conduzir” o processo face às reais influências

reconhecidas mais inversas.

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Exemplos de atuação do pedagogo como assessoria aos professores

como apoio ao seu trabalho pedagógico:

Participar de reuniões com a direção, equipe pedagógica e professores,

a fim de garantir uma ação pedagógica eficaz na escola;

Solicitar a colaboração dos professores, e demais profissionais da

escola no reconhecimento e identificação dos problemas dos alunos;

Discutir com a direção e os outros membros da equipe pedagógica a

orientação disciplinar a ser dada pela escola;

Discutir com os professores quais os fatores que influenciam o

comportamento dos alunos e os efeitos positivos ou negativos nas sanções

previstas no Projeto Político Pedagógico;

Promover o entrosamento Escola − Família − Comunidade, tendo em

vista o aproveitamento mútuo de recursos e o cotidiano dos alunos.

3.1 PROBLEMAS MAIS COMUNS ENCONTRADOS PELOS

PROFESSORES NO SEU TRABALHO: -

Manejar problemas de disciplinas;

Ajustar-se à quantidade de trabalho;

Aprender o sistema de avaliação adotado pela escola e aplica- lá ´ao

trabalho com os alunos;

Habituar-se a uma supervisão construtivas por parte do pedagogo;

Estabelecer boas relações especialmente com os alunos;

Estabelecer boas relações de trabalho com o diretor e o pedagogo da

escola;

Organizar o trabalho de classe;

Saber dosar o trabalho dos alunos;

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Estabelecer boas relações de trabalho com os pais e/ou responsáveis

pelos alunos;

Conhecer o projeto político e o regimento da escola;

O pedagogo, com a cooperação da direção pode auxiliar o professor na

superação de suas dificuldades;

Uma das funções do pedagogo frente ao trabalho com os professores é

a de assessoria aos mesmos.

“Segundo esta perspectiva, espera-se que o pedagogo atue como um

“especialista psicopedagógico”, cabendo-lhe “direcionar” e “ controlar” as

interferências que outros agentes educacionais como família, professores e

diretores desenvolvem no sentido da “modificação comportamental”. Propõe-

se, então, uma atuação voltada para o contexto mais imediato, ressaltando-se

as reais possibilidades de “conduzir” o processo face às reais influências

reconhecidas mais inversas.

São exemplos de atuação como assessoria:-

Participar de reuniões com a direção e equipe pedagógica, a

fim de garantir uma ação pedagógica na escola;.

Solicitar a colaboração dos professores, diretor e demais

profissionais da escola no reconhecimento e identificação dos problemas

dos alunos:

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Discutir com a direção e equipe pedagógica a orientação

disciplinar a ser dada pela escola;

Discutir com os professores quais os fatores que influenciam o

comportamento desviante dos alunos e os efeitos positivos ou negativos da

punição;

Promover o entrosamento Escola-Familia-Comunidade, tendo

em vista o aproveitamento mútuo de recursos.

Para que esse trabalho se efetive sugerimos alguns instrumentos de registros

que subsidiará o cotidiano do pedagogo e ajudará na solução dos problemas

sugeridos

1º) registro de avaliações : realizadas no próprio livro registro de classe,

além da freqüência dos alunos, devem ser registrados ( tipos de avaliação, dia

da realização, valor da referida avaliação e a nota atribuída ao alunos). No

registro de Freqüência e Faltas após um número de 03 faltas consecutivas ou

07 alternadas, o professor informará a equipe pedagógica para que realize as

intervenções e encaminhamentos necessários para com os alunos faltosos

bem como com os atrasados.

2º ) Agenda da sala: - Pasta com ficha individual para cada aluno, com a

função de registrar o comportamento deles, os trabalhos e avaliações não

realizadas, justificativas de faltas, atrasos. Após 03 registros pelo professor ou

pela gravidade da ocorrência, o aluno será encaminhado à equipe pedagógica

para advertência oral e registro em ata, bem como se necessário solicitação

da presença dos pais e/ou responsáveis pelo aluno na escola .

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3º ) Ficha de Encaminhamento do Aluno à Equipe Pedagógica :- O

professor preencherá a ficha e encaminhará o aluno que será atendido pelo

pedagogo e levará o documento para casa com a ocorrência registrada. Essa

ficha será assinada pelo responsável e devolvida à equipe e após, arquivada

na pasta da turma. Também cumprirá tarefa determinada pelo professor em

local destinado para isso.

4 SUGESTÕES DE ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

COM OS PROFESSORES :

Para apoiar o trabalho do professor o pedagogo procederá da seguinte

forma:-

Orientando construtivamente;

Auxiliando-o a organizar os trabalhos de classe;

Orientando-o no uso dos procedimentos destinados a avaliar o

rendimento dos alunos;

Ajudando-o nos problemas de disciplina;

Ajudando-o a se familiarizar com o material didático da escola; sabendo

onde estão guardados;

Fazendo com que estabeleça boas relações com o corpo discente e o

corpo docente;

Recomendando leitura necessárias com relação principalmente, ás

deficiências constatadas no comportamento didático do professor

Auxiliando-o a escolher e a utilizar os recursos didáticos;

Fazendo com que estabeleça boas relações com os pais dos alunos e

com toda a comunidade em que atua a escola;

Ajudando-o a melhor compreender e conhecer a comunidade, a fim de

levá-lo a melhor servi-la e, na medida do possível, nela inspirar-se, para

o seu trabalho educacional.

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5 ORGANIZANDO REUNIÕES PEDAGOGICAS COM OS

PROFESSORES:

Com o objetivo de prevenir e buscar alternativas contra problemas com

turmas e/ou alunos de ordem pedagógica ou comportamental e também

acompanhar a escrituração do livro registro do professor, plano de trabalho

docente, bem como proporcionar subsídios para o seu planejamento.

Freqüência: Reuniões individuais: quinzenalmente. Reuniões coletivas:

bimestralmente.

6 PROBLEMAS MAIS COMUNS QUE PODEM DESENCADEAR

CONFLITOS EM SALA DE AULA:

Metodologia inadequada ao processo ensino aprendizagem;

Aulas monitoradas que não mobilizam os alunos para realizar atividades

Aulas repetitivas;

Atividades mais ou menos dispersivas;

Aulas descentralizadas;

Ausência do sentido da matéria lecionada;

Falta de atividades extracurriculares que torna a vida escolar

desinteressante;

Falta de vinculo entre professor e aluno;

Abuso de poder;

Quando se deixa ser alheia da turma;

Quando se dispende tempo demasiado a tentar as solicitações

individuais;

Quando o educador faz uso de palavras defensivas à dignidade do

aluno.

SUGESTÕES DE AÇÕES PARA EVITAR A INDISCIPLINA DOS ALUNOS:-

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- Lance mão de todos os recursos para evitar que os problemas surjam, de

preferência a esperar que apareçam para então tentar resolve-los;

– Permita que os alunos ajam de maneiras normal e espontânea;

– Lembre-se de que os alunos precisam expandir-se;

– Demonstre aos alunos que você confia neles;

– Não ande à cata de problemas;

– Proporcione oportunidades aos seus alunos para que avaliem o próprio

comportamento;

- Ajude-os a desenvolver o autocontrole;

– Mantenha equilíbrio entre liberdade e segurança;

– Apresente organização de classe e procedimento democrático;

- Ofereça aos seus alunos amplas oportunidades de participação de acordo

com os diversos níveis de capacidade existentes entre eles;

– Procure identificar diferenças individuais;

– Dê a necessária atenção à iluminação, à ventilação e à arrumação da sala;

– Organize as rotinas de classe, de maneira a eliminar a confusão;

– Faça um mapa dos lugares tão logo lhe seja possível;

– Aprenda o nome dos alunos o mais rapidamente possível;

– Planeje uma maneira eficiente de distribuição de material aos alunos;

– Esteja pronta para todas as aulas;

– Não permita que seus alunos cultivem maus hábitos de estudos;

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– Assegure-se de que as tarefas dadas aos alunos não são difíceis demais, a

ponto de desencorajá-los.

– Não leve qualquer problema ao pedagogo para que ele resolva:

– Não leve qualquer problema ao diretor;

– Solucione os pequenos problemas de modo calmo e objetivo;

– Faça com que os alunos conheçam seu próprio progresso;

– Esteja certo de que cada um de seus alunos sabe o que você espere dele;

– Dê_lhes o crédito que merecerem;

– Observe as realizações extraordinárias ou fora do comum e as revele

imediatamente à classe;

– Comunique aos alunos, antecipadamente, as alterações que você pretende

introduzir no trabalho e que os afetarão;

– Use, da melhor maneira possível, as habilidades de cada um;

– Não seja sarcástico;

– Ajude o aluno a tornar-se o tipo de pessoa que ele deve ser;

– Lute para tornar os alunos conscientes de sua própria responsabilidade no

exercício da autodisciplina;

– Confie em sua maneira de ensinar;

– Seja amigo de um aluno, mas não se deixe tratar de igual para igual;

–Esteja internamente preparado para todas as atividades do dia;

– Polarize a atenção do grupo antes de começar a falar-lhes;

–Seja corrente;

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– Mantenha os alunos ocupados com atividades úteis;

– Aja rapidamente para fazer cessar a desordem, mas considere,

cuidadosamente, o que se passa;

– Não faça ameaças nem julgamentos precipitados;

- Respeite cada aluno (a).

Em relação ao atendimento aos professores (o ponto central) da

mediação de conflitos, principalmente aos problemas relacionados aos

comportamentos inadequado em sala de aula, a analise e a reflexão sobre

quais são os fatores que influenciam o comportamento desses alunos e os

efeitos positivos ou negativos como também as sanções previstas no Projeto

Pedagógico e Regimento Interno da Escola, a orientação disciplinar a ser

desde pela escola tem grande relevância nesse momento e o pedagogo

dessa assessora os professores mediando os conflitos sugeridos e dando

apoio ao seu trabalho pedagógico. O trabalho do pedagogo junto aos

professores é sempre de assessoria.

Guimarães (1996, p. 79) relata que o docente imagina que a garantia

de sua posição se dá pela manutenção da ordem, mas a diversidade dos

elementos na relação que compõem o convívio escolar impede a tranqüilidade

da permanência neste lugar. Tendo em vista que a ordem é necessária,

segundo o autor, o professor desempenha um papel violento e ambíguo, pois,

se de um lado, ele tem a função de estabelecer os limites da realidade, das

obrigações e das normas, de outro, ele desencadeia novos dispositivos para

que o aluno, ao se diferenciar dele, desenvolva autonomia e liberdade sobre o

seu próprio aprendizado e sobre a sua própria vida.

Muitos professores concordam que a indisciplina e a falta de autoridade

são os grandes problemas enfrentados em sala de aula. Porém, não

conseguem indagar sobre o seu significado e extrair da sua própria

ocorrência, não a solução, mas a transformação do cotidiano escolar que a

engendra.

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Portanto, a educação para Vasconcelos (2004, pg. 54), não de faz sem

autoridade, pois o educando precisa do referencial do professor para ter

base para a construção do seu próprio conhecimento. Normalmente, como

dito anteriormente, o professor espera que o aluno venha para a escola

reconhecendo sua posição de professor e autoridade dentro do espaço

escolar, porém, o tratamento de respeito e autoridade tem que ser

conquistado pelo professor.

Ainda que, o docente, utilizando-se de sua autoridade, tente coibir e

prevenir tais manifestações, não obtém êxito. Isto porque, os alunos estão

diante de um professor com autoridade que eles não reconhecem.

Estrela (2002, p. 142) acredita também que a imagem de um professor

sem autoridade e incapaz de manter a disciplina reforça a imagem negativa

de uma profissão, que afasta os mais capazes pela má remuneração e que

até os

É curioso notar que, muitas vezes, os pais apresentam muita dificuldade

em entender o papel educativo da família. É bastante comum delegarem à

escola, especialmente ao professor, uma série de responsabilidades e

anseios quanto à educação de seus filhos, não somente relacionados à

questão da (in) disciplina.

“Os comentários dos educadores apresentados neste artigo foram

coletados em inúmeras situações que vivenciei ao longo de minha vida

profissional: em reuniões pedagógicas, e em cursos de formação de

professores”.

Em relação ao atendimento aos professores (o ponto central) da

mediação de conflitos, principalmente aos problemas relacionados aos

comportamentos inadequado em sala de aula, a analise e a reflexão sobre

quais são os fatores que influenciam o comportamento desses alunos e os

efeitos positivos ou negativos como também as sanções previstas no Projeto

Pedagógico e Regimento Interno da Escola, a orientação disciplinar a ser

desde pela escola tem grande relevância nesse momento e o pedagogo

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dessa assessora os professores mediando os conflitos sugeridos e dando

apoio ao seu trabalho pedagógico.

7) ATENDIMENTO AOS PAIS E /OU RESPONSÁVEIS

7.1 A FAMÍLIA

Apresentamos uma reflexão sobre a família, não só como um lugar que

possibilita a sobrevivência e o desenvolvimento dos seres humanos, mas

como uma das instituições que assumem a tarefa educativa que lhe é

almejada pela sociedade devendo, portanto, receber apoio para o

desempenho dessa função.

A família é uma das instituições responsáveis pelo processo de

socialização realizado mediante práticas exercidas por aqueles que

têm o papel de transmissores os pais − e desenvolvidas juntos aos

que são os receptores - os filhos. Tal prática utiliza-se de ações

continuas a habituais, ou seja, nas trocas de conhecimento

sistematizado, é o resultado de uma aprendizagem social

transmitida de geração em geração. Szymanski, 2010, pg. 19,20

É dever dos pais, acompanharem a vida escolar, dos filhos, dever este

de que não podem e não devem abrir mão.

Segundo Helena Szymanski, fazendo referências à família e a

escola,

O que ambas as instituições tem em comum é fato de prepararem

os membros jovens para sua inserção futura na sociedade e para o

desempenho de funções que possibilitem a continuidade da vida

social.

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Ambas desempenham um papel importante na função do individuo e

do futuro cidadão. São elas os primeiros “espelhos” nos quais nos vemos ou

nos descobrimos. Participe da vida escolar dos filhos, comparecendo às

reuniões e incentivando seus filhos a estudar. Mostre que, quanto mais eles

estudarem, maiores serão as oportunidades profissionais e pessoais e que

avançar nos estudos depende do que as crianças e os jovens aprendem na

escola. Mas depende, também, de estudar.

7.2 A FAMÍLIA COMO CONTEXTO DE DESENVOLVIMENTO.

É na família que a criança encontra os primeiros “outros” e, por muito deles,

aprende os modos humanos e existir, seu mundo adquire significado e ela

começa a construir-se como sujeito, isso se dá na e pela troca intersujeitiva

carregada de emoções – o primeiro referencial para a construção de entidade

pessoal.

A criança, ao nascer na família, já encontra um mundo organizado

segundo parâmetros construídos pela sociedade como um todo e assimilados,

pela própria família que, por sua vez, também carrega uma altura própria. A

cultura familiar particular está impregnada de valores, hábitos, mitos, modos

de sentir e de interpretar o mundo.

Ao se pensar em familiares, como foco de desenvolvimento, deve-se

lembrar que alas divergem quanto, à concepção de infância e, em

conseqüência, irão possibilitar diferentes oportunidades de desenvolvimento,

deve-se lembrar que elas divergem quanto á concepção de infância e, em

conseqüência, irão possibilitar diferentes oportunidades de desenvolvimento

por razões internas e externas à família, ligadas ao sistema social mais

próximo ou mais amplo, as condições de desenvolvimento que a família

poderia – ou gostaria de oferecer podem não ocorrer.

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Para dar conta das expectativas do grupo social, os pais (onde fecha o

parêntese da fase seguinte?) (aquelas pessoas responsáveis pelo cuidado

continuo da criança ambiente familiar à definição precisa dos atores nesse

processo é difícil, dependendo dos arranjos familiares e da cultura em questão

que abre a possibilidade do papel de pai/mãe ser desempenhado por outra

protagonista que não o pai ou mãe biológica.

7.3 ENCONTRO E DESENCONTROS NA RELAÇÃO FAMÍLIA /

ESCOLA.

Queixam-se os pais, da escola que não educa, dos filhos que não

estudam, não aprendem e estão ficando piores.

É dever dos pais acompanhar a vida não só escolar, como familiar e

social dos filhos, dever de que não podem e não devem abrir mão.

Vamos, porém, focalizar, somente os aspectos do comportamento do

seu filho vinculados com a escola e que deveriam merecer toda atenção por

parte dos pais.

Sempre que assistimos ao fracasso de um aluno na escola, e

quisermos saber das razões de tal fato, muitos setores poderão ser

pesquisados, principalmente os relacionados com os pais e professores.

Com relação à família, é lícito fazer as seguintes indagações que, por

certo, delimitarão os setores de sua responsabilidade, ressaltando, por isso

mesmo, os seus deveres.

Tem o pai procurado compreender o filho na sua maneira de ser e nas

suas dificuldades em enfrentar as situações sociais? Tem procurado

aproximar-se dele, como amigo e não só como repreensor? É fácil perceber a

necessidade que sente o pai de fazer tudo para tornar-se amigo do filho, ao

invés de converter-se em inimigo e opositor sistemático, retirando, assim,

qualquer possibilidade de orientação para o mesmo.

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Tem o pai procurado conformar e animar o filho nos seus fracassos, ou

só tem recriminado essas ocorrências, como se fosse fruto exclusivo de

negligência ou má vontade? Não tem contribuído, nesses momentos

desagradáveis da vida, para mais aniquilá-lo com recriminação e opróbrios?

Sabe-se, perfeitamente que o filho possa revelar diante do fracasso, se

ele for normal, é aparente: verdadeiramente, ele está sofrendo. Depois dos

fracassos escolares é comum surgir nele idéias de abandonar os estudos.

Pois bem, esta atitude é ditada, quase sempre, pelo fracasso nos

trabalhos escolares, pela necessidade de fugir ao mesmo.

Os pais não devem dar muita importância aos fracassos do filho,

perante ele é claro, procurando, no entanto, compreender e pesquisar as

causas que o levaram ao insucesso, com o fito de ajudá-lo a removê-las, no

futuro. Tem-se lembrado o pai de elogiar algo que de bom tenha feito o filho,

dentro ou fora da escola ou lar?

Tem procurado fazer sentir que, como pai, está sempre a seu lado,

quer para reconhecer-lhe as virtudes, quer para aceitar-lhe os defeitos, com o

intuito de ajudá-lo a superar-se?

Têm buscado inteirar-se das reais possibilidades do filho, quanto ás

suas preferências, aptidões e limitações?

Tem exigido mais ou exigido menos do que ele possa dar? Ou não tem

exigido nada? Muitos pais nutrem verdadeira mania de querer o impossível

dos filhos, que sejam perfeitos em tudo que façam os primeiros em notas e os

mais inteligentes... Tornando a vida dos mesmos um inferno.

Tem tentado, em casa, estabelecer um ambiente calmo, compreensivo,

de carinho e segurança? É importante frisar, com relação ao carinho, que os

filhos podem ser vitimas por excesso e por falta. O excesso pode convencê-lo

de que são o “centro de tudo”, e a falta pode ser um convite a verem o mundo

com hostilidade.

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Tem o pai procurado conhecer, por dentro, a escola em que o filho

estuda? Está a par dos seus regulamentos, mas, também, inteirar-se da

qualidade de ensino que vem sendo ministrado ao seu filho? Não pensa como

muitos, que, pelo fato de ter mandado o filho à escola, está encerrada a sua

responsabilidade na educação dele?

Tem estado presente nas reuniões de pais e mestres? Tem atendido

aos chamados na escola em atenção à educação do filho? Deve haver

interesse em pedir informações e inteira-se das questões da escola,

relacionadas, direta ou indiretamente, com a educação do filho.

Tem estado, nesta linha de pensamento, em contato com a diretoria da

escola e com os professores do filho? Se tal ainda não ocorreu, é necessário

que isto se dê o mais breve possível, pois é indispensável ouvir o relato das

pessoas que atuam sobre o filho, quais as suas observações e opiniões sobre

o comportamento e marcha da educação do mesmo.

Assim agindo, estará o pai colaborando com a escola, na obra comum,

revelando que não abdicou de suas prerrogativas paternas e de supervisor da

educação de seu filho, abdicação que não fará em favor de nenhuma

entidade.

Tem buscado manter conversas com o filho sobre a escola, inteirando-

se do que por lá se passa, não como fiscal, mas como colaborador amigo e

orientador?

Tem-se interessado em saber quais são os colegas do filho quanto à

personalidade e hábitos deles? O melhor é tentar o pai fazer-se amigo dos

amigos do filho, entrando em contato amigável com eles para melhor

conhecê-los.

Tem providenciado para que, em casa, haja ambiente para seu filho

estudar, qualquer coisa parecida com um “cantinho”, que seja seu, calmo e

confortável, onde possa dedicar-se às tarefas escolares?

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Tem orientado, também, para que a aproximação das épocas de

maiores obrigações escolares não fique esquecida?

Vamos ver mais algumas obrigações educacionais do pai. É claro que a

palavra pai, aqui, é tomada no sentido dos cônjuges e não no sentido do pai

propriamente dito.

Tem colocado ênfase no cumprimento das determinações estipuladas?

É importante para a disciplina e ordem do lar que as determinações,

seriamente estabelecidas, sejam cumpridas. Nada mais prejudicial do que as

contra-ordens, o esquecimento das obrigações, o não-cumprimento do

estipulado, a não ser por razões bem ponderáveis e com as respectivas

justificativas com a participação e consentimento do filho.

Agora, para finalizar, tem sido correta, exemplar e sem exageros a

conduta do pai? Tem este procurado cultivar a espontaneidade, o respeito, o

amor e a honestidade, no convívio familiar?

Se tudo isto vem sendo realizado, não há dúvida de que a parte do lar,

na educação dos filhos, está sendo cumprida.

7.4 ESCOLA É ESCOLA, FAMÍLA É FAMÍLIA.

O que ambas as instituições tem em comum é fato de prepararem os

membros jovens para sua inserção futura na sociedade e para o desempenho

de funções que possibilitem a continuidade da vida social.

Ambas desempenham um papel importante na função do individuo e

do futuro cidadão.

São elas os primeiros “espelhos” nos quais nos vemos ou nos

descobrimos como sendo bonitos ou feios, inteligentes ou não, bons para

matemática ou bons para nada, simpáticos ou desengonçados, com futuro ou

sem futuro, etc.

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São elas, também, os primeiros “mundos” em que habitamos, podendo

nos aparecer como acolhedores ou hostis, com tais e tais regras, costumes,

linguagens.

Ensinam desde o que é homem e o que é mulher até como devemos

expressar os sentimentos, quais sentimentos são “bons” e podem ser sentidos

(sem culpa) e quais são “mais” (e deve ser diferenciado o melhor possível,

porque sentimos mesmo) aprendemos o que é belo e o que é feio, o que tem

graça e o que não tem.

A escola, entretanto, tem uma especificidade – a obrigação de ensinar

(bem) conteúdos específicos de áreas de saber, escolhidos como sendo

fundamentais para a instrução de novas gerações. O problema de as crianças

aprenderem os conteúdos é da escola. Família nenhuma tem essa obrigação.

Por outro lado, professora alguma tem de dar “carinho maternal” para

seus alunos. Amor, respeito, confiança, sim, como professora e membro

adulto da sociedade.

A família tem que dar acolhimento a seus filhos: um ambiente estável,

provedor, amoroso. Muitas, infelizmente, não conseguem. Por questões

econômicas. Muitas vezes por questões pessoais. Relacionamento com filhos

de casal não é coisa assim tão fácil para muitas pessoas mais fácil é cobrar

dos outros que sejam maduros, emocionalmente estáveis, que tenham

sempre uma palavra sábia para os filhos e filhas desobedientes.

Uma condição importante nas relações entre família e escola é a

criação de um clima de respeito mútuo – fornecendo sentimentos de confiança

e competência - tendo claramente delimitados os limites de atuação de cada

uma. Na condição das praticas educativas, efetivadas pela família e pela

escola, procura-se oferece subsídios para a construção de uma parceria

eficiente entre família e profissionais que com ela trabalham.

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES A SEREM REALIZADAS NO

ATENDIMENTO AOS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS.

A) Reuniões com os pais: serão efetuadas de duas formas : coletivas e

individuais. Tem como objetivo proporcionar um maior conhecimento das

normas e regras que regem nossa escola: a correta utilização da agenda e a

importância do visto e assinatura dos pais; explicação de como será

efetuada a entrega de boletins, entrega de uma ficha de atualização de

dados, explanação da importância das reuniões individuais e aberturas da

escola para esclarecimento de dúvidas. As reuniões individuais têm como

objetivo informar os pais sobre o rendimento e o comportamento dos seus

filhos. Freqüência coletiva – no inicio do ano. Reunião individual – sempre

que se fizer necessário, por solicitação dos professore ou após ocorrências.

Responsáveis: direção e Equipe Pedagógica consultando os instrumentais

de registro.

B) Palestras para pais e alunos: com o objetivo de combater a indisciplina,

evasão, baixo rendimento escolar e outros problemas enfrentados no dia a

dia e proporcionar maior orientação para os pais.

REFERÊNCIAS

ESTRELA, MT. Relação Pedagógica, disciplina e indisciplina na aula.

Porto: Porto, 2002.

GUIMARÃES, AM. Autoridade e Tradição: as imagens do velho e do novo

nas relações educativas - In: AQUINO, J. G. (org). Autoridade e Autonomia

na Escola: Alternativas Teóricas e Praticas. São Paulo: Summus, 1999.

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98

VASCONCELLOS, C. S. (in) Indisciplina: Construção da Disciplina

Consciente e Interativa em Sala de Aula e na Escola. São Paulo:

Liberdade, 2004.

CARVALHO, M.E.P. (2000). Relações entre família e escola e relações de

Gênero. Cadernos de Pesquisa n 110, pg. 143-157.

PARO , Vítor Henrique. Qualidade do Ensino: a contribuição dos pais / 3

reimpr.- São Paulo: Xamã, 2007.

SZYMANZKI, Heloisa. A Relação Família/ Escola: desafios e perspectivas.

Brasília: Líber Livros, 2010, 136 pg.

SÁ, Virgilio. A não participação dos pais na escola: a Eloqüência das

Ausências. Campinas, SP: Papiros, 2001, p. 69-103.

GUIMARÃES, AM. Autoridade e Tradição: as imagens do velho e do novo

nas relações educativas - In: AQUINO, J. G. (org). Autoridade e Autonomia

na Escola: Alternativas Teóricas e Praticas. São Paulo: Summus, 1999.

VASCONCELLOS, C. S. (in) Indisciplina: Construção da Disciplina

Consciente e Interativa em Sala de Aula e na Escola. São Paulo:

Liberdade, 2004.

UNIDADE IV DIREITOS E DEVERES DUAS LEITURAS

COMPLEMENTARES DO CONFLITO

Se tivéssemos espelhos que refletissem nossa maneira de reagir diante

das injustiças, iríamos nos deparar com imagens diversas, parciais,

surpreendentes e difíceis de reunir em um significado geral. Nossos

julgamentos refletem extensões limitadas da experiência. Estão mentalmente

unidos ao conteúdo concreto e especifico do que estamos avaliando.

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Não costumamos perceber que a visão que temos de um conflito é

distinta da que outra pessoa possa ter. Cada parte centra-se em si mesma,

considera que tem razão e sente que seus direitos foram desrespeitados.

Se quisermos compartilhar a solução de um conflito, temos, por um

lado, de nos aproximar da outra pessoa e tentar entender como se sente e por

que chega a conclusões diferentes das nossas. Ou seja, temos de nos colocar

em seu lugar para entender, a partir do seu ponto de vista, aspectos do

conflito que nos tinham passado despercebidos. Esta nova panorâmica irá

ajudar-nos a compreender que seus direitos são, ao mesmo tempo, nossos

deveres. Por outro lado, a partir de nossa perspectiva pessoal, temos de

mostrar nossos sentimentos e defender nossos direitos e nossas razões para

que a outra pessoa possa, por sua vez, compreender suas obrigações.

Direitos e deveres constituem duas vertentes complementares do

sistema que regula as relações entre os indivíduos. A adequada

solução do conflito tem como pano de fundo tais relações. Vão de

uma a outra sem estar conscientes da mudança de universo

conceitual que este salto representa. Suas produções são

resultadas de uma sucessão de análises baseadas em idéias

restritas e justapostas que os (as) levam a julgar os distintos

âmbitos do comportamento-quando têm direito e quando têm dever

de prismas diferentes. ( arquivo pessoal onde não consta o autor).

O Regimento Escolar é o documento que deve pautar o trabalho a ser

realizado durante a mediação de conflitos na Escola e que deverá ser

amplamente discutido em todas as turmas e turnos logo no início do ano.

Agindo com imparcialidade, defendendo os direitos dos alunos e

cobrando os deveres dos mesmos como sendo um dos trabalhos relevantes

no cotidiano do professor pedagogo, é o que propiciará se bem trabalhado,

um ambiente de paz, tranqüilidade e, sobretudo aprendizagem.

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Elaborar normas com os alunos com base nesse documento e

estabelecer acordos é uma das maneiras de fazer com que os (as) alunos (as)

tomem consciência de que as normas éticas não são arbitrárias, mas obedece

à necessidade de regular a convivência do coletivo de maneira que seja

satisfatória para todos.

Algumas normas não são eficazes se não há mecanismos para fazê-las

cumprir. O grupo será, então, incentivado a pensar nos recursos necessários

para conseguir isso se baseando nas estratégias aprendidas que

necessariamente devem usa a inteligência e a imaginação em oposição à

força e à coação.

No atendimento aos professores o ponto central da mediação de

conflitos, refere-se principalmente aos problemas relacionados aos

comportamentos inadequado em sala de aula A análise e a reflexão sobre

quais são os fatores que influenciam o comportamento desses alunos e os

efeitos positivos ou negativos como também as sanções previstas no Projeto

Pedagógico e Regimento Interno da Escola, a orientação disciplinar a ser

dada pela escola tem grande relevância nesse momento e o pedagogo deve

assessorar os professores mediando os conflitos surgidos dando apoio ao

seu trabalho pedagógico.

Convém elaborar um documento coletivo final que se validado por

todos os alunos da classe, de maneira que todos se comprometam a seguir e

defender os acordos que constem nele.

Exemplos de sugestões de algumas normas a serem elaboradas

juntamente com os alunos:

Os pertences das outras pessoas deverão respeitados;

O material será distribuído equitativamente;

A intimidade de todas as pessoas será respeitada;

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As atividades do recreio serão organizadas de tal maneira que garotas

e garotos disponham de um espaço equivalente;

Todas as pessoas serão tratadas com dignidade e não se permitirá

nenhum tipo de discriminação ou provocação;

Nenhum tipo de assédio sexual será permitido e serão denunciados,

diante dos representantes da classe, os insultos, as brigas e qualquer tipo de

abuso de poder.

Os princípios éticos, quaisquer que sejam, acabam norteando o

trabalho, e o comportamento ético. Em relação ás informações sobre alunos,

professores e familiares, esse é um dos principais aspectos a serem

considerados, pois a interação com os orientados, se caracteriza pelo seu

caráter de relação de ajuda, tanto o aluno, professores e pais e ou

responsáveis pelos alunos podem expor, espontaneamente, fatos, situações

de cunho pessoal e familiar, como o pedagogo pode necessitar fazer

indagações sobre a problemática em questão. Esses dados, por serem de

caráter sigiloso ou confidencial, não devem ser alvos de comentários com

outras pessoas, quaisquer que sejam as circunstâncias.

Outro campo em relação no qual o pedagogo de ter cautela é o que diz

respeito aos valores da família e da comunidade

O pedagogo deve ter sempre presente que as famílias dos

aconselhados e a comunidade possuem seus próprios valores e buscam não

só transmiti-los aos seus membros, como também fazer com que tais valores

atuem como normas condutoras. Não cabe, pois ao pedagogo, assumir

determinadas posições ou levar o aluno a confrontar-se com os valores da

família.

UNIDADE V- COMO MEDIAR AS SITUAÇÕES DE CONFLITOS:

Para esse tema sugerimos algumas alternativas:

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1) A Reorganização do Serviço de Coordenação Pedagógica como

espaço pedagógico:

Para professor pedagogo possa exercer, da melhor forma possível, as

suas funções, constitui condição básica a existência de um SOP bem

organizado. Portanto, ao assumir o cargo, ele deverá verificar, primeiramente,

se já existe um SOP na escola. Se não houver, ele irá implantá-lo.

Quanto às instalações, é essencial que o SOP disponha de local próprio,

de uso exclusivo, onde não sejam desenvolvidas outras atividades.

Se o SOP dispuser de um único espaço, haverá apenas uma sala de

trabalho que deverá der fechada, com aviso na porta, quando o Or. E. a estiver

usando a sala de entrevista.

A localização do SOE deve ser tal que ele ocupe posição estratégica no

prédio, pois nesse local serão atendidos além dos alunos, professores e

demais funcionários, bem como elementos externos à escola, como pais e

demais membros da comunidade.

Quanto ao mobiliário necessário, deve haver uma mesa grande com

gavetas que possam ser fechadas a chaves; duas cadeiras; um armário ou

estante; um quadro negro ou outro tipo de local para avisos, recados e

lembretes.

Fazem partes, ainda, do mobiliário, os fichários os quais, devido à sua

importância e às diferentes finalidades, serão tratados a seguir, juntamente

com as explanações sobre as fichas que deverão conter.

Um fichário ficará em local visível e acessível. Ele conterá, em ordem

alfabética de sobrenome, os nomes completos de todos os alunos da escola,

respectivos turnos,series, classes e números, para dados, em cada ficha, serão

registrados o endereço do aluno, o nome do (s) pai ( s) ou responsável(s),

endereço e telefone de trabalho dos mesmos dos mesmos para que possam

ser avisados na ocorrência de algumas emergências relacionadas com o

aluno. Constarão, ainda, outras informações referentes a eventuais problemas

e saúde como por exemplo, doenças, alergias.

Haverá ainda, outro fichário, contendo, desta vez, classificados por

ordem de turno, graus, séries, turmas e números, os alunos de cada classe.

Nesse fichário, ficarão com informações escolares dos alunos. Cada uma

contará, além dos dados de identificação, uma foto para o Or. E. e os

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professores – caso os pais os procurem nas reuniões e por ocasiões dos

conselhos de classe _ consigam, sem margem de duvida, a opinar sobre o

aproveitamento do aluno em questão. Essas fichas conterão as notas e as

faltas dos alunos, em cada bimestre.

Um fichário, este permanentemente fechado, deverá ser colocado longe

da porta de entrada. Ele conterá fichas cumulativas sobre cada aluno, com

informações desde a época em que ele tenha entrado para a escola. Incidentes

disciplinares, resultados de aconselhamento com o aluno e/ou seus pais ou

responsáveis; observações e opiniões de professores ou outros funcionários

sobre ele, enfim todas as informações confidenciais.

Ao final de cada ano, o Or. E poderá escrever, na ficha do aluno, um

resumo de sua atuação, aproveitamento, comportamento e faltas para ser

apresentado nos conselhos de classe, a pedido dos pais e dos professores.

A informação das escolas poderá reduzir, em parte, o espaço e o

esforço necessário à manutenção dos diferentes tipos de informações que

devem ser coletados, registrados, mantidos e atualizados, o que representa

uma condição de eficiência para a tomada de decisões adequadas na escola.

Há documento como, por exemplo, as autorizações dos pais ou

responsáveis para que o aluno participe de execuções ou de outras atividades

extras.

Os dados referentes aos ex- alunos devem ser arquivados

separadamente, na parte final das gavetas do fichário de alunos matriculados

no ano em curso ou em local.

Além das informações sobre alunos e ex-alunos, o SOE deverá manter,

também informações sobre os professores e demais funcionários.

Como por exemplo, habilidade, interesse e disponibilidade de cada um.

Pode, também, precisar, rapidamente, entrar em contato com esses

profissionais, fora do horário de trabalho dos mesmo, necessitando, para tanto,

de informações que tornem possível encontrá-los.

É bom que o SOE disponha da relação atualizada dos professores, com

as respectivas disciplinas, horários e classes em que lecionam, para fácil e

rápida localização dos mesmos.

Na(s) estante(s) ou armário são guardados: material de escritório;

material para os quadros de aviso, para trabalho de recorte e colagem;

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disquetes; papel de sulfite e/ou formulários contínuos. Fichas de diferentes

modelos para os fichários; livros especializados; folhetos; absorventes

higiênicos, objetos de uso comum e miudezas de emergência.

Impressos empregados para diferentes finalidades como, por exemplo,

comunicação entre os professores e o SOE ou vice versa e entre o SOE e os

pais de alunos; fichas de identificação de estagiários colocados em local de

fácil acesso de forma organizada, cada qual em gavetas, pasta ou caixa

própria, devidamente etiquetadas

2) O RESGATE DOS VALORES COMO FORMA DE AMENIZAR E DIMINUIR

AS SITUAÇÕES DE CONFLITOS NA ESCOLA

Refletir sobre os valores presentes numa instituição é fundamental e se

a escola deixar de cumprir o seu papel de educadora em valores, o sistema

de referenciação à ética de seus alunos estará limitado à convivência humana

que pode ser rica em se tratando de pessoas, mas pode estar também

carregada de desvios de postura, atitude, comportamentos ou condutas, e

mais, quando os valores não são bem ensinados, podem ser encarados pelo

educando como simples conceitos ideais ou abstratos, principalmente para

aqueles que não os vivenciam no cotidiano.

Segundo a LDB, alguns valores precisam ser ensinados na escola: a.

capacidade de convivência: que desenvolve no educando como viver em

comunidade, na escola, na família, em todos os lugares onde se concentram

pessoas, o diálogo, que reconhece na fala, um momento de interação entre

dois ou mais indivíduos, em busca de um acordo e a solidariedade que se

manifesta no compromisso pelos quais as pessoas se obrigam umas às outras

e cada uma delas a todas, particularmente, diante dos desprotegidos, dos que

sofrem, dos injustiçados, com o intuito de confortar, consolar e oferecer ajuda.

O Regimento Escolar é o documento que deve pautar o trabalho a ser

realizado durante a mediação de conflitos na Escola e que deverá ser

amplamente discutido em todas as turmas e turnos logo no início do ano.

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Agindo com imparcialidade, defendendo os direitos dos alunos e

cobrando os deveres dos mesmos como sendo um dos trabalhos relevantes

no cotidiano do professor pedagogo, é o que propiciará se bem trabalhado,

um ambiente de paz, tranqüilidade e, sobretudo aprendizagem.

Uma tendência natural do professor pedagogo é a de facilitar para os

alunos e alunas o caminho para a aprendizagem do que deseja que adquiram.

Entretanto, esta facilitação, em muitas ocasiões, pode conduzir justamente

para o lado oposto ao que queremos chegar, porque, se tentamos facilitar

demais as coisas, poupamos os (as) alunos (as) do esforço necessário que

conduz a uma nova aquisição de tê-lo conseguindo por seus próprios meios.

Isto é particularmente certo quando o que queremos que aprendam não é o

fim, mas o caminho para chegar a ele. Como cada conflito é diferente, não

podemos propor formas de resolver situações conflituosas, porque aquelas

com que se depararão serão sempre novas, ou, pelo menos, assim parece

para quem as experimenta.

Genoveva Sartre, afirma que:

É imprescindível, pois, que os (as) estudantes aprendam a

descobrir aquelas formas de comportamento que lhes pareçam

mais eficazes segundo sua própria maneira de ser, já que qualquer

conflito admite soluções muito diversas. As melhores serão aquelas

que, sendo eqüitativas, produzem maior satisfação ás pessoas em

conflito, com o mínimo de aborrecimento para todas elas. (pg.60)

Isso não implica, contudo, que todas fiquem completamente satisfeitas,

mas que não se produzam situações que favoreçam de maneira injusta

algumas pessoas em detrimento de outras.

Se, como dissemos o trabalho do pedagogo (a) não consiste em dar

soluções nem em propor a “boa resposta” nas diferentes situações de

aprendizagem o seu papel fundamental é fazer observações para que os (as)

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alunos (as): considerem as causas do conflito no momento de apresentar

soluções, levando em conta que uma boa solução é a que cria as condições

necessárias para que o conflito não volte a acontecer, tenham em mente que

as soluções devem ser justas. Se não os são, criam mal-estar em algumas

das partes, e o conflito tende a se reproduzir, da mesma forma ou de formas

diferentes e criem coletivamente normas e regras que evitem cair de novo nos

mesmos conflitos e avaliem sistemas para que se cumpram às normas

acordadas.

A prática de valores na escola é uma questão fundamental de situações

e fenômenos que exige, a cada dia, intervenções sistemáticas e planejadas

dos profissionais da educação escolar.

A escola tem sido historicamente, a instituição escolhida pelo Estado e

pela Família, como o melhor lugar para o ensino-aprendizagem dos valores,

de modo a cumprir, em se tratando de educação para a vida em sociedade, a

finalidade do pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o mundo do trabalho.

Sendo assim, caberá às instituições de ensino a missão de resgatar os

valores básicos da família: Unidade, harmonia, ordem, limites, respeito,

autoridade, companheirismo, amor, etc. Valores no âmbito do

desenvolvimento moral dos educandos, através da seleção de conteúdos e

metodologias que favoreçam os temas transversais: Justiça, Solidariedade e

Ética. A educação escolar não se restringe mais, como no passado, a mera

transmissão de conhecimentos, onde a atividade de ensinar era centrada no

professor, detentor dos saberes e o aluno, um mero receptor da matéria.

Se a escola deixar de cumprir o seu papel de educador em valores, o

sistema de referenciação à ética de seus alunos estará limitado à convivência

humana que pode ser rica em se tratando de pessoas, mas pode estar

também carregada de desvios de postura, atitude, comportamentos ou

condutas, e mais, quando os valores não são bem ensinados, podem ser

encarados pelo educando como simples conceitos ideais ou abstratos,

principalmente para aqueles que não os vivenciam, no cotidiano.

Por isso, a escola não pode, pelo menos, nos onze anos (oito anos de

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ensino fundamental e três anos de ensino médio), na atual estrutura da

Educação Básica deixar de ensinar os valores.

Podemos dizer que educamos em valores quando os alunos se fazem

entender e entendem os demais colegas; aprendem a respeitar e a escutar o

outro; aprendem a ser solidários, a ser tolerantes, a trabalhar em grupos, a

compartilharem ou socializarem o que sabem, a ganharem e a perderem, a

tomarem decisões, enfim.

No artigo 2º da LDB encontramos que a educação em valores dá

sentido e é o fim da educação escolar já que, junto com aquisição de

conhecimentos, competências e habilidades, fazem-se necessários a

formação de valores básicos para a vida e para a convivência, as bases para

uma educação plena, que integra os cidadãos em uma sociedade plural e

democrática.

No artigo 3º, a LDB elenca, entre os princípios de ensino, diretamente a

educação em valores, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a

cultura, o pensamento, a arte e o saber (inciso II), pluralismo de idéias e de

concepções pedagógicas; (inciso III); IV - respeito à liberdade e apreço à

tolerância (inciso IV) e gestão democrática do ensino público, na forma desta

Lei e da legislação dos sistemas de ensino (inciso VIII).

O artigo 27 da LDB faz referência à educação em valores ao determinar

que os conteúdos curriculares da educação básica observem, ainda, as

seguintes diretrizes “a difusão de valores fundamentais ao interesse social,

aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e a ordem

democrática”(inciso I

A educação em valores deve ser trabalhada na educação infantil,

ensino fundamental e no ensino médio, etapas, conforme a nova estruturação

da Educação Básica, prevista na LDB.

No que se refere ao Ensino Fundamental, a LDB aponta a educação em

valores como principal objetivo desta etapa da educação básica, a formação

do cidadão, mediante aquisição de conhecimentos através do

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desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como estratégias básicas

o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo e de três competências

relacionadas explicitamente com a educação em valores: a compreensão do

ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos

valores em que se fundamenta a sociedade (inciso II); o desenvolvimento da

capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e

habilidades e a formação de atitudes e valores; (inciso III) e o fortalecimento

dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância

recíproca em que se assenta a vida social (inciso IV)

Para o Ensino Médio, a LDB, no seu artigo 35, aponta além do

desenvolvimento cognitivo, que se caracteriza pela a consolidação e o

aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental,

possibilitando o prosseguimento de estudos (inciso I) e pela preparação

básica do educando para o trabalho e a cidadania (inciso II) e explicitamente

aponta o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico; e mais ainda a compreensão dos fundamentos científico-

tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática,

no ensino de cada disciplina (inciso IV).

Segundo a LDB, alguns valores que precisam ser ensinados na escola:

1. Autonomia: Refere-se ao valor que reconhece o direito de um indivíduo

tomar decisões livremente, ter sua liberdade, independência moral ou

intelectual. É a capacidade apresentada pela vontade humana de se auto

determinar segundo uma norma moral por ela mesma estabelecida, livre de

qualquer fator estranho ou externo.

2. Capacidade de convivência: Valor que desenvolve no educando a

capacidade de viver em comunidade, na escola, na família, nas igrejas, nos

parques, enfim, em todos os lugares onde se concentram pessoas.

3. Diálogo: Valor que reconhece na fala um momento da interação entre dois

ou mais indivíduos, em busca de um acordo.

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4. Dignidade da pessoa humana: Valor absoluto que tem cada ser humano.

5. Igualdade de direitos: Valor inspirado no princípio segundo o qual todos os

homens são submetidos à lei e gozam dos mesmos direitos e obrigações.

6. Justiça: Entre os temas transversais, é o valor mais forte. No educando,

manifesta-se quando o mesmo é capaz de perceber ou avaliar aquilo que é

direito que é justo. É o princípio moral em nome do qual o direito deve ser

respeitado.

7. Participação social: Valor que se desenvolve no educando à medida que o

torna parte da vida em sociedade e leva-o a compartilhar com os demais

membros da comunidade conflitos, aflições e aspirações comuns.

8. Respeito mútuo: Valor que leva alguém a tratar outrem com grande

atenção, profunda deferência, consideração e reverência. A reação de

outrem será no mesmo nível: o respeito mútuo

9. Solidariedade: Valor que se manifesta no compromisso pelo quais as

pessoas se obrigam umas às outras e cada uma delas a todas,

particularmente, diante dos pobres, dos desprotegidos, dos que sofrem, dos

injustiçados, com o intuito de confortar, consolar e oferecer ajuda.

10. Tolerância: Valor que manifesta na tendência a admitir, nos outros,

maneiras de pensar, de agir e de sentir diferentes ou mesmo diametralmente

opostas às nossas.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

Organização de ATIVIDADE CULTURAL COM DANÇAS, POESIAS,

EXPOSIÇÕES, PALESTRAS , EXIBIÇÃO DE FILMES E VÍDEOS SOBRE O

ASSUNTO Envolvendo todos os profissionais da escola .

3)Transformar o Conflito em Oportunidade:

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Segundo o parecer de Catarina Morgado da

Escola Superior de Educação - Instituto Politécnico de Coimbra e de

sabel Oliveira da JURISOLVE, Resolução Alternativa de Conflitos, Lda,

Atualmente, assistimos a uma cultura de violência que sobressai nos

modos de interagir dos indivíduos e à qual as escolas em geral não escapam.

Para inverter esta tendência das sociedades democráticas, torna-se

necessário desenvolver uma educação para a convivência e para a gestão

positiva dos conflitos, a fim de se construir uma cultura de paz, de cidadania e

de sã convivialidade. A Educação para a Resolução de Conflitos modela e

ensina de diferentes formas, culturalmente significativas, uma variedade de

processos, de práticas e de competências que ajudam a prevenir, a

administrar de forma construtiva e a resolver pacificamente o conflito

individual, interpessoal e institucional. Apesar de nem sempre semelhantes,

ou utilizando modelos de intervenção idênticos, os programas de resolução de

conflitos partilham princípios básicos. O conflito é tomado como uma

dimensão natural e inevitável da existência humana que, se for conduzido

eficazmente, pode constituir uma importante experiência de desenvolvimento

pessoal. A aprendizagem de competências de resolução de problemas deve,

assim, constituir uma oportunidade para os indivíduos construírem soluções

mais positivas e mais pacíficas para os seus conflitos.

Os programas de mediação de conflitos tiveram origem fora do contexto

escolar, mas rapidamente o modelo foi adaptado às instituições educativas. A

mediação escolar abrange a resolução dos conflitos entre estudantes, entre

estudantes e adultos e entre adultos. Do que se trata? A mediação é um

processo flexível, de caráter voluntário e confidencial, conduzido por um

terceiro imparcial – o mediador – que promove a aproximação entre as partes

em litígio e que as apóia na tentativa de encontrar um acordo que permita pôr

termo ao conflito. Abordar as disputas escolares através da mediação origina

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um contexto onde o conflito é encarado como natural o que permite

protagonismo aos intervenientes, enquanto que os valores da solidariedade,

REFERÊNCIAS

AQUINO. A U. F, Aquino, J. G. Os direitos humanos na sala de aula. A

ética como tema transversal. São Paulo, Moderna, 2001.

______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 5692 de

11/08/1971. Ministério da Educação.

Morgado, Catarina. Escola Superior de Educação - Instituto Politécnico de

Coimbra e Isabel Oliveira da JURISOLVE, Resolução Alternativa de

Conflitos, Lda.

GIACAGLIA, Lia R. Angelini . Orientação Educacional na prática:

princípios, técnicas, instrumentos/ Lia Renata Angelini Giacaglia, Wilma M.

A. Penteado. - 3 ed. - São Paulo: Pioneira, 1997.- (Biblioteca Pioneira de Ciências

Sociais. Educação)

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ESTRATÉGIAS DE AÇÃO:

Para desenvolver o presente trabalho, faremos a sua apresentação, na

escola de implementação, na semana de capacitação segundo semestre,

onde será solicitada a colaboração dos professores no sentido de responder

as perguntas em forma de questionário, disponibilizado em material impresso.

Em outra oportunidade o mesmo pedido será feito a alguns alunos e seus

respectivos pais e /ou responsáveis.

Também será enviado aos pedagogos pertencentes ao núcleo regional

de Ibaiti, questionários e correspondência para coletar os registros utilizados

por eles no seu cotidiano para enriquecer o Caderno de Apoio Pedagógico,

como também coletar informações e sugestões sobre as principais situações

de conflitos atendidos por eles nas escolas em que atuam .

Através de reuniões, contatos individuais e aproveitamento das horas

atividade dos professores, envolveremos os representantes e os professores

orientadores de turmas para juntos estudarmos e refletirmos sobre esses

assuntos tão relevantes em nosso cotidiano. Será feito um planejamento

dessas reuniões e ações a serem desenvolvidas no momento da primeira

reunião.

Quanto à tutoria do Grupo de Trabalho em Rede (GTR), importante

momento de estudo e socialização desse projeto, os resultados da tabulação

dos questionários e das sugestões serão analisados e considerados quando

da produção do material didático (Caderno de Apoio Pedagógico),onde

organizaremos sugestões de atividades para a mediação dos conflitos na

escola. Para concluir o projeto esperamos organizar o grupo dos promotores

da Paz com os alunos representantes, apoiados pelos professores

orientadores de turmas para que os problemas da mediação de conflitos não

fique apenas nas mãos do professor pedagogo pois esse problema é da

responsabilidade de todos e a prevenção é o melhor remédio para que as

situações de conflitos se tornem cada vez mais esporádicas ou inexistentes ,

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o que só será possível com a colaboração e apoio da Direção e dos demais

profissionais da escola.

Muita coisa ainda precisa ser feito para que a Mediação de Conflitos na

Escola ocorra de forma espontânea, trazendo benefícios para o desempenho

escolar do aluno, superando os desafios que norteiam o processo de ensino

aprendizagem em busca de uma educação de qualidade, onde todos os

envolvidos no processo se empenhem em fazer sempre o melhor.

O que aqui está proposto é apenas uma tomada inicial, mas pode ser a

porta de entrada para que outros procedimentos sejam adotados e outras

providências sejam tomadas.

O mérito dessa pesquisa será abrir caminhos, levantar novas questões

ou mesmo buscar respostas concretas a tantas indagações no trabalho

cotidiano do pedagogo escolar refletindo sobre o seu papel, suas funções e

atribuições, bem como levantar e pesquisar quais os principais conflitos que

acontece no cotidiano desse profissional, especialmente no que se refere ao

atendimento aos professores, alunos, pais e / ou responsáveis.

Não basta a um profissional ter conhecimentos sobre seu trabalho. É

fundamental que saiba mobilizar esses conhecimentos, transformando-os em

ação.

Atuar com profissionalismo exige do pedagogo, não só o domínio dos

conhecimentos específicos em torno dos quais deverá agir, mas, também

compreensão das questões envolvidas em seu trabalho, sua identificação e

resolução, autonomia para tomar decisões, responsabilidade pelas opções

feitas.

Requer ainda, que atue e que saiba interagir cooperativamente com a

comunidade profissional a que pertence e com a sociedade. A partir dessas

considerações pode-se observar que ao pedagogo não cabe mais o papel que

vinha se atribuindo a ele, ou seja, o de bombeiro, de enfermeiro, de psicólogo

entre outros. É preciso que sua atuação articule-se com todos os envolvidos

no processo pedagógico havendo uma muldimensão do seu papel: social,

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político e cultural, fazendo dele, não um ator em busca do seu papel e sim um

profissional consciente do papel que ocupa no ambiente escolar e da sua

importância como tal e fazendo do diálogo a principal ferramenta do seu

trabalho educativo.

Procuramos pesquisar e estudar problemas comuns que acontecem na

escola e que faz parte do cotidiano do trabalho do professor pedagogo

necessitando da mediação desses conflitos por parte dele, ou seja: a

indisciplina, a agressividade e a violência, o bullying, o não respeito aos

valores, direitos e deveres, a participação dos pais e /ou responsáveis e

outros e principalmente como o professor pedagogo pode ajudar nesta

questão preocupante devido a grande incidência de sua manifestação em

todos os níveis de escolaridade.

Pelas provocações que o trabalho suscita e que poderão estimular

novas investigações, esperamos colaborar com o alargamento dos

conhecimentos sobre o referido tema, fazendo do pedagogo não mais um ator

em busca do seu papel e sim um profissional consciente do papel que ocupa

no ambiente escolar, espera - se que ele perceba e acredite principalmente

que uma simples atitude multiplica resultados e que não podemos tratar o

tema conflitos e a mediação de conflitos apenas como uma gama de

situações em que alunos discutem,brigas e se amontoam, se ferem e logo

algum adulto interfere para separar os briguentos. Ou ainda imaginarmos

situações em que gangues formadas por alunos ou ex alunos – problema,

munidos de armas ou drogas, invadem a escola, depredam o patrimônio ou

deixam seus rastros de sangue como nos tem mostrado os meios de

comunicação, mas sim com responsabilidade.

Acreditamos que a educação é o caminho que conduz à paz e que a

solidariedade, a tolerância e o amor e principalmente o diálogo são os

ingredientes que compõem o antídoto contra a violência e que deve ser

aplicado no coração de cada jovem, enfim, no coração daqueles que se

dedicam à arte de educar e que o atendimento aos alunos, professores e pais

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e/ ou responsáveis pelos alunos e que permeiam o trabalho do professor

pedagogo quando da mediação de conflitos na escola seja apenas uma das

vertentes no trabalho cotidiano desse profissional, sobrando tempo para que

ele desenvolva as suas outras e tão importantes atribuições e funções na

escola em que atua. É um trabalho que não se pode fazer de forma isolada, e

sim junto a quem compartilha nossas experiências. É o esperado ao final

desse projeto de pesquisa.

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CRONOGRAMA

. Apresentação de projeto para a Direção, Pedagogos, Coordenação,

Professores e Funcionários na Semana de Capacitação - segundo semestre

na escola de atuação – julho

. Entrega e solicitação para que os pedagogos da escola respondam a

questionários (I) disponibilizados em material impresso – julho.

. Entrega de questionários aos alunos (II) e seus pais e/ou responsáveis (III)

para que respondam os mesmos.

. Envio dos questionários I, e II III aos pedagogos do Núcleo de Ibaiti para

que os responda – julho/ 2011

. Reorganização do ambiente pedagógico – sala do Serviço de Coordenação

Pedagógica da escola - agosto a dezembro / 2011

. Recolhimento e tabulação dos questionários – agosto / 2011

. Reuniões e contatos individuais e aproveitamento das horas-atividades dos

professores orientadores de turmas, para juntos estudarmos e refletirmos

sobre os assuntos da pesquisa – agosto. / 2011

. Reunião e contatos individuais com os alunos representantes de turmas

para conversarmos a respeito do projeto - agosto / 2011

. Reunião com os professores orientadores e alunos representantes de turmas

para juntos planejarmos ações para serem desenvolvidas no decorrer da

implementação do projeto e organização do grupo Promova a Paz - setembro/

2011

. Trabalho com os alunos (as) com os temas do Projeto; setembro/ 2011.

.Acompanhamento das ações do grupo - de setembro e novembro / 2011.

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. Organização da Semana de Apresentação do Projeto- Atividade Cultural-

dezembro/ 2011

. Avaliação do projeto – dezembro/ 2011

Início do Registro das ações: dezembro/ 2011

Rosângela de Oliveira Silva – PDE 2.010

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RESULTADOS ESPERADOS

O mérito dessa pesquisa será abrir caminhos, levantar novas questões

ou mesmo buscar respostas concretas a tantas indagações no trabalho

cotidiano do pedagogo escolar refletindo sobre o seu papel, suas funções e

atribuições, bem como levantar e pesquisar quais os principais conflitos que

acontece no cotidiano desse profissional, especialmente no que se refere ao

atendimento aos professores, alunos, pais e / ou responsáveis.

Não basta a um profissional ter conhecimentos sobre seu trabalho. É

fundamental que saiba mobilizar esses conhecimentos, transformando-os em

ação.

Atuar com profissionalismo exige do pedagogo, não só o domínio dos

conhecimentos específicos em torno dos quais deverá agir, mas, também

compreensão das questões envolvidas em seu trabalho, sua identificação e

resolução, autonomia para tomar decisões, responsabilidade pelas opções

feitas.

Requer ainda, que atue e que saiba interagir cooperativamente com a

comunidade profissional a que pertence e com a sociedade. A partir dessas

considerações pode-se observar que ao pedagogo não cabe mais o papel que

vinha se atribuindo a ele, ou seja, o de bombeiro, de enfermeiro, de psicólogo

entre outros. É preciso que sua atuação articule-se com todos os envolvidos

no processo pedagógico havendo uma muldimensão do seu papel: social,

político e cultural, fazendo dele, não um ator em busca do seu papel e sim um

profissional consciente do papel que ocupa no ambiente escolar e da sua

importância como tal e fazendo do diálogo a principal ferramenta do seu

trabalho educativo.

Procuramos pesquisar e estudar problemas comuns que acontecem na

escola e que faz parte do cotidiano do trabalho do professor pedagogo

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necessitando da mediação desses conflitos por parte dele, ou seja: a

indisciplina, a agressividade e a violência, o bullying, o não respeito aos

valores, direitos e deveres, a participação dos pais e /ou responsáveis e

outros e principalmente como o professor pedagogo pode ajudar nesta

questão preocupante devido a grande incidência de sua manifestação em

todos os níveis de escolaridade.

Pelas provocações que o trabalho suscita e que poderão estimular

novas investigações, esperamos colaborar com o alargamento dos

conhecimentos sobre o referido tema, fazendo do pedagogo não mais um ator

em busca do seu papel e sim um profissional consciente do papel que ocupa

no ambiente escolar, espera - se que ele perceba e acredite principalmente

que uma simples atitude multiplica resultados e que não podemos tratar o

tema conflitos e a mediação de conflitos apenas como uma gama de

situações em que alunos discutem,brigas e se amontoam, se ferem e logo

algum adulto interfere para separar os briguentos. Ou ainda imaginarmos

situações em que gangues formadas por alunos ou ex alunos – problema,

munidos de armas ou drogas, invadem a escola, depredam o patrimônio ou

deixam seus rastros de sangue como nos tem mostrado os meios de

comunicação, mas sim com responsabilidade.

Acreditamos que a educação é o caminho que conduz à paz e que a

solidariedade, a tolerância e o amor e principalmente o diálogo são os

ingredientes que compõem o antídoto contra a violência e que deve ser

aplicado no coração de cada jovem, enfim, no coração daqueles que se

dedicam à arte de educar e que o atendimento aos alunos, professores e pais

e/ ou responsáveis pelos alunos e que permeiam o trabalho do professor

pedagogo quando da mediação de conflitos na escola seja apenas uma das

vertentes no trabalho cotidiano desse profissional, sobrando tempo para que

ele desenvolva as suas outras e tão importantes atribuições e funções na

escola em que atua. É um trabalho que não se pode fazer de forma isolada, e

sim junto a quem compartilha nossas experiências. É o esperado ao final

desse projeto de pesquisa