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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Devanir Pereira dos Santos Canovas
Devanir Pereira dos Santos Canovas
Luz e Cores
MARINGÁ 2011
Produção didático-pedagógica apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional vinculado à Universidade Estadual de Maringá, como requisito parcial do programa PDE. Orientador: Profa. Dra. Polônia Altoé Fusinato. Co – Orientador: Prof. Msc. Michel Corci Batista
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Ficha para Catálogo de Produção Didático- Pedagógica Professor PDE/2010
Título Luz e Cores
Autor Devanir Pereira dos Santos Canovas
Escola de Atuação Colégio estadual de Campo Mourão
Município da escola Campo Mourão
Núcleo Regional de Educação Campo Mourão
Orientador Co - Orientador
Profa. Dra. Polônia Altoé Fusinato Prof. Msc. Michel Corci Batista
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá - UEM
Área do Conhecimento Física
Produção Didático-Pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar O tema luz e cores pode ser abordado nas disciplinas de Artes, Biologia, Química e Física.
Público alvo
Alunos do 3o e 4o ano do curso de Formação de Docentes.
Localização
Colégio Estadual de Campo Mourão – Pr, Avenida Jorge Valter, 795.
Apresentação: O presente trabalho tem como objetivo investigar as potencialidades de uma oficina de Física sobre luz e cores como uma proposta metodológica para o ensino e aprendizagem de Física. Estas oficinas serão desenvolvidas com alunos do terceiro e quarto ano do curso de Formação de Docentes do Colégio Estadual de Campo Mourão. A partir da realização dessas, espera-se que os futuros professores das séries iniciais do Ensino Fundamental manuseiem e construam materiais pedagógicos que possam utilizar em sua prática docente. Tem-se por objetivo facilitar e instigar o processo de ensino-aprendizagem, propondo desafios que garantam a participação de todas as crianças, nas atividades sugeridas em sala de aula, visualizando os fenômenos na prática (a partir de observações e experimentações), e se interessem pela Ciência de uma forma geral e interativa.
Palavras - chave (3 a 5 palavras) experimentação; aprendizagem; oficinas; educação.
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SUMÁRIO
1. NOME DO(A) PROFESSOR(A) PDE ........................................................................... 5
2. DISCIPLINA/ÁREA ................................................................................................... 5
3. IES ....................................................................................................................... 5
4. ORIENTADOR(A) ..................................................................................................... 5
5. TÍTULO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ........................................................ 5
6. APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 5
7. JUSTIFICATIVA DA PRODUÇÃO ................................................................................. 6
8. OBJETIVO GERAL DA PRODUÇÃO ........................................................................... 7
9. RESULTADOS ESPERADOS ...................................................................................... 8
10. TIPO DE PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ......................................................... 8
11. PÚBLICO- ALVO ................................................................................................... 8
12. UMA INTRODUÇÃO AO TEMA LUZ E CORES ............................................................. 9
13. PROBLEMATIZAÇÃO ............................................................................................ 10
14. UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A ÓPTICA .............................................................. 11
15. FENÔMENOS LUMINOSOS .................................................................................... 13
16. AS CORES ........................................................................................................ 13
17. ATIVIDADES PRÁTICAS ....................................................................................... 17
17.1 ATIVIDADE 1: ESPECTRÔMETRO ....................................................................... 17
17.2 ATIVIDADE 2: PRODUZINDO UM ARCO – ÍRIS ...................................................... 19
17.3 ATIVIDADE 3: FORMAÇÃO DE CORES NUMA BOLHA DE SABÃO ............................. 20
17.4 ATIVIDADE 4: A COR DOS OBJETOS .................................................................. 22
17.5 ATIVIDADE 5: SOMANDO AS CORES ................................................................. 23
18. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 25
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-
PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE
1. Nome do(a) Professor(a) PDE: Devanir Pereira dos Santos Canovas
2. Disciplina/Área: Física
3. IES: Universidade Estadual de Maringá - UEM
4. Orientador(a): Prof.a Dra. Polônia Altoé Fusinato
Co-orientador(a): Msc. Michel Corci Batista
5. Título da Produção Didático-Pedagógica: Luz e Cores
6. Apresentação
Esta Unidade Didática foi elaborada para ser utilizada por alunos do curso de
Formação de Docentes – e futuros professores de Ciências do Ensino
Fundamental - com a finalidade de fornecer subsídios teóricos e práticos para
uma melhor compreensão dos fenômenos físicos.
O interesse por esta elaboração surgiu a partir da constatação de que a
formação de professores de Ciências mostra-se bastante deficiente a respeito
do domínio de conhecimento dos conteúdos da disciplina. A insegurança do
professor das séries iniciais, no tratamento do conteúdo científico, pode gerar o
desequilíbrio entre os conteúdos da Ciência abordados, como, por exemplo,
priorizando excessivamente temas tradicionalmente associados à Biologia em
detrimento de outros temas da Física e da Química. Muitos professores sequer
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conseguem ver que a Ciência é composta pela estreita ligação entre essas três
disciplinas.
Diante disso, se faz necessário repensar a formação de professores no que diz
respeito à disciplina de Ciências no curso de Formação de Docentes, a fim de
garantir a estes os conhecimentos suficientes dos conteúdos, capacitando - os
para de ensinar, de forma eficaz, os alunos dos cinco primeiros anos do Ensino
Fundamental.
Ao considerarmos que existem inúmeros recursos para o ensino da Ciência,
entende-se que uma das formas de se trabalhar os conteúdos da Física com
alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental é a partir da utilização de
atividades experimentais - oficinas de luz e cores - como recurso didático-
pedagógico. Tais atividades vinculam à Ciência as vivências cotidianas dos
alunos, oportunizando um estudo mais interessante e motivador.
7. Justificativa da Produção
Nas últimas três décadas, os currículos das disciplinas científicas sofreram
intensas modificações nos vários níveis de ensino. Todo este processo de
mudanças envolve até hoje diversas analises, tanto teóricas como práticas,
sobre o papel das Ciências na educação.
Um aspecto importante a se ressaltar nesta problemática é que o professor das
séries iniciais do Ensino Fundamental tem que ter conhecimento de todas as
áreas que compõem a disciplina de Ciências, incluindo a Física, a Química e a
Biologia. Por isso, a importância de uma formação de qualidade.
Partimos do princípio de que a presença do Ensino de Ciências na escola
deveria ocorrer por seu valor educativo, por aquilo que ele representa para o
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aluno do ponto de vista formativo/educativo. Certamente, essa concepção está
muito além de apenas ler e resolver os exercícios do livro texto e fazer algumas
atividades experimentais, muitas vezes desconectadas do conteúdo.
Acreditamos que essa unidade didática poderá contribuir para a
instrumentalização de alunos do curso de formação de docentes que
certamente ministrarão aulas de Ciências.
Sem contar que o tema luz e cores como objeto de estudo desta produção,
justifica-se pelo fato de estar presente em nosso cotidiano, nos alimentos que
consumimos, nas roupas que usamos, nas artes, nos fenômenos naturais que
observamos e nos mais variados objetos que adquirimos. Além disso,
proporciona aos estudantes uma maior compreensão dos conceitos físicos,
bem como o interesse pelo conhecimento científico, a experimentação, e suas
relações com a tecnologia e sociedade.
Espera-se que a partir deste estudo os alunos sensibilizem-se para revisitar o
mundo com um “olhar” físico, de forma a ser capaz de entendê-lo por meio de
suas teorias.
8. Objetivo geral da Produção
Este trabalho tem como objetivo apresentar a experimentação como uma
metodologia alternativa para o ensino de Física, utilizando como ferramenta
oficinas sobre o tema luz e cores, a fim de despertar nos alunos o interesse
pela ciência e o gosto pela pesquisa, além de proporcionar condições para que
os estudantes construam e reconstruam conceitos físicos e científicos a partir
da experimentação.
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9. Resultados esperados
Após a realização dessas oficinas, espera-se que os futuros professores das
séries iniciais do Ensino Fundamental manuseiem e construam materiais
pedagógicos que possam utilizar em sua prática docente, com o intuito de
facilitar e instigar o processo de ensino-aprendizagem, propondo assim
desafios que garantam que todas as crianças participem das atividades
sugeridas em sala de aula, vejam os fenômenos na prática (a partir de
observações e experimentações), e se interessem pela Ciência de uma forma
geral, num primeiro momento, para quando, ingressarem no Ensino Médio e
forem lidar diretamente com a Física, não apresentem dificuldades ou aversão
relacionadas aos conteúdos de que trata a disciplina.
10. Tipo de Produção Didático-Pedagógica: Unidade Didática
A composição do material será realizada por abordagem de uma única unidade
sobre o tema em estudo (luz e cores), contendo textos de fundamentação com
as respectivas atividades a serem desenvolvidas.
11. Público- alvo: Alunos do 3º e 4o ano do curso de formação de docentes do
Colégio Estadual de Campo Mourão - Pr
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Uma introdução ao tema Luz e Cores
Caro professor, este diálogo faz parte de um vídeo disponível pela TV escola: de onde vem o arco-íris? , é de domínio público. Acesse e utilize:
tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view...id... A TV Escola leva até a sua sala de aula os melhores documentários e séries de conteúdo educativo. Na internet acesse http://tvescola.mec.gov.br e assista ao vivo, 24 horas.
O mãe,
de onde vem
o arco – íris?
Da água da
mangueira,
KIKA!
Droga, ninguém
entende as
minhas
perguntas!!
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13. Problematização
A maioria das informações que recebemos do mundo que nos rodeia é
recebida por meio da visão, que é caracterizada pela interação da luz com a
retina de nossos olhos. Vemos, graças à sensibilidade que nossos olhos
apresentam em relação à luz que provém dos objetos.
De um modo geral, quando se define a cor de determinado objeto, toma-se
como referência sua exposição à “luz branca”, ou seja, a proveniente do Sol.
Mas afinal o que é “luz branca”?
A luz é uma forma de energia que se propaga nos
meios materiais e também no vácuo. A luz emitida
pelo Sol – estrela mais próxima da Terra – chega a
nós em 8 minutos e 20 segundos, percorrendo 150
milhões de quilômetros a uma velocidade de 300 mil
quilômetros por segundo. Nas ondas luminosas, as
diferentes frequências estão associadas às cores e,
Isaac Newton, em 1666, ao fazer um feixe de luz do
Sol atravessar um prisma, observou que na parede
se projetavam sete franjas de cores diferentes.
Assim, a “luz branca” pode ser entendida como a
composição das ondas eletromagnéticas com frequências entre 4.1014
e 7.1014
Hz que constituem o espectro visível.
Você vai a uma festa em que existem dois ambientes: um
reservado para “os comes e bebes” iluminado com luz branca,
e outro para a pista de dança, com música ao vivo e iluminado
com luz violeta. Quando as pessoas transitam de um ambiente
para o outro, as cores de suas roupas mudam. Apresente uma
explicação física para este fato.
Figura 1
Isaac Newton e a decomposição da luz branca através de um prisma
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Depois do Sol, a estrela mais próxima da Terra é a estrela alfa da
constelação de Centauro que se encontra a 4,3 anos-luz da Terra, isto é, a
luz emitida pela estrela alfa demora 4,3 anos para chegar à Terra.
A grandeza 1 ano-luz, muito usada em Astronomia, corresponde à distância
percorrida pela luz em um ano, no
vácuo.
A luz emitida pelo Sol é branca,
uma luz policromática (várias
cores) que pode ser decomposta
em luzes monocromáticas (uma só
cor). As luzes monocromáticas
principais que compõem a luz
branca são em número de sete, a
saber: vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul, anil e violeta. Para
observarmos a decomposição da luz branca em suas cores componentes
principais, basta fazermos a luz solar incidir sobre um prisma ou sobre
gotículas de água (arco-íris).
Cada cor componente da luz branca possui uma energia diferente, ou seja,
uma frequência diferente, e a energia aumenta da cor vermelha para a
violeta, mas todas as cores propagam-se no vácuo com a mesma
velocidade: 300 000 km/s.
14. Um Breve Histórico sobre a Óptica
Uma das partes mais interessantes da história do conhecimento humano é a
história da Óptica. Sua história começa na Antiguidade Grega, com um modelo
que supunha que a luz era proveniente dos olhos e, ao atingir os objetos,
tornava-os visíveis. Algo parecido com a “supervisão” do Super-Homem das
revistas em quadrinhos.
Contudo, esse modelo acabou abandonado; afinal, ele previa erroneamente
que deveríamos enxergar primeiro os objetos mais próximos e
posteriormente os mais distantes.
Figura 2
11
Um modelo corpuscular da luz foi proposto por Newton, em que a luz seria
composta de pequenas partículas em movimento. Esse modelo era uma
tentativa de explicar o movimento retilíneo da luz. Contudo, ao explicar a
refração luminosa, fenômeno no qual a luz passa de um meio para outro,
esse modelo falhou. A luz deveria ter, segundo esse modelo, uma
velocidade maior em um meio como a água do que no ar. Já o modelo
ondulatório da luz, proposto inicialmente por Huygens e Hooke,
contemporâneos de Newton, previa corretamente que a luz deveria ter uma
velocidade menor na água do que no ar. No entanto, devido à autoridade de
Newton no meio científico, esse modelo somente seria retomado mais tarde.
Thomas Young com sua teoria sobre interferência, Fresnel com modelos
matemáticos para explicar a teoria ondulatória, Foucault com a medida da
velocidade da luz na água, Maxwell com sua teoria eletromagnética e Hertz
com a confirmação experimental da teoria de Maxwell acabam por consolidar
o modelo ondulatório.
Em 1905, Einstein ao explicar o efeito fotoelétrico, fenômeno no qual uma
superfície metálica, quando iluminada por uma luz de determinada
frequência, emite elétrons, volta a utilizar um novo modelo corpuscular.
Usando a teoria quântica de Planck, Einstein propõe que a luz é uma
partícula, um pequeno pacote de energia, chamado fóton. Na concepção
contemporânea de luz, são apresentadas simultaneamente propriedades de
partícula e de onda para a luz.
15. Fenômenos Luminosos
A reflexão, refração e absorção ocorrem numa superfície transparente, ao
mesmo tempo. Para cada tipo de superfície, pode existir o predomínio de um
fenômeno sobre os outros.
Nos vidros comuns de vidraça, o fenômeno predominante depende da
iluminação do recinto. Por exemplo, para um observador no interior de uma
sala envidraçada, durante o dia, é fácil enxergar o exterior, porque a luz solar
ilumina fortemente o ambiente externo. Durante a noite, com as luzes da
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sala acesas, é fácil alguém de fora ver o interior da sala e é difícil alguém
dentro da sala ver o exterior.
16. As Cores
As cores que percebemos nos objetos são padronizadas em relação à luz
branca; sendo esta uma composição de todas as cores, a cor que vemos
identifica a cor da luz (ou a composição delas) que é refletida pelos objetos.
Quando um objeto iluminado
com luz branca nos parece
branco, significa que ele está
“devolvendo” todas as cores
componentes da luz branca.
Quando nos parece preto, ao ser
iluminado com luz branca, significa que
ele não está devolvendo nenhum dos
componentes da luz incidente, ou seja,
absorve todos.
A infinidade de cores e tons de luz que somos capazes de perceber resultam
da combinação de três cores de luz denominadas primárias: o vermelho, o
azul e o verde.
Quando projetamos sobre o
anteparo branco estas três cores,
nas interações duas a duas,
produzimos outras três cores:
ciano, magenta e amarelo. Na
intersecção equilibrada das três
cores primárias, produzimos o
branco:
Figura 3
Figura 4
Figura 5
13
luz verde + luz azul = luz ciano;
luz azul + luz vermelha = luz magenta.
Esse processo de produção de cores de luz é denominado processo aditivo
de cores complementares, pois as cores resultantes, ao serem adicionadas à
terceira cor primária (aquela que não participou da soma), produzem a luz
branca. Assim, o azul é a cor complementar do amarelo, o vermelho,
complementar do ciano, e o verde, complementar do magenta.
A cor da luz, no entanto, não é suficiente para determinar a cor dos objetos,
pois o que o olho percebe é o resultado da interação entre a luz e a matéria
de que são feitas.
Os pigmentos que permitem obter todas as possíveis colorações dos objetos
também são reduzidos a três, denominados pigmentos primários: o amarelo,
o ciano e o magenta, que correspondem justamente às três cores
complementares para a luz. Desse modo, o resultado da mistura de
pigmentos coloridos não é o mesmo que o da mistura de luzes coloridas.
As cores obtidas pela interação entre luz e pigmento colorido são definidas
por outro processo, denominado subtrativo.
Esse processo está presente quando se misturam tintas de cores diferentes,
obtendo-se uma cor resultante da interação da luz branca da iluminação com
os pigmentos de cor.
O quadro a seguir exemplifica por que, ao misturarmos tinta amarela com
ciano, obtemos o verde.
amarelo:
absorve (azul e violeta)
reflete (amarelo, vermelho e verde)
ciano:
absorve (vermelho e amarelo)
reflete (azul, violeta e verde)
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Se as três tintas de cores primárias forem misturadas em proporções
adequadas e o local for iluminado com luz branca, todos os componentes da
luz serão absorvidos e a mistura terá como resultado o preto. Isto na prática
é de difícil obtenção, pois os pigmentos que utilizamos não são puros.
Na cromatografia buscamos o processo inverso, ou seja, separação de
cores. Isto é possível porque a tinta é solúvel em álcool e seus
componentes, uma vez dissolvidos, espalham-se pelo papel-filtro, por
capilaridade. Como cada componente percorre o papel com uma velocidade
diferente, ocorre a separação dos pigmentos que constituem a tinta, e estes
podem ser identificados por sua cor.
Os filtros coloridos são produzidos com pigmentos primários e, ao serem
iluminados com luz branca, subtraem dela uma ou mais cores, deixando
passar os outros componentes que irão iluminar os objetos, como os papéis
transparentes (celofane) que utilizamos.
Assim, se colocarmos estes papéis entre a fonte de luz branca e os cartões
coloridos, a cor que vemos no cartão é o resultado da interação da luz
proveniente do papel celofane com a do pigmento que recobre os cartões.
Os resultados obtidos na investigação da interação cor-luz × cor-pigmento
nem sempre são satisfatórios, porque usamos como fonte de luz colorida
lâmpadas incandescentes com bases coloridas que funcionam como filtro
para a luz emitida pelo filamento e cartões coloridos por pigmentos impuros.
É importante ressaltar que existe uma gama infinita de pigmentos, orgânicos
ou inorgânicos, de granulação maior ou menor, que, quando aplicados em
tecidos, papéis, plásticos, etc., envolvem uma grande complexidade de cores
e processos.
Enquanto o pigmento amarelo, ao ser iluminado por luz branca, absorve o
azul e o violeta e reflete o amarelo, o verde e o vermelho, nas mesmas
condições o pigmento ciano absorve o vermelho e o amarelo e reflete o azul,
o violeta e o verde.
Observando o esquema anterior, verificamos que o amarelo absorve todas
as cores refletidas pelo ciano, com exceção do verde, e que o ciano também
absorve todas as cores refletidas pelo amarelo, com exceção do verde. Se,
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ao fazermos a mistura, o ambiente estiver iluminado com luz branca, o verde
será a única cor refletida pelos dois pigmentos e será a cor da mistura.
A partir de esquemas semelhantes, pode-se produzir a cor azul através da
mistura de tintas ciano e magenta e a cor vermelha a partir da mistura de
tinta magenta e amarela.
Essas atividades são direcionadas a atuação didático - pedagógica do professor.
Atividade 1: Espectrômetro
Objetivos:
1) Observar a decomposição da luz.
2) Descrever qualitativamente as diferentes frequências (no visível) emitidas
pelas fontes de luz do nosso cotidiano, inclusive o Sol.
Materiais
1 pedaço de cano PVC com aproximadamente
15cm;
1 pedaço de CD de aproximadamente 4 cm2;
1 estilete
1 tesoura
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Fita adesiva larga
Papel cartão ou papelão (aproximadamente 10 cm x 5 cm)
Como Fazer
Inicialmente, vamos aproveitar as grades de difração do CD de modo que
elas fiquem o mais paralelo possível. Para isso, vamos
usar a borda do CD, cortando um pedacinho
exatamente igual ao diâmetro do cano. Antes de cortar,
deve ser arrancada a cobertura (a película na qual
ficam gravados os dados que seriam lidos futuramente)
usando um pedaço da fita adesiva.
Em seguida, com o uso uma tesoura recorte
um pedaço do papel cartão do mesmo tamanho
do cd.
Com o uso da fita adesiva, fixe em uma das extremidades do
cano o cd recortado e, na outra, o papel cartão. Com o auxilio
de um alfinete, faça um orifício de aproximadamente 1 mm
de espessura no papel cartão.
Será por essa abertura que a luz deverá entrar
no cano.
Por fim, você poderá observar o espectro com
a utilização de vela, lâmpadas brancas ou amarelas. Para isso, basta apontar
o orifício para a chama de uma vela, para a lâmpada branca do poste de rua
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(de mercúrio) ou para as amarelas (de sódio). Você perceberá que para cada
tipo de fonte de luz, o espectro apresentado será diferente com raias
brilhantes em diferentes posições.
Questionamento:
Inicialmente, peça para os alunos olharem a luz emitida por uma lâmpada
fluorescente e, em seguida, levante o seguinte questionamento;
Qual a cor da luz?
Em seguida, deixe que os alunos utilizem o espectrômetro e repita o
questionamento.
Nesse momento, você deve encaminhar uma discussão sobre as cores
que compõem a luz branca. Para isso, tome como referência o texto
apresentado na fundamentação teórica.
Atividade 2: Produzindo um Arco – íris
Objetivo
Verificar a decomposição da luz branca
Material
vasilha com água
Espelho plano
Fonte de luz (lâmpada ou lanterna)
Como Fazer
Inicialmente, coloque água na vasilha (deve–se
colocar água até mais da metade da vasilha).
Em seguida, coloque o espelho na vasilha numa
posição que atinja aproximadamente 45o em
relação à horizontal. Na sequência, incida a fonte de
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luz sobre o espelho (procure deixar a fonte afastada do mesmo), até que se
consiga ver a formação do espectro na parede. Caso não consiga observar o
espectro, varie a inclinação do espelho.
Questionamento:
Após realizar o experimento com os alunos, você poderá propor a seguinte
questão para um debate:
Como se forma o arco-íris?
Para responder tal questionamento, você poderá tomar como referência o
conceito de dispersão da luz branca gerando um conjunto de cores.
(obs. assista o vídeo sugerido na introdução, pg. 9).
Atividade 3: Formação de cores numa bolha de sabão
Objetivo
Verificar a formação de cores numa bolha de sabão
Materiais
1 colher de chá de sabão em pó;
1 colher de chá de açúcar (para aumentar a
densidade da mistura);
1 recipiente com água;
1 argola forrada de pano (facilita a formação de
bolhas).
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Como Fazer
Inicialmente, faça uma argola com arame ou com
um pedaço de fio de cobre, ou se preferir pode
utilizar um material alternativo, um coador de café,
como mostrado na figura acima.
Em seguida, dissolva uma colher de sabão em
pó em um recipiente com água. Mergulhe a
argola, retire-a do recipiente e posicione-a de
modo que a película fique na direção vertical.
Importante: É preciso esperar que o sabão
escorra, para que a película que fica nele seja
fina e suficientemente pequena da ordem do comprimento de onda da luz,
para propiciar o aparecimento da interferência.
Observe a película formada contra a iluminação de uma lâmpada.
Certamente, verá um listrado como mostram as fotos acima.
Explicando o fenômeno: Nesse processo, as cores se formam pela
interferência da luz. É interessante observar que a interferência não aparece
logo que você tira a argola de dentro do sabão, porque a película é ainda
muito espessa. Se o ambiente não tiver vento, a película de sabão leva mais
tempo para se desfazer e toda a superfície da bolha exibe as listas coloridas.
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Atividade 4: A cor dos Objetos
Objetivo
Verificar a cor dos objetos através da incidência de luz
Materiais
3 caixas de sapato
Fonte de luz ( lâmpada de 100 W – 110 V / ou uma lanterna)
Objetos diversos como: maçã, laranja, tomate, etc.
Papel gelatina nas cores verde, vermelho e azul (este pode ser encontrado
em lojas que trabalhem com instrumentos musicas e aparelhagem para som)
Como Fazer
Inicialmente, faça uma abertura na tampa das caixas (um retângulo).
Em seguida, fixe (com uma fita adesiva) na abertura (se preferir na parte
interna da tampa) um pedaço do papel gelatina na cor verde. Repita o
procedimento com as cores azul e vermelho.
Dentro de cada caixa, coloque o objeto que se deseja identificar a cor
(procure utilizar o mesmo objeto - mesma cor).
Tampe a caixa.
Ilumine os objetos com a lanterna (ou lâmpada) e peça para que os alunos
passem pelas caixas, observem bem e anotem em seu caderno a cor que
viram em cada caixa.
OBS. Coloque os objetos nas caixas sem que os alunos vejam sua cor
natural (na luz branca), isso favorecerá o debate.
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Questões:
Levante uma discussão com a turma sobre as cores que eles anotaram.
Depois que eles participarem, faça o seguinte questionamento:
Será que o filtro colorido que colocamos em cima da caixa está
relacionado de alguma forma com a cor que vocês anotaram?
Deixe os alunos participarem e em seguida retire os objetos das caixas.
Conduza uma discussão sobre os filtros de luz, novamente perceberão que a
cor está relacionada com a luz.
Atividade 5: Somando Cores.
Objetivo: Mostrar como as cores podem ser somadas.
Materiais
Cartões coloridos de diversas cores
Placa de vidro ou plástico transparente
Fonte de luz
Papel camurça preto
Atividade
Por que vemos os objetos coloridos?
Quais os efeitos dos filtros na luz branca ?
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Como Fazer
Limpe bem a placa para que fique
completamente transparente.
Na sequência, coloque os dois cartões
coloridos com as cores que se pretende
somar sobre um fundo preto fosco.
Use a placa de vidro ou plástico bem limpo
e transparente. O conjunto todo deve estar
bem iluminado com luz branca. Ajuste o ângulo da placa, para que o cartão
visto através do vidro coincida com a imagem do cartão visto por reflexão.
Variando o ângulo, você pode variar a intensidade da luz refletida e transmitida,
misturando as cores em várias proporções.
Repita a experiência com vários pares de cores, por exemplo: vermelho e
branco; amarelo e branco; vermelho e verde; azul e amarelo; verde e lilás, etc
www.seara.ufc.br/sugestões/fisica
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OBS. Essa unidade didática trabalhada dessa forma, pretende aproximar o
aluno do Ensino Fundamental I como seu professor, numa interação
dinâmica e construtiva. Dessa forma, o aprendiz não será um agente passivo
e, seu professor, não exercerá o papel de “detentor do conhecimento”.
18. Referências Arco-íris.Disponível em: <http://w.tvcultura.com.br/xtudo/experiencia/02/exarcoiris.htm> Acesso em : 01 agosto 2011. BONANDO, P.A. Ensino de Ciências nas séries iniciais do 1o. grau – descrição e análise de um programa de ensino e assessoria ao professor. UFSCar, 1994. 147p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Curso de Pós - graduação em Educação, Universidade Federal de São Carlos. BORGES, R. M. R.; MORAES, R. Educação em Ciências nas séries iniciais. São Paulo: Sagra Luzzatto, 1998. 222 p. CARVALHO, A.M.P.; BARROS, M.A.; GONÇALVES, M.E.R.; VANNUCCHI, A.I.; & de REY, R.C. Ciências no ensino fundamental: o conhecimento físico. Editora Scipione, 1998. CARVALHO, A.M.P. A inter-relação entre Didática das Ciências e a Prática de Ensino. In: SELLES, S.E. e FERREIRA, M.S. (orgs.) Formação docente em Ciências: memórias e práticas. Niterói: Eduff, 2003. p.117-35. CARVALHO, Regina Pinto de. Física do dia-a-dia – 105 perguntas e respostas sobre Física fora da sala de aula. Belo Horizonte: Gutenberg, 2003. Disponível em: <http://digilander.libero.it/pagnes/images/stile%20Van%20Gogh.jpg>; Acesso em: 01 agosto 2011. HOROWICZ, Ricardo, Jr. Luz, cores – ação: a ótica e suas aplicações tecnológicas. São Paulo: Editora moderna.1999. PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Física para a Educação Básica. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação. SEED, 2008. PIETROCOLA, M.; FIGUEIREDO, A. Física um outro lado-Luz e Cores. São Paulo: FTD, 2000.