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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO VOLUME II CASCAVEL - PARANÁ MARÇO - 2012

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

VOLUME II

CASCAVEL - PARANÁ

MARÇO - 2012

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A Lição do fogo

Um membro de um determinado grupo, ao qual prestava serviços regular-

mente, sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades. Após algumas

semanas, o líder daquele grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder en-

controu o homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo

brilhante e acolhedor. Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas

ao líder, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando.

O líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse

nada. No silêncio sério que se formara, apenas contemplava a dança das chamas

em torno das achas de lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, o líder exami-

nou as brasas que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais in-

candescente de todas, empurrando-a para o lado. Voltou então a sentar-se, perma-

necendo silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto.

Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho mo-

mentâneo e seu fogo apagou-se de vez. Em pouco tempo o que antes era uma festa

de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão reco-

berto de uma espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra tinha sido

dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se

preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta

no meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado

pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.

Quando o líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: - Obrigado.

Por sua visita e pelo belíssimo sermão.

Reflexão : Aos membros de um grupo vale lembrar que eles fazem parte da chama e

que longe do grupo eles perdem todo o brilho. Aos lideres vale lembrar que eles são

responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promover a união entre

todos os membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro.

(Autor desconhecido)

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1. SUMÁRIO

1. SUMÁRIO.................................................................................................03

2. CALENDÁRIO ESCOLAR........................................................................04

3. MATRIZ CURRICULAR............................................................................05

4. REGIMENTO ESCOLAR..........................................................................08

5. ESTATUTO APMF....................................................................................70

6. ESTATUTO CONSELHO ESCOLAR.......................................................94

7. ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTIL.................................................97

8. PROPOSTA CURRICULAR.....................................................................108

9. PROJETOS...............................................................................................336

9.1 Homenagem às Mães.......................................................................337

9.2 Festa Junina......................................................................................337

9.3 Gincana do Estudante.......................................................................337

9.4 Jogos Interssalas...............................................................................337

9.5 Viva Escola 2008/2009......................................................................337

9.6 Oratória..............................................................................................338

9.7 Olimpíadas de Matemática e Astronomia..........................................338

9.8 Sexualidade e Prevenção de DST's e AIDS.....................................338

9.9 Diga não às Drogas...........................................................................338

9.10 Projeto de Atividade Complementar.............................................339

10. FORMAÇÃO CONTINUADA..............................................................342

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................343

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2. CALENDÁRIO ESCOLAR

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Anexo da Resolução N º 4901/2011- GS/SEED C. E. DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO – EFM CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012 Considerados como dias letivos: semana pedagógica (06 dias); formação continuada (02 dias); replanejamento (01 dia); reunião pedagógica (01 dias) – Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fev ereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 1 2 31 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 16 4 5 6 7 8 9 10 228 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 2422 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 3129 30 31

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 28 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 21 3 4 5 6 7 8 9 19

15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2329 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 2 1 2 3 4 18 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 22 2 3 4 5 6 7 8 19

15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 2229 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

3007 Dia do Funcionário de Escola

Outubro Nov embro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 17 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 18 2 3 4 5 6 7 8 12

14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 2228 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29

30 31

Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesJaneiro 31 janeiro/férias 30fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15julho 18 dez/recesso 12dezembro 12 outros recessos 3Total 68 Total 60

Início/TérminoPlanejamento Formação Continuada SEED e NREFérias Reunião PedagógicaRecesso Conselho de Classe

Semana Pedagógica Semana de Integração Escola/Comunidade

1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval

6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi21 Tiradentes

7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR15 Dia do Professor 14 Feriado Municipal 25 Natal

15 Proclamação da República20 Dia Nac. da Consciência Negra

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3. MATRIZ CURRICULAR

NRE: 06 – CASCAVEL MUNICÍPIO: 0480 – CASCAVEL

ESTABELECIMENTO: 00940 – Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco – Ensino Fundamental e Médio

ENT. MANTENEDORA - Governo do Estado do Paraná

CURSO:0009 - ENSINO MEDIO TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA MODULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS / SÉRIE1º 2º 3º

BNCARTE

BIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FILOSOFIA

FÍSICA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMATICA

QUIMICA

SOCIOLOGIA

2

2

2

2

2

2

3

4

2

2

2

2

2

2

2

2

4

3

2

2

2

2

2

2

2

2

2

3

2

2

2

SUB-TOTAL 23 23 23

PD

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS) 2 2 2

PD *LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (ESPANHOL) 4 4 4

SUB-TOTAL 6 6 6

Total Geral 29 29 29

Nota: Matriz curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de Matricula Facultativa Ofertada no Turno Contrario, no CELEM.

Cascavel, 23 de Fevereiro de 2012.

Maria de Lourdes da Silva Oliveira

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NRE: 06 - CASCAVEL MUNICÍPIO: 0480 – CASCAVEL

ESTABELECIMENTO: 00940 – Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco – Ensino Fundamental e Médio

ENT. MANTENEDORA - Governo do Estado do Paraná

CURSO:4039 - ENSINO FUNDAMENTAL 6/9 A-S TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 – SIMULTÂNEA MODULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS / SÉRIE6º 7º 8º 9º

BNC ARTES

CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO RELIGIOSO *

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMATICA

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

4

3

4

4

2

3

3

3

4

4

4

SUB-TOTAL 23 23 23 23

P

DLÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS) 2 2 2 2

Sub-Total 2 2 2 2

Total 25 25 25 25

Nota: Matriz curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de Matrícula Facultativa para o aluno.

Cascavel, 13 de Dezembro de 2011.

Maria de Lourdes da Silva de Oliveira

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NRE: 06 - CASCAVEL MUNICÍPIO: 0480 – CASCAVEL

ESTABELECIMENTO: 00940 – Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco – Ensino Fundamental e Médio

ENT. MANTENEDORA - Governo do Estado do Paraná

CURSO:4039 - ENSINO FUNDAMENTAL 6/9 A-S TURNO: TARDE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 – SIMULTÂNEA MODULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS / SÉRIE5º 6º 7º 8º B

NC

ARTES

CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO RELIGIOSO *

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMATICA

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

4

3

4

4

2

3

3

3

4

4

4

SUB-TOTAL 23 23 23 23

P

DLÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS) 2 2 2 2

Sub-Total 2 2 2 2

Total 25 25 25 25

Nota: Matriz curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de Matricula Facultativa para o Aluno.

Cascavel, 13 de Dezembro de 2011.

Maria de Lourdes da Silva de Oliveira

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4. REGIMENTO ESCOLAR

DISPOSIÇÕES DOS COMPONENTES DE

REGIMENTO ESCOLAR

PREÂMBULO

O Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco, foi autorizado pela

Resolução 1552/2000 de 05/05/2000, embora as suas atividades tenham iniciado no dia

03 de março de 1999.

O Colégio oferece Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e Ensino Médio.

Localiza-se no Reassentamento São Francisco de Assis, BR 369, Km 511, município de

Cascavel, PR.

O prédio escolar foi construído pela Companhia Paranaense de Energia Elétrica -

COPEL e doado às Associações vinculadas à Associação de Desenvolvimento dos

Reassentados de Salto Caxias – ADERABI, e as mesmas fizeram a doação do prédio

para a FUNDEPAR, bem como os recursos materiais e equipamentos. As associações

surgiram da organização das famílias atingidas pela barragem da Usina de Salto Caxias,

na tentativa de amenizar o impacto causado pela desapropriação de suas terras,

considerando-se que junto das propriedades submerge parte de sua história.

Por sua característica de criação, desde a elaboração do projeto, execução e até o

funcionamento este estabelecimento é fruto da construção coletiva dos agricultores e

agricultoras.

O nome escolhido do Reassentamento , foi em homenagem ao Frei: São Francisco

de Assis; por ser a comunidade dos moradores de predominância da religião Católica

apostólica Romana, sendo esse também localizado na zona rural.

Quando o Colégio foi autorizado o seu funcionamento, a comunidade optou pelo

mesmo nome, enfatizando assim a sua homenagem e localização.

A entidade mantenedora é a SEED – Secretaria de Estado da Educação, e teve

parceria com a COPEL, durante os três primeiros anos de funcionamento (1999 a 2001),

foram permitidos convênios com entidades organizadas da sociedade civil e empresas

constituídas, desde que respeitados os princípios filosóficos norteadores do Projeto

Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

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A Unidade Educacional rege-se pelas normas da SEED, sendo administrada pelo

gestor da unidade escolar, pelo Conselho Escolar e pela Associação de Pais, Mestres e

Funcionários – APMF.

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

IDENTIFICAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E MANTENEDORA

Art. 1 O Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco – Ensino

Fundamental e Médio, localiza-se no Reassentamento São Francisco de Assis – Cascavel

- PR.

Art. 2 O Colégio é mantido pela SEED – Secretaria de Estado da Educação, e

contou com um convênio firmado entre a APMF e a Companhia Paranaense de Energia

Elétrica – COPEL, com duração de 3 (três) anos a contar de 1999.

CAPÍTULO II

DAS FINALIDADES E OBJETIVOS

Art. 3 O Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco, tem a finalidade de

efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os dispositivos

constitucionais Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -

LDBEN nº 9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº 8.069/90 e a

Legislação do Sistema Estadual de Ensino.

Art. 4 O estabelecimento de ensino garante o princípio democrático de igualdade

de condições de acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública,

de uma Educação Básica com qualidade em seus diferentes níveis e modalidades de

ensino, vedada qualquer forma de discriminação e segregação.

Art. 5 O estabelecimento de ensino objetiva a implementação e acompanhamento

do seu Projeto Político-Pedagógico, elaborado coletivamente, com observância aos

princípios democráticos, e submetido à aprovação do Conselho Escolar.

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Art. 6 A identidade da Escola do Campo e no Campo, é definida pela vinculação

às questões inerentes a sua realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes

próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza o futuro, na rede de Ciência e

Tecnologias disponíveis na Sociedade e nos Movimentos Sociais em defesa de projetos

que associem as soluções por essas questões à qualidade social da vida coletiva no

país. Obedecendo as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do

Campo; conforme CNE/CBE nº 01/2002

TÍTULO II

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

CAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Art. 7 O trabalho pedagógico compreende todas as atividades teórico-práticas

desenvolvidas pelos profissionais do estabelecimento de ensino para a realização do

processo educativo escolar.

Art. 8 A organização democrática no âmbito escolar fundamenta-se no processo de

participação e co-responsabilidade da comunidade escolar na tomada de decisões

coletivas, para a elaboração, implementação e acompanhamento do Projeto Político-

Pedagógico.

Art. 9 A organização do trabalho pedagógico é constituída pelo Conselho Escolar,

equipe de direção, órgãos colegiados de representação da comunidade escolar, Conselho

de Classe, equipe pedagógica, equipe docente, equipe técnico-administrativa e assistente

de execução e equipe auxiliar operacional.

Art. 10 São elementos da gestão democrática a escolha do(a) diretor(a) pela

comunidade escolar, na conformidade da lei, e a constituição de um órgão máximo de

gestão colegiada, denominado de Conselho Escolar.

Seção I

Do Conselho Escolar

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Art. 11 O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,

consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho

pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a

legislação educacional vigente e orientações da SEED.

Art. 12 O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar

e representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação

pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o(a) diretor(a)

escolar.

§ 1º - A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da

educação atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e

frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos.

§ 2º - A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,

presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.

Art. 13 O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros

que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.

Art. 14 O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar a

efetivação do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.

Art. 15 Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares,

mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade

dos níveis e modalidades de ensino.

Parágrafo Único - As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e

suplentes, realizar-se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um

mandato de 2 (dois) anos, admitindo-se uma única releição consecutiva.

Art. 16 O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da

proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:

• diretor (a);

• representante da equipe pedagógica;

• representante da equipe docente (professores);

• representante da equipe técnico-administrativa;

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• representante da equipe auxiliar operacional;

• representante dos discentes (alunos);

• representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;

• representante do Grêmio Estudantil;

• representante dos movimentos sociais organizados da comunidade (APMF,

Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde etc.).

Art. 17 O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3 (dois

terços) de seus integrantes.

Seção II

Da Equipe de Direção

Art. 18 A direção escolar é composta pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar, escolhidos

democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme legislação em

vigor.

Art. 19 A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão

democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.

Art. 20 Compete ao diretor(a):

• cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

• responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

• coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar;

• coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação;

• implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

• coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

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• convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento

às decisões tomadas coletivamente;

• elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

• prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

• coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a

legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,

encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;

• garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os

órgãos da administração estadual;

• encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no

ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

• deferir os requerimentos de matrícula;

• elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED,

submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para

homologação;

• acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula aos

discentes;

• assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos;

• promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar

e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-

administrativa no âmbito escolar;

• propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,

após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou

fechamento de cursos;

• participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los

ao Conselho Escolar para aprovação;

• supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao

cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a

exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

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• presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas

coletivamente;

• definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe

auxiliar operacional;

• articular processos de integração da escola com a comunidade;

• solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e

professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;

• organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho,

correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga horária da Prática

Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano de

Curso;

• participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente

com a comunidade escolar;

• cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e

epidemiológica;

• viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular

plurilingüístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas

Estrangeiras Modernas – CELEM;

• disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios

Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

• assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Art. 21 Compete ao(à) diretor(a) auxiliar assessorar o(a) diretor(a) em todas as

suas atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento.

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Seção III

Dos Órgãos Colegiados de Representação

da Comunidade Escolar

Art. 22 Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como Órgãos

Colegiados de representação da comunidade escolar estão legalmente instituídos por

Estatutos e Regulamentos próprios.

Art. 23 A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ou similar, pessoa

jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários

do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins

lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída

por prazo indeterminado.

Parágrafo Único – A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado

em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.

Art. 24 O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do

estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e

coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus

membros.

Parágrafo Único – O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio, aprovado e

homologado em Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.

Seção IV

Do Conselho de Classe

Art. 25 O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-

Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as

ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do

processo ensino e aprendizagem.

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Art. 26 A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as

informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e

aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos

conteúdos curriculares estabelecidos.

Parágrafo Único - É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as

informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.

Art. 27 Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos,

procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-

educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino.

Art. 28 O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,

onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e

propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades

apontadas no processo ensino e aprendizagem.

Art. 29 O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a)

auxiliar, pela equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que

atuam numa mesma turma e/ou série, por meio de:

• Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação

do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);

• Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da

equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e

pais de alunos por turma e/ou série.

Art. 30 A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do

Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48 (quarenta e

oito) horas.

Art. 31 O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em

calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.

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Art. 32 As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata, pelo(a)

secretário(a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.

Art. 33 São atribuições do Conselho de Classe:

• analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos

metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e

aprendizagem;

• propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a

melhoria do processo ensino e aprendizagem;

• estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao

processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em

consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;

• acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e

analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem;

• atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do

aluno para série/etapa subseqüente ou retenção, após a apuração dos resultados

finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;

• receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 (setenta e duas) horas

úteis após sua divulgação em edital.

Seção V

Da Equipe Pedagógica

Art. 34 A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no

Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política

educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Art. 35 A equipe pedagógica é composta por professores graduados em

Pedagogia.

Art. 36 Compete à equipe pedagógica:

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• coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-

Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

• orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em

uma perspectiva democrática;

• participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar;

• coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da

SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

• orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

• acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos

discentes;

• promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão

e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração

de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

• participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais

do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

• organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação

sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

• coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

• subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do

estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência, debates e oficinas pedagógicas;

• organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de

maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

• proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade

escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

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• coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento

Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

• participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da

organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

• coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de

ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando

ações e projetos de incentivo à leitura;

• acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e

Biologia e de Informática;

• propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

• coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

• colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da

SEED;

• coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a

partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

• acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às

atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

• acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso,

quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos

funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

• promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as

formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

• coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

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• participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

• orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,

reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial,

conforme legislação em vigor;

• organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições

de dias, horas e conteúdos aos discentes;

• orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de Classe ;

• organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

• organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

• solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades

educacionais especiais;

• coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto

Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se

necessário;

• acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu

desenvolvimento integral;

• acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

• acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver

necessidade de encaminhamentos;

• orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com

necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas

e curriculares e no processo de inclusão na escola;

• manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de

alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de

informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho

pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

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• assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o

estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilinguístico de Língua

Portuguesa Moderna;

• assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,

alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais dos alunos, professores, funcionários

e famílias;

• elaborar seu plano de Ação;

• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Seção VI

Da Equipe Docente

Art. 37 A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente

habilitados.

Art. 38 Compete aos docentes:

• participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e

aprovado pelo Conselho Escolar;

• elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e

as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

• participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos

livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

• elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

• desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica

do conhecimento pelo aluno;

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• proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,

quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando

prioritariamente o direito do aluno;

• proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-

se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto

Político Pedagógico e neste Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino;

• promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,

estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do

período letivo;

• participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos

com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e

acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis

necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e

apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

• participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola,

com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

• participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

• assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,

ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

• viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno,

no processo de ensino e aprendizagem;

• participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto

ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à

Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contraturno, a fim de realizar ajustes ou

modificações no processo de intervenção educativa;

• estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e

criação artística;

• participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de

alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,

responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais

serão registradas e assinadas em Ata;

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• propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

• zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à

equipe pedagógica;

• cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-

atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados

ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

• cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,

pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe

pedagógica, conforme determinações da SEED;

• manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe

pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de

ensino;

• participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da

escola com as famílias e a comunidade;

• desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

• dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em

vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática

profissional e educativa;

• participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que

lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;

• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Seção VII

Da Equipe Técnico-Administrativa e dos Assistentes de Execução

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Art. 39 A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam

nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento de

ensino.

Art. 40 A função de assistente de execução é exercida por profissional que atua no

laboratório de Química, Física e Biologia do estabelecimento de ensino.

Art. 41 O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar

é indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,

conforme normas da SEED.

Parágrafo Único - O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela

direção.

Art. 42 Compete ao Secretário Escolar:

• conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED,

que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;

• distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais

técnicos administrativos;

• receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

• organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,

instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

• efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência e conclusão de curso;

• elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados

às autoridades competentes;

• encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

• organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de

forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade

da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

• responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,

respondendo por qualquer irregularidade;

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• manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;

• organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da

escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;

• atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando

informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e

funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento

Escolar;

• zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da

secretaria;

• orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe

com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;

• cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas

da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação

comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,

classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

• organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor

competente a sua freqüência, em formulário próprio;

• secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;

• conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

• comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na

secretaria da escola;

• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

• organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular

(CELEM, sala de recursos e sala de apoio), quando desta oferta no

estabelecimento de ensino;

• manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros

Didáticos;

• fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,

quando solicitado;

• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

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famílias;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

Art. 43 Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos

estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):

1- cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria,

quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória,

necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,

classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

2- atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e

orientações;

3- cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;

4- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional

de sua função;

5- controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações

sobre os mesmos a quem de direito;

6- organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu

setor;

7- efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico

Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;

8- organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da

escola;

9- classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a

movimentação de expedientes;

10-realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do

estabelecimento, sempre que solicitado;

11-coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e

atualizando o sistema informatizado;

12-executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;

13-participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

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14-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

15-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

16-exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Art. 44 Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado

pela direção do estabelecimento de ensino:

• cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando

organização e funcionamento;

• atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de

livros, de acordo com Regulamento próprio;

• auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta

pedagógica curricular do estabelecimento de ensino;

• auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre

outros;

• encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das

necessidades indicadas pelos usuários;

• zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;

• registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;

• receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da

biblioteca;

• manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela

sua manutenção;

• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

• auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;

• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

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• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem à especificidade de sua função.

Art. 45 Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no

laboratório de Informática do estabelecimento de ensino:

• cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática,

assessorando na sua organização e funcionamento;

• auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de

materiais e equipamentos de informática;

• preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais

necessários para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório;

• assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório;

• zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;

• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

• receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do

laboratório de Informática;

• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Art. 46 Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química,

Física e Biologia do estabelecimento de ensino:

• cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química,

Física e Biologia;

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• aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo

docente e discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos;

• preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a

realização de atividades práticas de ensino;

• receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do

laboratório;

• utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do

laboratório;

• assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;

• zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo,

instrumentos e equipamentos de uso do laboratório;

• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

• comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou

acidente ocorridos no laboratório;

• manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos,

solventes, reagentes e demais materiais de consumo;

• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

Seção VIII

Da Equipe Auxiliar Operacional

Art. 47 O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação,

manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar, sendo

coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.

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Art. 48 Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e

preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:

• zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as

normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;

• utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com

antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;

• zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer

irregularidade à direção;

• auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de

início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes,

quando solicitado pela direção;

• atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais

temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de

alimentação;

• auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas,

andadores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação

no ambiente escolar;

• auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a

alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as

correspondentes ao uso do banheiro;

• auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas

atividades escolares;

• cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,

respeitado o seu período de férias;

• participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

• coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o

devido destino, conforme exigências sanitárias;

• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

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com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Art. 49 São atribuições do auxiliar operacional, que atua na cozinha do

estabelecimento de ensino:

1 zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo

as normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;

2 selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de

qualidade nutricional;

3 servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e

segurança;

4 informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição

do estoque da merenda escolar;

5 conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda

escolar, conforme legislação sanitária em vigor;

6 zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da

merenda escolar;

7 receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha

e da merenda escolar;

8 cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,

respeitado o seu período de férias;

9 participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

10 auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer

necessário;

11 respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de

preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;

12 participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

13 zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

14 manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

15 participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

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específicas da sua função.

Art. 50 São atribuições do auxiliar operacional que atua na área de vigilância da

movimentação dos alunos nos espaços escolares:

16- coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término

dos períodos de atividades escolares;

17- zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as

normas disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de

ensino;

18- comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à

segurança dos alunos;

19- percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos

quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;

20- encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que

necessitarem de orientação ou atendimento;

21- observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e

irregularidades;

22- acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se

fizer necessário;

23- auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de

comunicados no âmbito escolar;

24- cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,

respeitado o seu período de férias;

25- participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

26- zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e

materiais didático-pedagógicos;

27- auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de

equipamentos e materiais didático-pedagógicos;

28- atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à

estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;

29- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

30- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

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31- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

32- participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

CAPÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Art. 51 A organização didático-pedagógica é entendida como o conjunto de

decisões coletivas, necessárias à realização das atividades escolares, para garantir o

processo pedagógico da escola.

Art. 52 A organização didático-pedagógica é constituída pelos seguintes

componentes:

• dos níveis e modalidades de ensino da Educação Básica;

• dos fins e objetivos da Educação Básica em cada nível e modalidade de

ensino;

• da organização curricular, estrutura e funcionamento;

• da matrícula;

• do processo de classificação;

• do processo de reclassificação;

• da transferência;

• da progressão parcial;

• da freqüência;

• da avaliação, da recuperação de estudos e da promoção;

• do aproveitamento de estudos;

• da adaptação;

• da revalidação e equivalência;

• da regularização da vida escolar;

• do calendário escolar;

• dos registros e arquivos escolares;

• da eliminação de documentos escolares;

• da avaliação institucional;

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• dos espaços pedagógicos.

SEÇÃO I

DOS NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINODA EDUCAÇÃO BÁSICA

Art. 53 O estabelecimento de ensino oferta:

• Ensino Fundamental: 6º a 9º ano/regime de 9 anos;

• Ensino Médio;

• Educação Especial : Sala de recurso de 6º à 9º ano, apoio especializado no

atendimento de alunos com deficiência mental e distúrbios de aprendizagem.

SEÇÃO II

DOS FINS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

DE CADA NÍVEL E MODALIDADE DE ENSINO

Art. 54 O estabelecimento de ensino oferece a Educação Básica com base nos

seguintes princípios das Constituições Federal e Estadual:

• igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, vedada

qualquer forma de discriminação e segregação;

• gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer

natureza vinculadas à matrícula;

• garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade.

Art. 55 O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, tem por objetivo a formação

básica do cidadão, mediante:

• o desenvolvimento da cognição, tendo como meios básicos o pleno domínio da

leitura, da escrita e do cálculo;

• a compreensão do ambiente natural e sociocultural, dos espaços e das

relações socioeconômicas e políticas, da tecnologia e seus usos, das artes e dos

princípios em que se fundamentam as sociedades;

• o fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das relações em

que se assenta a vida social;

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• a valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações com os

contextos nacional/global;

• o respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de

ideologia e de condição socioeconômica.

Art. 56 O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de

três anos, tem como finalidade:

• a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

• a formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo

em que vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua

transformação;

• o aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética,

autonomia intelectual e pensamento crítico;

• a compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas

dimensões filosófica, artística e científica, em sua interdependência nas diferentes

disciplinas.

Art. 57 Ao final do Ensino Médio o aluno deve demonstrar:

• domínio dos princípios científicos, tecnológicos e do legado filosófico e artístico

da sociedade, que possibilite a compreensão da complexidade histórico-social da

mesma;

• conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;

• compreensão crítica das relações e da estrutura social, das desigualdades e

dos processos de mudança, da diversidade cultural e da ideologia frente aos

intensos processos de mundialização, desenvolvimento tecnológico e

aprofundamento das formas de exclusão;

• percepção própria, como indivíduo e personagem social, com consciência,

reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação

homem-mundo.

Art. 58 A Educação Especial tem como finalidade assegurar educação de

qualidade a todos os alunos com necessidades educacionais especiais, em todas as

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etapas da Educação Básica, oferecendo apoio, complementação, suplementação e/ou

substituição dos serviços educacionais regulares.

Art. 59 O estabelecimento de ensino, além dos níveis e modalidades de ensino da

Educação Básica oferta:

1. ensino Extracurricular Plurilingüística da Língua Estrangeira Moderna; (CELEM-

Espanhol)

2. programa de qualificação profissional para o Adolescente Aprendiz, entre 14

(quatorze) e 18 (dezoito) anos submetidos a medidas sócio-educativas e os

beneficiados com remissão.

SEÇÃO III

DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

Art. 60 A organização do trabalho pedagógico em todos os níveis e modalidades

de ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais.

Art. 61 O regime da oferta da Educação Básica é de forma presencial, com a

seguinte organização:

• por séries , nos anos finais do Ensino Fundamental;

• por séries, no Ensino Médio;

• por serviços e apoios especializados, conforme especificidade de cada área, na

modalidade da Educação Especial;

Parágrafo Único - O Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em

Educação – Profuncionário, é um programa que contém quatro cursos técnicos

subsequentes ao Ensino Médio ou equivalente e é oferecido à distância na forma

modular, destinando-se aos funcionários da educação da rede pública.

Art. 62 Os conteúdos curriculares na Educação Básica observam:

a. difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos

cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

b. respeito à diversidade;

c. orientação para o trabalho.

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Art. 63 O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Fundamental organizado em:

• anos finais, em regime de série/ano, com 4 (quatro) anos de duração,

perfazendo um total de 3.200 horas.

Art. 64 Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta

Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de

ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e Estaduais.

Parágrafo Único – Os conteúdos curriculares estão organizados por disciplinas

para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Art. 65 O estabelecimento de ensino oferta:

• Salas Apoio à Aprendizagem para os anos finais do Ensino Fundamental,

conforme orientações da SEED.

Art. 66 Na organização curricular para os anos finais do Ensino Fundamental

consta:

• Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Artes, Ciências,

Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua

Portuguesa e de uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira

Moderna : Inglês;

• Ensino Religioso, como disciplina integrante da Matriz Curricular do

estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa

do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo;

• História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e

Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como temáticas

trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas;

• conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.

Art. 67 O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Médio, com duração de três

anos, perfazendo um mínimo de 2.400 horas.

Art. 68 Na organização curricular do Ensino Médio consta:

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• Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Biologia, Química,

Física, História, Geografia, Educação Física, Filosofia, Sociologia, Língua

Portuguesa e Matemática e de uma Parte Diversificada constituída por Língua

Estrangeira Moderna : Inglês;

• História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e

Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como temáticas

trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas;

• conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.

Art. 69 Oferta do atendimento educacional especializado aos alunos com

necessidades educacionais especiais, nas áreas da deficiência mental, surdez, deficiência

física neuromotora.

Parágrafo Único - As necessidades educacionais especiais são definidas pelos

distúrbios de aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou

permanente, e pelos recursos e apoios proporcionados, objetivando a remoção das

barreiras para a aprendizagem e participação e o enriquecimento curricular para alunos

com super dotação ou altas habilidades.

Art. 70 A organização da Proposta Pedagógica Curricular toma como base as

normas e Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, observando o princípio da

flexibilização e garantindo o atendimento pedagógico especializado para atender às

necessidades educacionais especiais de seus alunos.

SEÇÃO IV

DA MATRÍCULA

Art. 71 A matrícula é o ato formal que vincula o aluno ao estabelecimento de

ensino, conferindo-lhe a condição de aluno.

Parágrafo Único - É vedada a cobrança de taxas e/ou contribuições de qualquer

natureza vinculadas à matrícula;

Art. 72 O estabelecimento de ensino assegura matrícula inicial ou em curso,

conforme normas estabelecidas na legislação em vigor e nas instruções da SEED.

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Art. 73 A matrícula deve ser requerida pelo interessado ou seu responsável,

quando menor de 18 (dezoito anos), sendo necessária a apresentação dos seguintes

documentos:

1. Certidão de Nascimento e Carteira de Identidade – RG, para alunos maiores

de 16 (dezesseis) anos, cópia e original;

2. Comprovante de residência, prioritariamente a fatura de energia elétrica, cópia

e original.

3. Histórico Escolar ou Declaração de escolaridade da escola de origem, esta com

o Código Geral de Matrícula – CGM, quando aluno oriundo da rede estadual;

4. Matriz Curricular, quando a transferência for para o 2º ou 3º ano do Ensino

Médio.

§ 1º - O aluno oriundo da rede estadual de ensino deve apresentar também a

documentação específica, disposta nas Instruções Normativas de matrícula emanadas

anualmente da SEED.

§ 2º - Na impossibilidade de apresentação de quaisquer documentos citados neste

artigo, o aluno ou seu responsável será orientado e encaminhado aos órgãos

competentes para as devidas providências.

Art. 74 A matrícula é deferida pelo diretor, conforme prazo estabelecido na

legislação vigente.

Art. 75 No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável será informado sobre o

funcionamento do estabelecimento de ensino e sua organização, conforme o Projeto

Político Pedagógico, Regimento Escolar, Estatutos e Regulamentos Internos.

Art. 76 No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável deverá autodeclarar seu

pertencimento Étnico-Racial e optar, na série do Ensino Fundamental , pela freqüência ou

não na disciplina de Ensino Religioso.

Art. 77 O período de matrícula será estabelecido pela SEED, por meio de

Instruções Normativas.

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Art. 78 Ao aluno não vinculado a qualquer estabelecimento de ensino assegura-se

a possibilidade de matrícula em qualquer tempo, desde que se submeta a processo de

classificação, aproveitamento de estudos e adaptação, previstos no presente Regimento

Escolar, conforme legislação vigente.

§ 1º - O controle de frequência far-se-á a partir da data da efetivação da matrícula,

sendo exigida frequência mínima de 75% do total da carga horária restante da série ou

ciclo.

§ 2º - O contido no caput desse artigo é extensivo a todo estrangeiro,

independentemente de sua condição legal, exceto para a primeira série/ano do Ensino

Fundamental.

Art. 79 O ingresso no Ensino Fundamental será de acordo com a legislação

vigente no estado.

Art. 80 O ingresso no Ensino Médio é permitido:

• aos concluintes do Ensino Fundamental ou seu correspondente legal, ofertado

por estabelecimento de ensino regularmente autorizado a funcionar;

• aos concluintes de estudos equivalentes aos de Ensino Fundamental

reconhecidos pelo Conselho Estadual de Educação.

Art. 81 Os alunos com necessidades educacionais especiais serão matriculados

em todos os níveis e modalidades de ensino, respeitado o seu direito a atendimento

adequado, pelos serviços e apoios especializados.

SEÇÃO V

DO PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO

Art. 82 A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o

estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível

com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais,

podendo ser realizada:

• por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase

anterior, na própria escola;

• por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do

exterior, considerando a classificação da escola de origem;

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• independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de

desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

Art. 83 A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige

as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos

profissionais:

• organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para

efetivar o processo;

• proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

• comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

• arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

• registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

SEÇÃO VI

DO PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO

Art. 84 A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia

o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando

em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos

compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o

seu Histórico Escolar.

Art. 85 Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com freqüência na série/disciplina,

dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de

reclassificação.

Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão

solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à

escola aprová-lo ou não.

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Art. 86 A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno

e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de

obter o devido consentimento.

Art. 87 A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela

equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações

emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a

necessidade da reclassificação.

Art. 88 Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,

anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para

que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.

Art. 89 O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,

durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

Art. 90 O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e

integrará a Pasta Individual do aluno.

Art. 91 O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo

estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED.

Art. 92 A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.

SEÇÃO VII

DA TRANSFERÊNCIA

Art. 93 A matrícula por transferência ocorre quando o aluno, ao se desvincular de

um estabelecimento de ensino, vincula-se, ato contínuo, a outro, para prosseguimento

dos estudos em curso.

Art. 94 A matrícula por transferência é assegurada no estabelecimento de ensino,

aos alunos que se desvincularam de outro, devidamente integrado ao sistema de ensino,

mediante apresentação da documentação de transferência, com aproveitamento e

assiduidade do aluno, com observância da proximidade residencial.

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Art. 95 Os registros do estabelecimento de ensino de origem serão transpostos ao

estabelecimento de destino, sem modificações.

Parágrafo Único - Antes de efetivar a matrícula, se necessário, solicitar à escola de

origem os dados para a interpretação dos registros referentes ao aproveitamento escolar

e assiduidade do aluno.

Art. 96 As transferências de alunos com dependência em até três disciplinas serão

aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos .

Art. 97 O aluno, ao se transferir do estabelecimento de ensino, receberá a

documentação escolar necessária para matrícula no estabelecimento de destino,

devidamente assinada.

§ 1º - No caso de transferência em curso, será entregue ao aluno:

• Histórico Escolar das séries ou períodos, etapas, disciplina(s), ciclos ou fases

concluídas;

• Ficha Individual referente à série ou período, etapa, disciplina(s) em curso.

§ 2º - Na impossibilidade da emissão dos documentos, no ato da solicitação da

transferência, o estabelecimento fornecerá Declaração de Escolaridade, anexando cópia

da Matriz Curricular e compromisso de expedição de documento definitivo no prazo de 30

(trinta) dias.

§ 3º - À documentação dos alunos que frequentam os serviços de Apoios da

Educação Especial, além dos documentos da classe comum, deverão ser acrescentadas

cópias do relatório da avaliação pedagógica no contexto escolar e cópia do último

relatório de acompanhamento semestral realizado pelo professor do Serviço ou Apoio

Especializado.

SEÇÃO VIII

DA PROGRESSÃO PARCIAL

Art. 98 A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não

obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subsequente e concomitantemente às séries seguintes.

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Art. 99 O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com

Progressão Parcial.

Parágrafo Único: As transferências recebidas de alunos com dependência em até

três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudo.

SEÇÃO IX

DA FREQUÊNCIA

Art. 100 É obrigatória, ao aluno, a frequência mínima de 75% do total da carga

horária do período letivo, para fins de promoção.

Art. 101 É assegurado o regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento

pedagógico do estabelecimento de ensino, como forma de compensação da ausência às

aulas, aos alunos que apresentarem impedimento de frequência, conforme as seguintes

condições, previstas na legislação vigente:

• portadores de afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismos ou

outras condições mórbidas;

• gestantes.

Art. 102 É assegurado o abono de faltas ao aluno que estiver matriculado em

Órgão de Formação de Reserva e que seja obrigado a faltar a suas atividades civis, por

força de exercícios ou manobras, ou reservista que seja chamado para fins de exercício

de apresentação das reservas ou cerimônias cívicas, do Dia do Reservista.

Parágrafo Único – As faltas tratadas no caput deste artigo deverão ser assentadas

no Livro Registro de Classe, porém, não serão consideradas no cômputo geral das faltas.

Art. 103 Na Organização Coletiva do Ensino Fundamental e Médio, a freqüência

mínima é de 75% do total da carga horária prevista para cada disciplina.

Art. 104 A relação de alunos, quando menores de idade, que apresentarem

quantidade de faltas acima de 50% do percentual permitido em lei, será encaminhada ao

Conselho Tutelar do Município, ou ao Juiz competente da Comarca e ao Ministério

Público.

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SEÇÃO X

DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM, DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E DA PROMOÇÃO

Art. 105 A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento

pelo aluno.

Art. 106 A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e

à elaboração pessoal, sobre a memorização.

Art. 107 A avaliação é realizada em função dos conteúdos curriculares em

consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas

expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.

Parágrafo Único - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um

único instrumento de avaliação.

Art. 108 Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-Pedagógico.

Art. 109 A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos

alunos entre si.

Art. 110 O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a

reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

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Art. 111 Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos

durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

Art. 112 Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o

período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades

detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

Art. 113 A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

Art. 114 A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem.

Art. 115 A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados.

Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de

estudos e os conteúdos da disciplina.

Art. 116 A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em

uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Art. 117 Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de

sua vida escolar.

Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.

Art. 118 A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno, aliada à apuração da sua frequência.

Art. 119 Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero),

observando a frequência mínima exigida por lei.

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Art. 120 Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que

apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou

superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao

final do ano letivo.

Art. 121 Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio

serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

• frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar;

• frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis

vírgula zero) em cada disciplina.

Art. 122 A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do

aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.

Art. 123 Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de

documentação escolar.

Art. 124 Conforme redação da nova L.D.B. N° 9.394/96, onde propõe uma gestão

democrática e autônoma para cada Unidade Escolar; que enfatiza o sistema de

avaliação de maneira relevante quanto a diversidade sociocultural; sendo esta

incorporada ao P.P.P.(Projeto Político Pedagógico . Denota-se que, a Educação do

Campo e no Campo, contempla questões inerentes a sua realidade, ancorados a sua

temporalidade, respeitando a maneira de conceber o tempo, o espaço, o meio ambiente,

o modo de viver, de organizar a família e o trabalho. Tendo então esse olhar, se

sistematizou o sistema de avaliação desse Estabelecimento de Ensino, conforme quadro

abaixo.

Média Final ou MF = soma dos Registros de notasnúmero de Registros de Notas

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SEÇÃO XI

DO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

Art. 125 Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados.

Parágrafo Único – A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no

estabelecimento de ensino de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de

cálculo da carga horária total do curso.

Art. 126 A avaliação para fins de aproveitamento de estudos será realizada

conforme os critérios estabelecidos no P.P.P. (Projeto Político Pedagógico).

SEÇÃO XII

DA ADAPTAÇÃO

Art. 127 A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica

desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular,

para que o aluno possa seguir o novo currículo.

Art. 128 A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum.

Parágrafo Único – Na conclusão do curso, o aluno deverá ter cursado, pelo menos,

uma Língua Estrangeira Moderna.

Art. 129 A adaptação de estudos será realizada durante o período letivo.

Art. 130 A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da

equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está

sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.

Parágrafo Único – Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de

resultados, os quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final.

SEÇÃO XIII

DA REVALIDAÇÃO E EQUIVALÊNCIA

Art. 131 O estabelecimento de ensino (credenciado pelo CEE) realizará a

revalidação (estudos completos cursados no exterior) referente ao Ensino Fundamental e

ao Ensino Médio.

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Art. 132 O estabelecimento de ensino, para a equivalência e revalidação de

estudos completos e incompletos, deverá observar:

1. as precauções indispensáveis ao exame da documentação do processo, cujas

peças, quando produzidas no exterior, devem ser autenticadas pelo Cônsul

brasileiro da jurisdição ou, na impossibilidade, pelo Cônsul do país de origem,

exceto para os documentos escolares encaminhados por via diplomática,

expedidos na França e nos países do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL;

2. a existência de acordos e convênios internacionais;

3. que todos os documentos escolares originais, exceto os de língua espanhola,

contenham tradução para o português por tradutor juramentado;

4. as normas para transferência e aproveitamento de estudos constantes na

legislação vigente.

Art. 133 Alunos que estudaram em estabelecimentos de ensino brasileiros

sediados no exterior, desde que devidamente autorizados pelo Conselho Nacional de

Educação, não precisam submeter-se aos procedimentos de equivalência e revalidação

de estudos.

Parágrafo Único – A documentação escolar do aluno oriundo de escola brasileira

sediada no exterior deverá conter o número do parecer do Conselho Nacional de

Educação que autorizou o funcionamento da escola no exterior e o visto consular.

Art. 134 Para proceder à equivalência e revalidação de estudos incompletos e

completos, o estabelecimento de ensino seguirá as orientações contidas nas instruções

emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Art. 135 O estabelecimento de ensino expedirá certificado de conclusão ao aluno

que realizar a revalidação de estudos completos do Ensino Fundamental.

Art. 136 A matrícula no Ensino Médio somente poderá ser efetivada após a

revalidação de estudos completos do Ensino Fundamental.

Art. 137 A matrícula do aluno proveniente do exterior, que não apresentar

documentação escolar, far-se-á mediante processo de classificação, previsto na

legislação vigente.

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Art. 138 A matrícula de alunos oriundos do exterior, com período letivo concluído

após ultrapassados 25% do total de horas letivas previstas no calendário escolar, far-se-á

mediante classificação, aproveitamento e adaptação, previstos na legislação vigente,

independentemente da apresentação de documentação escolar de estudos realizados.

Art. 139 O estabelecimento de ensino, ao realizar a equivalência ou revalidação de

estudos, emitirá a respectiva documentação.

Art. 140 Efetuada a revalidação ou declarada a equivalência, o ato pertinente será

registrado junto ao NRE e os resultados integrarão a documentação do aluno.

Art. 141 O aluno oriundo de país estrangeiro, que não apresentar documentação

escolar e condições imediatas para classificação, será matriculado na série compatível

com sua idade, em qualquer época do ano.

Parágrafo Único - A escola elaborará plano próprio para o desenvolvimento dos

conhecimentos necessários para o prosseguimento de seus estudos.

SEÇÃO XIV

DA REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR

Art. 142 O processo de regularização de vida escolar é de responsabilidade do

diretor do estabelecimento de ensino, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação,

conforme normas do Sistema Estadual de Ensino.

§ 1º - Constatada a irregularidade, o diretor do estabelecimento dará ciência

imediata ao Núcleo Regional de Educação.

§ 2º - O Núcleo Regional de Educação acompanhará o processo pedagógico e

administrativo, desde a comunicação do fato até a sua conclusão.

§ 3º - Ao Núcleo Regional de Educação cabe a emissão do ato de regularização.

§ 4º - Tratando-se de transferência com irregularidade, caberá à direção da escola

registrar os resultados do processo na documentação do aluno.

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Art. 143 No caso de irregularidade detectada após o encerramento do curso, o

aluno será convocado para exames especiais a serem realizados no estabelecimento de

ensino em que concluiu o curso, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação.

§ 1º - Na impossibilidade de serem efetuados os exames especiais no

estabelecimento de ensino em que o aluno concluiu o curso, o Núcleo Regional de

Educação deverá credenciar estabelecimento devidamente reconhecido.

§ 2º - Sob nenhuma hipótese a regularização da vida escolar acarretará ônus

financeiro para o aluno.

Art. 144 No caso de insucesso nos exames especiais, o aluno poderá requerer

nova oportunidade, decorridos, no mínimo, 60 (sessenta) dias, a partir da publicação dos

resultados.

SEÇÃO XV

DO CALENDÁRIO ESCOLAR

Art. 145 O Calendário Escolar será elaborado anualmente, conforme normas

emanadas da SEED, pelo estabelecimento de ensino, apreciado e aprovado pelo

Conselho Escolar e, após, enviado ao órgão competente para análise e homologação, ao

final de cada ano letivo anterior à sua vigência.

Art. 146 O calendário escolar atenderá ao disposto na legislação vigente,

garantindo o mínimo de horas e dias letivos previstos para cada nível e modalidade.

SEÇÃO XVI

DOS REGISTROS E ARQUIVOS ESCOLARES

Art. 147 A escrituração e o arquivamento de documentos escolares têm como

finalidade assegurar, em qualquer tempo, a verificação de:

• identificação de cada aluno;

• regularidade de seus estudos;

• autenticidade de sua vida escolar.

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Art. 148 Os atos escolares, para efeito de registro e arquivamento, são

escriturados em livros e fichas padronizadas, observando-se os Regulamentos e

disposições legais aplicáveis.

Art. 149 Os livros de escrituração escolar conterão termos de abertura e

encerramento, imprescindíveis à identificação e comprovação dos atos que se

registrarem, datas e assinaturas que os autentiquem, assegurando, em qualquer tempo, a

identidade do aluno, regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

Art. 150 O estabelecimento de ensino deverá dispor de documentos escolares para

os registros individuais de alunos, professores e outras ocorrências.

Art. 151 São documentos de registro escolar:

• Requerimento de Matrícula;

• Ficha Individual;

• Parecer Descritivo Parcial e Final; (Ed. Especial e Sala de Apoio)

• Histórico Escolar;

• Relatório Final;

• Livro Registro de Classe.

SEÇÃO XVII

DA ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES

Art. 152 A eliminação consiste no ato de destruição por fragmentação de

documentos escolares que não necessitam permanecer em arquivo escolar, com

observância às normas de preservação ambiental e aos prazos dispostos na legislação

em vigor.

Art. 153 A direção do estabelecimento de ensino, periodicamente, determinará a

seleção dos documentos existentes nos arquivos escolares, sem relevância probatória, a

fim de serem retirados e eliminados.

Art. 154 Podem ser eliminados os seguintes documentos escolares:

- pertinentes ao estabelecimento de ensino:

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• Livro Registro de Classe, após 5 (cinco) anos;

• planejamentos didático-pedagógicos 02(dois) anos;

• calendários escolares, com as cargas horárias anuais efetivamente cumpridas

05(cinco) anos.

- referentes ao corpo discente:

• instrumentos utilizados para avaliação 02(dois) anos;

• documentos inativos do aluno: Requerimento de Matrícula, após 1 (um) ano;

Ficha Individual, após 5 (cinco) anos; e Ficha Individual com requerimento de

transferência, após 1 (um) ano.

Art. 155 Para a eliminação dos documentos escolares será lavrada Ata, na qual

deverão constar a natureza do documento, o nome do aluno, o ano letivo e demais

informações que eventualmente possam auxiliar na identificação dos documentos

destruídos.

Parágrafo Único - A referida Ata no caput deste artigo deve ser assinada pelo

diretor, secretário e demais funcionários presentes.

SEÇÃO XVIII

DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Art. 156 A avaliação institucional ocorrerá por meio de mecanismos criados pelo

estabelecimento de ensino e/ou por meio de mecanismos criados pela SEED.

Parágrafo Único – A avaliação institucional ocorrerá anualmente, preferencialmente

no fim do ano letivo, e subsidiará a organização do Plano de Ação da Escola no ano

subsequente.

SEÇÃO XIX

DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

Art. 157 A biblioteca é um espaço pedagógico democrático com acervo

bibliográfico à disposição de toda a comunidade escolar.

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Art. 158 A biblioteca tem Regulamento específico, elaborado pela equipe

pedagógica e aprovado pelo Conselho Escolar, no qual consta sua organização e

funcionamento.

§ 1º - A biblioteca estará sob a responsabilidade de integrante do quadro técnico-

administrativo, indicado pela direção, o qual tem suas atribuições especificadas na Seção

VII, Capítulo I, Título II, deste Regimento Escolar.

Art. 159 O laboratório de Química, Física e Biologia é um espaço pedagógico para

uso dos professores e alunos, com Regulamento próprio, aprovado pelo Conselho

Escolar, que tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos trabalhados nas

disciplinas.

Parágrafo Único - O profissional responsável pelo laboratório de Química, Física e

Biologia tem suas atribuições especificadas na Seção VII, Capítulo I, Título II, deste

Regimento Escolar.

Art. 160 O laboratório de Informática é um espaço pedagógico para uso dos

professores e alunos, com Regulamento próprio aprovado pelo Conselho Escolar, que

tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos trabalhados nas diferentes

disciplinas do Ensino Fundamental, Médio e Educação Profissional, como uma alternativa

metodológica diferenciada.

Parágrafo Único - O laboratório de Informática é de responsabilidade de integrante

do quadro técnico-administrativo, indicado pela direção, com domínio

básico da ferramenta, e suas atribuições estão especificadas na Seção VII, Capítulo I,

Título II, deste Regimento Escolar.

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TÍTULO III

DIREITOS E DEVERES DA COMUNIDADE ESCOLAR

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS DOCENTES, EQUIPE PEDAGÓGICA

E DIREÇÃO

SEÇÃO I

DOS DIREITOS

Art. 161 Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além dos direitos que lhes

são assegurados pelo Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Paraná - Lei nº

6.174/70 e Estatuto do Magistério - Lei Complementar nº 07/76, são garantidos os

seguintes direitos:

• ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no

desempenho de suas funções;

• participar da elaboração e implementação do Projeto Político-Pedagógico da

escola, Regimento Escolar e Regulamentos Internos;

• participar de grupos de estudos, encontros, cursos, seminários e outros

eventos, ofertados pela SEED e pelo próprio estabelecimento de ensino, tendo em

vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;

• propor aos diversos setores do estabelecimento de ensino ações que viabilizem

um melhor funcionamento das atividades;

• requisitar ao setor competente o material necessário à sua atividade, dentro

das possibilidades do estabelecimento de ensino;

• propor ações que objetivem o aprimoramento dos procedimentos de ensino, da

avaliação do processo pedagógico, da administração, da disciplina e das relações

de trabalho no estabelecimento de ensino;

• utilizar-se das dependências e dos recursos materiais da escola para o

desenvolvimento de suas atividades;

• ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no

Conselho Escolar e associações afins;

• participar de associações e/ou agremiações afins;

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• participar da definição da Proposta Pedagógica Curricular da escola e sua

Matriz Curricular, conforme normas emanadas da SEED;

• ter assegurado, pelo mantenedor, o processo de formação continuada;

• ter acesso às orientações e normas emanadas da SEED;

• participar da Avaliação Institucional, conforme orientação da SEED;

• tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)

Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino;

• compor equipe multidisciplinar, para orientar e auxiliar o desenvolvimento das

ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao longo do período letivo;

• ter assegurado gozo de férias previsto em lei.

SEÇÃO II

DOS DEVERES

Art. 162 Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além das atribuições

previstas no Capítulo I do Título II, deste Regimento Escolar, compete:

• possibilitar que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função, no âmbito

de sua competência;

• desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de

igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no

estabelecimento de ensino;

• elaborar exercícios domiciliares aos alunos impossibilitados de frequentar a

escola, em atendimento ao disposto na Seção IX, do Capítulo II, do Título II, deste

Regimento Escolar;

• colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade;

• comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante

do seu segmento;

• manter e promover relações cooperativas no âmbito escolar;

• cumprir as diretrizes definidas no Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino, no que lhe couber;

• manter o ambiente favorável ao desenvolvimento do processo pedagógico;

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• comunicar aos órgãos competentes quanto à frequência dos alunos, para

tomada das ações cabíveis;

• dar atendimento ao aluno independentemente de suas condições de

aprendizagem;

• organizar e garantir a reflexão sobre o processo pedagógico na escola;

• manter os pais ou responsáveis e os alunos informados sobre o Sistema de

Avaliação da Escola, no que diz respeito à sua área de atuação;

• informar pais ou responsáveis e os alunos sobre a frequência e

desenvolvimento escolar obtidos no decorrer do ano letivo;

• estabelecer estratégias de recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo,

visando à melhoria do aproveitamento escolar;

• receber e analisar o pedido de revisão de notas dos alunos no prazo

estabelecido no Sistema de Avaliação;

• cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar;

• ser assíduo, comparecendo pontualmente ao estabelecimento de ensino nas

horas efetivas de trabalho e, quando convocado, para outras atividades

programadas e decididas pelo coletivo da escola;

• comunicar, com antecedência, eventuais atrasos e faltas;

• zelar pela conservação e preservação das instalações escolares;

• cumprir as disposições do Regimento Escolar.

• Parágrafo Único - A equipe pedagógica deverá acompanhar o trabalho

docente, quando das reposições de conteúdos e carga horária aos discentes.

SEÇÃO III

DAS PROIBIÇÕES

Art. 163 Ao docente, a equipe pedagógica e a direção é vedado:

• tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico;

• ministrar, sob qualquer pretexto, aulas particulares e atendimento especializado

remunerado a alunos do estabelecimento de ensino;

• discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente

qualquer membro da comunidade escolar;

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• expor colegas de trabalho, alunos ou qualquer membro da comunidade a

situações constrangedoras;

• retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer

documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;

• ocupar-se com atividades alheias à sua função, durante o período de trabalho;

• receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino,

durante o período de trabalho, sem a prévia autorização do órgão competente;

• ausentar-se da escola, sem prévia autorização do órgão competente;

• transferir para outras pessoas o desempenho do encargo que lhe foi confiado;

• utilizar-se em sala de aula de aparelhos celulares, recebendo e fazendo

chamadas telefônicas;

• divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou

indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do

Conselho Escolar;

• promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de

qualquer natureza, envolvendo o nome da escola, sem a prévia autorização da

direção;

• comparecer à escola embriagado ou com indicativos de ingestão e/ou uso de

substâncias químicas tóxicas;

• fumar nas salas de aula do estabelecimento de ensino, sendo permitido,

apenas, em área destinada a este fim, isolada adequadamente e com arejamento

suficiente.

Art. 164 Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar

serão apurados ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas

assinaturas.

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DA EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA,

ASSISTENTES DE EXECUÇÃO E DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL

SEÇÃO I

DOS DIREITOS

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Art. 165 A equipe técnico-administrativa, assistentes de execução e a equipe

auxiliar operacional, além dos direitos que lhes são assegurados em lei, têm, ainda, as

seguintes prerrogativas:

• ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no

desempenho de suas funções;

• utilizar-se das dependências, das instalações e dos recursos materiais do

estabelecimento, necessários ao exercício de suas funções;

• participar da elaboração e implementação do Projeto Político-Pedagógico da

escola;

• colaborar na implementação da Proposta Pedagógica Curricular definida no

Projeto Político-Pedagógico da escola;

• requisitar o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do

estabelecimento de ensino;

• sugerir aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino ações

que viabilizem um melhor funcionamento de suas atividades;

• ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no

Conselho Escolar e associações afins;

• participar de associações e/ou agremiações afins;

• tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)

Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino;

SEÇÃO II

DOS DEVERES

Art. 166 Além das outras atribuições legais, compete:

• cumprir e fazer cumprir os horários e Calendário Escolar;

• ser assíduo, comunicando com antecedência, sempre que possível, os atrasos

e faltas eventuais;

• contribuir, no âmbito de sua competência, para que o estabelecimento de

ensino cumpra sua função;

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• desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de

igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no

estabelecimento de ensino;

• manter e promover relações cooperativas no ambiente escolar;

• manter e fazer manter o respeito e ambiente favorável ao desenvolvimento do

processo de trabalho escolar;

• colaborar na realização dos eventos que o estabelecimento de ensino

proporcionar, para os quais for convocado;

• comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante

do seu segmento;

• zelar pela manutenção e conservação das instalações escolares;

• colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade;

• cumprir as atribuições inerentes ao seu cargo;

• tomar conhecimento das disposições contidas no Regimento Escolar;

• cumprir e fazer cumprir as disposições do Regimento Escolar, no seu âmbito de

ação.

SEÇÃO III

DAS PROIBIÇÕES

Art. 167 À equipe técnico-administrativa, assistente de execução e à equipe

auxiliar operacional é vedado:

• tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico e o

andamento geral da escola;

• retirar e utilizar qualquer documento ou material pertencente ao

estabelecimento de ensino, sem a devida permissão do órgão competente;

• discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente

qualquer membro da comunidade escolar;

• ausentar-se do estabelecimento de ensino no seu horário de trabalho sem a

prévia autorização do setor competente;

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• expor alunos, colegas de trabalho ou qualquer pessoa da comunidade a

situações constrangedoras;

• receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino

durante o período de trabalho, sem prévia autorização do órgão competente;

• ocupar-se, durante o período de trabalho, de atividades estranhas à sua

função;

• transferir a outra pessoa o desempenho do encargo que lhe foi confiado;

• divulgar assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola , por

qualquer meio de publicidade, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho

Escolar;

• promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de

qualquer natureza, que envolvam o nome da escola, sem a prévia autorização da

direção;

• comparecer ao trabalho e aos eventos da escola embriagado ou com sintomas

de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;

• fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação

em vigor.

Art. 168 Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar

serão apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas

assinaturas.

CAPÍTULO III

DOS DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E AÇÕES DISCIPLINARES DOS ALUNOS

SEÇÃO I

DOS DIREITOS

Art. 169 Constituem-se direitos dos alunos, com observância dos dispositivos

constitucionais da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA,

da Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, Decreto Lei nº

1.044/69 e Lei nº 6.202/75:

• tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)

Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino, no ato da matrícula;

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• ter assegurado que o estabelecimento de ensino proporcione a sua função de

oprtunizar o processo de ensino e aprendizagem;

• ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições para o

acesso e permanência no estabelecimento de ensino;

• ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação;

• solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino;

• utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos materiais da

escola, de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento Interno;

• participar das aulas e das demais atividades escolares;

• ter assegurada a prática, facultativa, da Educação Física, nos casos previstos

em lei;

• ter ensino de qualidade ministrado por profissionais habilitados para o exercício

de suas funções e atualizados em suas áreas de conhecimento;

• ter acesso a todos os conteúdos previstos na Proposta Pedagógica Curricular

do estabelecimento de ensino;

• participar de forma representativa na construção, acompanhamento e avaliação

do Projeto Político-Pedagógico da escola;

• ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino;

• tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de sua frequência, no

decorrer do processo de ensino e aprendizagem;

• solicitar, pelos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, revisão

do aproveitamento escolar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir

da divulgação do mesmo;

• ter assegurado o direito à recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo,

mediante metodologias diferenciadas que possibilitem sua aprendizagem;

• contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares

superiores, Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação;

• requerer transferência ou cancelamento de matrícula por si, quando maior, ou

através dos pais ou responsáveis, quando menor;

• ter reposição das aulas quando da ausência do professor responsável pela

disciplina;

• solicitar os procedimentos didático-pedagógicos previstos na legislação vigente

e normatizados pelo Sistema Estadual de Ensino;

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• sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino, ações

que viabilizem melhor funcionamento das atividades;

• ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho

Escolar e associações afins;

• participar de associações e/ou organizar agremiações afins;

• representar ou fazer-se representar nas reuniões do Pré-Conselho e do

Conselho de Classe;

• realizar as atividades avaliativas, em caso de falta às aulas, mediante

justificativa e/ou atestado médico;

• receber regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento da escola,

sempre que compatível com seu estado de saúde e mediante laudo médico, como

forma de compensação da ausência às aulas, quando impossibilitado de frequentar

a escola por motivo de enfermidade ou gestação;

• receber atendimento educacional hospitalar, quando impossibilitado de

frequentar a escola por motivos de enfermidade, em virtude de situação de

internamento hospitalar.

SEÇÃO II

DOS DEVERES

Art. 170 São deveres dos alunos:

• manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar;

• realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes;

• atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino,

nos respectivos âmbitos de competência;

• participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas

pelo estabelecimento de ensino;

• comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante

do seu segmento;

• cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações

escolares;

• compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao patrimônio da

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escola, quando comprovada a sua autoria;

• cumprir as ações disciplinares do estabelecimento de ensino;

• providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e necessário

ao desenvolvimento das atividades escolares;

• tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e colegas;

• comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos

gerais, sempre que lhe for solicitado;

• comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares;

• manter-se em sala durante o período das aulas;

• apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas;

• comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor

competente;

• apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou

adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas;

• apresentar atestado médico e/ou justificativa dos pais ou responsáveis, quando

criança ou adolescente, em caso de falta às aulas;

• responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os

pertencentes à biblioteca escolar;

• observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal,

deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo

estabelecido para o seu deslocamento;

• respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e critérios

estabelecidos;

• cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.

SEÇÃO III

DAS PROIBIÇÕES

Art. 171 Ao aluno é vedado:

• tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento

das atividades escolares;

• ocupar-se, durante o período de aula, de atividades contrárias ao processo

pedagógico;

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• retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer

documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;

• trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza estranha ao

estudo;

• ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização do órgão

competente;

• receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do órgão

competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino;

• discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente

colegas, professores e demais funcionários do estabelecimento de ensino;

• expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade a

situações constrangedoras;

• entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do respectivo

professor;

• consumir ou manusear qualquer tipo de drogas nas dependências do

estabelecimento de ensino;

• fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação

em vigor;

• comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de

substâncias químicas tóxicas;

• utilizar-se de aparelhos eletrônicos, na sala de aula, que não estejam

vinculados ao processo ensino e aprendizagem;

• danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou pertences de

seus colegas, funcionários e professores;

• portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos que possam colocar em

risco a segurança das pessoas;

• portar material que represente perigo para sua integridade moral, física ou de

outrem;

• divulgar, por qualquer meio de publicidade, ações que envolvam direta ou

indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do

Conselho Escolar;

• promover excursões, jogos, coletas, rifas, lista de pedidos, vendas ou

campanhas de qualquer natureza, no ambiente escolar, sem a prévia autorização

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da direção.

SEÇÃO IV

DAS AÇÕES EDUCATIVAS, PEDAGÓGICAS E DISCIPLINARES

Art. 172 O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma as

disposições contidas no Regimento Escolar ficará sujeito às seguintes ações:

• orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe

pedagógica e direção;

• registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura;

• comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis,

quando criança ou adolescente;

• encaminhamento a projetos de ações educativas;

• convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, com

registro e assinatura, e/ou termo de compromisso;

• esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino, inclusive

do Conselho Escolar, será encaminhado ao Conselho Tutelar, quando criança ou

adolescente, para a tomada de providências cabíveis.

Art. 173 Todas as ações disciplinares previstas no Regimento Escolar serão

devidamente registradas em Ata e apresentadas aos responsáveis e demais órgãos

competentes para ciência das ações tomadas.

CAPÍTULO IV

DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS

SEÇÃO I

DOS DIREITOS

Art. 174 Aos pais ou responsáveis, além dos direitos outorgados por toda a

legislação aplicável, têm ainda as seguintes prerrogativas:

• serem respeitados na condição de pais ou responsáveis, interessados no

processo educacional desenvolvido no estabelecimento de ensino;

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• participar das discussões da elaboração e implementação do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• sugerir, aos diversos setores do estabelecimento de ensino, ações que

viabilizem melhor funcionamento das atividades;

• ter conhecimento efetivo do Projeto Político-Pedagógico da escola e das

disposições contidas neste Regimento;

• ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino;

• ser informado, no decorrer do ano letivo, sobre a frequência e rendimento

escolar obtido pelo aluno;

• ter acesso ao Calendário Escolar do estabelecimento de ensino;

• solicitar, no prazo de 72 horas, a partir da divulgação dos resultados, pedido de

revisão de notas do aluno;

• assegurar autonomia na definição dos seus representantes no Conselho

Escolar;

• contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares

superiores: Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação;

• ter garantido o princípio constitucional de igualdade de condições para o

acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;

• ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho

Escolar e associações afins;

• participar de associações e/ou agremiações afins;

• representar e/ou ser representado, na condição de segmento, no Conselho

Escolar.

SEÇÃO II

DOS DEVERES

Art. 175 Aos pais ou responsáveis, além de outras atribuições legais, compete:

• matricular o aluno no estabelecimento de ensino, de acordo com a legislação

vigente;

• exigir que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função;

• manter relações cooperativas no âmbito escolar;

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• assumir junto à escola ações de co-responsabilidade que assegurem a

formação educativa do aluno;

• propiciar condições para o comparecimento e a permanência do aluno no

estabelecimento de ensino;

• respeitar os horários estabelecidos pelo estabelecimento de ensino para o bom

andamento das atividades escolares;

• requerer transferência ou cancelamento de matrícula quando responsável pelo

aluno menor;

• identificar-se na secretaria do estabelecimento de ensino, para que seja

encaminhado ao setor competente, o qual tomará as devidas providências;

• comparecer às reuniões e demais convocações do setor pedagógico e

administrativo da escola, sempre que se fizer necessário;

• comparecer às reuniões do Conselho Escolar de que, por força do Regimento

Escolar, for membro inerente;

• acompanhar o desenvolvimento escolar do aluno pelo qual é responsável;

• encaminhar e acompanhar o aluno pelo qual é responsável aos atendimentos

especializados solicitados pela escola e ofertados pelas instituições públicas;

• respeitar e fazer cumprir as decisões tomadas nas assembléias de pais ou

responsáveis para as quais for convocado;

• cumprir as disposições do Regimento Escolar, no que lhe couber.

SEÇÃO III

DAS PROIBIÇÕES

Art. 176 Aos pais ou responsáveis é vedado:

• tomar decisões individuais que venham a prejudicar o desenvolvimento escolar

do aluno pelo qual é responsável, no âmbito do estabelecimento de ensino;

• interferir no trabalho dos docentes, entrando em sala de aula sem a permissão

do setor competente;

• retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer

documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;

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• desrespeitar qualquer integrante da comunidade escolar, inclusive o aluno pelo

qual é responsável, discriminando-o, usando de violência simbólica, agredindo-o

fisicamente e/ou verbalmente, no ambiente escolar;

• expor o aluno pelo qual é responsável, funcionário, professor ou qualquer

pessoa da comunidade a situações constrangedoras;

• divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou

indiretamente o nome do estabelecimento de ensino, sem prévia autorização da

direção e/ou do Conselho Escolar;

• promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de

qualquer natureza, em nome do estabelecimento de ensino sem a prévia

autorização da direção;

• comparecer a reuniões ou eventos da escola embriagado ou com sintomas de

ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;

• fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação

em vigor.

Art. 177 Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar

serão apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas

assinaturas.

Parágrafo Único - Nos casos de recusa de assinatura do registro, por parte da

pessoa envolvida, o mesmo será validado por assinaturas de testemunhas.

TÍTULO IV

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 178 A comunidade escolar deverá acatar e respeitar o disposto no Regimento

Escolar, apreciado pelo Conselho Escolar e aprovado pelo Núcleo Regional de Educação,

mediante Ato Administrativo.

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Art. 179 O Regimento Escolar pode ser modificado sempre que o aperfeiçoamento

do processo educativo assim o exigir, quando da alteração da legislação educacional em

vigor, sendo as suas modificações orientadas pela Secretaria de Estado da Educação.

Art. 180 O Regimento Escolar poderá ser modificado por Adendo de Alteração e/ou

de Acréscimo, devendo ser submetido à apreciação do Conselho Escolar, com análise e

aprovação do Núcleo Regional de Educação.

Art. 181 Todos os profissionais em exercício no estabelecimento de ensino, os

alunos regularmente matriculados e respectivos pais ou responsáveis devem tomar

conhecimento do disposto no Regimento Escolar.

Art. 182 Os casos omissos no Regimento Escolar serão analisados pelo Conselho

Escolar e, se necessário, encaminhados aos órgãos superiores competentes.

Art. 183 O Regimento Escolar entrará em vigor no período letivo subsequente à

sua homologação pelo Núcleo Regional de Educação.

5. ESTATUTO APMF

CAPÍTULO I

DA INSTITUIÇÃO, SEDE E FORO

Art. 1º A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual do Cam-

po do Reassentamento São Francisco – Ensino Fundamental e Médio - APMF, com sede

e foro no Município de Cascavel, Estado do Paraná, localizado no Reassentamento São

Francisco de Assis – BR 369 Km 511 reger-se-á pelo presente Estatuto e pelos dispositi -

vos legais ou regulamentares que lhe forem aplicados.

CAPÍTULO II

DA NATUREZA

Art. 2º A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação

dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político

partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus

Dirigentes e Conselheiros.

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CAPÍTULO III

DOS OBJETIVOS

Art. 3º Os objetivos da APMF são:

• Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade, enviando

sugestões, em consonância com a proposta pedagógica para apreciação do Con-

selho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa.

• Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-

lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pe-

dagógica do estabelecimento de ensino.

• Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto es-

colar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comuni-

dade.

• Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo esco-

lar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e o

Conselho Escolar.

• Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa for-

ma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e

universal.

• Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda

a comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural-desportivas, ouvido o

Conselho Escolar.

• Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem repas-

sados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reuni-

ão conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata.

• Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instala-

ções, conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.

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• Promover e prover discussão, debates, estudo de questões específicas do

campo e da comunidade rural.

CAPÍTULO IV

DAS ATRIBUIÇÕES

Art. 4º Compete à APMF:

• Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as altera-

ções que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino,

para deferimento ou não;

• Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive Resolu-

ções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utiliza-

ção das dependências da Unidade Escolar para realização de eventos próprios do

estabelecimento de ensino;

• Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos, pro-

fessores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho

Escolar;

• Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais, pro-

fessores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas

por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os

critérios da SEED;

• Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as

necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

• Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da

comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a

Assembleia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a Assembleia

Geral Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade es-

colar, com pauta claramente definida na convocatória;

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• Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos

de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como,

reunir-se para prestação de contas desses recursos, com registro em ata;

• Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, atra-

vés de editais e em Assembleia Geral;

• Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as reuniões

de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação

do Conselho Escolar;

• Registrar as Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata

próprio e as assinaturas dos presentes, no livro de presença (ambos livros da

APMF);

• Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de

bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho Deli-

berativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à direção do estabeleci -

mento de ensino;

• Aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação, co-

municando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da Associação e à Di-

reção do Estabelecimento de Ensino;

• Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo,

preenchido em 02 vias;

• Promover a locação de serviços de terceiros para prestação de serviços tempo-

rários na forma prescrita no Código Civil ou Consolidação das Leis do Trabalho

mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação;

• Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto

órgão representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e ne-

cessidades;

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• Enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do Estabeleci-

mento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e, em

seguida, torná-la pública;

• Apresentar, para aprovação, em Assembleia Geral Extraordinária, atividades

com ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais membros da

APMF, ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino;

• Indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo

e Fiscal, o(os) representante(s) para compor o Conselho Escolar;

• Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de atividades

curriculares, implantação e implementação de projetos e programas nos Estabele-

cimentos de Ensino da rede Pública Estadual, apresentando plano de aplicação

dos recursos públicos eventualmente repassados e prestação de contas ao Tribu-

nal de Contas do Estado do Paraná dos recursos utilizados;

• Celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei Fe-

deral n°8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná,

dos recursos utilizados com o acompanhamento do Conselho Escolar;

• Celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas fí-

sicas para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil pertinente,

mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação;

• Manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda documentação refe-

rente a APMF, obedecendo a dispositivos legais e normas do Tribunal de Contas;

• Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30

dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do Estabelecimento de

Ensino.

Parágrafo Único - Manter atualizado o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

(CNPJ) junto à Receita Federal, a RAIS junto ao Ministério do Trabalho, a Certidão

Negativa de Débitos do INSS, o cadastro da Associação junto ao Tribunal de Contas do

Estado do Paraná, para solicitação da Certidão Negativa, e outros documentos da

legislação vigente, para os fins necessários.

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CAPÍTULO V

DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Art. 5º - A contribuição social voluntária será:

• Fixada em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, e Conselho Es-

colar, com a maioria de seus membros, no final do ano letivo. Tal contribuição não

poderá ultrapassar anualmente a 10% do salário mínimo vigente;

• Recolhida mediante recibos numerados, emitidos em duas vias, sendo uma via

para o integrante contribuinte e a outra para tesouraria da Associação de Pais,

Mestres e Funcionários;

• Fixada por família, independente do número de filhos matriculados na Unidade

Escolar, por professores e funcionários;

§ 1° Aos pais, responsáveis legais ou responsáveis pelo acompanhamento da vida

escolar do(a) aluno(a), professores e funcionários que contribuírem com valores maiores

que o limite fixado, será fornecido, além do recibo de contribuição social, outro recibo a

título de doação, com a diferença de valor;

§ 2° O total arrecadado com as contribuições voluntárias, será depositado em

estabelecimento bancário, em conta vinculada da APMF, ou similares, a ser movimentada

conjuntamente pelo Presidente e Tesoureiro da Associação, devendo ser endossada por

um dos pais do Conselho Deliberativo e Fiscal escolhido pelos demais;

§ 3° Os recursos arrecadados serão utilizados para melhoria da qualidade do

ensino e atendimento do aluno carente, ouvido o Conselho Escolar, em consonância com

a proposta pedagógica do Estabelecimento de Ensino;

§ 4° A contribuição voluntária não poderá ser vinculada ao ato de matrícula,

podendo acontecer em qualquer época do ano letivo.

§ 5º A contribuição social voluntária, poderá ser moeda corrente ou outras formas

de arrecadação, tais como: materiais de consumo, de expediente e serviços.

§ 6º O descumprimento dos dispositivos elencados neste capítulo ensejará

responsabilidade civil dos membros da Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal da

APMF ou similares, cabendo a defesa com recursos;

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CAPÍTULO VI

DO PATRIMÔNIO

Art. 6º - O patrimônio da APMF é constituído pelos bens móveis e imóveis,

incorporando qualquer título:

• Os bens móveis e imóveis, assim como os valores da APMF, devem ser obriga-

toriamente contabilizados e inventariados em livro próprio, integrando seu patrimô-

nio e ficando sob responsabilidade da Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal,

permanecendo uma cópia atualizada do registro com a Direção do Estabelecimen-

to de Ensino;

• A APMF deve manter em dia o cadastro de seu patrimônio;

• A compra, venda ou doação do todo ou de parte do patrimônio da APMF, deve-

rá ser decidida em Assembleia Geral pela maioria dos votos;

• Manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros próprios,

assegurando a respectiva exatidão dos registros contábeis.

Parágrafo Único – O patrimônio público não integrará o patrimônio da APMF, ou

similares, em nenhuma hipótese.

CAPÍTULO VII

DA CAPTAÇÃO E APLICAÇÃO DOS RECURSOS

Art. 7º - Os recursos da APMF serão provenientes de :

• Contribuição social voluntária dos integrantes;

• Auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos pelos poderes pú-

blicos e pessoas físicas ou jurídicas;

• Campanhas e promoções diversas em conformidade com a legislação vigente;

• Juros bancários e correções monetárias provenientes de aplicações em Cader-

neta de Poupança e/ou Conta Corrente;

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• Investimentos e operações monetárias previamente autorizadas pelo Conselho

Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar;

• Recursos auferidos a partir da celebração de convênios e contratos, administra-

tivos e civis, com pessoas de direito público e privado, observando-se a legislação

em vigor;

• Exploração da Cantina Comercial, respeitando-se a legislação específica;

Art. 8º - A Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF no início do ano letivo

deverão elaborar, com base em seus objetivos, um plano de ação, aplicação de recursos,

atendendo ao desenvolvimento de ações que representem os reais interesses da

comunidade escolar, ouvida a Assessoria Técnica conforme Proposta Pedagógica;

§ 1 As despesas mensais da APMF, acima de 3 (três) salários mínimos, deverão

ser autorizadas em primeira instância pela Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal ,

Conselho Escolar e em segunda instância pela Assembléia Geral ouvido o Conselho Es-

colar do estabelecimento de ensino;

§ 2 As despesas mensais da APMF, compreendidas entre 2 (dois) e 3 (três) salá-

rios mínimos serão autorizadas em primeira instância, pelo Conselho Deliberativo e Fiscal

e, em Segunda instância pela Assembléia Geral ouvido o Conselho Escolar, atendendo-

se preferencialmente o disposto no inciso V, do Art. 3º, deste estatuto;

§ 3 As despesas mensais da APMF até o limite de 2 (dois) salários mínimos serão

autorizadas pelo Presidente e Tesoureiro, conforme prioridades estabelecidas no inciso V

do artigo 3°.

§ 4 As despesas efetuadas com recursos provenientes de convênios e contratos

celebrados com entidades públicas, deverão ser submetidas, também, à aprovação do

Conselho Escolar, conforme determinado no instrumento específico;

CAPÍTULO VIII

DOS INTEGRANTES

Art. 9º - O quadro social da APMF será constituído com número ilimitado das

seguintes categorias de integrantes: efetivos, colaboradores e honorários.

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§ 1 Serão integrantes efetivos todos os Pais, ou responsáveis legais, Mestres e

Funcionários da Unidade Escolar.

§ 2 Serão integrantes colaboradores, ex-alunos, pais de ex-alunos, ex-professores,

ex-funcionários e membros da comunidade que manifestarem o desejo de participar.

§ 3 Serão integrantes honorários, por indicação dos integrantes efetivos, com a

aprovação da Assembleia Geral, todos aqueles que tenham prestado relevantes serviços

à educação e à APMF.

§ 4 São considerados Mestres para efeito deste estatuto todos os professores e

especialistas em exercício na unidade escolar.

Art. 10 - Constituem direitos dos integrantes efetivos:

• Votar e ser votado;

• Apresentar novos integrantes para ampliação no quadro social;

• Apresentar sugestões e oferecer colaboração à APMF;

• Convocar Assembleia Geral Extraordinária, observando o disposto no parágra-

fo único do artigo 18;

• Solicitar em Assembleia Geral, esclarecimentos acerca do controle dos recur-

sos e encaminhamentos da APMF;

• Verificar a qualquer momento que se fizer necessário, livros e documentos da

APMF;

• Participar das atividades promovidas pela APMF, bem como, solicitar utilização

das dependências do estabelecimento nos termos do artigo 4° do inciso II deste

Estatuto.

Art. 11 - Constituem deveres dos integrantes efetivos:

• Participar e estimular o envolvimento dos demais componentes nas atividades

propostas pela APMF;

• Conhecer, respeitar e fazer cumprir este Estatuto assim como as deliberações

da APMF;

• Comparecer às Assembleias Gerais e às reuniões da APMF;

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• Desempenhar cargos e as atribuições que lhe forem confiadas;

• Colaborar na solução dos problemas do aluno, professor, funcionário e do esta-

belecimento;

• Tratar com respeito os alunos e demais integrantes.

Parágrafo Único - Os integrantes que não compõem o quadro da Diretoria e

Conselho Deliberativo e Fiscal não respondem subsidiariamente pelas obrigações da

Associação.

Art. 12 - Constituem direitos e deveres dos integrantes colaboradores:

• Apresentar sugestões à Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, em Assem-

bleia Geral, oferecendo colaboração à APMF;

• Solicitar, em Assembleia Geral, esclarecimentos acerca dos recursos e encami-

nhamentos da APMF;

• Participar das atividades promovidas pela APMF, conhecendo, respeitando e

fazendo cumprir este Estatuto;

• Tratar com respeito os alunos e demais integrantes.

Art. 13 - Constituem direitos e deveres dos integrantes honorários:

• Apresentar sugestões à Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, em Assem-

bleia Geral, oferecendo colaboração à APMF;

• Participar das atividades promovidas pela APMF, conhecendo, respeitando e

fazendo cumprir este Estatuto;

• Tratar com respeito os alunos e demais integrantes.

CAPÍTULO IX

DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 14 - São órgãos da administração da APMF:

• Assembleia Geral;

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• Conselho Deliberativo e Fiscal;

• Diretoria;

• Assessoria Técnica;

Art. 15 - A Assembleia Geral Ordinária, constituída pela totalidade dos integrantes,

será convocada e presidida pelo presidente da APMF.

Parágrafo Único - A convocação far-se-á por edital, em local visível e de

passagem, com no mínimo 2(dois) dias úteis de antecedência, e por comunicado enviado

a todos os integrantes.

Art. 16 - As Assembleias Gerais realizar-se-ão em primeira convocação, com

presença de mais da metade dos integrantes efetivos, ou em segunda convocação, meia

hora depois, com qualquer número de integrantes.

Parágrafo Único - As deliberações da Assembleia Geral Ordinária ou

Extraordinária, serão aprovadas por maioria simples dos integrantes presentes com

registro em ata.

Art. 17 - Compete à Assembleia Geral Ordinária:

• Eleger, bianualmente a Diretoria e o Conselho Deliberativo e Fiscal;

• Discutir e aprovar o plano anual de trabalho da APMF;

• Aprovar o relatório anual e prestação de contas referentes ao exercício anterior,

com base em parecer do Conselho Deliberativo e Fiscal e parecer do Conselho Es-

colar;

• Deliberar sobre assuntos gerais de interesse da APMF, constantes do edital de

convocação.

Art. 18 - Compete à Assembleia Geral Extraordinária:

• Deliberar sobre os assuntos motivadores da convocação;

• Deliberar sobre as modificações deste Estatuto e homologá-las em Assembleia

Geral convocada para este fim;

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• Deliberar sobre a dissolução da APMF, em Assembleia convocada especifica-

mente para este fim.

• Decidir sobre a prorrogação do mandato de Diretoria e Conselho Deliberativo e

Fiscal, que não poderá exceder a 30 (trinta) dias consecutivos, nos casos em que

esteja vencido e as eleições regulamentares não tenham sido realizadas, em As-

sembleia convocada para este fim;

• Definir e aplicar as penalidades para os ocupantes de cargos de Diretoria e

Conselho Deliberativo e Fiscal em Assembleia Geral designada para este fim;

• Cumprir o disposto no § 1º do artigo 8° deste Estatuto.

• Na vacância e/ou ausência do Presidente e vice-presidente por mais de 30

(trinta) dias consecutivos, a Assembleia Geral extraordinária elegerá os substitutos,

em reunião convocada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal, para tal finalidade;

Parágrafo Único - Sempre que justificado, poderá ser convocada Assembleia Geral

Extraordinária da APMF, pelo Presidente, pelo Conselho Deliberativo e Fiscal ou por 1/5

(um quinto) dos integrantes, com 1 (um) dia útil de antecedência, por meio de editais

afixados em locais visíveis e do envio de comunicado a todos os integrantes.

Art. 19 - O Conselho Deliberativo e Fiscal será constituído por 2 (dois) Mestres, 2

(dois) funcionários e 04 (quatro) pais, desde que não sejam Mestres ou Funcionários do

Estabelecimento de Ensino, em questão;

Art. 20 - Compete ao Conselho Deliberativo e Fiscal:

• Examinar, obrigatoriamente a cada semestre ou a qualquer tempo, os livros e

documentos fiscais da Diretoria, registrando o parecer no livro ata da APMF;

• Apreciar os balancetes semestrais e dar parecer aos relatórios semestrais e

anuais, à prestação de contas e ao plano anual de atividades da Diretoria, regis-

trando o parecer no livro ata da APMF;

• Emitir parecer sobre a observância dos preceitos do presente Estatuto pelas

chapas concorrentes às eleições, previamente à sua votação pela Assembleia Ge-

ral;

• Autorizar investimentos e operações monetárias dos recursos provenientes da

APMF, registrando o(s) parecer(es) em livro ata da APMF;

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• Aprovar em primeira e/ou segunda instâncias as despesas da APMF, de acordo

com o disposto nos § 1° e 2° do artigo 8° do presente Estatuto;

• Receber sugestões provenientes dos integrantes efetivos;

• Convocar, sempre que justificado, Assembleia Geral Extraordinária;

• Analisar e aprovar as decisões tomadas pela Diretoria nos casos de emergên-

cia não previstas no presente Estatuto;

• Dar parecer quanto à aceitação de doações com encargos para a APMF;

• Dar parecer sobre contratos e convênios a serem firmados com outros órgãos e

entidades;

• Todas as deliberações do Conselho Deliberativo e Fiscal, deverão ser aprova-

das por maioria simples, em reunião, da qual será lavrada ata, em livro próprio da

APMF, ou similares;

• Indicar um Conselheiro representante do segmento de Pais, para endossar

toda movimentação financeira da APMF.

Art. 21 - A Diretoria da Associação de Pais, Mestres e Funcionários será composta

de:

• Presidente;

• Vice-Presidente;

• 1° Secretário;

• 2° Secretário;

• 1° Tesoureiro;

• 2° Tesoureiro;

• 1° Diretor Sócio-Cultural-Esportivo;

• 2° Diretor Sócio-Cultural-Esportivo.

Art. 22 - Os Cargos de Diretoria serão ocupados somente por integrantes efetivos,

eleitos em Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.

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§ 1° - Os cargos de Presidente, Vice-Presidente, 1° Tesoureiro e 2° Tesoureiro,

serão privativos de pais, e/ou, responsáveis legais de alunos matriculados com freqüência

regular, vedados aos Servidores Públicos Estaduais.

§ 2° - Os cargos de 1° e 2º Secretário e 1° e 2º Diretor Sócio-Cultural-Esportivo,

serão privativos de professores e ou funcionários do estabelecimento de ensino, desde

que respeitada a paridade.

Art. 23 - Compete à Diretoria:

• Elaborar o plano anual de atividades, submetendo-o à aprovação do Conselho

Deliberativo e Fiscal, Assembleia Geral, ouvido o Conselho Escolar do Estabeleci-

mento de Ensino;

• Elaborar os relatórios semestrais, encaminhando-o à apreciação do Conselho

Deliberativo e Fiscal e Assembleia Geral Extraordinária, convocada para tal fim e,

após, enviar cópia à Direção do Estabelecimento de Ensino;

• Elaborar o relatório anual, encaminhando-o para apreciação do Conselho Deli-

berativo e Fiscal, Conselho Escolar e da Assembleia Geral;

• Gerir os recursos da APMF, no cumprimento de seus objetivos;

• Colocar em execução o plano anual de atividades e as deliberações aprovadas

em Assembleia Geral, bem como as atividades necessárias para o cumprimento da

Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;

• Decidir sobre a aceitação de doações com encargos, ouvido o parecer do Con-

selho Deliberativo e Fiscal e Conselho Escolar;

• Apresentar balancetes semestrais ao Conselho Deliberativo e Fiscal e Conse-

lho Escolar, colocando à sua disposição os livros e os documentos;

• Executar e fazer executar as atribuições constantes do artigo 4° deste Estatuto;

• Reunir-se ordinariamente a cada 03 (três) meses e extraordinariamente, por

convocação do Presidente ou 2/3 ( dois terços) de seus membros;

• Adotar procedimentos de emergência não previstos neste Estatuto, submeten-

do-os à posterior aprovação do Conselho Deliberativo e Fiscal e Assembleia Geral;

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• Responsabilizar-se pelo patrimônio da Associação de Pais, Mestres e Funcio-

nários;

• Responsabilizar-se pela elaboração e entrega das obrigações e documentos

fiscais, nos prazos previstos em Lei, aos órgãos competentes da Administração Pú-

blica;

Parágrafo Único - Todas as deliberações da Diretoria deverão ser tomadas em

reunião conjunta dos seus membros e constar em livro ata próprio da APMF.

Art. 24 - Compete ao Presidente:

• Administrar a Associação de Pais, Mestres e Funcionários, representando-a em

juízo ou fora dele; ativa e passivamente.

• Estimular a participação de toda a comunidade escolar nas atividades da Asso-

ciação de Pais, Mestres e Funcionários;

• Assinar, juntamente com o tesoureiro, as obrigações mercantis, cheques, ba-

lanços e outros documentos com o endosso do Conselho Fiscal que importem em

responsabilidades financeiras ou patrimoniais para a Associação de Pais, Mestres

e Funcionários, bem como vistar os livros de escrituração;

• Cumprir o disposto no inciso XVIII do artigo 4° deste Estatuto;

• Aprovar aplicações, observando o disposto nos § 2° e 3° do artigo 8° deste Es-

tatuto;

• Convocar e presidir reuniões ordinárias e extraordinárias da Diretoria e Assem-

bleia Geral;

• Promover atividades diversificadas que possam interessar a todos os integran-

tes efetivos;

• Analisar e apreciar o balanço anual e prestação de contas ao término de seu

exercício, com parecer em livro ata da APMF;

• Informar, com 3 (três) dias úteis de antecedência, à Diretoria e Conselho Deli-

berativo e Fiscal da APMF, seu afastamento da Associação, que não poderá exce-

der a 30 (trinta) dias consecutivos.

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Art. 25 - Compete ao Vice- Presidente:

• Auxiliar o Presidente em todas as suas atribuições e substituí-lo em seus impe-

dimentos por até 30 (trinta) dias consecutivos;

• Assumir o cargo do Presidente em caso de vacância, por renúncia e/ou destitui-

ção, ou saída da escola, do(a) filho(a) do(a) Presidente da APMF no máximo

30(trinta) dias consecutivos.

Art. 26 - Compete ao 1° Secretário:

• Lavrar as atas das reuniões de Diretoria, Assessoria Técnica e das Assem-

bleias Gerais;

• Organizar relatório semestral e anual de atividades;

• Manter atualizados e em ordem os documentos da APMF, observando o dis-

posto do inciso XIV, do artigo 4° deste Estatuto;

• Encaminhar os comunicados da APMF aos integrantes.

Art. 27 - Compete ao 2° Secretário:

• Auxiliar o 1° Secretário em todas as suas atribuições e substituí-lo em seus im-

pedimentos por até 30 (trinta) dias consecutivos.

Art. 28 - Compete ao 1° Tesoureiro:

• Assinar, junto com o Presidente da APMF, as obrigações mercantis, cheques,

balanços e outros documentos, que importem responsabilidade financeira ou patri-

monial para a APMF, segundo o art.24 inciso III;

• Promover a arrecadação e fazer escrituração contábil das contribuições dos in-

tegrantes e demais receitas da APMF, em livros próprios, assegurando a respectiva

exatidão dos registros;

• Depositar todos os recursos financeiros da APMF, em estabelecimento bancá-

rio (Conta Bancária em nome da APMF);

• Controlar os recursos da APMF;

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• Realizar pagamentos através de cheque nominal ou em espécie, observando o

disposto nos § 1°, 2° e 3° do artigo 8° deste Estatuto, solicitando as respectivas no -

tas fiscais e/ou recibos;

• Realizar inventário anual dos bens da APMF, responsabilizando-se pela guarda

e conservação dessa documentação;

• Fazer balanço anual e prestação de contas ao término de cada exercício, sub-

metendo-os à análise e à apreciação do Presidente, do Conselho Deliberativo e

Fiscal e Assembleia Geral, respectivamente;

• Arquivar notas fiscais, recibos e documentos relativos aos valores recebidos e

pagos pela APMF, devidamente preenchidos, responsabilizando-se por sua guar-

da;

• Responsabilizar-se pela elaboração e entrega das obrigações e documentos

fiscais, nos prazos previstos em Lei, aos órgãos competentes da Administração Pú-

blica;

• Apresentar para aprovação em Assembleia Geral, a prestação de contas da

APMF;

• Fazer a prestação de contas perante a Administração Pública, quando houver

solicitação;

• Fazer cotação de preços e licitações quando necessário no mínimo 3(três).

Art. 29 - Compete ao 2° Tesoureiro:

• Auxiliar o 1° Tesoureiro em todas as suas atribuições, substituindo-o em seus

impedimentos por até 30 (trinta) dias consecutivos.

Art. 30 - Compete ao 1° Diretor Sócio-Cultural-Esportivo:

• Promover a integração escola-comunidade através do planejamento e execu-

ção de atividades sociais, culturais e esportivas.

Art. 31 - Compete ao 2° Diretor Sócio-Cultural-Esportivo:

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• Auxiliar o 1° Diretor Sócio-Cultural-Esportivo em todas as suas atribuições,

substituindo-o em seus impedimentos por até 30 (trinta) dias consecutivos.

Art. 32 - O Diretor Social, Cultural e Esportivo, deverá colaborar para a elaboração

do plano anual de atividades e relatórios semestral e anual, fornecendo subsídios de suas

respectivas áreas de atuação.

Art. 33 - A Assessoria Técnica é constituída pelo (a) diretor (a) e representantes da

equipe pedagógica-administrativa da Unidade Escolar, independente do mandato da

Diretoria da APMF.

Art. 34 - Compete à Assessoria Técnica:

• Orientar quanto às normas para criação, funcionamento e registro da APMF;

• Apreciar projetos a serem executados pela Associação visando sempre a ga-

rantia da execução da Proposta Pedagógica e da assistência ao aluno.

• Participar na implantação e complementação do Estatuto da APMF;

• Participar das Assembleias Gerais, reuniões da Diretoria e do Conselho Delibe-

rativo e Fiscal da APMF;

• Opinar sobre a aplicação dos recursos de acordo com as finalidades da APMF;

• Providenciar a lista de votantes (só para consulta/controle) e a cédula eleitoral

da APMF;

CAPÍTULO X

DAS ELEIÇÕES, POSSE, EXERCÍCIO E MANDATO

Art. 35 - As eleições para Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal realizar-se-ão

bianualmente podendo serem reeleitos por mais 2(dois) mandatos observando-se o

disposto no Capítulo X.

Art. 36 - Convocar-se-á a Assembleia Geral para:

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• Escolher durante a Assembleia Geral a comissão eleitoral que será composta

por Presidente, Secretário e Suplentes, sendo os cargos preenchidos por pais,

mestres e funcionários paritariamente.

• cabe à comissão eleitoral designar os componentes da(s) mesa(s) apuradora(s)

e escrutinadora(s) que serão compostas por Presidente, Secretário e Suplentes,

sendo os cargos preenchidos por pais, mestres e funcionários, paritariamente.

• os componentes da mesa apuradora/escrutinadora não poderão fazer parte de

nenhuma das chapas concorrentes.

• cada chapa poderá indicar um fiscal por mesa apuradora/escrutinadora para

acompanhar os trabalhos.

• Definir na Assembleia, data, horário e local para as eleições com antecedência

mínima de 10 (dez) dias úteis;

• Apresentar e/ou compor durante a Assembleia Geral as chapas que concorre-

rão às eleições, incluindo os elementos do Conselho Deliberativo e Fiscal, devendo

ser apresentadas por escrito à comissão eleitoral.

§ 1 Compondo-se, no mínimo, uma chapa completa na Assembleia, não haverá

prazo para apresentação de novas chapas.

§ 2 A partir da composição das chapas será enviado comunicado aos integrantes,

apresentando os seus componentes.

§ 3 Uma mesma pessoa não poderá compor mais de uma chapa, mesmo em car-

gos distintos;

§ 4 Havendo participação do casal na composição da mesma chapa, os mesmos

não poderão ocupar concomitantemente o cargo de Presidente, Vice-Presidente e 1° e 2°

Tesoureiro.

• Definir os critérios para a campanha eleitoral.

• O pleito eleitoral poderá ser acompanhado pelo NRE.

Art. 37 - A solicitação de impugnação do processo eleitoral deverá ser

apresentada, por escrito, embasada em documentos e motivos explicativos relevantes ao

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Presidente da comissão eleitoral ou a quem por ele designado, até às 18 horas do 1° dia

útil subsequente ao pleito.

Parágrafo Único - A decisão, quanto à impugnação do processo eleitoral, será de

responsabilidade da comissão eleitoral prevista no artigo 36, devendo ser dada ciência

por escrito à parte interessada, imediatamente após a decisão, no prazo máximo de

3(três) dias úteis.

Art. 38 - A campanha eleitoral terá início a partir da composição das chapas, até

24 (vinte e quatro) horas antes da realização do pleito.

Art. 39 - O pleito será realizado por voto secreto e direto, sendo considerada

vencedora a chapa que obtiver maior número de votos válidos, não sendo computados os

votos brancos ou nulos.

§ 1º - Ocorrendo empate entre as chapas concorrentes, proceder-se-á a uma nova

votação entre as chapas empatadas, no prazo de até 7(sete) dias úteis da primeira

votação.

§ 2º - Ocorrendo a inscrição de apenas uma chapa, o pleito será realizado por voto

secreto e direto e a chapa será considerada eleita, se obtiver número maior de votos

válidos do que a soma dos votos nulos e brancos.

§ 3º - Caso a chapa única não seja eleita, conforme o citado no § 2º, deste artigo,

novas eleições serão convocadas no prazo de até 7(sete) dias úteis.

Art. 40 - O mandato da Diretoria e do Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF será

cumprido integralmente, no período para o qual seus membros foram eleitos, exceto em

casos de destituição ou renúncia, em que os cargos deverão ser preenchidos até o prazo

máximo de 30(trinta) dias consecutivos, mediante convocação de assembleia Geral

Extraordinária.

Art. 41 – A Assessoria Técnica deverá providenciar a lista dos votantes para

consulta/controle e a cédula eleitoral.

Art. 42 – Terão direito a voto somente os integrantes efetivos.

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§ 1 Cada família terá direito a dois votos (pai e mãe ou responsável) independente

do número de filhos matriculados na escola.

§ 2 O professor que possuir 2 (dois) padrões na mesma escola, terá direito a 1(um)

voto.

§ 3 O mestre e o funcionário com filhos frequentando regularmente o estabeleci-

mento de ensino poderão votar na categoria de pais, ou na categoria de mestres e funcio -

nários, tendo direito a apenas um voto.

Art. 43 - A Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal, eleitos, tomarão posse

imediatamente após a apuração.

§ 1 A Diretoria anterior terá o prazo de até 5 (cinco) dias úteis para a prestação de

contas de sua gestão, bem como para proceder a entrega de toda a documentação refe-

rente à Associação, sendo obrigatória a presença do Presidente, 1° Tesoureiro, 1° Secre-

tário e Conselho Deliberativo e Fiscal de ambas as Diretorias, com registro em ata.

§ 2 A nova Diretoria deverá analisar em reunião toda a documentação recebida e

dar parecer da aceitação das contas em caso de dúvidas ou detectadas irregularidades,

solicitar esclarecimentos e/ou providências à gestão anterior, mediante ofício, em duas

vias, com recebimento em até 15(quinze) dias registrando em ata as conclusões.

Art. 44 - O Conselho Deliberativo e Fiscal será considerado eleito em virtude da

eleição da Diretoria da APMF com a qual compôs a chapa.

CAPÍTULO XI

DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES

Art. 45 – Constitui infração disciplinar dos membros da Diretoria:

• Deixar de prestar contas à Assembleia Geral dentro dos prazos previstos;

• Exercer funções quando estiver legalmente impedido de fazê-lo;

• Valer-se da função exercida para lograr proveito pessoal em detrimento dos in-

teresses da APMF;

• Favorecer a terceiros em detrimento dos interesses da APMF;

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• Utilizar os bens da APMF, e similares, em assuntos particulares, sem autoriza-

ção dos membros da Diretoria;

• Constranger ou impedir que os membros da Diretoria exerçam plenamente

suas funções;

• Omitir ou sonegar informações sobre a situação financeira, contábil e adminis-

trativa aos integrantes da APMF;

• Praticar usura em todas as suas formas;

• Deixar de atender aos dispositivos do presente Estatuto.

Art. 46 – As penas disciplinares aplicáveis são:

• Destituição da função, nos casos previstos no Art. 45, incisos II, VI, VII;

• Repreensão por escrito, nos casos previstos no Art. 45, nos incisos I, IX;

• Suspensão até noventa dias, nos casos previstos no Art. 45, no inciso V;

• Expulsão, nos casos previstos no Art. 45, nos incisos III, IV, VIII;

Parágrafo Único – Nos casos de reincidência, será aplicada a pena de Expulsão.

CAPÍTULO XII

DA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES

Art. 47 – A denúncia de irregularidade será recebida, por escrito, pelo presidente

da APMF e/ou Conselho Deliberativo e Fiscal.

Art. 48 – A apuração das irregularidades se dará mediante procedimento de

sindicância realizada por três membros indicados pelo Conselho Deliberativo e Fiscal.

Art. 49 – A comissão será presidida conforme a indicação do Conselho Deliberativo

e Fiscal.

Art. 50 – Instaurada a sindicância, a Comissão terá o prazo de 15(quinze) dias

para concluir as diligências que entender necessárias para o esclarecimento dos fatos,

devendo encaminhar ao Conselho Deliberativo e Fiscal relatório circunstanciado.

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Art. 51 – O Conselho Deliberativo e Fiscal encaminhará aos possíveis infratores

cópia do Relatório de Sindicância para no prazo de 10 (dez) dias apresentarem defesa

por escrito.

Art. 52 – O Conselho Deliberativo e Fiscal se reunirá para analisar o relatório e a

defesa, conforme o disposto no Art. 20, inciso XI.

§ 1° Julgando as denúncias improcedentes determinará o arquivamento do

processo.

§ 2º Julgando procedentes as denúncias, o Presidente do Conselho Deliberativo e

Fiscal convocará a Assembleia Geral Extraordinária e comunicará por escrito o

denunciado.

Art. 53 – Reunida a Assembleia Geral Extraordinária, será lido o relatório da

comissão e a defesa, na presença do denunciado.

Art. 54 – O denunciado terá direito de apresentar defesa oral por 20 minutos.

Art. 55 – A Assembleia Geral Extraordinária decidirá a penalidade a ser imposta ao

denunciado, dentre as previstas no Art. 46, conforme o disposto no Art. 16 do presente

Estatuto.

CAPÍTULO XIII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 56 - A Associação de Pais, Mestres e Funcionários poderá ser dissolvida:

• Em virtude da lei, emanada do Poder competente;

• Por decisão de 2/3 (dois terços) dos participantes efetivos, manifestada em As-

sembleia Geral Extraordinária, especialmente convocada para este fim.

Parágrafo único - Em caso de dissolução, todos os bens móveis, imóveis e valores

de qualquer espécie reverterão em benefício da Unidade Escolar, de acordo com critérios

definidos em Assembleia Geral Extraordinária.

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Art. 57 - A Associação de Pais, Mestres e Funcionários não distribuirá lucros,

bonificações e vantagens a dirigentes, conselheiros mantenedores ou integrantes, sob

nenhum pretexto, e empregará suas rendas, exclusivamente na Unidade Escolar,

atendendo a Proposta Pedagógica e na manutenção de seus objetivos institucionais.

Art. 58 - No exercício de suas atribuições a APMF manterá rigoroso respeito às

disposições legais, de modo a assegurar observância aos princípios fundamentais da

política educacional vigente no Estado.

Art. 59 - O mandato da Diretoria e do Conselho Deliberativo e Fiscal, poderá ser

prorrogado por até 30 (trinta) dias, quando tomará posse a chapa eleita.

Parágrafo único - A decisão quanto à prorrogação do mandato será de

competência da Assembleia Geral convocada para este fim.

Art. 60 – A Diretoria da Associação de Pais, Mestres e Funcionários, providenciará

a sua regulamentação junto aos órgãos competentes, a saber:

• Segundo Ofício do Distribuidor;

• Ministério da Fazenda- Receita Federal;

• Banco(os);

• Secretaria Estadual da Educação;

• Outros órgãos.

Art. 61 – A Associação de Pais, Mestres e Funcionários se extinguirá quando

assim deliberar a Assembleia Geral Extraordinária, convocada especificamente para este

fim.

§ 1º São necessários os votos de dois terços dos integrantes presentes, para tornar

válidas as deliberações de que trata este artigo.

§ 2º Em caso de extinção da APMF o seu patrimônio passará a integrar, através de

doação, o patrimônio do Estabelecimento de Ensino a que está vinculada.

Art. 62 - Em qualquer dos casos previstos neste Estatuto, será vedada a dupla

representatividade.

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Art. 63 - Os casos omissos deste Estatuto serão dirimidos pela Diretoria e

Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF, em reunião conjunta e aprovados em

Assembleia Geral pela maioria dos presentes.

______________________

José Rossi Meurer

6. CONSELHO ESCOLAR

Presidente: Evaneti Velozo

Conselheiros

Representante da Equipe Pedagógica: Maria de Lourdes da Silva Oliveira

Representante do Corpo Docente: Talita Santos e Euzaíde C. da Silva da Luz

Representante dos Funcionário Administrativos: Jislene de Carvalho Justus e Ivanete

Valentim Diniz Santos

Representantes dos Funcionários de Serviços Gerais: Lucia dos Reis Catene e Rodrigo

Zdebski

Representante do Corpo Discente: Karoline Gonçalves e Mylena de Oliveira

Representante dos Pais e Alunos: Sirlei Gonçalves de Oliveira e Vilmar Monteiro

Representante do Grêmio Estudantil: Jessica Cardoso e Jaqueline Xavier Varela

Representante dos Movimentos Sociais Organizados pela Sociedade: Antonio Scarioto e

Ivonei Pereira.

Direção

Maria de Lourdes da Silva Oliveira

Equipe Pedagógica

Zoraya Soares Monte Blanco

Selma R. Estraliote

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Equipe Administrativa

Secretário: Cirineu Roque Gonçalves

Assistente Administrativo: Jislene de Carvalho Justus e Marilda Aldacir Volski

Equipe de Serviços Gerais

Mirian Adelaide Mendo

Lucia dos Reis Catene

Maria Albertina Antunes Oenning

Quadro de Professores

Adriana Vesohoski: Matemática

Adriana F. de Oliveira: Espanhol

Aline C. Castilho: Inglês

Dalva Ferreira Gomes Amadeu: Língua Portuguesa e Inglês

Edilene T. da Silva: Português

Elisangela Watthiner: Química

Euzaide Claro da Silva da Luz: Língua Portuguesa

Evaneti Velozo: Matemática

Francisco Antunes Pereira: História

Hedy de Paula Paiva: Física e Matemática

Inês Mathias da Silva: Geografia

Ivania Terezinha Bueno: Português

Jaqueline O. de Oliveira: Geografia

Joelço Mendes da Silva: Biologia

Kelly Regina C. Iatskiv: Ciências

Lidiane Silvestre da Silva: Filosofia

Marilane de Fátima Morais: Português

Orivaldo de Azevedo: Educação Física

Simone de O. Valduga: Sociologia

Talita dos Santos: Artes

Valdeir Ricardo Lopes Ferreira: Educação Física

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Conselho de Classe

É um órgão de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos,

fundamentado no PPP e no Regimento Escolar, tem a finalidade de analisar as

informações e dados apresentados, buscando ações educacionais diferenciadas para

garantir a efetivação do processo de ensino e aprendizagem, portanto, o Colégio busca

oportunizar a todos da comunidade escolar a participação neste momento de reflexão

sobre as ações do Colégio através de análise e exposição das opiniões do funcionamento

de todos os segmentos do estabelecimento.

Conselho de Representantes de Turmas

Todos os anos ao início do período letivo são determinados por meio de votação o aluno

(Líder) que vai representar a sua sala diante da direção e equipe pedagógica, em nosso

estabelecimento são votados o Líder e o Vice-Líder , há também a escolha de um

professor que será o Regente da turma, este é a pessoa responsável pela turma toda

mediante o Colégio e o Conselho Escolar em todas as decisões tomadas pela turma. Este

ano a distribuição da Regência de turmas ocorre da seguinte maneira:

Matutino

3º Ano – Ivania Terezinha Bueno e Hedy de Paula Paiva

2º Ano – Adriana Vesohoski

1º Ano – Elisangela Watthiner

9º Ano A – Jaqueline O. de Oliveira

8º Ano B – Kelly Regina C. Iatskiv

7º Ano B – Orivaldo de Azevedo

Vespertino

6º Ano A – Orivaldo de Azevedo

7º Ano A – Aline C. Castilho

8º Ano A – Talita dos Santos

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7. ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTILHÉLIO JOCEMAR CARNIEL

CAPÍTULO IDa denominação, Sede e Objetivos

Art. 1º O Grêmio Estudantil Hélio Jocemar Carniel é o órgão máximo de

representação dos estudantes do Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco,

localizado na cidade de Cascavel e fundado em 11 de julho de 2000, com sede neste

Estabelecimento de Ensino.

Parágrafo Único – As atividades do Grêmio reger-se-ão pelo presente Estatuto

aprovado em Assembleia Geral convocada para este fim.

Art. 2º O Grêmio tem por objetivos:

I. Representar condignamente o corpo discente;

II. Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio;

III. Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;

IV. Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e

alunos no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos;

V. Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com

outras instituições de caráter educacional, assim como a filiação às entidades

gerais UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União

Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos

Estudantes Secundaristas);

VI. Lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito de participação

nos fóruns internos de deliberação da Escola.

CAPÍTULO II

Do Patrimônio, sua Constituição e Utilização

Art. 3º O patrimônio do Grêmio se constituirá por:

• Contribuição voluntária de seus membros;

• Contribuição de Terceiros;

• Subvenções, juros, correções ou dividendos resultantes das contribuições;

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• Rendimentos de bens móveis e imóveis que o Grêmio venha a possuir;

• Rendimentos auferidos em promoções da entidade.

Art. 4° A Diretoria será responsável pelos bens patrimoniais do Grêmio e

responsável por eles perante as instâncias deliberativas.

§1°. Ao assumir a diretoria do Grêmio, o Presidente e o Tesoureiro deverão assinar

um recibo para o Conselho Fiscal, discriminando todos os bens da entidade.

§2°. Ao final de cada mandato, o CF conferirá os bens e providenciará outro recibo

que deverá ser assinado pela nova Diretoria.

§3°. Em caso de ser constatada alguma irregularidade na gestão dos bens, o CF

fará um relatório e o entregará ao CRT e à Assembleia Geral para serem tomadas

as providências cabíveis.

§4°. O Grêmio não se responsabilizará por obrigações contraídas por estudantes

ou grupos sem ter havido prévia autorização da Diretoria.

CAPÍTULO III

Da Organização do Grêmio Estudantil

Art. 5 ° São instâncias deliberativas do Grêmio :

- Assembleia Geral dos Estudantes;

- Conselho de Representantes de Turmas (CRT);

- Diretoria do Grêmio.

SEÇÃO I

Art. 6° A Assembleia Geral é, o órgão máximo de deliberação da entidade nos

termos deste Estatuto e compõe-se de todos os sócios do Grêmio e excepcionalmente,

por convidados do Grêmio, que se absterão do direito de voto.

Art. 7° A Assembleia Geral se reunirá ordinariamente:

• Nas datas estipuladas pelos estudantes na própria Assembleia;

• Ao término de cada mandato para deliberar sobre a prestação de contas da

Diretoria, parecer do CF e formação da Comissão Eleitoral (CE) que deliberará

sobre as eleições para a nova Diretoria do Grêmio.

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Parágrafo Único – A convocação para a Assembleia será feita em Edital com

antecedência mínima de quarenta e oito horas (48), sendo esta de competência da

Diretoria do Grêmio.

Art. 8° A Assembleia Geral se reunirá extraordinariamente quando convocada por

2/3 do CF ou 2/3 do Conselho de Representantes de Turma ou 50% + l da Diretoria do

Grêmio . Em qualquer caso, a convocação será feita com o mínimo de antecedência de

24 horas, com discriminação completa e fundamentada dos assuntos a serem tratados

em casos não previstos neste Estatuto.

Art. 9º As Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias devem ser realizadas,

em primeira convocação, com a presença de mais da metade dos alunos da Escola ou,

em segunda convocação, trinta minutos depois, com qualquer número de alunos.

A Assembleia Geral vai deliberar com maioria simples dos votos, sendo obrigatório

o quorum mínimo de 10 % dos alunos da Escola para sua instalação.

§1º. A Diretoria será responsável pela manutenção da limpeza e da ordem quando

for realizado qualquer evento, assembleias ou reunião do Grêmio .

Art. 10º Compete à Assembleia Geral:

• Aprovar e reformular o Estatuto do Grêmio;

• Eleger a Diretoria do Grêmio;

• Discutir e votar as teses, recomendações, moções, adendos e propostas

apresentados por qualquer um de seus membros;

• Denunciar, suspender ou destituir diretores do Grêmio de acordo com

resultados de inquéritos procedidos, desde que comunicado e garantido o direito

de defesa do acusado, sendo que qualquer decisão tomada neste sentido seja

igual ou superior a 2/3 dos votos;

• Receber e considerar os relatórios da Diretoria do Grêmio e sua prestação de

contas, apresentada juntamente com o CF;

• Marcar, caso necessário, Assembleia Extraordinária, com dia, hora e pautas

fixadas;

• Aprovar a constituição da Comissão Eleitoral, sempre composta com alunos de

todos os turnos em funcionamento na Escola, com número e funcionamento

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definidos na Assembleia.

SEÇÃO II

Do Conselho de Representantes de Turmas

Art. 11º O Conselho de Representantes de Turmas (CRT) é a instância

intermediária de deliberação do Grêmio , é o órgão de representação exclusiva dos

estudantes, e será constituído somente pelos representantes de turmas, eleitos

anualmente pelos estudantes de cada turma.

Art. 12º O CRT se reunirá ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente

quando convocado pela Diretoria do Grêmio.

Parágrafo Único – O CRT funcionará com a presença da maioria absoluta de seus

membros, deliberando por maioria simples de voto.

Art. 13º O CRT será eleito anualmente em data a ser deliberada pelo Grêmio e/ou

equipe pedagógica.

Art. 14º Compete ao CRT :

• Discutir e votar sobre propostas da Assembleia Geral e da Diretoria do Grêmio;

• Velar pelo cumprimento do Estatuto do Grêmio e deliberar sobre os casos

omissos;

• Assessorar a diretoria do Grêmio na execução de seu programa administrativo;

• Apreciar as atividades da Diretoria do Grêmio, podendo convocar para

esclarecimentos qualquer um de seus membros;

• Deliberar, dentro dos limites legais, sobre assuntos do interesse do corpo

discente de cada turma representada;

• Deliberar sobre a vacância de cargos da Diretoria do Grêmio.

SEÇÃO III

Da Diretoria

Art. 15º A Diretoria do Grêmio será constituída pelos seguintes cargos:

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• Presidente

• Vice-Presidente

• Secretário-Geral

• 1° Secretário

• Tesoureiro-Geral

• l ° Tesoureiro

• Diretor Social

• Diretor de Imprensa

• Diretor de Esportes

• Diretor de Cultura

• Diretor de Saúde e Meio Ambiente

Art. 16º Cabe à Diretoria do Grêmio:

• Elaborar o plano anual de trabalho, submetendo-o ao Conselho de

Representantes de Turma e Conselho Escolar;

• Colocar em prática o plano aprovado;

• Divulgar para a Assembleia Geral:

1. As normas que regem o Grêmio;

2. As atividades desenvolvidas pela Diretoria;

3. A programação e a aplicação dos recursos financeiros do Grêmio;

4. Tomar medidas de emergência, não previstas no Estatuto, e submetê-las ao

Conselho de Representantes de Turma;

5. Reunir-se ordinariamente pelo menos uma vez por mês, e extraordinariamente

a critério do Presidente ou de 2/3 da Diretoria.

Art. 17º Compete ao Presidente:

• Representar o Grêmio dentro da Escola e fora dela;

• Convocar e presidir as reuniões ordinárias c extraordinárias do Grêmio;

• Assinar, juntamente com o Tesoureiro-Geral, os documentos relativos ao

movimento financeiro;

• Assinar, juntamente com o Secretário-Geral, a correspondência oficial do

Grêmio;

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• Representar o Grêmio no Conselho Escolar;

• Cumprir e fazer cumprir as normas do presente Estatuto;

• Desempenhar as demais funções inerentes a seu cargo.

Art.18º Compete ao Vice-Presidente:

• Auxiliar o Presidente no exercício de suas funções;

• Substituir o Presidente nos casos de ausência eventual ou impedimento

temporário e nos casos de vacância do cargo.

Art. 19º Compete ao Secretário-Geral,

• Publicar avisos e convocações de reuniões, divulgar editais e expedir convites;

• Lavrar atas das reuniões de Diretoria;

• Redigir e assinar com o Presidente a correspondência oficial do Grêmio;

• Manter em dia os arquivos da entidade.

Art. 20º Compete ao 1º Secretário

• Auxiliar o Secretário-Geral em todas as suas funções e assumir o cargo em

caso de vacância do mesmo.

Art. 21º Compete ao Tesoureiro-Geral;

• Ter sob seu controle todos os bens do Grêmio;

• Manter em dia a escrituração de todo o movimento financeiro do Grêmio ;

• Assinar com o Presidente os documentos e balancetes, bem como os relativos

à movimentação financeira;

• Apresentar, juntamente com o Presidente, a prestação de contas ao Conselho

Fiscal.

Art. 22º Compete ao 1º Tesoureiro

• Auxiliar o Tesoureiro-Geral em todas as suas funções, e assumir o cargo em

caso de vacância.

Art. 23º Compete ao Diretor Social;

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• Coordenar o serviço de Relações Públicas do Grêmio ;

• Organizar os colaboradores de sua Diretoria;

• Organizar festas promovidas pelo Grêmio ;

• Zelar pelo bom relacionamento do Grêmio com os gremistas, com a Escola e

com a comunidade.

Art. 24º Compete ao Diretor de Imprensa:

• Responder pela comunicação da Diretoria com os sócios e do Grêmio com a

comunidade;

• Manter os membros do Grêmio informados sobre os fatos de interesse dos

estudantes;

• Editar o órgão oficial de imprensa do Grêmio ;

• Escolher os colaboradores para sua Diretoria.

Art. 25º Compete ao Diretor Cultural:

• Promover a realização de conferências, exposições, concursos, recitais,

festivais de música e outras atividades de natureza cultural;

• Manter relações com entidades culturais;

• A organização de grupos musicais, teatrais, etc.;

• Escolher os colaboradores de sua Diretoria.

Art. 26º Compete ao Diretor de Esportes:

• Coordenar e orientar as atividades esportivas do corpo discente;

• Incentivar a prática de esportes organizando campeonatos internos;

• Escolher os colaboradores de sua Diretoria.

Art. 27º Compete ao Diretor de Saúde e Meio Ambiente

• Promover a realização de palestras, exposições e concursos, sobre saúde e

meio ambiente;

• Manter relações com entidades de saúde e meio ambiente;

• Incentivar hábitos de higiene e conservação do ambiente escolar;

• Escolher os colaboradores de sua Diretoria.

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CAPÍTULO IV

Do Conselho Fiscal

Art. 28º O Conselho Fiscal se compõe de 03 membros efetivos e 03 suplentes,

escolhidos na reunião do CRT entre seus membros.

Art. 29º Ao Conselho Fiscal compete:

• Examinar os livros contábeis e papéis de escrituração da entidade, a sua

situação de caixa e os valores em depósito;

• Lavrar o Livro de "Atas e Pareceres" do CF com os resultados dos exames

procedidos;

• Apresentar na última Assembleia Geral Ordinária, que antecede a eleição do

Grêmio, relatório sobre as atividades econômicas da Diretoria;

• Colher do Presidente e do Tesoureiro-Geral eleitos recibo discriminando os

bens do Grêmio ;

• Convocar Assembleia Geral Extraordinária sempre que ocorrerem motivos

graves e urgentes dentro da área de sua competência.

CAPÍTULO V

Dos Associados

Art. 30º São sócios do Grêmio todos os alunos matriculados e frequentes.

Art. 31º São direitos do Associado:

• Participar de todas as atividades do Grêmio ;

• Votar e ser votado, observadas as disposições deste Estatuto;

• Encaminhar observações, moções e sugestões à Diretoria do Grêmio;

• Propor mudanças e alterações parciais ou totais neste Estatuto.

Art. 32º São deveres dos Associados:

• Conhecer e cumprir as normas deste Estatuto;

• Informar à Diretoria do Grêmio sobre qualquer violação dos direitos dos

estudantes cometida na área da Escola ou fora dela;

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• Manter luta incessante pelo fortalecimento do Grêmio.

CAPÍTULO VI

Do Regime Disciplinar

Art. 33º Constitui infração disciplinar:

• Usar o Grêmio para fins diferentes dos seus objetivos, visando o privilégio

pessoal ou de grupos;

• Deixar de cumprir as disposições deste Estatuto;

• Prestar informações referentes ao Grêmio que coloquem em risco a integridade

de seus membros;

• Praticar atos que venham a ridicularizar a entidade, seus sócios ou seus

símbolos;

• Atentar contra a guarda e o emprego dos bens do Grêmio.

Art. 34º São competentes para apurar as infrações dos itens "a" a "d" o CRT, e do

item "e" o Conselho Fiscal.

Parágrafo Único – Em qualquer das hipóteses do artigo será facultado ao infrator o

direito de defesa ao CRT, ao CF ou à Assembleia Geral.

Art. 35º Apuradas as infrações, serão discutidas na Assembleia Geral e aplicadas

as penas de suspensão ou expulsão do quadro de sócios do Grêmio , conforme a

gravidade da falta.

Parágrafo Único – O infrator, caso seja membro da Diretoria, perderá seu mandato,

devendo responder pelas perdas e danos perante as instâncias deliberativas do Grêmio.

CAPÍTULO VIIDo Regime Eleitoral

Título I – Dos Elegíveis Eleitores

Art. 36º São elegíveis para os cargos da Diretoria todos os brasileiros natos ou

naturalizados matriculados e frequentes.

Parágrafo Único – Para o cargo de Presidente o aluno não pode estar cursando o 3° ano do Ensino Nédio.

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Art. 37º São considerados eleitores todos os estudantes matriculados e frequentes.

Título II – Da Comissão Eleitoral e Forma de Votação

Art. 38º A Comissão Eleitoral deve ser escolhida em Assembleia Geral pelo menos

um mês antes do final da gestão. A Comissão deve ser composta por alunos de todos os

turnos em funcionamento na Escola. Os alunos da Comissão não poderão concorrer às

eleições. A Comissão definirá o calendário e as regras eleitorais que devem conter:

• Prazo de inscrição de chapas;• Período de campanha;• Data da eleição;• Regimento interno das eleições.

Art. 39º As inscrições de chapas deverão ser feitas com os membros da Comissão

Eleitoral, em horários e prazos previamente divulgados, não sendo aceitas inscrições fora

do prazo ou horário.

Art. 40º Somente serão aceitas inscrições de chapas completas.

Título III – Da Propaganda Eleitoral

Art. 41º A propaganda das chapas será através de material conseguido ou

confeccionado pela própria chapa.

Parágrafo Único – É vedada a ajuda de qualquer pessoa que trabalhe na Escola à

chapa, na criação, confecção, ou fornecimento de material ou dinheiro para a propaganda

eleitoral.

Art. 42º É expressamente proibida a campanha eleitoral fora do período estipulado

pela Comissão Eleitoral bem como a boca de urna no dia das eleições.

Art. 43º A destruição ou adulteração da inscrição de qualquer chapa por membros

de outra chapa, bem como a desobediência ao que está previsto nos artigos 40° e 41°,

uma vez comprovadas pela Comissão Eleitoral , implicarão na anulação da inscrição da

chapa infratora.

Parágrafo Único – Toda decisão de impugnação de chapas só poderá ser tomada

por maioria absoluta da Comissão Eleitoral, após exame de provas e testemunhas.

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Título IV da Votação

Art. 44º O voto será direto e secreto, sendo que a votação será realizada em local

previamente escolhido pela Comissão Eleitoral e aprovado pela Direção geral do

Estabelecimento, no horário normal de funcionamento de cada turno.

Art. 45º Cada chapa deverá designar um fiscal, identificado com crachá, para

acompanhar todo o processo de votação e apuração dos votos.

Art. 46º Só votarão os estudantes presentes em sala na hora da votação.

Art. 47º A apuração dos votos deverá ocorrer logo após o término do processo de

votação, em uma sala isolada em que permanecerão apenas os membros da Comissão

Eleitoral e os fiscais de chapa. Nenhum outro estudante poderá entrar ou permanecer

nesta sala durante o processo de apuração.

Parágrafo Único – Fica assegurado às entidades estudantis o direito de

acompanhar todo o processo eleitoral.

Art. 48º Todo ato de anulação de votos ou urnas será efetivado a partir da decisão

soberana do Presidente da Comissão Eleitoral, baseado na comprovação do ato que

implicou na anulação.

Art. 49º Não será aceito nenhum pedido de recontagem de votos ou recursos de

qualquer chapa após a divulgação dos resultados oficiais das eleições, salvo nos casos

em que se comprove inobservância deste regulamento por parte da Comissão Eleitoral.

Art. 50º O mandato da Diretoria do Grêmio será de l (um) ano a partir da data da

posse.

Art. 51º Cabe à Comissão Eleitoral dar posse à Diretoria eleita l (uma) semana

após a data da eleição da mesma.

CAPÍTULO VIIIDisposições Gerais e Transitórias

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Art. 52º O presente Estatuto poderá ser modificado mediante proposta de qualquer

membro do Grêmio , do CRT ou pelos membros em Assembleia Geral

Parágrafo Único – As alterações serão discutidas pela Diretoria, pelo CRT e

aprovadas em Assembleia Geral através da maioria absoluta de votos .

Art. 53º As representações dos sócios do Grêmio só serão consideradas pela

Diretoria ou pelo CRT quando formuladas por escrito e devidamente fundamentadas e

assinadas.

Art. 54º A dissolução do Grêmio só ocorrerá quando a Escola for extinta, ou

quando a Assembleia Geral assim deliberar por maioria absoluta de votos, revertendo-se

seus bens a entidades congêneres.

Art. 55º Nenhum sócio poderá se intitular representante do Grêmio sem a devida

autorização, por escrito, da Diretoria.

Art. 56º Revogadas as disposições em contrário, este Estatuto entrará em vigor na

data de sua aprovação pela Assembleia Geral do corpo discente.

Art. 57º Este Estatuto entrará em vigor após a sua aprovação em Assembleia

Geral, configurando a entidade como Grêmio Estudantil autônomo, representante dos

estudantes do referido Estabelecimento educacional, com finalidades preestabelecidas

neste Estatuto, não podendo ser proibido ou cancelado por nenhum indivíduo, grupo ou

autoridade, conforme a Lei Federal 7398/85 e a Lei Estadual nº 11057/95.

8. PROPOSTAS PEDAGÓGICA CURRICULARES

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

Apresentação da disciplina

A sociologia ganhou corpo teórico com a obra de Durkhein, o primeiro a lecionar a

disciplina na Universidade de Bordeaux, na qual em aula inaugural de 1887, expressou o

esforço para tira-lo do ceticismo, propondo um método e um objeto próprio, além de

provar que os fenômenos sociais eram passíveis de serem investigados cientificamente.

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Essa defesa acompanhou-o como professor titular da primeira cadeira de Sociologia da

Sorbonne, a partir de 1913.

A Sociologia como disciplina no conjunto dos demais ramos da ciência,

especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma independente do trabalho

pedagógico que a traduz como parte curricular nas escolas de níveis médios e superior.

São intercomunicastes os caminhos dos estudos e pesquisas acadêmicas e as atividades

curriculares no magistério. Fazer ciência mediante a reflexão acadêmica com base na

pesquisa cientifica e esta alimentar a dimensão da formação do indivíduo são faces de

um mesmo problema. È pensando uma e outra que se realiza a dimensão histórica da

ciência e, desse modo, é aqui situada a Sociologia no Brasil.

No desenvolvimento da Sociologia, pode-se distinguir um triplo processo de

formação de um núcleo disciplinar: a) a identidade cognitiva, que específica as

orientações, paradigmas, problemáticas e instrumento de pesquisa da disciplina. b) a

identidade social forjada pelo processo de institucionalização através do qual a disciplina

procura se estabilizar do ponto de vista de sua organização c) a identidade histórica, que

corresponde aos primeiros esforço de constituição do campo de trabalho, com os quais ,

em princípio os integrantes da comunidade cientifica se identificam, segundo Wolf

Lepenies, citado por Villas Boas (1981).

A definição Etimológica de Sociologia significa simplesmente “o estudo do social ou

o estudo da sociedade”, assim aproxima-se um pouco mais da definição do termo

Sociologia, e também

se define melhor o objeto de estudo desta disciplina. Ainda segundo Galliano:

“Sociologia é o estudo dos homens em interdependência” (GALLIANO, 1981, p. 5).

O objeto de estudo da Ciência Social são as relações objetivas, materiais

determinadas historicamente. O processo histórico e a própria práxis coletiva,

independente da vontade dos homens, mas depende das condições sociais da sua

existência e de como se organizam para produzí-la. Marx estabelece a diferenciação

entre as sociedades escravocratas, medieval e capitalista, diferenciando na forma como

os homens se associam para produzir a subsistência através de suas relações sociais.

(DCE, Sociologia, Paraná).

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OBJETIVOS:

Os principais objetivos deste documento são: primeiro, a apresentação e definição

de temas e tópicos considerados fundamentais para o ensino da disciplina de Sociologia

na educação de nível médio e, segundo, sugerir uma “estratégia” para tal

ensino,enfrentando um problema de dupla face, o de não cair na excessiva simplificação

ou no equívoco pedagógico de querer formar o “cidadão critico” através da disciplina

sociológica e, de outra parte, o de não reproduzir a orientação “academicista” peculiar à

maioria dos Cursos de Sociologia no terceiro grau.

Trata-se de uma tarefa nova para a área da Sociologia em nosso país mas que,

embora difícil, já conta com algumas experiências esparsas e com textos que servem de

referência para o nosso empreendimento. Os princípios gerais esboçados nos

documentos nacionais, especialmente nas DCE (Diretrizes Curriculares Estaduais) para o

Ensino Médio necessitam ser operacionalizados e traduzidos em sugestões que possam

favorecer e apoiar o trabalho dos professores.

Estamos dando os primeiros passos para construir, gradativamente, uma cultura

pedagógica, que se mostre apropriada para a aprendizagem da disciplina sociológica no

ensino médio. Ao fazer isso, os professores precisam levar em consideração o caráter

interdisciplinar da organização curricular e o papel importante que a Sociologia pode

ocupar na interlocução com as outras disciplinas, procurando contribuir de forma

integrada tanto para o projeto pedagógico das escolas, quanto para a formação mais

ampla dos estudantes.

Este é um documento aberto, que deverá ser aperfeiçoado e reformulado, seja pela

introdução de novos aspectos ou temas, seja pela discussão contínua de novas

abordagens a serem desenvolvidas em sala de aula.

Conteúdos

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada

série/ano da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados

imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da

Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de

escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é

responsabilidade do professor.

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Nesse quadro, os conteúdos básicos estão apresentados por série e devem ser

tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica curricular

das escolas.

Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem ser suprimidos

nem reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na

proposta pedagógica, de modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que a

constitui como conhecimento especializado e sistematizado.

Esse quadro indica, como os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos

estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-metodológica devem receber e,

finalmente, a que expectativas de aprendizagem estão atrelados. Portanto, as Diretrizes

Curriculares fundamentam essa seriação/sequenciação de conteúdos básicos e sua

leitura atenta e aprofundada é imprescindível para compreensão do quadro.

No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens diversas a

depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando

necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre considerando-se o

aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino.

O plano é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os conteúdos

receberão abordagens contextualizadas histórica, social e politicamente, de modo que

façam sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas,

contribuindo com sua formação cidadã.

O plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação. Nele estará a

expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular construída

nas discussões coletivas.

O quadro de conteúdos básicos da disciplina de Sociologia apresenta uma

proposta de organização e encaminhamentos para a efetivação dos conteúdos

estruturantes em sala de aula. Por conta da falta de tradição curricular da disciplina na

educação básica, percebe-se a carência de referências que apontem para possibilidades

de recortes e encaminhamentos metodológicos.

O caráter dos conteúdos básicos na disciplina não é eletivo, ou seja, todos devem

estar garantidos através da escolha dos conteúdos específicos. Isso significa que ao

abordar, por exemplo, o conteúdo estruturante Processo de Socialização e as Instituições

Sociais, deve-se garantir as discussões dos conteúdos básicos propostos, quais sejam:

Processo de Socialização, Instituições Sociais e Instituições de Reinserção.

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Os conteúdos básicos em Sociologia apresentam a possibilidade de serem

desdobráveis em conteúdos específicos, por meios dos quais sejam atendidas às

necessidades específicas de cada realidade escolar. Retomando o exemplo anterior, o

conteúdo básico Instituições de Reinserção pode ser desdobrado em: Prisões,

Manicômios, Educandários, Asilos, dentre outros conteúdos específicos. A escolha dos

conteúdos específicos para cada conteúdo básico proposto está diretamente relacionada

à prática docente, por isso os conteúdos específicos não são elencados nas Diretrizes

Curriculares de Sociologia, devendo cada professor apresentar uma prática diversificada

e que atenda às especificidades de suas respectivas turmas.

Para que essa prática, de elencar conteúdos específicos, ganhe força e seja

efetuada de maneira que garanta a cientificidade da Sociologia no Ensino Médio, faz-se

necessário, por parte dos professores que ministram a disciplina, conhecimento

aprofundado das Diretrizes Curriculares, documento que norteia a prática da disciplina no

estado do Paraná.

O quadro de conteúdos básicos está organizado em uma sequência. Entretanto a

organização e o desenvolvimento dos conteúdos específicos em bimestre, trimestre ou

semestre (dependendo de cada organização escolar) fica a critério do professor, que

deverá atentar para as especificidades locais e a melhor forma de encaminhar tais

discussões.

A sequência proposta para a organização dos conteúdos estruturantes não deve

ser considerada como uma organização de conteúdos estanques em si, já que uma das

características da disciplina é a constante articulação entre os diferentes conteúdos

específicos, básicos e estruturantes. Por exemplo: ao discutir o conteúdo estruturante

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais o conteúdo básico Formação e

desenvolvimento do Estado Moderno (do conteúdo estruturante Poder, Política e

Ideologia) deverá ser retomado.

O esforço para implementação do quadro de Conteúdos Básicos constitui-se como

mais uma ação que pode contribuir para a legitimação da Sociologia na educação básica,

desde que efetivada coletivamente nos limites do estado do Paraná.

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ENSINO MÉDIO

1º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTECONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O Processo de Socialização e as

Instituições Sociais

• Processo de Socialização;

• Instituições Sociais: familiares; Escolares e Religiosas;

• Instituições de Reinserção(prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

• O surgimento da Sociologia;• As teorias Sociológicas na

compreensão do presente;• A produção sociológica

brasileira;• Instituição familiar;• Instituição escolar;• Instituição religiosa;• Instituição Estado;• Instituição de reinserção

(presídios, manicômios)

Poder, Política e Ideologia

• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

• Democracia, Autoritarismo, Totalitarismo;

• Estado no Brasil;• Conceitos de Poder;• Conceitos de

Ideologia;• Conceitos de

Dominação e Legitimidade;

• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

• Ideologia e dominação capitalista

• Formação do Estado Moderno.

2º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Cultura e Industria Cultural

• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das

• Diversidade Cultural;• História e Cultura Afro-

brasileira Africana;• Relativismo;• Etnocentrismo;

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diferentes sociedades;

• Diversidade Cultural;

• Identidade;• Industria Cultural;• Meios de

Comunicações de Massa;

• Sociedade de Consumo;

• Industria Cultural no Brasil;

• Questões de Gênero;

• Culturas Afro-brasileiras e Africanas;

• Culturas Indígenas.

• Questões de gênero, étnicas (afro-descendentes) e de outras minorias.

Trabalho, Produção e Classes Sociais

• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

• Desigualdades Sociais: estamentos,castas, classes sociais;

• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

• Globalização e Neoliberalismo;

• Relações de Trabalho;

• Trabalho no Brasil.

• Salário e Lucro;• Desemprego, desemprego

conjuntural, estrutural;• Subemprego e

Informalidade;• Tercerização;• Reforma Trabalhista e

Organização Nacional do Trabalho;

• Neoliberalismo;• Reforma Agrária;• Relações de Mercado entre

muitos outros;• Globalização.

3º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

• Direitos: Civis, Políticos e Sociais;

• Direitos Humanos;• Conceito de

• Movimentos Sociais Urbanos;

• Movimentos Estudantis;• Movimentos Sociais Rurais;

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Cidadania;• Movimentos

Sociais;• Movimentos Sociais

no Brasil;• A questão

Ambiental e os movimentos ambientalistas;

• A questão das ONGs;

• Movimentos Sociais Conservadores.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de

problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que

podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos

sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.

Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos

mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de

leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges, constitui importante elemento

para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a

construção coletiva dos novos saberes.

A Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira

que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de

compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se

necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,

problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os

conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o

conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras

disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.

AVALIAÇÃOA avaliação no ensino de Sociologia, pauta-se numa concepção formativa e

continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação

propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de

transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação

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de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente

como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior

participação na sociedade.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a

avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da

percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa acontecerá, identificando

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram

dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Nesses termos, a

avaliação formativa deve servir como instrumento docente para a reformulação da prática

através das informações colhidas. A avaliação também se pretende continuada,

processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar

a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação percebida como

instrumento dialético da identificação de novos rumos, não significa menos rigor na prática

de avaliar. Transposto para o ensino da Sociologia, esse rigor almejado na avaliação

formativa, conforme significa considerar como critérios básicos: a) a apreensão dos

conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; b) a capacidade de

argumentação fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na exposição das

ideias sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da

disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os

textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que

demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras

possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao

selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,

compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita

da sua percepção de mundo. Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como

instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos

adequados para uma efetiva aprendizagem.

Estudar, aprender e ensinar Sociologia exige posicionamentos teórico-

metodológicos claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade

apresentada pelo conhecimento produzido. Não é esta uma questão de aplicação direta,

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pragmática ou de ordenamento social, mas um “fazer avançar” ideias em relação aos

fenômenos sócio-históricos. São as explicações, as interpretações sobre o real que

fornecem os instrumentos para o mundo ser transformado, recriado em novas bases.

A forma de agir metodologicamente no ensino da Sociologia em nível médio

aproxima estudantes e professores nas indagações e esses da realidade social

devolvendo o conhecimento científico. Cabe ao ensino das diversas disciplinas

curriculares no Ensino Médio e, também da Sociologia, despertar a consciência da força

dessas mudanças.

Demonstrar nexos de responsabilidade entre a ciência e a política pode devolver

aos professores e alunos, a dimensão social desse conhecimento nos currículos de

Sociologia. A pesquisa integrante da Sociologia, não sendo neutra nem pura, imparcial ou

comprometida, tem um papel social de importância no Ensino Médio das escolas

brasileiras: dar respostas simples a perguntas simples. O que se apresenta de forma

complicada pode não conter bem qualquer formulação. As contribuições sobre a disciplina

requerem visões e interpretações de maior compreensão e menor margem de equívocos

ou reducionismos. A iniciação metodológica da Sociologia na escola deve passar pela

simplicidade, ainda que se lide com a complexidade.

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS

Serão avaliados da seguinte forma: através da articulação e participação dos

alunos(as) no decorrer da Disciplina.

Com questionamentos e problematizações relevantes aos temas propostos de

forma oral ou escrito.

Através de discussões referentes aos trabalhos solicitados, onde serão avaliados a

dinâmica do Grupo durante a apresentação avaliação individual de cada um.

Participação, organização e criatividade.

RECUPERAÇÃO PARALELA

A Recuperação ocorrerá de forma paralela aos conteúdos abordados através de

avaliações orais/escritas, interpretações, debates, seminários, trabalhos de pesquisa com

o intuito ou enfatizar os conteúdos trabalhados onde o aluno possa compreender os

conteúdos estudados.

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BIBLIOGRAFIA

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GALLIANO A. G. Introdução à Sociologia. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1981.

_____________, A Divisão do Trabalho Social, Lisboa:Editorial Presença, s.d., 2 Volumes.

MARX, K. "Manifesto do Partido Comunista", em Textos, vol. 3, São Paulo: Edições Sociais, 1977.

BOBBIO, N. (1987), Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da política, SP: Paz e Terra.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba PR- 2006.

OLIVEIRA, Pérsio Santos. São Paulo. Introdução á sociologia. Serie Brasil. 25ª edição. São Paulo, 2005.

MANSUR, A. J. S. Sociologia para vestibulares. 3ª ed

AZEVEDO, S. e PRATES, A.A.P. (1991). “Planejamento Participativo, Movimentos Sociais e Ação Coletiva”, Ciências Sociais Hoje, SP: ANPOCS

HENRIQUES, Ricardo. (2001). Desigualdade racial no Brasil: a evolução das condições de vida na década de 90. Texto para discussão n. 807. IPEA.

LEITE, Márcia. A influencia da mídia na Educação - 2000

PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA PORTUGUESA- ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

De acordo com as Diretrizes do Estado do Estado do Paraná, o ensino da Língua e

da Literatura deve considerar também a complexidade da contemporaneidade e as

diferenças existentes no contexto da fala. Mesmo estando numa época de acesso rápido

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de leitura envolvida num grande contexto de informações. O ensino de Língua Portuguesa

considerou uma geração que não privilegiou, no momento da aprendizagem e no

aprimoramento da língua materna, o sujeito e sua história e nem o contexto em que

estava inserido. Considerava-se então a transferência de regras da nomenclatura sem

que o aluno percebesse a produção de significados. O documento entende que a prática

social como toda a atividade realizada com e na linguagem. Neste entendimento contesta

o ensino que não envolve o discurso no ensino da gramática, orientando para que se

considere um ensino de uma linguagem que não limite “na condição de sistema de formas

(..)”. Pauta-se, portanto, na fala de BAKHTIN/VOLOCHINOV(19990, é no processo de

interação social que a palavra toma significado, o ato de fala é de natureza social.

Desta forma, as Diretrizes Curriculares do Paraná visa o ensino da Língua de

forma contextualizada, destacando que as palavras estão carregadas de conteúdo

ideológico “são tecidas a partir de uma multidão de fios ideológicos e servem de trama a

todas as relações sociais em todos os domínios”( BAKHTIN/ VOLOCHINOV, 1999,p.41 ).

Deve-se, portanto, refletir na prática de forma dinâmica e histórica dos agentes na

interação verbal, considerando as relações sociais políticas, econômicas, culturas e

outras que constituem a linguagem, como os sujeitos envolvidos na prática do discurso.

Para isso o professor necessita envolver o aluno em diversos textos de diferentes

funções sociais, para que ele faça uso nas práticas sociais, tanto nos momentos de textos

orais, como de textos escritos.

“A leitura dessas múltiplas linguagens, realizadas com propriedades, garante o

envolvimento do sujeito com práticas discursivas, alterando, seu estado ou

condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos,

linguísticos e até mesmo econômicos” ( SOARES, 1998, p.18).

Não se deve perder de vista que é no âmbito escolar que o aluno amplia a

utilização de registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta. Isso irá se

concretizar, quando o estudante inicia a sua vida escolar, pois é nesse contexto que irá

ter contato com o conhecimento construído historicamente.

Quando utilizamos uma língua, fazemos uso de normas fonológicas, morfológicas,

sintáticas e semânticas. Entretanto, é necessário ter claro a diferença entre regras

gramaticais e o ensino de nomenclaturas e classificação. As regras, segundo Antunes

(2003), servem para orientar o uso das unidades da língua, são normas. Já as

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nomenclaturas e classificações não são regras de uso da língua, mas “apenas

gramática e de um léxico” (ANTUNES, 2003). Já as nomenclaturas e classificações não

são regras de uso da língua, mas “apenas questões metalinguísticas”, como reitera

Antunes (2003). Desta forma é preciso que aconteça um trabalho paralelo entre as

atividades metalinguísticas e epitalinguísticas.

Ao considerar a linguagem como discurso que se efetiva nas diversas práticas

sociais, o processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, objetiva:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e

propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas

sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do

contexto de produção;

• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e

da escrita;

• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao

aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-

se, também, da norma padrão.

É necessário frisar que, tais objetivos e as práticas que deles ocorrem são

processos que não se esgotam no âmbito da escola, mas que se prolonga por uma

caminhada de vida.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

JUSTIFICATIVA

A disciplina de Língua Portuguesa permite o aluno compreender que é no espaço,

que terá a oportunidade de aprender a língua materna na sua formalidade. Isto justifica-

se no fato de que é por meio da linguagem que o homem se reconhece como ser

humano, pois ao comunicar-se com o outro e trocar experiências certifica-se de seu

conhecimento de mundo e dos outros com quem interage. Isso permite a ele

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compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel como sujeito social e

muitas vezes fazendo que modifique sua visão de mundo.

O trabalho com Língua Portuguesa tem por objetivo a conscientização de que

através da linguagem, atribuímos sentido ao mundo, que por intermédio dela

influenciamos e somos influenciados. É preciso possibilitar uma visão geral que dê conta

do educando compreender a dimensão do processo comunicativo como um mecanismo

através do qual se estabelece relação de poder.

O ensino da Língua Portuguesa implica pensar também nas contradições, nas

diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. A velocidade

das mudanças ocorridas no meio social e a percepção das inúmeras relações de poder

presentes nas teias discursivas que atravessam o campo social, constituindo-o e

recebendo seus influxos, estão a requerer dos professores, uma mudança de

posicionamento no que se refere a sua própria ação pedagógica.

A ação do professor, assumida ou ditada pelos livros didáticos, seguiu,

historicamente, uma concepção normativa de linguagem que excluía, do processo de

aquisição e aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto, pautando-

se no ensino da língua materna, no repasse de regras e nomenclatura da gramática

tradicional. O tratamento dado à literatura, nesses livros, direcionava a uma prática

pedagógica que privava o aluno do contato com a integralidade dos textos literários na

medida em que propunha a leitura de resumos, lidos nos fechados limites da historiografia

literária e na perspectiva da biografia de seus autores.

Na perspectiva de superação efetiva dessa postura, o trabalho pedagógico com a

Língua Portuguesa/Literatura, considera o processo dinâmico e histórico dos agentes na

interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por

meio dela interagem.

Nessa concepção de língua, o texto é visto como lugar onde os participantes da

interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é assim, articulação de

discursos, são vozes que se materializam, é ato humano, é linguagem em uso efetivo.

Um texto não é um objeto fixo num dado momento, ele lança seus sentidos no

diálogo intertextual que dá curso aos enunciados que o antecederam. Permite também

que o educando perceba sentidos posteriores, no dever que as composições da literatura

suscitarão como forma de dar-lhes continuidade.

Nesse processo, os interlocutores vão construindo sentidos e significados ao longo

das suas trocas linguísticas, orais ou escritas. Tais sentidos e significados são

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influenciados, também pelas relações que os interlocutores mantêm com a língua e entre

si, com o tema sobre o qual se fala ou escreve, ouve ou lê; pelos seus conhecimentos

prévios, atitudes e preconceitos; e pelo contexto social em que ocorre a interlocução.

Tudo isso é potencializado no texto.

Considere-se, ainda, a perspectiva do multiletramento nas práticas a serem

adotadas na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, tendo em vista o papel de suporte

para todo o conhecimento exercido pela língua materna.

Diante do exposto, pode-se entender que as práticas da linguagem, enquanto

fenômeno, de uma interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir humano,

potencializando na escola, a perspectiva interdisciplinar.

OBJETIVO GERAL:

O trabalho com Língua Portuguesa tem por objetivo propiciar ao aluno, a

conscientização de que por meio da linguagem, atribuímos sentido ao mundo, que através

dela influenciamos e somos influenciados. É necessário possibilitar uma visão geral que

dê condições ao educando de compreender a dimensão do processo comunicativo como

um mecanismo por meio do qual se estabelece relações de poder.

CONTEÚDOS BÁSICOS

PRÁTICAS DA ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA

O desenvolvimento, na escola, da oralidade, leitura e escrita, deve respeitar a

maturidade e o conhecimento, adequando-se a cada série.

Entende-se o conjunto de saberes e conhecimentos maiores, que irão identificar e

organizar uma disciplina escolar. A partir deles virão os conteúdos específicos que serão

trabalhados no cotidiano da escola.

Nas práticas discursivas estarão presentes os conceitos oriundos da linguística,

sociolinguística, semiótica, pragmática, estudos literários, semântica, morfologia, sintaxe,

fonologia, análise do discurso, gramáticas normativas/descritiva e de uso, que irão

aprimorar a competência linguística dos estudantes.

Prática da oralidade

Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, esse trabalho

precisa pautar-se em situações reais de uso da fala, valorizando-se a produção de

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discursos, nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito do processo interativo. É

preciso considerar os conhecimentos linguísticos dos alunos, organizando situações que

os incentivem a falar, ainda que do “seu jeito”, ou seja, fazendo uso da variedade

linguística que eles empregam no seu cotidiano informal.

A escola deve propiciar e organizar atividades que possibilitem ao aluno tornar-se

um falante cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os discursos dos

outros e de organizar os seus de forma clara e coerente. Assim, é importante elaborar o

trabalho, envolvendo a oralidade tendo sempre claro que as relações de poder

estabelecidas na sociedade acontecem através da linguagem. Portanto, sendo necessário

auxiliar o aluno no desenvolvimento de uma prática discursiva que o possibilite interagir

nesta sociedade de modo crítico, exercendo seus direitos e deveres enquanto cidadão.

Prática da leitura

Nos momentos de leitura, tem-se como meta que o aluno torne-se co-autor do

texto lido, uma vez que também produz sentido. Ele precisa entender que está dialogando

não só com o autor, mas com outros textos produzidos e já lidos. Que a leitura possa ser

vista como uma atividade de desafio para o aluno, pois não se configura como um simples

desvendar de um mistério presente no texto, mas como um momento de busca de

respostas que nos desafia a encontrar razões para o dito e levantar hipóteses para o não

dito.

Prática da escrita

É preciso propiciar diferentes gêneros textuais, entendendo gêneros, aqui, como

toda produção produzida pelos sujeitos sociais, dotados de sentido e com o objetivo de

comunicação entre si. O envolvimento do aluno e do professor com a escrita, segundo

Pazini (1998), citado nas Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental de Língua

Portuguesa é um processo que acontece em vários momentos: o da motivação para

produção do texto; o da reflexão, que deve preceder e acompanhar todo o processo de

produção; o da revisão, reestruturação e rescrita do texto que acaba se constituindo,

também, em um produtivo momento de reflexão.

O ensino da gramática acontecerá dentro de uma proposta, que leve em

consideração, o uso e não a norma. Ou seja, entendemos que o educando precisa fazer

uso da gramática sem necessariamente dominar a sua nomenclatura e definições.

Valorizamos a gramática de uso, diferentemente do ensino tradicional no qual a mesma

era trabalhada sob o ponto de vista normativo e prescritivo. É no contexto das práticas

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discursivas que se farão presentes os conceitos oriundos da Linguística, Sociolinguística,

Semiótica, Pragmática, Estudos Literários, Semântica, Morfologia, Sintaxe, Fonologia,

Análise do Discurso, Gramáticas Normativa, Descritiva, de uso, entre outros.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O direcionamento da língua materna em contextos formais e informais é de

participação do professor de língua Portuguesa e Literatura. A ele cabe envolver o aluno

nas múltiplas faces da interação, no que diz respeito ao desenvolvimento da proficiência

da língua. Isso de forma que a língua seja o fio condutor, para que o aluno seja capaz de

utilizar a linguagem como instrumento do aprender, sabendo fazer uso de informações

contidas nos textos de diversos gêneros. Conhecer e analisar de maneira crítica os usos

da língua como difusão de valores e preconceitos de classe, gênero,etnia e credo.

PRÁTICA DA ORALIDADE

VII. Identificar as ideias centrais de textos literários, não literários, informativos e de

opinião em função de sua forma, finalidade e convencionalidade;

VIII. Reconhecer as variantes linguísticas como legítimas, adaptando-as às

situações de uso.

IX. Dominar a linguagem como atividade discursiva e cognitiva e domínio da língua.

X. Interagir a linguagem técnica, formal e informal.

XI. Participar de debates com os alunos e convidados.

XII.Ouvir músicas, filmes e realizar análise dos mesmos (letra, construção)

XIII. Leitura expressiva e recitação de poemas.

XIV. Atentar para coesão e coerência na exposição das ideias dentro de relatos e

debates.

XV. Analisar a compreensão, ordenação de fatos, participação ativa sua e dos

demais alunos na percepção da assimilação da ideia central e periférica dos textos.

XVI. Utilizar-se das diversas linguagens em uso, para realizar propostas feitas,

adaptando-as às situações de uso (discurso televisivo/público/privado...)

XVII. Vivenciar a experiência literária, para com ela enriquecer e ampliar os

sentidos de nossa própria experiência.

XVIII. Aprimorar as habilidades inerentes ao uso de idiomas e dispor de maiores

recursos para comunicar-se de forma mais adequada e eficaz.

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XIX. Possibilitar através da metalinguagem a discussão objetiva e proveitosa das

várias formas de combinação dos elementos linguísticos nas frases e nos textos.

XX. Através do domínio das possibilidades sintáticas, adquirir a habilidade de

dizer o que pensa e interpretar o que ouve e lê.

XXI. Arquitetar raciocínios fundamentando o que pensa, debatendo seus pontos

de vista para compreender melhor suas razões e as dos outros, vivenciando o prazer de

se expressar;

XXII. Participar de discussões a partir de impressões ou opiniões enfocando

detalhes, dúvidas, vocábulos, realizando analogias com outras obras, etc.

XXIII. Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,

acontecimentos, eventos, textos lidos ( literários ou informativos), programa de TV, filmes,

entrevistas, etc);

XXIV. Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas

contemporâneas, filmes, programas, etc);

XXV. Criação ( histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc);

a) No que se refere às atividades da fala:

• clareza na exposição de ideias,

• sequência na exposição de ideias;

• objetividades na exposição de ideias;

• consistência argumentativa na exposição de ideias,

• adequação vocabular.

b) No que se refere à fala do outro:

- reconhece as interações e objetivos;

- julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e

consistência argumentativa.

c) No que se refere ao domínio da norma padrão:

• concordância verbal e nominal;

• regência verbal e nominal

• conjugação verbal

• emprego de pronomes, advérbios, conjunções;

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PRÁTICA DA LEITURA

XXVI. Contatar uma ampla variedade de textos, para familiarizar-se com os

diferentes textos produzidos em diferentes práticas sociais (notícias, crônicas, piadas,

poemas, artigos científicos, romances, contos, etc.), percebendo em cada gênero textual

a presença de sujeitos históricos e de intencionalidade em escolhas lexicais.

XXVII. Realizar leitura de linguagens não-verbais (propagandas, outdoors, fotos,

figuras...).

XXVIII. Compreender e analisar obras apresentadas, dialogando com o texto

(memória, intersubjetividade, fruição, intertextualidade).

XXIX. Observar a incompletude dos textos, os vazios que eles apresentam

(aspectos implícitos, inferências, pressupostos, subentendimentos) que devem ser

preenchidos pelo leitor.

XXX. Observar as características textuais: narração, descrição, dissertação,

atentando-se para o fato que esses tipos textuais desdobram-se em uma infinidade de

gêneros textuais materializados nos diversos textos, que circulam na sociedade,

cumprindo com uma determinada função social.

XXXI. Trabalhar a sequência lógica do raciocínio, praticando o silogismo:

introdução, desenvolvimento e conclusão.

XXXII. Ouvir músicas, filmes e realizar análise dos mesmos.

XXXIII. Realizar leitura (oral/silenciosa) de textos diversos, observando atenção,

ritmo, entonação, fluência, compreensão, pronúncia, dicção, clareza, objetividade,

argumentação, vocabulário adequado, criticidade.

XXXIV. Observar coesão e coerência na exposição das ideias lidas.

XXXV. Observar como se dão as representações diversas de ideias contidas em

textos diferenciados (através de desenhos, produções escritas, músicas, anedotas,

dramatizações...)

XXXVI. Sistematizar e ampliar o estudo da gramática observando, na leitura, a

estrutura e o funcionamento da língua, refletindo sobre as possibilidades de utilização

efetiva que ela oferece.

XXXVII. Realizar leitura por prazer, analisando e interpretando as ideias, tecendo

relações com sua vivência, aumentando cada vez mais sua leitura de mundo.

XXXVIII.Descobrir e desenvolver a sensibilidade, a imaginação e a agucidade a

partir das palavras e com as palavras.

XXXIX. prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.

126

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XL.textos que contemplem o disposto na lei 10.639/03, sob um enfoque crítico.

XLI. No que se refere à interpretação:

*Identificar as ideias básicas apresentadas no texto,

*Reconhecer no texto as suas especificidades ( texto narrativo ou informativo),

*Identificar o processo e o contexto de produção,

*Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas-,

*Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;

*Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema: o

mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em época

diferentes, ou sob perspectivas diferentes).

d) No que se refere à análise de textos lidos:

*avaliar o nível argumentativo;

*avaliar o texto na perspectiva da unidade temática.

*avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos

coesivos).

e) No que se refere à mecânica da leitura:

* ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e

sua relação com os sinais de pontuação.

PRÁTICA DA ESCRITA

XLII. Estabelecer relações interpessoais, alterando representações da realidade e

da sociedade e suas ações.

XLIII. Levar em conta, na produção textual, a relação pragmática entre o uso e o

aprendizado da língua, percebendo o texto como elo de interação social e os gêneros

como construções coletivas, percebendo a escrita como formadora de subjetividades.

XLIV. Compreender e analisar obras apresentadas, dialogando com o texto e

sobre o texto.

XLV. Diferenciar os tipos de textos, observando suas características: narração,

descrição, dissertação.

XLVI. Trabalhar a sequência lógica do raciocínio, praticando introdução,

desenvolvimento e conclusão.

127

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XLVII. Representar diversas ideias em textos diferenciados (através de desenhos,

produções, diálogos, anedotas, dramatizações...)

XLVIII.Utilizar as variantes linguísticas individuais e coletivas, adaptando-as às

situações específicas.

XLIX. Perceber o texto como resposta a uma intenção e a uma situação na qual

deve posicionar-se como sujeito, em uma determinada circunstância/esfera de situação,

tendo seu texto como elo de interação, pleno de expectativa responsivas ativas por parte

de seus possíveis leitores.

L. Usar o conhecimento literário para o estudo e criação de produções próprias.

LI. Desenvolver a capacidade de escrever enredos e personagens como autor e

como leitor, reconhecendo recursos utilizados no texto.

LII. Elaborar suas próprias ideias, expondo sua maneira de ver o mundo e de

estruturar sua vida, desenvolvendo sua capacidade dissertativa de pensar e de escrever

de modo coeso e coerente, de forma expressiva e individual.

LIII. Expor fatos do cotidiano, expor avisos em murais, recados, convites.

LIV. Observar nas produções textuais o silogismo: introdução, desenvolvimento e

conclusão.

LV.Saber fazer paragrafação, uso de letras maiúsculas e minúsculas, pontuação...

f) No que se refere à produção de textos:

* produção de textos: ficcionais (narrativos), informativos e dissertativos.

g) No que se refere ao conteúdo:

*clareza

*coerência

h)No que se refere à estrutura:

*processo de coordenação e subordinação na construção das orações

*uso de recurso coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.),

*a organização de parágrafos

* pontuação

i) No que se refere à expressão:

* adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, etc.)

j) No que se refere à organização gráfica dos textos:

* ortografia

128

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* acentuação

* recursos gráficos-visuais (margem, título, etc.)

k) No que se refere o aspectos da gramática tradicional:

* reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos de coesão e

coerência.

* conectividade sequencial e a estruturação temática.

* refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto, objeto

indireto e predicativo,

* reconhecer as categorias sintéticas - os constituintes: sujeito e predicado, núcleo

e especificadores.

* a posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão,

* a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;

* a sintagma verbal nominal e sua flexão-,

* a complementação verbal- verbos transitivos e intransitivos,

* as sentenças simples e complexas;

*a adjunção;

*a coordenação e a subordinação

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Possenti (1999) simplifica definição de gramática como a noção de conjunto de

regras: as que devem ser seguidas; as que são seguidas e as regras que o falante

domina. Os três tipos básicos de gramática mais ligados às questões pedagógicas:

a) gramática normativa: regras que devem ser seguidas e obedecidas. O domínio

das regras dá a ilusão que o falante emprega a variedade padrão. Prioriza a forma escrita,

apresentando uma forma considerada culta da língua. Aparece nas gramáticas e nos

livros didáticos.

b) gramática descritiva: conjunto de regras que são seguidas, não se atém a

modalidade escrita ou padrão, mas à descrição das variantes linguísticas a partir do seu

uso. Prefere a manifestação oral da língua, possui maior mobilidade.

c) gramática internalizada: é o conjunto de regras dominado pelo falante, tanto a

nível fonético como sintático e semântico. Possibilita o entendimento entre os falantes de

uma mesma língua.

Considerando a interlocução como ponto de partida do estudo do próprio texto, os

conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir dos seus aspectos funcionais na

129

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constituição da unidade de sentido dos enunciados. Devemos considerar não só a

gramática normativa, mas também as outras: a descritiva e a internalizada, no processo

de ensino da Língua Portuguesa.

RECURSOS DIDÁTICOS

• TV pendrive;

• Paraná Digital;

• Livro didático;

• Livros literários;

• Jornais, revistas, gibis, etc.;

5. DVD;

6. Aparelho de som;

7. Lousa e giz;

8. Mapas;

9. Material xerocopiado;

10. Multimídia;

• Gravador;

• Ou-

tros

.

LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Tem a finalidade em si mesma, sem prestar-se ao ensino gramatical. Cabendo ao

professor interagir entre a obra e o leitor, resgatar o leitor de sua “passividade”, valorizar

obra, autor e leitor, despertar o gosto pela leitura e o hábito de ler, socializar a leitura em

sala, privilegiar a leitura/fruição.

Observação: A escola conta com sala de recursos, para os alunos que porventura

tenham apresentado defasagem de aprendizagem. Nesse contexto o professor apresenta

seu plano de trabalho docente e suas propostas para melhor desenvolvimento do aluno

em sala.

CONTEÚDOS BÁSICOS – 6ºANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais

de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de

acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o

Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e

com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

Sugestão de gêneros a serem trabalhados:

Esferas sociais de Circulação cotidiana

130

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• Adivinhas;

• Álbum de família;

• Anedotas;

• Bilhetes;

• Cantigas de Roda;

• Carta pessoal;

• Cartão;

• Cartão Postal;

• Causos;

• Comunicado;

• Convites;

• Diários;

• Exposição Oral;

• Fotos;

• Músicas;

• Parlendas;

• Piada;

• Provérbios;

• Quadrinhas;

• Receitas;

• Relatos de Experiências vividas;

• Trava-Línguas.

Esferas sociais de Circulação Literatura/Artística

• Autobiografia;

• Letras de Músicas;

• Bibliografias;

• Narrativas de Aventura;

• Contos;

• Narrativas de Enigma;

• Contos de fada;

131

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• Narrativas de Ficção Científica;

• Contos de Fadas Contemporâneos;

• Narrativas de Humor;

• Narrativas de Terror;

• Escultura;

• Narrativas Fantásticas;

• Fábulas;

• Narrativas Místicas;

• Fábulas Contemporâneas;

• Paródias;

• Haicai;

• Pinturas;

• Histórias em Quadrinhos;

• Poemas;

• Lendas;

Esferas sociais de Circulação escolar

• Relato Histórico;

• Cartazes;

• Relatório;

• Júri Simulado;

• Mapas;

• Palestra;

• Pesquisas;

• Verbetes de Enciclopédias.

Esferas sociais de Circulação Imprensa

• Agenda Cultural;

• Fotos;

• Anúncio de Emprego;

• Horóscopo;

132

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• Infográfico;

• Caricatura;

• Mapas;

• Carta do Leitor;

• Charge;

• Reportagens;

• Classificados;

• Tiras;

• Entrevista (oral e escrita).

Esferas sociais de Circulação Publicitária

• Anúncio;

• Músicas;

• Caricatura;

• Paródia;

• Cartazes;

• Placas;

• Comercial para TV;

• Publicidade Comercial;

• E-mail;

• Publicidade Institucional;

• Folder;

• Fotos;

• Slogan;

Esferas sociais de Circulação Política

• Abaixo assinado;

• Assembleia;

• Discurso Político “de Palanque”;

• Carta de Reclamação;

• Manifesto;

• Carta de Solicitação;

133

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• Mesa Redonda;

• Debate;

• Panfleto.

Esferas sociais de Circulação Jurídica

• Estatutos;

• Constituição Brasileira;

• Leis;

• Declaração de Direitos;

• Regimentos;

Esferas sociais de Circulação Produção de Consumo

• Bulas;

• Regras de Jogo;

• Manual Técnico;

• Rótulos/Embalagens;

• Placas.

Esferas sociais de Circulação Midiática

• Blog;

• Reality Show;

• Chat;

• Desenho Animado;

• Talk Show;

• Telejornal;

• E-mail;

• Telenovelas;

• Entrevista;

• Torpedos;

• Filmes;

134

Page 136: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Vídeo Clip;

• Fotoblog;

• Home Page;

• Vídeo Conferência.

ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• lnformatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de

linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

* Vários gêneros textuais

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Argumentos do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de

linguagem.

135

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ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos:entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão,coerência, gírias, repetição, recursos,semânticos.

CONTEÚDOS BÁSICOS – 7ºANO

Sugestão de gêneros a serem trabalhados:

Esferas sociais de Circulação cotidiana

• Adivinhas;

• Álbum de família;

• Anedotas;

• Bilhetes;

• Cantigas de Roda;

• Carta pessoal;

• Cartão;

• Cartão Postal;

• Causos;

• Comunicado;

• Convites;

• Diários;

• Exposição Oral;

• Fotos;

• Músicas;

• Parlendas;

136

Page 138: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Piada;

• Provérbios;

• Quadrinhas;

• Receitas;

• Relatos de Experiências vividas;

• Trava-Línguas.

Esferas sociais de Circulação Literatura/Artística

• Autobiografia;

• Letras de Músicas;

• Bibliografias;

• Narrativas de Aventura;

• Contos;

• Narrativas de Enigma;

• Contos de fada;

• Narrativas de Ficção Científica;

• Contos de Fadas Contemporâneos;

• Narrativas de Humor;

• Narrativas de Terror;

• Escultura;

• Narrativas Fantásticas;

• Fábulas;

• Narrativas Místicas;

• Fábulas Contemporâneas;

• Paródias;

• Haicai;

• Pinturas;

• Histórias em Quadrinhos;

• Poemas;

• Lendas;

• Literatura de Cordel;

137

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• Tankas;

Esferas sociais de Circulação escolar

• Ata;

• Relato Histórico;

• Cartazes;

• Relatório;

• Debate Regrado;

• Júri Simulado;

• Mapas;

• Palestra;

• Pesquisas;

• Verbetes de Enciclopédias.

Esferas sociais de Circulação Imprensa

• Agenda Cultural;

• Fotos;

• Anúncio de Emprego;

• Horóscopo;

• Infográfico;

• Caricatura;

• Mapas;

• Cartum;

• Notícia;

• Charge;

• Reportagens;

• Classificados;

• Tiras;

• Entrevista (oral e escrita).

Esferas sociais de Circulação Publicitária

138

Page 140: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

- Anúncio;

- Músicas;

- Caricatura;

- Paródia;

- Cartazes;

- Placas;

- Comercial para TV;

- Publicidade Comercial;

- E-mail;

- Folder;

- Fotos;

- Texto Político;

- Slogan;

Esferas sociais de Circulação Política

- Abaixo assinado;

- Debate Regrado;

- Assembléia;

- Discurso Político “de Palanque”;

- Carta de Reclamação;

- Manifesto;

- Carta de Solicitação;

- Mesa Redonda;

- Debate;

- Panfleto.

Esferas sociais de Circulação Jurídica

• Boletim de Ocorrência;

• Estatutos;

• Constituição Brasileira;

• Leis;

Contra Sugestão de gêneros a serem trabalhados:

139

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Esferas sociais de Circulação Produção de Consumo

• Bulas;

• Regras de Jogo;

• Manual Técnico;

• Rótulos/Embalagens;

• Placas.

Esferas sociais de Circulação Midiática

• Blog;

• Reality Show;

• Chat;

• Desenho Animado;

• Talk Show;

• Telejornal;

• E-mail;

• Telenovelas;

• Entrevista;

• Torpedos;

• Filmes;

• Vídeo Clip;

• Fotoblog;

• Home Page;

• Vídeo Conferência.

• Ofício;

• Declaração de Direitos;

• Depoimentos;

• Regimentos;

• Discurso e Acusação;

• Regulamentos;

• Discurso de Defesa;

140

Page 142: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Requerimentos.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Ambiguidade;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

141

Page 143: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Tema do texto;

* Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação,pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição;

• Semântica.

CONTEÚDOS BÁSICOS – 8ºANO

Sugestão de gêneros a serem trabalhados:

Esferas sociais de Circulação cotidiana

• Anedotas;

• Carta pessoal;

• Cartão;

• Cartão Postal;

• Causos;

• Comunicado;

• Exposição Oral;

• Fotos;

• Músicas;

• Parlendas;

• Piada;

• Provérbios;

• Relatos de Experiências vividas;

Esferas sociais de Circulação Literatura/Artística

• Autobiografia;

• Letras de Músicas;

• Bibliografias;

142

Page 144: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Contos;

• Narrativas de Enigma;

• Narrativas de Ficção Científica;

• Narrativas de Humor;

• Crônicas de Ficção;

• Narrativas de Terror;

• Escultura;

• Paródias;

• Haicai;

• Pinturas;

• Histórias em Quadrinhos;

• Poemas;

• Lendas;

• Romances;

• Literatura de Cordel;

• Tankas;

• Memórias;

• Textos Dramáticos.

Esferas sociais de Circulação escolar

• Relato Histórico;

• Cartazes;

• Relatório;

• Debate Regrado;

• Relatos de Experiências Científicas;

• Diálogo/Discussão Argumentativa;

• Exposição Oral Resumo;

• Júri Simulado;

• Mapas;

• Texto de Opinião;

• Palestra;

143

Page 145: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Pesquisas;

• Verbetes de Enciclopédias.

Esferas sociais de Circulação Imprensa

• Agenda Cultural;

• Fotos;

• Anúncio de Emprego;

• Horóscopo;

• Artigo de Opinião;

• Infográfico;

• Caricatura;

• Manchete;

• Carta ao Leitor;

• Mapas;

• Carta do Leitor;

• Mesa Redonda;

• Cartum;

• Notícia;

• Charge;

• Reportagens;

• Classificados;

• Editorial;

• Tiras;

• Entrevista (oral e escrita).

Esferas sociais de Circulação Publicitária

• Anúncio;

• Músicas;

• Caricatura;

• Paródia;

• Cartazes;

• Placas;

• Comercial para TV;

144

Page 146: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Publicidade Comercial;

• E-mail;

• Publicidade Institucional;

• Folder;

• Publicidade Oficial;

• Fotos;

• Texto Político;

• Slogan;

Esferas sociais de Circulação Política

17- Abaixo assinado;

18- Debate Regrado;

19- Assembléia;

20- Discurso Político “de Palanque”;

21- Carta de Reclamação;

22- Manifesto;

23- Carta de Solicitação;

24- Mesa Redonda;

25- Debate;

26- Panfleto.

Esferas sociais de Circulação Jurídica

• Boletim de Ocorrência;

• Estatutos;

• Constituição Brasileira;

• Leis;

• Contrato;

• Ofício;

• Declaração de Direitos;

• Procuração;

• Depoimentos;

• Regimentos;

• Discurso e Acusação;

145

Page 147: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Regulamentos;

• Discurso de Defesa;

• Requerimentos.

Esferas sociais de Circulação Produção de Consumo

• Bulas;

• Regras de Jogo;

• Manual Técnico;

• Rótulos/Embalagens;

• Placas.

Esferas sociais de Circulação Midiática

• Blog;

• Reality Show;

• Chat;

• Desenho Animado;

• Talk Show;

• Telejornal;

• E-mail;

• Telenovelas;

• Entrevista;

• Torpedos;

• Filmes;

• Vídeo Clip;

• Fotoblog;

• Home Page;

• Vídeo Conferência.

LEITURA

Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto;

• Argumentos do texto; Contexto de produção;

• Intertextualidade;

146

Page 148: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

* Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido figurado;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• lntertextualidade; Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Concordância verbal e nominal;

• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- sentido figurado;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE• Conteúdo temático;

• Finalidade;

147

Page 149: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas,(lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

CONTEÚDOS BÁSICOS – 9ºANO

Sugestão de gêneros a serem trabalhados:

Esferas sociais de Circulação cotidiana

• Anedotas;

• Carta pessoal;

• Cartão;

• Cartão Postal;

• Causos;

• Comunicado;

• Exposição Oral;

• Fotos;

• Músicas;

• Parlendas;

• Piada;

• Provérbios;

• Relatos de Experiências vividas;

Esferas sociais de Circulação Literatura/Artística

• Autobiografia;

• Letras de Músicas;

148

Page 150: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Bibliografias;

• Contos;

• Narrativas de Enigma;

• Narrativas de Ficção Científica;

• Narrativas de Humor;

• Crônicas de Ficção;

• Narrativas de Terror;

• Escultura;

• Paródias;

• Haicai;

• Pinturas;

• Histórias em Quadrinhos;

• Poemas;

• Lendas;

• Romances;

• Literatura de Cordel;

• Tankas;

• Memórias;

• Textos Dramáticos.

Esferas sociais de Circulação escolar

• Ata;

• Relato Histórico;

• Cartazes;

• Relatório;

• Debate Regrado;

• Relatos de Experiências Científicas;

• Diálogo/Discussão Argumentativa;

• Resenha;

• Exposição Oral Resumo;

• Júri Simulado;

• Seminário;

149

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• Mapas;

• Texto de Opinião;

• Texto Argumentativo;

• Palestra;

• Pesquisas;

• Verbetes de Enciclopédias.

Esferas sociais de Circulação Imprensa

• Agenda Cultural;

• Fotos;

• Anúncio de Emprego;

• Horóscopo;

• Artigo de Opinião;

• Infográfico;

• Caricatura;

• Manchete;

• Carta ao Leitor;

• Mapas;

• Carta do Leitor;

• Mesa Redonda;

• Cartum;

• Notícia;

• Charge;

• Reportagens;

• Classificados;

• Crônica Jornalística;

• Sinopses de Filmes;

• Editorial;

• Tiras;

• Entrevista (oral e escrita).

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Esferas sociais de Circulação Publicitária

• Anúncio;

• Músicas;

• Caricatura;

• Paródia;

• Cartazes;

• Placas;

• Comercial para TV;

• Publicidade Comercial;

• E-mail;

• Publicidade Institucional;

• Folder;

• Publicidade Oficial;

• Fotos;

• Texto Político;

• Slogan;

Esferas sociais de Circulação Política

• Abaixo assinado;

• Debate Regrado;

• Assembléia;

• Discurso Político “de Palanque”;

• Carta de Reclamação;

• Manifesto;

• Carta de Solicitação;

• Mesa Redonda;

• Debate;

• Panfleto.

Esferas sociais de Circulação Jurídica

• Boletim de Ocorrência;

• Estatutos;

151

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• Constituição Brasileira;

• Leis;

• Contrato;

• Ofício;

• Declaração de Direitos;

• Procuração;

• Depoimentos;

• Regimentos;

• Discurso e Acusação;

• Regulamentos;

• Discurso de Defesa;

• Requerimentos.

Esferas sociais de Circulação Produção de Consumo

• Bulas;

• Regras de Jogo;

• Manual Técnico;

• Rótulos/Embalagens;

• Placas.

Esferas sociais de Circulação Midiática

• Blog;

• Reality Show;

• Chat;

• Desenho Animado;

• Talk Show;

• Telejornal;

• E-mail;

• Telenovelas;

• Entrevista;

• Torpedos;

• Filmes;

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• Vídeo Clip;

• Fotoblog;

• Home Page;

• Vídeo Conferência.

LEITURA

Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Discurso ideológico presente no texto;;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Semântica:

• - operadores argumentativos;

- polissemia;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

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• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- polissemia.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

AVALIAÇÃO

Deve ser compreendida como um processo contínuo e diagnóstico.

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Critérios de Avaliação

Quando se conhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a

avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor pistas

concretas do caminho que o aluno está trilhando, para aprimorar sua capacidade

linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita, considerando-se a

avaliação média aritmética.

Uma avaliação que considere ritmos e processos de aprendizagens diferentes nos

estudantes, porém que ele tenha condições de acompanhar o conteúdo da série. Que a

avaliação na sua condição de contínua e diagnóstica, aponte as dificuldades, possibilite

que a intervenção pedagógica aconteça , informando os sujeitos do processo (professor e

alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem decisões.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da

adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num debate, numa

troca informal de ideias, numa contação de história, as exigências de adequação da fala

são diferentes, e isso deve ser considerado numa análise da produção oral dos

estudantes. Porém é necessário, também, que o aluno se posicione como avaliador de

textos orais com os quais convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos,

etc) e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado

esperado.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os alunos empregaram

no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído para o texto, sua

reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa

considerar as diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.

Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação

do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. A partir

daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como

na oralidade, o aluno precisa posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam

quanto de seu próprio texto.

Já a avaliação média aritmética será realizada ao final de um programa, é usada

para definir uma nota. Como forma de avaliação, serão utilizadas provas escritas e

trabalhos escritos em sala de aula com datas pre-estabelecidas. Os alunos que não

dominam um conteúdo têm direito a uma recuperação paralela, onde o conteúdo é

trabalhado novamente e é dada outra avaliação para definir e recuperar o conteúdo que

não foi dominado.

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Em relação ao atendimento às necessidades educacionais especiais, deve-se

garantir aos alunos surdos, o apoio na comunidade escolar o ensino, o uso, e a difusão

de Libras ofertada em cursos à professores, alunos, funcionários da escola e familiares;

deve-se adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda língua,

na correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo

singularidade linguística manifestada no aspecto formal de Língua Portuguesa;

desenvolver e adotar mecanismos alternativos para avaliação de conhecimentos

expressos em Libras, desde que devidamente registrados em vídeo e outros meios

eletrônicos e tecnológicos.

Com relação aos alunos com necessidades especiais, de acordo com a dificuldade,

deve acontecer uma avaliação individual e diferenciada, adequada ao aluno.

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

Em cumprimento a Lei Federal n. 10.639/2003, que defende a obrigatoriedade do

ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, especialmente nas disciplinas de

Língua Portuguesa,História e Artes no espaço escolar, a disciplina de Língua Portuguesa

pretende cumprí-la enfatizando, especialmente, à educação das relações étnico-raciais,

durante toda a prática pedagógica. De forma que em casos de racismo, discriminação e

preconceitos ocorridos dentro do espaço escolar (durante ou não a aula de Língua

Portuguesa) serão fios condutores para uma conversa, com o objetivo de esclarecer a

participação de várias raças na formação do povo.

Ainda com o objetivo de cumprir a LF n.º 10.639/2003, serão desenvolvidas

outras atividades relacionadas à História e Cultura Afro-brasileira e Africana,

abordando também aspectos folclóricos e históricos:

5. Realizar com os alunos estudos e pesquisas de países que falam a língua portu-

guesa. O que os une? Quais as razões? Atualmente como estão esses países? Qual a

composição étnica? Apurar as diferenças do português falado e escrito entre eles.

Exemplos:

- Na alimentação: vatapá, acarajé, caruru, canjica, etc.

- Na música: instrumentos musicais maracá, cuíca, atabaque, reco-reco, agogô

- Na religião: umbanda e candomblé.

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6. Após leitura e pesquisa sobre temas relacionados à temática “Racismo, discrimi-

nação e preconceito”, propor debates e posterior produção textual a partir de temas como:

7. O racismo no Brasil;

8. A presença do negro na mídia

9. Políticas de ação-afirmativa (cotas, por exemplo).

10.Mercado de trabalho, etc.

11. Analisar implicações da carga pejorativa ao termo negro e outras expressões do

vocabulário.

12.Fazer leitura de imagens que evidenciem o racismo e o preconceito embutidos

na sociedade brasileira. Aprofundar as discussões verificando quais grupos sociais benefi-

ciam-se e quais são prejudicados por aquelas imagens; a ideologia do ilustrador e de que

forma esta ideologia foi construída (de modo que os alunos percebam que o nosso modo

de ver o outro é construído lentamente no decorrer de nossas vidas, sem que possamos

nos dar conta).

13.Realizar com os alunos estudos de obras literárias de escritores negros como

Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis, Solano Trindade, etc., destacando a con-

tribuição do povo negro à cultura nacional.

14.Utilizar pesquisas e revistas produzidas pela comunidade negra deste municí-

pio.

15.Ler e interpretar letras de músicas relacionadas à questão racial;

16.Realizar estudos de obras brasileiras que discutam e abordem questões relacio-

nadas à cultura afro-brasileira: Macunaíma, Mário de Andrade; Casa Grande e Senzala,

Gilberto Freire; O Escravo, Castro Alves; Sermões do Padre Antônio Vieira; A Cidade de

Deus, Paulo Lins; Aluísio Azevedo; O Bom Crioulo, Adolfo Caminha.

17.Leitura e interpretação: textos e obras literárias produzidas por negros como:

Luis Gama, Lima Barreto, Castro Alves, Machado de Assis, Carolina Maria de Jesus,

Francisco Solano Trindade, João da Cruz e Souza, Elisa Lucinda e outros.

18.Trabalho com diferentes gêneros textuais, inclusive o de leis (Constituição Fede-

ral, Código Penal).

19.Confecção de cartazes contemplando todas as raças/etnias.

20.Expressão oral;

• Literatura negra africana de expressão portuguesa: angola, Cabo Verde,

Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe.

• Introdução à literatura africana de expressão Portuguesa.

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• Trabalhar a influência dos fatores africanos no Brasil, incorporados no

nosso vocabulário (tiquinho, baia, balela, bode, banda, tocaia, capoeira, batuque,

ginga, samba, mochila, quitutes, entre outras centenas de palavras).

• Trabalho com lendas africanas e histórias que tratem de diversidade;

• Trabalhos com o livro: “Menina Bonita do Laço de Fita” (Ana Maria Ma-

chado).

BIBLIOGRAFIA

BAKHTIN,M Marxismo e Filosofia da Linguagem. Trad. De Michel Lahud e Yara

Frateschi. São Paulo: Hucitec, 1986.

CASTRO, Gilberto de: FARACO, Carlos Alberto: TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos com

Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 200.

FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua

organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta

para os que vivem do trabalho. 3ª ed. São Paulo:Cortez, 2002.

MEC/SEB/Departamento de Políticas de Ensino Médio. Orientações Curriculares do

Ensino Médio. Brasília, 2004.

GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W. (org).

O texto na sala de aula. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1997.

KOCH, Ingedore: TRAVAGLIA, Luiz C. A coesão textual. 3ª ed. São Paulo:Contexto,

1991.

LAJOLO, Marisa, O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

____. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 5ª edição. São Paulo: Ática, 1991.

POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4 ed. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996.

LÍNGUA PORTUGUESA

158

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ENSINO MÉDIO

1- Apresentação da Disciplina

As colônias de Portugal tornaram-se independentes – o Brasil no séc. XIX, as

demais no séc. XX – mas a língua de comunicação foi mantida e é hoje oficial em 8

nações independentes do mundo: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde,

Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

A história da nossa língua tem início no séc. XIII, por ser esse o momento em que

lhe aparecem registros escritos. Antes disso, porém, é possível assinalar dois estágios de

sua evolução: uma pré-história, quando o idioma, embora falado, não é documentado; e

uma proto-história, época em que as primeiras palavras do português surgem, por

exemplo, em textos do baixo-latim e do latim cartorial, na Idade Média. (COSTA, 2006)

Em relação à ortografia, o período histórico abrange três ciclos: o da ortografia

fonética (do séc. XIII ao séc. XVI), o ciclo pseudoetimológico (do séc. XVII até 1904) e

fase simplificada (dessa data até hoje).

A unificação da ortografia – é oportuno lembrar – não implica a uniformização ou

unificação da língua em qualquer de seus aspectos (vocabulário, construção gramatical,

pronúncia). As variedades de uso fazem parte da língua e jamais estão sujeitas aos

efeitos de atos normativos emanados de qualquer autoridade pública. E mesmo no âmbito

do Acordo Ortográfico, embora as regras ortográficas sejam as mesmas para todos os

países que o assinam, passa-se a admitir, em certos casos, duplas grafias

correspondentes à diferença das normas cultas de pronúncia do português.

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os currículos

escolares brasileiros somente nas últimas décadas do séc. XIX. No entanto, a

preocupação com a formação do professor dessa disciplina se iniciou nos anos 30.

A Reforma Pombalina, em 1759, impôs a Língua Portuguesa como idioma-base do

ensino, entre outras medidas que visavam à modernização do sistema educacional, a

cargo dos jesuítas por mais de dois séculos. Tal reforma era reflexo do Iluminismo, que

trazia em seu bojo ideias de reorganização da sociedade por meio de princípios racionais

decorrentes do cartesianismo e do empirismo do século XVII. A Língua Portuguesa passa,

então, com a Reforma Pombalina, a fazer parte dos conteúdos curriculares, mesmo assim

seguindo os moldes do ensino de Latim (LUZ-FREITAS, 2004, s/p).

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Ao ensino de Português vai se atribuindo o papel principal de representar a pátria,

refletindo o momento nacionalista da consolidação do Estado. Os objetivos desse ensino

revelam como intenção a necessidade de garantir a defesa do idioma bem como sua

expansão e seu prestígio.

Neste contexto de ensino de Língua Portuguesa no ambiente escolar justifica-se no

fato de que é por meio da linguagem que o homem se reconhece como ser humano, pois

ao comunicar-se com os outros homens e trocar experiências, certifica-se de seu

conhecimento do mundo e dos outros com quem interage. Isso permite a ele

compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel como sujeito social

(Bakhtin, 1999).

O trabalho com Língua Portuguesa possibilita a conscientização de que por meio

da linguagem, atribuímos sentidos ao mundo, que por intermédio dela influenciamos e

somos influenciados. Possibilita compreender a dimensão do processo comunicativo

como um mecanismo que por intermédio do qual se estabelecem relações de poder.

Pensar no ensino aprendizagem da Língua Portuguesa implica pensar também nas

contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da

contemporaneidade, pois, a rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a

percepção das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que

atravessam o campo social, constituindo-o e recebendo seus influxos, estão requerendo,

dos professores, uma mudança de posicionamento no que se refere a sua própria ação

pedagógica (BAKHTIN, 1992)

Na perspectiva de superação efetiva de postura dos docentes frente a mudanças, o

trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa/Literatura, considera o processo dinâmico

e histórico dos agentes na interação verbal, conforme reflexões do Círculo de Bakhtin a

respeito da linguagem, que ocorre tanto na constituição social da linguagem, quanto dos

sujeitos que por meio dela interagem. Nessa concepção de língua, o texto é visto como

lugar onde os participantes da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo

texto é assim, articulação de discursos, vozes que se materializam, é ato humano, é

linguagem em uso efetivo.

Nesse processo, os interlocutores vão construindo sentidos e significados ao longo

das suas trocas linguísticas, orais ou escritas. Tais sentidos e significados são

influenciados, também pelas relações que os interlocutores mantêm com a língua e entre

si, com o tema sobre o qual se fala ou escreve, ouve ou lê; pelos seus conhecimentos

prévios, atitudes e preconceitos; e pelo contexto social em que ocorre a interlocução.

160

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Considere-se, ainda, a perspectiva do multiletramento nas práticas a serem

adotadas na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, tendo em vista o papel de suporte

para todo o conhecimento exercido pela língua materna. As práticas da linguagem,

conforme Bakhtin (1992), nesse contexto, precisam ser compreendidas enquanto

fenômeno de uma interlocução viva, que perpassam todas as áreas do agir humano,

tendo como objeto de estudo da disciplina o discurso enquanto prática social.

2- Objetivo da disciplina:

O estudo de Língua Portuguesa no Ensino Médio destina-se a preparar o aluno

para lidar com a linguagem em suas diversas situações de uso e manifestações, inclusive

a estética, pois o domínio da língua materna revela-se fundamental ao acesso às demais

áreas do conhecimento. No entanto, é importante mostrar aos educandos que o

desenvolvimento do saber linguístico implica leitura compreensiva e crítica de textos

diversos, bem como, produção escrita em linguagem padrão, análise e manipulação da

organização estrutural da língua e percepção das diferentes linguagens como formas de

compreensão do mundo.

3- Conteúdos Estruturantes e Básicos da disciplina

3.1- CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

* Discurso como prática social

1º ANO

3.2 Conteúdos Básicos

Para as práticas de leitura, oralidade, escrita e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os seguintes gêneros discursivos:

- Artigo de opinião - Cartazes

- Crônicas - Palestras

- Contos - Pesquisas

- Narrativas (curtas e longas) - Texto argumentativo

- Fábulas - Resumo escolar

- Poemas e poesias - Carta ao/do leitor

- Haicai - Editorial

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- Biografias e autobiografias - Textos publicitários

- Provérbios - Constituição Brasileira

- Paródia - Declaração de Direitos

- Exposição oral - Estatutos

- Relatos de experiência vividas - Depoimentos

- Resenha - Placas

- Romances - Vídeo Clip

- História de humor - Entrevista

- Debate regrado - Letra de músicas

- Charge / Cartum / tiras - Manifesto

- Filmes, sinopse de filme - Reportagem

- Pinturas / esculturas - Notícia

LEITURA* Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intencionalidades

- ideologia

- informatividade

- situacionalidade

- marcas linguísticas

* Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

* Inferências

* As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal

e informal

* As vozes sociais presentes no texto

* Relações dialógicas entre textos

* Textos verbais, não verbais, midiáticos, etc.

* Gêneros literários

* História da língua portuguesa

* Estética do texto literário:

162

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- Trovadorismo

- Humanismo

- Classicismo

- Literatura de Informação

- Barroco

- Arcadismo

* Contexto de produção da obra literária

* Diálogo da literatura com outras áreas

ORALIDADE

* Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais.

- marcas linguísticas.

* Variedades linguísticas.

* Intencionalidade do texto

*Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação.

- turnos de fala.

* Particularidade de pronúncia de algumas palavras.

* Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições,

pausas...).

* Finalidade do texto oral.

* Materialidade fônica dos textos poéticos.

ESCRITA

* Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

* Argumentação

* Coesão e coerência textual

* Finalidade do texto

* Paragrafação

163

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* Paráfrase de textos

* Resumos

* Diálogos textuais

* Refacção textual

ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

* Fonologia

* Acentuação gráfica

* Crase

* Ortografia

* Conotação e denotação

* Funções da linguagem

* Estrutura e formação das palavras

* Figuras de linguagem

* Vícios de linguagem

* Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

* Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

* Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

* Semântica: o sentido da palavra no contexto

* Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto

* Progressão referencial no texto

* Gírias, neologismos, estrangeirismos

* A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

* Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

2º ANO

Conteúdos Básicos

Para as práticas de leitura, oralidade, escrita e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os seguintes gêneros discursivos:

- Artigo de opinião - Cartazes

- Crônicas - Palestras

- Contos - Pesquisas

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- Narrativas (curtas e longas) - Texto argumentativo

- Mesa-redonda - Resumo escolar

- Poemas e poesias - Biografias e autobiografias

- Vídeo Clip - Estatutos

- Diálogos - Constituição Brasileira

- Notícia - Declaração de Direitos

- Exposição oral e escrita - Depoimentos

- Entrevista ‘ - Reportagem

- Anúncio publicitário - Crítica (texto jornalítico)

- Editorial - Romances

- História de humor - Letra de músicas

- Charge / Cartum / tiras - Filmes, sinopse de filme

- Pinturas / esculturas - Texto dramático

LEITURA* Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intencionalidades

- ideologia

- informatividade

- situacionalidade

- marcas linguísticas

* Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

* Inferências

* As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal

e informal

* As vozes sociais presentes no texto

* Relações dialógicas entre textos

* Textos verbais, não verbais, midiáticos, etc.

* Estética do texto literário:

- Romantismo

- Realismo / Naturalismo

- Parnasianismo

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- Simbolismo

* Contexto de produção da obra literária

* Dialógico da literatura com outras áreas

ORALIDADE

* Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

* Variedades linguísticas

* Intencionalidade do texto

*Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

- turnos de fala

* Particularidade de pronúncia de algumas palavras

* Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições,

pausas...)

* Finalidade do texto oral

* Materialidade fônica dos textos poéticos

ESCRITA

* Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

* Argumentação

* Coesão e coerência textual

* Finalidade do texto

* Paragrafação

* Paráfrase de textos

* Resumos

* Diálogos textuais

* Refacção textual

166

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ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

* Classes gramaticais

* Sintaxe de colocação pronominal

* Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

* Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

* Termos da oração:

- essenciais

- integrantes

- acessórios

- vocativo

* Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

* Semântica: a aplicação da palavra no contexto

* Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto

* Progressão referencial no texto

* A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

* Recursos gráficos: aspas , travessão, negrito, hífen, itálico

* Gírias, neologismos, estrangeirismos

* Particularidades de grafia de algumas palavras

3º ANO

Conteúdos Básicos

Para as práticas de leitura, oralidade, escrita e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os seguintes gêneros discursivos:

- Artigo de opinião - Cartazes

- Crônica jornalística - Palestras

- Contos - Pesquisas

- Narrativas (curtas e longas) - Texto argumentativo

- Debate regrado - Texto dissertativo

- Poemas e poesias - Biografias e autobiografias

- Vídeo Clip - Diálogo/discussão

argumentativa

- Constituição Brasileira - Declaração de Direitos

- Resumo escolar - Depoimentos

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- Exposição oral - Seminário

- Reportagem - Anúncio publicitário

- Resenha crítica - Carta pessoal

- Filmes, sinopse de filme - Anedotas

- Romances - Curriculum vitae

- História de humor - Convites

- Piadas - Pinturas / esculturas

- Músicas - Júri Simulado

- Texto político - Assembleia

- Discurso de Acusação - Discurso de Defesa

- Charge / Cartum / tiras - Blog / fotoblog

LEITURA

* Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intencionalidades

- ideologia

- informatividade

- situacionalidade

- marcas linguísticas

* Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

* Inferências

* As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal

e informal

* As vozes sociais presentes no texto

* Relações dialógicas entre textos

* Textos verbais, não verbais, midiáticos, etc.

* Estética do texto literário:

- Pré-Modernismo

- Vanguardas européias

- Modernismo: 1ª, 2ª e 3ª. fase

- Pós-Modernismo

- Literatura contemporânea

168

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* Contexto de produção da obra literária

* Dialógico da literatura com outras áreas

ORALIDADE

* Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

* Variedades linguísticas

* Intecionalidade do texto

*Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

- turnos de fala

* Particularidade de pronúncia de algumas palavras

* Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições,

pausas...)

* Finalidade do texto oral

* Materialidade fônica dos textos poéticos

ESCRITA

* Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

* Argumentação

* Coesão e coerência textual

* Finalidade do texto

* Paragrafação

* Paráfrase de textos

* Resumos

* Diálogos textuais

• Refacção textual

ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

169

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* Sintaxe de colocação pronominal

* Crase

* Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

* Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

* Coordenação e subordinação nas orações do texto

* Procedimentos de concordância e regência verbal e nominal

* A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

* Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

* Gírias, neologismos, estrangeirismos

* Progressão referencial no texto

* Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

* Semântica: o sentido da palavra no contexto

* Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto.

* Particularidades de grafia de algumas palavras

* Vícios de linguagem

4 - Encaminhamento Metodológico

O conteúdo estruturante discurso como prática social desmembra-se em outros

conjuntos de saberes necessários à comunicação humana, formal e informal, quais sejam

a oralidade, a leitura, a escrita e a análise linguística, que compõem um conjunto de

conhecimentos que irão identificar e organizar a disciplina de Língua Portuguesa. A partir

deles estão articulados os conteúdos específicos que serão trabalhados no cotidiano da

escola, partindo da prática social e dos múltiplos discursos que se consolidam nos

diferentes contextos e entre os diferentes interlocutores. Assim é que, entende-se que os

discursos são organizados no processo de interlocução, mediados pelas condições

concretas em que se encontram inseridos os interlocutores. Compreender esse processo

de construção na sua concretude é um dos desafios que se impõem ao encaminhamento

metodológico da disciplina de Língua Portuguesa.

Nas práticas discursivas estarão presentes os conceitos oriundos da linguística, da

sociolinguística, da semiótica, dos estudos literários, da semântica, da morfologia, da

sintaxe, da fonologia, da análise do discurso e das gramáticas normativa e descritiva que

aprimorarão a competência linguística dos estudantes. Assim, considerando a

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interlocução como ponto de partida do estudo do próprio texto, os conteúdos gramaticais

são estudados a partir dos seus aspectos funcionais, na constituição da unidade de

sentido dos enunciados.

Nesse processo metodológico de ensino da língua Portuguesa é inerente ressaltar

o trabalho com a pesquisa, a produção e re-estruturação textual, o debate, a oratória, a

leitura, desenvolvimento do projeto “hora da leitura”, produção, exposição e declamação

de poesias, a dança com apresentações sobre a cultura Afro – Dia da Consciência Negra

– dentre outras atividades que poderão ser organizadas no âmbito escolar. Assim como,

os demais projetos desenvolvidos pelos respectivos professores na escola.

ORALIDADE

• Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,

acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas de TV, filmes,

entrevistas, etc.);

• Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas,

filmes, programas, etc;

• Criação: histórias, contos, quadrinhas, piadas, músicas, paródias, adivinhações,

etc;

• Apresentação: poesias de textos diversos, oratória - observando os aspectos da

oralidade: dicção, entonação, ritmo, teatro (atuação, figurino, cenário).

LEITURA

• Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos;

• Textos da cultura afro;

• Leituras de contos, crônicas e romances, livros de poesias, artigos de opinião, textos

jornalísticos, gibis, etc;

• Apresentação de obras com o objetivo de fixar a leitura e compreender o contexto,

através da oralidade ou em forma de dramatização.

• Leituras direcionadas a Educação Popular do Campo, com diversos textos referentes

ao campo e ao meio ambiente, de acordo com a realidade do aluno.

ESCRITA

171

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• Produção de textos: poesias, fábulas, ficcionais (narrativos), informativos e

dissertativos;

• Criação: histórias, paródias, textos jornalísticos, artigo de opinião, cartas, ao

leitor, e-mails, notícias, reportagens, piadas, produção de livros, etc.

A disciplina de Língua Portuguesa propõe-se a trabalhar textos da mídia (local,

regional ou nacional), enfocando problemáticas pertinentes à discussão de cada

momento, através de leituras, discussões, produções escritas referentes a temáticas

discutidas e estudadas.

Para o desenvolvimento e execução dos projetos apresentados na sequencia, a

disciplina envolverá os três eixos norteadores: oralidade, leitura e escrita, fazendo-se uso

de recursos: filmes, mídia, textos, músicas, TV pendrive, jornais, revistas, internet e outros

recursos midiáticos.

4.1 - Projetos desenvolvidos na escola:

Oratória

Este projeto visa desenvolver a oratória, fazendo com que os alunos possam se

desinibir, criando habilidade e perdendo o medo de falar em público, facilitando a

comunicação em sala de aula, nas apresentações de trabalhos em sala e nas

atividades/apresentações desenvolvidas pela escola, bem como seu desenvolvimento

intelectual e linguístico ao longo de sua vida.

Busca motivar o aluno para participar de atividades na sala de aula, na escola e

fora do contexto escolar, principalmente na Oratória, vez que é de extrema importância

para o desenvolvimento da capacidade intelectual, pois o aluno terá de estudar para

poder falar a respeito do tema proposto, além do conhecimento científico para defender a

temática proposta.

Hora da Leitura

Com este projeto no âmbito escolar propõe-se incentivar a leitura por prazer e

facilitar o acesso aos livros.

A Hora da Leitura será realizada quinzenalmente e de forma interdisciplinar.

Organizado e acordado com a coordenação, direção e a comunidade escolar.

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• Desenvolver o hábito e o gosto da leitura, conscientizando os educandos da

importância da leitura dos diversos tipos de textos.

• Proporcionar o acesso a contos, poesias, histórias e fazer com que os educandos

sejam frequentadores de bibliotecas.

5 – AvaliaçãoA avaliação do processo ensino-aprendizagem em Língua Portuguesa será um

processo de aprendizagem contínua e dará prioridade a qualidade e ao desempenho do

aluno ao longo do ano letivo, e assume a intencionalidade de:

I – Instrumentos:

Através de observações diárias e de instrumentos variados como:

- Provas

- Testes

- Produção textual

- Participação individual e em grupo

- Tarefas

- Apresentações de trabalhos

- Leituras

- Atividades extraclasse.

II – Critérios:

- Compreender que a fala e a escrita dentro das normas gramaticais não são as

únicas manifestações da língua, mas uma dentre as suas muitas variedades. Ela é

esperada em situações de fala e, principalmente, na maior parte das práticas de escrita

do aluno;

- Aferir o aluno, tendo em vista a capacidade linguística e discursiva em práticas de

oralidade, leitura e escrita, considerando-se a forma percentual para a obtenção da nota

semestral.

ORALIDADE

• Será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações;

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• Clareza na exposição de ideias;

• Adequação vocabular.

LEITURA

• Serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos;

• Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e

sua relação com os sinais de pontuação.

ESCRITA• Será avaliado o texto escrito nos seus aspectos discursivo-textuais. Verificando

a coesão e coerência textual, a clareza, a adequação à proposta e ao gênero solicitado, a

linguagem, a elaboração de argumentos consistentes, a organização dos parágrafos, os

recursos gráfico-visuais (margem, título, etc) e outros aspectos da norma culta da Língua

Portuguesa: concordância, regência, ortografia e análise linguística.

PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS:.

• A recuperação paralela será oportunizada a todos os alunos(as), dando-se

ênfase ao domínio do conteúdo não apreendido;

16 A avaliação será feita no decorrer do processo ensino-aprendizagem, através

de testes orais e/ou escritos, trabalhos em grupos, pesquisa com exposição oral dos

alunos, trabalhos individuais, pela participação e desempenho nas atividades propostas;

• É imprescindível a participação, o empenho e acompanhamento dos pais ou

responsáveis nesse processo de recuperação do conteúdo, durante todo período letivo.

Referências bibliográficas

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Edito-

rial, 2003.

_____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho.

São Paulo: Parábola, 2007.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma pers-

pectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística)

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Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Pau-

lo, 2001.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. De Michel La-

hud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

_____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

CANDIDO, Antônio. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura. São Paulo,

Vol. 4, n. 9, PP. 803-809, set/1972.

Costa, Daniel Soares da. Estudo do acento lexical no português arcaico por meio das

Cantigas de Santa Maria / Daniel Soares da Costa. – 2006. Dissertação (Mestrado em

Lingüística e Língua Portuguesa) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciên-

cias e Letras, Campus de Araraquara.

LUZ-FREITAS, M. S. E a Língua Portuguesa tornou-se disciplina curricular. (PUC-SP

e FEFI-MG). Disponível em: <http://www.filologia.org.br/revista/33/04> 2004. Acesso em:

20- 11-2010).

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portu-

guesa da rede pública de educação do estado do Paraná. Curitiba, 2006.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA- INGLÊS - ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISICPLINA.

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação.

Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma uma visão sistêmica e

estrutural do código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca.

Segundo Bakhtin( 1988), toda enunciação envolve a presença de pelo menos duas

vozes, a voz do eu e do outro. Para este filósofo, não há discurso individual, no sentido de

que toso discurso se constrói no processo de interação e em função do outro. E é no

espaço discursivo criado na relação entre o eu e o outro que os sujeitos se constituem

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socialmente. É no engajamento discursivo com o outro que damos forma só que dizemos

e ao que somos. Daí a língua estrangeira apresentar-se como espaço para ampliar o

contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de

construção da realidade.

Em outras palavras, a língua concebida como discurso, não como estrutura ou

código a ser decifrado, constrói significados e não apenas os transmite. O sentido da

linguagem está no contexto de interação verbal e não no sistema linguístico. Conforme o

teórico.

[…] o essencial na tarefa de decodificação não consiste em reconhecer a forma linguística utilizada, mas compreendê-la num contexto preciso, compreender sua significação numa enunciação particular. Em suma, trata-se de perceber seu caráter de novidade e não somente sua conformidade à norma. Em outros termos, o r receptor, pertencente à mesma comunidade linguística, também considera a forma linguística utilizada como um signo variável e flexível e não como um sinal imutável e sempre idênico a si mesmo. (BAKHTIN,1992).

Nos discursos presentes no intertexto das sociedades contemporâneas, as práticas

de linguagens são diversas porque a língua envolve variantes socioculturais.

Logo, as formas da língua variam de acordo com os usuários, o contexto em que

são usadas e a finalidade da interação.

Para cada variante linguística e cada grupo cultural, os valores sociais e culturais

que lhes são atribuídos sofrem oscilações, de acordo com os diferentes contextos

socioculturais e históricos. Dessa forma, a língua e a cultura são entendidas como

variantes locais particularizadas em contextos específicos; portanto, configuram- se de

forma heterogênea, complexa e plural (BORTONIICARDO, 2004).

Nesse sentido, a língua se apresenta como espaço de construções discursivas,

indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das

comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela. Desse modo, a

língua deixa de lado suas supostas neutralidade e transparência para adquirir uma carga

ideológica intensa, e passa a ser vista como um fenômeno carregado de significados

culturais.

Para Bakhtin (1988), as relações sociais ganham sentido pela palavra e a sua

existência se concretiza no contexto da enunciação. Por outro lado, os sentidos

assumidos pela palavra são múltiplos, não existindo, dessa forma, palavras vazias. Para

esse teórico, “a palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido

ideológico ou vivencial. É assim que compreendemos as palavras e somente reagimos

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àquelas que despertam em nós ressonâncias ideológicas ou concernente à vida”

(BAKHTIN 1988, p. 95).

Com base nessas considerações, Bakhtin (1988) afirma que a palavra é o

fenômeno ideológico por excelência. Uma importante consideração é quanto ao valor

social das línguas existentes na sociedade. Conforme Bakhtin (1999, p. 101), “o papel

organizador da palavra estrangeira – palavra que transporta consigo forças e estruturas

estrangeiras [...] – fez com que, na consciência histórica dos povos, a palavra estrangeira

se fundisse com a ideia de poder, de força, de santidade, de verdade”.

Todo discurso está vinculado à história e ao mundo social. Dessa forma, os sujeitos

estão expostos e atuam no mundo por meio do discurso e são afetados por ele.

No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina,

contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que

os professores compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na

Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender

percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir

que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,

independentemente do grau de proficiência atingido.

As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de interações entre

professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no dia-a-

dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas- econômicas da

nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a

respeito do papel das línguas na sociedade.

Busca-se, também, superar a ideia de que o objetivo de ensinar Língua Estrangeira

na escola é apenas o linguístico ou, ainda, que o modelo de ensino dos Institutos de

Idiomas seja parâmetro para definir seus objetivos de ensino na Educação Básica. Tal

aproximação seria um equívoco, considerando que o ensino de Língua Estrangeira nas

escolas de língua não tem, necessariamente, as mesmas preocupações educacionais da

escola pública.

De forma geral, os objetivos de uma escola de idiomas estão mais direcionados

para a proficiência linguístico-comunicativa em situações de viagens, negócios e

preparação para testes. Gimenez (2004, p. 172) esclarece que

[...] embora com características distintas, estes dois setores (público e privado) têm sido equiparados na avaliação de resultados, quando se espera, por exemplo, que os alunos sejam proficientes na habilidade oral. Isto também se

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reflete nas expectativas de alunos e pais que frequentemente consideram a aprendizagem de uma LE como importante fator para uma empregabilidade futura e a atrelam à fala. A importância da LE é tal que a mídia impressa tem se ocupado de abordá-la especialmente neste aspecto. Essas mensagens penetram as paredes das escolas e obscurecem as razões para inclusão de língua estrangeira no currículo.

Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também sirva como meio

para progressão no trabalho e estudos posteriores, este componente curricular,

obrigatório a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, deve também contribuir para

formar alunos críticos e transformadores através do estudo de textos que permitam

explorar as práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além além de incentivar a

pesquisa e a reflexão.

Nas DCEs Diretrizes Curriculares da Educação Básica, o ensino de Língua

Estrangeira Moderna, na Educação Básica, propõe superar os fins utilitaristas,

pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino desta disciplina.

Desta forma, espera-se que o aluno:

• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

• possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

• portanto, passíveis de transformação na prática social;

• tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar as

diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte

comum na seleção de conteúdos específicos.

Entende-se que o ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações que

podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o reconhecimento

da diversidade cultural.

As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado; relacionam- se,

atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e buscam entender-se

mutuamente. Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de

comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não-verbais – é também

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inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados as suas comunidades

locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos

no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações

significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de

formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa

sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo.

O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência

sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana.

Ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas

implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua

materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e

cognitiva. Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades

linguísticas definem os significados construídos nas interações sociais. Ainda, deve-se

considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constituem

sua cultura e, como tal, devem ser respeitadas.

Além disso, ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar

uma língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da

sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o

aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a

realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um

contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos

possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social.

AS PRÁTICAS DISCURSIVAS

As DCEs propõem que o ensino de Língua Estrangeira deve contemplar os

discursos sociais que a compõem, ou seja, aqueles manifestados em forma de textos

diversos efetivados nas práticas discursivas (BAKHTIN, 1988). Trata-se de tornar a aula

de Língua Estrangeira um espaço de:

[...]acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construir outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros que estão excluídos dos tipos de[...](conhecimentos necessários)para a vida contemporânea, estando entre eles os conhecimentos (em língua estrangeira). (MOITA LOPES, 2003, p. 43)

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Tal proposta de ensino se concretiza no trabalho com textos, não para extrair deles

significados que supostamente estariam latentes em sua estrutura, mas para comunicar-

se com eles, para lhes conferir sentidos e travar batalhas pela significação. É perceber a

língua como “arena de conflitos” (BAKHTIN, 1992). Isto envolve a análise e a crítica das

relações entre texto, língua, poder, grupos sociais e práticas sociais. Refere-se às formas

de olhar o texto escrito, o visual, o oral e o hipertexto4 para questionar e desafiar as

atitudes, os valores e as crenças a ele subjacentes.

As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com o

texto. Considerando que as práticas discursivas são influenciadas umas pelas outras,

não se trata de privilegiar a prática da leitura, visto que na interação com o texto pode

haver uma complexa mistura da linguagem escrita, visual e oral. Numa concepção

discursiva de língua, as práticas de oralidade, escrita e leitura não são segmentadas, pois

elas não se separam em situações concretas de comunicação.

Nas Diretrizes, a ênfase do ensino recai sobre a necessidade de os sujeitos

interagirem ativamente pelo discurso, sendo capazes de se comunicar de diferentes

formas materializadas em diferentes tipos de texto, levando em conta a imensa

quantidade de informações que circulam na sociedade. Isto significa participar dos

processos sociais de construção de linguagem e de seus sentidos legitimados e

desenvolver uma criticidade de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.

O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna fundamenta-se na diversidade de

gêneros textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem

como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de construção

de significados possíveis pelo leitor. Tendo em vista que texto e leitura são dois

elementos indissociáveis, e que um não se realiza sem o outro, é importante definir o que

se entende por esses dois termos. O texto, entendido como uma unidade de sentido,

pode ser verbal ou não- verbal. Para Bakhtin (1992), o texto é a materialização de um

enunciado e é entendido como unidade contextualizada da comunicação verbal.

As pessoas não trocam orações assim como não trocam palavras (numa acepção rigorosamente rigorosamente linguística), ou combinações de palavras, trocam enunciados constituídos com a ajuda das unidades da língua – palavras, conjunto de palavras, orações; mesmo assim, nada impede que o enunciado seja constituído de uma única oração, ou de uma única palavra por assim dizer, de uma unidade de fala (o que acontece sobretudo na réplica do diálogo). Mas não é isso que converterá uma unidade da língua numa unidade da comunicação verbal. (BAKHTIN, 1992, p. 297).

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Embora necessite do aparato técnico da oração, o texto não corresponde aos

aspectos sistêmicos da língua. Ele se organiza em formas relativamente estáveis,

determinadas pelas condições materiais de produção, denominadas por Bakhtin (1992)

de gêneros do discurso. Para esse teórico, os gêneros se desenvolveram através do

tempo e correspondem as formas típicas criadas por esferas de atividades humanas.

A riqueza e a variedade dos gêneros do discurso são infinitas, pois a variedade virtual da atividade humana é inesgotável, e a cada esfera dessa atividade comporta um repertório de gêneros do discurso que vai diferenciando-se e ampliando-se à medida que a própria esfera se desenvolve e fica mais complexa. (BAKHTIN, 1992, p. 279).

Nessa definição, podem ser considerados textos uma figura, um gesto, um slogan,

tanto quanto um trecho de fala gravado em áudio ou uma frase em linguagem verbal

escrita, a partir dos quais os conteúdos específicos de Língua Estrangeira Moderna serão

tratados. No entanto, é preciso atentar para o fato de que são atribuídos, aos textos, os

sentidos reconhecidos como válidos por determinada comunidade, considerando-se

sempre o contexto e o momento histórico em que eles foram produzidos: uma construção

à qual não se considere possível atribuir sentidos não será vista como texto por uma

determinada comunidade.

Nessa visão, é importante que os alunos tenham consciência de que há várias

formas de produção e circulação de textos em nossa cultura e em outras, de que existem

diferentes práticas de linguagem no âmbito de cada cultura, e que essas práticas são

valorizadas também de formas diferentes nas distintas sociedades.

Destaca-se que os textos aos quais a sociedade está exposta são de natureza

genérica. Conforme aponta Moita Lopes, vivemos num mundo multisemiótico, cujos textos

extrapolam a letra, ou seja, “um mundo de cores, sons, imagens e design que constroem

significados em textos orais/escritos e hipertextos” (LOPES e ROJO, 2004, p. 30-31). Isso

vem ao encontro da linguagem específica usada na comunicação mediada pelo

computador. Aparentemente trata-se da linguagem escrita, mas quando desenvolvida em

uma interação em tempo real, distancia-se da forma tradicional, adquirindo características

semelhantes às do imediatismo e da redundância da fala, bem como é acrescida de

ícones, cores, recursos sonoros, por exemplo, para comunicar aspectos que estariam

presentes na fala. Conforme o exposto, as diferenças entre comunicação escrita e falada

se diluem na construção desse novo tipo de texto.

A leitura, processo de atribuição de sentidos, estabelece diferentes relações entre o

sujeito e o texto de acordo com as concepções que se têm de ambos. O trabalho proposto

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nestas Diretrizes está ancorado na perspectiva de uma leitura crítica, a qual se efetiva no

confronto de perspectivas e na (re)construção de atitudes diante do mundo. A abordagem

da leitura crítica extrapola a relação entre o leitor e as unidades de sentido na construção

de significados possíveis. Busca-se, então, superar uma visão tradicional da leitura

condicionada à extração de informações.

Nessa perspectiva, há confronto entre autor, texto e leitor. O leitor abandona uma

atitude de passividade diante do texto e passa a ser participante do processo de

construção de sentidos. Entretanto, ele não está sozinho ao construí-los, com ele estão

sua cultura, sua língua, seus procedimentos interpretativos, os discursos construídos

coletivamente em sua comunidade e as ideologias nas quais está inserido. A leitura é

considerada, então, como interação entre todos esses elementos, os quais influenciam

diretamente nas possíveis interpretações de um texto.

Dessa forma, ao ensinar e aprender uma Língua Estrangeira, alunos e professores

percebem ser possível construir significados além daqueles permitidos pela língua

materna. Os sujeitos envolvidos no processo pedagógico não aprendem apenas novos

significados nem a reproduzi-los, mas sim aprendem outras maneiras de construir

sentidos, outros procedimentos interpretativos que alargam suas possibilidades de

entendimento do mundo. Sentido, na acepção de Orlandi (2005, p. 47), é

[...] uma relação determinada do sujeito – afetado pela língua – com a história. É o gesto de interpretação que realiza essa relação do sujeito com a língua, com a história, com os sentidos. Esta é a marca da subjetivação e, ao mesmo tempo, o traço da relação da língua com a exterioridade: não há discurso sem sujeito.

Portanto o momento histórico, o contexto sócio-cultural, os elos com o

cotidiano(familiares, amigos, etc.) que acompanham a vida, a criação artística e o

conhecimento científico estão presentes na produção e na recepção dos sentidos do

enunciado.

Consequentemente, é na língua, e não por meio dela, que se percebe e entende a

realidade e, por efeito, a percepção do mundo está intimamente ligada ao conhecimento

das línguas. Para Jordão (2004a, p. 164),

[...](ao) aprender uma língua estrangeira [...]eu adquiro procedimentos de construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua (e cultura) materna; eu aprendo que há outros dispositivos, além daqueles que me apresenta a língua materna, para construir sentidos, que há outras possibilidades de construção do mundo diferentes daquelas a que o conhecimento de uma única língua me possibilitaria. Nessa perspectiva, quantas mais [...]línguas estrangeiras eu souber, potencialmente maiores serão

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minhas possibilidades de construir sentidos, entender o mundo e transformá-lo.

Assim, os sujeitos leitores têm a possibilidade de estabelecer relações entre os

diversos elementos envolvidos, como, por exemplo: cultura, língua, procedimentos

interpretativos, contextos e ideologias.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos escolares

de Língua Estrangeira são considerados basilares para a compreensão do objeto de

estudo dessa disciplina. Esses saberes são concebidos como Conteúdos Estruturantes, a

partir dos quais se abordam os conteúdos específicos no trabalho pedagógico. Os

Conteúdos Estruturantes se constituem através da história, são legitimados socialmente

e, por isso, são provisórios e processuais.

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social.

Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos,

buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define- se como

Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso como prática social. A

língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que

são as práticas que efetivam o discurso.

Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática

tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados (orais e escritos). O

uso da língua efetua-se em formas de enunciados, uma vez que o discurso também só

existe na forma de enunciados (RODRIGUES, 2005). O discurso é produzido por um “eu”,

um sujeito que é responsável por aquilo que fala e/ou escreve. A localização geográfica,

temporal, social, etária também são elementos essenciais na constituição dos discursos.

Consequentemente, o trabalho com as práticas discursivas criará oportunidades

para que os alunos percebam a interdiscursividade, as condições de produção dos

diferentes discursos, das vozes que permeiam as relações sociais e de poder, é preciso

que os níveis de organização linguística – fonético-fonológico, léxico-semântico e de

sintaxe – sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção verbal e não

verbal.

Para tal, o professor levará em conta que o objeto de estudo da Língua Estrangeira

Moderna, a língua, pela sua complexidade e riqueza, permite o trabalho em sala de aula

com os mais variados textos de diferentes gêneros. Nesta perspectiva, a proposta de

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construção de significados por meio do engajamento discursivo e não pela mera prática

de estruturas linguísticas estará contemplada.

Com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a

interação ativa dos sujeitos com o discurso, que dará, ao aluno, condições de construir

sentidos para textos.

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

O professor deve considerar a diversidade de gêneros existentes e a especificidade

do tratamento da Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de estabelecer critérios

para definir os conteúdos específicos para o ensino.

Os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos, além de

elementos linguístico-discursivos, tais como: unidades linguísticas que se configuram

como as unidades de linguagem, derivadas da posição que o locutor exerce no

enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou finalidade discursiva, ou seja, ao que

pode tornar-se dizível por meio de um gênero; composicionais, compreendidas como a

estrutura específica dos textos pertencentes a um gênero. (BAKHTIN, 1992).

Inicialmente, é preciso levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a

manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades,

considerando as especificidades da Língua Estrangeira ofertada, as condições de

trabalho existentes na escola, o projeto político-pedagógico, a articulação com as demais

disciplinas do currículo e o perfil dos alunos.

No ato da seleção de textos, o docente precisa se preocupar com a qualidade do

conteúdo dos textos escolhidos ao que se refere às informações, e verificar se estes

instigam o aluno à pesquisa e à discussão. As características do gênero a que o texto

pertence serão evidenciadas no desenvolvimento do trabalhado pedagógico. Os

elementos linguístico-discursivos, neles presentes, serão analisados na medida em que

colaborem para a compreensão dos mesmos. É importante, ainda, trabalhar com diversos

gêneros discursivos – apresentando, também, diferentes graus de complexidade da

estrutura linguística.

Outro ponto a ser destacado é a atenção, no momento da escolha de textos, para

que os mesmos não reforcem uma visão monolítica de cultura, muitas vezes abordada de

forma estereotipada. Os conteúdos dos textos devem viabilizar os resultados pretendidos

nas diferentes séries de acordo com os objetivos específicos propostos no planejamento

do professor.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

Seguindo a orientação das Diretrizes este documento propõe redirecionar o ensino

de Língua Estrangeira Moderna nesta escola. O trabalho com a Língua Estrangeira em

sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do

que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são

possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de

construir significados. A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social,

serão trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem

como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula

de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de

linguagem em uso. Antunes (2007, p. 130) esclarece que

[...]o texto não é a forma prioritária de se usar a língua. É a única forma. A forma necessária. Não tem outro. A gramática é constitutiva do texto, e o texto é constitutivo da atividade da linguagem. Tudo o que nos deve interessar no estudo da língua culmina com a exploração das atividades discursivas.

Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor a borde os

vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero

estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente

ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso,

a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar

com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.

Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. É necessário

provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar o contexto de

uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm um papel tão

importante para o trabalho na escola. Para Bakhtin (1997, p. 279)

[...] gêneros de discurso são os enunciados dos integrantes de uma ou doutra esfera da atividade humana e estas esferas de utilização da língua elaboram seus tipos relativamente estáveis de enunciado.

Os gêneros do discurso organizam as falas e se constituem historicamente a partir

de novas situações de interação verbal, por isso as mudanças nas interações sociais

geram mudança de gênero, bem como o surgimento de novos gêneros. Se não

existissem gêneros, se fossem criados pela primeira vez em cada conversa, a

comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin, 1992). Portanto, é importante que o

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aluno tenha acesso a textos de várias esferas sociais: publicitária, ornalística, literária,

informativa, etc. A estrutura de uma bula de remédio, por exemplo, difere da estrutura de

um poema. Além disso, é necessário que se identifiquem as diferenças estruturais e

funcionais, a autoria, o público a que se destina, e que se aproveite o conhecimento já

adquirido de experiência com a língua materna. O objetivo será interagir com a infinita

variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.

A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira

Moderna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não-verbais.

Do mesmo modo, a produção de um texto se faz sempre a partir do contato com

outros textos, que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos

alunos.

A aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades

significativas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno

vincule o que é estudado com o que o cerca.

As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos

dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira.

Elas servirão como subsídio para a produção textual em Língua Estrangeira.

O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por sua

solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática

analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e percebam as

implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso – no qual se revele o

respeito às diferenças culturais, crenças e valores.

Espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos percebam a

heterogeneidade da língua. Nesse caso, pode-se dizer que um texto apresenta várias

possibilidades de leitura, que não traz em si um sentido pré-estabelecido pelo seu autor.

Traz, sim, uma demarcação para os sentidos possíveis, restringida pelas suas condições

de produção e, por isso, constrói-se a cada leitura: quem faz a leitura do texto é o sujeito;

portanto, o texto não determina a sua interpretação.

Na abordagem de leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo relevante

porque possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes na

memória do leitor, os quais são ativados e relacionados às informações materializadas no

texto. Com isso, as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo serão

valorizados.

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Espera-se que o trabalho com a leitura vá além daquela superficial, linear. Uma

questão é linear quando busca respostas já as visualizando no próprio texto. Será não-

linear quando o aspecto sobre o qual incide a questão não se localiza apenas na

materialidade do texto. A não linearidade permite o estabelecimento das relações do texto

com o conhecimento já adquirido, o reconhecimento das suas opções linguísticas, a

intertextualidade e a reflexão, o que possibilita a reconstrução da argumentação.

Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da

realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a tais

textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o qual

lhes atribui coerência pela construção de significados.

Assim, os alunos devem entender que, ao interagir com/na língua, interagem com

pessoas específicas. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em

mente quem disse o quê, para quem, onde, quando e por que.

Destaca-se ainda, que o trabalho com a produção de textos na aula de Língua

Estrangeira Moderna precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto, no

qual se escreve sempre para alguém de quem se constrói uma representação. Conforme

Bakhtin, “um discurso nasce de outros discursos e se produz para um outro sujeito, sendo

que esse outro é construído imaginariamente pelo sujeito-autor” (apud MUSSALIN, 2004,

p. 250).

Reconhece-se que o desconhecimento linguístico pode dificultar essa interação

com o texto, o que impossibilita a crítica (Busnardo e Braga, 2000). O conhecimento

linguístico é condição necessária para se chegar à compreensão do texto, porém não é

suficiente, considerando que o leitor precisa executar um processo ativo de construção de

sentidos e também relacionar a informação nova aos saberes já adquiridos: o

conhecimento discursivo da sua língua materna, da sua história, de outras leituras

utilizadas ao longo de sua vida (Vygotsky, 1989).

A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização do

conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elementos

que podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos produzidos no contato

com os textos. Não é preciso que o aluno entenda os significados de cada palavra ou a

estrutura do texto para que lhe produza sentidos.

O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando necessário, de

procedimentos para construção de significados usados na Língua Estrangeira. Portanto, o

trabalho com a análise linguística torna-se importante na medida em que permite o

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entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve estar

subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas devem ser

decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou

construam sentidos aos textos. Conhecer novas culturas implica constatar que uma

cultura não é necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. É

reconhecer que as novas palavras não são simplesmente novos rótulos para os velhos

conceitos. A análise linguística não é apenas uma nova maneira de arrumar e ordenar as

palavras, e as novas pronúncias não são somente as distintas maneiras de articular sons,

mas representam um universo sócio-histórico e ideologicamente marcado.

Destaca-se que nenhuma língua é neutra, e as línguas podem representar diversas

culturas e maneiras de viver; inclusive, podem passar a ser um espaço de comunicação

intercultural, por serem usadas em diversas comunidades, muitas vezes até por falantes

que não as têm como língua materna.

Passa a ser função da disciplina possibilitar aos alunos o conhecimento dos

valores culturais estabelecidos nas e pelas comunidades de que queiram participar. Ao

mesmo tempo, o professor propiciará situações de aprendizagem que favoreçam um olhar

crítico sobre essas mesmas comunidades.

Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo,

mas que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás

deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da

comunidade em que está inserido. Da mesma forma, o aluno deve ser instigado a buscar

respostas e soluções aos seus questionamentos, necessidades e anseios relativos à

aprendizagem.

Ao interagir com textos diversos, o educando perceberá que as formas linguísticas

não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis

e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da língua

ocorre. Para que o aluno compreenda a palavra do outro, é preciso que se reconstrua o

contexto sócio-histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto.

O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao

leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que uma leitura em Língua

Estrangeira se transforme realmente em uma situação de interação, é fundamental que o

aluno seja subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e

discursivos.

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As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos

orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva a

oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar ideias

em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que, mesmo

oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que

existe a necessidade de adequação da variedade Materna.

Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da

língua que está aprendendo.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma

atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as

atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da

produção e para quem se escreve, em situações reais de uso.

É preciso que, no contexto escolar, esse alguém seja definido como um sujeito

sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo imaginário,

fundamental para a construção do seu texto e de sua coerência. Nesse sentido, a

produção deve ter sempre um objetivo claro.

A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de

orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de adequação ao gênero,

planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística adequada – formal

ou informal. Ao fazer escolhas, o aluno desenvolve sua identidade e se constitui como

sujeito crítico. Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que se disponibilize recursos

pedagógicos, junto com a intervenção do próprio professor, para oferecer ao aluno

elementos discursivos, linguísticos, sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua

produção.

Nos textos de literatura, as reflexões sobre a ideologia e a construção da realidade

fazem parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e dinâmico,

dependente do contexto e das relações de poder. Assim, ao apresentar textos literários

aos alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise os textos e

os perceba como prática social de uma sociedade em um determinado contexto

sociocultural.

Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira Moderna é

que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo para

relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter de desenvolver projetos com

inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que alguns conteúdos de disciplinas

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distintas podem estar relacionados com a Língua Estrangeira. Por exemplo: as relações

interdisciplinares da Literatura com a História e com a Geografia podem colaborar para o

esclarecimento e a compreensão de textos literários.

Além disso, o trabalho com a Língua Estrangeira Moderna deverá contemplar o

ensino da História e Cultura Afro-brasileira, a Educação Ambiental o Programa Nacional

de Educação Física e a Educação Indígena conforme as determinações legais para esses

assuntos.

As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão, simultaneamente,

práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para

assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados.

Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não-verbal, o professor

poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:

a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada

atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;

b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto,

o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão

ser feitas a partir do texto apresentado;

c) Variedade Linguística: formal ou informal;

d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série.

Atividades: • Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.

Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o

assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet. Uma

conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante, também

serão consideradas pesquisas.

• Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as

pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa atividade

poderá ser feita em Língua Materna.

• Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a

ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.

Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em diferentes

graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.

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A bagagem de conhecimentos que o aluno trará em Língua Estrangeira será

diferenciada, pois os estabelecimentos de ensino possuem matrizes curriculares

diferentes, além disso, nem sempre o aluno terá estudado o mesmo idioma em séries

anteriores.

Para realizar os encaminhamentos propostos o professor fará uso de todo o

aparato impresso e tecnológico que está disponível ao seu alcance tais como. Revistas

especializadas na língua estrangeira ministrada, livros didáticos, obras literárias,

ferramentas tecnológicas como: o laboratório de informática, as Tvs multimídia, Pen

drives, aparelhos de de DVD e outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos

fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes e na LDB n. 9394/96.

É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente pedagógico,

observe a participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo na sala de

aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos consistentes, e de

diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação

com o material didático; nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira; no

próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o

desenvolvimento de ideias (Vygotsky, 1989).

Através do trabalho com a diversidade de gêneros textuais presentes em nossa

sociedade pretende-se formar um leitor ativo, ou seja, capaz de produzir sentidos na

leitura dos textos, tais como: inferir, servindo-se dos conhecimentos prévios; levantar

hipóteses a respeito da organização textual; perceber a intencionalidade, etc.

Não se trata, portanto, de testar conhecimentos linguístico-discursivos de um texto

– gramaticais, de gêneros textuais, entre outros –, mas sim, verificar a construção dos

significados na interação com textos e nas produções textuais dos alunos, tendo em vista

que vários significados são possíveis e válidos, desde que apropriadamente justificados.

Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios de

entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador no processo

ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes, críticos, criativos,

solidários e autônomos.

Com o propósito de encarar este desafio, busca-se em Língua Estrangeira

Moderna, superar a concepção de avaliação como mero instrumento de medição da

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apreensão de conteúdos. Espera-se que subsidie discussões acerca das dificuldades e

avanços dos alunos, a partir de suas produções.

Percebe-se, também, como bem sucedido o ensino/aprendizagem, quando todo o

trabalho desenvolvido com os alunos são retomados em discussões e analisados tanto

pelo educador quanto pelo educando.

Na Educação Básica, a avaliação de determinada produção em Língua Estrangeira

considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como resultado do processo de

aquisição de uma nova língua. Considera-se que, nesse processo, o que difere do

simples aprender, é o fato de que adquirir uma língua é uma aquisição irreversível. Sendo

assim, o erro deve ser visto como fundamental resultado do processo de aquisição de

uma nova língua. Sendo assim, o erro deve ser visto como fundamental para a produção

de conhecimento pelo ser humano, como um passo para que a aprendizagem se efetive e

não como um entrave no processo que não é linear, não acontece da mesma forma e ao

mesmo tempo para diferentes pessoas. Refletir a respeito da produção do aluno, o

encaminhará à superação, ao enriquecimento do saber e, nesse sentido, a ação avaliativa

reflexiva cumprirá a sua função.

A avaliação, enquanto relação dialógica, concebe o conhecimento como

apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação- reflexão-

ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno carregado de

significados e de compreensão. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão

acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar dificuldades, planejar e

propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.

O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto curricular, a

programação do ensino em sala de aula e os seus resultados estão envolvidos neste

processo. A avaliação deve estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a

partir das concepções e encaminhamentos metodológicos deste documento.

As explicitações dos propósitos da avaliação e do uso de seus resultados podem

favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado de Língua Estrangeira e permitirem

que a comunidade, não apenas escolar, reconheça o valor desse conhecimento.

Com a finalidade de verificar a aprendizagem e orientar futuras revisões de

conteúdos trabalhados serão aplicados instrumentos de avaliação tais como: provas,

seminários, discussões, produções textuais de gêneros diferenciados etc.

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A Recuperação Paralela acontecerá com a retomada dos conteúdos e

Reavaliação, utilizando instrumentos diferentes dos usados na avaliação, prevalecendo a

nota maior atingida.

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

ESTRANGEIRA MODERNA

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada

série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados

imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes de Língua Estrangeira

Moderna da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na

fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é

responsabilidade do professor.

Nesse quadro, os conteúdos básicos e os específicos estão apresentados por série

e devem ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica

curricular da escola.

Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem ser suprimidos

nem reduzidos.

Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o

Discurso como prática social e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos: os

gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os

conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita. No quadro, a

coluna de conteúdos básicos é formada pelos gêneros discursivos e pelos conteúdos

pertencentes às práticas da leitura, oralidade, escrita e da análise

linguística. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um gênero, conforme as

esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política,

literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática e jurídica.

Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero,

que deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade

de gêneros trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles

selecionados pelo professor.

Os gêneros precisam ser retomados em diferentes séries, respeitando-se o

princípio da complexidade crescente. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se

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esgotam nesse quadro, assim como a escolha dos gêneros não deve se ater

exclusivamente a uma esfera.

Para selecionar os conteúdos específicos, é fundamental considerar o objetivo

(temas relevantes tais como a diversidade étnico-racial brasileira e assuntos

concernentes aos sujeitos do campo devem ter espaço nas aulas de LEM ) de

ensino e o gênero escolhido. Como exemplo: ora a história em quadrinhos será levada

para sala de aula a fim de discutir o conteúdo temático, a sua composição e suas marcas

lingüísticas; ora aparecerá em outra série para um trabalho de intertextualidade; ora para

fruição, ou seja, dependerá da intenção, do objetivo que se tem com esse gênero.

ENSINO FUNDAMENTAL: 6º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROSLEITURA.:

Identificação do tema

Interpretação textual

Contudo temático

Interlocutores

Fonte

Intertextualidade

Informatividade

Marcas linguísticas

Identificação dos argumentos principais e

secundários.

Para o trabalho com os alunos da 5ª série

do Ensino Fundamental foram

selecionados textos variados tais como:

diálogos, e-mails, cartas, cartões

postais, rótulos, músicas, receitas

culinárias, regras de jogos, piadas,

poemas, textos publicitários, cartoons e

tiras em que os conteúdos serão

apresentados respeitando o nível de

escolarização dos alunos, a série,

adequando a complexidade do conteúdo a

esse parâmetro.

ORALIDADE:

Apresentação pessoal e dos colegas

Falar sobre suas preferências. Perguntar e

responder sobre a origem das pessoas.

pronúncia

Elementos extralinguísticos

Entonação, pausa, gestos

ESCRITA

Adequação ao gênero

194

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Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Argumentação

Paragrafação

Coesão e coerência

Clareza de ideias

Refação textual

Função dos adjetivos, pronomes,artigos,

verbos e outras categorias como elemento

do texto

Particularidades da grafia de algumas

palavras

ENSINO FUNDAMENTAL: 7º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS TEXTUAISLEITURA.:

Identificação do tema

Interpretação textual

Contudo temático

Interlocutores

Fonte

Intertextualidade

Informatividade

Marcas linguísticas

Identificação dos argumentos principais e

secundários.

Inferências.

Para o trabalho com os alunos da 6 ª série

do Ensino Fundamental foram

selecionados textos variados tais como:

diálogos, e-mails, cartas, cartões

postais, rótulos, músicas, piadas,

poemas, textos publicitários, cartoons

tiras, cardápios, em que os conteúdos

serão apresentados respeitando o nível de

escolarização dos alunos, a série,

adequando a complexidade do conteúdo a

esse parâmetro.

ORALIDADE:

Adequação ao gênero

Contudo temático.

Elementos composicionais

Para esta série será dado destaque

especial para o verbo anômalo. CAN e para

o presente continuo.

195

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Marcas e variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor/interlocutor

Particularidades da pronúncia

Elementos extralinguísticos

Entonação, pausa, gesto

ESCRITA

Adequação ao gênero

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Argumentação

Paragrafação

Coesão e coerência

Clareza de ideias

Refação textual

Coesão e coerência do texto lido e do

produzido pelo aluno.

Expressividade do substantivo e sua função

referencial no texto

Função dos adjetivos, advérbios,

pronomes,artigos, verbos e outras

categorias como elemento do texto

Pontuação e seus efeitos de sentido

Recursos gráficos: aspas,travessão,

negrito, hífen,

Gíriasexpressões idiomáticas

ENSINO FUNDAMENTAL: 8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS TEXTUAISLEITURA.: Para o trabalho com os alunos da 7 ª série

196

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Identificação do tema

Interpretação textual

Contudo temático

Interlocutores

Fonte

Intertextualidade

Informatividade

Marcas linguísticas

do Ensino Fundamental foram

selecionados textos variados tais como:

diários de viagem, textos informativos,

músicas, piadas, poemas, textos

publicitários, cartoons tiras, fabulas

biografias, artigos de opinião,

entrevistas em que os conteúdos serão

apresentados respeitando o nível de

escolarização dos alunos, a série,

adequando a complexidade do conteúdo a

esse parâmetro.

ORALIDADE:

Adequação ao gênero

Contudo temático.

Elementos composicionais

Marcas e variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor/interlocutor

Particularidades da pronúncia

Elementos extralinguísticos

Entonação, pausa, gestos

Para esta série será dado destaque para o

there to be and simple present além de uma

revisão sistemática de conteúdos

trabalhados em séries anteriores.

ESCRITA

Adequação ao gênero

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Argumentação

Paragrafação

Coesão e coerência

Clareza de ideias

Refação textual

Coesão e coerência do texto lido e do

produzido pelo aluno.

Função dos adjetivos, advérbios,

197

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pronomes,artigos, verbos e outras

categorias como elemento do texto

Pontuação e seus efeitos de sentido

Recursos gráficos: aspas,travessão,

negrito, hífen, itálico.

Gírias

verbal

Particularidades da grafia de algumas

palavras

ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS TEXTUAISLEITURA.:

Identificação do tema

Interpretação textual

Contudo temático

Interlocutores

Fonte

Intertextualidade

Informatividade

Marcas linguísticas

Identificação dos argumentos principais e

secundários.

Inferências.

Para o trabalho com os alunos da 8 ª série

do Ensino Fundamental foram

selecionados textos variados tais como:

diários de viagem, textos informativos,

músicas, piadas, poemas, textos

publicitários, cartoons tiras, fábulas

biografias, artigos de

opinião, entrevistas

ORALIDADE:

Adequação ao gênero

Contudo temático.

Elementos composicionais

Marcas e variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor/interlocutor

Particularidades da pronúncia

Nesta série será dado destaque ao estudo

dos tempos verbais: passado simples,

verbos regulares e irregulares, passado do

verbo to be e there to be, futuro simples e

futuro do verbo to be e present perfect.

198

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Elementos extralinguísticos

Entonação, pausa, gestos

Adequação ao gênero

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Argumentação

Paragrafação

Coesão e coerência

Clareza de ideias

Refação textual

ESCRITA

Adequação ao gênero

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Argumentação

Paragrafação

Coesão e coerência

Clareza de ideias

Refação textual

Coesão e coerência do texto lido e do

produzido pelo aluno.

Função dos adjetivos, advérbios,

pronomes,artigos, verbos e outras

categorias como elemento do texto

Pontuação e seus efeitos de sentido

Recursos gráficos: aspas,travessão,

negrito, hífen, itálico.

Gírias

Particularidades da grafia de algumas

palavras.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO MÉDIO

199

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS TEXTUAISLEITURA.:

Identificação do tema

Interpretação textual

Contudo temático

Interlocutores

Fonte

Intertextualidade

Informatividade

Marcas lingüísticas

Indentificação dos argumentos principais e

secundários.

Inferências.

Partículas conectivas

discurso direto e indireto

polissemia

figuras de linguagem.

Para o trabalho com os alunos do Ensino

Médio foram selecionados textos variados

tais como: diários de viagem, textos

informativos, músicas, piadas, poemas,

textos publicitários, cartoons tiras,

fábulas biografias, artigos de opinião,

entrevistas, contos etc.

ESCRITA

Tema do texto

Intertextualidade

Finalidade do texto

Inte

Condição de produção

Informatividade: informações necessárias

para a Corerência do texto.

Coerência do texto

Vozes sociais presentes no texto.

Vozes verbais

Discurso Direto e Indireto

Emprego de sentido Denotativo e

Conotativo

Léxico

Nestas séries será revisado todo o

conteúdo gramatical trabalhados em séries

anteriores, dado destaque ao estudo dos

tempos verbais. Discurso direto e indireto,

question tags, gerúndio.

200

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Função das classes gramaticais

Elementos semânticos

Recursos estilísticos: figuras de linguagem

Marcas linguísticas: pontuação, recursos

Gráficos: aspas,travessão, negrito.

Variação linguística

Ortografia

Expressões idiomática.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos etc.

Adequação ao gênero.

Turnos de fala.

Vozes sociais presentes no texto

Variação linguística.

Marcas linguísitcas: coesão, coerência,

gírias, repetição.

Diferenças e semelhantes entre o Discurso

oral e o escrito

Adequação da fala ao contexto.

Pronúncia

REFERÊNCIAS.

DCEs Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná. Língua Estrangeira

Moderna. Curitiba SEED, 2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL E

ENSINO MÉDIO

1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de História tem como finalidade a busca da superação das carências

humanas fundamentadas por meio de um conhecimento constituído por interpretações

históricas. Interpretações essas que são compostas por teorias que diagnosticam as

necessidades dos sujeitos históricos e propõem ações no presente e projetos de futuro.

201

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O ensino da disciplina de História busca despertar reflexões a respeito de aspectos

políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a

produção do conhecimento para o desenvolvimento da consciência histórica dos sujeitos,

produzindo narrativas. A narrativa histórica é o princípio organizador dessas ideias.

A partir delas, a aprendizagem histórica configura a capacidade dos jovens se

orientarem na vida e constituírem uma identidade a partir da alteridade.

Torna-se relevante a defesa de referenciais teóricos de caráter realista e

globalizante, que levem em consideração, entre outros aspectos sócio-históricos, as

práticas dos educandos e dos educadores inseridos no contexto escolar. Estes

referenciais devem permitir a seleção de informações advindas do mundo extra-escolar

através de uma conceitualização teórica rigorosa, considerando, assim, a forma com que

estes sujeitos sócio-históricos abordam e constroem a narrativa histórica nesta disciplina.

A disciplina de história é importante por que:

a) Desenvolve a consciência histórica para que o individuo identifique sua

identidade e seu papel na sociedade;

b) Exercita o poder de criticar e a disposição para promover transformações;

c) Instrumentaliza para a problematização de diferentes acontecimentos;

d) Promove a interdisciplinaridade na busca de novos conceitos;

e) Desenvolve a capacidade de análise e interpretação de diferentes fontes:

f) Qualifica o olhar para análise dos vários lados de um mesmo acontecimento,

derrubando verdades absolutas;

g) Oportuniza a interpretação e acesso a diferentes temporalidades;

h) Oferece explicações para questões do presente e do passado, por meio da

contextualização dos acontecimentos;

i) Permite o conhecimento de obras e organizações sociais, desfazendo mitos e

favorecendo a construção de interpretações individuais do mundo;

j) Desperta a consciência para a preservação do patrimônio sociocultural;

k) Ensina capacidades úteis em outras áreas do conhecimento, como ler textos de

deferentes áreas, realizarem debates e produzir documentos e narrativas históricas;

l) Possibilita a formação do pensamento histórico, considerando diferentes

correntes historiográficas.

O ensino de História ao longo dos anos, confunde-se com o processo histórico em

que a Educação se desenvolveu no país.

202

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Assim, durante décadas a narrativa histórica produzida justificava o modelo de

nação brasileira, o currículo oficial de História privilegiava valores aristocráticos, no qual o

processo histórico conduzido excluía a possibilidade das pessoas comuns serem

entendidas como sujeitos históricos (DCE página 38).

Posteriormente, já na segunda metade da década de 1980 e início dos anos de

1990, acentuaram-se os debates e reflexões em torno das reformas democráticas na área

educacional repercutindo nas novas propostas de ensino de História.

Discussões estas, resultado da restauração das liberdades individuais e coletivas

no país, proporcionando produção de materiais (livros didáticos, para didáticos, etc.),

como também elaboração de novas propostas curriculares.

No Paraná, a proposta do Currículo Básico para a Escola Pública fundamentada na

pedagogia histórico-crítica, tinha como pressuposto a historiografia social pautada no

materialismo histórico-dialético e indicava alguns elementos da Nova História.

Sob uma perspectiva de inclusão social o currículo de História na rede pública

Estadual tornou-se alvo de discussões envolvendo professores da rede. Como diretrizes

consideram a diversidade cultural e a memória paranaenses contemplando demandas em

que também se situam movimentos sociais organizados destacando segundo o DCE, a

obrigatoriedade no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, as relações

étnico-raciais e o ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana, e também, o

ensino de história e cultura dos povos indígenas do Brasil.

ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS HISTORIAS SUAS CULTURAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

- Relações de Cultura

CONTEÚDOS BÁSICOS

- Os diferentes sujeitos suas culturas suas historias;

- A experiência humana no tempo;

- Os sujeitos suas relações com o outro no tempo;

203

Page 205: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

- As culturas locais e cultura comum.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS.

- Sujeitos da história; ( os alunos)

- História local;

- Introdução aos conhecimentos históricos;

- O historiador e a produção do conhecimento histórico;

- As Origens do ser Humano;

- O povoamento da América;

- Construção de processo de “Civilização”

- Civilização da Antigüidade Oriental: Mesopotâmia, Egito, Fenícios, Hebreus e

Persas.

- Civilização do extremo oriente: China e Índia.

- Civilização da Antiguidade Ocidental: Grécia Antiga.

- Civilização da Antiguidade Ocidental: Roma Antiga.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

A humanidade e a História

• De onde viemos, quem somos, como sabemos?

Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações.

• Teorias do surgimento do homem e da América.

• Mitos e lendas da origem do homem.

• Desconstrução do conceito de Pré-história.

• Povos ágrafos, memória e história oral.

• As primeiras civilizações na América

• Olmecas, mochicas, twanacus, maias, incas e astecas

• As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia

• Egito

• Hebreus, gregos e romanos

Península Ibérica nos séculos XIV e XV; cultura sociedade e política.

204

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• Reconquista do território

• Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo.

• Comércio (África, Ásia, América e Europa)

Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa

• Comércio

• Organização política – administrativa

• Manifestações culturais

• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea construção civil

Diáspora Africana.

7º ANO

A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO DA

PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

- Relações de Cultura

CONTEÚDOS BÁSICOS

- As Relações de Propriedade;

- A Constituição Histórica do Mundo do Campo e do Mundo da Cidade.

- A Relação entre Campo e a Cidade.

- A Produção Cultural do Campo e da Cidade.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

. Desenvolvimento do Feudalismo;

. Organização de grandes reinos;

. Transformações e crises que marcaram a constituição da modernidade;

. A Constituição da Modernidade;

. Uma nova mentalidade ligada a produção econômica;

. Internacionalização de um sistema de produção econômica;

. As altas culturas americanas;

. Exploração dos Impérios Coloniais na América;

205

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. Economia e Sociedade no Brasil colonial;

. A expansão do território do Brasil colonial.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Consolidação dos estados nacionais europeus e Reforma Pombalina

- Reforma e Contra- reforma

Independência das Treze Colônias Inglesas da América do Norte

- Diáspora africana

- Revolução Francesa

- Invasão Napoleônica na Península Ibérica

8º ANO

O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

- Relações de Cultura

CONTEÚDOS BÁSICOS

- História das Relações da Humanidade com o Trabalho;

- O Trabalho e as Contradições da Modernidade;

- Os Trabalhadores e as Conquistas de Direito;

- O Trabalho e a Vida em Sociedade.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

. Constituição do sistema de governo dos Estados Nacionais;

. Ocupação e colonização da América do Norte;

. Atividade mineradora no Brasil colonial;

. Desenvolvimento do processo de industrialização;

. Rompendo com a sociedade de Ordens e privilégios;

. Rompendo com o domínio colonial;

206

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. Luta pela independência na colônia portuguesa na América;

. Novas idéias políticas e econômicas;

. Disputas políticas e opressão da população urbana e rural provocam uma nova

organização política e administrativa no Brasil do século XIX.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)

- ludismo

- socialismo

- anarquismo

- relacionar: Taylorismo, Fordismo e Toyotismo.

• Colonização da África e da Ásia

• Guerra civil e imperialismo estadunidense

• Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé

• Questão Agrária na América Latina

• Primeira guerra mundial

• Revolução Russa

9º ANO

RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS

INSTITUIÇÕES SOCIAIS.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Relações de Trabalho;

- Relações de Poder;

- Relações de Cultura.

CONTEÚDOS BÁSICOS

- A Constituição das Instituições Sociais;

- A Formação do Estado;

- Sujeitos, Guerras e Revoluções;

- A Constituição das Instituições Políticas, Econômicas e Militares.

207

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

. Expansão política, econômica e tecnológica das potências européia;

. Instituição de uma forma de governo no Brasil;

. Guerra e Revolução;

. Crise, autoritarismo e guerra;

. Governo populista e ditatorial no Brasil;

. A Geopolítica bipolar do pós guerra;

. Brasil democracia e ditadura;

. A Geopolítica multipolar.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

• Crise de 1929

• Ascensão dos regimes totalitários da Europa.

• Movimentos populares da América Latina

• Segunda Guerra Mundial

• Independência das colônias africanas afro-asiáticas

• Guerra fria

• Guerra fria e os regimes militares na América Latina

• Política de boa vizinhança

• Revolução Cubana

• 11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende

• Censura dos meios de comunicação

• O uso ideológico do futebol na década de 70

• A copa na Argentina – 1978

Movimento de contestação no mundo

LVI. Maio de 68 – França

LVII. Movimento Negro

LVIII. Movimento Hippie

LIX. Movimento homossexual

LX. Movimento feminista

LXI. Movimento ambiental

LXII. Movimento punk

• Fim da bipolarização mundial

208

Page 210: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

• Desintegração do bloco socialista

• Neoliberalismo

• 11 de setembro nos EUA

• África e América Latina no contexto atual

HISTÓRIA ENSINO MÉDIO

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

- Relações Culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Tema 01- Trabalho escravos, servil, assalariado e o trabalho livre;

Tema 02- Urbanização e industrialização;

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

- A ciência História e as diferentes unidades e temporalidades;

- A Pré-história Geral, Americana, Brasileira e Paranaense;

- Civilização da Antiguidade: Mesopotâmia, Hebreus, Fenícios e Persas;

- Civilizações Africanas: Egito Antigo, Gana, Mali, Kongo, Hauças e Ndongo;

- Civilizações da Antiguidade Ocidental:

- Grécia e Roma Antiga;

- Os Reinos da Alta Idade Média Ocidental e Oriental: Bizantino, Franco e Árabe,

Muçulmano ou Islâmico;

- Modo de Produção Feudal;

- O poder e a influência da Igreja Ocidental, a Educação e a Cultura Medieval;

- As novas condições da Baixa Idade Média – Período de Transformações e Crises;

- Formação das Monarquias Nacionais, Absolutismo, Mercantilismo, Renascimento

Cultural, Reforma e Contra-Reforma Religiosa;

- Expansão Comercial e Marítima Européia;

- Indígenas ou primitivos habitantes do Brasil e o território brasileiro Pré-colonial e

inicio da colonização;

209

Page 211: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

- Indígenas ou primeiros habitantes do Paraná e ocupação (Encomiendas, Reduções

e as Obragens), caminhos (Peabiru, Graciosa, Itupava, Arraial e Viamão) povoamento,

tropeirismo e as primeiras vilas paranaenses;

- O tripé da economia colonial, empresa açucareira e a Sociedade colonial Brasileira

– África,: aspectos próprios e a riqueza cultural do continente;

- História local e regional;

- Visualização dos sujeitos segregados Negros e indígenas;

- Questões ambientais.

- Questões da terra;

- Tecnologia/internet

2º ANO

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

- Relações culturais

CONTEUDOS BASICOS

Tema 03- O Estado e as relações de poder;

Tema 06- Cultura e religiosidade.

CONTEUDOS ESPECIFICOS

-America colonial Espanhola e Inglesa;

- Iluminismo;

- Atividade Mineradora, sociedade mineradora colonial, revoltas reivindicatórias –

Pecuária e mineração no Paraná;

- Revolução Inglesa;

- Independência das 13 colônias da América do Norte;

- Revolução Francesa;

- Independência das Colônias Espanholas, do Brasil na América do Sul e

Emancipação Política do Paraná – Revolução Federalista e do Contestado;

- Revolução Industrial;

- Movimentos do século XIX: Liberalismo, Nacionalismo, Anarquismo e Unificações;

210

Page 212: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE ... · NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL

- Ampliação das fronteiras, Guerra da Secessão e o Imperialismo Norte Americano

na América Latina;

- Período Imperial brasileiro (1º Reinado, Período Regencial e 2º Reinado – Paraná

em relação a Guerra do Paraguai);

- Imperialismo e Neocolonialismo na África e Ásia;

-Transformações Socioeconômicas no Brasil Imperial do Século XIX

(Industrialização, atividades agropecuaristas e extrativistas, Imigração e Abolição);

- Economia Paranaense – Erva-Mate, Café (Norte Velho, Norte Novo e Norte

Novíssimo) e Madeira;

- Desenvolvimento das Idéias e do processo de Proclamação da República no Brasil;

- História Local e Regional;

- Sexualidade;

- Vilência;

- Drogadição;

- Consumo.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

- Relações Culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

Tema 04- Os Sujeitos, as Revoltas e as Guerras;

Tema 05- Movimentos Sociais, Políticos e Culturais e as Guerras e Revoluções.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

- Primeira Guerra Mundial;

- Período entre guerras: Revolução Russa, Crise Cíclica do Capitalismo de 1929 e

Os Estados Totalitários Europeus;

- República da Espada (1889 a 1891), República Velha, Das Oligarquias ou do Café-

com-leite (1891 a 1930) e o Movimento Paranista no Paraná;

- A Segunda Guerra Mundial. A Imigração japonesa no Paraná;

- Período Getulista no Brasil.

211

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O Paraná: Companhias de Colonização, Guerra do Porecatu e Criação do Estado do

Iguaçu;

- Brasil democracia e ditadura: República Populista Democrática (1946 a 1964) –

Companhias de povoamento e Reforma Agrária no Oeste do Paraná, República da

Ditadura ou Regime Militar (1964 a 1985) e República da Redemocratização (1985 a 209);

- A Geopolítica Bipolar do pós guerra: Desenvolvimento da Guerra Fria e seus

desdobramentos na Europa, Ásia, África (descolonização) e América Latina. Os conflitos

regionais no período de desenvolvimento da Guerra Fria;

- A geopolítica multipolar: Crise política e econômica do Socialismo Russo e seus

desdobramentos. Desenvolvimento da Globalização e seus efeitos políticos, econômicos,

militar, socioculturais e ambientais;

- Paraná na atualidade: Disputas pela terra, movimentos sociais, movimento

quilombola paranaense, as condições socioeconômicas dos indígenas paranaenses,.

Cultura, festas e manifestações artísticas paranaenses;

- História local e regional;

- Tecnologia/internet;

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Segundo a DCE de História, propõe-se que os conteúdos temáticos priorizem as

histórias locais e do Brasil, como também a Cultura Afra, Afro-brasileira, Indígena, e

história do Paraná, estabelecendo-se relações e comparações com a história mundial.

Neste estabelecimento de ensino, para o ensino fundamental e médio, será adotada a

forma integralizada e seriada.

Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico, o

professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio do trabalho com vestígios e

fontes históricas diversas, da problematização dos conteúdos, da fundamentação

historiográfica.

A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da

história local/Brasil para o mundo; deverão ser considerados os contextos relativos às

histórias local, da América Latina, da África e da Ásia.

Os conteúdos específicos devem ser articulados aos conteúdos básicos e

estruturantes: o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos

permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio

de narrativas históricas.

212

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Os conteúdos básicos do ensino médio deverão ser problematizados com temas

históricos por meio da contextualização espaço-temporal; esses conteúdos pretendem

desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanência, simultaneidades e

recorrências) e das periodizações.

Faz-se necessário então que a História dialogue com as outras áreas do

conhecimento. Toda história deve ser estudada em sua totalidade em sua própria

contemporaneidade, para tanto, a contextualização se faz determinante para a

compreensão do objeto em estudo, inserindo-o em seu tempo e espaço.

O encaminhamento metodológico propriamente dito será baseado em explosões de

ideias, exposições dialogada, análise de textos diversos, iconografias, mapas históricos e

filmes, produção individual e coletiva de textos históricos, solução de exercícios variados,

leitura, discussão e entendimento de textos; solução de questionários; elaboração de

mapas históricos; debates sobre os assuntos tratados; trabalhos em grupos; pesquisas

em livros didáticos e paradidáticos; comparação de resultados obtidos entre os trabalhos;

elaboração de conclusões que apontem a relação entre os dados pesquisados sobre

diferentes assuntos; filmes; revistas; textos didáticos e paradidáticos.

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de História objetiva favorecer a busca de coerência entre a

concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de

ensino e de aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das

ações pedagógicas, e não como elemento externo a esse processo.

Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter classificatório,

autoritário, pois estes materializariam um modelo excludente de escolarização e de

sociedade, o qual a escola pública tem o compromisso de superar com o intuito de

diminuir as desigualdades sociais.

Segundo Luckesi (2002), na concepção de ensino-aprendizagem destas diretrizes

curriculares, compartilha-se a ideia a respeito da avaliação diagnóstica e não

classificatória. As decisões tomadas na avaliação diagnóstica deverão ser assumidas

como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra

o aluno.

Ao considerar os conteúdos de História efetivamente tratados em aula, essenciais

para o desenvolvimento da consciência histórica, eis alguns critérios a serem observados

na avaliação dos alunos do ensino fundamental (conforme DCE – 2006):

213

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11. Se os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados;

12. Se o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo de

diferentes dimensões e contextos históricos propostos para o nível de ensino em

questão;

13. Se empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos;

14. Se compreendem a História como prática social, da qual participam como

sujeitos de seu tempo.

Tais critérios não esgotam o processo de avaliação pelo professor de História, são

indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das práticas avaliativas em

consonância com as diretrizes curriculares de História.

Especificamente ao ensino médio, o aluno deverá entender que as relações de

trabalho, de poder e culturais articulam e constituem o processo histórico. É preciso que

esteja esclarecido sobre o fato de que o estudo do passado se realiza a partir de

questionamentos feitos no presente, por meio da análise de diferentes documentos

históricos.

O aluno devera compreender como se encontram as relações de trabalho no

mundo contemporâneo, como elas se configuram e como o mundo do trabalho constitui

diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes às relações de

trabalho.

No que diz respeito às relações de poder, o aluno deve compreender que elas se

apresentam em todos os espaços sociais. Também deve identificar, localizar as arenas

decisórias e os mecanismos que a constituíram.

Quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos outros como

construtores de uma cultura comum considerada as especificidades de cada grupo social

e as relações entre eles. O aluno deverá entender como se constituíram as experiências

culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as permanências e mudanças nas

diversas tradições e costumes sociais.

Para o ensino médio, a avaliação da disciplina de História considera três aspectos

importantes:

• A aprimoração de conceitos históricos;

• A compreensão das dimensões e relações da vida humana (conteúdos

estruturantes) e;

• O aprendizado dos conteúdos específicos.

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Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis. O

professor deve recorrer a diferentes atividades, tais como: leitura, interpretação e análise

de textos historiográficos, sistematização de conceitos históricos, apresentação de

seminários, debates, provas, entre outras.

Tanto no ensino fundamental como no ensino médio, após a avaliação diagnostica,

o professor e seus alunos poderão revisitar as praticas desenvolvidas até então, de modo

que identifiquem lacunas no processo pedagógico. Esta ação permitira ao professor

planejar e propor outros encaminhamentos para a superação das dificuldades

constatadas.

Deseja-se que ao final do trabalho da disciplina de história, os alunos sejam

capazes de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder

nelas existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em que vivem de

modo a se fazerem também sujeitos da própria história (DCE: 2006).

A recuperação de estudos deve ser aplicada de forma diagnostica e paralela,

oportunizando ao aluno melhor compreensão do conteúdo, no qual não atingiu os

objetivos nas avaliações regulares, ou não pode estar presente no dia da avaliação.

A atividade de recuperação segue os mais diversos recursos apresentados pelo

professor ao aluno, por meios de avaliações orais, escritas, trabalhos em forma de

pesquisa, debates, seminários, etc., com o intuito de fazer com que o aluno assinale o

conteúdo trabalhado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

BARCA, I. O pensamento histórico dos jovens: ideias dos adolescentes acerca da

provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade de Minho, 2000.

BURKE, P (org) A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.

HOBSBAWM. E. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Historia. Curitiba: SEED, 2008.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do

estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

RÜSEN, J. Studies in metahistory. Pretoria: HRSC Publishers, 1993a.

SCHMIDT, M. A.; CAINELLI, M. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2004.

(Pensamento e ação no magistério).

SCHMIDT, M. A. Moreira dos S.; GARCIA, T. M. F. B. A formação da consciência histórica

de alunos e professores e o cotidiano em aulas de história. Caderno Cedes, Campinas, v.

25, n. 67, p. 297-308, set./dez., 2005.

THOMPSON, E. P. A miséria da teoria: ou um planetário de erros. Rio de Janeiro:

Zahar, 1978.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Historicamente, a disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno

VIDA, permitindo identificar a concepção de Ciência presente em cada momento histórico

e as relações estabelecidas com o próprio momento em que se destaca, as interferências

que sofre e provoca nesses momentos, e que influencia o processo de construção de

conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo

tempo, compreendê-lo.

Em meio as necessidades humanas, a Ciência desenvolve a análise da formação,

consolidação e superação das estruturas objetivas do humano na sua subjetividade nas

suas relações sociais. No entanto, os conhecimentos apresentados pela disciplina de

Biologia não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos métodos

teóricos elaborados pelo ser humano, que evidenciam o esforço de entender, explicar,

usar e manipular os recursos naturais.

A Ciência apresenta em cada contexto, sempre esteve sujeita à interferências,

determinações, tendências e transformações da sociedade, aos valores e ideologias, as

necessidades materiais do homem em cada momento histórico. Ao mesmo tempo que

sofrem interferências nelas interferem ( ARAÚJO, 2002, ANDERY, 1988 ).

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A Biologia deve ser apoiada em conhecimentos pré existente para que dessa

forma, os novos conhecimentos construídos possam ser ampliados, permitindo ao homem

ter maior discernimento sobre os fatos.

E o conhecimento, como construção, é sempre um processo inacabado. Assim a

uma ideia atribui-se valor quando ela pode ser frequentemente usada como resposta às

questões postas. Entretanto essa ideia, quando conservada em detrimento do

questionamento formativo pode constitui-se em obstáculo ao desenvolvimento do

conhecimento científico bem como à aprendizagem científica.

A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser entendida e

compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano

( ANDERY , 1988 ). Compreendida assim, é mais uma das formas de conhecimento

produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas necessidades materiais

deste em cada momento histórico.

Pode-se afirmar que a preocupação com os entendimentos dos fenômenos naturais

e a explicação racional da natureza, levou o homem a propor concepções de mundo e

interpretações que influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria

humanidade.

Refletir nessa perspectiva significa pensar criticamente o ensino de Biologia, às

abordagens do processo e o vínculo pedagógico em consonância com as práticas sociais,

visando romper com “relativismo cultural” , com as “ pedagogias das competências “ e a

supremacia das práticas sociais hegemônicas.

Entende-se assim, que a Biologia contribui para formação de sujeitos críticos,

reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos, desde que os mesmos proporcionem o

entendimento do objeto de estudo – o fenômeno da VIDA – em toda a sua complexidade

de relações, ou seja, na organização dos seres vivos; no funcionamento dos mecanismos

biológicos; do estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de

variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas; e das implicações dos

avanços biológicos no fenômeno VIDA.

Que o nosso educando compreenda que a Biologia, assim como as demais

ciências em geral, não são um conjunto de conhecimentos definitivamente estabelecidos,

mas que se modifica ao longo do tempo, buscando sempre corrigi-los a aprimorá-los.

E assim desenvolvendo o pensamento lógico e o espírito crítico, aplicando os

conhecimentos adquiridos de forma responsável, de modo a contribuir para a melhoria

das condições ambientais da saúde e das condições gerais de vida e de toda a

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sociedade. Identificando as relações e a interdependência entre todos os seres vivos até

mesmo da nossa espécie com os demais elementos do ambiente, e como essas relações

são importantes para a continuidade da vida em nosso planeta.

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO

Organização dos

Seres Vivos

Mecanismos

Biológicos

Biodiversidade

Classificação dos seres

Vivos e níveis de

organização.

Sistemas Biológicos;

Mecanismos celulares,

biofísicos e

bioquímicos.

Teorias evolutivas

- Biologia como ciência (histórico);

níveis de organização dos seres

vivos; a célula; diferenciação de

célula animal e vegetal; divisão

celular; histologia animal;

estrutura e o funcionamento das

organelas citoplasmáticas; núcleo

como centro controlador do

metabolismo celular; DNA e RNA.

- Ecologia: Biomassa e dinâmica

dos ecossistemas; fluxo de

matéria e energia; evolução e

diversidade da vida; mecanismo

celular de Robert Hooke;

reconhecimento do núcleo celular;

divisão celular e síntese protéica.

- Origem da vida na Terra;

surgimento dos primeiros seres

vivos; biogênese e abiogênese.

- Relação dos seres vivos e o

meio ambiente; potencial biótico e

resistência ao meio ambiente;

potencial biótico e sucessão

ecológica; redes alimentares;

origem da vida na terra; teoria do

surgimento dos seres vivos; seres

unicelulares e pluricelulares;

autótrofos e heterotróficos;

- Espera – se que o

aluno:

Reconheça que o

objeto de estudo da

biologia é a vida e

caracterize os níveis

de organização dos

seres vivos.

- Identifique a

estrutura e o

funcionamento das

organelas

citoplasmáticas.

-Compreenda a

importância e valorize

a diversidade

biológica para

manutenção do

equilíbrio dos

ecossistemas.

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Manipulação

genética

Dinâmica dos

ecossistemas: relação

dos seres vivos e a

interdependência com o

ambiente.

Organismos

geneticamente

modificados

evolução e diversificação da vida;

- Relação entre a ciência

tecnologia e sociedade;

melhoramento

genético;OGM;projeto genoma.

- Compare e

estabeleça diferenças

entre os tipos

celulares nos

sistemas biológicos

( histologia ).

- Reconheça os

mecanismos

bioquímicos e

biofísicos que

ocorrem no interior

das células.

- Analisar as

diferentes teorias

sobre a origem da

vida.

- Classificar os seres

vivos quanto ao

número de células,

tipo de organização

celular, forma de

obtenção de energia

e tipo de reprodução.

-Relacione os

conhecimentos

biotecnológicos às

alterações produzidas

pelo homem na

diversidade biológica.

Os Desafios Contemporâneos serão contemplados conforme disposto no PPP nos

projetos interdisciplinares, em programas específicos oferecidos pela escola sendo que na

disciplina de Biologia são possíveis relações:

Meio Ambiente: Ecossistemas, poluição Atmosférica, do solo e da água; Desmatamento;

Ética: Bioética ( células tronco, inseminação artificial).

2ª SÉRIE

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CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

AVALIAÇÃO

Organização dos

Seres Vivos

Mecanismos

Biológicos

Biodiversidade

Manipulação genética

Classificação dos seres

vivos: Critérios

taxonômicos e

filogenéticos

- Sistemas Biológicos:

Anatomia, morfologia,

Fisiologia.

Dinâmica dos

ecossistemas

Organismos

geneticamente

modificados.

- Formas de agrupar as

diversidades biológicas;

procariontes e

eucariontes; autótrofos e

heterótrofos; unicelular e

pluricelular; taxonomia

comparada

( características gerais

dos cinco reinos).

- Diferenciação e

organização celular em

tecidos; diferenças

morfológicas entre os

tipos celulares mais

freqüentes nos sistemas

biológicos

( histologia vegetal ).

- Relações entre os

seres vivos e a

interdependência com o

ambiente.

-Organismos

Geneticamente

modificados, vegetal e

animal; melhoramento

genético animal e

vegetal;

Desequilíbrio ambiental.

- Identifique e compare

as características dos

diferentes grupos dos

seres vivos.

- Estabeleça relações

entre as características

específicas dos

organismos vegetais e

animais, e dos vírus.

- Reconhecer e

compreender a

classificação morfológica

e estrutural dos seres

vivos.

- Compreenda a

anatomia, fisiologia e

embriologia dos

sistemas biológicos.

Identifique algumas

técnicas de manipulação

do material genético e

os resultados

decorrentes de sua

aplicação/ utilização.

Os Desafios Contemporâneos serão contemplados conforme disposto no PPP nos

projetos interdisciplinares, em programas específicos oferecidos pela escola sendo que na

disciplina de Biologia são possíveis relações:

Meio Ambiente: Ecossistemas, Manejo sustentável, Transgênicos,Preservação das

Matas Ciliares.

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3ªSÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

AVALIAÇÃO

Organização dos

Seres Vivos

Mecanismos

Biológicos

Biodiversidade

Manipulação genética

Sistemas Biológicos:

Anatomia, morfologia e

fisiologia

Mecanismos de

desenvolvimento

embrionário.

Dinâmica dos

ecossistemas: relação

dos seres vivos e a

interdependência com o

ambiente.

Organismos

Geneticamente

Modificados

- Mecanismos de

funcionamento do

organismo humano:

digestores, respiratório,

cardiovascular, excretor,

locomotor, endócrino,

sensorial, nervoso e

reprodutor.

- Embriologia comparada;

genética humana,

características

fenotípicas e genotípicas;

cariótipo humano;

sistema ABO; mutações

genéticas.

- Evolução e

diversificação da vida;

papel do ambiente na

transmissão de

caracteres hereditários;

diversificação dos seres

vivos; adaptação das

espécies; irradiação

adaptativa; evolução

convergente e origem

das espécies.

- Genética de

populações;

aconselhamento

genético; Projeto

Genoma; recursos

tecnológicos para

readaptação; genoma e

proteoma.

- Compreenda os

mecanismos de

funcionamento de uma

célula: digestão,

reprodução, respiração,

excreção, sensorial,

transporte de

substâncias.

- Identifique a anatomia,

morfologia, fisiologia e

embriologia dos sistemas

biológicos (digestores,

reprodutor,

cardiovascular,

respiratório, endócrino,

muscular, esquelético,

excretor, sensorial e

nervoso).

- Reconheça a

importância da estrutura

genética para

manutenção da

diversidade dos seres

vivos.

-Relacione e analise as

diferentes teorias sobre a

origem da vida e a

evolução das espécies.

-Entenda o processo de

transmissão das

características

hereditárias entre os

seres vivos.

- Analise e discuta

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interesses econômicos,

aspectos éticos e

bioéticos da pesquisa

científica que envolvem a

manipulação genética.

Os Desafios Contemporâneos serão contemplados conforme disposto no PPP nos

projetos interdisciplinares, em programas específicos oferecidos pela escola sendo que na

disciplina de Biologia são possíveis relações:

Sexualidade: Sistema Reprodutor, Prevenção as DST’s, Gravidez na Adolescência.

Sistema Nervoso : Atuação das Drogas no S.N.C.

Ética: Bioética

Pluralidade cultural: genética (fenótipo); Cultura Afro-Brasileira e Indígena ( transmissão

das características hereditárias).

METODOLOGIA

O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deve ocorrer de forma integrada

que o educando compreenda o processo de construção do pensamento biológico

presente na História da Ciência como construção humana.

É importante que o professor de Biologia, ao elaborar seu plano de trabalho

docente, garanta o previsto na Lei n. 10.639/03 que torna obrigatório a presença de

conteúdos relacionados à história e cultura afro-brasileira e africana; deve ser

resguardado o espaço para abordagem da história e cultura dos povos indígenas, em

concordância com a lei n. 11.645/08; assim como Educação do campo; História do

Paraná ( lei nº 13.381/01 ) ; Educação Ambiental ( Lei nº 9.795/99 ) ; Gênero e

Diversidade Sexual ; Cidadania e Direitos Humanos ; Prevenção ao uso Indevido de

Drogas .

Serão utilizadas várias técnicas para o desenvolvimento dos conteúdos, tais como

exposições participativas e atualizadas dos conteúdos ; práticas experimentais com o uso

de laboratório de biologia ; utilização do laboratório de informática; leitura e debate de

textos atualizados de jornais , revistas ; dinâmica de grupo ; mini-seminários, exposições

de eventos científicos ( feira de ciências, feira culturais, oficinas) ; palestras com

conteúdos afins ; escrever resumos, sínteses, relacionadas a fenômenos biológicos e

relatórios de experimento ; construir gráficos, tabelas e esquemas a partir de dados

obtidos de experimentos, livros, revistas, pesquisas em geral. Durante as aulas serão

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utilizados todos os recursos audiovisuais, TV, pendrive e multimídia disponíveis na escola,

atividades de desafio e extracurriculares.

Recursos como aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as analogias

entre tantos outros, devem favorecer a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas

percepções, significados, interpretações, uma vez que aprender envolve a produção /

criação de novos significados, tendo em vista que esse processo acarreta o encontro e o

confronto das diferentes ideias que circulam em sala de aula. Elas são demarcadoras do

papel social assumido pelo professor e pelos alunos e devem ser pensadas a partir do

significado das mediações, das influencias e incorporações que os alunos demonstram.

De acordo com as DCEs, os experimentos são ponto de partida para desenvolver a

compreensão de conceitos ou a percepção de sua relação com as ideias discutidas em

aula, de modo a levar os alunos a aproximarem teoria e prática e, ao mesmo tempo,

permitir que o professor perceba as dúvidas de seus alunos.

Outra atividade que além de integrar conhecimentos veicula uma concepção sobre

a relação homem- sociedade, e possibilita novas elaborações em pesquisa, é o estudo do

meio. Esse estudo pode ocorrer em visitas técnicas nas indústrias, universidades,

parques, praças, bosques, rios, zoológicos, mercadões, lixões, fábricas, laboratórios,

entre outros.

Os minicursos, palestras e feiras de ciência tem como objetivo divulgar as

atividades desenvolvidas pelos educandos a comunidade escolar, propiciando o

desenvolvimento pessoal e a troca de experiências, e preparando o exercício da

cidadania.

AVALI AÇÃO

A avaliação não é um ato mecânico, isolado, mas contínuo, permanente, pois

deverá diagnosticar a aprendizagem, facilitando ao professor o encaminhamento do aluno

ao ponto desejado, levando em consideração o progresso nas habilidades cognitivas

básicas e atividades fundamentais de trabalho.

O aluno será avaliado de forma contínua e de modo a explicar o grau de

compreensão da realidade, vindos da construção do conhecimento. Isto ocorrerá na forma

de atividades extraclasse, trabalhos em grupo, debates interpretação, apresentações de

trabalhos, produção de textos, relatórios de atividades experimentais e avaliação teórica.

A avaliação verificará se os alunos desenvolveram as competências e habilidades

propostas, a partir do que é básico e essencial, se necessário, faram a retomada dos

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conteúdos, com posterior reavaliação, possibilitando uma nova oportunidade ao aluno

(recuperação paralela contínua).

As referências numéricas atribuídas às atividades realizadas serão somativas e

cumulativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMABIS < José Mariano e MARTHO, Gilberto Rodrigues.Biologia das Populações. Ed .

Moderna. 1996.

BIZZO, Nélio, Evolução dos Seres Vivos, Àtica, 1994.

DCE’ – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná. 2008.

FONSECA, Albino, Coleção Horizonte – Biologia, IBEP, 1999.

FREIRE – MAIA, N. Teoria da evolução: de Darwin a Teoria Sintética, São

Paulo:Itatiaia, 1988.

GUTTON, Arthur C., Fisiologia Humana, Interamericana.

HELENE, M.E.M. Evolução e biodiversidade: o que nós temos com isso? São Paulo:

Scipione 1996.

JOELY, A.B. Botânica; introdução a taxonomia vegetal. São Paulo: Editora Nacional,

2002.

JUNQUEIRA,L.C., CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 1990.

LIBÃNEO, J.C. Tendências Pedagógicas na Prática Escolar.in: Revista da ANDE,

1983.

MEC/SEB- Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004.

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MELLO, R. de A. Embriologia comparada humana. São Paulo: Atheneu, 1989.

ODUM, E. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

PARANÁ. DELIBERAÇÃO Nº 02/03- Conselho Estadual de Educação, do Estado do

Paraná, Curitiba, 2003.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Ed. Ática. São Paulo, 2005.

SASSON, Cezar e Silva, César. Biologia. Ed. Saraiva. São Paulo, 1996.

SEED. Biologia. Curitiba, 2006.

WILSON, E.O. Diversidade da vida. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

KUENZER, A. Z. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do

Trabalho. São Paulo: Cortez, 2002.

PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

ENSINO FUNDAMENTAL

A Matemática está presente em, jornais, revistas, propagandas, produção

agropecuária, etc, tem aplicação direta e imediata em inúmeras situações que se

apresentam no cotidiano, principalmente no contexto em que a instituição se enquadra,

ou seja, educação no campo. Desde a mais simples operação de contar, até os mais

complexos cálculos e equações, que fundamentam o conhecimento nos vários ramos

científicos, a Matemática se impõe com grandeza suficiente para ser explorada de forma

mais ampla.

A matemática é uma ciência exata, pura, constituindo um corpo de conhecimentos

construído com rigor absoluto. Porém, é necessário olhar a Matemática como uma ciência

viva, fruto da criação e invenções humanas, e que seu ensino, em constante

transformação, tem contribuído para a solução de problemas científicos e tecnológicos.

Em lugar de “ensinar” no sentido tradicionalmente entendido, o professor passa a

estar ao lado de um aluno, de uma dupla ou de uma equipe, ajudando-os a pensar, a

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descobrir, e a resolver problemas, usando caminhos e estratégias diversificados. Com

isso, o professor transforma-se também em um investigador, buscando e criando novas

atividades, novos desafios e novas situações-problema registrando tudo para posterior

reflexão, transformação e aprimoramento.

A ação intencional do homem sobre a realidade tem raízes na necessidade, seja

ela de natureza social, econômica, afetiva ou cultural. Essa busca por respostas

proporciona a elaboração de construções mentais que podem desencadear novas ações,

numa relação dialética entre a teoria e a prática.

A disciplina em questão tem papel fundamental na formação do cidadão, pois

interfere na inserção de pessoas no mercado de trabalho e também na compreensão de

acontecimentos relevantes do cotidiano e no exercício da cidadania plena.

A sociedade cada dia mais se defronta com novos padrões de produtividade e

qualidade constantemente exigidos nas relações de trabalho e produção. Os fatos e

decisões socioeconômicos e políticos são divulgados em formas conceitualmente

definidas, não raras vezes, em gráficos, tabelas e representações estatísticas, leis

ambiental, fiscal etc.

A Matemática é de grande auxílio, ao desenvolver metodologias que enfatizem a

construção de estratégias, a comprovação e a justificativa de resultados, a criatividade e a

autonomia na própria capacidade de buscar soluções. Sendo assim, adotaremos a

concepção que atribui ao ensino da Matemática o papel de desenvolver a capacidade de

investigar ideias matemáticas, de resolver problemas, de formular e testar hipóteses, de

induzir, deduzir, generalizar e inferir resultados. Pretendemos, assim, que os alunos

compreendam conceitos, desenvolvam raciocínios e algoritmos próprios, aprendam

algoritmos escolares, representem ideias, relacionado ao contexto rural em que esta

inserido, por meio de linguagens formais, busquem coerência em seus cálculos,

comuniquem e argumentem suas ideias com clareza.

A matemática deve ser uma ferramenta para auxiliar a vida cotidiana na realização

das muitas tarefas especificas de inúmeras profissões. Ela também contribui para o

desenvolvimento de processos de pensamento e aquisição de atitudes, cuja utilidade e

alcance transcendem o âmbito da própria ciência, podendo formar hábitos de

investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar

situações novas e de capacidades pessoais.

A Matemática é de fundamental que por meio desta o professor incentive e

estimule importância, a fixação e a valorização do homem no campo levando em

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consideração a historia de vida dos alunos; seus conhecimentos sobre determinado

assunto, suas condições sociológicas, psicológicas e culturais. Pois entendemos que,

somente a simples resolução de exercícios, o treino de técnicas de cálculos e a

memorização de fórmulas e processos não sejam suficientes para atingir as finalidades do

ensino de Matemática. Não se pode perder de vista que a construção de um conceito

matemático deve ser iniciada com situações significativas que possibilitem ao aluno ter

consciência e manifestar seu conhecimento prévio sobre o assunto.

Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado tanto

para os aspectos cognitivos como para a relevância social do ensino da Matemática. Isso

implica olhar tanto do ponto de vista de ensinar e do aprender matemática, quanto do seu

fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los

(MEDEIROS, 1987).

O objetivo de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está

centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o

conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), e envolve o estudo de

processos que investigam como o estudante compreende e se apropia da própria

matemática “Concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos,

algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, P.70). Investiga, também, como o aluno, por

intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza

diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento

matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados,

discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do

aluno.

Segundo as Diretrizes curriculares da Educação Básica, pela educação

matemática, deve-se almejar um ensino que possibilite aos estudantes análises,

discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias.

Seguindo a orientação da DCE (Diretrizes Curriculares da Educação Básica), os

conteúdos estruturantes para a Educação Básica dessa proposta serão organizados de

forma a privilegiar a inter-relação entre os conteúdos de cada um dos seguintes eixos:

números e álgebras, Grandezas e medidas, Geometrias, funções e tratamento da

informação; lembrando que o conhecimento matemático, quando significativo para o aluno

contribui para o desenvolvimento do senso critico , na medida em que proporciona as

condições necessárias para uma análise das informações da realidade que o cerca e que

se inter-relaciona com as demais áreas do conhecimento.

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ENSINO MÉDIO

O currículo de matemática para o ensino médio deve contribuir para a

universalização da educação básica, desenvolvendo o saber matemático, cientifico e

tecnológico, não como prerrogativa de especialistas em cada área, mas como condição

de cidadania.

Com base no documento de Ciência e Tecnologia para o ensino médio, a

matemática no Ensino Médio tem um valor formativo, que ajuda a estruturar o

pensamento e o raciocínio dedutivo, porém também desempenha um papel instrumental,

pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas específicas

em quase todas as atividades humanas.

As recomendações atuais das diretrizes curriculares é um ensino-aprendizagem

centrado no aprender a aprender e a pensar, dar significado ao aprendido e a fazer a

ponte entre a teoria e a prática, condição básica para o contínuo aperfeiçoamento no

decorrer da vida; fazendo a fundamentação da crítica e argumentando com bases em

fatos concretos.

Compreende-se assim que para dominar a matemática é preciso entendê-la

aplicada em inúmeras situações, pois vivemos num mundo regido pelas leis naturais e

imersos em um universo de relações que possibilitam um amplo espaço pedagógico para

o desenvolvimento da contextualização na matemática.

Segundo Lobachevsky: “Não há ramo da matemática, por mais abstrata que seja,

que não possa um dia vir a ser aplicada aos fenômenos do mundo real”. Portanto, é

necessário que o aluno compreenda as ideias básicas da matemática, desse nível de

ensino e, quando necessário saiba aplicá-las na resolução de problemas.

O objetivo da educação no Ensino Medio em cada área do conhecimento deve

envolver, de forma combinada, o desenvolvimento de conhecimentos práticos,

contextualizados, que respondam à necessidade da vida contemporânea e ao

desenvolvimento de conhecimentos mais amplos e abstratos, que correspondam a uma

cultura geral e a uma visão de mundo. Deve-se colocar o aluno numa situação que os

instigue e ao mesmo tempo ofereça condições para a busca da compreensão do mundo,

devido essa constatação.

Com a crescente velocidade das mudanças tecnológicas e conseqüente

surgimento de novas exigências no mercado de trabalho, têm sido necessários esses

redimensionamentos de conteúdos, onde a contextualização visa retirar os alunos da

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condição de espectadores passivos, proporcionando uma leitura global do mundo, onde o

conhecimento se inter-relacione.

O aprendizado matemático é parte essencial na formação dos cidadãos em sentido

universal e não apenas no profissionalizante. É um aprendizado útil á vida e ao trabalho,

onde os conceitos matemáticos se transformam em instrumentos de compreensão,

intervenção e mudança na previsão da realidade e deve fazer coro com as demais

disciplinas que são objeto do conhecimento humano.

No ensino médio os conteúdos também estão estruturados de acordo com a

organização das Diretrizes curriculares: números e álgebras, Grandezas e

medidas,Geometrias, funções e tratamento da informação; sendo desdobrados em

conteúdos específicos, sempre considerando o aprofundamento a ser observado para a

série e nivel de ensino.

Quanto às caracteristicas estruturais da matemática, é necessário que os jovens

percebam a existência de definições, demonstrações, encadeamentos conceituais e

lógicos necessários a construção de novos conceitos e estruturas utilizados para validar

intuições e até dar sentido a alguns procedimentos adotados.

Segundo Paulo Freire: “A educação é um ato de amor, portanto um ato de

coragem. Não pode temer o debate, a análise da realidade; não pode fugir a discussão

criadora, sob pena de ser uma farsa”.

OBJETIVO DE ESTUDO DA DISCIPLINA

A Matemática desempenha um importante papel na formação de cidadão s

capazes de compreender o mundo em que vivem e em se comunicar em sociedade, pois

ela esta relacionada a várias áreas do conhecimento como História, Geografia, Ciências,

Artes, entre outras, diante disso, o conhecimento Matemático constitui uma ferramenta de

grande aplicabilidade e deve ser amplamente explorado, principalmente no que se refere

a educação no campo.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

No Ensino Fundamental a disciplina de matemática deverá proporcionar condições

para que o aluno:

• Adquira conhecimentos básicos, técnicas de trabalho, pesquisas e estudos a

fim de possibilitar sua integração na sociedade em que vive.

229

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• Desenvolva a capacidade de analisar, sintetizar, relacionar, comparar,

generalizar e abstrair.

• Analise, interprete, formule e resolva situações-problema (mentais ou

escritos, exatos ou aproximados).

• Proporcionar estudos estudos por meio de atividades, como levantamentos

estatísticos, cálculo de área e porcentagem que contemplem e valorizem a Educação

Ambiental (Lei nº9795/99) e a Educação Fiscal(Portaria 413/2002).

• Desenvolver conteúdos, por meio das tendências de ensino, envolvendo

conceitos das culturas Indígenas, Afro -brasileira, gênero e diversidade sexual, uso

indevido de drogas, enfrentamento da violência (Lei n°10639/03).

• Adquira hábitos de trabalho, reflexão, persistência e rigor, precisão e

organização.

• Seja capaz de conceituar, desenvolver, reconhecer, determinar, interpretar e

aplicar os conteúdos por série.

• Desenvolva o prazer da descoberta, a curiosidade científica, a intuição e o

pensamento crítico em relação ao conteúdo matemático e/ou com relação a temas que

proporcionem o verdadeiro exercício de sua cidadania.

• Desenvolva o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e

transcender o imediatamente sensível.

Para que os estudantes tenham um melhor preparo para a sua inserção no mundo

do conhecimento e do trabalho, no Ensino Médio a disciplina de matemática deverá

proporcionar condições para que o aluno:

• Adquira conhecimentos básicos, técnicas de trabalho, pesquisas e estudos a

fim de possibilitar sua integração na sociedade em que vive.

• Construa e reconstrua seu pensamento lógico matemático.

• Obtenha uma melhor interação entre os conteúdos e sua aplicação na

realidade.

• Identifique os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e

transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual característico, da

matemática, como aspecto que estimula o interesse a curiosidade, a criatividade, a

investigação e a capacidade de resolver problemas.

• Expresse-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas e

valorize a precisão da linguagem e as demonstrações matemáticas.

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• Reconheça representações equivalentes de um mesmo conceito,

relacionando procedimentos associados às diferentes representações.

• Desenvolva valores e atitudes, tais como: busca de informação, a

demonstração de responsabilidade, a confiança em sua forma de pensar, a

fundamentação de suas argumentações.

• Compreenda os conceitos, procedimentos e estratégias da Matemática que

permitam a ele desenvolver estudos posteriores e/ou adquirir uma formação científica.

• Aplique seus conhecimentos matemáticos a situações diversas, utilizando-o

na interpretação das ciências, na atividade tecnológica e nas atividades diárias.

• Proporcionar atendimento individualizado de acordo com as necessidades, e

dificuldades, por meio da Sala de Recursos, visto que a estrutura da escola não comporta

a Sala de Apoio em Matemática.

CONTEÚDOS

6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

FUNÇÕES GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIASTRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

231

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1-Organização do S.M.D. e comparação com outros sistemas de medidas.

2- Medidas de comprimento: -Escalas,médias arit-méticas, superfície e perímetro .-metro (múltiplos e submúltiplos)

4- Números Naturais(N) e Racionais(Q) em contagens e medidas

5-Medidas de massa-Estabelecer relação entre múltiplo e submúltiplos.

6-Medidas de área- áreas das principais figuras planas- volume do cubo e do paralelepípedo - Unidades agrárias e a unidade padrão de superfície.

7-Medidas de volume-metro cúbico- Litro, massa e volume.

8-Medidas de tempo-horas, minutos e segundo;

A-Geometria Plana:1-Ponto, reta, e plano.2-Semi-reta e segmento de reta3-Figuras geométricas

4-Polígonos5-Circulo e circunferência(diferenças e elementos)

B-Espacial:1-Poliedros2-corpos redon-dos.3-Estudo da forma planifi-cada e de seus elementos.

1-Interpreta-ção de dados e construção de tabelas

2-Gráficos de barras

3-Gráficos de colunas

4-Média aritmética

5-Porcenta-gem

7º ANO-ENSINO FUNDAMENTAL

NÚMEROSE ALGEBRAS

FUNÇÕES GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIASTRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

232

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1-Números inteiros-as quatro operações-expressões numéricas

2-Números racionais relativos:-as quatro operações-expressões numéricas

3-Potencias e suas propriedades

4-Raízes exatas

5-Equação do 1° grau- Noções de incóg-nitas, o papel da igualdade em senten-ças algébricas.

6-Inequação do 1° grau

7-Razão e proporção-noções de proporcio-nalidade;-grandezas diretamen-te proporcional e grandezas inversa-mente proporcionais.

8-Regra de três simples

1-Medidas de temperaturas

2-Sistema monetário-real, dólar, etc.-Problemas com dívidas e ganho

3- Medidas de ângulos:-classificar ângulos -Fracionamento de grau.-utilizar o transferidor para medir ângulos-soma e subtração de ângulos

1-Geometria Plana

2-Geometria Espacial

1-Pesquisa estatística

2-Média aritmética

3-Moda e mediana

4-Porcenta-gens

5-Juro simples

6-Tabelas e gráficos

233

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8º ANO-ENSINO FUNDAMENTAL

NÚMEROSE ALGEBRAS

FUNÇÕES GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIASTRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

1-Números racionais-as quatro operações-expressões numéricas

2-Números irracionais:-expressões numéricas

3-Potencias e suas propriedades-Notação científica

4-Extração de raízes quadradas exatas e raízes quadradas aproximadas.

5-Sistemas de equações do 1° grau:-revisão de equações e inequações;-método da compara-ção;-método da substitui-ção.

6-Operações com monômios:-história da álgebra-termo algébrico 7-Operações com polinômios

8-Produtos notáveis

1- Ordenação e representação geo-métrica de números inteiros, racionais e irracionais (reta nu-merada).

2-Sistema de coor-denadas cartesianas.-identificar pares ordenados-identificar abscissa e ordenada

1-Comprimento da circunferência e área do círculo.

2-Perímetro e áreas dos polígonos.

3- Ângulos formados pelas retas paralelas interceptadas por uma transversal

4-Área e volume dos poliedros

1-Geometria Plana

2-O estudo dos Triângulos:-triângulos semelhantes

3-Geometria Não Euclidiana

4-Noção de paralelismo:-representação de retas no plano.

1-Estatística

2-População e amostra.

234

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9º ANO-ENSINO FUNDAMENTAL

NÚMEROSE ALGEBRAS

FUNÇÕES GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIASTRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

1-Números reais

2-Propriedades dos radicais

3-Equação do 2° grau-completa e incompleta-utilizar diferentes processos para resolução-linguagem algébrica na interpretação de problemas

4-Equação irracional

5-Equação biquadrada

6-Sistemas de equações do 2° grau

7-Teorema de Pitágoras:.-Diagonal de um quadrado-Altura de um triângulo eqüilátero

8-Regra de três em situações- problema.

1-Função afim-Reconhecer uma função afim-representação e análise gráfica-declividade em relação ao sinal da função

2-Função quadrática-Reconhecer uma função quadrática-representação e análise gráfica-concavidade da parábola-sinal da função

1-Relações métricas no triângulo retângulo.

2-Relações trigonométricas no triângulo retângulo.

3-Aplicação de equação do segundo grau em área e perímetro de um quadrado, retângulo e triângulo.4- Relacionar raiz quadrada com área e raiz cúbica com volume

1-Geometria Plana:-Semelhança de polígonos-semelhança de triângulos

2-Geometria analítica:-Retas paralelas -Teorema de Tales

3-Geometria não Euclidiana

4-Geometria espacial: - cálculo de áreas de figuras planas, volume, capacidade e massa com sólidos.

1-Noções de análise combinatória

2-Noções de probabilidade

3-Estatística

4-Juros compostos

1° ANO –ENSINO MÉDIO

NÚMEROSE ALGEBRAS

FUNÇÕES GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIASTRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

1-Números reais-conjuntos numéricos-intervalos

2-Equações e inequa-ções exponenciais.

3-Equações e inequações

1-Função afim-Reconhecer uma função afim-representação e análise gráfica

2-Função quadrática-Reconhecer uma

1-área do circulo e comprimento da circunferência2-Área das figuras planas3-Medidas de energia

1-Geometria analítica: análise dos diferentes tipos de reta formados no plano cartesiano

2-Geometria não

1-Estatística

2-Matemática financeira: juros simples e compostos.

235

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logarít-micas

4-Equações e inequa-ções modulares.

função quadrática-representação e análise gráfica-concavidade da parábola-sinal da função

3-Função polinomial-Reconhecer uma função polinomial-representação e análise gráfica

4-Função exponencial-Reconhecer uma função exponencial-representação e análise gráfica

5-Função logarítmica-Reconhecer uma função logarítmica-representação e análise gráfica

6-Função modular:-Reconhecer uma função modular-representação e análise gráfica

7-P.A._Progressão aritmética

8-P.G._Progressão geométrica

Euclidiana

1.5.6- 2° ANO –ENSINO MÉDIO

NÚMEROSE ALGEBRAS

FUNÇÕES GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIASTRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

1-Matrizes-Matriz quadrada-Igualdade de matrizes-Operações com ma-trizes-Propriedades

2-Determinantes-Matriz quadrada-Regra de Sarrus-Cofator e Teorema de Laplace

1-Funções trigonométricas:-Função seno

-Função cosseno

-Função tangente

-outras funções

1-Razões trigonométricas no triangulo retângulo

2-Trigonometria-ciclo trigonométrico-arcos côngruos-relações trigonométri-cas-propriedades

1-Unidade de medidas de arcos e ângulos-grau-radiano-comprimento de um arco

1-Análise combinatória-Problemas que envolvem contagem-principio multiplicativo-Fatorial-Arranjo simples-Permutação simples-Combinação

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-Outros teoremas

3-Sistemas lineares-Classificação-Regra de Cramer-Escalonamento

3-Equações trigonométricas:

4-Inequações trigonométricas

simples

2-Binômio de Newton-Número binomial-Fórmula do binômio-Termo geral

3-Estudo das probabilidades-espaço amostral-tipos de eventos-probabilidade condicional-eventos independen-tes.

3° ANO –ENSINO MÉDIO

NÚMEROSE ALGEBRAS

FUNÇÕES GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIASTRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

1-Números complexos:-Forma algébrica de um número complexo-operações com complexos na forma algébrica-forma trigonométrica de um número complexo-operações com complexos

2-Polinômios:-Grau-valor numérico-operações-identidade de polinômios-decomposição de polinômios

3-Equações Polinomiais:-conjunto solução-Teoremas-Raízes-Relações

1-Função polinomial -representação e análise gráfica

1-Medidas de área-Prismas-Pirâmides-Corpos redondos

2-Medidas de volume-Prismas-Pirâmides-Corpos redondos

1-Geometria plana:-Semelhanças-Áreas-Teorema de Pitágoras

2-Geometria espacial-Poliedros-Prismas-Pirâmides-Cilindros-Cones-Esferas

3-Geometria analítica-Pontos e retas-Sistema cartesiano ortogonal-Estudo da reta-Cálculo da área de um triângulo-Circunferência-Cônicas

1-Estatística-dados, tabelase gráficos

2-Matemática financeira:-Lucro e prejuízo -descontos,acréscimos, e juros

237

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4-Geometria não-euclidianas-necessidade das geometrias não-eucliadianas para a compre-ensão de concei-tos geométricos

METODOLOGIA

As rápidas mudanças sociais e o aprimoramento cada vez maior e mais rápido da

tecnologia impedem que se faça uma previsão exata de quais habilidades, conceitos e

algoritmos seriam úteis hoje, para preparar um aluno para a vida futura. A metodologia

utilizada será a didático/cientifica, onde ensinar apenas conceitos e algoritmos, que agora

aparecem relevantes não é o caminho, pois poderão tornar-se obsoletos, quando o aluno

de hoje estiver no auge de sua vida produtiva.

De acordo com o Currículo Básico do Paraná, “o professor, ao ensinar matemática,

precisa levar em conta que a escola onde leciona não é um mundo em si, isolado, mas

faz parte de uma organização mais ampla, a sociedade. Dessa forma, ensinar matemática

para alunos determinados, numa sala de aula determinada, pertencente a um certo

contexto, vai muito além da realidade vivida por ele e seus alunos, já esse ensinar é

atingido pelas expectativas e ações da organização social maior. É necessário que o

professor de matemática focalize sua atenção nos inter-relacionamentos da sua prática

diária e correta com o contexto histórico-social mais amplo”.

É necessário rever e redimensionar alguns dos temas tradicionalmente ensinados,

para que no Ensino Médio e Ensino Fundamental seja concretizado o desenvolvimento de

todas as potencialidades objetivadas pelo ensino de matemática. É preciso apresentar os

conteúdos de forma contextualizada e não fragmentada, para que seja possível que o

aluno estabeleça alguma significação do que esta aprendendo com as suas relações com

o cotidiano.

Frente a essa constatação, algumas possibilidades de trabalho em sala de aula

caracterizam essa metodologia.

a) Contar um pouco da historia da matemática, sua importância e suas aplicações

na vida prática.

Recorrer a historia da matemática pode esclarecer ideias que estão sendo

construídas pelo aluno.

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b) Construção e interpretação de gráfico, histogramas, gráficos de barras de

setores, etc, a partir de fatos que ocorrem na vida cotidiana do aluno (contextualização)

para compreensão e análise dos dados estatísticos, no sistema financeiro, bem como

situações que envolvem seu cotidiano como índice de inflação, produção etc.

c) Jogos com números.

Os jogos desenvolvem a criatividade, possibilitam a compreensão e a

interpretação, a comparação e a utilização de convenções e regras que serão

necessárias ao processo de ensino / aprendizagem.

d) Resolução de problemas.

Os conceitos, ideias e métodos matemáticos serão abordados mediante a

exploração de problemas, principalmente de situações em que os alunos precisem

desenvolver algum tipo de estratégia para resolvê-los. A utilização desses no ensino de

matemática justifica-se porque a atividade de resolver problemas está presente na vida

das pessoas, exigindo soluções.

O aprendizado de estratégias auxilia o aluno a enfrentar novas situações em outras

áreas do conhecimento. Em todas as séries os conteúdos devem ser trabalhados com

situações matemáticas de pensar e conhecimentos matemáticos para solucioná-las, ou

seja, com problemas. Através de situações problemas o aluno é desafiado e motivado a

pensar produtivamente, desenvolve o raciocínio, preparando – o para lidar com situações

novas, da oportunidade de usar os conceitos matemáticos no seu dia a dia.

e) Questionamentos, gincanas, seminários e/ou debates.

As questões propostas nesse momento do desenvolvimento dos conteúdos devem

sondar o conhecimento adquirido pelo aluno a respeito do conteúdo estudado, bem como

levá-lo a discussão, fazendo conjecturas que o motivarão a uma futura sistematização

para embasar seus argumentos.

Serão realizados debates organizando-os em grupos, onde vence o grupo que

responder mais perguntas certas ou solucionar maior número de problemas em menos

tempo.

f) Utilização de anúncios de vendas de objetos de jornais para cálculo de

porcentagens e juros, visando a conscientização do aluno na sociedade atual no sistema

capitalista em que vivemos na pesquisa de preços, na comparação de qualidade e na

procura de um preço melhor e mais compatível com sua situação financeira. (noção de

economia).

g) Utilização e/ou construção de materiais didáticos.

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Para tornar as aulas mais diversificadas, será utilizado retro projetor, transferidores,

compasso, réguas, blocos sólidos (construção e planificação),etc.

j) Pesquisa de Campo.

Através de dados reais, de situações do cotidiano, será feito levantamento de

dados,cálculos de probabilidades e demonstrações através de gráficos e de estatística.

K)Laboratório de informática ,tecnologia e biblioteca.

Nos dias atuais é extremamente importante proporcionar aos alunos da Educação

Básica momentos para trabalhar conteúdos matemáticos utilizando o computador.

Gráficos, geometria e funções ficam bem mais fáceis para o aluno quando demonstradas

com o uso da informática. A informática, as diversas formas tecnológicas e a biblioteca

devem estar sempre presentes como fonte de dados e informações.

Para que se possa oferecer uma educação tecnológica deve fazer uso: televisão,

vídeo, computador, calculadora, etc., que são aspectos importantes, pois auxiliam a

compreensão de conceitos e do desenvolvimento da capacidade de expressões gráficas.

l)Realização, juntamente com outros professores, de atividades extraclasse como:

Gincanas, Teatro, Mostras de Ciências e Projetos;

M)Experimentos (formal com discussão pré e pós-laboratório visando à construção

e ampliação dos conceitos);

N)Atividades extra classe:

O objetivo que se tem em vista com as tarefas de casa é possibilitar que o aluno

revise o que foi feito em sala, habitue-se a uma atividade sistemática de estudo, vivencie

situações novas sem ajuda do professor e pratique a leitura e a redação.

No Ensino Médio o encaminhamento metodológico deverá levar em consideração o

conhecimento prévio dos alunos no Ensino fundamental considerando que o aprendizado

da matemática e das ciências em geral, é um processo de transição da visão intuitiva, de

senso comum para uma visão de caráter científico a partir da ação e da interação do

aluno com o conhecimento.

A resolução de problemas no Ensino médio apresenta-se como estratégia

particularmente interessante para a disciplina de matemática numa vez que os alunos

confrontando-se com situações-problema, mas compatíveis com os instrumentos que já

possuem ou que possam adquirir, aprendam a desenvolver estratégia de enfrentamento,

planejando etapas, verificando regularidades, estabelecendo relações, criando espírito de

pesquisa desenvolvendo sua capacidade de raciocínio, ampliando a sua autonomia e

capacitando comunicação e argumentação.

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A matemática terá com um ponto de partida o universo vivencial comum entre

aluno e o professor, que investiga ativamente o meio natural e social e que faz uso do

conhecimento científico elaborado.

Além de aula expositiva e manual didático, o professor deverá lançar mão de toda a

diversidade de recursos didáticos, meios de estratégias possíveis a fim de atender os

diferentes processos e estágios de aprendizagem.

No Ensino médio os jogos, os debates e seminários podem contribuir para o

trabalho de formação de atitudes enfrentamento de desafios, lançar-se à busca de

soluções e desenvolvimento da crítica. A metodologia aplicada nas aulas participativas,

nas quais os alunos discutem, emite opiniões e críticas, levanta hipóteses e constrói

novos conceitos, estimulam o aluno a participar ativamente do processo ensino

aprendizagem, a buscar resposta e a aprender a pensar.

É de fundamental importância proporcionar ao estudante situações em que ele

possa explorar o mundo que o cerca, reelaborar seus conhecimentos, ampliando-os e

aperfeiçoando-os, reexaminar suas convicções, podendo ter oportunidade de confirmá-las

ou modificá-las, adotando uma postura de reflexão diante da realidade. É de vital

importância também que o aluno tenha condições de aumentar a capacidade de

abstração, partindo ou não de experiência do seu cotidiano.

As temáticas dos desafios contemporâneos serão trabalhadas no desenvolvimento

dos conteúdos durante o ano letivo. Desafios Contemporâneos: Cidadania e Direitos

Humanos; Enfrentamento a Violência na Escola; Educação para as Relações Étnico

Raciais; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Escolar Indígena; Gênero e

Diversidade Sexual; Gravidez na Adolescência; Trabalho Infantil; Diversidade

Educacional, Inclusão Educacional, Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº 10.639/03),

Educação Indígena (Lei nº 11.645), Educação do Campo (DCE do Campo), História do

Paraná (Lei nº 13.381/01).

AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA DISCIPLINA

A avaliação do processo educativo deve ser simultânea abrangendo todo o

trabalho realizado pelo aluno, não ficando restrita a um só momento ou a uma única forma

de avaliar. Ela é parte integrante do processo desenvolvido com os alunos, onde os

membros serão solicitados constantemente a participar, questionar e criar.

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A avaliação deve analisar até que ponto os alunos integraram e deram sentido à

informação, se conseguem aplicá-la em situações que requeiram raciocínio e pensamento

criativo e se são capazes de utilizar a Matemática para comunicar ideias. Além disso a

avaliação deve analisar a predisposição dos alunos em face dessa ciência em particular

a sua confiança em fazer Matemática e o modo como a valorizam.

O principal objetivo da educação é criar homens capazes de fazer coisas novas, não

simplesmente de repetir o que outras gerações fizeram - homens criativos, inventivos e

descobridores.

O segundo objetivo da educação é formar mentes que possam verificar e não aceitar tudo o que lhes é oferecido. O maior perigo, hoje, é o dos slogans, opiniões coletivas, tendências de pensamento ready-mades. Temos que estar aptos a resistir individualmente, a criticar, a distinguir o que esta provado do que não está.Portanto, precisamos de discípulos ativos, que aprendam cedo a encontrar as coisas por si mesmas, em parte por sua atividade espontânea e, em parte, pelo material que preparamos para eles, que aprendam cedo a dizer o que é verificável e o que é simplesmente idéia que lhes veio. JEAN PIAGET

Conceituamos avaliação não como uma etapa isolada, mas como parte do

processo educativo, no qual todos os integrantes do trabalho (professor, alunos e outros

profissionais da escola) estão continuamente se modificando. Portanto, a avaliação

servirá como diagnóstico do processo ensino-aprendizagem, constituindo em ponto de

orientação para a continuidade do trabalho escolar e estímulo para aprimorar o

conhecimento; como fonte de informação que, poderão orientar uma posterior intervenção

voltada para um replanejamento. Os resultados da avaliação deverão servir para que o

professor possa verificar como o aluno esta interagindo com o conhecimento e tomar

decisões para a melhoria da qualidade do processo-educativo.

Nesta perspectiva, as formas de avaliar serão realizadas de maneira diversificada,

podendo ser através de relatórios, produção e interpretação de textos, testes, avaliação

formal e de múltipla escolha, trabalhos em grupo, debates, participação efetiva nas

atividades, atividades extraclasse (tarefas), registros no caderno, projetos realizados em

sala ou fora dela, pesquisas de campo, construção de modelos, etc. Contemplarão

também as explicações, justificativas, participação e argumentações orais, uma vez que

estas revelam aspectos do raciocínio que muitas vezes não ficam evidentes nas

avaliações escritas.

Os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação sejam eles: provas,

trabalhos, e/ou registros dos alunos (atividades de sala e tarefas); fornecerão ao

professor, informações sobre as competências de cada aluno em resolver problemas, em

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utilizar a linguagem matemática adequadamente para comunicar suas ideias, em

desenvolver raciocínios e análises e em integrar todos esses aspectos no seu

conhecimento matemático.

Poderão ser utilizados os seguintes instrumentos para avaliar os alunos:

• Trabalhos individuais e/ou em grupo;

• Provas individuais e/ou em dupla;

• Provas com consulta;

• Debates, seminários, pesquisas de campo e relatórios;

• Atividades extraclasses (tarefas no caderno);

• Registro de todas as atividades no caderno;

• Apresentação de trabalhos práticos;

• Participação oral durante as aulas e/ou nos trabalho;

• Confecção de materiais,

• Compromisso e seriedade com os estudos; etc.

A recuperação Paralela se fará de forma imediata possibilitando ao aluno uma

nova chance para recuperação dos conteúdos e ou apresentação do que foi proposto.

Cabe ao professor criar momentos para que os alunos superem as dificuldades

encontradas através de: pesquisas, trabalho prático, entrega de atividades,

apresentações em sala, cooperação no grupo, tarefas e outros afins de que se aproprie

de uma ou de outra forma de conteúdo trabalhado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

Cadernos do Ensino Fundamental de Matemática – Paraná, 2006

Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná – SEED, Curitiba, 1990.

Parâmetros Curriculares Nacionais – Matemática – MEC – Brasília

LIBÂNEO, JOSÉ Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1991.

DANTE, Luiz Roberto. Didática da Revolução de Problemas. São Paulo: Ática.

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Caderno da Reformulação Curricular nas Escolas Públicas do Paraná – SEED-2006.

Bibliografia:

BEZERRA, Manoel Jairo. Matemática para o ensino Médio: Volume único – S.P. – Sipione

– 2001.

BARRETO FILHO, Benigno. Matemática aula por aula – Volume único – ensino médio –

S.P. – FTD. – 2000

GIOVANNI, José – Bonjorno, José Roberto e Giovanni Jr, José Ruy. Livro Matemático

Fundamental ( uma nova abordagem).

Material didático do Positivo-Ensino Médio.2008.Gráfica e editora Posigraf S/A-Curitiba-Pr

MARCONDES, Gentil e Sérgio. Livro Matemático.

DCEB - Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática. Secretaria de Estado da

Educação do Paraná-2008

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA- ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Espera-se que o ensino de Física, no Ensino Médio, contribua para a formação de

uma cultura científica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos,

fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser com a

natureza em transformação. Para tanto, é essencial que o conhecimento físico seja

explicitado como um processo histórico, objeto de contínua transformação e associado

com as outras formas de expressão e produção humana. É necessário também que essa

cultura em física inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos,

técnicos ou tecnológicos, do cotidiano doméstico e profissional.

O ensino da Física tem-se realizado frequentemente à apresentação de conceitos,

leis e fórmulas, de forma desarticulada do mundo vivido pelos alunos e professores e, não

só, mas também por isso vazio de significados. Privilegia a teoria e abstração, desde o

primeiro momento, em detrimento de um desenvolvimento gradual da abstração que, pelo

menos, parta da prática e de exemplos concretos.

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Enfatiza a utilização de fórmulas artificiais, desvinculando a linguagem matemática

que essas fórmulas representam no seu significado físico efetivo. Insiste na solução de

exercícios repetitivos, pretendendo que o aprendizado ocorra pela automação ou

memorização e não pela construção de conhecimento através das competências

adquiridas. Apresenta o conhecimento como produto acabado fruto da genialidade de

mentes como a de Galileu, Newton e Einstein, contribuindo para que os alunos concluam

que não resta mais nenhum problema significativo a resolver. Além disso, envolve uma

lista de conteúdos demasiadamente extensa, que impede o aprofundamento necessário e

a instauração de um diálogo construtivo.

O objetivo do Ensino da Física, no entanto, dentro desse contexto apresentado,

visa estimular o aluno a entender o uso de fórmulas, conceitos físicos de modo que estes

possam relacioná-los com os fatos do dia-a-dia, não apenas como uma forma de

“desenvolvimento de raciocínio”, mas proporcionar as condições necessárias para

despertar nos alunos o fascínio que uma ciência como a Física desperta em cada um de

nós, ajudando estes mesmos alunos a compreenderem melhor o mundo onde vivem e

habilitando-os a prosseguir na vida escolar.

É preciso rediscutir qual física ensinar para possibilitar uma melhor compreensão

do mundo e uma formação para a cidadania mais adequada. Sabemos todos que, para

tanto, não existem soluções simples ou únicas, nem receitas prontas que garantam o

sucesso. Essa a questão a ser enfrentada pelos educadores de cada escola, de cada

realidade social, procurando corresponder aos desejos e esperanças de todos os

participantes do processo educativo, reunidos através de uma proposta pedagógica clara.

É sempre possível, no entanto sinalizar aqueles aspectos que conduzem o

desenvolvimento do ensino na direção desejada.

Porém não se trata de elaborar novas listas de conteúdos, mas dar ao ensino da

Física, novas dimensões. Apresentar ao aluno uma Física que explique, por exemplo, o

movimento dos astros, as cores da natureza, as quedas dos corpos e as formas de

comunicação. Questões referentes às fontes de energia alternativa, seus riscos e

benefícios, quanto ao consumo diário de energia elétrica, de combustíveis e de

eletrodomésticos. Uma física em que o aluno perceba seu significado no momento em

que aprende e não para uso posterior.

Para isso é necessário estimular a curiosidade do aluno considerando sua

realidade, seu modo vivencial. Dentro desse conceito a Física deve ser um instrumento

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para a compreensão do mundo, com diferentes investigações em que novos saberes

levam a novas compreensões do mundo e a novos problemas.

Sabendo que o Ensino Médio é um momento particular do desenvolvimento

cognitivo dos jovens, o aprendizado da Física tem características especificas que podem

favorecer uma construção rica em abstrações e generalizações, tanto no sentido prático

como conceitual. Levando em conta o momento de transformação em que vivemos,

promover a autonomia para aprender deve ser preocupação central, já que o saber de

futuras profissões pode ainda estar em gestação, devendo buscar-se competências que

possibilitem a independência de ação e aprendizagem futura.

Em seu processo de construção, a Física desenvolveu uma linguagem própria

para seus esquemas de representação, símbolos e códigos específicos. Reconhecer a

existência de tal linguagem e fazer uso dela, constitui-se em competência necessária,

que se refere à representação e comunicação.

O ensino de Física precisa estar em sintonia com o objetivo maior da educação,

que é a formação do cidadão crítico, capaz de interferir com qualidade na dinâmica social

em que está inserido.

Há um entendimento neste sentido, o de que não se deva o mero “trabalho braçal”

de cálculos repetitivos pelo raciocínio lógico, no espaço destinado às aulas de física. A

ênfase deverá ser dada às leis, conceitos e princípios que sejam relativamente

relevantes, para a formação do educando, respeitando o seu cotidiano e não perdendo de

vista suas aspirações acadêmicas.

Contudo a investigação tem um sentido mais amplo devendo delimitar o problema,

desenvolvendo assim, condições que permitam a resolução dentro das limitações

apresentadas, como o uso de balanças , réguas ou instrumentos próprios, reunindo,

analisando dados e propondo soluções.

A abordagem de temas é um aspecto independente. Para cada caso será

necessário verificar quais temas promovem melhor o desenvolvimento das competências

desejadas.

Por exemplo, na mecânica, o conhecimento deve partir de um sentido prático

vivencial, discutindo-se tanto a qualidade do movimento quanto as causas e suas

variações, além dos conceitos e princípios expressos nas leis de conservação, tanto de

energia quanto de movimento.

A termodinâmica investiga os fenômenos que envolvem calor, trocas de calor,

transformação de energia térmica em mecânica e ampliação do fornecimento de energia.

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Demonstra as fontes e as formas de transformação produção de energia e sua relação

com a trajetória humana e quais os problemas que hoje se apresentam em relação a isso.

A ótica e o eletromagnetismo, além de nos fornecer informações sobre o mundo

que nos rodeia e da comunicação, poderia mais amplamente envolver a codificação e o

transporte de energia.

Os fenômenos elétricos ligados a correntes elétricas, diferenciando condutores e

isolantes, tratando também os elementos da eletrônica, telecomunicações procurando

compreender o funcionamento do rádio, televisão e computador.

Os valores nominais de tensão ou potência dos aparelhos elétricos, os elementos

indicados em receitas de óculos, os sistemas de representação de mapas e plantas, a

especificação de consumos calóricos, de alimentos, os gráficos de dados meteorológicos,

são alguns dos códigos presentes no dia-a-dia e cujo reconhecimento e leitura requerem

um determinado tipo de aprendizado. Assim como os manuais de instalação e utilização

de instrumentos simples, sejam bombas de água ou equipamentos de vídeo requerem

uma competência especifica para leitura dos códigos e significados quase sempre muito

próximos da Física.

A Física possui uma linguagem própria relacionada a grandezas e fórmulas, e

também pode ser apresentada através de gráficos e tabelas. Assim, para dominar a

linguagem física é necessário ser capaz de traduzir essas grandezas, em outras formas

discursivas. Possibilita-se assim, um entendimento de diferentes situações e dados,

distinguindo, por exemplo: calor e temperatura, massa e peso, aceleração e velocidade.

Aprender Física é estimular o educando a estar sempre atualizado, acompanhando

as notícias científicas, identificando o ensino, tratando e interpretando seus significados,

notícias como o uso do lazer nos processos cirúrgicos e os avanços de novas fontes de

energia. O que se busca é superar quanto ao que fazer para que o aluno possa se

apropriar do saber da maneira mais concreta e duradoura possível.

OBJETIVOS

Conduzir o aluno a uma compreensão de maneira mais ampla, dos mais variados

aspectos presentes na natureza e no ambiente a que pertence enquanto indivíduo

atuante, levando-se em conta o fato de que o estudo da Física, leva em consideração a

complexidade dos aspectos analisados tendo em vista a análise de modelos pré

estabelecidos, semelhantes aos encontrados na natureza, de maneira considerável, de

modo a proporcionar o desenvolvimento cognitivo relacionado a lógica. Desenvolver o

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interesse de modo a instigar do pensamento científico, proporcionando práticas e

aplicações dos conhecimentos a serem desenvolvidos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- MOMENTUM OU MOVIMENTO;

- TERMODINÂMICA;

- ELETROMAGNETISMO;

CONTEÚDOS BÁSICOS

1ª SÉRIE

• Momentum e inércia;

• Conservação da quantidade de movimento;

• Variação da quantidade de movimento = Impulso;

• 2ª Lei de Newton;

• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

• Energia e Princípio da conservação de energia;

• Gravitação;

2ª SÉRIE

• Leis da termodinâmica;

• Lei zero da termodinâmica;

• 1ª Lei da Termodinâmica;

• 2ª Lei da Termodinâmica;

3ª SÉRIE

• Carga, corrente elétrica;

• Campo e ondas eletromagnéticas;

• Força eletromagnética;

• Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática;

• Lei de Coulomb;

• Lei de Ampére;

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• Lei de Gauss;

• Lei de Faraday;

• A natureza da luz e suas propriedades;

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As aulas serão ministradas segundo um caráter de adaptação ao discente, ou seja

as metodologias dependerão principalmente do objetivo a se cumprir com o conceito e ao

público a que está sendo dirigida, no entanto entre estas (metodologias), é possível citar:

• Exposição oral dos conteúdos abordados;

• Leituras de textos referentes aos conteúdos vistos em sala, sendo estes (os

textos), referentes a aplicações cotidianas do conhecimento físico, podendo ser

retirados de fontes comuns, mas que resguardem a coerência com o conhecimento

científico;

• Organização de práticas no laboratório de física, com o intuito de visualizar

conceitos aprendidos em sala de aula.

• Organização de seminários explicativos;

• Atividades extra classe, como pesquisas de campo e análises bibliográficas;

• Resolução de atividades que estimulem o raciocínio cognitivo e proporcionem

agilidade dos pensamentos, no que se referem aos conhecimentos físicos.

• Visualização de vídeos, apresentações de slides, etc., utilizando-se da TV pen

drive;

DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Sendo a escola um espaço social e institucional de transmissão e produção do

conhecimento humano, é também um espaço propicio para ressarcir os descendentes de

africanos negros dos danos psicológicos, materiais, sociais, políticos e educacionais

sofridos sob o regime escravista, bem como na pós-abolição.

Neste sentido, a partir da lei 10.639, de 09/01/2003, as políticas públicas da

educação brasileira, voltaram seu olhar para a demanda da comunidade afro-brasileira no

sentido de reconhecimento e busca de justiça, igualdade de direitos sociais, civis,

culturais e econômicos. O que significa na pratica não o “mero reconhecimento das

injustiças”, mas mudanças nos discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas, modo de

tratar as pessoas negras.

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Aliadas às políticas educacionais, na escola há a busca de valorização da

diversidade e superação das desigualdades étnico-racial. O reconhecimento que

historicamente esta parcela da sociedade passou por preconceitos, que a desqualificou,

salientando estereótipos depreciativos, palavras e atitudes que, veladas ou explicitas,

expressaram sentimentos de superioridade em relação aos negros, próprios de uma

sociedade hierárquica e desigual.

Assim, o Colégio Estadual Reassentamento São Francisco busca oportunizar aos

seus educandos meios para que, possam adquirir conhecimento sobre a cultura afro-

brasileira e suas influencias na formação da sociedade brasileira. É sabido também que

dentro do ensino da Física há meios para que isto ocorra de maneira considerável.

De modo que relacionar a cultura afro brasileira, propõe se ao estudo por meio de

pesquisa, do desenvolvimento do método científico, da contribuição dos negros no

desenvolvimento e evolução dos estudos da Física, levando-se em conta o processo, e o

período histórico, em que se desenvolveu o ensino da Física, bem como a proposição de

discussão referentes as conclusões obtidas.

É também importante conduzir a reflexão referente a atuação e presença da cultura

afro no estudo da Física, procurando causas e verificando meios de inserção de tal cultura

atualmente.

É importante ressaltar que tal abordagem pode se referir ou se enquadrar aos

demais aspectos dos desafios educacionais contemporâneos, tais como: Educação

Indígena, (Lei nº 11.645), Educação do Campo, Educação Ambiental dentre outras.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A avaliação apresentar-se-á, de modo a proporcionar ao professor um

acompanhamento do desenvolvimento no que tange ao aspecto cognitivo do aluno, para

tanto faz-se necessário a diversificação de seus instrumentos, quanto as estes é possível

citar:

• Atividades escritas, de caráter individual, em sala de aula;

• Atividades de análises e leituras de textos de física;

• Elaboração de relatórios e atividades práticas;

• Acompanhamento dos registros pessoais dos alunos;

• Acompanhamento das atividades extra-classe, como tarefas por exemplo.

• Seminários e atividades em grupo em sala de aula.

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As atividades de avaliação apresentam característica a média aritmética de valor

final, 10,0, sendo aplicadas no mínimo três durante o semestre.

Cada processo de avaliação realizado contará com uma atividade de recuperação

(dita recuperação paralela), de notas, mas principalmente de conteúdos, podendo ser ou

não nos mesmos moldes da avaliação, no entanto o princípio desta, visa o melhor

aproveitamento por parte dos alunos, podendo assim então, assumir caráter diferenciado,

este, por sua vez, dependerá das necessidades individuais dos mesmos.

No entanto para cada um dos conteúdos propostos será o seu comportamento

quanto ao ato de:

1º Ano

• Compreender as diferentes causas para o movimento;

• Relacionar as leis de movimento com as situações cotidianas;

• Entender a relação entre os movimentos naturais e o desenvolvimento tecnológico;

• Identificar, representar e utilizar o conhecimento geométrico para o

aperfeiçoamento da leitura dos movimentos;

• Construir situações-problema, dando condições de identificar os conceitos

desenvolvidos de maneira plena, buscando uma aplicação cotidiana dos

conteúdos.

• Estabelecer relações entre o conhecimento físico e as outras formas de expressão

da cultura humana, bem como do pensamento científico;

• Reconhecer as forças que atuam sobre os seres vivos e sobre o meio em que

atuam.

2º Ano

• Definir os conceitos de calor e temperatura, bem como saber conceituar energia

interna e equilíbrio térmico.

• Saber relacionar os três principais tipos de escalas termométricas, bem como seus

pontos de fusão e ebulição utilizados como pontos fixos.

• Interpretar o zero absoluto.

• Calcular variações nas dimensões dos sólidos devido a variação da temperatura.

• Identificar os diferentes materiais com seus calores específicos próprios e poder

avaliar o porquê da maior ou menor variação de temperatura quando isolados ou

em contato com outros materiais.

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• Saber descrever as diferentes fases da matéria, calor latente e as curvas de

aquecimento e resfriamento, bem como suas mudanças num diagrama de fases.

• Identificar as diferentes formas de transmissão de calor e as transformações a que

os gases ficam sujeitos naturalmente quando induzidos.

• Fazer uso quantitativo da conversão de energia em diferentes situações e

processos.

• Relacionar calor e trabalho como forma de energia.

3º Ano

• Reconhecer as diferentes formas de energia que nos rodeiam sabendo distinguir a

particularidade que cada uma apresenta.

• Reconhecer a Física enquanto construção do conhecimento, utilizar e reconhecer

dispositivos usados na medição da intensidade de cada componente elétrica.

• Conhecer os conceitos básicos da Óptica Geométrica, suas Leis e seus

fenômenos.

• Estudar as relações matemáticas envolvidas nos espelhos planos e esféricos.

• Conceituar, classificar e saber utilizar todos os tipos de espelhos, bem como as

Leis que os regem.

• Utilizar essas relações para construir as imagens fornecidas por esses espelhos.

• Conhecer e saber utilizar as Leis que regem a reflexão e a refração da luz.

• Conhecer e saber utilizar as Leis que regem a Ondulatória, tanto em ondas

sonoras quanto em ondas luminosas.

• Identificar, classificar e saber construir as imagens das lentes convergentes e

divergentes.

• Apresentar o caráter dual da luz, relacionando os mesmos aos conceitos de

eletromagnetismo.

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO, 2008.

Secretaria de Estado da Educação. Física Ensino Médio (LDP). 2.ed. Curitiba: SEED –

PR, 2006.

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BONJORNO, Regina Azenha, José Roberto, Valter: RAMOS, Clinton Marcico. Física

Completa. São Paulo: FTD, 1993.

SAMPAIO, J,L. CALÇADA,C,S. Física: Volume único. 2.ed. São Paulo – SP:Atual, 2005.

MÁXIMO, A. ALVARENGA, B. Física : Volume 3. São Paulo - SP: Scipione, 2000.

GASPAR, Alberto. Física, Volume Único. São Paulo – SP: Ática, 2005.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A química está intimamente ligada a todo o desenvolvimento das civilizações, a

partir das primeiras necessidades do homem pré-histórico, pois como ciência, tornou-se

um dos meios de interpretação do mundo físico.

Ao longo da evolução da humanidade a química acompanhou e permitiu seu

desenvolvimento, desde a descoberta do seu desenvolvimento, desde a descoberta do

fogo até o acelerador de partículas. Não se pode falar da história da química sem reportar

a fatos políticos, religiosos e sociais. No início da história o ser humano conheceu a

extração, produção e tratamento de metais. A história da química sofreu muitas

influências sociais, políticas e religiosas. Na busca da riqueza e da vida eterna que foram

e são buscas incessantes da humanidade surgiu a alquimia. Dos seus experimentos

fizeram várias descobertas e aperfeiçoaram vidrarias, muitas usadas até hoje

A química tem papel essencial na formação do sujeito, pois além de estar

diretamente ligada à vida, é uma ciência que leva ao estudo das substâncias e seus

materiais como objeto de estudo químico via experimentação.

A sobrevivência do ser humano exige cada dia mais o domínio dos conhecimentos

químicos, os quais permitem a utilização competente e responsável de materiais,

reconhecendo suas implicações sócio-políticas, econômicas e ambientais do seu uso.

Fibras sintéticas (náilon, poliéster), alimentos industrializados, medicamentos diversos,

cosméticos e fertilizantes agrícolas são alguns dos inúmeros produtos desenvolvidos pelo

homem graças aos conhecimentos relacionados com a química.

A cultura também não pode ser deixada de lado, é preciso que seja vinculada no

desenvolvimento dos conteúdos científicos.

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Portanto, se o educador ao ensinar Química relacionar essa ciência com o tempo,

trabalho, cultura e tecnologia, poderá, com sucesso, passar aos educandos o

conhecimento científico.

Na disciplina de química devemos abordar temas cuja relevância social nos permita

acrescentar conhecimentos, possibilitando maior qualidade de vida ao aluno e em

conseqüência de toda a sociedade.

Com o avanço tecnológico, devemos fazer uma reflexão, sobre o papel esperado

pela sociedade desse conhecimento, repassado nas escolas e seu efeito no cotidiano.

Devemos incentivar a busca de novos conhecimentos e aprimoramento pessoal e

profissional, e a preparação do indivíduo para uma sociedade justa.

Para que os conceitos básicos de química sejam disponibilizados a todos se faz

necessário que sua transmissão ocorra de maneira formal, após a assimilação dos

conceitos formais e preferencialmente deverá ser estimulada pelo professor para que

venha a partir do aluno, servindo o professor como mediador e condutor do processo até

mesmo porque, como toda ciência, a Química não é nada mágico ou superior, reservado

para mentes brilhantes, nem tampouco, existe uma receita mirabolante para se aprender

ou se fazer ciência. Conhecê-la e a seus usos pode trazer muitos benefícios ao homem e

à sociedade, ajudando-os a se posicionarem em relação a inúmeros problemas da vida

moderna, como poluição, recursos energéticos, reservas minerais, uso de matéria-prima,

fabricação e uso se inseticidas, pesticidas, adubos e agrotóxicos, explosivos,

medicamentos, importação de tecnologia e muitos outros. Tudo isso demonstra a

importância do aprendizado da Química.

Objetivos gerais da Disciplina

O objetivo maior do ensino de química é a transmissão do conhecimento

(educação formal) é a formação de expoentes sociais que promovam o desenvolvimento

tecnológico, econômico e social garantindo assim a continuidade do processo de

crescimento sem, contudo, olvidar da preservação do ambiente no qual estamos

inseridos. Para que este objetivo seja alcançado se faz necessária a formação de um

cidadão atuante e consciente capaz de estabelecer juízos sobre seus atos e os atos da

sociedade.

O objetivo social da educação atual está centrada na produção de mão de obra

qualificada e de consumidores cuja capacidade de compreensão e questionamento, sobre

valores e a forma de produção do conhecimento é dispensável. Faz-se necessária uma

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mudança radical de postura em relação a este objetivo buscando a formação de um

cidadão responsável e critico.

O conjunto de objetivos para o ensino de Química aponta para uma intenção geral:

pretende-se que a área de ciências gere oportunidades sistemáticas para que o aluno, ao

final do ensino médio, tenha adquirido um conjunto de conceitos, procedimentos e

atitudes que operem como instrumentos para a interpretação do mundo científico e

tecnológico em que vivemos, capacitando-o nas escolhas que faz como indivíduo e como

cidadão. Desse modo, o ensino de ciências deverá se organizar de forma que o aluno

possa desenvolver as seguintes capacidades:

• Construir uma visão sistematizada das diferentes linguagens e campos de estudo

da Química, estabelecendo conexões entre seus diferentes temas e conteúdos;

• Adquirir uma compreensão do mundo do qual a química é parte integrante, através

dos problemas que ela consegue resolver e dos fenômenos que podem ser

descritos por seus conceitos e modelos;

• Articular o conhecimento químico e o de outras áreas no enfrentamento de

situações-problema, como identificar e relacionar aspectos químicos, físicos e

biológicos em estudos sobre produção, destino e tratamento de lixo, com aspectos

sociais, ambientais e econômicos;

• Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de

homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo,

valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania competente;

• Relacionar a capacidade de interação com o ambiente e a sobrevivência das

espécies;

• Perceber a construção histórica do conhecimento científico;

• Usar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos do cotidiano;

• Discernir conhecimento científico de crendices e superstições;

• Desenvolver um olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas

respostas para desafios.

• Despertar o interesse pela cultura afro-brasileira através de uma educação

compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriética.

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• Valorizar o conhecimento popular, nas mais diferentes culturas, identificando a sua

relação com o conhecimento científico.

Para que a transmissão de conhecimento seja efetiva há que se considerar,

também, os aspectos relacionados à linguagem, à cultura e aos modelos de comunicação

utilizados. Neste contexto se faz necessário considerar os estudos e avanços sobre o

aprendizado e a psicologia, já que estes são ferramentas úteis para a efetiva intervenção

do professor face ao processo de aprendizado e assimilação desencadeado pela

apresentação de um novo conceito ao aluno.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1º Ano

Matéria e Sua Natureza:

• Introdução a História da Química;

• Características e transformações da matéria;

• Substâncias puras e misturas;

• Métodos de separação;

• Caracterização de fenômenos físicos e químicos;

• Estrutura atômica;

• Distribuição eletrônica;

• Tabela periódica;

• Radioatividade;

• Ligações químicas;

• Funções inorgânicas;

• Gases.

2º Ano

Biogeoquímica:

• Tipos de reação;

• Velocidade das reações;

• Unidades de medidas e massa;

• Estequiometria das reações;

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• Soluções;

• Termoquímica;

• Cinética química;

• Equilíbrio químico;

• Eletroquímica;

• Tabela períodica.

3º Ano

Química Sintética:

• Química do carbono;

• Nomenclatura orgânica;

• Funções orgânicas;

• Funções oxigenadas;

• Funções nitrogenadas;

• Isomeria;

• Polímeros;

• Reações orgânicas;

• Tabela períodica.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Não existe uma única metodologia, mas um conjunto de procedimentos que podem

facilitar a ação do professor. Portanto, não se trata de elaborar novas listas de tópicos de

conteúdos, mas sobre tudo de dar ao ensino de química novas dimensões, propondo

discussões de aspectos sócio científicos, ou seja, de questões ambientais, políticas,

econômicas, éticas, sociais e culturais relativas à ciência e tecnologia.

Os fundamentos químicos devem justificar ações terapêuticas de certas plantas, por

exemplo, onde se investem recursos na pesquisa de seus princípios e em suas

aplicações, levando o educando a romper uma visão distorcida dos cientistas e da

atividade científica.

Preparar o aluno para analisar as informações dadas pelos meios de comunicação,

que intencionalmente, visam formação de opiniões, a serviço de determinados interesses.

Informações estas, que são superficiais, errôneas ou exageradamente técnicas,

257

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transformando a Química na grande vilã da idade contemporânea, enfatizando os efeitos

poluentes que certas substâncias causam no ar, na água e no solo. Dessa forma, o

educando verá a Química como uma ferramenta capaz de controlar as fontes poluidoras,

melhorando os processos industriais e tornando mais eficaz o tratamento de efluentes,

através de uma compreensão ampla da realidade e do papel da Química.

Na compreensão do conceito de energia dos modelos de átomos e de moléculas e

da conservação de energia enfatizar-se-á a interpretação dos fenômenos naturais e

tecnológicos como: fermentação, combustão, evaporação e condensação, dissolução,

emissão e recepção de radiação térmica e luminosa, sendo que, estes conteúdos serão

trabalhados junto à Química, as disciplinas de biologia, Física e Matemática.

Será dada ênfase às propriedades gerais da matéria; as transformações geradoras

de novos materiais, onde o educando deverá ser conduzido à compreensão que esta

transformação está presente e deverá ser reconhecida nos alimentos e medicamentos,

fibra têxtil e corante, materiais de construções e papéis, combustíveis e lubrificantes,

embalagens e recipientes.

A disciplina será trabalhada de forma que o educando veja a utilização do

conhecimento químico com competência e responsabilidade, e que o uso inadequado de

produtos químicos pode, por exemplo, causar alterações na atmosfera, hidrosfera,

litosfera e biosfera.

Por sua vez o desequilíbrio/equilíbrio devem ser entendidos como uma relação entre

concentrações de reagentes e produtos e não meramente uma fórmula matemática.

Ainda, na elaboração das atividades deve-se considerar o desenvolvimento, habilidades

cognitivas e valores, como controle de variáveis, tradução da informação de uma forma de

comunicação para outra (gráficos, tabelas, equações químicas), elaboração de

estratégias para a resolução de problemas, tomadas de decisões baseada em análise de

dados, integridade na comunicação dos dados, respeito às idéias dos colegas e nas suas

próprias, elaboração do trabalho coletivo, etc.

Como o ensino-aprendizagem é um processo ativo e coletivo, deve estar baseado

nas interações aluno-aluno e aluno-professor como objeto do conhecimento.

Essas interações podem ser auxiliadas por recursos tais como:

• Leitura de textos, onde o importante é discussão das idéias;

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• Experimentação formal, como discussão pré e pós-laboratório e visando a

construção e ampliação dos conceitos;

• Demonstrações experimentais, como recurso para coleta de dados e posterior

discussão;

• Estudo do meio, através do qual se pode ter idéias interdisciplinares dos campos

do conhecimento (visitas a sistemas produtivos, industriais e rurais);

• Aulas dialógicas nas quais o professor deve instigar o diálogo sobre o objeto de

estudo;

• O trabalho audiovisual, da mesma forma que o experimental, envolve períodos

de discussão pré e pós-atividade e deve facilitar a construção e ampliação dos conceitos;

• Informática como fontes de dados e de informações;

• A utilização das tecnologias, TV pendrive e laboratório de informática para a

transmissão do conhecimento.

AVALIAÇÃO

Critérios de avaliação específicos da disciplina

A avaliação deve garantir a qualidade de processo educacional desenvolvido no

coletivo da escola. No entanto, deve ser feita de forma processual e formativa, sob as

condicionantes do diagnóstico e da continuidade.

Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar

instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos,

como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da

Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório,

apresentação de seminários, mostra de ciência, entre outros. Estes instrumentos devem

ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

Depois de cumprido os objetivos, o professor precisará avaliar em que medida está

obtendo sucesso e ter uma noção do progresso de cada aluno, tendo assim, oportunidade

de repensar seu planejamento. Por outro lado, o aluno também necessita avaliar seus

resultados, ele se sente motivado com seus sucessos, porém, quando o resultado não for

satisfatório, ele, deverá ter uma outra oportunidade para melhorar seu aproveitamento.

Essa avaliação será de forma contínua. Durante esse processo de ensino-

aprendizagem, envolvendo não somente o professor, mas também alunos, pais e a

comunidade escolar, participando passo a passo do progresso do educando, a avaliação

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será de forma variada, onde dá oportunidade ao aluno de perceber e demonstrar as

evolução. Essa diversidade será da seguinte maneira: testes escritos, teste de múltipla

escolha, chamadas orais, relatórios de atividades práticas (individuais ou em grupos),

redações sobre temas estudados, mostra de ciências, trabalhos na semana do meio

ambiente, etc. e todas as técnicas usadas ao longo do curso.

A leitura de textos, as discussões e idéias pré e pós-laboratório e atividades

audiovisuais também serão utilizadas como fonte de avaliação.

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PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

264

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• A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente

construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,

culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998).

• A disciplina de ciências iniciou sua consolidação no currículo das

escolas brasileiras em 1931, com o objetivo de transmitir conhecimentos científicos

provenientes de diferentes ciências naturais para suprir as necessidades do

progresso nacional com uma metodologia que privilegiava a quantidade de

informações científicas em prejuízo de uma abordagem de base investigatória.

• Logo o ensino de ciências começou a ser repensado, pois no contexto

histórico da” guerra fria” entre EUA e URSS, esta última nação apresentou vitória

parcial na corrida espacial. Gerando assim preocupação com a formação escolar de

base científica dos estadunidenses, pois buscavam explicações para a derrota

parcial desta corrida.

• Estas discussões chegaram até o Brasil e na LDB 4024/61 ampliou a

participação da disciplina de ciências para todas as séries da etapa ginasial com a

finalidade de preparar o indivíduo para o domínio dos recursos científicos e

tecnológicos por meio do exercício do método científico.

• Porém, o golpe militar de 1964 impôs mudanças no sentido de

direcionar o ensino como um todo, envolvendo dessa forma os conhecimentos

científicos para a formação do trabalhador, considerando agora peça importante

para o desenvolvimento do país ( KRASILCHIK, 2000).

• Em 1971, a Lei nº 5692 marca o advento do ensino tecnicista, que

pretendia articular a educação ao sistema produtivo para aperfeiçoar o sistema

capitalista. Portanto, os investimentos na área educacional pretendiam a formação

para o mercado de trabalho.

• O objetivo primordial até este momento histórico era a formação do

futuro cientista ou a qualificação do trabalhador, mas no final dos anos 80 surge o

currículo básico, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica

onde analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania, considerando o

momento histórico, a análise das implicações sociais da produção científica, com

vistas a fornecer ao cidadão elementos para viver melhor e participar do processo de

redemocratização. Este currículo valorizou os conteúdos científicos de ciências

aproximando-os do cotidiano no sentido de identificar problemas e propor soluções.

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• Em meados dos anos 90 a disciplina de ciências perde sua identidade

a partir do que propunha os PCNs. O quadro conceitual de referência da disciplina e

sua constituição histórica com campo do conhecimento ficaram em segundo plano. A

ênfase foi no desenvolvimento de atitudes e valores. O conteúdo curricular passou a

ser entendido em três dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal.

• Surgem então as Diretrizes Curriculares Estaduais para resgatar a

identidade da disciplina de ciências direcionando o trabalho para o desenvolvimento

do objeto de estudo da disciplina, o conhecimento científico, que resulta da

investigação da natureza.

• Sendo o conhecimento científico resultante da investigação e do

estudo dos elementos que integram o universo, interpretados e integrados nas

relações humanas estabelecidas com o tempo, espaço, matéria, energia e vida,

favorecendo a existência dos elementos bióticos e abióticos; este deve ser

apropriado na escola, desenvolvendo o pensamento crítico, o raciocínio lógico e a

linguagem sobre a natureza como um todo, facilitando a compreensão dos

fenômenos que nela ocorrem. Esse conhecimento deve também ser trabalhado

numa perspectiva de valorização de conhecimentos subsunçores e de forma

interdisciplinar.

Embora a produção do conhecimento científico tenha sido e continua sendo

fragmentada, o seu ensino deve ser desenvolvido de forma integradora,

possibilitando ao aluno estabelecer relações conceituais (integração entre conceitos

científicos de um conteúdo estruturante com conceitos de outros conteúdos),

interdisciplinares (abordagem de conteúdos de ciências com contribuições de

conceitos e/ou conteúdos de outras disciplinas) e contextuais (saber como ocorre o

processo de produção do conhecimento) com o conhecimento científico a ser

trabalhado.

Para que o trabalho do professor seja eficiente é necessário que ele,

professor, o aluno e o conhecimento científico (sujeitos e objetos envolvidos no

processo ensino-aprendizagem) estejam definidos numa perspectiva mais ampla na

sociedade, onde as relações e inter-relações sejam compreendidas pelos sujeitos.

A produção científica não deve apenas ser apresentada como informação,

mas precisa ser discutida e pensada no contexto onde está inserida. Portanto o

aluno deve formar uma opinião a respeito, fazer suas escolhas de maneira crítica e

consciente.

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Para isso, o conhecimento científico de ciências inicia seu processo de

construção tendo como base os conteúdos estruturantes, os quais foram

selecionados a partir dos subsídios que podem oferecer para fundamentar as

abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos. Os conteúdos estruturantes

são cinco: astronomia, matéria, energia, sistemas biológicos e biodiversidade, eles

direcionam o trabalho escolar evitando construções fragmentadas dos conceitos

científicos por parte do aluno.

Os conteúdos estruturantes devem ser desenvolvidos em todas as séries,

partindo da seleção de conteúdos básicos e específicos adequados ao nível de

desenvolvimento cognitivo do aluno.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

*ASTRONOMIA: Tem papel importante no ensino fundamental, pois é uma das

ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.

Numa abordagem histórica traz as discussões sobre o geocentrismo e o

heliocentrismo, bem como sobre os métodos científicos, conceitos e modelos

explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são

de grande interesse dos estudantes porque por meio deles buscam-se explicações

alternativas para acontecimentos regulares da realidade, como o movimento

aparente do Sol, as fases da Lua, as estações do ano, as viagens espaciais, entre

outros. Além de possibilitar estudos e discussões sobre a origem e a evolução do

Universo.

*MATÉRIA: Neste conteúdo propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que

privilegiam o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como

objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994).

Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas

perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num

primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.

*SISTEMAS BIOLÓGICOS: Aborda a constituição dos sistemas orgânicos e

fisiológicos, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os

componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos

sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a

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locomoção, a digestão, a respiração ... Parte-se do entendimento do organismo

como um sistema integrado e amplia-se a discussão para uma visão evolutiva,

permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o

funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas

que integram o organismo vivo.

*ENERGIA: Propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia,

relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a antiguidade.

Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas idéias

do calórico, que representa as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas.

Ao propor o calor em substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica

concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da conservação da

energia. Nesta diretriz destaca-se que a ciência Física não define energia. Assim,

tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de

compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações.

Como por exemplo: energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia

luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma

forma em outra.

*BIODIVERSIDADE: O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve se

entendido para além da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de

biodiversidade ao número de espécies seria o mesmo que considerar a classificação

dos seres vivos limitada ao entendimento de que eles são organizados fora do

ambiente em que vivem. Pensar este conceito na contemporaneidade implica

ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em

diferentes níveis de complexidade orgânica, habita em diferentes ambientes,

mantém suas inter- relações de dependência e está inserida em um contexto

evolutivo (WILSON, 1997).

O ensino de ciências deve contribuir para a compreensão da realidade. Isto é

feito pela explicitação da dinâmica das transformações da matéria e da energia

(princípio da provisoriedade). Essas transformações ocorrem no tempo e no espaço.

É importante também que o aluno compreenda os conhecimentos científicos em sua

totalidade, questionando e discutindo a prática social global. O conteúdo da ciência

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deve fundamentar-se nas múltiplas relações de interdependência dos elementos que

constituem os meios e das interações desses elementos (princípios da inter-relação).

Desta forma a disciplina de ciências oportuniza a todos os alunos, por meio

dos conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos e

fenômenos relacionados à vida, a diversidade cultural, social e da produção

científica, além de favorecer a compreensão das inter-relações e transformações

manifestadas no meio, provocando reflexões e a busca de soluções a respeito das

tensões contemporâneas.

CONTEÚDOS

6º ANO

Conteúdos(estruturantes)

Conteúdos Básicos

1) Astronomia: • Universo;• Sistema Solar;• Movimentos Terrestres;• Movimentos Celestes; • Astros.

2) Matéria • Constituição da Matéria.3) Sistemas Biológicos. • Níveis de Organização

4) Energia. • Formas de Energia;• Conversão de energia;• Transmissão de energia.

5) Biodiversidade. • Organização dos Seres Vivos;• Ecossistemas;• Evolução dos Seres Vivos.

7º ANO

Conteúdos(estruturantes)

Conteúdos Básicos

1) - Astronomia: • Astros;• Movimentos Terrestres;• Movimentos Celeste.

2) – Matéria • Constituição da Matéria

3) Sistemas Biológicos. • Células;• Morfologia e fisiologia dos seres

vivos.4) Energia. • Formas de Energia;

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• Transmissão de Energia.

5) Biodiversidade. • Origem da vida;• Organização dos seres vivos;• Sistemática.

8º ANO

Conteúdos(estruturantes)

Conteúdos Básicos

1) Astronomia • Origem e Evolução do Universo

2) Matéria • Constituição da Matéria

3) Sistemas biológicos • Célula;

• Morfologia e fisiologia dos

seres vivos4) Energia • Formas de energia

5) Biodiversidade • Evolução dos seres vivos

9º ANO

Conteúdos

(Estruturantes)

Conteúdos Básicos

1) Astronomia • Astros;• Gravitação universal.

2) Matéria • Propriedades da matéria

3) Sistemas biológicos • Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

• Mecanismos de herança genética.

4) Energia • Formas de energia;• Conservação de energia

5) Biodiversidade • Interações Ecológicas,

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

270

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O aluno deve ser instrumentalizado para compreender a interação existente

entre o mundo físico, químico, biológico e social, coordenando informações,

posicionando-se diante delas e construindo seus conhecimentos, de forma crítica e

reflexiva.

Para que essa perspectiva do currículo de ciências se efetive na escola é

preciso que os partícipes do processo de ensino e de aprendizagem partilhem da

concepção de ciência como construção humana, cujos conhecimentos científicos

são passíveis de alteração ao longo da história da humanidade e marcados por

intensas relações de poder.

As atividades propostas implementadas pelo professor devem possibilitar ao

aluno a sua participação enquanto sujeito ativo, colaborando na construção do seu

próprio conhecimento.

As atividades práticas têm o seu conceito ampliado quando entendidas como

qualquer atividade pedagógica em que os alunos se envolvam diretamente, como,

por exemplo, na utilização do computador; leitura, análise e interpretação de dados,

gráficos, imagens, gravuras, tabelas e esquemas; resolução de problemas;

elaboração de modelos; estudos de caso, abordando problemas reais da sociedade;

pesquisas bibliográficas, entrevistas, dentre outras.

Desse modo, por meio das atividades práticas e das aulas práticas os alunos

passam a compreender a inter-relação entre o objeto de estudo da ciência envolvido

na explicação dos fenômenos naturais, bem como os processos de extração e

industrialização da matéria-prima, os impactos ambientais decorrentes desses

processos, os materiais utilizados, os procedimentos dessas atividades e o destino

dos resíduos, caracterizando uma abordagem ampla e articulada dos fenômenos

estudados.

Outras possibilidades de encaminhamentos metodológicos são: a

observação; jogos didáticos; visitas; projetos; palestras; fóruns; debates; seminários;

conversação dirigida. Também atividades que envolvam música, desenho, poesia,

jogos didáticos, dramatizações, histórias em quadrinhos, murais, exposições, dentre

outras.

Para o desenvolvimento dessas atividades, poderão ser utilizados vários

recursos pedagógicos: slides, fitas VHS, DVDs, CDs, CD-ROMs educativos e

softwares livres, dentre outros.

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A metodologia de ação em sala de aula será feita com a mediação e

articulação do professor e a interação aluno-professor e aluno-aluno.

As temáticas dos desafios contemporâneos serão trabalhadas no

desenvolvimento dos conteúdos durante o ano letivo. Desafios Contemporâneos:

Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento a Violência na Escola; Educação para

as Relações Étnico Raciais; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação

Escolar Indígena; Gênero e Diversidade Sexual; Gravidez na Adolescência; Trabalho

Infantil; Diversidade Educacional, Inclusão Educacional, Cultura Afro-Brasileira e

Africana (Lei nº 10.639/03), Educação Indígena (Lei nº 11.645), Educação do Campo

(DCE do Campo), História do Paraná (Lei nº 13.381/01).

AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho

do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante

aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e

planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado

da avaliação tão somente classificatória e excludente.

Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido no contexto

das relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Desse

modo, a avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,

construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes

estratégias que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos. É

fundamental que se valorize também, o que se chama de “erro”, de modo a retomar

a compreensão (equivocada) do aluno por meio de diversos instrumentos de ensino

e de avaliação tais como: auto-avaliação, trabalhos de pesquisa, tarefas de casa,

produção de textos, atividades em sala, debates, seminários, participação em

atividades práticas (experimentos), relatórios, provas, orais e escritas.

Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem

expressar os avanços na aprendizagem, à medida que interpretam, produzem,

discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam,

defendendo o próprio ponto de vista.

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Dessa forma e através dos conteúdos científicos norteados pelas DCEs, a

disciplina de ciências propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o

mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são

frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã

e transformadora na sociedade.

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das

dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para

que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da

comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço

onde os alunos estão inseridos.

Diversificando os recursos e estratégias através da retomada do ensino, dos

conceitos ainda não apropriados para que ocorra aprendizagem dos conteúdos que

envolvem: origem e evolução do universo, constituição e propriedades da matéria,

sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos, conservação e transformação

de energia, diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que

vivem, bem como os processos evolutivos envolvidos.

Cada processo de avaliação realizado contará com uma atividade de recuperação

(dita recuperação paralela), de notas, mas principalmente de conteúdos, podendo ser ou

não nos mesmos moldes da avaliação, no entanto o princípio desta, visa o melhor

aproveitamento por parte dos alunos, podendo assim então, assumir caráter diferenciado,

este, por sua vez, dependerá das necessidades individuais dos mesmos.

Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo

ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos

conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma

aprendizagem realmente significativa para sua vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Livro no todo: Projeto Araribá/ Obra Coletiva. 1ª ed. São Paulo. Editora Moderna, 2006.

DCEs - Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências. Ciências, Moderna. Curitiba SEED, 2008.

Referências indicadas aos alunos: Revistas-SUPERINTERESSANTE, GALILEU, CIÊNCIA

HOJE, VEJA, ÉPOCA , Globo Rural, Ciência Hoje para Crianças e etc, http://www .

aticaeducacional.com.br http://.diaadiaeducacao.pr.gov.br - ciencias

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Esta proposta apresenta a educação física, ao longa da sua trajetória e

transformações sociais, com a implantação da Proclamação da república, surgem as

propostas de mudanças nas instituições educacionais, no século XIX, Rui Barbosa emitiu

um parecer sobre o projeto denominado ao ensino primário; afirmando a importância da

ginástica para a formação do cidadão, tornando a educação física obrigatória nos

currículos escolares. Consolidou-se, especificamente no contexto escolar, a partir da

constituição de 1937; com a promulgação da Lei 5693/71 através do seu artigo 7º, pelo

Decreto 69450/71 a disciplina passou a ter legislação específica.

Privilegiando a estruturação de novas formas de atendimento coletivo individual e

organizado, desenvolvimento de metodologias que levam o aluno a pensar, questionar e

produzir seu saber dentro dos diversos esportes. As competências cognitivas, lúdicas e

culturais exigidas para o pleno desenvolvimento humano de sua pontualidade e

aprimoramentos das atividades físicas.

A educação física é uma aprendizagem permanente de uma formação continuada,

contextualizada e interdisciplinar, considerando como elemento central dessa formação a

construção da cidadania.

A educação física está comprometida de um lado com o trabalho corporal no

contexto de jogos, desenvolvimento corporal como fator saúde, e prática social,

permitindo que os alunos desenvolvam competências e habilidades que lhes permitam

desenvolver a capacidade de continuar aprendendo, praticando esportes, ao longo de

suas vidas.

A educação física, na prática pedagógica, interdisciplinaridade e transversalidade

alimentam-se mutuamente, pois expõe as inter-relações entre os objetos de

conhecimentos não é possível fazer um trabalho pautado na transversalidade, abrindo

espaço para a inclusão dos saberes, extras-escolares possibilitando a referência e

sistemas de significativos construídos.

Através de um projeto amplo de Educação do Estado do Paraná, entende-se

escola como um espaço que dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos do

conhecimento produzido historicamente pela humanidade. A Educação Física se insere

neste projeto, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, a Cultura Corporal,

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garantindo o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica das inúmeras manifestações ou

práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir

para a formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que

é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.

CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

EDUCAÇÃO FÍSICA- ENSINO FUNDAMENTAL: 6ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esporte Coletivos Futebol; voleibol; basquetebol; punhol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Individuais Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.

Jogos e Brincadeiras Jogos e brincadeiras populares

Amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão.

Brincadeiras e cantigas de roda

Gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira.

Jogos de tabuleiro Dama; trilha; resta um; xadrez.

Jogos cooperativos Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.

Dança Danças folclóricas Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbó.

Danças de rua Break; funk; house; locking; popping; ragga.

Danças criativas Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento;

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improvisação; atividades de expressão corporal.

Ginástica Ginástica rítmica Corda; arco; bola; maças; fita.

Ginástica circense Malabares; tecido; acrobacias; trampolim.

Ginástica geral Jogos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).

Lutas Lutas de aproximação Judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô

Capoeira Angola; regional

EDUCAÇÃO FÍSICA- ENSINO FUNDAMENTAL: 7ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esporte Coletivos Futebol; voleibol; basquetebol; punhol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Individuais Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.

Jogos e Brincadeiras Jogos e brincadeiras populares

Amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão.

Brincadeiras e cantigas de roda

Gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira.

Jogos de tabuleiro Dama; trilha; resta um; xadrez.

Jogos cooperativos Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.

Dança Danças folclóricas Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café;

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cuá fubá; ciranda; carimbó.

Danças de rua Break; funk; house; locking; popping; ragga.

Danças criativas Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Danças circulares Contemporâneas; folclóricas; sagradas.

Ginástica Ginástica rítmica Corda; arco; bola; maças; fita.

Ginástica circense Malabares; tecido; acrobacias; trampolim.

Ginástica geral Jogos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).

Lutas Lutas de aproximação Judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô

Capoeira Angola; regional

EDUCAÇÃO FÍSICA- ENSINO FUNDAMENTAL: 8ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esporte Coletivos Futebol; voleibol; basquetebol; punhol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Radicais Skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.

Jogos e Brincadeiras Jogos e brincadeiras populares

Amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão.

Jogos de tabuleiro Gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira.

Jogos cooperativos Dama; trilha; resta um; xadrez.

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Jogos dramáticos Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.

Dança Danças circulares Contemporâneas; folclóricas; sagradas.

Danças criativas Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Ginástica Ginástica rítmica Corda; arco; bola; maças; fita.

Ginástica circense Malabares; tecido; acrobacias; trampolim.

Ginástica geral Jogos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).

Lutas Lutas com instrumento mediador

Esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

EDUCAÇÃO FÍSICA- ENSINO FUNDAMENTAL: 9ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esporte Coletivos Futebol; voleibol; basquetebol; punhol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Radicais Skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.

Jogos e Brincadeiras Jogos dramáticos Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.

Jogos de tabuleiro Dama; trilha; resta um; xadrez.

Jogos cooperativos Gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da

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cadeira.

Dança Danças circulares Contemporâneas; folclóricas; sagradas.

Danças criativas Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Ginástica Ginástica rítmica Corda; arco; bola; maças; fita.

Ginástica geral Jogos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).

Lutas Lutas com instrumento mediador

Esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esporte Coletivos Futebol; voleibol; basquetebol; punhol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Individuais Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.

Radicais Skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.

Jogos e Brincadeiras Jogos dramáticos Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.

Jogos de tabuleiro Dama; trilha; resta um; xadrez.

Jogos cooperativos Gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira.

Dança Danças folclóricas Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque;

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baião; cateretê; dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbó.

Danças de rua Break; funk; house; locking; popping; ragga.

Danças de salão Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango.

Ginástica Ginástica artística/olímpica

Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas.

Ginástica de Condicionamento Físico

Alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; core board; pular corda; pilates.

Ginástica geral Jogos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).

Lutas Lutas de aproximaçãoCapoeira

Judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô.

Lutas que mantêm à distancia

Karatê; boxe; muay thai; taekwondo.

Lutas com instrumento mediador

Esgrima; kendô.

Metodologia

Embora a educação física tenha sofrido e ainda sofra influência de diversas

tendências pedagógicas da educação brasileira, em momento algum houve uma

pedagogia que lhe exigisse uma análise histórico-social, dos conteúdos.

A partir desta prática social, o professor levantará, junto aos alunos os principais

problemas detectados é a etapa da problematização na qual é despertada a curiosidade

dos alunos para saber o que virá a seguir, isto é, a transmissão / construção do

conhecimento prático.

Este é o momento da instrumentalização, na qual são fornecidas os instrumentos

teóricos necessários aos alunos para que eles equacionem os problemas detectados na

prática social.

Próximo passo desse método de ensino deverá acontecer com a efetiva

incorporação das vivências e experiências culturais trazidas pelos alunos, transformados

em elementos ativos de mudança na forma de entendimento da prática e ministração de

conteúdo, apropriando-se da compreensão análise e reflexão crítica, afim de formar

cidadãos que construam seu próprio conceito sobre a prática social.

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Recomenda-se que cada aula ou atividade programada seja desenvolvida de

acordo com o método de ensino proposto pelos parâmetros curriculares nacionais,

devendo haver, para um bom desenvolvimento adequado da ação pedagógica permita

uma reflexão abrangente sobre a cultura corporal. É preciso que aconteça ação

pedagógica, momento de constatação interpretação, compreensão e explicação da

realidade social complexa e contraditória.

E necessário atender para a graduação crescente dos conteúdos que serão objeto

de transmissão – construção a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, sendo referência

para continuidade do trabalho cuja culminância se da no 9º ano do Ensino Fundamental.

O conhecimento metodológico das aulas Educação Física está centrado dentro dos

temas transversais, a elaboração e crítica a consciência de novos conhecimentos sobre a

prática e vivência cultural corporal e torná-los cidadãos preparados para enfrentar a

sociedade e melhoria da qualidade de vida.

Atividades que envolvam os desafios contemporâneos, como Cidadania e Direitos

Humanos, Enfrentamento a Violência na Escola, Cultura Afro-brasileira e Africana,

Educação do Campo e questões de Gênero e Diversidade.

Avaliação

A avaliação é parte integrante do trabalho realizado em sala de aula ou na quadra e

tem como o principal objetivo ajudar o aluno aprender.

Tem função permanente de diagnóstico e possibilita ao professor intervir no

processo de aprendizagem, acompanhando os alunos.

É preciso olhar o aluno por inteiro, avaliando o progresso dele como um todo.

Como estava no início do ano, como esta agora.

Ter clareza dos pontos que se quer atingir com os alunos.

Avaliação será um processo continuo permanente e cumulativo onde podermos

revisar, reorganizar trabalhos e encaminhamentos que visem a superação das

dificuldades constatadas no aluno durante o ano letivo.

Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e

explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são um

elemento de grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as etapas da

ação pedagógica.

Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as

possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos.

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Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um

debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva.

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os

conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então,

é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A

recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar

os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem.

Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de

conteúdo.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Educação Física.

Curitiba. Seed, 2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos,

políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e muito a

contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos problemas e conceitos criados

no decorrer de sua longa história, os quais por sua vez geram discussões promissoras e

criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações. Por isso,

permanecem atuais.

Quando se trata do ensino de Filosofia, é comum retomar a clássica questão a

respeito da cisão entre filosofia e filosofar: ensinamos a filosofar ou ensinamos filosofia?

Para Kant (1985), só é possível ensinar a filosofar, isto é, exercitar a capacidade da razão

em certas tentativas filosóficas já realizadas. É preciso, contudo, reservar à atividade

filosófica em sala de aula o direito de investigar as ideias até suas últimas consequências,

conservando-as ou recusando-as. Em Hegel, o conhecimento do conteúdo da Filosofia é

indispensável a sua prática, ou seja, do filosofar. A Filosofia constitui seu conteúdo, visto

que reflete sobre ele.

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A Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita

ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para

análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades

indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da

leitura e da escrita.

Assim, o ensino da Filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço para que

o estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o vivido a fim de que consiga à sua

maneira também, cortar, recortar a realidade e criar conceitos.

Essa ideia de criação de conceitos como resultado da atividade filosófica no Ensino

Médio não deve ser confundida com a perspectiva acadêmica de alta especialização, ou

seja, o que se pretende é o trabalho com conceito na dimensão pedagógica.

Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva de fazer com

que os estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e analisem a

partir dos textos filosóficos que lhes forneçam subsídio para que pesquisem. Façam

relações e criem conceitos.

O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiência daquilo que é

específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos. Esse exercício poderá

manisfestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações,

leituras e análise de textos, organiza debates, sugere pesquisas e sistematizações.

O ensino da Filosofia tem uma especifidade que se concretiza na relação do

estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da

investigação, no trabalho direcionado à criação de conceitos.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Um dos objetivos do Ensino da Filosofia no Ensino Médio é a formação pluri

dimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de

compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades

e especializações.

Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o estudante

não pode prescindir de um saber que opere por questionamentos, conceitos e categorias

e que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e

a experiência humana.

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Como disciplina na Matriz Curricular do Ensino Médio, considera-se que a Filosofia

pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da

linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos Estruturantes são conhecimentos basilares de uma disciplina, que se

constituíram historicamente, em contextos e sociedades diferentes, mas que neste

momento ganham sentido político, social e educacional, tendo em vista o estudante de

Ensino Médio.

Estas Diretrizes Curriculares propõem a organização do ensino de Filosofia por meio dos

seguintes conteúdos estruturantes.

LXIII. Mito e Filosofia;

LXIV. Teoria do Conhecimento;

LXV. Ética;

LXVI. Filosofia Política;

LXVII. Filosofia da Ciência;

LXVIII. Estética.

Tais conteúdos estruturantes estimulam o trabalho da mediação intelectual, o

pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas, em

oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento e

as ações dela resultantes.

O trabalho com os conteúdos estruturantes não exclui, de forma alguma, a história

da Filosofia nem as perspectivas que denominamos geográficas. Os conteúdos

estruturantes fazem parte da História da Filosofia e podem ser trabalhados em diversas

tradições.

Notadamente, Filosofia é o espaço da crítica a todo conhecimento dogmático, e, por ter

como fundamento o exame da própria razão, não se furta à discussão nem à superação

das filosofias de cunho eurocêntrico.

O currículo de Filosofia coloca-se frente a duas exigências que emergem da

fundamentação desta proposta:

• O ensino de Filosofia não se confunde com o simples ensino de conteúdos;

• Como disciplina análoga a qualquer outra, tem nos seus conteúdos elementos

mediadores fundamentais para que possa desenvolver o caráter específico do

ensino de Filosofia: problematizar, investigar e criar conceitos.

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Como mediadores do ensino de Filosofias, os conteúdos devem estar vinculados à

tradição filosófica, de modo a confrontar diferentes pontos de vista e concepções, para

que o estudante perceba a diversidade de problemas e de abordagens. Com esse

objetivo, estas Diretrizes buscam justificar e localizar cada conteúdo estruturante e

indicam possíveis recortes a partir dos problemas filosóficos com os quais os estudantes

podem se deparar.

CONTEÚDOS:

SÉRIE ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

1º ANO

MITO E FILOSOFIA

• saber mítico;

• saber filosófico;

• relação mito e filosofia;

• atualidade do mito;

• o que é filosofia?

• mito e filosofia;

• o deserto do real;

• ironia e filosofia;

TEORIA DO

CONHECIMENTO

• possibilidade do

conhecimento;

• as formas de

conhecimento;

• o problema da verdade;

• a questão do método;

• conhecimento e lógica.

• o problema do

conhecimento;

• filosofia e método;

• perspectivas do

conhecimento

ÉTICA

• ética e moral;

• pluralidade ética;

• ética e violência;

• razão, desejo e vontade;

• liberdade, autonomia do

sujeito e a necessidade

das normas.

• a virtude em

Aristóteles e Sêneca;

• amizade;

• liberdade;

• liberdade em Sartre.

2º ANO FILOSOFIA POLÍTICA • relações entre

comunidade e poder;

• liberdade e igualdade

política;

• política e ideologia;

• esfera pública e privada;

• em busca da

essência do político;

• a Política em

Maquiavel;

• Política e violência;

• a democracia em

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• cidadania formal e/ou

participativa.

questão.

3º ANO

FILOSOFIA DA

CIÊNCIA

• concepção de ciência;

• a questão do método

científico;

• contribuições e limites da

ciência;

• ciência e ideologia;

• ciência e ética.

• o progresso da

ciência;

• pensar a ciência;

• Bioética.

ESTÉTICA

• natureza da arte;

• filosofia e arte;

• categorias estéticas –

feio – belo, sublime,

trágico, cômico, grotesco,

gosto, etc;

• estética e sociedade.

• Pensar a Beleza;

• a universalidade do

gosto;

• necessidade ou fim

da arte?

• o cinema e uma nova

percepção.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos

dar-se-á em quatro momentos:

• a mobilização para o conhecimento;

• a problematização;

• a investigação;

• a criação de conceitos.

O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de

uma imagem, da leitura de um texto jornalistico ou literário ou da audição de uma música.

A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a

investigação e a criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização não

possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo filosófico.

A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando o professor e

estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É

importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização – filmes, músicas,

texto e outros – podem ser retomados a qualquer momento do processo de

aprendizagem.

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Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o qual se

faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a

experiência filosófica.

O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por

isso é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também

com uma análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o estudante à sua

própria realidade.

Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados da História da Filosofia, do

estudo dos textos clássicos e de sua abordagem Contemporânea, o estudante do Ensino

Médio pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto filosófico que

ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será

trazido para o presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a

partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa sociedade.

Ao final desse processo, o estudante, via a regra, encontra-se-á apto à elaborar um

texto, no qual terá condições de discutir, comparar e socializar ideias e conceitos.

As temáticas dos desafios contemporâneos serão trabalhadas no

desenvolvimento dos conteúdos durante o ano letivo. Desafios Contemporâneos:

Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento a Violência na Escola; Educação para

as Relações Étnico Raciais; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação

Escolar Indígena; Gênero e Diversidade Sexual; Gravidez na Adolescência; Trabalho

Infantil; Diversidade Educacional, Inclusão Educacional, Cultura Afro-Brasileira e

Africana (Lei nº 10.639/03), Educação Indígena (Lei nº 11.645), Educação do Campo

(DCE do Campo), História do Paraná (Lei nº 13.381/01).

AVALIAÇÃO

A avaliação dever ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é,

tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-

aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia,

avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo

presente na história da Filosofia, ou nos problemas Filosóficos, nem a examinar sua

capacidade de tratar deste ou daquele tema.

O ensino de Filosofia é, acima de tudo um grande desafio, pois, ao avaliar, o

professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo que não

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concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de

identificar os limites dessas posições.

O que dever ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de

construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas

e discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de

trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

• Qual discurso tinha antes;

• Qual conceito trabalhou;

• Qual discurso tem após;

• Qual conceito trabalhou.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por

meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensar após o

estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Na complexidade do mundo Contemporâneo, com suas múltiplas particularidades

e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e

problematizar os conteúdos básicos dos conteúdos estruturantes, elaborando respostas

aos problemas suscitados e investigados.

Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade

filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma

posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos através de

avaliações, seminários, debates e instrumento.

Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e

criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS

1º Ano

MITO E FILOSOFIA

• compreender fundamentalmente o que é mito e o que é filosofia, a

relação que existe entre esses dois âmbitos;

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• Conhecer como se deu e quais foram as condições que permitiram a

passagem do mito à filosofia;

• Compreender a diferença entre mito e filosofia e como ocorreu o

nascimento da filosofia pela superação dos mitos.

• Perceber que os mesmos conflitos entre mito e razão, vividos pelos

gregos, são problemas presentes, ainda hoje, em nossa sociedade;

TEORIA DO CONHECIMENTO

• Qual a importância da teoria do conhecimento para a história da

filosofia;

• Compreender historicamente que o surgimento do pensamento

racional, conceitual, entre os gregos, foi decisivo no desenvolvimento da cultura

da civilização ocidental;

• Conhecer o contexto histórico e político do surgimento da filosofia;

• Compreender as questões sobre a origem, essência e certeza do

conhecimento humano;

• As diferentes formas de conhecimentos, suas metodologias e o

problema da verdade.

2o SÉRIE

ÉTICA

• Compreender os fundamentos e a finalidade da Ética bem como a

sua relação com a política;

• Entender a relação entre o sujeito e a norma.

• Verificar o entendimento dos alunos sobre a ética e moral, bem como as

diferenças éticas existentes na sociedade;

• Ser capaz de perceber que o agir fundamentado propícia

consequências melhores e mais racionais que o agir sem razões ou

justificativas.

FILOSOFIA POLÍTICA

• Compreender as relações de poder e os mecanismos que estruturam

e legitimam os diversos sistemas políticos;

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• Problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania,

justiça, dentre outros;

• Analisar a compreensão dos alunos sobre a realidade politica, seu

entendimento das relações de poder existentes, das ideologias,

desenvolvendo o senso critico sobre as formas de governo e politicas

existentes na sociedade contemporânea;

3o SÉRIE

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

• Compreender o que é ciência, suas condições e possibilidades, sua intenção;

• Refletir criticamente o conhecimento cientifico;

• Entender que, o conhecimento cientifico é provisório, jamais acabado ou

definitivo, sempre tributário, de fundo ideológico, religioso, econômico, político e

histórico;

• Verificar os avanços científicos no campo da bioética e suas

implicações ético-politicas e sociais;

ESTÉTICA

• Compreender os fundamentos da Estética enquanto reflexão sobre a beleza, a

sensibilidade e a arte.

• Compreender a apreensão da realidade pela via da sensibilidade,

percebendo que o conhecimento não é apenas resultado da atividade

intelectual, mas fruto também da imaginação, da intuição e da fruição;

• O entendimento dos educandos para a realidade estética, verificando como

esta pode estar a serviço de interesses econômicos, religiosos, sociais, políticos

etc, ao longo da história. Os diferentes padrões de beleza e a relação belo e o

grotesco.

INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

• Avaliação escrita/oral com uso de documentos – alguns retirados do próprio

livro didático.

• Considerar as ideias filosóficas produzidas pelos alunso antes e

depois da intervenção pedagógica.

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• Analisar se houve mudanças na aprendizagem do aluno (superação de nível

em relação às ideias filosóficas prévias, permanência no mesmo nível das ideias

filosóficas prévias, após a intervenção do professor).

• Comunicação do aluno para o professor e para a turma – Seminário orientado a

partir das questões: o que eu aprendi nesta temática filosófica que pode ajudar no

meu presente? O que eu aprendi, nessa temática filosófica que pode me ajudar no

meu futuro?

RECUPERAÇÃO PARALELA

A Recuperação ocorrerá de forma paralela aos conteúdos abordados através de

avaliações orais/escritas, interpretações, debates, seminários, trabalhos de pesquisa com

o intuito ou enfatizar os conteúdos trabalhados onde o aluno possa compreender os

conteúdos estudados.

REFERÊNCIAS

KANT, I. Critica da razão pura. Lisboa: Caloust Gulberkian, 1985.

GALLO, S.; KOHAN, W.O. (Orgs.). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.

FILOSOFIA. Vários Autores. Curitiba: SEED-PR, 2006, 336p. (Livro Didático Público).

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – Filosofia. SEED.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Paraná 2008.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das

estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de

organização. Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da

natureza, a direção e dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes

marítimas, bem como as variações climáticas e a alternância, entre período seco e

chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores. Esses conhecimentos

permitiam às sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em beneficio

próprio.

Na antiguidade clássica muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos.

Ampliaram-se os conhecimentos e as relações sociedade-natureza, extensão e

características físicas e humanas dos territórios imperiais.

Foi nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos como os relativos

à elaboração de mapas, forma da terra, distribuição de terras e águas, latitude, definições

climáticas e outros.

Na Idade Média, os conhecimentos geográficos da antiguidade foram substituídos

pela visão imposta pelo poder político que predominou esse período instituído pela Igreja

vinculados aos ensinamentos bíblicos cuja verdade não podia ser questionada.

A partir do Século XII as questões cartográficas, bem como a forma do planeta,

voltaram a ser discutidas, quando os mercadores precisavam representar o espaço com

detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e distancias dos continentes.

Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser evidenciados

nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões

referentes ao espaço e à sociedade.

No imperialismo do século XIX, foram criadas diversas sociedades geográficas,

que tinham apoio dos Estados colonizadores como Inglaterra, França e Prússia, que mais

tarde, viria a ser a atual Alemanha. As pesquisas dessas sociedades subsidiaram o

surgimento das escolas nacionais de pensamento geográfico – destacadamente a alemã

e a francesa.

O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores Humbolt

(1769- 1859) e Ritter (1779-1859) mas coube a Ratzel (1844-1904) destaque como

fundador da geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. O

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pensamento geográfico da escola francesa, por sua vez, teve como principal

representante Vidal de La Blache (1845- 1918).

A produção teórica destas duas escolas marca a dicotomia sociedade-natureza e o

determinismo geográfico que justificou o avanço neo-colonial dos impérios europeus na

conquista de territórios da África e da Ásia.

Enquanto na Europa, principalmente na Alemanha e na França, a Ciência

Geográfica já se encontrava sistematizada e presente nas universidades desde o século

XIX, no Brasil, isso só aconteceu mais tarde.

As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX

e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras.

A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto se consolidou apenas a

partir da década de 1930. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam

compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos

interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econômico.

No ensino, essa visão da Geografia traduziu-se pelo estudo descritivo das

paisagens naturais ou humanizadas. A didática baseava-se principalmente na descrição

e na memorização dos elementos que compõem as paisagens, tendo em vista que esses

constituem a dimensão passível de observação do território ou lugar. Eliminava-se

qualquer forma de compreensão ou subjetividade que comprometesse a análise "neutra"

da paisagem estudada.

O aluno podia descrever, relacionar os fatos naturais, fazer analogias, elaborar

sínteses ou generalizações, mas objetivamente.

As transformações históricas relacionadas aos modos de produção após a

Segunda Guerra Mundial, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais

na Ordem Mundial que interferiram no pensamento geográfico sob diversos aspectos. O

capitalismo tornou-se monopolista, a urbanização intensificou-se, começando a surgir as

metrópoles, o espaço agrário subordinou-se à industrialização, sendo organizado a partir

desta, as realidades locais passam a se articular a uma rede de escala mundial. Cada

lugar passou a estar

conectado a uma realidade maior, perdendo sua capacidade de explicar-se por si

mesmo. A Geografia Tradicional, com seus métodos e teorias descritivas, não era mais

suficiente para explicar a complexidade do espaço.

Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do pós segunda guerra

mundial desencadearam tanto reformulações teóricas na geografia, quanto o

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desenvolvimento de novas abordagens para os campos de estudo desta Ciência. No

Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60, que

elevaram a modificações no ensino de Geografia na organização curricular da escola.

A valorização da formação profissional nesse período contribuiu para as

transformações significativas no ensino, regulamentadas pela Lei 5692/71 que afetou,

principalmente, as disciplinas relacionadas às ciências humanas e instituiu a área de

estudo

denominada Estudos Sociais que, no 1o Grau envolveria os conteúdos de Geografia e

História.

O ensino da área de estudo, transformada na disciplina de Estudos Sociais, como

já apontado, garantia a inter-relação entre os conteúdos de Geografia e História, o que

tornava essa disciplina meramente ilustrativa e superficial. No Estado do Paraná, esse

movimento iniciou-se em 1983, quando a Associação Paranaense de História (APAH),

promoveu o primeiro encontro paranaense de História e Geografia como disciplinas

isoladas.

Esse movimento adotou o método do materialismo dialético para os estudos

geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino de Geografia. A chamada

Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico, deu novas

interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da geografia, trazendo as

questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a compreensão do

espaço geográfico.

Segundo DCE (2009) no Paraná, as discussões sobre a emergente Geografia

Crítica – enquanto método e conteúdo de ensino - ocorreram no final da década de 80

em cursos de formação continuada e discussões sobre a reformulação curricular

promovidas pela Secretaria de Estado da Educação que publicou em 1990, o “Currículo

Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná”. Esse documento representava um

Projeto Político Pedagógico que expressava a necessidade de repensar os fundamentos

teóricos e conteúdos básicos das disciplinas.

A abordagem teórica crítica proposta para o ensino de Geografia, naqueles

documentos, baseava-se numa geografia que compreendia o espaço geográfico como

social, produzido e reproduzido pela sociedade humana.

A compreensão e a incorporação da Geografia Crítica foi gradativa e inicialmente

vinculada tanto aos programas de formação continuada que aconteceram no final dos

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anos 80 e inicio de 90, quanto a utilização de livros didáticos escritos a partir daquela

perspectiva teórica.

Encontros e conferências realizados em âmbito mundial, priorizavam a educação

(inclusive a educação básica) como alvo das reformas necessárias para a formação do

novo perfil de trabalhador, necessário para o capitalismo no atual período histórico. Foi

nesse contexto que ocorreu a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional (Lei 9394/96), bem como a construção dos Parâmetros

Curriculares Nacionais.

A partir de então, os PCN apresentaram-se como documento balizador para as

reformas curriculares que deveriam ocorrer nos estados brasileiros. Entre as mudanças

provocadas pelos PCN destacaram-se os conteúdos de ensino vinculados às discussões

ambientais e multiculturais. A rigor, os debates sobre cultura e ambientalismo perpassam

várias áreas do conhecimento e vêm ganhando destaque na escala mundial desde o final

dos anos 60, ganharam força no contexto histórico dos anos 90, tanto com as

transformações políticas que desencadearam conflitos étnicos e a fragmentação territorial

de alguns países, quanto com os avanços nos sistemas técnicos de comunicação e

informação que possibilitam a fragmentação da produção industrial e ampliação do

mercado mundial.

Essa reorganização estrutural da produção e do mercado envolveu e afetou a

natureza, as culturas e as relações sócio espaciais de alguns “espaços da globalização”,

situados em todos os continentes. Isso trouxe, definitivamente relevância para as

questões socioambientais e culturais como campos de estudos da Geografia.

A falta de crítica, o ecletismo teórico e a ênfase na abordagem transversal

desfocaram, nos PCN, as especificidades das disciplinas enquanto campo do

conhecimento. Tudo isso associado, no Paraná, a uma orientação política neoliberal, que

interpretou a autonomia da escola como uma desresponsabilização do Estado em

relação à Educação, resultou, entre outras coisas, numa ampla diversificação de

disciplinas ofertadas na parte diversificada do currículo da Educação Básica.

Quanto ao objeto da disciplina de geografia, as Diretrizes Curriculares do Paraná

entende que o conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia é o espaço

geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade

(LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais,

culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e

econômicas (SANTOS, 1996).

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OBJETIVOS Nessa perspectiva o estudo da paisagem, do lugar, do território, da região, da

sociedade e natureza devem ser propostos levando em consideração a criticidade,

evidenciando a formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu

tempo, possibilitando que o ensino de Geografia deva propor a análise dos conflitos e

contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado

espaço.

Compreender o espaço geográfico mundial e local, nas diferentes espacialidades e

temporalidade e nas formas de organização das sociedades primitivas e complexas,

industriais 168 ou não industriais. Além das relações que se estabelecem entre a

natureza – homem – sociedade e entre homens. Ao final do percurso que o aluno possa

também melhor avaliar a realidade em que vive, sob a perspectiva de transformá-la onde

quer que esteja.

CONTEÚDOS ESTRUTURAIS E CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

Organização dos Conteúdos Básicos por Série do Ens. Fundamental As Diretrizes

Curriculares da Educação Básica do Paraná (DCE) entendem que os conteúdos básicos

são conhecimentos imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes. Partindo

dos conteúdos básicos apresentados na DCE, que apresenta uma listagem para o Ensino

Fundamental, apresentamos aqui a sequência dos conteúdos específicos a ser

desenvolvida na escola.

6° Ano Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos Conteúdos específicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.

O espaço e a paisagem.

O Lugar e o espaço vivido.

Orientação e localização no espaço geográfico.

Representações cartográficas.

A Terra e o sistema solar.

Os principais movimentos da Terra.

A estrutura interna da Terra.

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As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

Combustíveis fósseis.

Os solos.

Agentes internos e externos de formação do relevo.

As unidades do relevo.

A água na Terra.

As águas continentais.

As águas oceânicas.

A atmosfera.

Elementos atmosféricos.

Dinâmicas climáticas.

Poluição atmosférica e suas consequências. A composição da biosfera.

A atuação humana na dinâmica da natureza.

7° Ano

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos Conteúdos específicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

Características gerais do Brasil.

Formação e povoamento do território brasileiro.

A divisão política do Brasil.

A formação do povo brasileiro.

A distribuição da população.

Dinâmica populacional.

População em movimento.

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A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informaçoes.

O mercado de trabalho.

Sociedade e desenvolvimento.

O consumo.

Características da agricultura brasileira.

Modernização do campo.

Problemas do rural.

Industrialização.

Indústria e atividade econômica.

Energia e indústria.

Concentração industrial e expansão industrial.

Urbanização e migração.

Transporte.

Urbanização e modernização da comunicação.

As regiões brasileiras segundo o IBGE.

Os complexos regionais. Regiões geoeconômicas.

A regionalização do Paraná.

8° Ano

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos Conteúdos específicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração

O crescimento e distribuição da população.

Estrutura etária da população mundial.

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Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

dos territórios do continente americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações socioespaciais.

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

Desafios ambientais do século XXI.

A utilização dos recursos naturais.

A regionalização do mundo.

O desenvolvimento humano.

A transformação do espaço geográfico mundial.

Comércio: um conflito entre países ricos e pobres.

Efeitos da globalização.

A América no mundo.

A conquista do continente.

A formação do território americano.

A população americana.

Fluxos migratórios.

América: um continente de contrastes.

América do Norte.

América Central.

América do Sul.

África: aspectos naturais.

O imperialismo e a partilha da África.

A economia africana.

Investimentos estrangeiros e desenvolvimento econômico. Economia regional.

299

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A população. O crescimento da população. O rural e o urbano no continente africano.

9° Ano

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos Conteúdos específicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O comércio em suas implicações socioespaciais.A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e

Europa: características físicas e naturais.

Europa: aspectos econônicos.

A população européia.

Urbanização européia.

Ásia: aspectos gerais.

O Leste e o Sudeste Asiático

Ásia Central e Meridional.

Oriente Médio: caracterização geral.

O petróleo no Oriente Médio.

Conflitos e questões territoriais.

Oceania: bases naturais e povoamento.

Características da economia australiana.

Ilhas da Oceania.

300

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sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

ENSINO MEDIO As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (DCE) entendem que os

conteúdos básicos são conhecimentos imprescindíveis para a formação conceitual dos

estudantes. Partindo dos conteúdos básicos apresentados na DCE, que apresenta uma

listagem para o Ensino Médio, apresentamos aqui a sequência dos conteúdos básicos a

ser desenvolvida.

1° Ano

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos Conteúdos específicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas, e a (re)organização do espaço geográfico.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede:

O conjunto de lugares e de relações.

O espaço, a paisagem e o tempo.

A localização no espaço geográfico e cartográfico.

A evolução geológica da Terra.

A estrutura da Terra.

A teoria das placas tectônicas.

A dinâmica interna e externa da Terra.

Relevo submarino e continental Brasileiro.

Estrutura geológica do Brasil.

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produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

Formação. Mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.

As classificações do relevo brasileiro.

A erosão do solo e impactosambientais na agricultura.

Os grandes biomas do mundo.

Os climas do mundo.

Os domínios morfoclimáticos brasileiros.

Impactos ambientais em biomas brasileiros.

Impactos ambientais em ecossistemas urbanos.

A política de preservação ambiental e a questão indígena. A atmosfera e poluição do ar atmosférico. Mudanças climáticas. Os elementos do clima brasileiro. Fatores do clima no Brasil. A classificação climática brasileira. O ciclo hidrológico. Hidrografia brasileira. Poluição das águas. Conflitos pela água. A economia e o

302

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desenvolvimento sustentável. Os principais problemas ambientais.

2° Ano

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos Conteúdos específicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das infomações.

As relações na sociedade capitalista.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

O comércio e as implicações sócio-espaciais.

Território e Territorialidade

Terrorismo político e terrorismo religioso.

Fronteiras humanas: a população do Brasil e do mundo.

Crescimento demográfico: população Mundial e do Brasil.

Característica da população mundial.

A Globalização da pobreza: desigualdade e novas Migrações.

Característica da população brasileira.

Brasil migrações internas e internacionais.

O processo de urbanização no mundo e no Brasil.

Urbanização e crescimento urbano: metrópoles, megalópoles e megacidades.

Fonteiras econômicas: as marcas das desigualdades.

O capitalismo e a divisão internacional do trabalho.

O mundo bipolar: a guerra

303

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fria.

A economia-mundo.

O subdesenvolvimento.

América Latina.

África.

As economias em transição e os últimos socialistas.

China potencia do século XXI.

Austrália e nova Zelândia.

Estados Unidos, a superpotência mundial.

3° Ano

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos Conteúdos específicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A tranformção demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

Território e Territorialidade

terrorismo político e terrorismo religioso.

Fronteiras humanas: a população do Brasil e do mundo.

Crescimento demográfico: população Mundial e do Brasil.

Característica da população mundial.

A Globalização da pobreza: desigualdade e novas Migrações.

Característica da população brasileira.

Brasil migrações internas e internacionais.

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As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O processo de urbanização no mundo e no Brasil.

Urbanização e crescimento urbano: metrópoles, megalópoles e megacidades.

Os contrastes do povo brasileiro.

A industria no Brasil.

O uso da energia no mundo.

O problema energético no Brasil.

Os recursos minerais do Brasil e do mundo.

A agricultura, a pecuária, os sistemas agrários e estrutura fundiária.

Os organismos internacionais e as tranacionais.

O comércio multilateral e os blocos regionais.

O comércio exterior brasileiro.

Europa o continente dos blocos econômicos.

A CEI e a herança da URSS.

Outros blocos econômicos.

Os transportes e as telecomunicações no Brasil e no mundo.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS De acordo com DCE (2009) a metodologia de ensino deverá permitir que os alunos

se apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia de: região, lugar, território,

paisagem, sociedade e natureza, e de entender e agir sobre o espaço geográfico, e

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compreendam o processo de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso,

os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica,

interligados com a realidade próxima e distante dos alunos.

O conteúdo deverá ser trabalhado estabelecendo propostas a partir de situações

problemas, apresentando uma proposta de ensino, que estimule a investigação e o

despertar para questões que afligem a sociedade, que sejam provocativas e que

possibilitem aos alunos à superação do senso comum. Que permita situar o aluno no

contexto histórico, buscando contextualizar as temáticas selecionadas, havendo nessa

perspectiva significado na aprendizagem. Dessa maneira, o aluno poderá apropriar-se

dos conteúdos estabelecidos, desenvolvendo autonomia intelectual e tornando-se um

agente mobilizador para o enfrentamento das questões sociais, econômicas, ambientais

e políticas que afligem a sociedade contemporânea.

Outro recurso metodológico que deverá ser utilizado é a atividade interdisciplinar

que poderá respaldar o estudo geográfico com conhecimentos de outros campos do

saber, garantido uma dimensão multidisciplinar ao estudo, sem, no entanto, ocorrer a

perda da especificidade da disciplina de Geografia.

A geografia também deve se apropriar das novas tendências tecnológicas

utilizadas na produção do saber geográfico, o uso de SIGs (Sistemas de Informação

Geográficas) fazem com que a informática se torne indispensável na abordagens de

alguns conteúdos, onde o uso mapas interativos por meio de softwares livres de

geoprocessamento fazem com que o aluno compreenda o espaço na sua totalidade,

tornando possível uma abordagem espacial ampla e completa.

É fundamental o estudo de diferentes tipos de mapas, atlas, globo terrestre,

atualizados e em situações em que o aluno possa interagir com esses recursos. O estudo

do meio também deve ocorrer, ou seja, o trabalho com imagens e a representação dos

lugares próximos e distantes são recursos didáticos interessantes, por meio dos quais os

alunos poderão construir e reconstruir as percepções da imagem local e global.

A geografia ao trabalhar com recortes temporais e espaciais, interpreta as

múltiplas

relações entre a sociedade e a natureza de um determinado lugar.

Corroborando com a consolidação da geografia como ciência, a geografia deve

estar atenta aos novos desafios contemporâneos encontrados na educação brasileira. E

deve contemplar em seu conteúdo as temáticas:

• Educação ambiental (Lei n° 9.795/99);

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• Cidadania e direitos humanos;

• Enfrentamento da violência na escola;

• Educação escolar para as relações étnico raciais;

• Educação escolar e indígena;

• Prevenção ao uso de drogas;

• Gênero e diversidade sexual;

• Diversidade educacional (Inclusão educacional, cultura afro-brasileira e africana –

Lei n° 10.639/03); e

• Historia do Paraná (Lei n° 13.381/01).

A geografia como uma das disciplinas fundamentais da grade curricular da escola,

deve dialogar com os demais projetos pedagógicos presentes na esfera escolar, como

por exemplo o Viva a Escola – Preparatório Para o Vestibular. Onde os conteúdos

abordados em sala de aula poderão ser revistos durante os encontros do projeto,

direcionando o conteúdo a partir dos critérios exigidos por vestibulares de diferentes

universidades, possibilitando ao aluno a oportunidade de conhecer os mais variados

modelos de provas, aumentando suas chances de entrada na universidade.

Essa proposta educacional deve conduzir o processo de aprendizagem de forma

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a

compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse

procedimento objetivando que o ensino de Geografia contribua para a formação de um

sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte essencial de todo o processo de ensino-aprendizagem. Mesmo

nos processos informais, como os que ocorrem na interação entre a criança e a

sociedade, costuma haver avaliação. A avaliação não é encontrar uma nota ou conceito

que concretize o desempenho de um aluno. Sua função principal é contribuir para a

otimização do processo ensino-aprendizagem, um meio para perceber se alunos e

professores estão se aproximando dos objetivos traçados. A maior utilidade dos

resultados da avaliação, reunir-se-á na orientação da dinâmica do professor – avaliar o

que o aluno aprendeu e não o que ele ainda não sabe, a partir disso definindo o ponto de

partida para a construção do conhecimento geográfico, tendo como pressuposto o

conhecimento informal do aluno.

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A avaliação não se restringirá à capacidade de memorização, mas sim na

capacidade de refletir e aplicar os conceitos, conteúdos da geografia aprendidos durante

o período escolar. Por isso deve seguir o que estabelece a Lei de Diretrizes Básicas da

Educação Nacional que determina que a avaliação do processo de ensino-aprendizagem

deva ser formativa, diagnóstica e processual.

O processo de avaliação deve estar articulado com os conteúdos estruturantes, à

inclusão, aos conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a

relação sociedade-natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global

e vice-versa. Que esta avaliação seja diagnóstica e continuada, e que contemplem

diferentes instrumentos pedagógicos, tais como: atividade de leitura, projeto de pesquisa

bibliográfica, palestra/apresentação oral, atividades experimentais, projeto de pesquisa

de campo, relatório, debate, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalho em

grupo, questões discursivas e questões objetivas.

Quanto ao conteúdo, os critérios da avaliação contemplará tanto a

operacionalização de conceitos, como a compreensão do espaço geográfico. Ou seja,

além do desenvolvimentodas capacidades de conhecer, que o cidadão se posicione

criticamente frente a sociedade em que está inserido.

Para que possa espelhar os resultados obtidos por cada aluno em seus vários

aspectos, é importante que a avaliação seja feita com instrumentos variados. A

observação contínua permite ao professor verificar o grau de comprometimento de cada

aluno com as tarefas propostas e sua participação ativa e não para comparar os alunos

entre si e atribuir valores, mas para verificar a evolução individual ou em grupo.

Os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação devem fornecer ao

professor informações sobre a aprendizagem adquirida pelo aluno em utilizar a

linguagem geográfica adequadamente, comunicando suas idéias desenvolvendo

raciocínios.

Pensando no desenvolvimento intelectual, cultural e social dos alunos e indo além

da simples aquisição de conceitos da geografia, deve-se considerar a necessidade de

uma avaliação contínua, realizada a cada momento da interação entre aluno e professor,

acompanhando o aprendizado e, simultaneamente, colaborando com ele para permitir

que elementos da aprendizagem sejam percebidos.

Considerando que os alunos têm diferentes ritmos de aprendizagem, identificam-

se dificuldades e isso possibilita a intervenção pedagógica todo o tempo. O professor

pode, então, procurar caminhos para que todos os alunos aprendam e participem das

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aulas. Assim, para alunos que apresentam rendimento baixo rendimento escolar será

oferecido estudos de recuperação na seguinte forma: Recuperação contínua, realizada

no decorrer das aulas, em todas as séries, por meio de orientação de estudos e

atividades diversificadas adequadas às dificuldades dos alunos.

Recuperação Super Paralela, trabalhada fim do período letivo anual, para alunos

com rendimento abaixo de 6,0 (seis), com propostas de atividades diversificadas de

acordo com as necessidades dos alunos, conforme projeto proposto pela escola visando

um menor índice de reprovação escolar.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que o

professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos do

processo de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços obtidos pelos

alunos, de modo que esses registros tanto explicitem o caráter processual e continuado

da avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do sistema de notas.

Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação.

Em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas e

instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:

• interpretação e produção de textos de Geografia;

• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• pesquisas bibliográficas;

• relatórios de aulas de campo;

• apresentação e discussão de temas em seminários;

• construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre

outros.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O objeto de estudo da geografia é o espaço, e espera-se que o educando construa

um conjunto de conhecimentos referentes a conceituação e compreensão espacial,

compreenda a dinâmica na natureza, sua produção e reprodução a partir do trabalho

humano, que lhe permita ser capaz de ser crítico e dinâmico que identifique os

fenômenos geográficos produzidos a partir do cotidiano humano, interligando a teoria

com a pratica e a vivência.

Portanto, espera-se que o aluno:

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• Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens

geográficas.

• Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e

técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas.

• Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica.

• Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas

consequências econômicas, socioambientais e políticas.

• Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território, natureza,

sociedade, ambiental, político, cultural e demográfico.

• Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como resultado de

fatores históricos, naturais e econômicos.

• Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais,

reconhecendo as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.

• Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com as atividades

produtivas industriais e agrícolas e suas conseqüências ambientais e sociais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Secretaria de Educação do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares

Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2002.

LEFEBVRE, Henri. La production de l’espace. Paris: Ed anthropos, 1974.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares para a disciplina de Geografia, 2009.

Regimento Escolar da Escola Estadual Professora Julia Wanderley – EF e M, 2010.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:

Hucitec, 1996.

310

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COLÉGIO ESTADUAL DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO - EFMPROPOSTA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA ESPANHOLA – CELEM

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde o início da colonização do território brasileiro, houve uma preocupação do

Estado português em facilitar o processo de dominação e expansão do catolicismo. A

princípio, valorizava-se no Brasil o ensino das línguas clássicas (Grego e Latim) pelos

jesuítas. No entanto, durante a União Ibérica (1580-1640), os jesuítas foram

considerados os principais incentivadores da resistência dos nativos, pois as reduções

jesuíticas acabaram sendo refúgio para os povos indígenas, em virtude da desumanidade

e exploração desse povo pelos colonizadores. Os padres jesuítas foram expulsos dos

territórios portugueses na América, e em 1759, o ministro Marquês de Pombal instituiu o

sistema régio no Brasil,ficando ao Estado a responsabilidade de contratar professores

não-religiosos.

Somente em 1809, com a assinatura do decreto de 22 de junho, D.João VI criou as

cadeiras de Inglês e Francês para atender às demandas que surgiram com a abertura

dos portos ao comércio, o que marcou o início da valorização deste ensino no Brasil. A

escolha da Língua Estrangeira Moderna a compor o currículo, bem como os métodos de

ensino sempre estiveram atrelados a fatores políticos, sociais e econômicos.

No final do século XIX e início do século XX aumentou, consideravelmente, o

número de imigrantes no país. Estes organizaram-se para construir escolas para seus

filhos onde a língua de seus ascendentes era ensinada como língua materna. Porém,

estas foram fechadas em 1917 numa tentativa de manter o nacionalismo. Esta medida foi

intensificada durante o governo Getúlio Vargas.

Com a Reforma Francisco Campos, em 1931, o Método Direto foi estabelecido

como o primeiro método oficial de ensino de Língua Estrangeira no Brasil. Este

apregoava que para adquirir fluência em Língua Estrangeira deve-se evitar a tradução e o

uso da língua materna, o significado deve ser construído por meio de figuras e gestos e a

gramática aprendida de forma indutiva.

A partir do governo Vargas, o país foi tomado por uma política nacionalista. Nesta

conjuntura o MEC autorizava o ensino das Línguas Estrangeiras que não tivessem um

número relevante de imigrantes no país, pois assim evitaria o fortalecimento de suas

línguas e de suas culturas. Como a presença de imigrantes da Espanha era restrita no

Brasil, o Espanhol foi introduzido, no curso secundário, como matéria obrigatória

alternativa ao ensino de Alemão.

311

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Outro fator que influenciou para a valorização da Língua Espanhola foi o fim do

prestígio das línguas alemã, japonesa e italiana, em função da Segunda Guerra Mundial.

Na década de 1950, para atender à demanda do mercado de trabalho, o currículo

passou a ser mais técnico. Isso culminou na retirada da obrigatoriedade do ensino

de LEM no colegial pela LDB n.4.024, promulgada em 1961.

Após a Segunda Guerra Mundial surgiu a necessidade de formar falantes em LEM

rapidamente, o que ocasionou o surgimento de novos métodos: audiovisual e audio-oral.

Nestes, a língua era ensinada pela observação e repetição. A língua era concebida

como um conjunto de hábitos a serem automatizados. O ganho destes métodos foram os

recursos didáticos.

Na época da ditadura militar as Línguas Estrangeiras deixaram de ser obrigatórias

tanto no currículo do primeiro quanto do segundo grau (Lei N. 5692/71), numa tentativa

exacerbada de impedir a entrada de outras culturas e ideologias no país. Em 1976 a

disciplina voltou a ser obrigatória ao segundo grau, porém o parecer n.581/76 do

Conselho Federal determinou que esta fosse ensinada por acréscimo, conforme as

condições de cada estabelecimento. Essa abertura fez com que muitas escolas

reduzissem o ensino de Língua Estrangeira para uma hora semanal, por apenas um ano,

de um único idioma. Isso gerou um descontentamento por parte dos professores, que se

mobilizaram para protestar contra o parecer n.581/76. Estas mobilizações culminaram na

criação do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15 de agosto de

1986.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma LEM no Ensino Fundamental, a partir

da quinta série, ficando a escolha do idioma a critério da comunidade escolar. (Art.26,

5o). Já para o Ensino Médio a lei determinou que uma LEM , escolhida pela comunidade

escolar, seja disciplina obrigatória e uma segunda seja ofertada em caráter optativo,

dentro das disponibilidades de cada estabelecimento de ensino (Art. 36, Inciso III).

Em função do Mercosul, foi assinada em 5 de agosto de 2005 a lei n.11.161, que

tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio,

com matrícula facultativa para o aluno; tendo os estabelecimentos de ensino 5 anos para

implementá-la.

Na década de 80 ganhou força no Brasil um novo método de ensino: a Abordagem

Comunicativa, que concebia a língua como um sistema de escolhas de acordo com o

contexto de uso. Nesta os alunos deveriam comunicar-se em Língua Estrangeira por

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meio de jogos e dramatizações. O trabalho com esta abordagem é a proposta que

fundamenta os Parâmetros Curriculares Nacionais. Porém, com o crescimento da

pedagogia histórico-crítica no Brasil, a Abordagem Comunicativa começou a ser criticada,

pois está centrada em funções da linguagem no cotidiano, sem considerar as diferentes

vozes que permeiam as relações sociais, o que esvazia as práticas sociais mais amplas

de uso da língua.

Mais do que formar para o mercado de trabalho ou para o uso das tecnologias, o

ensino de LEM proposto deve contribuir para formar alunos críticos e transformadores,

que saibam utilizar as operações de linguagem para agir no mundo em situações de

comunicação.

Espera-se que o aluno use a língua em situações de comunicação oral e escrita e

compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação na prática social.

O Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco está localizado no campo,

pertencendo ao município de Cascavel. A Construção de uma escola como esta, no

campo, não aconteceu por acaso. Foi resultado de uma grande luta desta comunidade

que, quando atingidos pela construção da barragem de Salto Caxias (Rio Iguaçu),

tiveram que sair das propriedades ou reorganizar sua vida produtiva, em função do

trabalho, para atender as determinações do Governo do Estado do Paraná, de cessão

dos territórios para a instalação da referida Usina Hidrelétrica de Salto Caxias. Esse

momento resultou na organização das pessoas que ali residiam, em comunidades que se

uniram se fortaleceram e conseguiram muitas conquistas, entre elas uma escola que

estivesse localizada em ponto estratégico no local o qual fossem reassentados.

Como resultado das discussões desencadeadas junto à comunidade atingida por

barragens surge, então, uma proposta de educação diferenciada que seja capaz de

estimular os vínculos de cooperação, solidariedade e união com o objetivo de

instrumentalizar o aluno e a aluna com o domínio do conhecimento científico de forma

que se possa possibilitar a formação de um (a) cidadão (ã) apto (a) para atuar com

autonomia, de forma consciente e coletiva; bem como de garantir uma preparação

universal e específica que lhes dê condições para a continuidade dos estudos na rede

pública, ou ainda desenvolvendo projetos educacionais alternativos, cursos

profissionalizantes ou cursando o ensino superior.

O Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco destina-se a uma parcela

da população que historicamente têm sido excluída do acesso aos avanços científicos e

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tecnológicos, a população rural. Cientes de que os movimentos sociais fazem parte da

história de vida deste grupo social, tenham consciência disso ou não, torna-se necessário

resgatá-los, trabalhando o conhecimento na perspectiva da construção coletiva de

homens e mulheres inseridos(as) num determinado período e em condições históricas

específicas. Nessa perspectiva, atualmente, entendemos que a base materialista

histórica dialética que analisa as contradições sociais, dada pelos embates sociais e pela

luta de classes, auxilia no entendimento das relações sociais e por conseqüências

educacionais tais embates podem e devem ser estabelecidas neste espaço.

O grupo de alunos do Colégio do Reassentamento é formado por filhos de

agricultores que desde cedo contribuem no trabalho familiar, seja na roça, no trato com

os animais ou nas atividades doméstica, é na escola, que para muitos, é o único local

onde eles terão acesso aos diferentes discursos que permeiam as sociedades. Neste

sentido, o principal objetivo de ofertar o ensino de Língua Espanhol no CELEM, é

oportunizar aos alunos o acesso aos diversos discursos que circulam globalmente a fim

de que percebam que há várias formas de produção e circulação de textos em nossa

cultura e em outras e sejam capazes de lhes conferir sentidos. Ao possibilitar o trabalho

com gêneros, aos quais os alunos dificilmente teriam acesso em outro ambiente, a escola

estará promovendo um trabalho inclusivo.

OBJETIVO GERAL

Aprender e utilizar Língua Espanhola em diferentes contextos sociais, que exijam

o domínio da leitura, escrita e da oralidade desta língua, bem como conhecer as

características econômicas, culturais e política dos países falantes desta língua.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Consolidar os conhecimentos do aluno da fonética da LE, contrastando com a➢

fonética da LM;

usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;➢

Identificar nos gêneros textuais, sua função e uso de acordo com as variadas➢

situações sociais;

Desenvolver as práticas orais: compreensão auditiva e produção oral, utilizando➢

como meio os gêneros textuais orais e escritos;

Reconhecer em qualquer atividade de leitura a presença do discurso do outro, bem➢

como sua intenção;

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Saber utilizar diferentes fontes de informações, ler e reconhecer;➢

Produzir textos escritos a partir das características discursivas dos gêneros➢

textuais;

Enfatizar os elementos textuais que estruturam a narração, a descrição de➢

atividades e ações, o relato, a argumentação e a exposição.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conteúdo estruturante da língua estrangeira moderna é o discurso como prática

social que tratará de forma dinâmica, as práticas de leitura, de oralidade e de escrita.

CURSO BÁSICO DO CELEM (02 ANOS DE DURAÇÃO)

CONTEÚDOS BÁSICOS - P1

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS Esfera cotidiana de circulação:BilheteCarta pessoalCartão felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária

Esfera publicitária de circulação:AnúncioComercial para radioFolderParódiaPlacaPublicidade ComercialSlogan

Esfera produção de circulação:BulaEmbalagemPlacaRegra de jogoRótulo

Esfera jornalística de circulação:Anúncio classificadosCartumChargeEntrevistaHoróscopoReportagemSinopse de filme

Esfera artística de circulação:AutobiografiaBiografia

Esfera escolar de circulação:CartazDiálogoExposição oralMapaResumo

Esfera literária de circulação:ContoCrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema

Esfera midiática de circulação:Correio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)TelejornalTelenovelaVideoclipe

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

315

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Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

·Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,

gírias, expressões, repetições);

·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

- Tema do texto;

-Conteúdo temático do gênero;

· Elementos composicionais do gênero;

· Propriedades estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

-Situacionalidade do texto;

-Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

.Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

316

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.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação,

figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

·Partículas conectivas básicas do texto.

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

· Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo

·Temporalidade;

·Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Vozes do discurso: direto e indireto;

·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das

palavras,

figuras de linguagem;

·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação,

figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

·Acentuação gráfica;

·Ortografia;

317

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·Concordância verbal e nominal.

CONTEÚDOS BÁSICOS - P2

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de circulação:ComunicadoCurriculum VitaeExposição oralFicha de inscriçãoLista de comprasPiadaTelefonema

Esfera publicitária de circulação:AnúncioComercial para televisãoFolderInscrições em muroPropagandaPublicidade InstitucionalSlogan

Esfera produção de circulação:Instrução de montagemInstrução de usoManual técnicoRegulamento

Esfera jornalística de circulação:Artigo de opiniãoBoletim do tempoCarta do leitorEntrevistaNotíciaObituárioReportagem

Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContratoLeiOfícioProcuraçãoRequerimento

Esfera escolar de circulação:Aula em vídeoAta de reuniãoExposição oralPalestraResenhaTexto de opinião

Esfera literária de circulação:Contação de históriaContoPeça de teatroRomanceSarau de poema

Esfera midiática de circulação:Aula virtualConversação chatCorreio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)Videoclipe

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

·Adequação do discurso ao gênero;

·Turnos de fala;

·Variações linguísticas.

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Fatores de textualidade centradas no texto:

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,

gírias, expressões, repetições);

·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação,

figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas,

sublinhadas,

números, substantivos próprios;

·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes

no

título, subtítulo, legendas e textos.

319

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PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Vozes do discurso: direto e indireto;

·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das

palavras,

figuras de linguagem;

·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação,

figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

·Acentuação gráfica;

·Ortografia;

·Concordância verbal e nominal.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Leitura reflexiva de textos,possibilitando o contato do educando com a diversidade

de gêneros que estão ao nosso redor. Proporcionar momentos de leitura em voz alta para

que o aluno se familiarize com os sons da língua estudada e faça análise sobre as

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estruturas da mesma, permitindo ao aluno expor seus conhecimentos sobre o texto,

porém, conduzindo o mesmo a uma ampliação de seus conhecimentos.

Apresentações de textos produzidos pelos alunos ou de trechos de autores que

explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal.

Estimulando a expressão oral como comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros

trabalhados.

Produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da

finalidade;Reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;

Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência

textual.

Para a seleção dos textos o seu conteúdo ao que se refere às informações, de

modo que instiguem à pesquisa e discussão. Dentro das temáticas que serão

desenvolvidas, estarão os Desafios Educacionais Contemporâneos e as leis: Lei

10.639/03 “História e Cultura Afro”, Lei 13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.795/99 “Meio

Ambiente” e Lei 11645/08 “História e cultura dos povos indígenas, Educação do campo”.

Nesta perspectiva, o trabalho com diferentes gêneros textuais deve se dar por

meio da oralidade, da leitura e da produção escrita, de maneira que o texto seja

entendido como toda produção linguística significativa, falada ou escrita, ou seja, as mais

diversas situações sociais e de produção de sentidos. Portanto, anúncios, receitas,

folhetos, tiras, anedotas, poemas, músicas, textos literários, cinema, são alguns dos

gêneros textuais que nos quais, servirão de base para o desenvolvimento da linguagem e

da aquisição da língua espanhola por parte do aluno.

AVALIAÇÃOA avaliação do processo ensino-aprendizagem em LEM será um processo de

aprendizagem contínua e dará prioridade a qualidade e ao desempenho do aluno ao

longo do curso em CELEM de espanhol.

CELEM- CURSO BÁSICO, terá carga horária de 320h/a, dividido em dois anos, e

após o término do segundo ano obterão o certificado de conclusão do curso. O curso

deve ter quatro (4) notas (médias) por ano, conforme o regime de avaliação da escola. As

notas dos quatro bimestres serão somadas e divididas por quatro, resultando na Média

Final. Para ser aprovado o aluno deverá atingir média final anual 6,0 (seis) e frequência

mínima de 75% (setenta e cinco por cento),com carga-horária de160h/a anuais.

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INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:

Através de observações diárias e de instrumentos variados como: Provas escritas;

testes; produção textual; participação individual e em grupo; tarefas; apresentações de

trabalhos; leituras; atividades extraclasse.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Utilização do discurso de acordo com a situação de produção(formal e/ou

informal).

Exploração da oralidade, em adequação ao gênero proposto, participando

ativamente dos diálogos, relatos, discussões, utilizando expressões faciais, corporais e

gestuais.

Expressão de ideias com clareza, elaborando e re-elaborando textos, usando

adequadamente palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica: Língua Estrangeira Moderna, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação do

Campo, 2008.

PARANÁ, SUED/ SEED. Instrução Normativa No 019/2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE- ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A arte é o produto do trabalho do humano, historicamente construída pelas

diversas culturas. Pela Arte, o ser humano se torna consciente da sua existência

individual e coletiva e se relaciona com diferentes culturas e formas de conhecimento.

Sendo assim, a Arte é um processo de humanização e transformação. Com relação ao

ensino da Arte, os saberes específicos das diferentes linguagens artísticas, organizadas

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no contexto do tempo e do espaço escolar, possibilitando a ampliação do horizonte

perceptivo do raciocínio, da sensibilidade, do senso crítico, da criatividade, alterando as

relações que os sujeitos estabelecem com o seu meio físico e sociocultural. Por essa

razão se faz necessário a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente

consolidados. Nesta área do conhecimento, aprimorando a capacidade do educando de

analisar e compreender os signos verbais e não verbais que as artes são constituídas

nas diferentes realidades culturais.

6º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônica, cromática, ImprovisaçãoEscalas: diatônica, pentatônica, cromática, Improvisação

Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana

6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalFigurativaGeométrica, SimetriaTécnicas: Pintura, Escultura, Arquitetura.Gêneros: Cenas da Mitologia

Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-histórica

6º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

323

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Personagem: Expreçoes Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais.AçãoEspaço

Enredo, RoteiroEspaço Cênico, Adereços.Técnicas: Jogos Teatrais, Teatro Indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara.Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Greco-RomanoTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento

6º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempo Espaço

KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentos articularesFluxo (livre e interrompido)Rápido e lentoFormação Níveis (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)Dimensões (pequeno e grande)Técnica: improvisaçãoGênero: circular

Pré-históriaGreco-RomanaRenascimentoDança Clássica

7º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalasGêneros: Folclorico, Indígena, Popular e étnicoTécnicas: Vocal, Instrumental e mistaImprovisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

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7º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

ProporçãoTridimencionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

Arte IndígenaArte PopularBrasileira e ParanaenseRenascimentoBarroco

7º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: Expreçoes Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais.AçãoEspaço

Representação, Leitura dramática, CenografiaTécnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...Gêneros: Rua e arena, Caracterização.

Comédia dell'arteTeatro PopularBrasileiro e ParanaenseTeatro Africano

7º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempo Espaço

Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre, interrompido e conduzido)Lento, rápido e moderadoNiveis (alto, médio e baixo)FormaçãoDireção

Dança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígena

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Gênero: Folclórica, popular e étnica.

8º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: Vocal, Instrumental e mista

Indústria Cultural EletrônicaMinimalistaRap, Rock, Tecno

8º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTecnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista

Industria Cultural Arte no século XXArte Contemporânea

8º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais.AçãoEspaço

Representação no cinema e mídiasTexto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: Jogos teatrais,

Industria cultural RealismoExpressionismoCinema novo

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sombra, adaptação cênica.

8º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempo Espaço

GiroRolamentoSaltosAceleração e desaceleraçãoDireções (frente, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Industria cultural e espetáculo.

Hip hopMusicaisExpressionismoIndustria cultural Dança Moderna

9º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: Vocal, Instrumental e mistaGêneros: Popular, folclórico e étnico.

Música EngajadaMúsica Popular BrasileiraMúsica Contemporânea

9º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigura fundoRítmo visualTécnica: pintura, grafite, performanceGêneros: Paisagem urbana,

RealismoVanguardasMuralismoArte Latina AmericanaHip Hop

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cenas do cotidiano.

9º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais.AçãoEspaço

Técnicas: Monólogo, Jogos teatrais, Direção, Ensaio, Teatro-Forum.DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino

Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas

9º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempo Espaço

KinesferaPonto de ApoioPeso (leve e pesado)Fluxo (livre, interrompido e conduzido)QuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performance e moderna

VanguardasDança modernaDança contemporânea

ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuração

RitmoMelodia

Música popular BrasileiraParanaense

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TimbreIntensidadeDensidade

HarmoniaEscalasModal, tonal e fusão de ambosGêneros: Erudito, Clássico, Popular, étnico, folclórico, PopTécnicas: Vocal, Instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação

PopularIndustria cultural EngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americana

ENSINO MÉDIO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstrataPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualSimetriaDeformaçãoEstilizaçãoTécnicas: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos.Gêneros: Paisagem, natureza mortaCenas do cotidianoHistórica Religiosa da Mitologia...

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte Brasileira e ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndustria cultural Arte ContemporâneaArte Latino-Americana

ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

329

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Personagem: Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais.AçãoEspaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, teatro-forumRoteiroEncenação e leitura dramáticaGêneros: Tragédia, comédia, drama, ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia, Sonoplastia, figurino e iluminação, direção e produção.

Teatro Greco-Romano,Teatro Medieval,Brasileiro, Paranaense, PopularIndustria culturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaLatino-Americano, Realista e Simbolista

ENSINO MÉDIO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempo Espaço

KinesferaFluxoPesoEixoSalto e QuedaGiroRolamento Movimentos articularesLento, rápido e moderadoAceleração e desaceleraçãoNíveisDeslocamentoDireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, Industria cultural, Étnica, Folclórica, Populares e Salão

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança clássicaDança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena, Hip HopIndustria cultural Dança ModernaVanguardasDança Contemporânea

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as

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práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática

pedagógica.

Devem-se contemplar três momentos da organização pedagógica:

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,

bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.

• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de

arte.

• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe

uma obra de arte.

AVALIAÇÃO

A avaliação nas artes percorre um caminho de observação do aproveitamento e

envolvimento do aluno através do percurso que o aluno percorreu durante o ano. Seu

posicionamento em relação a produção artística em geral e o respeito ao gosto.

Considera-se também como meio de avaliação a atitude de busca do significado a

observação atenta de uma obra como sinal que um aluno está correspondendo ao que

dele se espera em Artes.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários

vários instrumentos de verificação tais como:

• trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• pesquisas bibliográficas e de campo;

• debates em forma de seminários e simpósios;

• provas teóricas e práticas;

• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a

Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO- ENSINO

FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A primeira forma de inclusão dos temas religiosos na Educação brasileira, pode

ser identificada nas atividades de evangelização promovidas pela Companhia de Jesus e

outras instituições religiosas de confissão católica, no período do Brasil Colônia até a

Constituição da República em 1891. A meta da Educação como um todo, era a condução

dos indígenas ao abandono de suas crenças e costumes e a sua consequente submissão

ao conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana.

Com o início da República e do ideal positivista de separação entre Estado e

Igreja, todas as instituições e assuntos de ordem pública; a educação do povo foram

incumbidos da tarefa de se restruturar de acordo com o critério de laicidade interpretada

no sentido de neutralidade religiosa. Neste período iniciou-se uma intensa disputa entre

os defensores da manutenção do Ensino Confessional e os Partidários do princípio

republicano de Educação Laica.

Em 1934 no Estado Novo introduziu-se a disciplina de Ensino Religioso nos

currículos da educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo

garantindo a existência de uma disciplina que de um lado mantivesse um caráter

facultativo para os estudantes não católicos. A disciplina de Ensino Religioso deve

oferecer subsídios para a compreensão como os grupos sociais se constituem

culturalmente e como se relacionam com o sagrado, superando desigualdades étnico-

religiosas, garantindo o direito constitucional de liberdade de crença e de expressão.

Definiu-se como objeto de estudo da disciplina de Ensino Religioso o termo Sagrado,

etimologicamente se origina do termo latino sácratus e do Ato de Sagrar, referindo-se ao

atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Texto Sagrado

6º ANO

Organizações Religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados orais

6º ANOOs fundadores e ou líderes religiosos

As estruturas hierárquicas

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ou escritos

Símbolos Religiosos

Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras

Lugares construídos: templos, lugares sagrados, cemitérios, etc

Forma oral ou escrita pelas diferentes culturas religiosas

Linguagens que expressão sentidos como palavra, som, gesto, ritual, obra de arte, textos

7º ANO

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

7º ANO

Criação nas diversas tradições religiosas, os calendários e seus tempos sagrados, passagem de ano, datas de rituais, festas

Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas

Os ritos de passagem, os mortuários, os propiciatórios

Sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas

A reencarnação

Ancestralidade

Ressurreição

333

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METODOLOGIA

Para a disciplina de Ensino Religioso, mais do que planejar formas, métodos,

conteúdos ou materiais a serem adotados, pressupõe um repensar das ações que

subsidiam esse trabalho.

Propõe-se em aulas dialogadas, partindo da experiência religiosa do aluno e de

seus conhecimentos prévios para uma posição objetiva, clara e crítica do conhecimento

sobre o sagrado e seu papel sócio-cultural.

Propõe-se para segundo momento a problematização do conteúdo para em

seguida elaborar questões que articulem o conteúdo em estudo à vida do educando.

Na contextualização, o conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto

histórico, político e social. Relacionando o Sagrado e os conteúdos estruturantes de

forma interdisciplinar.

As temáticas dos desafios contemporâneos serão trabalhadas no

desenvolvimento dos conteúdos durante o ano letivo. Desafios Contemporâneos:

Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento a Violência na Escola; Educação

para as Relações Étnico Raciais; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação

Escolar Indígena; Gênero e Diversidade Sexual; Gravidez na Adolescência;

Trabalho Infantil; Diversidade Educacional, Inclusão Educacional, Cultura Afro-

Brasileira e Africana (Lei nº 10.639/03), Educação Indígena (Lei nº 11.645),

Educação do Campo (DCE do Campo), História do Paraná (Lei nº 13.381/01).

AVALIAÇÃO

A avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica,

fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui para

a transformação social.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em

diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem ser

tomadas como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:

• O aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm

opções religiosas diferentes da sua?

• O aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?

334

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• O aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de

identidade de cada grupo social?

• O aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes

manifestações do Sagrado?

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Através de observações diárias e de instrumentos variados como: Provas escritas;

testes; produção textual; participação individual e em grupo; tarefas; apresentações de

trabalhos; leituras; atividades extraclasse.

REFERENCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Ensino

Religioso para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

9. PROJETOS

O trabalho com projetos visa oportunizar atividades que desenvolvam a

criatividade, possibilitem análise, reflexão a crítica de conceitos estabelecidos a fim de

ver surgir na escola liderança e cidadãos mais críticos e conscientes, capazes de ler nas

entrelinhas da realidade às ideologias.

O professor será responsável pela orientação deste trabalho, bem como a

organização da atividade.

Projetos desenvolvidos na escola:

• Homenagem às Mães

• Festa Junina

• Gincana do estudante

• Jogo Intersala

• Viva escola

• Oratória

• Sexualidade e Prevenção de DST´s e Aids

• Diga não as drogas

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9.1 HOMENAGEM AS MÃES

A homenagem as mães acontecem no segundo sábado do mês de maio, visto que

a escola municipal e o Colégio Estadual realizam em conjunto, já que é a mesma

comunidade escolar. Os alunos homenageiam suas mamães através de músicas, teatros,

danças, brincadeiras e sorteio de brindes.

9.2 FESTA JUNINA

A festa junina tem como objetivo o resgate cultural na comunidade. A festa

acontece no segundo sábado do mês de junho com comidas típicas, apresentação dos

alunos e danças visando à participação de toda a comunidade escolar.

9.3 GINCANA DO ESTUDANTE

É comemorado na semana do estudante no mês de agosto, atividades culturais

esportivas envolvendo todos os estudantes.

9.4 JOGOS INTERSALA

Competições esportivas entre turmas seguindo os critérios de idade.

9.5 VIVA ESCOLA 2008 / 2009

Esta pratica esportiva vem de encontro com as necessidades da vida dos alunos,

que se encontram na escola do e no campo,pois seu meio de lazer é um tanto que

restrito. Partindo dessa necessidade individual e regional da comunidade escolar é que

propomos esta atividade de complementação curricular, em que além de instruir sobre os

benefícios físicos que o esporte traz, também faz uma integração entre os alunos e a

comunidade.

Buscar uma interação da comunidade escolar com as necessidades culturais e

esportivas da região onde vivem.

• Integrar alunos com dificuldades de aprendizagem, com baixa estima, em situação

de vulnerabilidade social, com dificuldades no convívio social, em atividades que

possam desenvolver o cooperativismo e aprendizagem nesta área.

• Ter uma melhor qualidade de vida no campo, através do conhecimento do seu

próprio corpo, de sua saúde e de suas capacidades de ver o esporte como aliado

para a saúde física e mental.

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9.6 ORATÓRIA

A oratória tem como objetivo desenvolver habilidades de orais, o gosto pela leitura

e escrita de textos com temas diversos

Há muitas pessoas que embora conheçam todas as regras gramaticais, não

possuem facilidade de expressão. Por isso há alguns anos surgiu à idéia de uma oratória

prática que, conservando os elementos da retórica (arte do bom dizer), introduziu-se nas

variáveis mais importantes da conduta humana.

Hoje a oratória encontra-se em condições de afirmar que a capacidade de

expressão pode ajudar nosso educando em vários aspectos como: exposição de idéias,

fluência, liberdade de expressão, comunicação e oportunidade no mercado de trabalho.

A mesma acontece no segundo semestre sendo elaborada e organizada pelos

professores de língua portuguesa e equipe pedagógica da escola.

9.7 OLIMPÍADAS DE MATEMÁTICA E ASTRONOMIA

Participação dos alunos nas Olimpíadas Nacionais.

9.8 SEXUALIDADE E PREVENÇÃO DE DST´s E AIDS

O objetivo deste projeto é trabalhar as questões relacionadas ao uso de drogas

lícitas e ilícitas pelos jovens, suas causa e conseqüências, contribuindo para o

esclarecimento aos alunos sobre este problema de droga e seu possível distanciamento

O projeto acontece no segundo semestre com palestras envolvendo profissionais

da saúde como o médico da família da unidade de saúde da comunidade.

9.9 DIGA NÃO AS DROGAS

O objetivo deste projeto é trabalhar as questões relacionadas ao uso de drogas

lícitas e ilícitas pelos jovens, suas causa e conseqüências, contribuindo para o

esclarecimento aos alunos sobre este problema de droga e seu possível distanciamento.

O projeto acontece no segundo semestre com palestras diversas com profissionais da

área da saúde para todos os alunos.

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9.10 PROJETO DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR

COLÉGIO ESTADUAL DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO

MACROCAMPO Meio Ambiente

TURNO Manhã

CONTEÚDO -Matéria: Solo, Formação do solo, Material orgânico, Tipos de solos, Vida no solo, Desgastes e Poluição do solo, Manejo adequado.Água: Ciclo da água, Propriedades, Tratamento.-Biodiversidade: Ecossistemas, Diversidades de espécies vegetais, animais (microrganismos), Interações ecológicas,organização dos seres vivos;-Sistemas Biológicos:níveis de organização; Vitaminas, Nutrientes, Sistema digestório, circulatório, Vida saudável (alimentos orgânicos).

OBJETIVO Relacionar os conteúdos selecionados para a atividade com os conteúdos estudados em sala de aula.Utilizar os conhecimentos obtidos nesta atividade, no cotidiano de suas famílias, e no seu futuro, proporcionando uma vida mais saudável.Desenvolver aulas práticas que exigem contato direto com o ecossistema natural, observando as relações ecológicas com a cadeia e teias alimentares relacionando com a pirâmide de energia.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Para desenvolver esta atividade da investigação científica, do núcleo de conhecimento: Científico Cultural, com o título: Cultivando Saúde, propõem-se uma prática pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico, superando práticas pedagógicas centradas num único método. Utilizando-se da abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, atividades em grupo, a observação e atividade experimental.

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Abordará três aspectos importantes: a história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental, de modo que, relacionam-se e complementam-se na prática pedagógica.Serão utilizados recursos pedagógicos como: Documentos, textos, imagens e registros, leitura de materiais de divulgação científica.Para a atividade experimental, o colégio destina os espaços, para a construção, manutenção e observação do laboratório natural, onde serão construído a horta orgânica, jardim e pomar.Além dos alunos estarem sempre em contato com este espaço construído, também estarão registrando com desenhos, fotografias, anotações das estruturas e situações observadas.Através dos registros, fotografias e até mesmo dos produtos obtidos através das atividades, é que a comunidade escolar, estará avaliando o trabalho realizado pelo grupo.

AVALIAÇÃO A avaliação será contínua e priorizará a qualidade e o processo de aprendizagem dos participantes durante o desenvolvimento do projeto, ocorrendo-a de forma diagnóstica e continuada, utilizando o instrumento de avaliação como leitura e interpretação de textos, presquisas bibliográficas e na internet, relatório de aulas de campo, aula práticas na horta para que todos possam estar acompanhando, dando sugestões elogios e críticas referente ao projeto.

RESULTADOS ESPERADOS PARA O ALUNO: Espera-se com o desenvolvimento das atividades pedagógicas de complementação curricular, que os alunos possam utilizar os conhecimentos obtidos nas aulas, para melhoria da qualidade de vida, tanto dos alunos como de seus familiares.

PARA A ESCOLA: Produzir alimentos saudáveis, para enriquecer a merenda escolar.

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PARA A COMUNIDADE: Levar os conhecimentos obtidos para desenvolver em suas comunidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Diretrizes Curriculares Nacionais de Biologia e Ciências.

PARACER DO NRE

Cascavel, 29 de abril de 2011.

COLÉGIO ESTADUAL DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO- EFMATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO

HORA-TREINAMENTO

MACROCAMPO - Esporte e Lazer- HORA TRENAMENTO

IDENTIFICAÇÃO - Modalidade de treinamento:Esportes- Turno: Matutino

CONTEÚDO - Conteúdo Estruturante: Esportes.- Conteúdos Básicos: Futebol.

OBJETIVO - Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais e esportivos;- Propiciar ao aluno o aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades esportivas.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

- Discussão sobre a predominância do futebol como esporte na sociedade brasileira; masculinização do futebol; os preconceitos raciais presentes nos times e torcidas; as relações de mercado e de trabalho no futebol;- Reflexão e discussão sobre o lazer, através de pesquisas relacionadas ao dia-a-dia do aluno sobre o seu tempo livre.- Atividade teórico-prática envolvendo os sujeitos em suas relações sociais.- Atividades pré desportivas para o aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras.

AVALIAÇÃO - Diálogo em grupos, dinâmicas em grupo, jogos, registro de atitudes e técnicas de observação,resolução de situações problemas, seminários, debates, júri- simulado, (re)criação de jogos, inventário do processo pedagógico.

RESULTADOSESPERADOS

- Para o aluno: Acesso e reflexão sobre as práticas esportivas, reconhecendo e apropriando os fundamentos básicos dos diferentes esportes, relacionando-as com as mudanças do contexto

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histórico brasileiro.- Para a escola: Integração e participação em atividades esportivas internas e externa, como torneios esportivos, jogos escolares.- Para a comunidade: Maior integração entre alunos, escola, pais e comunidade.

REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARECER DO NUCLEO

10. FORMAÇÃO CONTINUADA

Sendo a educação um campo de atuação, que não pode ser visto com o estático,

o processo de formação continuada, faz se necessário para que todos os segmentos de

uma instituição de ensino tenham cada vez mais clareza sobre o seu papel enquanto

educadores e promotores de diálogos debates em relação à sociedade na qual vivemos.

Cada profissional que atua no campo educacional deve se responsabilizar pelo

seu processo de formação e também ir em busca de formação continuada, pois sabemos

que a cada dia a sociedade exige de nós novos conhecimentos novas formas de

interpretar o mundo e isso só se faz possível se tivermos acesso a cultura escolar social

e culturalmente organizada, na forma de saberes escolares e disponibilizada a todos os

profissionais da área educacional.

Os profissionais das escolas públicas do Paraná contam com incentivos no que

se refere ao processo de formação continuada, vinculados aos seus Planos de Cargos e

Salários, ou seja, a cada conjunto de horas comprovadas em um determinado tempo, há

o que se chama de avanço progressivo na função, que reflete em mudança de nível de

profissionalização e acréscimo percentual de salário. Não são todos os cursos que

refletem em pontuação, havendo para tanto, uma instrução normativa que regulamenta e

orienta os profissionais quanto aos eventos que devem e podem ser computados.

Os eventos promovidos pela SEED são organizados, geralmente por área de

atuação (professores, equipes, funcionários instâncias colegiadas) e acontecem na forma

de SIMPÓSIOS, Cursos, Jornadas, Seminários. Em função do grande número de

trabalhadores da Educação no município de Cascavel e nas dezessete (17) regiões

administradas por este Núcleo Regional, acredita-se que muitos destes trabalhadores

não tinham acesso a tais momentos de formação.

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As escolas por sua vez podem organizar projetos de formação continuada, mas

em parceria com Faculdades e Universidades. O que se critica é o fato da validação

destes cursos. A escola tem essa autonomia? Os Núcleos Regionais podem homologar

essas parcerias? São questões que estão posta ao projeto político pedagógico e a

atuação dos trabalhadores da educação?

Nesse sentido a iniciativa da escola vem sendo possibilitar aos professores em

primeira instancia o acesso a textos e leituras que os auxiliem direto e indiretamente no

seu fazer cotidiano e criar espaços de discussões nas reuniões pedagógicas para os

mesmos.

Quanto aos funcionários a escola tem uma missão importante: resgatar o desejo

de estudar, mas é necessário que haja espaço/ tempo dentro do seu horário de trabalho.

Podemos considerar a capacitação descentralizada promovida pela SEED como parte

desta tarefa. E cabe aqui a crítica a política públicas de contratação de profissionais e

substituição para aqueles que se encontram em licença saúde. Propostas estão sendo

discutidas no ambiente da escola, mas pouco refletem em termos de implementação

efetivo, pois dependem de aprovação de instâncias superiores.

Lembramos ainda a questão dos profissionais que são contratados pelo regime

de Consolidação da Leis de Trabalho que não possuem os avanços progressivos, bem

como os profissionais contratados por Processo Seletivo Simplificado que não se vêem

estimulados a participarem dos mesmos, pois não possuem avanços progressivos.

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORIN, E. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.

SÁNCHEZ V ASQUES, Adolfo. Convite à Estética. Tradução de Gilson Baptista Soares.

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.

SOUZA BRANDÃO, J. DE. Mitologia Grega. Petrópolis: Vozes, 1997.

V ÁZQUEZ, A. S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e no Estado; tradução Leandro

Konder; Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1975.

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GRAMSCI, A. Maquiavel, a Política e o Estado Moderno. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1884.

AZEVEDO, Ana; DUFF, Marisol; REZENDE, Paulo. Grand Slam Comb. Ed. Logmann,

2004

BAKHTIN, M. ; VOLOSHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem : problemas

fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Ed.

Hucitec, 1992.

FERREIRA, Aparecida Jesus. Formarão de Professores Raça/Etnia: Reflexões e

Sugestões de Materiais de Ensino. Cascavel. Coluna do Saber, 2006.

Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês, et al. Curitiba: SEED-PR, 2006, p 256.

SEED - Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Rede

Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.

MEMVAVMEM: Curitiba, 2006.

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