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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

COORDENADORES ESTADUAIS DO PDE

MARISA DE FÁTIMA ALVES

VIVÊNCIA DA LINGUAGEM TEATRAL POR MEIO DA LEITURA DE TEXTOS

LITERÁRIOS E DE JOGOS DRAMÁTICOS

MAMBORÊ – PARANÁ

2010

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MARISA DE FÁTIMA ALVES

VIVÊNCIA DA LINGUAGEM TEATRAL POR MEIO DA LEITURA DE TEXTOS

LITERÁRIOS E DE JOGOS DRAMÁTICOS

Caderno Pedagógico apresentado ao Programa de desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná sob a orientação da Professora Drª. Mônica Luiza Sócio Fernandes da UEPR de Campo Mourão

MAMBORÊ

2010

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PROGRAMA DE DESENVOVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Caderno Pedagógico

“Foi pelo teatro que descobri o texto”

Sylvia Orthof

Mamborê

2010

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SUMÁRIO

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ........................................................... 05

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ...................................................................................... 05

TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE ................................................................ 05

TITULO ......................................................................................................................... 05

INTRODUÇÂO .............................................................................................................. 06

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 07

SUGESTÕES PRÁTICAS ............................................................................................. 14

I ETAPA – JOGOS DRAMATICOS .............................................................................. 14

Oficina 01 – Trabalhando o corpo, a mente, a expiração e a inspiração ................ 15

Oficina 02 – Conhecimento de si mesmo e integração com o grupo. .................... 17

Oficina 03 – Trabalhando com o texto I ..................................................................... 19

Oficina 04 – Improvisação .......................................................................................... 21

Oficina 05 – O corpo como importante instrumento na leitura dramática. ............ 22

II ETAPA – LEITURA DRAMÁTICA ............................................................................. 23

Oficina 01 – Um pouco sobre a autora Sylvia Orthof ............................................... 24

Oficina 02 – Trabalho com o texto II ......................................................................... 25

Oficina 03 – Oralidade ................................................................................................. 27

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III ETAP

lll ETAPA -- ENCENAÇÃO ........................................................................................... 29

01 – Encenando o texto: A viagem de um barquinho .............................................. 30

AVALIAÇÃO ................................................................................................................. 32

REFERENCIAS ............................................................................................................ 34

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PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Marisa de Fátima Alves

Área PDE: Língua Portuguesa

NRE: Campo Mourão

Professor Orientador IES: Mônica Luiza Socio Fernandes

IES vinculada: UEPR

Escola de Implementação: Escola Estadual Rui Barbosa. Ensino Fundamental.

Município: Mamborê

Público objeto da intervenção: Alunos da 6ª Série do Ensino Fundamental.

2. TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE

Uma abordagem do gênero dramático com alunos da 6ª série de uma escola

pública.

3. TÍTULO

Vivência da linguagem teatral por meio da leitura de textos literários e de jogos

dramáticos.

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4. INTRODUÇAO

Esta proposta apresenta um panorama sucinto sobre o trabalho de leitura de peças

teatrais no Ensino Fundamental, com alunos de 6ª série. A perspectiva é de um

trabalho integrado entre os jogos dramáticos e o texto encenado, buscando o

desenvolvimento de habilidades de leitura.

Defendemos a idéia de que as atividades lúdicas voltadas ao teatro podem ser

realizadas tanto no período normal de aula como em período contra turno, pois o

alunos gostam de participar espontaneamente de momentos de alegria, prazer que

levam ao conhecimento. Desta forma, o teatro pode ser entendido como um

prolongamento da aula de Língua Portuguesa e de outras disciplinas, sendo a

atividade teatral um importante elemento de integração entre as áreas.

O leitor amplia sua carga de conhecimento pelo acesso a diferentes textos informativos literários - e permite compreender melhor o seu papel como sujeito histórico. Podemos dizer, então, que estamos diante de um processo de socialização através da leitura. Todas as pessoas, desde o seu nascimento, são leitores em formação, e cabe à escola resgatar o livro como forma de mediação para qualquer tipo de aquisição de conhecimentos (CAMPOS, 2006, p. 40).

Neste sentido, o caderno pedagógico traz abordagens que auxiliam o professor a

observar seus alunos, especialmente no tocante ao grau de envolvimento com a

leitura de textos literários voltados à linguagem teatral.

A proposta pedagógica justifica-se pela necessidade de estabelecer referências para

transformação das ações dos indivíduos na realidade social, acreditando que o

contato com a literatura pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem.

Na realização de jogos dramáticos e exercícios teatrais, abrimos também um espaço

interdisciplinar, pois o indivíduo é considerado integralmente, sendo estimulado a

agir cognitiva, física e afetivamente. Vale lembrar, que o processo é gradativo e está

fundamentado nos princípios teóricos expostos nesta produção didática.

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5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este trabalho de incentivo à leitura objetiva trabalhar as atividades em forma de

oficinas de jogos dramáticos, leitura dramática e encenação teatral, com o intuito de

auxiliar o professor a desenvolver nos educandos a espontaneidade e a criatividade,

processos fundamentais na garantia de uma aprendizagem eficiente. Buscamos,

portanto, com a investigação, intervir no processo ensino-aprendizagem de forma

mais ampla. Porque os métodos e técnicas tradicionais parecem não dar conta da

situação no dia a dia de sala de aula, deixando a leitura relegada a segundo plano.

Uma vez que os textos são vistos de forma mecânica e sem o real envolvimento dos

alunos com a aprendizagem literária, provocando a falta de interesse para a grande

maioria dos leitores da série pesquisada e em todos os níveis de escolaridade.

Kleiman (2000), destaca a importância da leitura, das experiências, dos

conhecimentos prévios do leitor, que lhes permitem fazer previsões e inferências

sobre o texto e aponta novos caminhos e estratégias de processamento do texto

para auxiliar o professor a criar oportunidades que permitam o desenvolvimento da

habilidade de leitura, que consigam ler todo e qualquer tipo de texto vinculado na

sociedade, compreendê-los e fazer uso de seus conhecimentos para conseguir

transitar no corpo social em que convivem. Porque segundo a autora, a

aprendizagem da criança na escola está fundamentada na leitura.

A leitura, na perspectiva do texto, não tem como objetivo produzir sentidos, apenas

decodificação e a identificação do conteúdo em um processo mecânico. Na leitura

como decodificação, o leitor apenas lê em voz alta e espera que o professor

determine o seu entendimento.

As DCEs, propõe:

Formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora da sociedade. (2008, p. 31)

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O texto não possui um significado completo, exato e único, ele precisa do leitor para

inferir e construir sentidos. Sentidos que variam de leitor para leitor ou, ainda, em um

mesmo leitor em situações diferenciadas de leitura.

O sentido do texto é, assim, apenas imaginável na experiência do leitor, que busca

correspondência entre o seu ponto de vista e o da estrutura da obra, e então

acontece o preenchimento, a recepção da obra, que não se esgota em si mesma,

visto que cada leitor é único e que cada leitura corresponde a uma maneira de ver o

mundo representado.

“Aprender a ler requer que se ensine a ler. O modelo de leitor oferecido pelo

professor e as atividades propostas para o ensino e a aprendizagem da leitura não

são um luxo, mas uma necessidade”. (SOLÉ, 1998, p. 172).

O processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda o texto, tanto de forma

autônoma como contando com a ajuda de pessoas mais experiente. O ensino de

Língua Portuguesa deve acontecer norteado pelos processos discursivos, numa

dimensão histórica e social, considerando o papel ativo do sujeito-aluno. É de

grande importância o papel do professor no que diz respeito à aplicação das

atividades e dos encaminhamentos desta proposta de trabalho. Cabe ao professor

criar esta expectativa, comunicando toda a sua emoção ao ler um texto para os seus

alunos. Desta forma, o aluno aprenderá a ler e compreender os textos para defender

seu ponto de vista, colocar-se diante de diferentes situações, contrapor-se,

convencer, interagir e aprimorar seus conhecimentos. A estética da recepção é

clara.

A estética da recepção é uma excelente busca para se ensinar literatura, mas requer um professor cônscio de sua responsabilidade de educador para a leitura. Um professor que sempre esteja preparado para selecionar textos referentes à realidade da classe e, ao mesmo tempo, saber romper com ela. Uma tarefa, portanto, nada rotineira, muito pelo contrário, pois está em constante mutação. (CAMPOS, 2006, p. 43)

Para tanto, faz-se necessário um bom planejamento que envolva os estudantes,

cada um no seu ritmo, ao mundo da leitura. Daí a necessidade do professor

conhecer melhor seus alunos. Antes de propor qualquer atividade de leitura,

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precisamos sondar o conhecimento e determinar os horizontes de expectativas em

relação à leitura. Porque o leitor constrói o significado do texto dependendo do

objetivo da leitura ele transfere este aprendizado para as mais diversas situações

sociais, sendo responsável pela autonomia do ser.

O leitor ativo deve interagir com o texto e para isso precisa conhecê-lo. Não há a

necessidade de saber o significado de cada termo isoladamente, mas de perceber

como o global ajuda a fazer inferências sobre as particularidades. Perceber a

intencionalidade deixada pelo autor por meio das marcas argumentativas, ler as

linhas, as entrelinhas e além das linhas (constatação, reflexão e transformação).

Autor e leitor, inseridos em um contexto sócio-histórico-ideológico, são, então,

produtores de sentidos. Ao atribuir intencionalidade, o leitor percebe-se como sujeito

e percebe também o outro – o autor – como sujeito.

Bordini e Aguiar (1993, p. 25) afirmam: “Para oferecer ao aluno condições de ampliar

seu universo cultural o professor de literatura conta com meios eficientes: a natureza

do material de leitura e a complexidade das formas de abordá-lo.”

O conhecimento e as experiências do aluno são muito importantes para a

compreensão do texto, a partir disso, ele fornece novos significados ao texto que

está lendo. O aluno leitor vai refletindo e acrescentando informações, essenciais

para o entendimento.

O aluno que lê razoavelmente bem, sente-se motivado a participar da leitura.

Quando se lê em voz audível as falas de uma das personagens e se recebe réplicas

de uma outra pessoa e, sobretudo, quando essas falas são compreendidas no seu

todo, o jogo se estabelece, independentemente do uso de quaisquer outros signos,

senão das palavras.

Uma das estratégias que consideramos enriquecedoras no desenvolvimento do

processo das habilidades de leitura vem a ser os jogos dramáticos. Defende esta

idéia, o filósofo Huizinga, citado por Castelli, em sua obra Teatro: como recurso

lúdico e pedagógico.

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O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatória, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana. (CASTELLI, 2000, p. 169)

Jogar faz parte da essência do homem. Jogar é uma das primeiras necessidades

sociais da humanidade. As manifestações de jogo apresentam-se de várias

maneiras, como nas representações ritualísticas (danças tribais, ofícios religiosos,

grandes cerimônias), todas estas formas contêm fortes elementos dramáticos.

A finalidade do jogo teatral na educação escolar, é o crescimento pessoal e o desenvolvimento cultural dos jogadores por meio do domínio da comunicação e do uso interativo da linguagem teatral, numa perspectiva improvisacional e lúdica. O princípio do jogo teatral é o mesmo da improvisação teatral, ou seja, a comunicação que emerge da espontaneidade das interações entre sujeitos engajados na solução cênica de um problema de atuação. (JAPIASSU, 2005, p. 26)

O jogo dramático é uma estratégia muito interessante, porque trabalha o corpo e a

voz, possibilita a formação de grupos, a descoberta de novas formas de ver e

enfrentar situações de mundo, propiciando o equilíbrio necessário para que os

participantes possam expressar seus sentimentos e emoções.

Não basta que a escola promova o lúdico, a brincadeira e a leitura dentro de um clima de prazer. É fundamental que aprender a ler e a gostar de ler tenha um sentido na vida de cada um. Que o leitor sinta-se identificado com o lido, que possa exercitar-se numa aprendizagem importante sobre o mundo, as pessoas, a natureza, as lutas, a dor e o amor. (CAVALCANTI, 2002, p. 79)

Com base no pensamento da autora, ler não é apenas uma habilidade ou forma de

adquirir domínio intelectual. O ato da leitura deve ser ampliado no sentido de

remeter o cidadão para múltiplos significados. Principalmente no que se refere ao

mundo das representações, a exemplo do teatro.

O texto dramático tem como princípio a ação e como tal propicia um estudo

dinâmico, questionador e motivador dos estudos literários. A literatura tem como

propósito levar o homem a conhecer a si mesmo, a reconhecer a sua relação com

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os outros e com o meio no qual está inserido. Ampliar o conhecimento dos gêneros

literários é reconhecer a importância de que forma e conteúdo são significantes na

arte literária.

No universo trágico, a mímesis aristotélica, associada à kátharsis e intimamente

ligada à recepção de uma obra teatral pelo público, tem fundamentado, até os dias

atuais, boa parte da produção dramática, na qual, podemos definir que o teatro, para

a sociedade grega, tinha a função de estimular a platéia a uma reflexão mais

profunda sobre os sentidos da vida. (Aristóteles, 2004)

Essa assimilação do público é chamada por Aristóteles de mímesis, por sua vez,

provocaria a kátharsis, purgação dos sentimentos de terror e compaixão por parte

dos espectadores é, sobretudo, do princípio de verossimilhança, provoca um prazer

que lhe é próprio, instigando no ânimo do espectador o terror e a compaixão.

Nos tempos modernos, o teatro, para muitos, adquiriu a simples função de narrar

uma história. Mas a ação no teatro vai além de uma narração e dá margem a

diversas interpretações e consegue mostrar um problema de várias formas. E é na

ação teatral que descobrimos a verdadeira função do teatro.

Ao refletirmos sobre a linguagem teatral no gênero dramático, percebemos o

compromisso com o processo histórico e com a prática de diferentes modos de ver e

observar o mundo. A expressão dramática, no seu sentido etimológico, remete-nos

para uma exteriorização, pela ação de atividades lúdicas, criativas e significativas.

Trata-se de uma forma de comunicação pela ação fictícia, tendo como elementos o

corpo, a voz, os sons, a iluminação, os espaços, a postura, a clareza, os objetos e o

texto dramático.

Ao iniciar o trabalho com a literatura, com ênfase ao texto teatral, o professor precisa

tomar conhecimento da realidade sócio-cultural dos educandos e, inicialmente,

apresentar-lhes textos que atendam a esse universo.

Stanislavsky (1986), aponta estratégias que vão desde a percepção da entonação,

do ritmo, à compreensão do emprego das pontuações e das pausas. Ele se

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preocupa com detalhes que se não observados podem desqualificar por completo o

entendimento do texto, das idéias que estão na base de onde se originam as

palavras.

É a partir da vivência da linguagem teatral, por meio da leitura de textos literários e

de jogos dramáticos e da leitura de mundo, que o leitor atribui significações e

interpreta de forma autônoma a variedade dos textos lidos. Para que o trabalho se

efetive, é de grande valia que o leitor compreenda o que lê. O professor participa

como mediador neste processo e precisa oportunizar atividades que os motive para

o desenvolvimento dos hábitos de leitura. Daí a importância de um trabalho

consistente no sentido da formação do leitor independente, crítico e reflexivo.

Antunes (2009, p. 200) afirma que:

Ler textos literários possibilita-nos o contato com a arte da palavra, com o prazer estético da criação artística, com a beleza gratuita da ficção, da fantasia e do sonho, expressos por um jeito de falar tão singular, tão carregado de originalidade e beleza. Leitura que deve acontecer simplesmente pelo prazer de fazê-lo. Pelo prazer da apreciação, e mais nada. Para entrar no mistério, na transcendência, em mundos de ficção, em cenários de outras imagens, criadas pela polivalência de sentido das palavras.

Desenvolver a análise da forma dramática como uma expressão de comunicação e

linguagem na abordagem dos gêneros literários é extremamente pertinente tendo

em vista o texto dramático como princípio a ação e como tal propicia um estudo

dinâmico, questionador e motivador dos estudos literários. Por meio do estudo

sistemático da evolução e história do teatro, da leitura de textos significativos dentro

da literatura dramática, o drama é a mais social de todas as formas de arte

Um dos gêneros literários tradicionais é, portanto, o dramático. “ Será um drama

toda obra dialogada em que atuarem os próprios personagens sem serem, em geral,

apresentados por um narrador”. (ROSENFELD, 2000, p. 16)

Para trabalhar nessa proposta, considerando todo esse contexto, escolhemos os

textos A viagem de um barquinho, de Sylvia Orthof, em duas versões, uma em

versos e outra em diálogos. A escolha foi motivada porque os textos apresentam

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várias possibilidades de abordar os jogos dramáticos, a leitura dramática e o texto

encenado.

“Como atividade teatral, o teatro é altamente educativo porque desenvolve o

indivíduo em todas as suas formas de expressão: corporal, intelectual, linguística,

individual e grupal”. (ROCCO, 1981, p. 260)

Diante da problemática envolvendo a leitura, esperamos que, com o

desenvolvimento da proposta, os alunos estabeleçam, de maneira satisfatória, uma

unidade entre a linguagem, o pensamento e a ação. Possibilitando o uso da língua

de maneira mais adequada a cada atividade ou situação, além de despertar o

interesse pela leitura, porque ela amplia nossa visão de mundo, capacitando-nos

para o enfrentamento de diversas situações de interlocução a que estamos

expostos, tanto no contexto escolar como no social.

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SUGESTÕES PRÁTICAS

l ETAPA - JOGOS DRAMÁTICOS

Buscamos os jogos dramáticos, como ferramenta pedagógica para o

desenvolvimento da leitura, por atribuir grande importância ao lúdico enquanto fator

de equilíbrio físico e emocional no crescimento do ser humano. O jogo, portanto, faz

parte da aprendizagem e constitui valioso instrumento tanto para a aquisição de

conhecimento como nas relações sociais.

Objetivo Geral:

Oportunizar aos estudantes desenvolver ações ligadas a uma história ou um

personagem que as coloquem perante problemas a serem resolvidos. Problemas de

observação, de equilíbrio, de controle emocional, de afirmação individual, de

integração ao grupo, de desenvolvimento de uma idéia, de progressão na ação,

canalizando sentidos e sentimentos para o aprimoramento da aprendizagem de

leitura pela aproximação do mundo literário.

Quanto aos objetivos específicos, serão apresentados em cada uma das oficinas

que se relacionam, de forma integrada, com a proposta de trabalho com a leitura.

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OFICINA 01 - Trabalhando o corpo, a mente, a expiração e a inspiração

1. PROPOSTA: O corpo, a mente, a respiração e a inspiração como pré-requisito

para uma boa interpretação e melhoria do direcionamento da voz.

2. OBJETIVOS:

Propor exercícios de aquecimento, relaxamento, respiração e inspiração,

tendo o físico como ponto de partida para auxiliar no desenvolvimento da

expressão corporal e da interpretação do texto teatral;

Aquecer os músculos;

Criar consciência do processo respiratório, para praticar os exercícios e

melhorar a voz.

Obs.: Estes exercícios podem ser repetidos em todas as oficinas. Sendo possível

acrescentar outros com finalidades semelhantes.

3. ATIVIDADES

3.1 Exercícios de aquecimento e relaxamento

Deitados no chão

a) Imagine-se acordando de manhã e reproduza os movimentos de espreguiçar.

b) Corpo relaxado, mova a cabeça para o lado esquerdo , como se fosse encostar

no ombro e conte até 10 em seguida faça o mesmo para o lado direito, para frente e

para trás;

c) Passeio no sítio – o professor vai falando devagar ao som de uma música

instrumentalizada, dando um espaço entre cada determinação:

1) Imaginem um sítio com muitas árvores, animais, flores e um rio. 2) Visualize os

lugares por onde passa, procurando observar e sentir cada coisa. 3) Agora

lentamente vá se despedindo desse lugar maravilhoso. 4) Abra os olhos e levante-

se normalmente.

d) Cada aluno comenta o que sentiu durante o passeio imaginário.

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Sentados em círculos

a) Olhos fechados, inspire bem forte, com a boca fechada, solte o ar pelo nariz bem

devagar emitindo som;

b) Olhos fechados, inspire pelo nariz bem forte, vá soltando o ar bem devagar

pronunciando a vogal A, o maior tempo possível, sem inspirar. Quando acabar a

vogal A, inspire bem forte novamente e passe para a vogal E, assim sucessivamente

até acabar todas as vogais;

c) Olhos abertos, respire e inspire em seguida crie um som com a boca, espere o

comando da professora, que irá pedir para que cada um mostre o seu som

individualmente e, que os outros deverão imitar.

Levantados em círculos

a) Faça movimentos circulares giratórios com os ombros, primeiro de frente para

trás, depois de trás para frente;

b) Inspire pelo nariz, sem puxar o ar deixando-o entrar sem pressa, depois que você

sentir suas costelas ampliadas, prenda o ar e conte até 10 mentalmente, em seguida

expire lentamente;

c) Abra a boca o mais que puder, depois feche. Repita 03 vezes o exercício Com a

boca fechada, faça movimentos giratórios com a língua, primeiro para o lado direito

e, depois para o lado esquerdo. Repita 03 vezes cada lado;

d) Os alunos caminham livremente pela sala e obedecem o comando do professor:

1) Caminhem devagar, ergam o braço direito, depois o esquerdo, braço direito,

braço esquerdo; 2) Agora dê três passos e ergam a perna diteita mais três passos e

ergam a perna esquerda e assim sussecivamente; 3) Permaneçam no lugar; 4) O

professor conta até 03 (três), todos gritam bem alto a palavra T E A T R O, em

seguida permanecem em silêncio e procuram ouvir o som que vem de outros

ambientes.

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OFICINA O2 - Conhecimento de si mesmo e integração com o grupo

1. PROPOSTA: Esta oficina tem o propósito levar os educandos a conhecerem a si

mesmo, a melhorarem a relação com os outros e com o mundo no qual estão

inseridos.

2 . OBJETIVO:

Permitir que os estudantes desenvolvam a imaginação, a oralidade, e a socialização

a partir de interações sociais, praticando exercícios de concentração e de

imaginação, configurando-se numa prática ativa, crítica e transformadora.

3. ATIVIDADES

3.1 Auto–apresentação

Oriente os alunos para a formação de duplas. Durante dez minutos um falará para o

outro sobre:

a) dados pessoais (nome, idade, endereço, família etc.);

b) Gostos ( livro, passeios, esporte, música etc);

c) Coisas que não apreciam.( Ex: violência, falsidade etc);

Depois o professor convida todos os participantes para formarem um grande círculo

e pede para cada aluno apresentar o colega. Concluindo a atividade o professor

propõem outra para que o grupo tenha uma boa interação.

3.2 Construindo um barco

O professor pede para formar grupos de no máximo cinco alunos. Coloca-se à

disposição dos alunos, folha de jornal, cola, barbante, caneta, lápis etc.. O grupo

deverá usar a criatividade e construir um um barco. Pode ser dobradura, colagem o

outro tipo.

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3.3 Produzindo uma história

a) Após a construção do barco, o professor pede para cada grupo produzirem uma

história sobre o barco;

b) Formar um círculo, estender um tecido ou TNT azul no centro da sala

(representando um rio). Em seguida cada grupo, apresenta seu barco, conta a

história e coloca-o no rio representado pelo tecido azul.

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OFICINA 03 - Trabalhando com o TEXTO I

A viagem de um barquinho ( Texto em versos)

Era uma vez um menino

Chamado Chico Eduardo,

Que perdeu o seu barquinho

[...] (ORTHOF, 2002)

A viagem de um barquinho, narrada em versos e conta a história de um menino que

vai atrás de seu barco de papel que fugiu para o mar. No percurso, ele encontra uma

lavadeira aventureira e partem em direção ao mar pelo caminho do rio. Ao longo da

narrativa, várias personagens aparecem: um sapo, um pirilampo, um sol, dois

fantásticos cavalos, o sonho, e a princesa.

Assim como os demais componentes do teatro ( figurino, iluminação,sonoplastia

etc.), os personagens contribuem positivamente para o brilho do espetáculo, e

valorização da cena. Além disso, os gestos, expressões faciais, altura do tom da

voz, contribuem para a clareza da comunicação.

1. PROPOSTA

Nesta oficina vamos direcionar a leitura tendo por base o texto literário, mostrando

ao aluno como podemos relacioná-la com o conhecimento advindo das diferentes

áreas do saber sem perder o foco da fantasia integrada à realidade e à criatividade.

Conhecendo a realidade dos nossos alunos, percebemos que uma única leitura não

é suficiente para a compreensão dos sentidos de um texto. Assim propomos vários

procedimentos de leitura por acreditar que a partir da teceira leitura, é possível uma

melhor compreensão do texto. Para o trabalho com o texto A viagem de um

barquinho em versos, com auxílio do professor, o aluno é capaz de marcar com

mais intensidade uma determinada palavra ou expressão, permitindo distinguir

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ordens, desejos, perguntas de comentários. Dependendo do texto, também é

possível identificar a origem geográfica da personagem, além do seu estado

emocional. É preciso entender a leitura neste sentido mais amplo, pois não se pode

ler apenas para treino ou decodificação.

2. OBJETIVOS

- Utilizar a voz como instrumento essencial à leitura, permitindo que os educandos

desenvolvam esta habilidade. (Desenvolvimento da afinação treinando aspectos

básicos da respiração, articulação e emissão vocal).

- Observar a pronúncia das palavras, as pausas, a pontuação e a leitura com

fluência.

3. ATIVIDADES

3.1 Leitura silenciosa;

3.2 Leitura em voz alta. Cada aluno lê uma estrofe em tom normal;

3.3 Ler o texto imitando um nordestino ou outra região do nosso país;

3.4 Ler o texto como se fosse um discurso político;

3.5 Ler o texto chorando;

3.6 Ler o texto declamando;

3.7 Ler interpretando a situação apresentada pelo texto.

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OFICINA 04 - Improvisação

1. PROPOSTA: Com atividades de improvisação enriquecer a aula, num contexto

imaginário unir as palavras aos gestos, transformando-as em linguagem cênica.

2. OBJETIVOS:

Utilizar naturalmente a linguagem dramática nos seus jogos espontâneos;

Explorar a linguagem verbal e a não verbal;

Desenvolver a linguagem, o raciocínio, a coordenação das idéias e a

criatividade.

3. ATIVIDADES

3.1 A improvisação de cenas

a) A lavadeira fez o rio com um pano azul. Distribua panos coloridos para a classe

(de preferência leves, como tules). Organize-os em grupos e peça para criarem uma

pequena cena em que os panos, como o da lavadeira, se transformem no que

quiserem. Peça para improvisarem os diálogos que dêem coerência ao texto.

Depois da cena escrita e ensaiada, cada grupo apresenta o texto encenado para a

classe.

Obs: O professor passa pelos grupos orientando-os na formação do diálogo.

Lembrando que o texto deve ser curto.

b) Formam-se um círculo e cada grupo, mediado pelo professor, comenta sobre o

texto encenado. Como se sentiram apresentando o texto, se tiveram dificuldades

para elaborar a cena. O que precisa melhorar?

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OFICINA 05 – O corpo como importante instrumento na leitura dramática

1. PROPOSTA:

Nesta oficina, as atividades são direcionadas para fortalecer o corpo, exercitar os

sentidos, estimular o espírito e enriquecer o conteúdo, aliando-se a expressão

corporal e facial e oral.

2. OBJETIVO:

Utilizar o corpo como veículo expressivo, na leitura dramática, para representação

de pensamento e enriquecimento das experiências que os educandos

espontâneamente fazem nos seus jogos.

3. ATIVIDADES

Obs: Para cada atividade aplicada, utiliza-se uma música de acordo com o

movimento. Ex: rio (barulho de água), barco (barulho do barco) etc.

3.1 O professor pede que todos caminhem pelo espaço da sala, a cada

segundo muda o estilo do andar (andar devagar, andar normal, andar ligeiro, andar

lentamente, andar fazendo gestos). Em seguida pedir aos alunos que se posicionem

como uma estátua;

3.2 Dança: Os alunos devem dançar conforme a rítmo das músicas escolhida

pelo professor. O professor escolhe vários ritmos de música. A cada segundo muda

o ritmo e automaticamente o movimento do corpo;

3.3 Pedir que os alunos imitem o movimento de um rio (se tiver música, liga o

som com barulho de água); Que caminhem como se estivesse dentro de um rio. Na

sequência todos deverão imitar o movimento de um barco;

3.4 O professor poderá proporcionar outras atividades de movimentos com o

corpo. Como por exemplo montar uma coreografia de dança rítmica. Explorar a

criatividade e a espontaneidade dos alunos

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II ETAPA - LEITURA DRAMÁTICA

A leitura do texto dramático se bem direcionada no sentido da compreensão do

texto, do significado das falas, na pecepção da entonação, ritmo, emprego das

pontuações, das pausas, gera no aluno expectativas de conhecer todo o contexto

do texto teatral. Mediante a leitura, estabelece-se uma relação entre o texto, leitor e

autor.

O texto teatral e as ações dramáticas são umas das várias possibilidades de se

trabalhar o aluno como um todo, em sua formação integral.

Nesta etapa, o professor observa a desenvoltura dos alunos, a entonação e o grau

de envolvimento com o texto e os orienta sobre as falas marcantes e expressivas do

texto teatral.

Objetivo Geral:

Despertar para a importância de desenvolver um trabalho prazeroso, efetivo no

sentido da formação do leitor independente, crítico e reflexivo. Por meio de um

estudo dinâmico, questionador e motivador.

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OFICINA 01 - Um pouco sobre a autora Sylvia Orthof

Nascida no Rio de Janeiro, em 1932, Sylvia Orthof estudou teatro em Paris. Foi atriz

profissional durante muitos anos, tendo integrado o elenco do Teatro Brasileiro de

Comédia. Foi professora de teatro da Universidade de Brasília e coordenadora de

Teatro do Sesi. Começou a escrever pequenos trechos de dramaturgia para seus

alunos. Em 1975, ganhou o 1o lugar no Concurso Nacional de Dramaturgia Infantil

Guaíra, do Paraná, com o texto A viagem de um barquinho.

1. PROPOSTA:

Que o aluno amplie seu universo de leitura, pesquisando a vida da autora,

conhecendo outras obras, particularmente os textos de peças teatrais.

2. OBJETIVO:

Ler sobre a vida da autora Sylvia Orthof, particularmente dos estudos dos

textos de peças teatrais, como elemento formador à formação do aluno leitor.

3. ATIVIDADES

3.1 Pedir aos alunos que pesquisem sobre a biografia da autora do texto, na

biblioteca, na internet ou outros recursos que a escola possui.

3.2 O professor oportuniza uma atividade de pesquisa do texto completo, para que

os alunos possam conhecer as outros personagens do texto. Se a escola possui

laboratório de informática, você pode facilitar o trabalho disponibilizando uma versão

do texto já digitada, assim eles poderão se concentrar no enredo.

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OFICINA 02 - Trabalhando o texto II

1. PROPOSTA:

O leitor utiliza simultaneamente seu conhecimento do mundo e seu conhecimento do

texto para construir uma interpretação e encenar o texto.

No ato da leitura também entra a experiência de vida do leitor, ou seja, um

relacionamento dinâmico entre o autor, obra e leitor.

2. OBJETIVOS

Despertar para a importância de desenvolver um trabalho prazeroso, efetivo no

sentido da formação do leitor independente, crítico e reflexivo. Por meio de um

estudo dinâmico, questionador e motivador.

A viagem de um barquinho ( versão para o teatro)

O menino e a lavadeira

[…]

Menino – Eu quero encontrar meu barquinho! Você que é lavadeira, que conhece

água e rios, não que vir comigo?

Lavadeira – Está certo. Mas antes, eu vou entregar a roupa, está bem?

Menino – Muito obrigada!

Lavadeira – Vamos em busca do barquinho! Juizo ouviu? ( Sai carregando a roupa).

[…] (ORTHOF, 1975)

A viagem de um barquinho, versão para o teatro, ganhou o primeiro lugar no

Concurso Nacional de textos para o teatro infantil, da fundação Guaíra, do Paraná

no ano de 1975.

Este texto apresenta várias possibilidades de trabalhar os jogos dramáticos e o

textos encenado.

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3. ATIVIDADES

3.1 Repetir os exercícios de aquecimento e relaxamento, podendo incluir

outros semelhantes.

3.2 O professor propõe aos alunos que leiam todo texto. Em seguida, forma-se

um círculo e realiza-se uma leitura sequenciada. (Cada aluno lê uma fala seguindo

a sequência do texto, independente do ou do personagem).

3.3 No segundo momento dividam-se os grupos de acordo com o número dos

personagens. O aluno lê assumindo as ações dos personagens, as expressões

corporal e facial. Pronunciando com clareza as palavras.

3.4 O Professor pedem aos alunos para estarem atentos à entonação e as

pausas. Para serem expressivos na voz e nos gestos, interpretando a situação

apresentada pelo texto.

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OFICINA 03 - Oralidade

1. PROPOSTA:

O trabalho com a oralidade ajuda os alunos na representação mental facilitando a

ordenação da informação ao encenar um texto de peça teatral.

2.OBJETIVO:

Desenvolver a prática oral por meio de comentários e questões de interpretação

sobre o texto, utilizando recursos múltiplos culturais e literários entre outros

possibilitando maior e melhor entendimento do texto.

3. ATIVIDADES

3.1 Comentando o texto

Todos em círculo, pode ser sentados no chão ou na cadeira. O professor faz as

perguntas e deixa livre para quem quiser contribuir com as informações.

a) Pergunte aos alunos: Para onde pode ir esse barquinho. Que tipo de viagem

será essa?

b) Descreva como você imagina o cenário do texto.

c) Comente sobre a amizade do menino e a lavadeira.

d) Descreva as características das outras personagens (O Sol, cavaleiro verde,

cavaleiro azul, sapo, perilampo, personagem do sonho, barco de papel e a fada-

princesa) e a importância destas personagens dentro da história apresentada. O

professor direciona o trabalho de forma que todos os alunos participem.

3.2 Interpretando o texto

Nesta atividade podemos aplicar a brincadeira da caixinha de música.

Colocar as perguntas numa caixinha e ao som de uma música a caixinha vai

passando pelas mãos dos alunos. O professor fica de costas para os alunos e num

determinado momento desliga o som. O aluno que estiver com a caixinha, retira uma

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pergunta, lê em voz alta e responde. Se encontrar dificuldade, pede auxílio para um

amigo. O professor poderá complementar a resposta.

a) O que esta história tentou nos comunicar?

b) No texto o menino se encontra aflito por ter perdido o seu barco de papel. Ao

encontrar a lavadeira ela se propõem ajudá-lo. Você já viveu uma situação

semelhante?

c) No texto, o que significa a palavra perder?

d) Quais foram os fatos mais importantes da história?

c) Que lições de vida podemos tirar desta história?

d) Qual o verdadeiro conflito da história?

e) Com que outras histórias ela se parece?

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III ETAPA - Encenação

O texto no palco diz respeito à arte teatral. Não é só a pessoa que entra em cena, é

também o personagem que ocupa o lugar representado. Devemos também se ater

aos elementos que compõem o teatro: cenário, iluminação, sonoplastia, figurino,

maquiagem e objetos cênicos.

Objetivo Geral

Vivenciar a linguagem cênica em seus elementos fundamentais, por meio de

improvisações e montagem cênica, partindo de leituras de peças teatrais.

Transformando um texto ou uma idéia em apresentação teatral empregando todos

os elementos que compõe uma cena (iluminação, sonoplastia, cenário, figurino,

maquiagem e objetos cênicos etc).

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OFICINA 01 - Encenando os textos I e II : A viagem de um barquinho

1. PROPOSTA

O texto teatral ao ser encenado aproxima as pessoas. É um instrumento de

autoconhecimento. Entendemos que esta atividade proposta pela vivência de

diversos papéis, contribua no processo de enriquecimento pessoal individual e

coletivo.

2. Objetivo:

Permitir que os alunos desenvolvam as possibilidades expressivas do corpo,

unindo a intencionalidade do gesto e/ou palavra, à expressão, de um

sentimento, idéia ou emoção;

Desenvolver ações ligadas a uma história ou um personagem;

Empregar todos os componentes do teatro para construção da cena teatral.

3. Atividades (orientações básicas para o professor)

3.1 Após conhecer toda a história do texto, o professor distribui os personagens

conforme a identificção dos alunos com os personagens. Ex: O aluno que tem

facilidade para chorar, rir, gesticular poderá assumir o papel do menino. A aluna que

for bem extrovertida, com ótima entonação, facilidade de explorar o corpo e a voz

poderá assumir o papel da lavadeira.

3.2 O texto apresenta outras personagens: O Sol, cavaleiro verde, cavaleiro azul,

sapo, perilampo, personagem do sonho, barco de papel e a fada-princesa. Cabe ao

professor (diretor da peça), proporcionar atividades de jogos dramáticos que

desenvolvam todas as habilidades das personagens e trabalhar todos os elementos

que compõem o teatro para que cada aluno assuma um papel na peça teatral. Não

necessariamente um personagem. Um aluno pode ser o sonoplasta, o outro o

iluminador, o cenógrafo, o narrador e as personagens.

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3.3 Conforme o número de alunos pode-se formar dois ou três grupos com a mesma

peça de texto teatral. Porque cada grupo utilizará da criatividade individual e grupal.

3.4 Um grupo poderá apresentar o texto em versos o outro o texto dialogado.

Como sugestão, as próximas oficinas são destinadas aos ensaios do texto teatral,.

Iniciado sempre pelos exercícios de aquecimento e relaxamento e jogos dramáticos,

permitindo uma participação ativa dos alunos dentro de um trabalho coletivo,

seguido de apresentação da peça teatral no palco.

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AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, diagnóstica e formativa. Dar-se-á no decorrer de todo o

processo de ensino-aprendizagem e está fundamentada nas DCEs.

“É imprescindível que a avaliação de Língua Portuguesa e literatura seja um

processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho

do aluno ao longo do ano letivo”. (DCEs, 2008, p. 81)

Sendo assim, faz-se necessário em todos os encontros a revisão da postura

pedagógica e da metodologia utilizada, objetivando desta forma um melhor

desenvolvimento do programa e um amadurecimento de todos os envolvidos.

A avaliação será realizada por meio de observação de realização de atividades em

grupo e/ou individual. Podem ser utilizadas várias técnicas que levem os alunos a

tomarem consciência de si próprios, consciência do outro, consciência do grupo,

consciência do mundo em que vivem. Com objetivo de desenvolver a

autoconsciência do indivíduo, a consciência de grupo, a relação do grupo e do

indivíduo a relação do indivíduo com o mundo em que nos cerca.

O professor precisa instigar os alunos a perceberem sua evolução, atuação e

crescimento voltados à compreensão das atividades de jogos dramáticos, leitura

dramática e encenação dos textos de peças teatrais.

Na oralidade devemos observar: se aluno lê fluentemente, com entonação; se tem

uma boa dicção de voz; se tem dificuldade em pronunciar algumas palavras que

configuram o texto; se está entendendo o texto, seus sentidos, suas intenções; se

estabelecem relações entre a leitura dos textos literários, fantasia, realidade e a sua

criatividade, integrando o conhecimento advindo das diferentes áreas do saber.

A leitura deve ser avaliada como instrumento de aprendizagem. Ela será o elo entre

o texto, leitor e o autor. Mediado pelo professor é importante que o aluno faça uma

leitura silenciosa , uma leitura em voz baixa em seguida a leitura em voz alta para

que possa aprimorar seus conhecimentos gramaticais e lexicais. Porque não se

pode ler apenas para treinar a leitura.

O emprego da “leitura em voz alta” como avaliação é às vezes fundamentado de outra maneira. Fazer uma boa leitura para os outros supõe a compreensão do texto a ser transmitido. Já que a qualidade da transmissão vocal do texto depende da sua compreensão, a primeira se torna um meio para avaliar a segunda. É, entretanto necessário analisar as

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condições de validade dessa avaliação. (BAJARD, 1994, p. 76)

A partir da leitura o aluno vai tendo uma compreensão do texto. Ele vai saber dizer o

que entendeu e partilhar com o grupo. Isto quer dizer que ele não vai decorar o

texto. Vai marcar com mais intensidade uma determinada palavra ou expressão,

permitindo distinguir ordens, desejos, perguntas de comentários como também serve

para indicar a origem geográfica do personagem, além do seu estado emocional.

Quanto à encenação dos textos de peças teatrais os alunos deverão analisar seu

personagem, caracterizando-o física (figurino, adereços e maquiagem) e

psicologicamente (Conhecendo-o profundamente o personagem será mais fácil

definir como representá-lo em seus gestos e expressões). Também é muito

importante conhecer os elementos que compõem o teatro o cenário, o figurino, a

sonoplastia a marcação no palco e os efeitos especiais que dão vida ao texto teatral.

Almeja-se que os estudantes envolvidos nesse programa, expressem melhora

significativa nas formas de sua comunicação oral, gestual, criadora, e habilidade de

leitura. Contribuindo em sala de aula para o aprendizado em todas as disciplinas. E

que os pais incentivem os filhos a participarem de atividades lúdicas, significativas,

prazerosas e que proporcione avanços no conhecimento formal e de mundo.

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