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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

ELZA MARTINS DA SILVA

FÁBULA EM SALA DE AULA COMO FACILITADORA DO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA

LONDRINA

2010

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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professora PDE: Elza Martins da Silva

Área PDE: Língua Portuguesa

NRE: Ivaiporã

Professor Orientador IES: Sonia Aparecida Vido Pascolati

Escola de Implementação: Colégio Estadual Geremia Lunardelli-EFMN

Público objeto de Intervenção: 6ª série do Ensino Fundamental

TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE

Práticas de leitura com o gênero discursivo fábula.

Título

Fábula em sala de aula como facilitadora do desenvolvimento da leitura.

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2 INTRODUÇÃO

A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que

começamos a “compreender” o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e

interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas

perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um

livro, enfim, em todos estes casos estamos de certa forma lendo, embora, muitas vezes, não

nos demos conta.

A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos,

mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman

(1993), a leitura deve permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo

transformar-se em mera decifração de signos sem a compreensão semântica dos mesmos.

Para Silva (2005, p. 24).

[...] a prática de leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são suas obrigações e também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma sociedade justa, democrata e feliz.

Praticar a leitura em diferentes contextos requer que se compreendam as esferas

discursivas em que os textos são produzidos e circulam, bem como se reconheçam as

intenções e os interlocutores do discurso. É nessa dimensão dialógica, discursiva que a

leitura deve ser experienciada, desde a alfabetização.

Bakhtin (1988, p. 99) afirma que a linguagem “é produto da interação do locutor

e do ouvinte”, ou seja, a linguagem é vista como lugar de interação entre os sujeitos sociais.

Todo texto pertence a um determinado gênero, e os textos que vamos abordar

nesta pesquisa pertencem ao gênero Fábula.

A fábula, segundo Bagno (2006, p. 51-53), é um gênero literário muito antigo

que se encontra em praticamente todas as culturas humanas e em todos os períodos

históricos. Bagno completa que este caráter universal da fábula se deve, sem dúvida, à sua

ligação muito íntima com a sabedoria popular.

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Nascida no Oriente, reinventada no Ocidente pelo grego Esopo (séc. VI a.C.) e

aperfeiçoada, mais tarde, por Fedro (séc. I a.C.), recebeu de Jean La Fontaine (1621/1692)

a forma final que resistiu ao desgaste do tempo. Segundo La Fontaine, (1989, p. 39):

Somos a síntese do que há de bom e mal nas criaturas irracionais. As fábulas, portanto, é um quadro onde cada um de nós se acha descrito. O que elas nos apresentam confirma os conhecimentos hauridos em virtude da experiência pelas pessoas idosas e ensina às crianças o que convém que elas saibam. E como estas são recém-chegadas neste mundo, não devemos deixá-las nessa ignorância senão durante o menor tempo possível. Elas têm que saber o que é um leão, o que é uma raposa, e assim por diante, portanto às vezes se compara o homem a um destes animais. Para isto servem as fábulas, pois é delas que provêm as primeiras noções desses fatos.

A fábula é uma narrativa curta, em prosa ou em verso, usada para ilustrar um

vício ou uma virtude. Divide-se em duas partes, sendo que a primeira narra um

acontecimento e a segunda a moral, ou seja, o significado da história.

É característico de o gênero mencionar modelos adequados e inadequados de

comportamento na sociedade, atuando sob uma perspectiva ética. Ela proporciona também

uma leitura crítica, sendo ferramenta para a formação do senso crítico; além de dirigir-se à

inteligência, possibilita a observação de situações de conflito oportunizando a análise de

soluções; desafia os alunos a reflexões e críticas de comportamentos e propicia a

capacidade de avaliação de conflitos do cotidiano, pois os problemas da fábula e os conflitos

apresentam soluções estratégicas análogas aos diferentes aspectos da vida, levando o leitor

a identificar-se. A fábula vem sendo reescrita constantemente, o que mostra que sua moral

varia de acordo com a sociedade em que ela é produzida e/ou reproduzida.

Portanto, esta proposta se apresenta como facilitadora do desenvolvimento da

leitura através do gênero fábula, como objeto de ensino e aprendizagem de leitura e

reescrita textual, em uma abordagem intertextual.

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3 APRESENTAÇÃO

http://acalantobh.blogspot.com/2011/03/as-criancas-e-fabula.html

Este Caderno Pedagógico é um material elaborado com o intuito de contribuir para o

desenvolvimento e incentivo à leitura, apresentando o gênero fábula em sala de aula como

facilitador do desenvolvimento da leitura.

O trabalho visa estimular a leitura, a fim de tornar o educando crítico e capaz de

construir, desconstruir e reconstruir os sentidos existentes no texto, visando despertar o

interesse por textos escritos.

A leitura é uma prática pedagógica desafiadora, o drama maior é de quem atua no

processo de ensino-aprendizagem. A proposta é fazer com que os alunos percebam o valor

do trabalho realizado e possam demonstrar que “leitura” é muito mais que decodificar

signos, mas compreender e atribuir significados.

Espera-se que e o desenvolvimento das unidades amplie o espaço de debates críticos

que propiciem a formação de pensamento opinativo individual, dando oportunidades a todos

de expor suas opiniões mediante as situações apresentadas pelas leituras, como também

propiciar reflexões sobre a realidade de cada um, provocando mudanças e aprendizados

significativos no decorrer do processo de estudo.

O objetivo focado nesse trabalho é levar o aluno a ler e compreender diferentes

versões de uma mesma fábula, percebendo que a moral da história varia de acordo com o

contexto em que foi escrito, conseguindo assim, reescrever os textos usando

adequadamente os recursos linguísticos e textuais próprios do gênero textual fábula.

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4 UNIDADE – I

ESTRUTURA DO GÊNERO FÁBULA

Atividade – 1

a) Estratégias de Motivação

● questionar o conhecimento dos alunos sobre o tema “fábulas”

● incentivar um trabalho de pesquisa (sugerir bibliografia, sites, etc.)

● apresentar os resultados pesquisados em grupos, oralmente.

b) Você sabe de onde vêm as fábulas?

Vamos ampliar, porém, ainda mais nossos conhecimentos fazendo uma pesquisa sobre a

vida e obra de alguns fabulistas. Escolha um deles para realizar seu trabalho e em seguida

apresente-o para a turma.

Atividade - 2

Reconhecendo o gênero fábula.

Identificando o gênero fábula.

a) Com certeza você já leu e ouviu muitas fábulas. Em grupos, tente lembrar-se de uma

delas, registrando o que se pede abaixo:

Personagens:_______________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Enredo(resumo):____________________________________________________________

__________________________________________________________________________

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__________________________________________________________________________

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__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

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b) Narre a fábula relembrada para a turma. Conversem sobre elas: são realmente fábulas?

Por quê? O que as fazem pertencer a esse tipo de texto?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

c) Tente definir, com as informações discutidas pela sala, o gênero FÁBULA.

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

d) Você já percebeu que uma fábula não é uma narrativa qualquer. Ela tem um jeito bem próprio de ser escrita. A seguir, você terá trechos de textos diversos; tente reconhecer os que são de fábulas, marcando-os com um x. ( ) Um roubo espetacular. Nenhum vidro quebrado, trancas e cadeados arrebentados silêncio absoluto na madrugada. ( ) Olá! Meu nome é Mariana, tenho 12 anos e sou fã n° 1 dos REBELDES... ( ) Um corvo, tendo roubado um pedaço de carne, pousou sobre uma árvore. Uma raposa o viu e... ( ) O leão era orgulhoso e forte, o rei da selva. ( ) Um camundongo tinha medo de um gato que o espreitava todos os dias. Sábio e prudente foi consultar o rato vizinho. ( ) Foi comemorado o casamento do príncipe e da princesa com muito luxo e alegria e eles viveram juntos felizes para sempre. Atividade – 3 Observe as imagens e responda:

http://zelmar.blogspot.com/2010/09/fabulas.html http://www.escolovar.org/fabulas4_leao.rato.htm

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http://leresaberfranke2010.blogspot.com/2010/08/fasciculo-das-fabulas.html

a) O que essas imagens representam?

b) Quais são as histórias que constituem essas imagens?

c) A qual gênero textual pertence essas imagens?

d) Quem são os autores dos textos apresentados nas imagens?

Orientação ao professor: O professor fará a leitura da moral das fábulas representadas

através das imagens, para promover uma discussão a fim de que o aluno possa identificar o

desenho com a moral da história e relacioná-las às ações cotidianas.

Estrutura das Fábulas

Através das fábulas podemos fazer duas leituras independentes:

a) A Narrativa propriamente dita cuja estrutura sempre se repete:

Situação inicial

Obstáculo

Tentativa de solução

Resultado final

Moral

b) Moral - ensinamento. Ela pode ser usada e analisada independentemente da fábula.

A fábula nos leva a dois mundos:

o imaginário, o narrativo, fantástico,

o real, o dissertativo, temático.

Na verdade, a fábula é um “estudo sério sobre o comportamento humano”, a ética e a

cidadania.

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LEITURA E ANÁLISE DA FÁBULA

O leão e o rato

O leão era orgulhoso e forte, o rei da selva. Um dia, enquanto dormia, um

minúsculo rato correu pelo seu rosto. O grande leão despertou com um rugido. Pegou o

ratinho por uma de suas fortes patas e levantou a outra para esmagar a débil criatura que o

incomodara.

— Ó, por favor, poderoso leão — pediu o rato. Não me mate, por favor. Peço-lhe que

me deixe ir. Se o fizer, um dia eu poderei ajudá-lo de alguma maneira.

Isso foi para o felino uma grande diversão. A idéia de que uma criatura tão pequena

e assustada como um rato pudesse ser capaz de ajudar o rei da selva era tão engraçada

que ele não teve coragem de matar o rato.

— Vá-se embora — grunhiu ele — antes que eu mude de ideia.

Dias depois, um grupo de caçadores entrou na selva. Decidiram tentar capturar o

leão. Os homens subiram em duas árvores, uma de cada lado do caminho, e seguraram

uma rede lá em cima.

Mais tarde, o leão passou despreocupadamente pelo lugar. Ato contínuo, os homens

jogaram a rede sobre o grande animal. O leão rugiu e lutou muito, mas não conseguiu

escapar.

Os caçadores foram comer e deixou o leão preso à rede, incapaz de se mover. O leão

rugiu por ajuda, mas a única criatura na selva que se atreveu a aproximar-se dele foi o

ratinho.

— Oh, é você? — disse o leão. Não há nada que possa fazer para me ajudar. Você é

tão pequeno! — Posso ser pequeno — disse o rato, mas tenho os dentes afiados e estou em

dívida com você. E o ratinho começou a roer a rede. Dentro de pouco tempo, ele fizera um

furo grande o bastantes para que o leão saísse da rede e fosse se refugiar no meio da selva.

Moral: Às vezes, o fraco pode ser de ajuda ao forte.

(ESOPO. Fábulas de Esopo . São Paulo: Louyola, 1995).

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ANÁLISE DA FÁBULA “O LEÃO E O RATO”

Elementos da narrativa

A narração é o relato de um fato ou acontecimento, contado por um narrador. Para construir

esse tipo de texto, é preciso explorar os elementos da narrativa: enredo, personagem,

espaço, tempo e narrador.

Enredo é o conjunto de fatos de uma história.

O ENREDO

Situação inicial- personagens e espaço são apresentados.

Quebra da situação inicial- um acontecimento modifica a situação apresentada.

Estabelecimento de um conflito – surgimento de uma situação a ser resolvida, que

quebra a estabilidade de personagens e acontecimentos.

Desenvolvimento – busca de soluções para o conflito.

Clímax – ponto de maior tensão na narrativa.

Desfecho – solução do conflito. Note-se bem que a solução do conflito não significa

um final feliz. Pode ser um rompimento se, diante de um impasse, os personagens

optarem por essa solução.

Personagem é um ser praticante das ações, responsável pelo desenvolvimento

do enredo; pode ser inventado ou inspirado na realidade.

Espaço é o lugar onde se passa a ação numa narrativa.

Tempo constitui o pano de fundo para o enredo. A época da história nem

sempre coincide com o tempo real em que foi publicada ou escrita.

Narrador é o elemento estruturador da história. Há dois tipos de narrador,

identificados, à primeira vista, pelo pronome pessoal usado na narração 1ª ou 3ª

pessoa do singular. Exemplificando melhor:

1ª pessoa: é aquele que participa diretamente do enredo, é conhecido

pelo nome de narrador personagem.

3ª pessoa: é o narrador que está fora dos fatos narrados, é conhecido

pelo nome de narrador observador.

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Informações adaptadas do livro: GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. São

Paulo: Ática, 2003. (Série Princípios)

APRENDENDO MAIS COM O TEXTO

Atividade - 4

a) Na fábula em foco, quem conta os fatos é apenas narrador ou é narrador - personagem?

Justifique, respondendo qual é a pessoa do discurso predominante na narração da fábula:

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

b) Quais os personagens responsáveis pelo desenvolvimento desse enredo?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

c) Qual é o espaço em que ocorre a história? Como é possível perceber?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

d) Destaque os termos empregados no texto para indicar o tempo em que ocorrem os fatos:

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

e) Em sua opinião, que ensinamento transmite a leitura dessa fábula?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

f) O enredo é composto por seis elementos presentes em quase todos os textos narrativos.

Baseando-se no quadro explicativo, identifique os elementos presentes na fábula “O leão e o

rato”.

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

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5 UNIDADE – II

A FÁBULA E SUAS REESCRITURAS EM DIFERENTES CONTEXTOS HISTÓRICOS

TEXTO 1- A cigarra e a formiga (ESOPO)

No inverno, as formigas estavam fazendo secar o grão molhado, quando uma cigarra,

faminta, lhes pediu algo para comer. As formigas lhe disseram: “Por que, no verão, não

reservaste também o teu alimento?”. A cigarra respondeu: “Não tinha tempo, pois cantava

melodiosamente”. E as formigas, rindo, disseram: “Pois bem, se cantavas no verão, dança

agora no inverno”.

A fábula mostra que não se deve negligenciar tristezas e perigos.

Esopo. Fábulas completas. Tradução de Neide Smolka. São Paulo: Moderna, 1994.

Sobre o autor

ESOPO

Era um escravo que viveu na

Grécia há uns 3000 anos.

Tornou-se famoso pelas suas

pequenas histórias de animais,

cada uma delas com um sentido,

um ensinamento e que mostram

como proceder com inteligência.

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TEXTO 2 - A cigarra e a formiga (versão de LA FONTAINE)

Depois de haver cantado durante todo o verão, quando se aproximava o inverno a

cigarra se encontrou em extrema penúria, por falta de provisões. Como nada lhe restasse,

nem um pequeno verme ou algum resto de mosca, e estando faminta, foi à procura da

amiga, sua vizinha. Pediu-lhe que lhe emprestasse alguns grãos, a fim de manter-se até que

voltasse o estio.

— Eu lhe prometo minha amiga — disse a cigarra — sob palavra, a pagar-lhe

tudo, com juros, antes do mês de agosto.

A formiga, que nunca empresta nada a ninguém e, por isso, consegue amealhar,

perguntou à suplicante:

— Que fazias durante o verão?

— Passava cantando os dias e as noites — respondeu a cigarra.

— Pois muito bem — a formiga. Cantava? Pois dance agora!

LA FONTAINE, Jean de. Fábulas de La Fontaine. Rio de Janeiro: Matos Peixoto, 1965.

Sobre o autor

Jean de La Fontaine (1621 – 1695)

De origem francesa, publicou sua

primeira coletânea de fábulas em 1668,

sucedidas de mais 11, lançadas até 1694.

No prefácio dessa coletânea, deixa bem

claras as suas intenções: “Sirvo-me de

animais para instruir os homens”. Utilizava

as fábulas para denunciar as misérias e as

injustiças da sociedade em que vivia. O

autor não só tornou mais atuais as fábulas

de Esopo como também criou suas próprias.

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Texto 3 - A CIGARRA E A FORMIGA (A FORMIGA BOA)

(Monteiro Lobato)

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé do formigueiro. Só

parava quando cansadinha; e seu divertimento era observar as formigas na eterna faina de

abastecer as tulhas.

Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados,

passavam o dia cochilando nas tocas. A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e

metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.

Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu:

tique, tique, tique.

Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.

— Que quer? − perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.

— Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...

A formiga olhou-a de alto a baixo.

— E que fez durante o bom tempo que não construí a sua casa?

A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.

— Eu cantava, bem sabe...

— Ah!... − exclamou a formiga, recordando-se. — Era você então que cantava nessa

árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?

— Isso mesmo, era eu...

— Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria

nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que

felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa

durante todo o mau tempo.

A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.

Do livro: LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1994.

Após a leitura das fábulas, é interessante conhecer também a fábula em forma de poema,

para que o conhecimento não fique limitado à fábula em prosa.

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Texto 4 - SEM BARRA (versão poética de José Paulo Paes)

Enquanto a formiga Carrega a comida Para o formigueiro, A cigarra canta, Canta o dia inteiro.

A formiga é só trabalho. A cigarra é só cantiga.

Mas sem a cantiga da cigarra que distrai da fadiga, seria uma barra o trabalho da formiga.

PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo: Ática, 1989.

http://bibliotecaucs.wordpress.com/2011/04/21/troca-de-livros-no-skob/

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Texto 5 - A FORMIGA E A CIGARRA (Autor desconhecido)

Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono

a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não

aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem do bate papo com os amigos

ao final do trabalho tomando uma cervejinha. Seu nome era “trabalho” e seu sobrenome,

“sempre”.

Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares

da cidade; não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou,

aproveitou o sol, curtiu para valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.

Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava

começando.

A formiguinha, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela e aconchegante

toca repleta de comida. Mas alguém chamava por ela do lado de fora da toca. Quando

abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu: sua amiga cigarra estava

dentro de uma Ferrari com um aconchegante casaco de vison.

E a cigarra disse para a formiguinha:

— Olá amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você poderia cuidar da

minha toca?

E a formiguinha respondeu:

— Claro, sem problemas! Mas o que lhe aconteceu? Como você conseguiu dinheiro

para ir a Paris e comprar esta Ferrari?

E a cigarra respondeu:

— Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um

produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer shows em

Paris... A propósito, a amiga deseja algo de lá?

Respondeu a formiguinha:

— Desejo sim. Se você encontrar um tal de La Fontaine por lá, mande ele ir para

a...

Moral da história: Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em

demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine e ao seu patrão.

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LENDO E CONFRONTANDO

Atividade - 1

a) Agora é um bom momento para confrontar as várias versões da fábula “A cigarra e a

formiga” e analisar os diferentes contextos históricos. Em grupo, comente sua opinião a

respeito das informações trazidas pelas diferentes versões das fábulas lidas.

b) Após a leitura das fábulas em diferentes versões tradicionais e modernas, respondam

quais são as semelhanças e as diferentes desconstruções e reconstruções da moral de cada

fábula.

c) Faça uma pesquisa sobre a biografia dos autores dos textos 3 e 4 das fábulas desta

unidade e apresente a turma.

d) Em grupo, escolha uma fábula e faça a leitura dramatizada.

APRENDENDO MAIS COM AS FÁBULAS

Atividade - 2

a) Qual seria o propósito de Esopo ao narrar esta fábula? Assinale a alternativa correta.

( ) Fazer as pessoas desistirem de cantar e dançar.

( ) Recomendar às pessoas a fazer o que é essencial para elas mesmas, para não cair em apuros mais tarde.

( ) Persuadir as pessoas de que não se deve ser egoísta.

( ) Levar as pessoas a perceberem que não se deve dar importância ao trabalho.

( ) Conscientizar as pessoas de que, para viver bem, precisamos de reservas seguras.

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b) Leia e compare as duas primeiras versões da fábula “A cigarra e a formiga” e procure descobrir as semelhanças e as diferentes intenções que estão por trás de cada fábula. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Cite o trecho da fábula que mostra a preocupação que a formiga apresenta com o dia de amanhã.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) Temos o hábito de atribuir aos animais características humanas, por meio de comparação. Observe o exemplo e responda:

● cordeiro: manso, indefeso, ingênuo;

● formiga:____________; _____________;_______________;

● cigarra:_____________; _____________;_______________;

ANALISANDO A FÁBULA EM FORMA DE POEMA

Atividade - 3

a) O autor reescreveu a fábula a sua maneira, mostrando uma nova forma de contar. Que tipo de texto ele produziu? Quais as características observadas no texto?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) O autor modificou somente a forma ou alterou o conteúdo da fábula?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Quantas estrofes e quantos versos contêm a versão poética de José Paulo Paes?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) No poema de José Paulo Paes, o canto da cigarra integraliza o trabalho da formiga, mas nas versões tradicionais, o canto da cigarra é contrário ao trabalho da formiga. Marque um X na resposta correta.

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● Na versão do poeta podemos concluir que:

( ) O trabalho do artista não apresenta nenhum valor diante dos demais trabalhos.

( ) O trabalho do artista é tão valioso quanto qualquer outro trabalho.

e) Como você diferencia a forma da fábula “A cigarra e a formiga” na versão de La Fontaine e de José Paulo Paes? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

CONSTRUINDO SUA OPINIÃO

Atividade - 4

a) Você concorda com o acolhimento que a formiga concedeu à cigarra? Descreva a atitude da formiga apresentada na fábula de Monteiro Lobato. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) As fábulas “A cigarra e a formiga” de Esopo e a “A formiga boa” de Monteiro Lobato são parcialmente semelhantes. A partir de que trecho elas ficam diferentes?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Para alguns, o artista é visto como uma pessoa de “vida boa”, comparando a cigarra com os artistas, em qual das versões o trabalho do artista é visto dessa maneira?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) Em qual das versões o artista é apreciado e tem seu trabalho valorizado? Retire do texto o trecho que comprove sua resposta. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

e) Após a leitura das diferentes versões das fábulas e a realização das atividades propostas, cite a fábula de que você mais gostou e justifique por quê. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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6 UNIDADE – III

PREPARANDO A REESCRITA – CONSTRUINDO, DESCONSTRUINDO E

RECONSTRUINDO OS SENTIDOS EXISTENTES NO TEXTO.

A fábula “O cordeiro e o lobo” de La Fontaine foi recontada por Monteiro Lobato, no

livro Fábulas. O livro apresenta, após cada descrição, um comentário das personagens do

Sítio do Pica-pau Amarelo referente à história que ouviram. Faça a leitura do comentário

dessa fábula:

Estamos diante da fábula mais famosa de todas — declarou Dona Benta.

Revela a essência do mundo. O forte tem sempre razão. Contra a força não há

argumentos. Mas há esperteza! — berrou Emília. Eu não sou forte, mas ninguém me vence.

Por quê? Porque aplico a esperteza. Se eu fosse esse cordeirinho, em vez de estar

bobamente a discutir com o lobo, dizia:

“Senhor Lobo, é verdade, sim, que sujei a água desse riozinho, mas foi para

envenenar três perus recheados que estão bebendo ali embaixo”.

E o lobo com água na boca: “Onde?” E eu, piscando olho: “Lá atrás aquela moita!”

E o lobo ia ver e eu sumia...

— Acredito, murmurou Dona Benta. E depois fazia de conta que estava com uma

espingarda e, pum! Na orelha dele, não é? Pois fique sabendo que estragaria a mais bela e

profunda das fábulas. La Fontaine a escreveu dum modo incomparável. Quem quiser saber

o que é obra-prima, leia e analise a sua fábula do Lobo e do Cordeiro. (LOBATO, Monteiro.

Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1994. p.42-43).

Atividade - 1

a) Seguindo o exemplo de Emilia tente reescrever a fábula, dando a ela

um final diferente.

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albumseriado.blogspot.com/2009/05/aprendendo-se-comunicar-oralmente-dos-6.htm

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R E F A B U L A N D O

Atividade - 2

a) Leia a fábula “A raposa e as uvas”, na versão de La Fontaine, e reconte-a utilizando as

suas próprias palavras.

b) Consulte o dicionário para buscar o significado das palavras menos conhecidas.

Certa raposa astuta, normanda ou gascã, quase morta de fome, sem eira

nem beira, andando à caça, de manhã, passou por uma alta parreira, carregada de

cachos de uvas bem maduras.

Altas demais — não houve impasse:

“Estão verdes... já vi que são azedas, duras...”

Adiantaria se chorasse?

FONTAINE, Jean La. Fábulas de La Fontaine. Belo Horizonte: Itatiaia, 1992. p. 211.

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PRODUZINDO UMA FÁBULA

Atividade - 3

a) Organize, junto com o professor e os colegas, uma lista de animais, caracterizando-os de

acordo com a natureza própria de cada um. Agora, é só escolher os bichos que farão parte

de sua história, cuidando para representá-los de acordo com suas características, ou

inventando-as para obter um efeito de humor. A moral deve ser acrescentada ao final.

OBSERVAÇÃO: Siga o exemplo do quadro abaixo, observando as características

apresentadas aos animais, facilitando assim, a reescrita do seu texto.

ANIMAL CARACTERÍSTICAS ASSUNTO DA FÁBULA Leão Beleza, força, liderança Rei das selvas é salvo por

um ratinho. Raposa Astuta, ladra, traiçoeira Raposa que tentou roubar

as lindas uvas. Formiga Trabalhadeira, organizada Pavão Exibicionista, vaidoso Cachorro Caçador, guardião, fiel Tartaruga Experiência, sabedoria Rato Lebre Outros Animais

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ELABORANDO A COLETÂNEA

http://annacrafts.wordpress.com

Atividade - 4

a) A coletânea de fábulas será elaborada através da reescrita dos alunos. Eles farão a

reescrita de qualquer fábula, buscando o auxílio do professor no momento da reestruturação

dos textos, usando adequadamente os recursos linguísticos e textuais próprios do gênero

textual fábula.

Após essa atividade, o professor fará a averiguação final e organizará a produção dos

alunos em uma coletânea, a fim de que os mesmos percebam o valor do trabalho realizado e

possam demonstrar que “leitura” é muito mais que decodificar signos, mas compreender e

atribuir significados.

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7 AVALIAÇÃO DOS ALUNOS

Os alunos serão avaliados continuamente, a cada unidade estudada serão

propostas atividades diversificadas, as quais proporcionarão possibilidades diferenciadas de

avaliação para que os alunos possam desenvolver o conhecimento de forma autônoma e

crítica, mediante os conteúdos estudados.

Assim, espera-se a participação e o interesse dos alunos durante todo o processo

de implementação do projeto para que realmente ocorram mudanças significativas na

aprendizagem.

8 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR

Para aqueles que acreditam na EDUCAÇÃO...

A leitura é vista como uma prática pedagógica desafiadora, o drama maior é de

quem atua no processo de ensino-aprendizagem. A proposta é fazer com que os alunos

percebam o valor do trabalho realizado e possam demonstrar que “leitura” é muito mais que

decodificar signos, mas compreender e atribuir significados, dessa forma ao término desse

trabalho, espera-se alcançar, além dos objetivos propostos, uma maior conscientização em

relação à prática da leitura fazendo com que a mesma se torne presente em nossas vidas

desde o momento em que começamos a “compreender” o mundo à nossa volta, no constante

desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo

sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato

com um livro, enfim, em todos estes casos estamos de certa forma lendo, embora, muitas

vezes não nos demos conta.

A todos aqueles que poderão usufruir desse material, que o desenvolva com

compromisso e responsabilidade, para que, mesmo diante das dificuldades enfrentadas no

dia a dia seu resultado seja positivo, e que o aluno, nosso maior alvo, seja atingido com um

conhecimento significativo e uma educação de qualidade. A você Professor, um bom

trabalho!

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9 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO

Este material didático é fruto de muito trabalho, pesquisa e um estudo

aprofundado através de discussões e reflexões oportunizadas pelo PDE (Programa de

Desenvolvimento Educacional) que, em parceria com a Instituição de Ensino Superior UEL

(Universidade Estadual de Londrina), possibilitou-me momentos de interação e

transformação sobre o fazer pedagógico, embora sendo um material simples, espera-se que

possa trazer subsídios que auxiliem a prática pedagógica de todos aqueles que possam

usufruir dele.

É um trabalho voltado ao aluno, o qual proporcionará uma interação crítica,

constante e transformadora mediante as diversas atividades ofertadas durante todo o

processo de implementação.

A cada unidade proposta o aluno terá possibilidades diversificadas de conduzir

seus conhecimentos de forma significativa, oportunizando maior compreensão e provocando

mudanças. Com isso, almeja-se que, o que está exposto sirva para contribuir com melhorias

na qualidade da Educação.

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REFERÊNCIAS

BAGNO, Marcos. Fábulas fabulosas. In: CARVALHO, F. A. M.; MENDONÇA, H. R. (Org.). Salto para o futuro: práticas de leitura. Brasília: Ministério da Educação, 2006. p. 51-53. BAKHTIN, Mikhail Mikhailovitch. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1988. BATISTA, Michele Marques. Troca de livros no Skob. abr. 2011. Disponível em: <http://bibliotecaucs.wordpress.com/2011/04/21/troca-de-livros-no-skob/>. Acesso em: 12 jun. 2011. 50 Livros de graça. Maio 2011. Disponível em: <http://annacrafts.wordpress.com/>. Acesso em: 12 jul. 2011. COLOGNESE, R.M. Revisitando as fábulas. Projeto Folhas. Disponível em: <WWW.diaadia.pr.gov.br>. Acesso em: 25 maio 2011. ESOPO. Fábulas completas. Tradução de Neide Smolka. São Paulo: Moderna, 1994. ______. Fábulas de Esopo. 1995. Disponível em: <WWW.diaadiaeducação.pr.gov/portals/pde.>. Acesso em: 25 maio 2011. FARJALLAT, Célia Siqueira. Fábulas. 2010. Disponível em: <http://zelmar.blogspot.com/2010/09/fabulas.html>. Acesso em: 12 jun. 2011. FASCÍCULO das fábulas. Ago. 2010. Disponível em: <http://leresaberfranke2010.blogspot.com/2010/08/fasciculo-das-fabulas.html>. Acesso em: 12 jun. 2011. FERNANDES, Luisa M. M. As crianças e a fábula. mar. 2011. Disponível em: <http://acalantobh.blogspot.com/2011/03/as-criancas-e-fabula.html>. Acesso em: 12 jun. 2011. GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. São Paulo: Ática, 2003. (Série Princípios). KLEIMAN, Angela. A concepção escolar da leitura: oficina de leitura (teoria e prática). São Paulo: Pontes Editores, 1993. Disponível em: <http://www.colegiosantamaria.com.br/santamaria/aprendamais/artigos/A Importância da Leitura>. Acesso em: 11 mar. 2011. LA Fontaine e suas fábulas. 2007. Disponível em: <http://volperine.multiply.com/journal/item/185>. Acesso em: 12 jun. 2011. LA FONTAINE, J. Fábulas de La Fontaine. Tradução de Milton Amado e Eugênio Amado. Belo Horizonte: Itatiaia, 1989. 2 v.

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______. Fábulas de La Fontaine. Belo Horizonte: Itatiaia, 1992. ______. Fábulas de La Fontaine. Rio de Janeiro: Matos Peixoto, 1965. LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1994. Disponível em: <http://www.entrelinhas.unisinos.br.>. Acesso em: 26 jun. 2011. PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo: Ática, 1989. PREDEBON, Elenara. Aprendendo a se comunicar oralmente - dos 6 meses aos 8 anos. maio 2009. Disponível em: <http://albumseriado.blogspot.com/2009/05/aprendendo-se-comunicar-oralmente-dos-6.html>. Acesso em: 12 jun. 2011. SILVA, Ezequiel Theodoro da. Conferências sobre leitura: trilogia pedagógica. 2. ed. Campinas/SP: Autores Associados, 2005. VAZ NUNES. O leão e o rato. Disponível em: <http://www.escolovar.org/fabulas4_leao.rato.htm>. Acesso em: 12 jun. 2011.