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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

ATUALIZAÇÃO DE PLANOS

DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CURSO

Facilitadora: Andréa Galdino

O Curso

Curso direcionado a gestores e técnicosdas Secretarias de Assistência Social oucongêneres e Conselheiros deAssistência Social, tem como objetivo:capacitar diferentes atores envolvidos naformulação dos Planos de AssistênciaSocial nos conhecimentos, metodologiase procedimentos aplicáveis ao processode sua elaboração, monitoramento eatualização.

Objetivos:• compreender o conceito e a prática de

planejamento estatal no contexto daconstrução de políticas públicas

• compreender e diferenciar os modelosde planejamento aplicados às políticaspúblicas

• compreender o ciclo orçamentário nocontexto do planejamento e da Políticade Assistência Social.

Modulo IPLANEJAMENTOE POLÍTICADE ASSISTÊNCIASOCIAL

Vídeo

História da Assistência Social no Brasilhttps://www.youtube.com/watch?v=qPE5MdntV2Y

Perguntas norteadoras/ Debate Coletivo.

Exercício

Regulamentada em 1993 a Lei Orgânica daAssistência Social (LOAS):

• Dever do estado e direito do cidadão:primazia da responsabilidade do Estado

• Estrutura descentralizada e democrática

• Cofinanciamento pelos três níveis degoverno

• Conselho, Plano e Fundo como elementosfundamentais de gestão

BREVE HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

A IV Conferência Nacional de Assistência Social,realizada em 2003, em Brasília, deliberou sobrea construção e implementação do Sistema Únicode Assistência Social - SUAS, que representa aconsolidação da estrutura descentralizada,participativa e democrática, e a constituição deuma rede nacional de proteção social.

Com base nesta deliberação o Ministério doDesenvolvimento Social e Combate à Fome e oConselho Nacional de Assistência Socialelaborou e publicou a Política Nacional deAssistência Social em outubro de 2004.

BREVE HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

• Municípios classificados por porte: PequenoPorte I - até 20.000 habitantes / Pequeno PorteII - de 20.001 a 50.000 habitantes / Médio Porte– de 50.001 a 100.000 habitantes / Grande Porte- de 100.001 a 900.000 habitantes / Metrópole -mais de 900.000 habitantes

• Princípios norteadores: territorialização, amatricialidade sociofamiliar e aintersetorialidade.

• Serviços socioassistenciais organizados emníveis de proteção: básica e especial, sendo aespecial dividida em média e alta complexidade.

Política Nacional de Assistência Social emoutubro de 2004:

NOB SUAS

NOB RH

Implantação de equipamentos em todo territórionacional

Tipificação dos Serviços

Equipes de Referência

Vigilância Socioassistencial

Plano Decenal

Pacto de Aprimoramento de Gestão

Avanços técnicos e normativos, assegurando ainstitucionalidade da Politica de AssistênciaSocial:

O que é planejamento?

Vídeo

Foco na Tarefa x Foco no Resultadohttps://www.youtube.com/results?search_query=foco+na+tarefa+x+

foco+no+resultado

• O planejamento é uma característica inerente àatividade humana. A mais simples tarefa de sairdiariamente para o trabalho exige desde adivisão do tempo entre as rotinas domésticas,de higiene pessoal, alimentação e escola dosfilhos até a opção pelo meio de transporte a serutilizado, a definição do trajeto e previsão depossíveis imprevistos com o trânsito.

• A organização do dia-após-dia é comum a todotipo de pessoas. Sejam agricultores, donas decasa, viajantes ou gente que adota modelosmais alternativos de vida. O hábito dos dias e opercorrer do calendário, que pode parecercondição automática, exige do ser humano umcomplexo exercício de premeditação, deorganização prévia, de controle e distribuiçãodos recursos disponíveis.

• O vivente do cotidiano é sim um gerenciador detarefas, de tempo, de recursos, de riscos eimprevistos. É especialmente o gestor deobjetivos e ambições mais particulares. Omovimento do dia a dia não acontece sempropósito. Cada qual, independente da ordemde grandeza, decide sobre o seu pódio dechegada, a sua meta pessoal e as suas própriasestratégias.

Portanto, ao discutir os conceitos e metodologiasde planejamento, deve-se considerar inicialmenteque esse é um tema com o qual todos já têmafinidade.

Você é um(a) planejador(a)!

• O planejamento no ambiente institucional ou naimplementação de políticas públicas parte dosmesmos princípios já conhecidos e praticados portodos, entretanto está submetido a um conjunto denormas e códigos exatamente por tratar de questõesque transcendem a decisão particular.

• Em via de regra envolve um conjunto de atores comvisões e expectativas diversas e uma infinidade defatores políticos-institucionais que norteiam oprocesso de tomada de decisão e regulam da práticacotidiana comum, cuja responsabilidade por seuêxito, passa a ser de uma coletividade, e não mais doindivíduo em seu universo pessoal.

• Neste contexto, o planejamento caracteriza-se comoferramenta de trabalho utilizada por um conjunto deatores envolvidos para tomar decisões e organizarações de modo a promover as transformaçõesdesejadas na realidade da instituição ou dasociedade.

“É o cálculo que precede e preside a ação”.

(Carlos Matus, 1985)

“É o processo sistemático e ordenado de tomada de decisões”.

(Sergio Buarque, 1999)

“O planejamento envolve a utilização do conhecimento para modelar uma trajetória futura. Planejar é construir

o futuro desejado e não se deixar ser arrastado pelos acontecimentos”.

(Carlos Matus, 1985)

Um elemento fundamental na conceituação doplanejamento é a sua compreensão enquanto processo.O produto de um processo de planejamento é o plano.Não se deve confundi-los.

O plano é um instrumento de orientação que reúne asconclusões do processo de planejamento. É um compostode várias declarações. Declarações estas que buscamdefinir com a maior precisão possível o que se pretendeexatamente e como alcançar o proposto.

O processo de planejamento proporciona a participação ea aprendizagem a todos os envolvidos e promove apactuação de um projeto coletivo mediante a tomadaconjunta de decisão.

Nesse sentido, o processo é mais importante que oproduto!!

PLANEJAMENTO É PROCESSO!

Planejamento é Processo

Plano é Produto

• Os modelos de planejamento são metodologias para aelaboração dos planos.

• No planejamento tradicional, de caráter normativo,durante muito tempo utilizado no planejamentogovernamental, o ator mais importante é o formulador,indivíduo que detém conhecimento técnico e trabalha aserviço dos que têm poder de decisão.

• Entre várias metodologias de planejamento, o Cadernodo Cursista destaca o Planejamento EstratégicoSituacional (PES) idealizado por Carlos Matus, a partir daanálise das experiências do planejamento normativo naAmérica Latina. Matus acreditava que o planejamentoera a expressão da liberdade conquistada pelosindivíduos de escolher seu futuro. Pois planejar é criar ofuturo e não ser arrastado pelos acontecimentos.

• Este prevê a participação de diferentes agentes,considerando a importância dos diferentes saberes, enão só o conhecimento técnico.

MODELOS DE PLANEJAMENTO

Do Normativo

Ao Participativo

Resultado dos avanços no processo de democratização

• Abrange um conjunto de metas e atividades queremete à operação propriamente dita. Indica quaisatividades serão realizadas no período, seusrespectivos cronogramas, profissionais responsáveis erecursos disponíveis.

• É comum que as instituições possuam plano anual detrabalho. É também recorrente que as equipes sereúnam com seus coordenadores diretos para traçarplanos de ação periódicos - trimestrais, bimestrais,mensais etc. - assim como também avaliar os êxitos eas dificuldades do período anterior como forma deplanejar o período seguinte.

• Normalmente adota-se a forma de matrizes , tabelasou planilhas

• É um importante instrumento de gestão de curto emédio prazo. Tem caráter dinâmico ondefrequentemente ocorrem mudanças ereplanejamentos.

EXPRESSÕES MAIS USUAIS DO PLANEJAMENTO

Planejamento Operacional - Executivo

• Utiliza projeções de tendências para o futuro,baseadas em dados históricos e atuais.

• Elege temas prioritários, de maior impacto paraa instituição, projeto ou política.

• Envolve a definição de objetivos e projetosestratégicos e tem seus próprios planosoperacionais.

• Ele é voltado operacionalização de estratégias.

• Trata sempre de período de tempo maior.

• Não substitui outros planos e deve serimplementado de forma concomitante. Emgeral, os outros planos se orientam por suasopções estratégicas. É o instrumento mestrenuma gestão estratégica.

EXPRESSÕES MAIS USUAIS DO PLANEJAMENTO

Planejamento Estratégico

O planejamento envolve um ciclo básico dedesenvolvimento.

São inúmeras as metodologias e ferramentas àdisposição. Mas, quase sem exceção, todas elasorientam-se para que perguntas essenciaissejam respondidas na forma de plano.

1. Qual o estado atual da realidade sobre aqual se planeja intervir?

2. Qual o futuro desejado?3. Quais os obstáculos, potencialidades e

oportunidades?4. Quais os meios disponíveis e necessários

para que o projetado seja possível?

O CICLO DO PLANEJAMENTO

Qual a realidade

atual?

Qual a realidade desejada?

Como vamos

chegar lá?

Processo cíclico e ininterrupto de planejamento onde a realidade desejada se converte em realidade

atual a cada renovação de ciclo

Um processo de planejamento se dá sempre numcontexto de mudança. Obviamente de umasituação original para uma situação melhoradaatravés do enfrentamento de problemas eaproveitamento de oportunidades.

Conhecer a situação original, realizar um precisodiagnóstico da realidade atual sobre a qual seplaneja uma ação interventiva é o para adeflagração do processo de planejamento.

Alguma das metodologias de planejamento maisutilizadas referem-se a esse momento comoAnálise de Ambiente, Análise de Cenário, ouEstudo de Contexto ou simplesmente Diagnóstico.

PLANEJAMENTONUM CONTEXTODE MUDANÇA

Ao se concluir a etapa de diagnóstico, avança-seno ciclo rumo à definição da realidade desejadapor meio da formulação de objetivos. É comuma utilização dos termos objetivo geral e objetivosespecíficos.

Para alcançar os objetivos propostos rumo àrealidade desejada, apontam-se um conjunto demeios tais como, estratégias, metas, ações,atividades e indicadores de desempenho.

A presença de um ou outro destes elementos,assim como a posição que ocupam no conjuntodo plano, é variável conforme o métodoescolhido. Da mesma forma a terminologia econceitos utilizados.

O envolvimento de uma coletividade nainterpretação de uma dada realidade e numprocesso de tomada de decisão conferedimensões técnica e política ao planejamento.

Dimensão Técnica

O caráter técnico do planejamento revela-sequando o mesmo se configura como uminstrumento de organização ação interventiva,quando sistematiza o conjunto das informaçõesinstitucionais, quando zela pelo tratamentotécnico e científico dos dados e quando, a partirdestes, subsidia a tomada de decisões.

PLANEJAMENTO EPODER

O planejamento manifesta seu aspecto políticoquando se traduz enquanto instrumento denegociação e pactuação de interesses, enquanto sepropõe ferramenta de suporte ao processo de escolhase tomada de decisões, enquanto comunica e expressaa opção política dos atores que planejam.

A dimensão política do planejamento refere-setambém a sua estreita relação com as estruturas depoder numa instituição ou na sociedade. Nestesentido, o planejamento PODE-SE REVELAR COMO AEXPRESSÃO DE UM AMPLO PROCESSO PARTICIPATIVOE DEMOCRÁTICO OU COMO A DECLARAÇÃO DE UMAHEGEMONIA OU VONTADE DOMINANTE.

A percepção do planejamento enquanto “síntesetécnico-política” (Buarque, 1999) é determinante paraa compreensão plena de sua matriz conceptiva

Dimensão Política

Conhecimento da realidade

Tomada de decisão

Execução

Monitoramento

e

Avaliação

EngrenagemPolítica

• Para melhor conhecer a realidade

• Para melhorar a compreensão e aprendizagem

• Para ampliar e fortalecer capacidades

• Para estimular a participação e o controle social

• Para democratizar a tomada de decisão

• Para conciliar interesses

• Para tomar decisões acertadas

• Para organizar a operacionalização das ações

• Para perceber e corrigir desvios e problemas

• Para prevenir riscos

• Para melhorar a comunicação intra einterinstitucional e com o usuário

Para transformar a realidade!!

ENTÃO, PARA QUEPLANEJAR?

Identificar os elementos deplanejamento no Texto “Cem diasentre céu e mar” do navegador AmyrKlink.

Exercício

1. O importante é ser hábil e competente paraenfrentar situações de risco no mar.

2. Navegar com segurança e chegar ao destino deacordo com o desejado exige um cauteloso esuficiente processo de planejamento.

3. Ao atravessar oceanos o ideal é escolher otrajeto mais curto, independente dos riscos.

4. O estudo das correntes marítimas e dos ventos éque definem o melhor trajeto.

5. O estudo prévio ocupa demasiadamente otempo que deveria ser dedicado exclusivamenteà viagem.

6. Se o barco não for forte e potente o suficiente, aviagem não deve ser realizada.

Verdadeiro ou Falso?

O planejamento governamental é a atividadeque, a partir de diagnósticos e estudosprospectivos, orienta as escolhas de políticaspúblicas.

Historicamente, o Brasil teve momentos distintos de realizar o planejamento governamental, começando pela fase em que planejar era privilégio da tecnocracia, depois evoluiu para o modo normativo e, posteriormente, para o momento atual, de forma estratégica e participativa.

PLANEJAMENTOGOVERNAMENTAL E OCICLO DE GESTÃO DEPOLÍTICAS PÚBLICAS

POLÍTICAS PÚBLICASSão aquelas que requerem a participação ativa do Estado, sob o controle da sociedade, no planejamento e execução de procedimentos emetas ,voltados para a satisfação de necessidadessociais (PEREIRA, 2008, p. 173).

A sociedade brasileira produziu relevantes mudançasquando lutou pela democratização e pelos direitossociais para todos os seus cidadãos, o queposicionou o Estado no papel de ser o viabilizadordas necessidades e demandas sociais da população.

A sociedade demonstrou sua vocação participativanos temas que afetam suas condições de vida,explicitando sua “pluralidade da representaçãopolítica e a intensa mobilização que ocorre nasociedade brasileira com vista à promoção e à defesade seus particulares interesses” (REZENDE, 2010, p.32).

A política de assistência social no Brasil é uma política setorial quese constituiu como política pública a partir da luta pela democratização e

pela conquista dos direitos sociais, materializada na Constituição Federal de 1988 e vem avançando na formulação de planos para ampliar o

profissionalismo e transparência na gestão da coisa pública.

A aliança entre o conhecimento no uso da estratégia deplanejamento e a capacidade política dos governos énecessária para o alcance dos propósitos emanados dasdiretrizes e objetivos da Política de Assistência Social.

Torna-se importante considerar, nos processos deplanejamento, as especificidades advindas da densidadedemográfica e portes dos municípios, mas não só,devem-se considerar também aspectos vinculados àruralidade, ao mundo urbano; às especificidadesregionais; características de grupos populacionais, alocalização (fronteiras, áreas de desastres ecológicos)dentre outros.

O planejamento está inserido em todas as etapas doCICLO DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. Este ciclo écomposto por fases que correspondem a momentosespecíficos e ao mesmo tempo, interdependentes,requeridos para a efetivação das políticas públicas.

CICLO DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS(Caderno doCursista)

Definição da Agenda

Formulação das

Alternativas

Tomada de Decisão

Implementação

Avaliação dos Resultados

I. Definição da agenda: etapa na qual um problemaadquire relevância política, tal que passará a receberatenção prioritária dos gestores públicos. São várias asquestões de políticas públicas, mas apenas algumas setornam problemas de políticas públicas, ou seja, entramna agenda. A definição do problema, quando entra naagenda, tem impactos diretos sobre as alternativas e assoluções que a ele serão apresentadas.

II. Formulação das alternativas: etapa que consiste nadefinição das alternativas possíveis de tratamento doproblema, conforme os objetivos a serem alcançados eos meios disponíveis para a solução do problemaidentificado. Envolve, pelo menos, uma avaliaçãopreliminar sobre os custos e benefícios das várias opçõesde ação disponíveis, assim como uma avaliação daschances do projeto se impor na arena política.

ETAPAS DO CICLO DE GESTÃO DEPOLÍTICAS PÚBLICAS

III. Tomada de decisão: etapa em que se adota uma ou umconjunto de alternativas possíveis, ponderandoexpectativas de resultados e custos para sua obtenção,segundo os meios a serem empregados. Normalmenteprecedem ao ato de decisão processos de conflito e deacordo envolvendo os atores mais influentes na política ena administração.

IV. Implementação: etapa em que se procede à execuçãodas ações planejadas para a consecução dos objetivosdelineados. A implementação estabelece a conexão entrea intenção do planejamento e o resultado alcançado.Nesta etapa se põe à prova a qualidade da decisão tomadae sua adequação ao mundo do possível. No momento daimplementação surgem os obstáculos, previstos ou não, àexecução do planejado, exigindo desenvoltura e liderançados gestores para superá-los. Durante a implementação,surgem problemas menores, relativas à formulação dasalternativas e de tomada de decisão, que podem “subir”para os tomadores de decisão, mas muitas vezespermanecem no nível dos implementadores.

V. Avaliação dos resultados: etapa em que se apreciam osresultados e os impactos produzidos pelo programa. Busca-severificar o atendimento e o não atendimento dos resultadosesperados, assim como os efeitos colaterais indesejados, visandodeduziras ações necessárias daí em diante: seja a suspensão da política,seja sua modificação ou manutenção. Trata-se de uma fase deimportante aprendizagem (BRASIL, 2013 a, p. 67).

A sistematização do ciclo de gestão de políticas públicas permitea compreensão da dimensão do trabalho a ser realizado para aconsecução da política de assistência social. Para esteplanejamento, na perspectiva estratégica e participativa, váriosatores são partícipes, configurando-se em um processo queenvolve a interação de muitos agentes, com diferentesinteresses. Faz parte deste processo a presença de movimentosde apoios, assim como de resistências, repleto de avanços eretrocessos, e com acontecimentos não necessariamente nasequência esperada e não plenamente antecipáveis (JANNUZZI,2013).

• O ciclo de planejamento posiciona-se comoinstrumento de relevância extrema naorganização da oferta de serviços, benefícios eprogramas da assistência social, desde a suaconcepção e acompanhamento, até definiçãode sua base metodológica.

• É um poderoso meio de promover a amplaparticipação e engajamento, dos diversossegmentos da sociedade, em processos dereconhecimento e reflexão acerca darealidade, de decisão coletiva sobre os rumosda política e, especialmente, de seu controle eacompanhamento.

• É também um poderoso instrumento decomunicação e de divulgação das prioridades ecompromissos de um governo para com apopulação pobre e vulnerável em dadoterritório.

Todo gasto no âmbito público com açãoou benefício governamental paracidadãos deve ser precedido deelaboração e aprovação de marcosnormativos e legais específicos, além daaprovação dos Conselhos.

Lembrando!

• O orçamento público, em sentido amplo, é umdocumento legal, aprovado por lei, contendo aprevisão de receitas e a estimativa de despesasa serem realizadas por um Governo em umdeterminado exercício.

• Inicia- se com um texto elaborado pelo PoderExecutivo e entregue ao Poder Legislativo paradiscussão, aprovação e conversão em lei. Odocumento contém a estimativa de arrecadaçãodas receitas (federais, estaduais e municipais)para o ano seguinte e a autorização para arealização de despesas do Governo.

• O orçamento público é um instrumentoestratégico de planejamento das ações doEstado.

INSTRUMENTOS DEPLANEJAMENTOORÇAMENTÁRIO:

PPA, LDO ELOA

• A elaboração destes instrumentos (PPA, LDO eLOA) é de iniciativa privativa do Chefe do PoderExecutivo, de acordo com o art.165 daConstituição Federal de 1988.

• Após a sua elaboração, o Chefe do Executivo(Presidente do País, Governador dos Estados ePrefeitos dos Municípios) encaminha para opoder Legislativo (Congresso Nacional,Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores)fazer a sua apreciação e aprovação, quando oorçamento passará a ser Lei, sancionada pelochefe do respectivo governo.

• O acompanhamento e fiscalização deste ciclo deplanejamento deve ser feita pela sociedadeorganizada, sendo este um dos papeis centraisdos Conselhos das Políticas Públicas, no nossocaso, o da Assistência Social.

•Instrumento-mestre de planejamento na gestãopública

•Exigência constitucional

•Sua elaboração e aprovação está incluída no cicloorçamentário

•Tem vigência do segundo ano de um mandato até ofinal do primeiro ano do mandato seguinte.

•Anualmente é submetido a revisões.

•Só é possível realizar ações desde que nele previstas,orçadas e aprovadas.

•Existe uma margem de flexibilidade onde um pequenopercentual de orçamento pode ser transferido(suplementado) de uma ação à outra

•É dividido em planos . Cada órgão tem a sua seção:objetivos, metas, programas, ações, projetos,atividades, recursos e fontes de financiamento.

•O PPA revela as intenções e prioridades de umgoverno.

Plano Plurianual

(PPA)

•Integra o ciclo orçamentário e é também umaexigência constitucional

•É elaborada anualmente pelo poder executivo eaprovada pelo poder legislativo

•Estabelece o planejamento, as metas e prioridades asprioridades do governo para o próximo ano.

• Ela orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual,baseando-se no que foi estabelecido pelo PlanoPlurianual. Ou seja, é um elo entre esses doisdocumentos.

• A LDO serve como um ajuste anual das metascolocadas pelo PPA. Algumas das disposições da LDOsão: reajuste do salário mínimo, quanto deve ser osuperávit primário do governo para aquele ano, eajustes nas cobranças de tributos.

•Enquanto o PPA é um documento de estratégia, pode-se dizer que a LDO delimita o que é e o que não épossível realizar no ano seguinte.

Lei de DiretrizesOrçamentárias(LDO)

•As revisões anuais do PPA estão expressas naLOA.

•Ênfase nos aspectos financeiros e físicos(metas).

•Estima as receitas e autoriza as despesas dogoverno de acordo com a previsão dearrecadação.

•Se durante o exercício houver necessidade dedespesas acima do limite, o poderexecutivo submete ao legislativo um novoprojeto de lei solicitando crédito adicional.

•Visa concretizar os objetivos e metaspropostas pela política governamental eestabelecidas no PPA, segundo as diretrizesestabelecidas pela LDO.

Lei OrçamentáriaAnual (LOA)

Ciclo Orçamentário

PPA: diretrizes, objetivos e metas,

programas, ações e atividades. Validade de 04 anos

LDO: Metas, prioridades, parâmetros de

arrecadação e gasto. Validade de01 ano

LOA: Recursos necessários para executar o

PPA e LDO. Valores, categorias de despesa, fontes de financiamento. Validade de01 ano

Todos os governantes brasileiros deverão inserirem suas peças orçamentárias as políticas públicaspara a área de Assistência Social, conformeprevisto em seus principais normativos – PNAS,NOBSUAS 2012.

Para que as ações de Assistência Social sejamimplementadas precisam estar contempladas noPPA, na LDO e na LOA.

A Política Nacional de Assistência Social (PNAS),determina que o PPA, a LDO e a LOA contemplema apresentação dos programas e das ações,considerando os níveis de complexidade dosserviços, programas, projetos e benefícios,alocando-os como sendo de proteção social básicae proteção social especial de média e/ou de altacomplexidade (BRASIL, 2004, p. 120).

ARTICULAÇÃO DOSINSTRUMENTOS DEPLANEJAMENTO COMA POLÍTICA DEASSISTÊNCIA SOCIAL

O orçamento da Assistência Social deverá ser inserido naproposta de L ei Orçamentária, na função 08 – AssistênciaSocial, sendo os recursos destinados às despesas correntes ede capital relacionadas aos serviços, programas, projetos ebenefícios governamentais e não-governamentais alocadosnos Fundos de Assistência Social (constituídos como unidadesorçamentárias) e aqueles voltados às atividades-meio,alocados no orçamento do órgão gestor dessa política nareferida esfera de governo” (BRASIL, 2004, p.120).

A PNAS fornece a diretriz e a plataforma conceitual para aelaboração dos Planos de Assistência Social, a começar peloPlano Decenal de Assistência Social

O Plano Decenal de Assistência Social deve se refletir no Pactode Aprimoramento do SUAS, tanto da gestão nacional como dagestão estadual.

O Plano Municipal de Assistência Social, por sua vez, devecontemplar as prioridades e metas previstas no Pacto deAprimoramento do SUAS - nacional e estadual.

Articulação entrePlano Decenal, Pactode Aprimoramento ePlano Municipal deAssistência Social

Plano Decenal de Assistência

Social

Pacto de Aprimoramento

do SUAS

Plano Municipal de Assistência

Social

2º MOMENTO

Instrumento de planejamento estratégico queorganiza e orienta a execução da PolíticaNacional de Assistência Social na perspectiva doSistema Único de Assistência Social – SUAS(BRASIL, 2012).

Para que se faz necessário o Plano de AssistênciaSocial?

Para que se cumpram as definições e osobjetivos da LOAS:

Art. 1º - “A assistência social, direito do cidadãoe dever do Estado, é Política de SeguridadeSocial não contributiva, que provê os mínimossociais, realizada através de um conjuntointegrado de ações de iniciativa pública e dasociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas” (BRASIL, 1993).

O QUE É O PLANO DEASSISTÊNCIA SOCIAL (PAS)?

• A NOB/SUAS 2012 determina que é uma responsabilidadedos governos organizar e coordenar o SUAS em seu território.

• Nesse contexto, o Plano de Assistência Social é umaferramenta para dar diretrizes, priorizar, organizar eoperacionalizar a Política de Assistência Social.

• O Plano é uma ferramenta de gestão que dá foco edirecionamento aos governos, pois nele estão contidos osobjetivos da gestão e as ações que serão desenvolvidas paraalcançá-los.

• Além de um instrumento de gestão, o Plano também é ummecanismo de transparência, pois torna pública as intençõesdos gestores e oferece um parâmetro para avaliação daadministração.

• O Plano de Assistência Social deve ser elaborado pelo órgãogestor da assistência social

• O Plano de Assistência Social deve ser apreciado, a discutidoe aprovado pelo Conselho de Assistência Social

• Deve conter os programas e ações que serão executadosdurante esse período.

O Plano de Assistência Social é também acondição para os repasses financeiros dosrecursos da União aos Municípios, aos Estados eao Distrito Federal, como previsto na LOAS(BRASIL, 2004) no seu artigo 30, que tambémrequer a efetiva instituição e funcionamento de:

I. Conselho de Assistência Social, de composiçãoparitária entre governo e sociedade civil

II. Fundo de Assistência Social, com orientação econtrole dos respectivos Conselhos de AssistênciaSocial

III. Plano de Assistência Social, com aprovação dosrespectivos Conselhos de Assistência Social

O Plano, juntamente com o Fundo e o Conselhode Assistência Social, é uma exigência para ocofinanciamento federal.

• Diagnóstico socioterritorial

• Objetivos gerais e específicos

• Diretrizes e prioridades deliberadas

• Ações estratégicas correspondentes para suaimplementação

• Metas estabelecidas

• Resultados e impactos esperados

• Recursos materiais, humanos e financeirosdisponíveis e necessários

• Mecanismos e fontes de financiamento

• Cobertura da rede prestadora de serviços

• Indicadores de monitoramento e avaliação

• Espaço temporal de execução

ESTRUTURA DOPLANO DEASSISTÊNCIASOCIALNormatizada naNOB/SUAS (2012)

A NOB/SUAS 2012, em seu artigo 22, informa que os Planosdevem observar:

I. Deliberações das conferências de assistência social para aUnião, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

II. Metas nacionais pactuadas, que expressam o compromissopara o aprimoramento do SUAS para a União, os Estados, oDistrito Federal e os Municípios

III. Metas estaduais pactuadas que expressam o compromissopara o aprimoramento do SUAS para Estados e Municípios

IV. Observar as prioridades do Plano Decenal

V. Ações articuladas e intersetoriais

VI. Ações de apoio técnico e financeiro à gestão descentralizadado SUAS.

Os planos devem ser elaborados acada quatro anos, de acordo com o

período de elaboração do PPA (Art. 19 da NOB/SUAS 2012).

O processo de elaboração do Plano deve nortear-sepela identificação das vulnerabilidades, violações dedireitos e desproteções sociais existentes nos territóriosde abrangência do PAS.

Os territórios se diferem em razão da sua trajetóriahistórica e das dinâmicas que neles ocorrem e quepodem variar no tempo, ou seja, há relações queocorrem simultaneamente e que incidem no território,como também há uma trajetória que deixa marcas eproduz especificidades.

O SUAS, ao adotar a lógica territorial como um de seuspressupostos de gestão, o fez na perspectiva deaprimorar o conhecimento da realidade social; demelhorar o acesso dos destinatários aos serviços ebenefícios; de favorecer a articulação da rede deserviços; de potencializar a intersetorialidade comoestratégia de gestão; de possibilitar a integração entreserviços e benefícios; e de aprofundar e materializarprocessos participativos.

A perspectiva territorial na gestão do SUAS favorece suacapacidade de ampliar seu foco para além de indivíduos efamílias alcançando grupos populacionais, considerando asdiferentes realidades, a história, as relações de poder, aestrutura e as dinâmicas próprias.

A atuação sobre o território significa a atuação no plano coletivocom o compromisso e estabelecimento de vínculos reais entre asequipes de referência dos serviços e os territórios, “uma aliançaestratégica”, como nos ensina Rizzotti (2011, p. 65), entre osprofissionais, o território e os usuários, de forma a desenvolverintervenções que possibilitem a promover na população a“coletivização” na reflexão sobre os problemas, assim comoconstrução das estratégias igualmente coletivas para o seuenfrentamento ou superação.

A identificação nos territórios das incidências de demandas tanto as quesão atendidas quanto as reprimidas, e a capacidade para reconhecer asocorrências, irá contribuir para a construção de respostas a seremgarantidas pela gestão do SUAS.

A Dimensão Territorial no Plano de

Assistência Social

Para a elaboração do Plano de Assistência Social énecessário identificar os recursos humanos existentesnos territórios e aqueles necessários, cujos perfis devemestar de acordo com as desproteções sociais e assituações de vulnerabilidade e violações de direitos comas quais a política de assistência social deverá realizarseu atendimento junto aos usuários, assim comoobservar e prever os recursos materiais e deestruturação do trabalho social qualificado (vínculos detrabalho, Planos de Cargos, Carreiras e Salários,remuneração, gratificações, saúde do trabalhador,formação e capacitação, dentre outros).

A área da Gestão do Trabalho, responsável pelaexecução das ações de valorização do trabalhador e daestruturação do processo de trabalho institucional, deveestar integrada ao processo de planejamento econstrução do Plano.

A Gestão do Trabalho no SUAS e o

Plano de Assistência Social

Como já tratado anteriormente, o Plano deAssistência Social é uma ferramenta deplanejamento estratégico, de médio prazo que deveser elaborado pelo órgão gestor da assistênciasocial a cada quatro anos, sempre com participaçãoe aprovação do Conselho de Assistência Social,devendo conter os programas e ações que serãoexecutados no período.

Complementa esse sistema de planejamento oPlano de Ação, que consiste em instrumentoinformatizado de planejamento, constante doSUASWeb, disponibilizado pelo Ministério doDesenvolvimento Social para lançamento de dadose validação anual das informações relativas àsaplicações e transferências regulares e automáticas,na modalidade fundo a fundo, do cofinanciamentofederal, estadual, municipal e do Distrito Federal daassistência social (Portaria MDS nº 113, de 10 dedezembro de 2015).

PLANO DE AÇÃO -SUAS WEB

o Plano de Ação é um instrumento que viabiliza o

repasse regular e automático do fundo

nacional para os fundos estaduais e municipais.

O Plano de Ação deve ser preenchido por municípios eestados que recebem cofinanciamento federal para osserviços socioassistenciais das Proteções Básica e/ouEspecial, programas e projetos, assim como os municípiose estados contemplados com a expansão dos serviçossocioassistenciais cofinanciados pelo Governo Federal.

Mesmo que o município receba somente um incentivo eledeverá preencher o Plano de Ação, pois é a partir deleque é possível garantir a continuidade do repasse desteincentivo.

O Plano de Ação viabiliza o repasse regular e automático,entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios econtribui para organização da gestão e da redesocioassistencial. O cofinanciamento possibilita a ofertacontinuada dos serviços, programas e projetos e institui agestão cooperada e solidária entre as três esferas degoverno, essencial para o desempenho da funçãoproteção social desempenhada pelo SUAS.

As informações contidas no Plano de Ação deverão estar emconsonância com o Plano de Assistência Social dos respectivos Estados,Municípios e o Distrito Federal, conforme previsto no inciso III do artigo30 da Lei nº 8.742, de 1993.

Constam no Plano de Ação as transferências e aplicações destinadas acofinanciar a totalidade das ações (inclusive as instituídas durante oexercício financeiro), para ampliar a cobertura da rede, assim como paracomplementar ou fortalecer as ações existentes.

Em dezembro de 2015 ,o MDS editou a Portaria nº 113, que definiu osprazos para os gestores estaduais e municipais e respectivos conselhos,a partir da abertura do sistema, preencherem o Plano de Ação:

• de 60 dias, a partir da abertura do sistema, para os gestores estaduaise municipais

• 30 dias para os respectivos conselhos darem seu parecer, aprovandoou não o Plano de Ação.

O lançamento das informações que compõem o Plano de Ação deverá ocorrer a cada ano. O MDS editará, anualmente, uma portaria definindo a data de abertura do aplicativo informatizado para preenchimento do

Plano de Ação.

Os membros do Conselho deverão ser convocados para reunirem-seordinária ou extraordinariamente a fim de analisarem o Plano de Ação.

O conselho deve analisar as informações prestadas pelo gestor noPlano de Ação, com base no Plano Municipal de Assistência Social –PMAS e na lei Orçamentária Anual (LOA). Se as informações refletiremas metas e diretrizes estabelecidas no PMAS e na LOA, o Plano de Açãodeverá ser aprovado.

Após os prazos citados anteriormente, se algum município, estado ouDF não lançar as informações no Plano de Ação e respectiva avaliaçãodo Conselho de Assistência Social competente, a SNAS suspenderá orepasse dos recursos federais (conforme incisos I a IV do art. 7º daPortaria 113/2015, até que todo o ciclo de preenchimento ocorra, como parecer favorável do Conselho de Assistência Social.

O Plano de Ação não substitui o Plano Municipal ou Estadual deAssistência Social. Assim como a regulamentação e o funcionamentodo Conselho e do Fundo de Assistência Social, a elaboração quadrienaldo Plano de Assistência Social é condição para os repasses docofinanciamento federal, conforme previsto no artigo 30 da LOAS.

Atenção!

É o INSTRUMENTO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS RECURSOS FEDERAIS dosblocos de financiamento da Proteção Social Básica e Especial de Média e AltaComplexidade, dos Programas e dos Projetos, contido no sistema informatizadoSUASWEB, cujos dados deverão ser lançados pelos gestores estaduais, municipaise do Distrito Federal e submetidos à manifestação do Conselho de AssistênciaSocial competente, quanto ao cumprimento das finalidades dos recursos.O acesso ao Plano de Ação e aos sistemas da RedeSUAS é realizado por meio doSAA (Sistema de Autenticação e Autorização) com login e senha individuais,conforme estabelecido na Portaria SNAS Nº 15, de 17 de dezembro de 2010.

O Demonstrativo Sintético Anual da ExecuçãoFísico-Financeira

O Demonstrativo Sintético Anual da ExecuçãoFísico-Financeira

O sistema para preenchimento do Plano de Ação 2016 trouxe uma novidade:O COFINANCIAMENTO FEDERAL POR MEIO DE BLOCOS DE FINANCIAMENTO.“A Norma Operacional Básica de 2012 prevê que o cofinanciamento federal deserviços, programas e projetos de assistência social e de sua gestão, noâmbito do SUAS, poderá ser realizado através de Blocos de Financiamento.Pela NOB “consideram-se Blocos de Financiamento o conjunto de recursosdestinados aos serviços, programas e projetos, devidamente tipificados eagrupados, e à sua gestão, na forma definida em ato do MDS”. Em dezembrode 2015, o MDS pactuou na CIT a Portaria 113/2015, que regulamentou ocofinanciamento federal dos SUAS, por meio de blocos de financiamento.

OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO E SUACOMPOSIÇÃO

BLOCOS DE FINANCIAMENTO COMPONENTES

Proteção Social Básica

Os serviços já instituídos e tipificadose os que virão a ser criados no âmbitode cada Proteção

Proteção Social Especial de MédiaComplexidade

Proteção Social Especial de AltaComplexidade

Gestão do SUASÍndice de Gestão Descentralizadado SUAS – IGD-SUAS

Gestão do Programa Bolsa Família eCadastro Único

Índice de Gestão Descentralizadado PBF – IGD - PBF

INTERCÂMBIO DE EXPERIÊNCIAS ENTRE MUNICÍPIOS

1. Você conhece o PAS do seu município?

2. Como se dá o processo de elaboração do PAS no seu município?

3. As equipes participam?

4. Os usuários participam?

5. O Plano contempla as deliberações das Conferências?

6. Os aspectos de cada território são considerados? Existe umdiagnostico socioterritorial prévio?

7. O Plano inclui metas relacionadas a gestão do trabalho no SUAS?

8. O Plano contempla as metas dos Pactos de Aprimoramento doSUAS?

9. O Plano contempla as prioridades do Plano Decenal?

10. O PPA da Assistência Social reflete as definições do Plano?

11. O Conselho tem tido uma participação qualificada no processo deelaboração do Plano (para além das aprovações formais)?

Exercício:

Produzam uma caracterização que traga os elementos comuns aos municípios. Podem indicar particularidades locais, sobretudo boas práticas!

A CONSTRUÇÃODEMOCRÁTICA EPARTICIPATIVADO PLANO DEASSISTÊNCIASOCIAL

VídeoO Farol da Responsabilidade

https://www.youtube.com/watch?v=cUuKDRzs3F4&spfreload=5

A Constituição Federal de 1988 marca um importante processode democratização da sociedade brasileira e também da gestãodas políticas sociais, pois ao definir as suas diretrizes, apontapara a necessidade de que a gestão das políticas públicas sejaparticipativa. No caso específico da Assistência social asdiretrizes constam do art. 204:

As ações governamentais na área da assistência social serãorealizadas com recursos do orçamento da seguridade social,previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas combase nas seguintes diretrizes:

I - descentralização político-administrativa, cabendo acoordenação e as normas gerais à esfera federal e acoordenação e a execução dos respectivos programas às esferasestadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e deassistência social;

II - PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO, POR MEIO DEORGANIZAÇÕES REPRESENTATIVAS, NA FORMULAÇÃO DASPOLÍTICAS E NO CONTROLE DAS AÇÕES EM TODOS OS NÍVEIS.(BRASIL/Constituição Federal de 1988)

A CONSTRUÇÃODEMOCRÁTICA EPARTICIPATIVADO PLANO DEASSISTÊNCIASOCIAL

Esse processo participativo exige tanto a adoção de ummodelo de gestão que permita aos diferentes sujeitos(conselho, usuários, trabalhadores, gestores e entidades)dialogarem continuamente nos processos decisórios,quanto o respeito e fortalecimento de instânciasparticipativas.

Dentre essas instâncias reconhece-se que os conselhos deassistência social têm atribuição pública para a função docontrole social, pois estes devem ter representação detodos os segmentos presentes da política de assistênciasocial.

No que tange à participação no processo elaboração,acompanhamento e monitoramento do plano, é defundamental importância que o gestor e o conselhodefinam metodologias e caminhos para que se ampliem odiálogo e a capacidade de reconhecer e articular diferentesposicionamentos, pois esse processo permitirá o avanço napolítica de assistência social.

Destaca-se a importância de se ter um cronograma deatividades e que sejam privilegiados espaços de diálogoscom os usuários e a rede de serviços em seus territórios.

São consideradas instâncias de participação e deliberação, osconselhos, as conferências, as comissões bipartites etripartites, os diferentes e diversos fóruns (trabalhadores,usuários) e outras organizações instituídas.

Destaca-se, no entanto, que os conselhos e as conferênciasestão presentes em todas as esferas governamentais, poissão requisitos fundamentais para a implementação do SUAS.

Já as comissões de pactuação (CIB e CIT) correspondem àsinstâncias de governos estaduais e federal.

• As CIBs (Comissões Integestoras Bipartites) estãocompostas pela representação de gestores municipais egestores estaduais.

• A CIT (Comissão Integestora Tripartites), instância depactuação instituída em nível federal, está composta porrepresentantes dos colegiados dos gestores municipais,estaduais e o gestor federal.

O PAPEL DAS INSTÂNCIAS DE PARTICIPAÇÃO, DELIBERAÇÃO,PACTUAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DOPLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

A elaboração do Plano Municipal de Assistência Social deveconsiderar as decisões tomadas no âmbito das comissõesbipartites e tripartites, pois definem metas de aprimoramento aserem cumpridas por todas as esferas de governo.

As instâncias de pactuação foram criadas pela NormaOperacional Básica da Assistência Social de 1998. Estasinstâncias, em conjunto com as instâncias de deliberação,compõem o processo democrático de gestão do SUAS (BRASIL,2005).

Mas por que PACTUAR?

O processo de descentralização das políticas públicas no país,decorrente do processo de democratização, e institucionalizadona Constituição Federal de 1988, criou a necessidade deexistirem instâncias de pactuação para que os entes federadospossam fazer acordos sobre o cumprimento de suasresponsabilidades

É importante saber que o Brasil tem um sistema federativo detripla soberania. A união, os estados, o distrito federal, e osmunicípios são entes autônomos, com autoridade administrativae jurídica própria, não havendo hierarquia entre os mesmos.

As instâncias de deliberação do SUAS estão regulamentadas no artigo 113 da NOB/SUAS 2012:

I. o Conselho Nacional de Assistência Social;

II. os Conselhos Estaduais de Assistência Social;

III. o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal;

IV. os Conselhos Municipais de Assistência Social.

Parágrafo único. As Conferências de Assistência Social deliberam as diretrizes para o aperfeiçoamento da Política de Assistência Social.

A Resolução CNAS 237, de 2006, determina que os Conselhos de Assistência Social deverão ser compostos por 50% de representantes do governo e 50% de representantes da sociedade civil.

Art. 11. A eleição da sociedade civil ocorrerá em foro próprio, coordenado pela sociedade civil e sob a supervisão do Ministério Público, tendo como candidatos e/ou eleitores:

I. representantes dos usuários ou de organização de usuários da assistência social;

II. entidades e organizações de assistência social;

III. entidades de trabalhadores do setor.

As Conferências são espaços voltados para a avaliação dapolítica de assistência social e definição de diretrizes para oaprimoramento do SUAS. Elas ocorrem nos três níveis degoverno a cada dois anos e são convocadas pelos Conselhos.No que concerne à relação das conferências com a elaboraçãodos Planos é necessário que suas deliberações sirvam de basepara a elaboração dos objetivos e metas de aperfeiçoamento

O processo participativo dos usuários pode ser ampliado!

Além do reforço na articulação com movimentos sociais epopulares, por meio de diversos espaços a serem organizados,a NOB/SUAS 2012 indica outras instâncias no artigo 126.

I. o coletivo de usuários junto aos serviços, programas eprojetos socioassistenciais;

II. comissão de bairro;

III. fórum;

IV. entre outros.

CIT – COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITEEspaço de articulação e expressão das demandas dos gestores federais, estaduais e municipais. Negocia epactua sobre aspectos operacionais da gestão do SUAS, mantendo contato permanente com as CIBs paratroca de informações sobre o processo de descentralização.Integrantes da CIT:• MDS: órgão da União responsável pela coordenação do SUAS em seu âmbito, representado pelasSecretarias Nacionais de Assistência Social, de Renda de Cidadania, de Segurança Alimentar e Nutricional e aSecretaria Executiva do MDS.• Fonseas: Fórum Nacional de Secretários de Estado de Assistência Social, formado pelos gestores estaduaisde assistência social.• Congemas: Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social, que representa os municípiosbrasileiros junto ao Governo Federal e aos governos estaduais.

CIB – COMISSÕES INTERGESTORES BIPARTITEInstâncias que negociam e pactuam sobre aspectos da organização e gestão do sistema estadual deassistência social, observando as deliberações do Conselho Estadual de Assistência Social, a legislaçãovigente e as orientações da CIT e do Conselho Nacional de Assistência Social. Todas as suas pactuações sãoencaminhadas ao Conselho Estadual de Assistência Social para conhecimento, apreciação e/ou deliberação eaos conselhos municipais, CIT e CNAS para conhecimento.Integrantes da CIB:• Gestor Estadual de Assistência Social• Coegemas: Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social

As Instâncias de Pactuação doSUAS

• PREFEITURA (ÓRGÃO GESTOR MUNICIPALDE ASSISTÊNCIA SOCIAL)

• CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIASOCIAL

• REDE SOCIOASSISTENCIAL

• CÂMARA MUNICIPAL

• TRABALHADORES DO SUAS

• USUÁRIOS DO SUAS

ATORESENVOLVIDOS NACONSTRUÇÃO DOPLANO

Vídeo

A Ultima Entrevista de Paulo Freire

Perguntas Orientadoras:1. Qual as possibilidades do seu município

de elaborar o Plano de Assistência Socialassegurando o modelo democrático eparticipativo, envolvendo o conjunto deatores indicados pela Política?

2. Quais estratégias /medidas seriamnecessárias para realizá-lo dentro destemodelo?

3. Quais as dificuldades / obstáculos pararealizá-lo?

4. Quais seriam as propostas de superaçãodestas dificuldades / obstáculos?

GRUPOS POR MUNICÍPIO

Exercício 1

Perguntas Orientadoras:1. Quais são os desafios de planejar a

política de assistência social no contextode um projeto nacional de ajuste fiscal econgelamento do repasse de recursos?

GRUPOS POR MUNICÍPIO

Exercício 2

VídeoEntenda em 5 min a PEC 241

Texto de ApoioO NOVO REGIME FISCAL E SUAS

IMPLICAÇÕES PARA A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096