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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

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Page 1: Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude€¦ · ASSISTÊNCIA SOCIAL (NOB-RH/SUAS, anotada e comentada, 2011) Defesa intransigente dos direitos socioassistenciais;

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

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Módulo III

Facilitador(a): Andrea Perotti

Curso de Introdução ao Provimentodos Serviços e BenefíciosSocioassistenciais do SUAS eImplementação de Ações do PlanoBrasil Sem Miséria

CURSO

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Objetivo doMódulo

Dialogar sobre as características e especificidadesdo trabalho social desenvolvido na provisão dosserviços socioassistenciais, com ênfase no:

• Trabalho em equipes de referência

• Interdisciplinaridade

• Dimensão ética e política da relação entreprofissional e usuário

• Dimensão técnica da intervenção profissional

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O acesso aos serviços de qualidade compõe umdos direitos socioassistenciais, o que significaque sua provisão implica necessariamentereconhecer os indicadores de bons resultados,além da aplicação das normas previstas naTipificação e demais instruções do MDS.

A qualidade dos serviços depende de condiçõesobjetivas para o seu funcionamento, além deestrutura técnica compatível

A qualificação dos serviços tem relação diretacom o desempenho dos trabalhadores do SUAS,lembrando que esse tema tem importantereferência na NOB-RH/SUAS e na PolíticaNacional de Educação Permanente do SUAS.

CARACTERÍSTICAS EESPECIFICIDADES DOSPROCESSOS DETRABALHORELACIONADOS ÀPROVISÃO DOSSERVIÇOSSOCIOASSISTENCIAIS

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Desde o nascimento do SUAS, foi destacada a relevânciado papel de um corpo de trabalhadores qualificado para ocumprimento dos seus objetivos: as equipes de referênciapara o CRAS, CREAS e Centro POP e para serviçossocioassistenciais da alta complexidade - definidas pelaNorma Operacional Básica de Recursos Humanos – NOB-RH/SUAS, em 2006

Essa política reconhece a natureza e a especificidade dos

trabalhadores e trabalhadoras do SUAS, o que vai

determinar que a composição das equipes seja de

diferentes formações profissionais para uma atuação

interdisciplinar de conhecimentos e práticas

!!!!Todas as normatizações do SUAS enfatizam a necessidade

de articulação e integração entre as ações, apontando paraa promoção de um diálogo interdisciplinar, que aproxime ossaberes específicos oriundos das diferentes profissões quese juntam na gestão e provimento dos serviços, programas,projetos, benefícios e transferência de renda.

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Sobre a NormaBásica deRecursosHumanos doSUAS (2006)

é o grande marco político e institucional na gestãodo trabalho do SUAS por disciplinar ascaracterísticas essenciais, parâmetros e requisitosrelacionados ao financiamento da política por meioda responsabilização dos três entes federativos naimplementação do SUAS

estabelece a contratação de trabalhadoresmediante concursos públicos, a formatação deplanos de cargos, carreira e salários em todos osníveis, a criação de mesas de negociação entreempregadores e empregados e educaçãopermanente, com ações de capacitação e deformação na direção da qualificação dos serviços evalorização do trabalhador

estabelece a dimensão ética e política para aqualificação a oferta dos serviços de modo aconsolidar o direito socioassistencial (NOB-RH/SUAS, 2011).

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Gestão do

Trabalho no

SUAS:

questão

estratégica!

Para a implementação do SUAS e para alcançaros objetivos previstos na PNAS/2004, énecessário tratar a gestão do trabalho comouma questão estratégica. A qualidade dosserviços socioassistenciais disponibilizados àsociedade depende da estruturação dotrabalho, da qualificação e valorização dostrabalhadores atuantes no SUAS (NOB/SUAS,2011, p.17).

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O TRABALHOEM EQUIPES DEREFERÊNCIA

A NOB-RH/SUAS determina que toda a equipe de

referência (do CRAS, do CREAS, Centro POP e serviços de

acolhimento institucional) seja composta por servidores

públicos efetivos: Tal determinação reconhece que a

baixa rotatividade é fundamental para que se garanta a

continuidade, a eficácia e a efetividade dos serviços e

ações ofertadas, bem como para potencializar o

processo de EDUCAÇÃO PERMANENTE dos profissionais.

As EQUIPES DE REFERÊNCIA são formadas por

profissionais de diferentes áreas, que possuem objetivos

em comum, além de conhecimentos, habilidades e

atitudes que se complementam partilhando

responsabilidades na oferta de um serviço a

determinado número de usuários que apresentam

situações de vulnerabilidade e/ou riscos similares, com

os quais constroem vínculos e para os quais se tornam

um parâmetro, ou referência (MUNIZ, 2011,p.97).

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A Política Nacional de Educação Permanente do SUAS tem

como objetivo geral: “institucionalizar, no âmbito do

SUAS, a perspectiva político-pedagógica e a cultura da

Educação Permanente, estabelecendo diretrizes e

princípios, e definindo os meios, mecanismos,

instrumentos e arranjos institucionais necessários à sua

operacionalização e efetivação” (BRASIL, 2013,p 11).

!!!!É nesse contexto de referência da política de assistência

social que se torna possível a instituição de espaços

compartilhados de reflexão crítica sobre as situações de

trabalho, sobre a forma como ele está organizado, sobre

as demandas e as necessidades sociais da população

usuária dos serviços, sobre a dinâmica dos serviços,

enfim, por meio da partilha de saberes entre os

diferentes profissionais, surge a possibilidade construção

de conhecimentos que poderão ser postos em prática a

serviço da garantia dos direitos socioassistenciais.

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É importante reconhecer que as unidades doSUAS envolvem um conjunto diversificado deprofissões, que possuem atribuições ecompetências a serem desenvolvidas no âmbitono SUAS.

Esse trabalho é complexo, “pois cada uma dascategorias profissionais envolvidas tem umahistória particular de organização e de lutacorporativa e sindical, com acúmulos ereivindicações específicas no que tange àscondições de exercício do trabalho, aosconhecimentos e saberes e aos parâmetros éticose políticos orientadores do trabalho profissional”(MDS, SNAS, 2011, p.9).

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EQUIPE

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Uma equipe não é simplesmente um conjunto ou grupode pessoas que se aplicam a uma tarefa ou trabalho. Senão há um propósito comum, se não hácompartilhamento de propósitos, se não existemestratégias estabelecidas em conjunto pelo grupo paraalcançá-lo, não existe equipe (MUNIZ, 2011,p.93).

Não se trata de funcionar na lógica de encaminhamentoformal de uma equipe para outra, como se a somatóriade intervenções isoladas levasse, automaticamente, aoatendimento das necessidades sociais das famílias eindivíduos!

Ainda que cada equipe organize seu plano de trabalhopara garantir os resultados do serviço que está sob suaresponsabilidade, há que se ter essa referênciacompartilhada, cuja a baliza é a matricialidadesociofamiliar e o território!

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Além dos profissionais definidos na NOB-RH/SUASpara compor as equipes de referência dos CRAS (2técnicos, sendo 1 Assistente Social e,preferencialmente, 1 Psicólogo), CREAS (AssistenteSocial, Psicólogo e Advogado) e dos serviços deacolhimento (Assistente Social e Psicólogo), aResolução nº 17, de 20 de junho de 2011, doCNAS, reconheceu outras categorias profissionaisde nível superior que poderão integrar essasequipes para atender às especificidades daprestação dos serviços socioassistenciais:Antropólogo; Economista Doméstico; Pedagogo;Sociólogo; Terapeuta ocupacional;Musicoterapeuta, inclusive para postos de gestão,como Advogado; Administrador; Contador;Economista.

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Roda de Diálogo O que significa construir referência? A referência é válida para quem? Como funciona uma equipe de

referência?

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A INTERDISCIPLINARIDADE

Vídeo: O Farol da Responsabilidade

https://www.youtube.com/watch?v=cUuKDRzs3F4&spfreload=5

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A interdisciplinaridade é um processo dinâmico,consciente e ativo de reconhecimento das diferenças e dearticulação de objetos e instrumentos de conhecimentodistintos, que contribui para a superação do isolamentodos saberes. Isso significa superar a abordagem tecnicista,que privilegia o trabalho de profissionais de maneiraisolada ou independente, de acordo com suas atribuiçõesespecíficas

!!!O enfoque interdisciplinar é adotado como processo detrabalho no âmbito do SUAS, a partir da compreensão deque o principal da ação da política de assistência social –as vulnerabilidades e riscos sociais – não são fatoshomogêneos e simples, mas, como já tratamosanteriormente, são complexos e multifacetados e,portanto, exigem respostas diversificadas alcançadas pormeio de ações contextualizadas e para as quais ocorremcontribuições construídas coletivamente, e não apenaspor intermédio do envolvimento individualizado detécnicos, com diferentes informações.

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Trabalho interdisciplinar pressupõe arealização de um trabalho coletivo!

Isso põe em debate a dimensão ética e política dotrabalho no SUAS e a qualidade dos serviçossocioassistenciais, na construção de processosinterventivos que promovam protagonismo dosusuários, fortalecimento da prática democrática eda cultura de direitos. (SILVEIRA, 2011, .57).

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Roda de Diálogo Como direcionamos o trabalho em equipe a

partir das diferenças que possam existir? Qual o projeto comum que construímos no

SUAS?

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A DIMENSÃOÉTICA E POLÍTICADA RELAÇÃOENTREPROFISSIONAL EUSUÁRIO

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A assistência social deve ofertar seus serviços com o

conhecimento e compromisso ético e político de

profissionais que operam técnicas e procedimentos

impulsionadores.

Os princípios éticos das respectivas profissões deverão

ser considerados quando são elaborados, implantados e

implementados padrões, rotinas e protocolos específicos,

para normatizar e regulamentar a atuação profissional

por tipo de serviço socioassistencial.

USUÁRIOA noção do usuário como sujeito de direito e sujeito detodo o processo socioassistencial é o ponto-chave paraque o trabalhador se decida com base nos valores éticose políticos estabelecidos nos documentos normativos daassistência social, de forma consciente e crítica (MUNIZ,p.104).

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PRINCÍPIOS ÉTICOS QUE ORIENTAM AINTERVENÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DEASSISTÊNCIA SOCIAL (NOB-RH/SUAS, anotada e

comentada, 2011)

Defesa intransigente dos direitos socioassistenciais;Isso requer, num processo democrático, a transparência dasinformações do SUAS, deixando mais evidentes asresponsabilidades das ações.

Compromisso em ofertar serviços, programas, projetos ebenefícios de qualidade que garantam a oportunidade deconvívio para o fortalecimento dos vínculos familiares esociais;

Os serviços e os benefícios socioassistenciais de qualidadeproduzem uma mudança fundamental na vida do cidadão: apassagem da condição de submissão para a condição deprotagonista de sujeito de direitos. Essa mudança, a seralcançada por meio do trabalho social, é imprescindível para aconstrução e exercício de cidadania nos espaços políticos, nosquais são construídos e defendidos os direitos individuais ecoletivos.

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Promoção aos usuários do acesso à informação,garantindo conhecer o nome e a credencial de quemos atende

Para a construção do vínculo entre o trabalhador e ousuário, é essencial a criação de estratégias simples,como expor a credencial para que o usuário possa tratá-lo pelo nome. Assim como o trabalhador possa referir-seao usuário do mesmo modo.

Proteção à privacidade dos usuários, observando osigilo profissional, preservando sua privacidade eopção e resgatando sua história de vida

Compromisso em garantir atenção profissionaldirecionada para a construção de projetos pessoais esociais para autonomia e sustentabilidade

Reconhecimento do direito dos usuários a ter acesso

a benefícios e à renda e a programas de

oportunidades para inserção profissional e social

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Incentivo aos usuários para que estes exerçam seu direito departicipar de fóruns, conselhos, movimentos sociais ecooperativas populares de produção;

Garantia do acesso da população à política de assistênciasocial sem discriminação de qualquer natureza (gênero,raça/etnia, credo, orientação sexual, classe social, ououtras), resguardados os critérios de elegibilidade dosdiferentes programas, projetos, serviços e benefícios;

É fundamental que no cotidiano profissional não sejam feitasdiscriminações entre beneficiários de programas de transferênciade renda condicionada e usuários dos serviços, como se oprofissional pudesse estabelecer uma hierarquia dasnecessidades das famílias. A satisfação das necessidades deproteção social é complementar, e não excludente: ofortalecimento do caráter protetivo das famílias e a expansão docampo das relações sociais são, do ponto de vista das famílias,tão importantes quanto o acesso à renda.

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Devolução das informações colhidas nos estudos enas pesquisas aos usuários, no sentido de que estespossam usá-las para o fortalecimento de seusinteresses

O prontuário de atendimento previsto na TipificaçãoNacional de Serviços Socioassistenciais é uminstrumento que compõe o trabalho social. Conhecer oconteúdo do seu prontuário de atendimento é umdireito das famílias e dos indivíduos usuários do SUAS.Enfim, toda informação sobre o acesso aos serviços ebenefícios, bem como às instâncias de defesa dessesdireitos deve ser garantida ao cidadão prontamente,sem procedimentos morosos que dificultem ao exercíciode sua cidadania.

Contribuição para a criação de mecanismos quevenham desburocratizar a relação com os usuários,no sentido de agilizar e melhorar os serviçosprestados.

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Exercício

Sobre os Princípios Éticos:

1. Exemplo de uma situação prática

2. Dificuldades para realizá-lo

3. Proposta de Solução

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A DIMENSÃOTÉCNICA DAINTERVENÇÃOPROFISSIONAL

Tratar sobre a dimensão técnica da intervençãoprofissional, no âmbito do SUAS, exige acompreensão de que os ATOS PROFISSIONAIS sãoimportantes na medida em que concebemos apobreza e a vulnerabilidade social comomultifacetadas.

A intervenção, portanto, vai para além daconcessão de benefícios, o que demanda otrabalho sociofamiliar, o aprimoramento daconvivência comunitária, a busca de alternativaspara recuperação de capacidades de proteção edireitos.

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De que maneira se expressa a “competênciateórico- metodológica” no trabalho profissional noSUAS?

por meio da realização de uma leitura crítica darealidade social sem, contudo, deixar de estabelecer osnexos com as determinações históricas e estruturais daquestão social;

pela destreza do manuseio do instrumental técnico emtodos os níveis de atuação (atendimento direto,planejamento, gestão, articulação, dentre outras);

quando se parte do pressuposto de que as condições depobreza e vulnerabilidade apresentadas pelos usuáriossão multidimensionais; portanto, para além darecomposição da renda, há necessidade de ofereceruma série de serviços consubstanciados na açãoprofissional que permitam colher e buscar formas deatender os cidadãos;

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pela valorização da dimensão do território comolócus da ação da política de assistência social;

no momento em que ocorre a superação dadivisão entre os que pensam e os queexecutam;

por intermédio dos trabalhadores, quando estesocupam os espaços de tomada de decisão,assim como se apropriam de saberes referentesà planificação, à avaliação e ao financiamento;

por meio da instituição da gestão democrática epela valorização do protagonismo dos usuáriosem quaisquer que sejam os espaçosprofissionais e institucionais (RIZZOTTI, 2011).

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Outros aspectos que integram a dimensãotécnica da intervenção profissional

Cuidado com os registros para o alcance deresultados e garantia de direitos dos usuários dapolítica, tanto na proteção social básica quantona proteção social especial.

O uso da informação é um dos elementosnecessários à boa gestão. Assim, todos osprofissionais deverão zelar para que asinformações sejam prestadas com fidedignidade,transparência e no prazo estipulado.

É preciso que haja planejamento do trabalho,realização de reuniões de equipe, planos deacompanhamento dos usuários e das famílias,prontuários, entre outros, de acordo com asespecificidades do trabalho que compõem adinâmica da operacionalização do SUAS.

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PLANEJAMENTO DO TRABALHO

Para o bom funcionamento do trabalho social, éindispensável o planejamento das atividades, daorganização do trabalho em equipe, da definição detarefas, das informações a serem coletadas(instrumentos, frequência de registros e responsáveis),dos fluxos de instrumentos de encaminhamentos entrea proteção básica e a especial.

O Plano de Ação do Serviço, cuja formulação a equipedemocraticamente participa, sob a liderança de suacoordenação que define objetivos, metas, estratégias,recursos necessários para execução dos serviços aserem operacionalizados em determinado período detempo.

!!!!Inclusive com a participação do usuário dos

processos de planejamento e avaliação

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O planejamento requer a realização deREUNIÕES DAS EQUIPES de cada unidadesocioassistencial e também reuniões integradascom as demais unidades e serviços. Cada equipedeverá definir, coletivamente e de maneirademocrática, a forma como se organizarão nasunidades, quais serão as prioridades, comoserão cumpridas as funções e as combinações e,ainda, a periodicidade dos encontros, assimcomo as reuniões intersetoriais e com a redesocioassistencial.

!!!!Os profissionais de nível fundamental e médio também devem participar das reuniões gerais

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REGISTRO DE INFORMAÇÕES

O Registro de Informações é um elementofundamental para gestão, monitoramento eavaliação, e consequentemente, para oaprimoramento das ações e serviços.

INFORMAÇÕES PARA

ACOMPANHAMENTO

DAS FAMÍLIAS

A utilização de prontuários pela rede socioassistencialcontribui para a coleta de informações sobre as famíliasmediante o registro de questões como históricopessoal/familiar; ocorrência de violação de direitos,entre outros, o que qualifica o processo deacompanhamento das famílias.

INFORMAÇÕES PARA

MONITORAR AÇÕES

Todos os serviços socioassistenciais deverão manterregistros de frequência, permanência, atividadesdesenvolvidas e desligamento. Os registros deencaminhamentos (para serviços da proteção básica eespecial, bem como para outras políticas setoriais)também são importantes fontes de informação paravigilância socioassistencial.

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Os trabalhadores da política de assistência social desempenhamum papel fundamental na operacionalização de toda aengrenagem do SUAS. É no cotidiano do trabalho que osprofissionais acionam um conjunto de instrumentos e técnicasque envolve compreensões, conhecimentos, habilidades eatitudes: pressupostos éticos que subsidiam o exercícioprofissional.

A dimensão técnica da intervenção profissional envolvetambém o atendimento e inclusão de famílias residentes emterritórios distantes, isolados, áreas rurais, comunidadesindígenas, quilombolas, ribeirinhos, assentamentos, dentreoutros – Equipes Volantes

!!!!Como um pressuposto ético no trabalho social com famílias,

deve-se considerar que todas possuem recursos, potencialidades e habilidades que devem ser identificados e fortalecidos;

organizam-se conforme suas possibilidades e os contextos que vivenciam (culturas e identidades coletivas); necessitam de

proteção social do Estado para que possam fornecer proteção aos seus membros

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Perguntas Orientadoras:

Sua equipe adota mecanismos dediálogo, socialização e nivelamento deinformações e planejamento? Quais?

Existem dificuldades para organizar otrabalho? Quais?

Quais são as soluções para asdificuldades/problemas?

Exercício

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BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas: Serviço de Conveniência e FortalecimentodeVínculos para crianças de até 6 anos e suas famílias. Brasília, DF: MDS,2010. 55 p.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas sobre o PAIF – O Serviço de Proteção e

Atendimento Integral à Família – PAIF, segundo a tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. v.1. Brasília, DF: MDS, 2012.84 p.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas sobre o Serviço de Proteção eAtendimento Integral à Família – PAIF: Trabalho Social com Famílias. v.2. Brasília, DF: MDS, 2012. 112 p.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Serviço de Conveniência e Fortalecimento de Vínculos parapessoas idosas: Orientações técnicas. Brasília, DF: MDS, 2012. p.134.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Concepção de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.Brasília, DF: SNAS, MDS, 2013. 56 p.

FERREIRA, Stela da Silva. “Princípios éticos para os trabalhadores e equipes de referência”. In: SNAS. NOB-RH SUAS anotada ecomentada. Brasília, DF: MDS, 2011, p. 19-24.

GRAHAM, Andrew. Como escrever e usar estudos de caso para ensino e aprendizagem no setor público. Brasília: ENAP, 2010. 214p.

MATIAS, Mariana López. Programa das Nações Unidas para oDesenvolvimento. Documento técnico: Proteção Básica e EspecialPovos e Comunidades Tradicionais. Brasília, DF: MDS, 2011. 29 p.

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Bibliografia

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida- (ASCES-UNITA)

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096