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Coordenadoria de Defesa Agropecuária Secretaria de Agricultura e Abastecimento SAA-SP

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Coordenadoria de Defesa Agropecuária

Secretaria de Agricultura e Abastecimento

SAA-SP

ANEMIA INFECCIOSA

EQUINA

A Anemia Infecciosa Eqüina é uma doençainfecciosa de distribuição geográfica comospolita,medianamente contagiosa causada por um Retrovírus,sendo mais suscetíveis os eqüinos em relação aosasininos e muares que são mais resistentes. A doençapode apresentar caráter agudo, subagudo ou crônico e,neste último caso, a febre é intermitente causada porvariantes mutagênicas do vírus no organismo domesmo animal. As lesões são decorrentes da destruiçãodas hemácias e tecido mesenquimatoso. Uma vezinfectados, os eqüídeos permanecem como portadores avida toda.

ANEMIA INFECCIOSA EQUINA

• A AIE é uma doença dos eqüídeos, contra a

qual não existe até o momento nenhum

tratamento ou vacina.

Agente etiológico• Vírus:

Família: Retroviridae

Gênero: Lentivírus

Os Lentivírus, causam doenças com longo período de

incubação e curso insidioso prolongado.

São inativados por solventes lipídicos, detergentes e pelo

aquecimento a 56oc por 30 minutos.

São mais resistentes à radiação UV e X do que os outros vírus.

Relacionado ao vírus da imunodeficiência humana bovina e felina

(SANTOS E CORREIA 2007).

Histórico• Estudos inicias da doença: França em 1843 (Cicco, 2007).

• Anginiard (1859), constatou o caráter contagioso da doença.

• Primeira demonstração de doença virótica em 1904/1907.

• Brasil: Manente e col. primeira referência em 1954, estado de

São Paulo. (achados clínicos, necroscópicos e isolamento do

vírus).

• 1967: primeiros casos sugestivos diagnosticados, “em puro

sangue inglês”

• 1968: baixadas as primeiras normas de controle, dirigidas a

animais de entidades hípicas e turfísticas. Morte de sacrifício

de 190 animais

• 1974: novo pico de mortalidade (teste de Coggins).

Epidemiologia• Distribuição mundial, exceção continente Antártico.

• Nas áreas endêmicas prevalência de até 70% equídeos adultos;

• Segundo MAPA, entre 1999-2007 Nº focos vem aumentando e Nº

de soropositivos diminuindo.

• Agentes transmissores: Tabanus sp.; Stomoxys calcitrans (vetores

mecânicos). Agente sobrevive curto período de tempo no aparelho

bucal das moscas.

• Transmissão mais comum nas épocas quentes do ano e em regiões

úmidas e pantanosas.

• Infecção iatrogênica: agulhas, instrumentos cirúrgicos, transfusões,

apetrechos de montaria etc.

• Infecção vertical durante a gestação.

• Período de incubação pode chegar a três semanas.

Sinais clínicos• Forma aguda;

• Forma sub-aguda;

• Forma Crônica;

• Forma inaparente (praticamente 100% dos casos observados

na região do Vale do Ribeira).

“PROGRAMA ESTADUAL DE

SANIDADE DOS EQÜÍDEOS”

(PESE)

ANEMIA INFECCIOSA EQÜINA

MORMO

RAIVA

ANEMIA INFECCIOSA EQÜINA

Responsável : Vera Lúcia Nascimento Gonçalves

Sabrina Latorre

e-mail: verag @ cda.sp.gov.br

LEGISLAÇÃO FEDERAL

• Decreto Nº 24.548, de 03 de julho de 1934 (Regulamento de DSA)

• Portaria n° 200 (18/08/1981) - Inclui a AIE na relação de doenças passíveis de aplicação de medidas de defesa sanitária animal

• Portaria Nº 77, de 28 de setembro de 1992 (revogada)

• Instrução de Serviço Nº 001/2003/DOI/DIPOA (Procedimentos para o abate de eqüídeos)

• Instrução Normativa Nº 16, de 18/02/2004 (revogada)

• Instrução Normativa Nº 45, de 15/06/2004

(Normas para a prevenção e o controle da AIE)

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

• Lei 10.670, de 25 de outubro de 2000

• Decreto 45.781, de 27 de abril de 2001

“Medidas de Defesa Sanitária Animal no Estado de São Paulo”

• Decreto 45.782, de 27 de abril de 2001

“Projetos de controle da Anemia Infecciosa Eqüina e da Raiva, e erradicação da Febre Aftosa”

• Resolução SAA Nº 1, de 17 de janeiro de 2002

Anexo I – “Normas para execução do Projeto de Controle da AIE

no Estado de São Paulo”

www.cda.sp.gov.br

Objetivo

Proteger e defender a saúde da

população eqüídea paulista.

PESE

Razões: econômica - técnica - social

Estrutura

Coordenadoria Defesa Agropecuária

Grupo de Defesa Sanitária Animal

Centro de Defesa Sanitária Animal

Centro de Análise e Diagnóstico

40 Escritórios Defesa Agropecuária - EDAs

Como é feito o controle da AIE?

1. ATUAÇÃO NOS FOCOS

a) Notificação: pelos laboratórios de diagnóstico credenciados

pelos levantamentos oficiais do serviço estadual

pelos serviços municipais.

b) Interdição de propriedades.

ATUAÇÃO NOS FOCOS

c) Adoção de medidas saneadoras:

-levantamento sorológico do foco, peri-foco e propriedades

envolvidas - CAD.

-sacrifício dos reagentes positivos

(anestésicos e T 61).

-realização de dois exames consecutivos

de todo efetivo eqüídeo – negativos.

d) Desinterdição da propriedade.

B) CONTROLE DO TRÂNSITO EQÜÍDEO

Definição de “Trânsito” = transporte de animais de

peculiar interesse do estado, à pé ou embarcado (aviões,

navios e embarcações, caminhões, etc.), em que fique

caracterizado o transporte do animal pelo homem.

É feito por equipes de

fiscalização volantes e

nos postos de barreira

sanitária.

- Guia Transito Animal

- Exame de AIE

- Nota fiscal (interestadual)

- Influenza Equina (interestadual –

averiguar a necessidade)

Exigências:

Vigilância - Fiscalização Volante

C) CONTROLE DE EVENTOS (feita pelos EDAs)

Fiscalização de locais de concentração de eqüídeos.

Exigências: GTA, Exames Negativos de AIE.

D) EDUCAÇÃO SANITÁRIA

COMO EVITAR A DOENÇA (AIE)?

- Realização do exame de IDGA 1-2 vezes por ano.

- Exigir exame quando for adquirir, vender ou cruzar animais.

- Participar somente de eventos autorizados e controlados.

- Utilizar agulhas e seringas descartáveis ou esterilizadas.

- Combater insetos, principalmente mutucas e moscas nos

estábulos.

Ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Número de animais

positivos

195 189 114 108 106 120 166 158 119

Número de animais

examinados

3963 3144 3311 3046 3007 3517 3876 2.840 3236

Porcentagem de positivos 4,9 6,0 3,4 3,5 3,5 3,4 4,3 5,6 3,7

Número de casos positivos em relação ao

número de animais examinados (9 anos) – CAD*

População equídea estimada em São Paulo = 431.979 mil

Em 2009: 3,7 % positivos = 0,027% da pop. existente (< 0,1 %)

* Exames realizados em focos e peri-focos

EDA de Registro, eqüinos positivos para AIE, no período de 1997 a 2008, com média de 76 positivos por ano.

Município

Bovino

s

Bubali

nos

Eqüin

os

ovi/cap

rinos

Suíno

s

Barra do

Turvo 14132 3531 652 282 445

Cajati 10113 125 315 196 98

Cananéia 1789 215 78 21 32

Eldorado 19615 279 698 192 722

Iguape 7878 4339 359 244 892

Iporanga 3719 95 326 138 238

Itariri 1290 0 78 195 94

Jacupiran

ga 10661 40 302 323 265

Juquiá 8202 69 184 167 1140

Miracatu 5067 24 205 226 218

Pariqüera

-Açu 4925 3085 157 148 519

Pedro de

Toledo 2089 46 101 135 341

Registro 15412 3938 508 452 483

Sete

Barras 14515 2536 603 263 899

Total 119407 18322 4566 2982 6386

EDA Registro – focos entre 2008 e 2011

2008: 2 focos (Pariquera-Açu, Pedro de Toledo);

2009: 5 focos (Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, P. Açu e Registro);

2010: 6 focos (Barra do Turvo, Iguape, Eldorado, 2 P. Toledo, Sete Barras); e

2011: 11 focos (2 Itariri, Jacupiranga, 2 Juquiá, 4 P. Toledo, 2 Registro).

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AGRADECIMENTOS