seb_notariado

Upload: carlos-manuel

Post on 09-Jul-2015

1.791 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

NOTARIADO

1. A FUNO NOTARIAL A funo notarial constitui um ramo de direito que desempenha, na vida real, um importante papel social: por a passa o enorme trfego das mais importantes decises de direito privado. O Cdigo do Notariado tem uma funo essencialmente adjectiva que o aproxima dos cdigos de processo. A matriz da funo notarial naturalmente, a lei civil, designadamente o Cdigo Civil. O notariado portugus integra-se no sistema designado por notariado latino que se rege por um certo nmero de princpios fundamentais entre os quais relevam o reconhecimento de f pblica aos actos praticados pelo notrio, com as inerentes consequncias a nvel do valor probatrio dos documentos, e um aprecivel grau de autonomia funcional. Atravs do D.L. 26/2004, de 4 de Fevereiro, operou-se a reforma do notariado, consagrando-se o sistema do notariado latino, correspondente ao sistema jurdico romanogermnico ou de civil law. Diferentes deste sistema so os notariados anglo-saxnico ou de common law e o notariado administrativo ou funcionarizado. Nos locais onde se pratica o notariado anglo-saxo, os agentes notariais notaries, solicitors ou barristers no so public officers, so apenas profissionais livres, inteiramente alheios confeco dos documentos, que lhes so apresentados, j elaborados, a fim de que eles certifiquem que as partes compareceram perante si e que aceitaram o seu contedo. Neste sistema, a figura do notrio, surge como notriocertificador, sendo a autoria do documento sempre imputada s partes, no havendo, assim, lugar distino entre documentos pblicos e privados. No actual sistema jurdico portugus, designadamente na definio da lei Art. 1 do Estatuto do Notariado o notrio o jurista a cujos documentos escritos, elaborados no exerccio da sua funo, conferida f pblica, e simultaneamente, um oficial pblico que confere autenticidade aos documentos e assegura o seu arquivamento e um profissional liberal que actua de forma independente, imparcial e por livre escolha das partes. A natureza pblica e privada da funo notarial incindvel. A funo notarial exercida no quadro de uma profisso liberal mas ao notrio so atribudas prerrogativas que lhe conferem autoridade pblica. A actividade notarial est, por isso, submetida fiscalizao do Ministro da Justia, mediante a realizao de inspeces, e o notrio enquanto oficial pblico, est sujeito aco disciplinar do Ministrio da Justia, enquanto profissional liberal, est sujeito, aco disciplinar dos rgos competentes da Ordem dos Notrios. No notariado de cariz latino, o notrio oficial pblico. Actua com independncia e imparcialidade perante os intervenientes nos negcios jurdicos por si formalizados, e, tambm profissional de direito, escolhido pelas partes, a quem d conselhos e prestaNotariado (FB-2007-2008)

1

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

assessoria jurdica. O notrio , neste tipo de notariado, o autor dos documentos assumindo os documentos, por essa razo, a natureza de documentos pblicos. O notariado desempenha uma funo central no trfego jurdico, com especial incidncia quanto aos imveis. Nos pases de notariado latino em que Portugal se insere, o notrio tem esta dupla configurao de oficial da f pblica e assessor de direito, sendo a instituio notarial um instituto por excelncia para assistncia jurdica s partes no campo do direito privado. O exerccio da funo notarial regulado pelo Estatuto do Notariado D.L. 26/2004, de 4 de Fevereiro - no que concerne ao notariado privado - e pelo Cdigo do Notariado, aprovado pelo Decreto-Lei n 207/95, de 14 de Agosto, com as alteraes introduzidas pelos Decretos-Leis ns 40/96, de 7 de Maio, 250/96, de 24 de Dezembro, 257/96, 31 de Dezembro, 380/98, de 27 de Novembro, 375-A/99, de 20 de Setembro, 410/99, de 15 de Outubro, 64-A/2000, de 22 de Abril, 237/2001, de 30 de Agosto, 273/2001, de 13 de Outubro, 322-A/2001, de 14 de Dezembro, 287/2003, de 12 de Novembro, 2/2005, de 4 de Janeiro, 76-A/2006, de 29 de Maro e 324/2007 de 28 de Setembro. O notrio deve exercer as suas funes em conformidade com os princpios enformadores da actividade notarial, designadamente, os princpios da legalidade, autonomia, imparcialidade, exclusividade e livre escolha: Princpio da legalidade: o notrio deve apreciar a viabilidade de todos os actos cuja prtica lhe requerida, tendo em vista as disposies legais aplicveis e os documentos que lhe so apresentados; verificando a legitimidade dos intervenientes, a regularidade formal e substancial dos documentos e a legalidade substancial do acto solicitado; Princpio da autonomia: o notrio exerce as suas funes com independncia, quer em relao ao Estado quer a quaisquer interesses particulares; Princpio da imparcialidade: o notrio tem a obrigao de manter equidistncia relativamente a interesses particulares susceptveis de conflituar, abstendo-se, designadamente, de assessorar apenas um dos interessados num negcio; Princpio da exclusividade: as funes exclusividade, sendo incompatveis com pblicas ou privadas, salvo actividades participao em conferncias, colquios direitos de autor; do notrio so exercidas em regime de quaisquer outras funes remuneradas, docentes ou de formao autorizadas, e palestras, ou ainda a percepo de

Princpio da livre escolha: o notrio escolhido livremente pelos interessados,Notariado (FB-2007-2008)

2

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

observadas as normas relativas competncia territorial. A funo notarial, cujo rgo prprio o notrio (art. 2 tem por objecto dar forma ), legal e conferir f pblica aos actos jurdicos extrajudiciais. neste contexto que o notrio pode, como ficou dito, prestar assessoria s partes na expresso da sua vontade negocial (art. 1 ). A forma legal o modo que a lei impe para a exteriorizao da vontade negocial. No nosso direito privado vigora o princpio da consensualidade. Os contratos ficam perfeitos qualquer que seja a forma porque sejam celebrados e at se admite o silncio e a declarao tcita como processos de formao de negcios jurdicos consensuais. Mas apesar desta regra simplista a de que a validade da declarao negocial no depende de observncia de forma especial (Art. 219 do CC) temos um vasto campo de excepes que dilui a aparncia daquele princpio legal. Para os negcios que tenham por objecto bens imveis, , por regra, necessria a forma escrita, com ou sem interveno notarial, sob pena de nulidade da declarao negocial que no respeite a forma legalmente prescrita (Art. 220 do CC); para os negcios que versem sobre bens mveis, admitem-se formas mais simplistas e, de certo modo, a presuno de que a posse vale ttulo. Estas regras no so, porm, absolutas e como tal comportam excepes. O valor econmico do negcio condiciona por vezes a forma legal de certos contratos, quando tenham por objecto bens mveis. O Cdigo Civil permite o documento particular para os contratos de mtuo (Art. 1143) quando o seu valor econmico seja igual ou inferior a 20.000 (vinte mil euros); mas impe a forma de escritura pblica, quando esses contratos sejam de valor superior a 20.000 (vinte mil euros). Mas se no direito privado vigora o princpio da consensualidade, porque que o nosso sistema jurdico impe formas especiais para a celebrao de inmeros actos cujos efeitos resultam da vontade das partes, porque que determina a nulidade da declarao negocial que carea da forma legalmente prescrita ? Em nossa opinio, a imposio de formas mais ou menos reforadas encontra o seu fundamento na necessidade do nosso ordenamento jurdico assegurar um ponto de equilbrio na proteco de dois valores essenciais a liberdade contratual e a seguranaNotariado (FB-2007-2008)

3

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

jurdica. A expresso dar forma legal, utilizada no Art. 1 do Cdigo do Notariado, deve ser interpretada em sentido amplo, sob pena de no reflectir a verdadeira essncia da funo notarial. Porque o exerccio da funo notarial no se limita a uma mera interveno autenticadora, cingida configurao do acto. Vai bastante mais alm e abrange uma actividade criadora que passa por vrias etapas decisivas interpretativa, assessora, configurativa, autenticadora e conservadora todas indispensveis boa materializao do direito. As formas legais podem agrupar-se em duas espcies, consoante a natureza do documento exigvel: - solene, quando se exige o escrito autntico; - privada, quando suficiente o documento particular. A observncia de formas solenes pode contudo no ser suficiente para a perfeio de certos contratos, cuja eficcia dependa ainda do cumprimento de formalismos acessrios, de natureza real ou registral. O contrato de penhor no produzir os seus efeitos, ainda que se respeite a forma legal (documento privado, autenticado ou autntico, consoante os casos), se o autor do penhor no for desapossado ou privado da disponibilidade da coisa empenhada (Art. 669 do CC), formalismo este de natureza real. O acto hipotecrio tambm no produzir os seus efeitos (mesmo em relao s partes) ainda que formalizado por escritura pblica, se no for levado a registo (Art. 687 do CC), formalismo este de ndole registral. Apesar da prevalncia jurdica do documento autntico, j se tem dito que o rigor do formalismo notarial pode embaraar a operacionalidade jurdica, o que no exacto. So razes de outra natureza, designadamente de ordem legal, fiscal e administrativa, que podem entravar essa operacionalidade jurdica. Basta ter presente inmeras restries legais que cerceiam a liberdade contratual, designadamente os condicionalismos impostos para a prtica de actos que importem fraccionamento da propriedade rstica ou urbana; o regime de participao prvia nos actos de trespasse, caso o trespassante no disponha de certido comprovativa de que nada deve ao Estado; a obrigatoriedade de apresentao de certido camarria certificativa de que a cauo prestada suficiente para garantir a boa execuo das obras de urbanizao, para os actos que titulem a primeira transmisso de prdios urbanos (ou de suas fraces autnomas) edificados em lotes de terreno. O cumprimento destes e doutros dispositivos legais fazem do direito privado um mundo jurdico intrincado, que requer tcnicos preparados para a aplicao correcta das suas normas jurdicas. Porque no complexo e melindroso mundo do direito, uma exageradaNotariado (FB-2007-2008)

4

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

simplificao de formalismos esconde alguns perigos, entre os quais a incerteza e a insegurana jurdica. F pblica (ou f notarial) - o atributo especial de autoridade que a lei concede ao notrio o poder de conferir certeza, valor e permanncia a inmeros documentos que tutelam interesses jurdicos privados. Assim, sempre que algum queira conferir s suas declaraes negociais uma especial fora probatria, apenas ilidvel com base na falsidade do documento, tem ao seu dispor o instrumento notarial dotado de f pblica. E diz-se que o instrumento notarial dotado de f pblica, porque a sua autenticidade faz f perante o povo transporta para a sociedade um valor jurdico acrescido que excede os interesses imediatos das partes, uma credibilidade que se reflecte nas relaes dos contratantes para com terceiros, ou seja, um elevado grau de fora probatria. rgos Especiais Podem excepcionalmente desempenhar funes notariais, devendo os actos praticados obedecer, na parte aplicvel, ao preceituado no Cdigo do Notariado (art. 3 ): Os agentes consulares portugueses; Os notrios privativos das cmaras municipais e da Caixa Geral de Depsitos recrutados, de preferncia, de entre os notrios de carreira; Os comandantes das unidades ou foras militares, dos navios e aeronaves e das unidades de campanha, nos termos das disposies legais aplicveis; As entidades a quem a lei atribua, em relao a certos actos, a competncia dos notrios.

2. COMPETNCIA DO NOTRIO 2.1. Competncia funcional do notrio Compete ao notrio redigir o instrumento pblico conforme a vontade das partes, a qual deve indagar, interpretar e adequar ao ordenamento jurdico, esclarecendo-as do seu valor e alcance (Art. 4 n 1). , Assim, compete, em especial, ao notrio (Art. 4 n 2): ,a) Lavrar testamentos pblicos, instrumentos de aprovao, depsito e abertura de testamentos cerrados e de testamentos internacionais; b) Lavrar outros instrumentos pblicos nos livros de notas e fora deles;Notariado (FB-2007-2008)

5

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

c) Exarar termos de autenticao em documentos particulares ou de reconhecimento da autoria da letra com que esses documentos esto escritos ou das assinaturas neles apostas; d) Passar certificados de vida e identidade e, bem assim, do desempenho de cargos pblicos, de gerncia ou de administrao de pessoas colectivas; e) Passar certificados de outros factos que tenha verificado; f) Certificar, ou fazer e certificar, tradues de documentos; extrair pblicas-formas de documentos que, para esse fim, lhe sejam presentes ou conferir com os respectivos originais e certificar as fotocpias extradas pelos interessados; h) Lavrar instrumentos para receber a declarao, com carcter solene ou sob juramento, de honorabilidade e de no se estar em situao de falncia, nomeadamente, para efeitos do preenchimento dos requisitos condicionantes, na ordem jurdica comunitria, da liberdade de estabelecimento ou de prestao de servios; i) j) Lavrar instrumentos de actas de reunies de rgos sociais; Transmitir por telecpia, sob forma certificada, o teor dos instrumentos pblicos, registos e outros documentos que se achem arquivados no cartrio, a outros servios pblicos perante os quais tenham de fazer f e receber os que lhe forem transmitidos, por esses servios, nas mesmas condies; l) Intervir nos actos jurdicos extrajudiciais a que os interessados pretendam dar garantias especiais de certeza ou de autenticidade; m) Conservar os documentos que por lei devam ficar no arquivo notarial e os que lhe forem confiados com esse fim. g) Passar certides de instrumentos pblicos, de registos e de outros documentos arquivados,

2.2. Competncia territorial A regra da competncia territorial do notrio a da rea do concelho em que se encontra o cartrio notarial. salvo disposio legal em contrrio, o notrio pode praticar, dentro da rea do concelho em que se encontra sediado o cartrio notarial, todos os actos da sua competncia que lhe sejam requisitados, ainda que respeitem a pessoas domiciliadas ou a bens situados fora dessa rea (art. 4. n 3). , Significa a parte final da disposio citada que os interessados podem recorrer a um notrio da sua preferncia, onde quer que o seu cartrio notarial se situe: necessrio que aqueles interessados se encontrem no concelho ou se desloquem rea do concelho em que se localize o cartrio notarial. 3. ACTOS NOTARIAIS EM GERAL

Notariado (FB-2007-2008)

6

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

3.1. Documentos notariais As espcies de documentos notariais so enumerados no art. 35 do Cdigo do Notariado. Assim, os documentos lavrados pelo notrio, ou em que ele intervm, podem ser autnticos, autenticados ou ter apenas o reconhecimento notarial. So autnticos os documentos exarados pelo notrio nos respectivos livros, ou em instrumentos avulsos, e os certificados, certides e outros documentos anlogos por ele expedidos. So autenticados os documentos particulares confirmados pelas partes perante notrio. Tm reconhecimento notarial os documentos particulares cuja letra e assinatura, ou s assinatura, se mostrem reconhecidas por notrio. S os documentos autnticos que so lavrados pelo prprio notrio. Nos documentos particulares autenticados, o notrio apenas garante que o seu contedo reflecte correctamente a vontade das partes cuja identidade o prprio notrio tambm verifica, mas no tem que intervir na apreciao da forma e do contedo do documento, isto , no tem que validar a correco da forma legal escolhida nem a legalidade do contedo, salvo se, na sua funo de assessor jurdico, as partes solicitem o seu conselho. Tambm o reconhecimento da letra e assinatura ou s assinatura no ultrapassa o mbito da garantia de que a letra e a assinatura pertencem pessoa a quem so atribudas, nada tendo a ver com a forma e o contedo do documento, sendo certo todavia que no admitido o reconhecimento de uma assinatura de documento em branco, escrito em lngua estrangeira que o notrio no domine, escrito a lpis ou ainda cuja leitura no seja facultada ao notrio (art. 157 ). Dos documentos notariais, so lavrados nos livros de notas os testamentos pblicos e os actos para os quais a lei exija escritura pblica ou que os interessados queiram celebrar por essa forma (art. 36 ). Os registos que a lei manda praticar pelo notrio so exarados nos livros especiais enumerados no n 1 do art. 7 . So exarados em instrumentos fora das notas os actos que devam constar de documento autntico, mas para os quais a lei no exija, ou as partes no pretendam, a reduo a escritura pblica. Os instrumentos exarados fora das notas, de que so exemplo as procuraes, em regraNotariado (FB-2007-2008)

7

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

no ficam arquivados, sendo entregues aos interessados. Documentos autnticos com interveno de advogado ou solicitador As competncias atribudas aos advogados e aos solicitadores em sede de documentos autnticos so muito reduzidas; no podem estes profissionais lavrar, nem testamentos nem escrituras. Documentos autenticados com interveno de advogado ou solicitador Os advogados e solicitadores tm competncia ilimitada para autenticar documentos particulares (art. 38, n 1, do DL 76-A/2006, de 29 de Maro) Documentos com reconhecimento notarial efectuado por advogado ou solicitador Os documentos particulares tm reconhecimento notarial quando a sua letra e assinatura ou s a assinatura se encontram reconhecidas por notrio. Os advogados ou solicitadores tm competncia ilimitada para os reconhecimentos de assinaturas. Os reconhecimentos, as autenticaes e as certificaes conferem ao documento a mesma fora probatria que teria se tais actos tivessem sido realizados com interveno notarial (Art. 38, n 2, do DL n 76-A/2006, de 29 de Maro) Aplicao das normas do Cdigo do Notariado aos advogados e solicitadores Os diplomas que atriburam competncia aos advogados e solicitadores no mencionam expressamente a sujeio ao Cdigo do Notariado. Essa sujeio resulta do Art. 3, n 1, alnea d) do Cdigo do Notariado, que refere que desempenham funes notariais, excepcionalmente as entidades a quem a lei atribua, em relao a certos actos, a competncia dos notrios. Se as funes so notariais, aplica-se o Cdigo do Notariado. Da a necessidade de conhecimento das regras constantes do Cdigo do Notariado bem como a prtica notarial. As regras de composio e os materiais utilizveis nos instrumentos notariais so objecto dos arts 38 e 39 .

Notariado (FB-2007-2008)

8

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

A primeira destas disposies determina que os testamentos, as escrituras de revogao de testamentos e os instrumentos de aprovao de testamentos cerrados devem ser manuscritos com grafia de fcil leitura. Estes actos podem ser dactilografados ou processados informaticamente apenas quando o notrio estiver em exerccio, devendo o suporte informtico ser destrudo aps terem sido lavrados. Na composio dos restantes actos notariais permitido o uso de qualquer processo grfico, devendo os respectivos caracteres ser ntidos. assim legitimada a prtica corrente, particularmente nos reconhecimentos, do uso de carimbos. Composio, carimbo e selo branco Na composio dos actos notariais dos advogados permitido o uso de qualquer processo grfico, devendo os respectivos caracteres ser ntidos (art. 38, n 4) . muito usado o carimbo profissional, aposto junto assinatura. No h nenhuma exigncia legal de utilizao do carimbo; no entanto, sem o carimbo o documento com interveno de advogado no ganha credibilidade, razo pela qual se afigura legtima a exigncia de aposio de carimbo. Razo porque devemos utilizar sempre o carimbo profissional. O art. 39 n 1, determina que os materiais utilizados na composio dos actos notariais , devam ser de cor preta, conferindo inalterabilidade e durao escrita. A utilizao de cor diferente da preta, constitui mera irregularidade, no susceptvel de determinar a nulidade do acto notarial. A escrita dos documentos notariais obedece a certas regras, definidas no art. 40 . Assim, os actos notariais so escritos, em princpio, com os dizeres por extenso. permitido o uso de algarismos e abreviaturas apenas nos casos expressamente referidos naquela disposio, a saber:Nos reconhecimentos, averbamentos, extractos, registos e contas; Na indicao da naturalidade e residncia; Na meno dos nmeros de polcia dos prdios, respectivas inscries matriciais e valoresNotariado (FB-2007-2008)

9

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

patrimoniais; Na numerao de artigos e pargrafos de actos redigidos sob forma articulada; Na numerao das folhas dos livros ou dos documentos; Na referenciao de diplomas legais e de documentos arquivados ou exibidos; Nas palavras usadas para designar ttulos acadmicos ou honorficos.

Nos documentos no deve haver espaos em branco: sempre que alguma linha no seja inteiramente ocupada por texto, o espao restante deve ser preenchido por um trao horizontal. O trao horizontal, a meio da linha, deve tambm ser de cor preta. As palavras emendadas, escritas sobre rasura ou entrelinhadas, devem ser expressamente ressalvadas (art. 41 Caso se emende uma palavra, por estar m al escrita ou por outro ). motivo, ou se faa uma rasura, ter-se- de ressalvar no final do texto antes da assinatura. O mesmo sucede se for escrita uma palavra entre as linhas ou se for riscada. A eliminao de palavras escritas deve ser feita por meio de traos que as cortem e de forma que as palavras traadas permaneam legveis, devendo ser tambm objecto de ressalva expressa. As ressalvas devem ser manuscritas pelo funcionrio que as assina. A ressalva efectuada mediante a utilizao das palavras emendado, rasurado, entrelinhado ou riscado, ou de um modo mais genrico pela expresso nica ressalvado As palavras emendadas, escritas sobre rasuras ou entrelinhadas que no forem ressalvadas consideram-se no escritas, sem prejuzo do disposto no n 2 do art. 371 do Cdigo Civil. As palavras traadas, mas legveis, que no forem ressalvadas consideram-se no eliminadas. A redaco dos actos notariais tambm obedece a regras definidas no art. 42: Os actos notariais so escritos em lngua portuguesa, devendo ser redigidos com a necessria correco, em termos claros e precisos. As partes podem apresentar ao notrio minuta do acto, conforme o permite o art. 43 O . notrio deve reproduzir a minuta, salvo naquilo em que ela infringir leis de interesse e ordem pblica, desde que se mostre redigida em conformidade com o disposto no art. 42 . Se a redaco da minuta for imperfeita, o notrio deve advertir os interessados da imperfeio verificada e adoptar a redaco que, em seu juzo, mais fielmente exprima a vontade dos outorgantes.

Notariado (FB-2007-2008)

10

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

Resulta assim da economia desta disposio do art. 43 que s se pode considerar minuta, para os efeitos do n 2, uma redaco completa do acto a outorgar. O documento escrito em lngua estrangeira deve ser acompanhado da traduo correspondente, a qual pode ser feita por notrio portugus, pelo consulado portugus no pas onde o documento foi passado, pelo consulado desse pas em Portugal ou, ainda, por tradutor idneo que, sob juramento ou compromisso de honra, afirme, perante o notrio, ser fiel a traduo (art. 44 ). O Decreto-Lei n 461/99, de 5 de Novembro, veio possibilitar e regular a transmisso e recepo de documentos por telecpia nos servios dos registos e do notariado. De harmonia com o disposto no art. 2 desse diploma, e stes servios podem servir de intermedirios em pedidos de certides a emitir por telecpia de actos de registo e notariais, bem como de documentos arquivados em conservatrias ou cartrios notariais. As certides recebidas por telecpia tm a fora probatria dos originais desde que assinadas por funcionrio competente do servio receptor e autenticadas com o respectivo selo branco. 3.2. Requisitos gerais dos instrumentos notariais Os instrumentos notariais esto sujeitos a certa forma comum, devendo conter (art. 46 ):a) A designao do dia, ms, ano e lugar em que for lavrado ou assinado e, quando solicitado pelas partes, a indicao da hora em que se realizou; b) O nome completo do funcionrio que nele interveio, a meno da respectiva qualidade e a designao do cartrio a que pertence; c) O nome completo, estado, naturalidade e residncia habitual dos outorgantes, bem como das pessoas singulares por estes representadas, a identificao das sociedades, nos termos da lei comercial, e das demais pessoas colectivas que os outorgantes representem, com meno, quanto a estas ltimas, das suas denominaes, sedes e nmeros de identificao de pessoa colectiva; d) A referncia forma como foi verificada a identidade dos outorgantes, das testemunhas instrumentrias e dos abonadores; e) A meno das procuraes e dos documentos relativos ao instrumento que justifiquem a qualidade de procurador e de representante, mencionando-se, nos casos de representao legal e orgnica, terem sido verificados os poderes necessrios para o acto; f) A meno de todos os documentos que fiquem arquivados, mediante a referncia a esta circunstncia, acompanhada da indicao da natureza do documento, e, ainda, tratando-se de conhecimento do IMT, a indicao do respectivo nmero, data e repartio emitente;Notariado (FB-2007-2008)

11

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

g) A meno dos documentos apenas exibidos com indicao da sua natureza, data de emisso e repartio emitente quando esta no constar do prprio acto; h) O nome completo, estado e residncia habitual das pessoas que devam intervir como abonadores, intrpretes, peritos mdicos, testemunhas e leitores; i) j) A referncia ao juramento ou compromisso de honra dos intrpretes, peritos ou leitores, quando os houver, com a indicao dos motivos que determinaram a sua interveno; As declaraes correspondentes ao cumprimento das demais formalidades exigidas pela verificao dos casos previstos nos arts. 65 (outorgantes que no compreendam a lngua portuguesa) e 66 (interveno de surdos mudos); l) A meno de haver sido feita a leitura do instrumento lavrado, ou de ter sido dispensada a leitura pelos intervenientes, bem como a meno da explicao do seu contedo; m) A indicao dos outorgantes que no assinem e a declarao, que cada um deles faa, de que no assina por no saber ou por no poder faz-lo; n) As assinaturas, em seguida ao contexto, dos outorgantes que possam e saibam assinar, bem como de todos os outros intervenientes, e a assinatura do funcionrio, que ser a ltima do instrumento.

Se no acto intervier um substituto legal, no impedimento ou falta do notrio (pblico), deve indicar-se o motivo da substituio. Nas escrituras de repdio de herana ou de legado deve ser mencionado, em especial, se o repudiante tem descendentes. Se algum dos outorgantes no for portugus, deve fazer-se constar da sua identificao a nacionalidade, salvo se ele intervier na qualidade de representante, ou na de declarante, em escritura de habilitao ou justificao notarial. A meno a instrumento que justifique a qualidade de representante no aplicvel aos pais que outorguem na qualidade de representantes de filhos menores. Os instrumentos de actas de reunies de rgos sociais so lavrados pelo notrio, com base na declarao de quem dirigir a assembleia, devendo ser assinados pelos scios presentes e pelo notrio, quando relativos a sociedades em nome colectivo ou sociedades por quotas, e pelos membros da mesa e pelo notrio quanto s demais (art. 46 n 6). , O notrio pode inserir nas actas qualquer declarao dos intervenientes que lhe seja requerida para delas constar (art. 46 n 7). , A exigncia legal no sentido de que o notrio redija a acta com base na declarao de quem dirigir a assembleia no s no faz sentido como entra em conflito, em nosso entender, comNotariado (FB-2007-2008)

12

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

o disposto no art. 371 do Cdigo Civil: assim, nos termos desta disposio, os documentos autnticos fazem prova plena dos factos que nele so atestados com base nas percepes da entidade documentadora; ora, a entidade documentadora o notrio e no o presidente da assembleia. O art. 50 permite que a leitura dos actos possa ser feita por oficial, na presena do notrio (pblico), desde que em voz alta e na presena simultnea de todos os intervenientes. A leitura do instrumento lavrado pode ser dispensada se todos os intervenientes declararem que a dispensam, por j o terem lido ou por conhecerem o seu contedo, e se o notrio no vir inconveniente. Mas a explicao do contedo dos instrumentos e das suas consequncias legais tem de ser feita pelo notrio, antes da assinatura, em forma resumida, mas de modo que os outorgantes fiquem a conhecer, com preciso, o significado e os efeitos do acto. A leitura, explicao, outorga e assinatura dos instrumentos devem realizar-se em acto continuado. Se a leitura, explicao e outorga se no conclurem no dia em que tiverem incio, deve consignar-se no instrumento, antes das assinaturas, o dia e a hora da sua concluso (art. 53 ). As folhas dos instrumentos lavrados fora dos livros, com excepo das que contiverem as assinaturas, so rubricadas pelos outorgantes que saibam e possam assinar, pelos demais intervenientes e pelo notrio (art. 52 ). Quando o instrumento for destinado a titular actos sujeitos a registo deve conter, em especial (art. 47 ):a) A meno do nome completo do cnjuge e do respectivo regime matrimonial de bens, se a pessoa a quem o acto respeitar for casada; b) A advertncia de que o registo deve ser requerido no prazo de dois meses, se respeitar a actos sujeitos a registo comercial obrigatrio que no tenham sido promovidos e dinamizados pelo notrio no uso de competncia atribuda por lei; c) A advertncia ao representante legal que intervm no acto, se algum dos beneficirios for incapaz ou equiparado, de que deve requerer o respectivo registo no prazo de trs meses; d) A advertncia ao doador da obrigatoriedade de requerer o registo a favor do donatrio, no prazo de trs meses, na escritura de doao que produza efeitos independentemente da aceitao.

A meno do nome completo do cnjuge e do respectivo regime matrimonial de bens, se as pessoas a quem o acto respeitar forem casadas, exigida nas escrituras de habilitao, relativamente ao autor da herana e aos habilitandos, e nos instrumentos de procurao com poderes para a outorga de actos sujeitos a registo.Notariado (FB-2007-2008)

13

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

O testamento pblico, a escritura de revogao de testamento e o instrumento de aprovao de testamento cerrado devem conter, como meno especial, a data de nascimento do testador e os nomes completos dos pais. A verificao da identidade dos outorgantes pode ser feita por alguma das seguintes formas (art. 48 ):Pelo conhecimento pessoal do notrio; Pela exibio do bilhete de identidade, de documento equivalente ou da carta de conduo, se tiverem sido emitidos pela autoridade competente de um dos pases da Unio Europeia; Pela exibio do passaporte; ou ttulo de residncia, no caso de estrangeiros residentes (art. 90 do Decreto-Lei n 244/98, de 8 de Agosto). Pela declarao de dois abonadores cuja identidade o notrio tenha verificado por uma das formas previstas nas alneas anteriores, consignando-se expressamente qual o meio de identificao usado.

No deve ser aceite, para verificao da identidade, documento cujos dados no coincidam com os elementos de identificao fornecidos pelo interessado ou cujo prazo de validade tenha expirado, admitindo-se a alterao da residncia e do estado civil, se, quanto a este, for exibido documento comprovativo da sua alterao no ocorrida h mais de seis meses. Nos actos notariais devem ser mencionados o nmero e a data dos documentos exibidos para a identificao de cada outorgante, bem como o respectivo servio emitente. As testemunhas instrumentrias podem servir de abonadores. Tradicionalmente a prova documental da qualidade de representante de pessoa colectiva sujeita a registo e da suficincia dos seus poderes faz-se por certido do registo comercial, vlida por um ano (art. 49 ). Actualmente, a certido pode ser dispensada, se a sociedade tiver subscrito a certido permanente. O que a certido permanente? A sociedade subscreve uma assinatura por um, dois, trs ou quatro anos de durao, a que corresponde o pagamento de uma taxa de 19,50, 35, 49 e 50, respectivamente, e criado um cdigo de acesso que permite a visualizao da certido permanente on-line, i.e., disponvel num site da Internet (www.portaldaempresa.pt). A entrega a qualquer entidade, pblica ou privada, do cdigo de acesso, corresponde, para todos os efeitos, entrega de uma certido do registo comercial em papel (art. 75, n 5 doNotariado (FB-2007-2008)

14

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

Cd. do Registo Comercial) O notrio pode dispensar a prova documental da representao de pessoas colectivas ou de sociedades, quando tenha conhecimento pessoal da qualidade que se arroga o representante e dos poderes que legitimam a sua interveno, fazendo expressa meno do facto no texto do documento. O art. 51 define os termos em que se pode remediar a situao em que intervm outorgantes que no saibam ou no possam assinar. Assim: Os outorgantes que no saibam ou no possam assinar devem apor, margem do instrumento, segundo a ordem por que nele foram mencionados, a impresso digital do indicador da mo direita. Os outorgantes que no puderem apor a impresso do indicador da mo direita, por motivo de doena ou de defeito fsico, devem apor a do dedo que o notrio determinar, fazendo-se meno do dedo a que corresponde junto impresso digital. Quando algum outorgante no puder apor nenhuma impresso digital, deve referir-se no instrumento a existncia e a causa da impossibilidade. A aposio da impresso digital a que se referem os nmeros anteriores pode ser substituda pela interveno de duas testemunhas instrumentrias, excepto nos testamentos pblicos, instrumentos de aprovao ou de abertura de testamentos cerrados e internacionais e nas escrituras de revogao de testamentos. No caso de actos com interveno de outorgantes que no compreendam a lngua portuguesa, intervm com ele um intrprete de sua escolha, o qual deve transmitir, verbalmente, a traduo do instrumento ao outorgante e a declarao de vontade deste ao notrio art. 65 . Se houver mais de um outorgante, e no for possvel encontrar uma lngua que todos compreendam, intervm os intrpretes que forem necessrios. A interveno de intrprete dispensada, se o notrio dominar a lngua dos outorgantes a ponto de lhes fazer a traduo verbal do instrumento. Por sua vez, quanto a actos com interveno de surdos e mudos, dispe o art. 66 :O outorgante que, por motivo de surdez, no puder ouvir a leitura do instrumento deve l-lo em voz alta, e, se no souber ou no puder ler, tem a faculdade de designar uma pessoa que, na presena de todos os intervenientes, proceda a segunda leitura e lhe explique o contedo.Notariado (FB-2007-2008)

15

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

O mudo que souber e puder ler e escrever deve declarar, por escrito, no prprio instrumento e antes das assinaturas, que o leu e reconheceu conforme sua vontade e, se no souber ou no puder escrever, deve manifestar a sua vontade por sinais que o notrio e os demais intervenientes compreendam e, se nem isso for possvel, deve intervir no acto um intrprete, nas condies previstas no art. anterior. O mesmo se aplica tambm no caso de algum outorgante ser surdo-mudo.

A interveno de testemunhas instrumentrias apenas tem lugar nos casos seguintes (art. 67 ):a) Nos testamentos pblicos, instrumentos de aprovao ou de abertura de testamentos cerrados e internacionais e nas escrituras de revogao de testamentos; b) Nos casos previstos no n 4 do art. 51 (substit uio da aposio de impresso digital); c) Nos outros instrumentos, com excepo dos protestos de ttulos de crdito, quando o notrio ou alguma das partes reclame essa interveno.

A interveno de testemunhas nos actos a que se refere a alnea a) pode ser dispensada pelo notrio, no caso de haver urgncia e dificuldade em as conseguir, devendo fazer-se meno expressa desta circunstncia no texto. As testemunhas instrumentrias, quando haja lugar sua interveno, so em nmero de duas e a sua identidade deve ser verificada por uma das formas previstas nas alneas a), b) e c) do n 1 do art. 48 [conhecimento pessoal, exibio de bilhete de identidade, documentoequivalente ou carta de conduo emitidos por entidade competente de pas da Unio Europeia, ou ainda passaporte], consignando-se no instrumento o processo de identificao utilizado.

Podem ainda intervir nos actos peritos mdicos para abonarem a sanidade mental dos outorgantes, a pedido destes ou do notrio. No podem ser abonadores, intrpretes, peritos, tradutores, leitores ou testemunhas (art. 68 ):a)Os que no estiverem no seu perfeito juzo; b)Os que no entenderem a lngua portuguesa; c) Os menores no emancipados, os surdos, os mudos e os cegos; d)Os funcionrios e o pessoal contratado em qualquer regime em exerccio no cartrio notarial; e)O cnjuge, os parentes e afins, na linha recta ou em 2 grau da linha colateral, tanto do notrio que intervier no instrumento como de qualquer dos outorgantes, representantes ou representados; f) O marido e a mulher, conjuntamente; g)Os que, por efeito do acto, adquiram qualquer vantagem patrimonial; h)Os que no saibam ou no possam assinar.

No permitida a interveno de qualquer interveniente acidental em mais de umaNotariado (FB-2007-2008)

16

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

qualidade, salvo quanto s testemunhas instrumentrias que podem servir de abonadores (art. 48 n 4). , Os intrpretes, peritos e leitores devem prestar, perante o notrio, o juramento ou o compromisso de honra de bem desempenharem as suas funes (art. 69 ). aplicvel ao juramento ou compromisso de honra o disposto nas leis de processo, ou seja, consoante o caso: Juro pela minha honra que hei-de dizer toda a verdade e s a verdade ou Comprometo-me, por minha honra, a desempenhar fielmente as funes que me so confiadas. Interveno de intrprete em documento notarial (autntico ou auntenticado)Interveio neste acto como intrprete de sua escolha MANUEL (...), solteiro, maior, residente em ....., cuja identidade verifiquei pela exibio do seu Bilhete de Identidade ....... de ../../...., emitido pelos SIC de Lisboa, que sob compromisso de honra prestado perante mim, transmitiu ao interessado, o contedo do presente documento, por o mesmo no compreender o portugus, e a mim Notrio / Solicitador / Advogado, ser este documento a vontade dele outorgante.

3.3. Requisitos especiais dos instrumentos notariais Os requisitos especiais dos instrumentos notariais vm consagrados nos arts. 54 a 64, designadamente as menes que devem ser efectuadas no mbito do comrcio imobilirio. No que concerne s menes relativas ao registo predial, nenhum instrumento respeitante a factos sujeitos a registo (cf. Art. 2 do Cdigo do Registo Predial) pode ser lavrado sem que no texto se mencionem os nmeros das descries dos respectivos prdios na Conservatria a que pertenam ou sem a declarao de que no esto descritos (art. 54, n 2 do Cdigo do Notariado); os nmeros das inscries, para prova dos respectivos direitos de propriedade sobre os prdios identificados no instrumento e o nmero da inscrio da propriedade horizontal, nas situaes previstas no art. 62 do Cdigo do Notariado. Os actos que importem reconhecimento, constituio, aquisio, modificao, diviso ou extino dos direitos de propriedade, usufruto, uso e habitao, superfcie ou servido sobre coisas imveis esto sujeitos a escritura pblica. O conceito de coisas imveis vem consagrado no n 1 do art. 204 do Cdigo Civil. So coisas imveis os prdios rsticos e urbanos, as guas, as rvores, os arbustos, os frutos naturais enquanto estiverem ligados ao solo, bem como as partes integrantes dos prdios rsticos e urbanos. Todas as demais coisas so, por excluso, coisas mveis.Notariado (FB-2007-2008)

17

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

A prova de que os prdios esto omissos no registo faz-se por exibio de certido vlida por 3 meses e a dos nmeros das descries e das referncias s inscries por exibio de certido de teor, passada com antecedncia no superior a 6 meses, ou, quanto a prdios onde tenha vigorado o registo obrigatrio, pela exibio da caderneta predial actualizada cfr ns 5 e 4 do art. 54 do Cdigo do Notariado). Em regra, o bem a transmitir, a onerar ou a partilhar deve encontra-se registado a favor dos respectivos proprietrios. Encontramos aqui a aplicao do princpio da legitimao de direitos, consagrado no registo predial. Em caso de partilha admite-se, porm, que os prdios possam estar registados a favor do autor da herana. Contudo, admissvel, a dispensa do registo prvio nas situaes enumeradas no n 3 do art. 54 e nas alneas a) e b) do art. 55:Nos actos de transmisso ou de constituio de encargos outorgados por quem, no mesmo dia e com conhecimento pessoal do notrio, que ser expressamente mencionado, tenha adquirido os bens partilhados, transmitidos ou onerados; Nos casos de urgncia, devidamente comprovada, motivada por perigo de vida dos outorgantes ou por extravio ou inutilizao do registo causados por incndio, inundao ou outra calamidade como tal reconhecida por despacho do Ministro da Justia. Nos actos de partilha de herana ou de transmisso de prdios que dela faam parte, quando no descritos ou sem inscrio de aquisio, se os partilhantes ou transmitentes se encontrarem habilitados como nicos herdeiros, ou for feita, simultaneamente, a respectiva habilitao; Nos instrumentos relativos a prdios situados em concelho onde no tenha vigorado o registo obrigatrio, que titulem o primeiro acto de transmisso ocorrido aps 1 de Outubro de 1984, se for exibido documento comprovativo ou feita justificao simultnea do direito da pessoa de quem se adquire.

Perigo de vida estar em perigo de vida significa que o outorgante corre risco iminente de morte. Do instrumento deve constar o modo como foi comprovada a urgncia [alnea a) do art. 56]. Servir a seguinte frmula: Este acto foi lavrado com dispensa de meno do registo prvio, por motivo de urgncia, devidamente comprovado por atestado mdico que se arquiva. So tambm necessrias as menes relativas matriz. Sempre que nos instrumentos se descrevam prdios rsticos, urbanos ou mistos deve indicar-se o nmero da respectiva inscrio na matriz ou, estando omissos, consignar-se a declarao de haver sido apresentada, nos servios de finanas, a participao para a sua inscrio. Na mesma linha de pensamento, o Art. 124 do CIMI preceitua que as entidades pblicas (ou que desempenhem funes pblicas) que intervenham em actos relativos constituio ou transmisso de direitos sobre prdios devem exigir a exibio de documento comprovativo da inscrio do prdio na matriz ou, sendo omisso, de que foi apresentada a declarao para inscrio.Notariado (FB-2007-2008)

18

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

A prova dos artigos matriciais feita pela exibio de caderneta predial actualizada ou da certido de teor da inscrio matricial, passada com antecedncia no superior a um ano e a da participao para a inscrio na matriz por exibio do duplicado que tenha aposto o recibo competente, com a dita antecedncia. A prova do valor patrimonial tributrio faz-se por exibio das ditas caderneta ou certido. Deve haver harmonia na identificao dos prdios entre a matriz e o registo. Assim, nos instrumentos respeitantes a factos sujeitos a registo, a identificao dos prdios no pode ser feita em termos contraditrios com a inscrio da matriz e com a respectiva descrio predial, salvo se for exibido documento comprovativo de ter sido pedida a rectificao matricial e se os outorgantes afirmarem que a divergncia relativa descrio resulta de alterao superveniente ou, tratando-se de matriz no cadastral, de simples erro de medio (art. 58) Relativamente a prdios rsticos situados em concelho onde no vigore o cadastro geomtrico, bem como a prdios urbanos, a exigncia da harmonizao com a matriz limitada aos nmeros dos artigos matriciais, s suas alteraes e rea dos prdios. Em qualquer caso, dispensada a harmonizao quanto rea se a diferena entre a descrio predial e a inscrio na matriz no exceder, em relao rea maior, 10% nos prdios rsticos e 5% nos prdios urbanos ou terrenos para construo, devendo porm, os outorgantes fixar a rea que consideram correcta. Os instrumentos de constituio de propriedade horizontal s podem ser lavrados se for junto documento da cmara municipal comprovativo de que as fraces autnomas satisfazem os requisitos legais (art. 59, n 1) Tratando-se de prdio construdo para transmisso em fraces autnomas, o documento acima referido pode ser substitudo pela exibio do respectivo projecto de construo e, sendo caso disso, dos posteriores projectos de alterao aprovados pela cmara municipal (art. 59, n 2). O documento autntico que se destine a completar o ttulo constitutivo da propriedade horizontal, quanto especificao das partes do edifcio correspondentes s fraces autnomas ou ao seu valor relativo, expresso em percentagem ou permilagem, s pode ser lavrado se:For junto documento da cmara municipal comprovativo de que as fraces autnomas satisfazem os requisitos legais; ou, em sua substituio, For exibido o respectivo projecto de construo bem como, sendo caso disso, os posteriores projectos de alterao aprovados pela cmara municipal (art. 59, n 3)

O SOLICITADOR / ADVOGADO E A PRTICA NOTARIAL RECONHECIMENTOS

Notariado (FB-2007-2008)

19

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

Os reconhecimentos notariais podem ser simples ou com menes especiais (art. 153. ). O reconhecimento simples respeita letra e assinatura, ou s assinatura, do signatrio de documento. O reconhecimento com menes especiais o que inclui, por exigncia da lei ou a pedido dos interessados, a meno de qualquer circunstncia especial que se refira a estes, aos signatrios ou aos rogantes e que seja conhecida do notrio ou por ele verificada em face de documentos exibidos e referenciados no termo. Os reconhecimentos simples so sempre presenciais; Os reconhecimentos com menes especiais podem ser presenciais ou por semelhana. Designa-se por presencial o reconhecimento da letra e assinatura, ou s da assinatura, em documentos escritos e assinados ou apenas assinados, na presena das entidades indicadas no artigo 38 do DL 76-A/2006, de 29/03 ou o reconhecimento que realizado estando o signatrio presente ao acto. Designa-se por semelhana o reconhecimento com a meno especial relativa qualidade de representante do signatrio feito por simples confronto da assinatura deste com a assinatura aposta no bilhete de identidade, ou documento equivalente emitido pela autoridade competente de um dos pases da Unio Europeia, ou no passaporte ou com a respectiva reproduo constante de pblica-forma extrada por fotocpia. Salvo disposio em contrrio, o reconhecimento por semelhana vale como mero juzo pericial (art. 375, n 3 do Cdigo Civil). A assinatura feita a rogo s pode ser reconhecida como tal por via de reconhecimento presencial e desde que o rogante no saiba ou no possa assinar. O rogo deve ser dado ou confirmado perante o notrio, no prprio acto do reconhecimento da assinatura e depois de lido o documento ao rogante (art. 154 ). H todavia assinaturas que no so susceptveis de ser reconhecidas. Assim, insusceptvel de reconhecimento a assinatura aposta (art. 157 ): - Em documento cuja leitura no seja facultada ao notrio; - Em papel sem nenhuns dizeres; - Em documento escrito em lngua estrangeira que o notrio no domine; - Em documento escrito ou assinado a lpis. Tratando-se de documento escrito em lngua estrangeira que o notrio no domine, o reconhecimento pode ser feito desde que o documento seja traduzido, ainda que verbalmente, por perito da sua escolha.

Notariado (FB-2007-2008)

20

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

O notrio deve tambm recusar o reconhecimento da letra ou assinatura em cuja feitura tenham sido utilizados materiais que no ofeream garantias de fixidez e, bem assim, da letra ou assinatura apostas em documentos que contenham linhas ou espaos em branco no inutilizados. As cmaras de comrcio e indstria, reconhecidas nos termos do Decreto-Lei n 244/92, de 29 de Outubro, os conservadores, os oficiais de registo, os advogados e os solicitadores podem fazer reconhecimentos simples e com menes especiais, presenciais e por semelhana, autenticar documentos particulares, certificar, ou fazer e certificar, tradues de documentos, nos termos previstos na lei notarial.

(Art. 38, n 1 do DL 76-A/2006, de 29 de Maro)Os actos referidos no n 1 do art. 38, apenas podem ser validamente praticados pelas cmaras de comrcio e indstria, advogados e solicitadores mediante registo em sistema informtico, nos termos constantes da Port. 657-B/2006, de 29 de Junho Estes reconhecimentos conferem ao documento a mesma fora probatria que teria se tais actos tivessem sido realizados com interveno notarial (Art. 38, n 3 do DL 76-A/2006, de 29 de Maro) MINUTAS 1. Reconhecimento Presencial (Pessoa Singular) Reconheo as duas assinaturas (supra / infra / retro / no documento anexo) de ANTNIO (...) e de MARIA (...), feitas perante mim / na minha presena, cuja identidade verifiquei por confronto com os Bilhetes de Identidade n ......., de ../../.... e n ......., de ../../...., ambos emitidos pelos SIC de Lisboa. Reg. N xxxx-L/xxx. Lisboa, .. de ........ de .... O(A) Solicitador(a)

Carimbo(Artigo 38, n 1, do Decreto Lei 76-A de 29 de Maro) GRATUITO

2. Reconhecimento Presencial c/menes especiais (Pessoa Colectiva)

Notariado (FB-2007-2008)

21

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

Reconheo as duas assinaturas na folha anterior, feitas na minha presena, de JOO (...), titular do B.I. n ......., emitido em ../../.... pelos SIC de Lisboa e de DUARTE (...), titular do B.I. n ......., emitido em ../../.... pelos SIC de Lisboa, na qualidade de Administradores com poderes para o acto, de INVESTIMENTOS E IMOBILIRIA, S.A., conforme verifiquei por uma certido emitida em ... de ....... de ...., pela Conservatria do Registo Comercial de ......, que me foi exibida e restitu ou pela consulta feita hoje pelas nove horas, da certido permanente, esta nos termos dos nmeros 2 e 14 da Portaria nmero 1416-A/2006, de 19 de Dezembro. Reg. N xxxx-L/xxx. Lisboa, .. de ........ de .... O(A) Solicitador(a) Carimbo(Artigo 38, n 1, do Decreto Lei 76-A de 29 de Maro) GRATUITO

3. Reconhecimento c/menes especiais por semelhana (Pessoa Colectiva) Reconheo as duas assinaturas na folha anexa de ANTNIO (...), por confronto com o B.I. n .........., de ../../.... e de ANDR (...), por confronto com o B.I. n ..........., de ../../...., ambos emitidos pelos SIC de Lisboa, na qualidade de Gerentes com poderes para o acto, de PUBLICIDADE E TECNOLOGIAS LDA., conforme verifiquei pela certido emitida em ../../.... pela competente Conservatria que me foi exibida e restitu ou pela consulta feita hoje pelas nove horas, da certido permanente, esta nos termos dos nmeros 2 e 14 da Portaria nmero 1416-A/2006, de 19 de Dezembro. Reg. N xxxx-L/xxx. Lisboa, .. de ........ de .... O(A) Solicitador(a) Carimbo(Artigo 38, n 1, do Decreto Lei 76-A de 29 de Maro) GRATUITO

4. Reconhecimento c/menes especiais por semelhana (Pessoa Colectiva) Reconheo as duas assinaturas na folha anexa de JOO (...), por confronto com o B.I. n .........., emitido em ../../.... pelos SIC de Coimbra e de PEDRO (...), por confronto com o B.I. n ..........., emitido em ../../...., pelos SIC de Portalegre, na qualidade de Procurador e Gerente, respectivamente, com poderes para o acto de AMBIENTE SOCIEDADE DE EQUIPAMENTOS ECOLGICOS LDA, conforme verifiquei por uma procurao outorgadaNotariado (FB-2007-2008)

22

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

em 01/10/2007, no Cartrio Notarial da Notria .., que me foi exibida e pela certido emitida em ../../.... pela competente Conservatria que me foi exibida e restitu ou pela consulta feita hoje pelas nove horas, da certido permanente, esta nos termos dos nmeros 2 e 14 da Portaria nmero 1416-A/2006, de 19 de Dezembro. Reg. N xxxx-L/xxx. Lisboa, .. de ........ de .... O(A) Solicitador(a) Carimbo(Artigo 38, n 1, do Decreto Lei 76-A de 29 de Maro) GRATUITO

CERTIFICADOS, CERTIDES E DOCUMENTOS ANLOGOS Cabe aos notrios passar certificados, certides e pblicas-formas, conferir fotocpias e efectuar tradues. CERTIFICADOS Os certificados podem ser de vida e de identidade, de desempenho de cargos e de outros factos. O certificado de vida e de identidade deve conter, em especial, os elementos de identificao do interessado, a forma como a sua identidade foi verificada, a sua assinatura ou a declarao de que no sabe ou no pode assinar e a respectiva impresso digital. No certificado pode ser colada a fotografia do interessado, devendo o notrio apor sobre ela o selo branco do cartrio (art. 161 ). No certificado de desempenho de cargos pblicos e de administrao ou gerncia de pessoas colectivas ou de sociedades deve declarar-se se o facto certificado do conhecimento pessoal do notrio ou se apenas foi provado por documento, devendo fazerse, neste caso, a identificao do documento exibido (art. 162 ). O notrio pode certificar quaisquer outros factos, a pedido dos interessados. Nos certificados de outros factos deve consignar-se com preciso o facto certificado e, em especial, a forma como ele veio ao conhecimento do notrio (art. 163). CERTIDES E PBLICAS-FORMASNotariado (FB-2007-2008)

23

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

O contedo dos instrumentos, registos e documentos arquivados nos cartrios prova-se por meio de certides, as quais podem ser requeridas por qualquer pessoa, com excepo das que se refiram aos seguintes actos (art. 164 ): a) Testamentos pblicos, escrituras de revogao de testamentos, instrumentos de depsito de testamentos cerrados e internacionais e dos respectivos registos, dos quais s podem ser extradas certides, sendo vivos os testadores, quando estes ou procuradores com poderes especiais as requeiram e, depois de falecidos os testadores, quando esteja averbado o falecimento deles; b) Termos de abertura de sinal, dos quais s podem ser extradas certides a pedido das pessoas a quem respeitam ou por requisio das autoridades judiciais ou policiais. As certides referentes aos testamentos e aos termos de abertura de sinal s podem ser entregues ao prprio requisitante ou a quem se mostrar autorizado por este a receb-las. As certides podem ser de teor, ou de narrativa, integrais ou parciais. A certido de teor ou de narrativa integral ou parcial, conforme se reporte a todo o contedo do original ou apenas a parte dele. As certides extradas dos instrumentos e dos documentos existentes nos cartrios devem ser de teor e reproduzir literalmente o original (art. 165 ). As certides de registos e as destinadas a publicao ou comunicao dos actos notariais podem ser de narrativa e reproduzem, por extracto, o contedo destes. Quanto forma das certides dispe o art. 166 as certides de teor so extradas por meio : de fotocpia ou outro modo autorizado de reproduo fotogrfica e, se tal no for possvel, podem ser dactilografadas ou manuscritas. Devem ser dactilografadas as certides de narrativa e as certides de instrumentos e documentos arquivados que se achem manuscritos quando se destinem a fazer f no estrangeiro ou quando a sua leitura no seja facilmente revelada pelo contexto. As certides de teor parcial podem ser passadas quando o instrumento notarial contiver diversos actos jurdicos, ou um s acto de que resultem direitos e obrigaes respeitantes a diferentes pessoas ou entidades (art. 169 ). Se for apenas requisitada certido da parte relativa a algum dos actos ou a algum dos interessados a certido deve incluir a parte do instrumento que se reporte ao acto ou ao interessado indicado pelo requisitante e, ainda, tudo o que se refira ao contexto e requisitos gerais do instrumento e aos documentos que o instruram. A certido deve, ainda, incluir outras referncias, feitas por forma narrativa, quando sejam essenciais boa compreenso do seu contedo e, bem assim, todas as estipulaes queNotariado (FB-2007-2008)

24

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

ampliem, restrinjam, modifiquem ou condicionem a parte certificada. A pblica-forma (art. 171 uma cpia de teor, total ou parcial, extrada pelo notrio, em ) regra por fotocpia, de documentos estranhos ao seu arquivo, que lhe sejam presentes para esse efeito. A pblica-forma deve conter a declarao de conformidade com o original. A pblica-forma de bilhete de identidade e de passaporte s pode ser extrada por meio de fotocpia e deve conter, ainda, a meno do nmero, data de emisso e entidade emitente do original do documento. Esta pblica-forma no pode ser extrada de documento cujo prazo de validade se mostre ultrapassado ou se encontre em mau estado de conservao, salvo se for requerida pelo tribunal. permitida a reproduo, por meio de pblica-forma, de documento escrito em lngua estrangeira que o notrio domine, se o interessado alegar que no exigvel a sua traduo pela entidade perante a qual vai fazer f.

CONFERNCIA DE FOTOCPIAS O notrio pode conferir fotocpias que tenham sido extradas de documentos no arquivados no cartrio, desde que tanto a fotocpia como o documento lhe sejam apresentados para esse fim (art. 171 -A). Quando a natureza ou a extenso desses documentos implique uma conferncia excessivamente demorada, pode o notrio exigir que a fotocpia seja extrada no prprio cartrio. A fotocpia deve conter a declarao de conformidade com o original. Tambm no pode ser conferida ou efectuada fotocpia de bilhete de identidade e de passaporte cujo prazo de validade se mostre ultrapassado ou se encontre em mau estado de conservao, salvo se tal for requerido pelo tribunal. O Decreto-Lei n 28/2000, de 13 de Maro, retirou aos cartrios notariais o exclusivo da certificao da conformidade das fotocpias com os documentos originais. Tal competncia foi tambm conferida s juntas de freguesia, ao operador de servio pblico de correios (CTT - Correios de Portugal), s cmaras de comrcio e indstria reconhecidas nos termos do Decreto-Lei n 244/92, de 29 de Dezembro, aos advogados e aos solicitadores. MINUTAS 1. Conferncia de Fotocpia Acta Assembleia Geral(Artigo 1, n 3, do Decreto Lei 28/2000 de 13 de Maro) (Artigo 38, n 1, do Decreto Lei 76-A de 29 de Maro)

CERTIFICONotariado (FB-2007-2008)

25

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

--- Que o presente documento em fotocpia, ocupa TRS folhas, que por me ter sido pedido fiz extrair e vai conforme o original que a ACTA NMERO OITO, lavrada de folhas Oito verso a folhas Nove verso, do Livro de Actas da Assembleia Geral da sociedade denominada PUBLICIDADE INOVADORA, S.A., com sede em Lisboa, o qual est devidamente legalizado e selado. Reg. N xxxx-L/xxx. Lisboa, .. de ........ de .... O(A) Solicitador(a) Carimbo(Artigo 1, n 3, do Decreto Lei 28/2000 de 13 de Maro)GRATUITO

2. Conferncia de Fotocpia Diploma(Artigo 1, n 3, do Decreto Lei 28/2000 de 13 de Maro) (Artigo 38, n 1, do Decreto Lei 76-A de 29 de Maro)

CERTIFICO QUE A PRESENTE FOTOCPIA EST CONFORME O ORIGINAL O documento ocupa DUAS folhas, escritas numa s face, as quais tm aposto o meu carimbo profissional e foram por mim numeradas e rubricadas e constitui o Diploma de Licenciatura em Solicitadoria, emitido em .., pelo ISCAD e conferido a .., do qual consta o respectivo selo branco, que me foi exibido e restitu. Reg. N xxxx-L/xxx. Lisboa, .. de ........ de .... O(A) Solicitador(a) Carimbo(Artigo 1, n 3, do Decreto Lei 28/2000 de 13 de Maro)GRATUITO

3. Conferncia de Fotocpia Bilhete de Identidade(Artigo 1, n 3, do Decreto Lei 28/2000 de 13 de Maro) (Artigo 38, n 1, do Decreto Lei 76-A de 29 de Maro)

CERTIFICO QUE A PRESENTE FOTOCPIA EST CONFORME O ORIGINALNotariado (FB-2007-2008)

26

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

Certifico nos termos do disposto no Decreto-Lei n 28/2000, de 13 de Maro, que a presente fotocpia, composta por UMA folha, utilizada numa s face, a qual tem aposto o meu carimbo profissional e foi por mim numerada e rubricada, est conforme o Bilhete de Identidade n 2222222 emitido em 20 de Agosto de 2007 pelos SIC de Lisboa, que me foi exibido e restitu. Que o original tem aposto o respectivo selo branco em relevo que a fotocpia no reproduz. Reg. N xxxx-L/xxx. Lisboa, .. de ........ de ....

O(A) Solicitador(a)Carimbo(Artigo 1, n 3, do Decreto Lei 28/2000 de 13 de Maro)GRATUITO

Notariado (FB-2007-2008)

27

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

TRADUES A traduo de documentos (art. 172 compreende a v erso para a lngua portuguesa do seu ) contedo integral, quando escritos numa lngua estrangeira, ou a verso para uma lngua estrangeira do seu contedo integral, quando escritos em lngua portuguesa. A traduo deve conter a indicao da lngua em que est escrito o original e a declarao de que o texto foi fielmente traduzido. A traduo pode ser feita por tradutor ajuramentado; em qualquer caso, deve conter a declarao de conformidade com o original. As cmaras de comrcio e indstria, reconhecidas nos termos do Decreto-Lei n 244/92, de 29 de Outubro, os conservadores, os oficiais de registo, os advogados e os solicitadores podem fazer reconhecimentos simples e com menes especiais, presenciais e por semelhana, autenticar documentos particulares, certificar, ou fazer e certificar, tradues de documentos, nos termos previstos na lei notarial. (Art. 38, n 1 do DL 76-A/2006, de 29 de Maro)

MINUTAS Certificado de Traduo(Art. 38, n 1 do DL 76-A/2006, de 29 de Maro)

CERTIFICADO DE TRADUO F............., Solicitador(a), com escritrio em ......................., CERTIFICO, que nesta data, compareceu perante mim, F............................, solteiro, maior, natural da freguesia de ......., concelho de ........., com domiclio profissional em ......................, pessoa cuja identificao verifiquei pelo meu conhecimento pessoal, o qual me apresentou traduo para lngua portuguesa do documento anexo, redigido em lngua inglesa, tendo-me declarado sob compromisso de honra que a mesma foi por si feita e est fiel e exacta com o referido documento, ficando a traduo por si feita anexa ao documento traduzido. Lisboa, .. de ..... de .... O(A) TRADUTOR(A)

Reg. N xxxx-L/xxx.

O(A) Solicitador(a)Notariado (FB-2007-2008)

28

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

Carimbo(Artigo 1, n 3, do Decreto Lei 28/2000 de 13 de Maro) Imposto de Selo pago por meio de Guia Art 15.4.1.2. da T.I.S.GRATUITO

PROCURAES E SUBSTABELECIMENTOS As procuraes que exijam interveno notarial podem ser lavradas por instrumento pblico, por documento escrito e assinado pelo representado com reconhecimento presencial da letra e assinatura ou por documento autenticado (art. 116 ). As procuraes conferidas tambm no interesse de procurador ou de terceiro devem ser lavradas por instrumento pblico cujo original arquivado no cartrio notarial. Os substabelecimentos revestem a forma exigida para as procuraes. A representao voluntria aquela em que a atribuio dos poderes representativos depende da vontade das partes. Constitui-se por procurao: acto pelo qual algum confere a outrem, voluntariamente, poderes representativos. Estes poderes representativos so conferidos geralmente por forma escrita, com ou sem interveno notarial. O procurador deve actuar nos limites e de acordo com os poderes que lhe foram conferidos e no pode agir contra as instrues do representado. Quando as procuraes contenham poderes gerais de administrao civil ou de gerncia comercial, para contrair obrigaes cambirias, para fins que envolvam confisso, desistncia ou transaco em pleitos judiciais, ou para representao em actos que devam realizar-se por escritura pblica ou outro modo autntico ou para cuja prova seja exigido documento autntico, tero que ser conferidas por qualquer dos seguintes modos: a) Por instrumento pblico; b) Por documento escrito e assinado pelo representado com reconhecimento presencial da letra e assinatura; c) Por documento autenticado. O procurador pode fazer-se substituir por outrem se o representado o permitir ou se aNotariado (FB-2007-2008)

29

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

faculdade de substituio resultar do contedo da procurao ou da relao jurdica que a determina. A procurao livremente revogvel pelo representado e extingue-se por renncia do procurador, ou quando cessa a relao jurdica que lhe serve de base, excepto se outra for, neste caso, a vontade do representado.Procuraes conferidas no interesse do procurador ou de terceiro - Devem ser lavradas por instrumento pblico, que fica arquivado no cartrio. Estas procuraes no podem ser revogadas sem acordo do mandatrio, salvo ocorrendo justa causa (n 3 do art. 265 do Cdigo Civil). Os instrumentos desta espcie de procuraes so registados no livro de registo de instrumentos avulsos e de documentos, previsto no art. 16. do Cd. Notariado, e arquivados no mao de documentos privativos a que se refere a alnea f) do n 2 do art. 28. do mesmo cdigo. Em cumprimento do disposto na alnea a) do n 1 do artigo 186. do Cdigo do Notariado, deve ser enviada Direco-Geral dos Impostos, em suporte informtico, at ao dia 15 de cada ms, uma relao desta espcie de instrumentos, que tenham sido lavrados no ms anterior. O mandato conferido no interesse do mandatrio ou de terceiro no caduca por morte, interdio ou inabilitao do mandante (v. art. 1175 do Cdigo Civil). Averbamentos - So averbados no instrumento a que respeitam: os instrumentos de revogao e de renncia de procurao (art. 131 n 1, aI. b), do C. Not.). , Consentimento conjugal - So aplicveis forma do consentimento conjugal as regras estabelecidas para as procuraes (art. 117. do CN .). No mesmo sentido o n 2 do art. 1684 do Cdigo Civil: A forma do consentimento a exigida para a procurao. Verificao da qualidade e poderes - A prova documental da qualidade de representante de pessoa colectiva sujeita a registo e da suficincia dos seus poderes, faz-se por certido do registo comercial, vlida por um ano, sem prejuzo do notrio poder solicitar ainda outros documentos por onde complete a verificao dos poderes invocados (art. 49, n 1 do C.N.) O fenmeno representativo nem sempre tem que ser comprovado documentalmente. O notrio pode dispensar a prova documental na representao orgnica, quando tenha conhecimento pessoal da qualidade e dos poderes do representante, e no tem que exigir qualquer prova quanto qualidade dos pais que outorguem como representantes de filhos menores. Representao legal - Os representantes legais dos incapazes no podem fazer doaes em nome destes (art. 949. n 2), nem aceitar hera na, doao ou legado com encargos, , sem prvia autorizao do tribunal (art. 1889. n 1, aI. 1). ,Notariado (FB-2007-2008)

30

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

Sem autorizao do tribunal no podem os pais tomar de arrendamento ou adquirir, directamente ou por interposta pessoa, ainda que em hasta pblica, bens ou direitos do filho sujeito ao poder paternal (ver n 1 do art. 1892. ) Na constncia do matrimnio o exerccio do poder paternal pertence a ambos os pais. Quando um dos pais no puder exercer o poder paternal por ausncia, incapacidade ou outro impedimento, caber o exerccio do poder ao outro progenitor. Quando o menor seja representado por ambos os pais, se houver desacordo destes acerca da convenincia de intentar a aco, pode qualquer deles requerer ao tribunal competente a resoluo do conflito. Representao voluntria - A representao voluntria regulada, quanto existncia, extenso, modificao, efeitos e extino dos poderes representativos, pela lei do estado em que os poderes so exercidos. Quando a representao se refira disposio ou administrao de bens imveis aplicvel a lei do pas da situao desses bens (nmeros 1 e 4 do art. 39 do CC). Substituio - O procurador s pode fazer-se substituir por outrem se o representado o permitir ou se a faculdade de substituio resultar do contedo da procurao ou da relao jurdica que a determina (n 1 do art. 264. ). Os substabelecimentos devem revestir a forma exigida para a procurao. Representao sem poderes - O negcio que uma pessoa, sem poderes de representao, celebre em nome de outrem ineficaz em relao a este, se no for por ele ratificado (n 1 do art 267. ) Pluralidade de mandatrios - Se algum incumbir duas ou mais pessoas da prtica dos mesmos actos jurdicos, haver tantos mandatos quantas as pessoas designadas, salvo se o mandante declarar que devem agir conjuntamente (art. 1160 CC). Representao orgnica - As pessoas colectivas e as sociedades so representadas por quem a lei, os estatutos ou o pacto social designarem (n 1 do art. 21. do Cdigo de Processo Civil). A representao da pessoa colectiva, em juzo e fora dele, cabe a quem os estatutos determinarem ou, na falta de disposio estatutria, administrao ou a quem por ela for designado (n 1 do art. 163 do Cdigo Civil). Mandato comercial - D-se mandato comercial quando alguma pessoa se encarregue de praticar um ou mais actos de comrcio por mandato de outrem. Procuraes especficas - A procurao para doar deve especificar no s a pessoa doNotariado (FB-2007-2008)

31

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

donatrio como determinar o objecto da doao. A procurao para representao de um dos nubentes ou para a concesso do consentimento necessrio celebrao do casamento de menores deve individualizar o outro nubente e indicar a modalidade do casamento (n 1 do art.44. do Cdigo do Registo Civil). Forma da procurao - Salvo disposio legal em contrrio, a procurao revestir a forma exigida para o negcio que o procurador deva realizar (n 2 do art. 262. ).

MINUTAS 1. Procurao c/Poderes Gerais de Gesto Por Instrumento PblicoPROCURAO --- Aos .............. dias do ms de ......... de ..............., no Cartrio Notarial de Lisboa, sito em ........ perante mim, Lic. ................................., respectiva Notria, compareceram como outorgantes: --- PEDRO .........., casado, natural de Espanha, residente em ......................................., titular do Passaporte n ......., emitido em 16/07/2003 pelo Ministrio del Interior e FRANCISCO ..............., casado, natural da freguesia de ............, concelho de ................, residente em ...................................., titular do Bilhete de Identidade n .........., emitido em 04/02/2003 pelos SIC de Castelo Branco, que outorgam na qualidade de Administradores, em nome e representao da sociedade annima denominada EUROPA - MARKETING E OPINIO, S.A., com sede na Avenida Eng. Arantes e Oliveira, nmero um, em Lisboa, freguesia do Alto do Pina, matriculada na Conservatria do Registo Comercial de Lisboa, sob o nmero 500111111 / NIPC, com o capital social de Quatrocentos Mil Euros. Verifiquei a identidade dos outorgantes por exibio dos mencionados documentos de identificao e a invocada qualidade e poderes vinculatrios por uma certido emitida em ..................... pela referida Conservatria, que me foi exibida. --- E DISSERAM: --- Que, pelo presente instrumento e nos termos da deliberao tomada em reunio do Conselho de Administrao realizada em vinte e cinco de Setembro de dois mil e sete, de que foi lavrada a acta nmero seis, constituem procuradora da sociedade que representam, ANA .................., casada, natural da freguesia de ....., concelho de ..........., residente em .........................................., a quem conferem os poderes necessrios para, szinha, obrigar a sociedade na prtica dos seguintes actos: a) Abrir e movimentar quaisquer contas bancrias em que a Sociedade seja titular, assinando ordens de pagamento a bancos, de transferncia e de dbito em conta, pedidos de divisas e documentos, at ao montante de trs mil euros; b) Representar a Sociedade perante todas e quaisquer entidades pblicas ou privadas; c) Representar a Sociedade e subscrever requerimentos junto das Conservatrias do Registo Comercial, Predial, Automvel ou outras, Servios de Finanas e Autarquias Locais; d) Assinar toda a correspondncia requerida pela actividade da Sociedade, bem como quaisquer declaraes que se vierem a mostrar necessrias; e) Assinar contratos de prestao de servios, no mbito da actividade especfica da Sociedade, aNotariado (FB-2007-2008)

32

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

celebrar quer com entidades pblicas, quer com entidades privadas, podendo assinar os respectivos contratos; f) Celebrar e assinar contratos relativos prestao de servios por terceiros e locao financeira (leasing) at ao montante de trs mil euros; g) Assinar contratos de aluguer ou de compra de equipamentos destinados actividade da Sociedade, at ao montante de trs mil euros; h) Outorgar, alterar e revogar contratos de trabalho; i) Emitir recibos e dar quitao de quaisquer quantias recebidas pela Sociedade; j) Aceitar confisses de dvidas; k) Assinar cheques da Sociedade, at ao montante de trs mil euros; l) Representar a Sociedade em juzo e fora dele, com expressa excluso de poderes de representao da Sociedade quando esta assuma a qualidade de arguida em processos de natureza criminal. Para montantes superiores a trs mil euros ser necessria a assinatura da procuradora ora constituda, conjuntamente com a assinatura de um administrador ou de outro procurador com poderes para o acto. --- ASSIM O DISSERAM E OUTORGARAM. --- Esta procurao foi lida e o seu contedo explicado em voz alta, na presena simultnea dos outorgantes.

2. Procurao c/Termo de Autenticao (Pessoa Singular)PROCURAO LAURINDA (...), solteira, maior, natural da freguesia de So Sebastio, concelho de Setbal, NIF 204 000 000, titular do bilhete de identidade nmero 8888888, emitido em 14/01/2005, pelos SIC de Lisboa, residente na Rua Lopes Ribeiro, n 10, 1 D, em Lisboa, constituo meu bastante procurador JOO (...), solteiro, maior, natural da freguesia de So Cristvo e So Loureno, concelho de Lisboa, comigo residente, a quem concedo os necessrios poderes para, em meu nome e representao, comprar sociedade A & L Promoo de Empreendimentos Imobilirios, Lda., pelo preo e nas condies que melhor entender, metade da fraco autnoma designada pela letra U que corresponde ao apartamento nmero duzentos e seis, do prdio sito na freguesia e concelho de Vila Real, descrito na Conservatria do Registo Predial de Vila Real sob o nmero SETE MIL, da indicada freguesia, inscrito na matriz sob o artigo 1600, podendo para o efeito, requerer junto da Conservatria do Registo Predial competente, quaisquer actos de registo predial, provisrios ou definitivos, averbamentos ou cancelamentos, fazer declaraes complementares, requerer no competente Servio de Finanas cadernetas ou certides prediais, outorgar a respectiva escritura, pagar o preo e receber a competente quitao, e de um modo geral praticar todos os demais actos que sejam necessrios ou convenientes ao bom exerccio dos seus poderes, assinando e requerendo tudo o que necessrio se torne til ou conveniente para os referidos efeitos, o que desde j est autorizado a fazer. Lisboa, onze de Julho de dois mil e sete.Notariado (FB-2007-2008)

33

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

TERMO DE AUTENTICAO No dia onze de Julho de dois mil e sete, perante mim, F......., Solicitador(a), com escritrio em ............................., compareceu como signatria: LAURINDA (...), solteira, maior, natural da freguesia de So Sebastio, concelho de Setbal, NIF 204 000 000, residente na Rua Lopes Ribeiro, n 10, 1 D, em Lisboa. Verifiquei a identidade da signatria por exibio do seu Bilhete de Identidade nmero 8888888, emitido em 14/01/2005, pelos SIC de Lisboa. E POR ELA FOI DITO: Que para fins de autenticao, me apresentou a procurao anexa, que declarou ter lido e assinado e que a mesma exprime a sua vontade, tendo sido por ela assinada. Este termo de autenticao foi lido signatria.

Foi cobrado nesta data o selo da verba 15.4.1.2 da TGIS no montante de 5,00

Reg. N XXXXL/XXX

O(A) Solicitador(a)

(Artigo 38 do Decreto-Lei n 76-A/2006 de 29 de Maro)

GRATUITO

Notariado (FB-2007-2008)

34

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

3. Procurao c/Termo de Autenticao (Pessoa Colectiva)PROCURAO LUS (...), casado, natural da freguesia de Santa Isabel, concelho de Lisboa, com domicilio profissional na Rua ....................., freguesia de ..........., concelho de ......, titular do Bilhete de Identidade n 4000000, de 11/05/2001, emitido pelos SIC de Lisboa, na qualidade de administrador da sociedade annima UTSP, S.A., matriculada na Conservatria do Registo Comercial de ......... sob o n 508 000 000 / NIPC, com o capital social de Cinquenta Mil Euros, constitui, nos termos da deliberao tomada em reunio do Conselho de Administrao, realizada em trinta e um de Julho de dois mil e sete, mandatrias da sociedade sua representada: MARIA DA CONCEIO (...), casada, natural da freguesia e concelho do Barreiro e DULCE MARIA (...), casada, natural da freguesia de Nossa Senhora de Ftima, concelho de Lisboa, ambas com domicilio profissional na Rua ......................., freguesia de ............, concelho de ......, a quem, nos termos do disposto no nmero quatro do Artigo Oitavo dos estatutos da sociedade, confere os poderes necessrios para, em nome da sociedade, actuando as duas em conjunto, movimentarem as contas bancrias da sociedade, subscrevendo todos os documentos e praticando todos os actos que se mostrem necessrios para tal efeito, nomeadamente, depositar, levantar e transferir quaisquer quantias das referidas contas bancrias, assinar e endossar cheques, passar recibos, aceitar e endossar letras e assinar ordens de pagamento. Lisboa, vinte de Agosto de dois mil e sete.

TERMO DE AUTENTICAO No dia vinte de Agosto de dois mil e sete, perante mim, F......., Solicitador(a), com escritrio em ............................., compareceu como signatrio: LUS (...), casado, natural da freguesia de Santa Isabel, concelho de Lisboa, com domicilio profissional na Rua ................, freguesia de ..........., concelho de ......, na qualidade de administrador da sociedade annima UTSP, S.A., matriculada na Conservatria do Registo Comercial de ......... sob o n 508 000 000 / NIPC, com o capital social de Cinquenta Mil Euros. Verifiquei a identidade do signatrio por exibio do seu Bilhete de Identidade nmero 4000000, emitido em 11/05/2001, pelos SIC de Lisboa e a invocada qualidade e poderes vinculatrios por uma certido emitida pela referida Conservatria em vinte e nove de Junho de dois mil e sete e pela acta nmero um da reunio do Conselho de Administrao, realizada em trinta e um de Julho de dois mil e sete, documentos que me foram exibidos. E POR ELE FOI DITO: Que para fins de autenticao, me apresentou a procurao anexa, que declarou ter lido e assinado e que a mesma exprime a vontade da sociedade sua representada, tendo sido por ele assinada.Notariado (FB-2007-2008)

35

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

Este termo de autenticao foi lido ao signatrio. Foi cobrado nesta data o selo da verba 15.4.1.2 da TGIS no montante de 5,00 Reg. N XXXXL/XXX O(A) Solicitador(a)

(Artigo 38 do Decreto-Lei n 76-A/2006 de 29 de Maro)

GRATUITO

4. Procurao conferida no interesse do procurador Por Instrumento Pblico ()E por ele foi dito que constitui seu procurador F........, casado, natural da freguesia de .................., concelho de ..., residente em ................, a quem confere poderes para vender a si ou a terceiros o prdio urbano sito, descrito na Conservatria do Registo Predial de ............... sob o nmero ................, inscrito na matriz sob o artigo nmero ...... Esta procurao irrevogvel nos termos do nmero trs do artigo duzentos e sessenta e cinco e do nmero dois do artigo mil cento e setenta, ambos do Cdigo Civil, pois conferida no interesse do mandatrio, e poder ser exercido negcio consigo mesmo, seja em nome prprio ou de terceiros, nos termos do artigo duzentos e sessenta e um do Cdigo Civil. --- ASSIM O DISSE E OUTORGOU --- Esta procurao foi lida e o seu contedo explicado em voz alta ao outorgante.

5. Revogao de procuraoINSTRUMENTO DE REVOGAO --- Aos ....... dias do ms de ......... de ..............., no Cartrio Notarial de Lisboa, sito em ........ perante mim, Lic. .............................., respectiva Notria, compareceram como outorgantes: --- () --- E DISSERAM: *** Que, pelo presente instrumento, em nome da sua representada, REVOGAM, com efeitos imediatos, todos os poderes que, por procurao outorgada no dia vinte e sete de Junho de dois mil e

Notariado (FB-2007-2008)

36

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

cinco, no XXX Cartrio Notarial de Lisboa, a sua representada conferiu a JOS ANTNIO ................., divorciado, natural da freguesia de ......, concelho de ........., residente em .... --- ASSIM O DISSERAM E OUTORGARAM. --- Este instrumento foi lido e o seu contedo explicado em voz alta na presena simultnea dos outorgantes. OU **** Que, pelo presente instrumento, em nome da sua representada, REVOGAM, com efeitos imediatos, todos os poderes que, a sua representada conferiu a JOS ANTNIO ................., divorciado, natural da freguesia de ......, concelho de ........., residente em .... por procurao outorgada no dia vinte e sete de Junho de dois mil e cinco, no Vigsimo Stimo Cartrio Notarial de Lisboa, a arquivada sob o nmero ............ do mao de documentos .....

6. Substabelecimento por instrumentoSUBSTABELECIMENTO --- Aos .............. dias do ms de ......... de ..............., no Cartrio Notarial de Lisboa, sito em ........ perante mim, Lic. ................................., respectiva Notria, compareceu como outorgante: --- MANUEL...................., casado, natural da freguesia de Cedofeita, concelho do Porto, com domiclio profissional em......................, cuja identidade verifiquei pelo meu conhecimento pessoal. -- E DISSE: --- Que, pelo presente instrumento, substabelece na sua colega MARIA.................., casada, natural da freguesia de......, concelho de........, residente em............................, os poderes que lhe foram conferidos pela sociedade ........................, sociedade de direito norte americano, com sede em quatrocentos e oitenta e oito, Madison Avenue, Nova Iorque, Estados Unidos da Amrica, para outorgar o contrato de cesso de quotas na sociedade PUBLICIDADE, LDA., mediante a qual a sua substabelecida adquire sociedade ...............GROUP INC. a totalidade das quotas de que esta titular no capital social da sociedade PUBLICIDADE, LDA., por procurao outorgada em............................., perante Notria Pblica do Estado de Nova Iorque. --- Este instrumento foi lido e o seu contedo explicado em voz alta ao outorgante.

7. Procurao forensePROCURAO F................................., (estado civil), NIF ........................, natural da freguesia de ............, concelho de ................, residente em .........................., titular no B.I. n ............... emitido em .........., pelos SIC de Lisboa, constitui seu bastante procurador o Exmo. Senhor Dr. .............., Solicitador com escritrio

Notariado (FB-2007-2008)

37

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

em .........................., a quem confere os poderes forenses gerais e, bem assim os especiais para confessar, desistir ou transigir. Lisboa, ... de ....... de ....

8. Substabelecimento forenseSUBSTABELECIMENTO F, solicitador(a), com escritrio em ............................, substabeleo, sem reserva, no meu Colega de escritrio Dr. SVM, todos os poderes forenses que me foram conferidos pela SOCIEDADE ................................, S.A. Lisboa, .. de ......... de ....

9. RatificaoINSTRUMENTO DE RATIFICAO --- No dia ..... de ........ de dois mil e sete, no Cartrio Notarial de Lisboa, perante mim, ........., compareceu como outorgante: --- MARIA (...), NIF 124 000 000, natural da freguesia de So Sebastio da Pedreira, concelho de Lisboa, casada sob o regime da comunho de adquiridos com JORGE (...), residente na Quinta das Milfontes, 33, 1 Esq, em Lisboa, titular do B. I. nmero ..........., emitido em ............., pelos SIC de Lisboa. Verifiquei a identidade da outorgante pela exibio do mencionado bilhete de identidade. ---E DISSE: - Que, pelo presente instrumento, RATIFICA, para todos os efeitos de direito, os negcios em que RUI (...), divorciado, NIF 135 000 000, natural da freguesia de So Sebastio da Pedreira, concelho de Lisboa, residente na Rua Bea Monteiro, n 19, 3 A, em Lisboa, interveio como seu gestor de negcios, na escritura de cesso de quotas lavrada em vinte e oito de Dezembro ltimo, a folhas oitenta e sete, do Livro nmero trezentos e sessenta-J das notas deste Cartrio, cujo contedo conhece plenamente, pela qual seu marido cedeu sociedade MOBILIRIO URBANO, S.A., a quota do valor nominal de dois mil euros, titulada em nome dele marido, pelo preo de cinquenta mil e trinta e nove euros e vinte e dois cntimos. --- ASSIM O DISSE E OUTORGOU --- Esta ratificao foi lida e o seu contedo explicado em voz alta na presena da outorgante.

10. Consentimento Conjugal / AutorizaoAUTORIZAO --- Eu JOS.........................., natural da freguesia de........, concelho de......., N.I.F. ... ... ..., titular do B.I. n ......., emitido em ../../.... pelos S.I.C. de Lisboa, casado sob o regime da comunho de adquiridos com Maria ................................., residente em ............... autorizo a minha referida mulher Maria ..................... natural da freguesia de ........................., concelho de ......................., comigoNotariado (FB-2007-2008)

38

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

residente, a vender a quem quiser, pelo preo e condies que melhor entender, o prdio urbano sito em ............................, descrito na ......... Conservatria do Registo Predial de Lisboa, sob o nmero ......................, a folhas .............., do livro B-Um, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1983, de que ela co-titular, em comum e sem determinao de parte ou direito, podendo para o efeito, constituir procurador para outorgar a respectiva escritura, nos termos e condies que melhor entender. DATA ASSINATURA (Reconhecimento de Letra e Assinatura)

AUTENTICAO DE DOCUMENTOS PARTICULARES Os documentos particulares adquirem a natureza de documentos autenticados desde que as partes confirmem o seu contedo perante o notrio. Apresentado o documento para fins de autenticao, o notrio deve reduzi-la a termo (art. 150 ). O termo de autenticao, alm de conter, na parte aplicvel, os requisitos de forma exigveis, segundo o art. 46 a todos os instrumen tos notariais, deve conter ainda a , declarao das partes de que j leram o documento ou esto perfeitamente inteiradas do seu contedo e que este exprime a sua vontade (art. 151 ). Se o documento que se pretende autenticar estiver assinado a rogo, devem constar ainda do termo, o nome completo, a naturalidade, o estado e a residncia do rogado e a meno de que o rogante confirmou o rogo no acto da autenticao (art. 152 ). MINUTAS 1. Termo de Autenticao (Pessoa Colectiva) TERMO DE AUTENTICAO No dia .............., no Cartrio Notarial de Lisboa, a cargo da Notria Lic. ................., sito na Rua .................., perante mim, Maria .........................., colaboradora autorizada, compareceram como outorgantes: F................, casado, natural da freguesia de ......., concelho de ......., residente em ........... e F............., casado, natural da freguesia de ..............., concelho de ......, residente em ......, que outorgam na qualidade de administradores e em representao da sociedade annima denominada ........................, S.A., matriculada na Conservatria do Registo Comercial de Lisboa sob o nmero 500 000 000 / NIPC, com sede em Lisboa, na Avenida ...... com o capital social de dezasseis milhes e duzentos e cinquenta mil euros,. Verifiquei a identidade dos outorgantes pela exibio dos seus bilhetes de identidade nmerosNotariado (FB-2007-2008)

39

LICENCIATURA EM SOLICITADORIA

1111111 de 10/10/2002 e 222222 de 06/03/1996, ambos emitidos pelos SIC de Lisboa, e a invocada qualidade e poderes por uma certido emitida pela Conservatria do Registo Comercial de Lisboa, em .. de ..... de ...., que me foi exibida. E pelos outorgantes foi-me pedida a autenticao da presente Declarao de Distrate, que declararam ter j lido e expressar a vontade da sua representada e cujo contedo disseram confirmar. Este termo de autenticao foi lido e feita a explicao do seu contedo, em voz alta, na presena simultnea dos outorgantes. A COLABORADORA AUTORIZADA, Registo n ._______

2. Termo de Autenticao (Pessoa Singular) TERMO DE AUTENTICAO No dia .............., no Cartrio Notarial de Lisboa, a cargo da Notria Lic. ................., sito na Rua .................., perante mim, Maria .........................., colaboradora autorizada, compareceu como outorgante: AUGUSTO ........................, NIF 111 111 111, natural da freguesia de ....., concelho de ....., casado sob o regime da comunho de adquiridos com Maria ....................., residente em ........... Verifiquei a identidade do outorgante por exibio do seu Bilhete de Identidade nmero 1222222, de 07/11/2003, emitido pelos SIC de Lisboa. E POR ELE FOI DITO: Que para fins de autenticao, me apresentou a procurao anexa, que declarou ter lido e assinado e que a mesma exprime a sua vontade, tendo sido por ele assinada. Este termo de autenticao foi lido e o seu contedo explicado ao outorgante, em voz alta, na sua presena. A COLABORADORA AUTORIZADA, Registo n ._______

SOCIEDADES As sociedades comerciais so, como consta do Art. 1, n 2 do CSC Cdigo das Sociedades Comerciais, a