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1 TRANSCRIÇÃO AUDIÊNCIA PÚBLICA REALIZADA NA DATA DE 25/02/2015 NO MUNICÍPIO DE SAQUAREMA PARA ANÁLISE E DISCUSSÃO DO EIA-RIMA DO TERMINAIS PONTA NEGRA (Apresentador) Boa noite senhoras e senhores, vamos dar início a Audiência Pública para a apresentação e discussão do relatório de impacto ambiental de licenciamento, relativo ao requerimento de licença previa para implantação de um território portuário, terminal portuário localizado no município de Maricá pela DTA Engenharia Ltda. Para presidir a mesa gostaria de registrar a presença do senhor Mauricio Couto, acompanhado do secretário Ian Linicei. O analista ambiental responsável pelo grupo técnico Sr. Luiz Martins Heckmaier. O Representante da DTA Engenharia LTDA. que fará a apresentação do empreendimento, Mauro Scazufca; e o coordenador do EIA – RIMA pela empresa Arcadis, o biólogo Norberto Rule. Gostaríamos de convidar para fazer parte da mesa o procurador geral do município de Saquarema ; o Dr. Alexandre Augusto Esteves. Gostaríamos também de registrar a presença do Secretário De Economia Solidária do município de Maricá, o S.r. Miguel Moraes. Passamos a palavra para o presidente desta audiência; o Sr. Mauricio Couto. (Presidente da Mesa) Boa noite senhoras e senhores, meu nome é Mauricio Couto eu sou engenheiro Civil e Sanitarista da Secretaria de Estado e do Ambiente fui designado pela Comissão Estadual De Controle Ambiental a CECA, para presidir os trabalhos desta Audiência Pública referente ao licenciamento ambiental dos Terminais Ponta Negra. Eu chamaria para compor a mesa, por favor, se tiver algum representante do MP estadual ou do MP Federal. Se já tiverem chegado, favor é só se dirigirem a mesa se quiserem fazer parte, que muito nos orgulhará. Ontem fizemos a reunião em Maricá e teve a participação do MP estadual e, recebemos... Por favor... Eu estou informando para o senhor que eles receberam o convite das duas audiências públicas, ontem teve o comparecimento do Ministério Público Estadual, recebemos um ofício do Ministério Público Federal que mandaria representante que infelizmente não participou e receberam convite o Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual para esta Audiência Pública aqui em Saquarema hoje dia 25, tá. A não participação deles não invalida a Audiência Pública. Esta Audiência Pública ela segue o rito da resolução Conema 035 de 2011 se o senhor tiver acesso o senhor vai ver que um dos artigos, os parágrafos dizem: que a ausência de um destes representantes convidados não invalida e nem anula a Audiência Pública... Exatamente.....Aqui tem um representante da CECA, que sou eu e um representante do INEA.

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TRANSCRIÇÃO AUDIÊNCIA PÚBLICA REALIZADA NA DATA DE 25/02/2015 NO MUNICÍPIO DE

SAQUAREMA PARA ANÁLISE E DISCUSSÃO DO EIA-RIMA DO TERMINAIS PONTA NEGRA

(Apresentador) Boa noite senhoras e senhores, vamos dar início a Audiência Pública para a

apresentação e discussão do relatório de impacto ambiental de licenciamento, relativo ao

requerimento de licença previa para implantação de um território portuário, terminal

portuário localizado no município de Maricá pela DTA Engenharia Ltda.

Para presidir a mesa gostaria de registrar a presença do senhor Mauricio Couto, acompanhado

do secretário Ian Linicei.

O analista ambiental responsável pelo grupo técnico Sr. Luiz Martins Heckmaier.

O Representante da DTA Engenharia LTDA. que fará a apresentação do empreendimento,

Mauro Scazufca; e o coordenador do EIA – RIMA pela empresa Arcadis, o biólogo Norberto

Rule.

Gostaríamos de convidar para fazer parte da mesa o procurador geral do município de

Saquarema ; o Dr. Alexandre Augusto Esteves.

Gostaríamos também de registrar a presença do Secretário De Economia Solidária do

município de Maricá, o S.r. Miguel Moraes.

Passamos a palavra para o presidente desta audiência; o Sr. Mauricio Couto.

(Presidente da Mesa) Boa noite senhoras e senhores, meu nome é Mauricio Couto eu sou

engenheiro Civil e Sanitarista da Secretaria de Estado e do Ambiente fui designado pela

Comissão Estadual De Controle Ambiental a CECA, para presidir os trabalhos desta Audiência

Pública referente ao licenciamento ambiental dos Terminais Ponta Negra.

Eu chamaria para compor a mesa, por favor, se tiver algum representante do MP estadual ou

do MP Federal. Se já tiverem chegado, favor é só se dirigirem a mesa se quiserem fazer parte,

que muito nos orgulhará.

Ontem fizemos a reunião em Maricá e teve a participação do MP estadual e, recebemos... Por

favor... Eu estou informando para o senhor que eles receberam o convite das duas audiências

públicas, ontem teve o comparecimento do Ministério Público Estadual, recebemos um ofício

do Ministério Público Federal que mandaria representante que infelizmente não participou e

receberam convite o Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual para esta

Audiência Pública aqui em Saquarema hoje dia 25, tá.

A não participação deles não invalida a Audiência Pública. Esta Audiência Pública ela segue o

rito da resolução Conema 035 de 2011 se o senhor tiver acesso o senhor vai ver que um dos

artigos, os parágrafos dizem: que a ausência de um destes representantes convidados não

invalida e nem anula a Audiência Pública... Exatamente.....Aqui tem um representante da

CECA, que sou eu e um representante do INEA.

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Então, dando continuidade aqui, essa Audiência Pública é referente ao licenciamento

ambiental do empreendimento Terminais Ponta Negra em cumprimento da deliberação CECA

número 5.824 de 16 de dezembro de 2014 publicado no D.O. de 23 de dezembro de 2014.

Por favor, o representante do MP Federal, David Moura está aqui. Você quer fazer parte da

mesa ou só participar? Tá ok, muito obrigado pela participação. É porque ontem eu cheguei

até a informar sobre o convite, mas não sei se vc estava presente. Do procurador...é porque

ele citou que seria representado por você! Está bom. Muito obrigado pela participação.

Antes de dar início a Audiência Pública, eu gostaria de convidar a todos para ouvir o hino

nacional.

(Hino Nacional)

(Presidente da Mesa) Bom senhoras e senhores, lembrando que a Audiência Pública é para

um licenciamento ambiental, não tem caráter decisório e nem deliberativo, ou seja, não será

aqui nesta reunião que será decidida pela expedição ou não da licença. Esta Audiência Pública

é a fase do licenciamento prévio onde o objetivo dela é apresentar o projeto, apresentar de

forma reduzida o estudo de impacto ambiental, os principais impactos identificados e as

propostas de planos e programas para mitigação destes impactos, e ai vocês demandam

conhecimentos, expressão suas opiniões, as manifestações... Esta Audiência Pública está sendo

gravada e filmada, tudo que for dito aqui, todas as contribuições durante as fases da Audiência

Pública farão parte dos autos do processo de licenciamento.

Finda esta Audiência Pública nós teremos 10 dias corridos para que sejam encaminhadas

manifestações ao INEA e a CECA, cujo endereço está atrás do folheto que vocês receberam e

serão recebidas também e incorporadas aos autos do processo de licenciamento.

Após este prazo, o grupo de trabalho do INEA responsável pela análise do estudo de impacto

ambiental e de todas as manifestações que forem apresentadas aqui, emitirão um parecer

técnico que será encaminhado à procuradoria jurídica do INEA, para ver se todo o rito legal foi

cumprido, após esta avaliação da procuradoria, este processo será encaminhado à Comissão

Estadual de Controle Ambiental. Este plenário, sim, tem a competência prerrogativa para

decidir pela expedição ou não da licença prévia.

Então nós estamos na fase preliminar ainda do licenciamento e o mais importante para gente

aqui nesta reunião para nós da CECA e do INEA, é o recolhimento de todas as manifestações

que vocês puderem apresentar.

O rito da Audiência Pública.

Ela segue a resolução Conema 035/2011. Ela se divide em duas fases e a primeira fase é

destinada as explanações onde nós vamos ter uma breve apresentação por parte do

representante do INEA do histórico do licenciamento. Posteriormente a empresa apresenta o

projeto que ela pretende implantar no local e depois a empresa responsável pela elaboração

do estudo de impacto ambiental, apresentará de uma forma sucinta o diagnóstico ambiental,

avaliação dos impactos e as propostas de implantação dos planos e programas para estes

impactos identificados.

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Durante esta explanação vocês na entrada receberam um folder e este folder tem uma folha

de perguntas, vocês podem ir fazendo as suas perguntas ao longo da audiência, quem já tiver

feito a pergunta, é só levantar o braço que uma das atendentes irá recolher por que no fim da

explanação faremos um intervalo de 20 minutos e faremos uma separação destas perguntas

por temas e todas as perguntas serão prioritariamente respondidas, quem quiser fazer o uso

da palavra pode utilizar o mesmo papel e escreva: “quero fazer o uso da palavra” e

encaminhar a mesa da mesma forma. Estes encaminhamentos também são numerados e

todos terão o uso da palavra, os que se inscreverem, só que este pronunciamento será feito

após lida todas as perguntas por escrito e respondidas, conforme determina a resolução

Conema 035/2011.

Então, no fim do prazo das explanações temos um intervalo e depois passamos para a fase dos

debates, Está OK. Então vamos dar início a Audiência Pública convidando o Dr. Luiz Reckmaier

para fazer a apresentação por parte do INEA

(Dr Luiz Reckmaier) Boa noite, sou analista ambiental do INEA e faço parte do grupo de

trabalho que faz a avaliação do requerimento de licença previa deste empreendimento.

Como o presidente da audiência e o Dr. Mauricio já explicou essa audiência não tem o caráter

deliberativo e nem decisório, ele vai simplesmente ajudar com que as perguntas feitas pelos

senhores, as observações, as críticas e sugestões, vão ajudar na elaboração do parecer técnico

do grupo de trabalho, parecer este que não está pronto e será feita após todos os trâmites

normais de avaliação de impacto ambiental que são as audiências públicas e depois a consulta

pública e todas as questões que ao longo do processo eles vêm apresentando e depois então

feito o parecer final de licença prévia, como o Dr Mauricio disse, ele é encaminhado para a

procuradoria do INEA e segue os tramites normais do licenciamento! Então o objetivo desta

reunião é pegar as críticas e sugestões do licenciamento.

A licença prévia na fase atual que se encontra ela aprova a localização e a concepção do

empreendimento, atesta viabilidade ambiental e estabelece os requisitos básicos e

condicionantes a serem atendidos nas próximas fases, ou seja, ele tendo a licença prévia em

sendo concedida ele vai permitir que o empreendedor faça os projetos executivos para a

próxima fase, seja a de instalação e depois posteriormente a licença de operação!

Então, este requerimento de licença prévia chegou ao INEA no dia 26/03/2012, através do

processo 139/2012. Então pelas características do empreendimento e de acordo com a licença

ambiental do Conama nº 01/86 e a lei 1356, foi observado que neste empreendimento se faz

necessário os procedimentos de avaliação de impacto ambiental. Então foi feito uma

preparação, foi construído pela presidência do INEA, nomeação de um grupo de trabalho com

técnico multidiciplinar e que este grupo de trabalho foi encarregado de dar início no

procedimento de avaliação. Então este grupo preparou uma instrução técnica disponibilizou

esta instrução técnica no site do INEA durante 10 dias para que fossem recebidas as

contribuições de todas as entidades que estariam interessadas em incluir temas para o estudo

de impacto ambiental.

Em 23/12 foi publicada no D.O. CECA 5824, autorizando a realização da Audiência Pública, em

21/01/2015 foi publicado no D.O. a comunicação desta audiência e o adiamento desta

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Audiência Pública, que estava preliminarmente agendado para o dia 27 e 28 de janeiro para os

dias 24 e 25 de fevereiro nos municípios de Maricá e Saquarema , respectivamente. Hoje nós

estamos aqui atendendo a resolução da CECA, realizando a Audiência Pública neste município.

O estudo de impacto ambiental foi distribuído para a prefeitura, para a câmara municipal, para

o Ministério Público Estadual e Federal, grupo de apoio técnico especializado que é o GATE, a

Assembléia legislativa do Rio de Janeiro, Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,

que é o IPHAN, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais, IBAMA, Instituto

Chico Mendes de proteção da biodiversidade e a Comissão Estadual de Controle Ambiental.

Ai então está o grupo de trabalho, que são vários técnicos que fazem parte dos que estão

encarregados em fazer esta avaliação, temos químicos biólogos e engenheiros, geólogos,

oceanógrafos, um grupo bastante heterogêneo e que tem bastante experiência neste tipo de

avaliação e está encarregado de fazer esta avaliação.

Além destas manifestações apresentadas aqui, durante esta audiência os senhores ainda terão

o prazo de 10 dias para enviarem comunicações por escrito neste momento ao INEA ou a

CECA, com contribuições, críticas ou sugestões que os senhores tiverem e forem identificadas,

que de repente vocês não tiverem oportunidade de expressarem neste momento ou tiveram

mais tempo de pensar e poderão apresentar em um prazo de 10 dias, sucessivamente a partir

de amanhã. Então o endereço para o envio, pode ser feito através de e-mail eletrônico para a

SANC, que é a coordenação de estudos e impactos ambientais do INEA, fica na rua Sacadura

Cabral 103, 1º Andar, no bairro da saúde do Rio de Janeiro, pelo e-mail [email protected]

ou para a comissão estadual de controle ambiental CECA que fica na Av. Venezuela 110, 5º

Andar e pelo e-mail [email protected]. Então estes são os históricos do

licenciamento, quer dizer.

Não tem nenhuma decisão tomada, não tem nenhum parecer favorável ou desfavorável então

esta audiência será justamente para nos ajudar a tomar esta decisão, muito obrigado estamos

aqui a disposição para qualquer pergunta!

(Apresentador) Muito obrigado o Dr Luiz Reckmaier, eu convido agora dando continuidade, o

representante da empresa proponente do projeto, senhor Mauro por favor.

(Mauro) Boa noite à todos os senhores presente, eu represento a DTA Engenharia que é a

empresa promotora do evento e vamos começar a nossa exposição mostrando um filme em

que o nosso diretor presidente Eng João Acácio faz uma breve exposição do projeto e depois

eu vou fazer uma exposição complementar detalhando alguns pontos relevantes do que vai

ser mostrado... então por favor o filme....

Apresentação Do Filme

(Mauro) Dando prosseguimento, nós vamos fazer uma explanação de alguns pontos mais

importantes do que foi exposto pelo engenheiro João Acácio e depois claramente estaremos a

disposição para atender as eventuais dúvidas que venham a aparecer, então vamos em frente.

As imagens que nós vamos observar durante a exposição são todas ilustrações referentes ao

projeto. Como dito pelo João Acácio o empreendimento e de autoria da DTA Engenharia, uma

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empresa que reúne técnicos de diversas áreas de conhecimento como engenheiro de todas as

especialidades, arquitetos, sociólogos, geólogos, oceanógrafos, advogados, economistas,

biólogos e muitos outros que fazem e procuram realizar projetos que integrem questões de

engenharia, de meio ambiente com questões da legalidade, marco jurídico e que também

sejam viáveis do ponto de vista econômico. A DTA contratou a Arcadis Logos uma empresa

que vai se apresentar a seguir e com larga experiência para o desenvolvimento do estudo de

impacto ambiental. Então nós temos a DTA como promotora do empreendimento e a Arcadis

Logos como quem realizou o estudo ambiental.

Algumas imagens que mostram a atividade da DTA no dia-dia. A localização do

empreendimento como já dito, fica na praia de Jaconé para quem olha para o mar, no seu

canto direito, junto aquele morro que divide jacone de Ponta Negra chamado de Promontorio

de Ponta Negra e o porto enraizado no continente, como a gente vê na imagem embaixo, quer

dizer, um porto que tem toda condição de ter uma melhor qualidade de controle ambiental

devido ao tipo de projeto. Vamos para frente.

O porquê do empreendimento, né, o que fez o empreendimento nascer, foi a questão da

exploração do petróleo no mar do pré-sal, nós temos um cenário de futuro breve em que o

crescimento da exploração deste petróleo, vai fazer com que falte estrutura logística para

movimentar o petróleo explorado! Então se não houver uma solução portuária adequada você

vai precisar brecar o desenvolvimento do pré-sal por falta de logística para a sua exploração.

Esta é a principal condição de nascimento deste projeto, seguindo ela a questão do terminal

de conteineres ligado diretamente ao desenvolvimento aos acessos viários, como esta imagem

é do arco metropolitano do Rio de Janeiro em plena obra e essa viabilização do terminal de

conteineres sempre ligada a melhoria da malha viária local e regional. Seguindo no estaleiro

naval para atendimento tanto da construção de pequenas embarcações quanto para o reparo

de grandes embarcações.

Então destacando, o objeto direto deste licenciamento, ele monta em um investimento de 1,1

bilhões de reais que é a construção da infraestrutura deste porto e também é objeto deste

licenciamento a operação plena, ou seja, esta imagem que nós estamos vendo é a operação

plena e nesta infraestrutura a máxima capacidade de operação do terminal de contêiner de

líquidos e do estaleiro, ela foi simulada e toda a análise de impacto ambiental foi feito em cima

do pleno funcionamento do porto.

Alguns fatos relevantes estão demonstrados. O primeiro, como citado, foi aprovação do

projeto pela ANTAQ, Agencia Nacional de Transportes Aquaviários, que é a Agência reguladora

do setor portuário. A ANTAQ - quando um empreendedor pretende fazer um porto - ela abre

para todo o país, para outros empreendedores, ela divulga esta intenção para ver se existe

outras iniciativas e está fase já está ultrapassada, hoje a iniciativa para aquela região é o TPN.

Recentemente o estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria De Desenvolvimento

Econômico, fez um oficio de pleno apoio à construção de infraestruturas ou de melhorias de

serviços demandados pelo porto. E como fato relevante mais importante citado pelo

engenheiro João Acácio, o decreto de utilidade pública, visto que o porto é um

empreendimento classificado como empreendimento de transporte e a legislação brasileira

desde a década de 30 do século passado, ela considera de utilidade pública os

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empreendimentos de transporte, o que abre uma prerrogativa para você poder intervir em

algumas áreas ambientalmente mais delicada que ocorrem em partes da área do

empreendimento, na menor parte, mas elas ocorrem.

As características marítimas da área, como destacado, esta linha mais forte, azul, que a gente

vê no mar, ela representa a profundidade de 50 metros. Este é um mapa da marinha do Brasil

chamada carta náutica, então a gente vê destacado a posição aonde é esta profundidade mas

se aproxima do continente que coincide com a área que a DTA pesquisou e considerou mais

adequada para o porto.

Esta é uma radiografia do fundo do mar na região do porto que comprovou que não existem

rochas afloradas ou algum elemento que pudessem impedir do ponto de vista da construção,

do ponto de vista ambiental a construção do porto e que foi uma coisa muito importante para

a tomada de decisão por parte da DTA para a compra da área.

Do ponto de vista terrestre nós temos imagem que também já foi mostrada, a linha vermelha

representa a propriedade da DTA. Atualmente, a parte plana que vocês estão vendo já

aparecendo como um gramado que é o campo de golfe que estava em operação até uns 15 ou

20 anos atrás e que já e uma área antropizada, já impactada. A parte toda de montanha da

serra do mato grosso ela vai ser integralmente preservada e a nossa intenção inclusive é

transformá-la em uma reserva particular do patrimônio natural.

Algumas características do projeto: essa imagem mostra então a infraestrutura que é

efetivamente o objeto deste licenciamento ambiental, ou seja, a terraplanagem, a dragagem, o

aterro hidráulico a gente observa que ele avança para o mar, então todo o material dragado

ele vai ser lançado em terra, na própria área do empreendimento, não existe nenhum tipo de

lançamento de material dragado no mar, e é todo aproveitado para o aterro hidráulico. Ai uma

imagem da operação plena, aquela infraestrutura, quando receber os futuros

empreendimentos os terminais de granel, os de carga geral e o estaleiro que precisarão passar

por processos subsequentes a esse de novos licenciamentos ambientais para as suas

instalações.

Algumas imagens de intervenção, essas áreas que vocês vêem pintadas em verde, vão ser as

áreas de corte para a terraplanagem, a imagem da direita são as novas linhas de drenagem e ai

uma imagem do lado esquerdo da área onde vai ser retirado o material de empréstimo para os

quebra mares, onde vai ser retirada a rocha, esta retirada está toda abaixo da cota 50 metros,

ou seja, toda em área que não é área de preservação, em área que é permitida a intervenção.

A área que existe preservação na legislação municipal de Maricá não existe nenhum tipo de

intervenção do porto. E do lado direito temos uma imagem de construção deste quebra mar.

Ai a área que vai ser o objeto da dragagem da onde vai ser retirado o material que vai ser

lançado todo em terra. A integração de projeto, esta é uma preocupação muito grande da DTA

, então o principal quebra mar, ele que sai da praia e vai em direção ao mar ele vai ser um

espaço de uso público, ele vai estar franqueado para as pessoas, será urbanizado, com ciclovia,

pista de cooper, bares, local para admiração do mar, para pesca, para admirar a pratica do

surf... Algumas imagens de integração de projeto de outros portos, e abaixo, um texto da

Secretaria Especial de Portos que para nós é um texto muito importante que fala que o porto

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moderno, ele precisa estar integrado com o local, ele precisa ser um gerador de

desenvolvimento local e ele precisa ter que suas atividades se integrem com a economia de

cada região, o porto convivendo com a cidade, esta é a visão da DTA para projetos portuários,

a gente costuma falar que existem novos portos, mas não existem cidades que abrem mão do

seu porto, o porto é uma estrutura que vem para ficar, que vai ficar por séculos e até milênios

se a gente olhar os principais portos das cidades mais antigas da Europa ou da Asia. A gente vai

ver que eles estão na aquelas cidades desde 2 ou 3 mil anos atrás.

Algumas alterações de projeto que ocorreram com o processo de interatividade com a

comunidade e com técnicos do INEA, as mais importantes foram o afastamento do quebra mar

em relação ao promontório da Ponta Negra, este afastamento de no mínimo 100 metros então

aquela área fica externa ao porto, o afastamento do outro quebra mar em relação aos

beachrocks da praia, ele enraizava, ele chegava na praia no local que tinha um agrupamento

importante de beachrocks, ele foi deslocado para a esquerda para preservar este agrupamento

de beachrocks e ai uma série de outras medidas voltadas para a integração com a comunidade

no que diz respeito a geração de emprego e renda, cadastramento de trabalhadores a

programas de educação ambiental, assim como as questões relativas a emissões atmosféricas

ou de afluentes do porto, ou seja, do tratamento das possíveis fontes de poluição mitigando

assim os impactos ambientais no próprio projeto de engenharia!

Algumas características operacionais nós temos primeiramente, já foi vista as imagens dos

acessos, aqui uma imagem interessante que mostra online o fluxo dos navios. Então a gente

observa por esta imagem que este litoral do rio, ele já é uma região de grande fluxo de navios

e embarcações. É obvio que assim seja, visto que o Rio de Janeiro é a 2º maior cidade do pais,

então a gente vé centro a baia de Guanabara com a grande entrada de navios, do lado

esquerdo a região de Itaboraí e do lado direito a cidade de Macaé, um pouquinho a direita da

baia de Guanabara é onde está localizado o porto então a gente vai ter uma nova linha

amarela, talvez não chega a ficar uma linha vermelha integrando este fluxo no mar com a

terra, nós estamos introduzindo um porto em uma região metropolitana, numa região onde o

fluxo de navio já é bastante intenso.

Nós temos um slide especifico sobre a questão da agua, uma questão muito delicada, estamos

em uma situação de estiagem na região do sudeste que é uma situação inédita para muitos de

nós de tanta estiagem. Então nós temos muitos documentos da SEDAE, garantindo um volume

mínimo de agua no momento futuro não no momento de hoje, nos obrigando a fazer o

tratamento dos efluentes do porto, tanto os doméstico como os industriais e nós temos

diretrizes de projeto, o reuso da agua, o aproveitamento da agua de chuva, e nós estamos

atualmente - devido a este novo fato de estiagem - conversando com empresas de vanguarda

tanto na questão de tratamento para que a gente possa fazer um reuso de 100% da agua,

quanto inclusive avançando para estudar projeto de dessalinização se assim se mostrar

necessário.

A questão do controle do fluxo naval por sistemas modernos de boias interligados a radares e

tudo por satélites para evitar acidentes no mar e finalmente a questão que já foi destacada da

barreira da stop-oil, que impede a passagem de oléo, como a gente sabe o óleo é um sobre-

nadante, ele é mais leve do que a água, então no caso de vir a ocorrer daqui a 20, 30 ou 3 ou 5

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anos um momento que ocorra algum acidente operacional, você rapidamente pode fechar

esta única integração do espaço de mar no porto e fora do porto o porto tem uma única porta,

que tem 200 mts de largura, uma porta bastante ampla, e vc rapidamente pode colocar a

barreira e recolher algum eventual vazamento e este óleo inclusive volta a ser aproveitado.

Finalizando, dizer que nós estamos muito satisfeitos aqui de estar promovendo a audiência, e

que este é um processo que deve ocorrer e que agende vem provocando e convidando para

muitas outras reuniões além desta que é obrigatória. Já foram 472 pessoas com as quais a

gente conversou nos últimos 2 anos e que fizeram com que este projeto chegasse no estágio

atual, agradeço a atenção e estamos à disposição para qualquer eventual necessidade de

resposta etc, obrigado....

(Apresentador) Obrigado Senhor Mauro pela apresentação. Jairo, por favor. Gostaríamos de

registrar a presença do senhor Welington Magalhães de Bastos, Secretário Municipal De

Agricultura, Abastecimento E Pesca. Registrar também a presença do representante do CREA,

o Sr. Felipe Brasil, que muito nos honra com a presença.

Dando continuidade à Audiência Pública, eu convido para fazer a apresentação, relativa a

apresentação relativa a parte de estudo de impacto ambiental, o senhor Norberto da empresa

consultora ARCADIS

(Norberto) Boa noite, gostaria de agradecer a oportunidade de apresentar aqui alguns dos

principais resultados do estúdio de impacto ambiental que foi elaborado pela ARCADIS.

Primeiramente vou apresentar a agenda que eu tenho preparado para hoje, vou falar

rapidamente do grupo ARCADIS, o que que é o estudo de impacto ambiental vou abordar os

estudos alternativas locacionais que foi feito para este empreendimento a definição das áreas

de influência, o diagnostico ambiental que é a caracterização da área onde está prevista a

implantação e operação deste empreendimento e também os principais impactos ambientais e

as principais medidas de programas associados e no final a conclusão do estudo!

Bom... a Arcadis Logos é uma empresa que faz parte de um grupo multinacional que atua

principalmente nas áreas de infraestrutura, agua, meio ambiente e edificações, ela hoje está

entre as 3 maiores empresas de engenharia e consultoria do brasil, e tem mais de 3500

funcionários é uma das pioneiras do serviço de consultoria ambiental do mundo!

Bom falando agora do estudo ambiental, o que que é o estudo ambiental, neste caso a gente

está falando do estudo de impacto ambiental que e um estudo técnico, que e feito para dar

subsidio a tomada de decisão do órgão licenciador que neste caso é o INEA, para a emissão da

licença previa ou não. Junto com o EIA é feito também o RIMA , que é um relatório de impacto

ambiental que traz o resumo dos principais resultados do EIA, em uma linguagem mais

acessível para que ele tenha um amplo alcance na população, é um trabalho multidisciplinar,

ou seja, tem muitas pessoas de várias áreas envolvidas

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A equipe que a gente atuou neste estudo ela tem atuação nacional muitos profissionais são do

Rio de Janeiro foram envolvidos mais de 50 especialistas entre: biólogos, engenheiros,

arquitetos, advogados, economistas, enfim é muita gente para completar as grandes áreas

foram estudadas para esse trabalho. O trabalho é feito então com levantamento de dados

tanto em bibliografia especializada quanto na área também foram feitas uma série de visitas e

a partir destes dados então é feito uma grande consolidação que gera um estudo que nesse

caso de mais de 4000 páginas e vocês viram resumo deste estudo que ficou no RIMA que ficou

à disposição e também em um folder informativo.

Como é feito o estudo de impacto ambiental: ele parte da caracterização do empreendimento

que o empreendedor traz dizendo: esse empreendimento eu quero licenciar, nessa

caracterização tem dois principais: análise de alternativas locacionais que ela tem como

premissa reduzir de cara de partida a interferência em vários e vários aspectos incluindo no

meio ambiente e sociedade e também uma série de sistemas de controle que já fazem parte

do projeto de berço para evitar ou reduzir uma série de impactos, a partir daí então é feito o

diagnóstico da qualidade ambiental na área onde este empreendimento deve ser plantado.

Isso inclui os meios de Físicos, Biótico e socioeconômico.

A partir da sobreposição dessas duas informações: de qual é o empreendimento e aonde ele

deve se implantar e qual é a características dessa área, a gente consegue então prever quais

são os impactos ambientais que este empreendimento deve causar. A partir de seus impactos

ambientais então a gente prevê quais são as ações de controle e minimização para aqueles

impactos que são negativos e adversos e as ações de potencialização dos impactos positivos.

A conclusão dessa primeira etapa ela chega nas audiências públicas que marcam a participação

social nesse processo, como o Mauro destacou no final da apresentação deles também foram

feitas uma série de reuniões prévias é para aumentar a participação social neste processo. É

importante dizer que essa apresentação ela nem de longe chega perto da totalidade dos tudo

que foi feito mas sim o estudo que durou dois anos de conclusão com muitos profissionais de

universidades públicas do Rio d e janeiro e São Paulo e de outros estados e aqui a gente tem

este tempo de 45 minutos pra apresentar pra vocês quais são os principais resultados e as

principais conclusões.

Então vamos lá: O estudo de alternativas locacionais como foi dito desde do começo do

projeto foram analisados em uma série de alternativas e foram destacadas três alternativas

aqui no estado do Rio de Janeiro pra fazer essa análise a primeira a primeira delas em são

Francisco de Itabapoana que ela tem um canal de por conta da distância que esta linha de

costa está da profundidade de 30 metros que é mais importante para este tipo de

empreendimento ela gera um canal de navegação que tem aproximadamente 64 quilômetros

de extensão, a segunda alternativa então foi de campos de Goitacazes que também pela

mesma razão de distância da cota de 30 metros de profundidade tem o canal navegação de 18

quilômetros de extensão e a última tentativa foi a alternativa que o Mauro apresentou pra

vocês que é o a alternativa aqui em Maricá aqui na praia de Jaconé em Ponta Negra.

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É que em um canal como nesse ponto a linha de profundidade é muito mais próximo da costa

o canal de navegação ele tem apenas 3 quilômetros de estensão então para fazer análise

dessas três alternativas a gente considerou que - diz a instrução técnica que é o instrumento

do órgão ambiental do INEA para direcionar quais são os conteúdos que o estudo de impacto

ambiental deve ter apresentar o órgão para que ele possa analisar a sua conclusão - essa

instrução técnica diz “que as alternativas consideradas devem ser apenas do estado do Rio de

Janeiro e não podem interferir de que forma em unidades de conservação sejam de uso

sustentável ou de proteção integral”.

Então foram utilizadas estas três alternativas e uma série de fatores em parte também

presentes na própria Instrução Normativa para avaliar qual delas seria a mais interessante,

foram utilizados então fatores determinantes para implantação de empreendimento que são

principalmente associados a engenharia que é a profundidade junto a costa e a área suficiente

para a retro área, eles são fatores de engenharia mas que também estão associados uma série

de impactos, por exemplo: a distância é a profundidade junto a costa que vai fazer a distância

do canal de navegação. Quanto mais distante, maior a dragagem e a dragagem é um dos

fatores muito impactantes neste tipo de projeto e uma série de outros fatores condicionantes

para implantação de empreendimento por exemplo a topografia, o relevo da área em que a

retro área do porto deve se estabelecer todos os acessos terrestres uma vez que o porto é um

modal de logística ele tem que ter acesso ao escoamento do material que está chegando ou

saindo a partir dele.

E o distanciamento de áreas povoadas e áreas turísticas e também o distanciamento em áreas

em solares e com sítios arqueológicos. Então foi feita análise considerando esses fatores e de

maneira geral para todos fatores condicionantes a avaliação das três alternativas foi muito

similar, agora na parte de profundidade que também está associada essa dragagem, como eu

falei, a alternativa de Maricá foi bastante mais interessante para análise então foi escolhido

como alternativa final. Pode passar.

Então a partir desta alternativa vamos falar das áreas de influência.

Aqui eu tenho as três áreas principais que a gente trabalha para o estudo. A área diretamente

afetada, ADA, usada como a gente chama, é a área que vai ser ocupada pelo empreendimento

propriamente dito então é a área do projeto.

Depois a gente tem duas áreas de influência, área de influência direta que são os impactos

principais que vão se propagar aqueles que dão mais sentido da região em geral estão mais

próximos dos empreendimentos. E depois tem área de influência indireta onde vão ser

sentidos os impactos menos fortes de maneira menos forte que é um entorno um pouco mais

expandido dessa área.

Aqui então eu tenho um desenho em roxo a gente tem a área do projeto, tanto no continente

quanto no mar depois eu tenho em laranja mais claro área diretamente afetada que nos

continentes ela pegou para os meios físico biótico, os principais rios que drenam ali pra área

do empreendimento ir pra lagoa de Jaconé e no meio marinho, a gente tem feito um estudo

de modelagem da dispersão dos sedimentos para implantação desse empreendimento e onde

o limite máximo de qualquer sedimento foi delimitado como essa área de influência direta.

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Para área de influência indireta então, para o meio terrestre, foi considerado os rios uma

instância acima, uma bacia acima todos os rios que drenam para essa área incluindo ali,

chegando bem pertinho da Lagoa de Saquarema e pro meio marinho foi então considerado

um distanciamento de dois quilômetros a partir da área de influência direta. Pro meio sócio

econômico que os impactos trabalham de uma forma diferente pra área de influência direta

foi então considerados os município de Maricá e Saquarema e para a área de influência

indireta a rede de municípios a que esses dois estão interligadas que inclui Niterói e os

municípios vizinhos, Niterói sendo polarizador da conversa entre os municípios.

Bom, trazendo os principais resultados do diagnóstico ambiental para os 3 meios. Começando

então pelo meio sócio-econômico: foram então estudados uma série de temas solicitados em

partes na instrução técnica e alguns acrescentados como: expansão urbana, a ocupação

desses dois municípios Maricá e Saquarema , a rede de cidades, situação de emprego

população, os indicadores movimento social como um deles o IDH, habitação, educação,

turismo, arqueologia com destaque para beachrocks, a pesca artesanal que acontece na região

e a paisagem como ela se caracteriza. Alguns dos resultados então: expansão urbana e os

vetores de crescimento, existe, já é conhecida uma ocupação acelerada tanto de Maricá

quanto de Saquarema . De duas principais formas: tanto a expansão do núcleo urbano sede

como também a expansão mais pulverizada de umas residências de veraneio e opções de

lazer para final de semana. As perspectivas de ocupação em Maricá e Saquarema , elas tão

bastante associadas à ausência de grandes empreendimentos que possam empregar boa

parte da população aqui, então a gente vê por exemplo que a Sede Urbana de Maricá ela se

desenvolveu junto à RJ 106, ela tá bastante associada aos cursos que vieram da região

metropolitana.

Pode passar.

Aqui tem o mapa do município de Maricá, a gente consegue ver no canto direito, uma área

em rosa onde é o empreendimento, pode passar para o próximo, aqui que a gente tem o

município de Saquarema , a gente consegue ver no canto esquerdo da tela , o

empreendimento em Maricá e o destaque para o Município de Saquarema , a gente vê então

no centro direito da tela ,essas cores um pouco mais quentes, logo a acima da lagoa é um

centro aqui urbano de Saquarema , e os vetores, essas setinhas, mostram pra onde é a

tendência de crescimento da população e a gente vê que ela é bastante diverso, a gente tem

crescimento pra vários lados, em Maricá a gente vê uma tendência para o nordeste, por

exemplo mas aqui em Saquarema a gente vê que é uma expansão desse próprio núcleo.

Bom existe uma população na área do empreendimento, são cerca de 63 imóveis e eles são

caracterizados como 20 sendo ocupados por moradores locais, 21 sendo destinados a

residências de veraneio e 22 são ou de uso comerciais ou lotes vagos ou que têm processos de

construção. Bom, como é caracterizado emprego na região, então Maricá tem baixo número

de empregos formais, só 10% da população tem empregos com carteira assinada, isso

caracteriza a cidade como cidade dormitório, ou seja, as pessoas dormem na cidade em Maricá

e saem da cidade para trabalharem outros lugares principalmente Niterói e Rio de Janeiro e

voltam à noite, faz o movimento que é chamado de “pendular”: vai e volta.

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Parte desses empregos informais estão associados com agricultura e o turismo, e também

existe o que reforça movimento pendular, um baixo número de empresas na região que pode

oferecer empregos; em Saquarema a situação é bastante diferente, aqui já está muito mais

estruturado, se tem 65% cento da população com empregos formais e o turismo é muito mais

aguçado e melhor explorado, isso deixa que a população aqui do município seja menos sujeita

a esses movimentos pendulares que ficam dependentes dos fluxos da região metropolitana.

Da População: tanto Maricá como Saquarema , elas apresentam taxas de crescimento que são

maiores do que a média do Brasil e à própria média do estado, esse crescimento foi feito com

base na contagem de população do IBGE ou seja número de habitantes , a gente vê que na

última linha da tabela, diferença entre o censos de 2000 e 2010 foram os dois últimos censos

feitos pelo IBGE, Maricá cresceu 5,2% , Saquarema 3,5% sendo que a média do estado do Rio

de Janeiro foi pouco acima de 1% e mesmo Brasil foi 1,2%, então os dois municípios estão

crescendo muito além da média do estado e do Brasil isso significa que tem muita gente

chegando nesses dois municípios.

Bom Educação: a rede de ensino ela contempla: escolas públicas e privadas, considerando

tanto ensino infantil fundamental/médio e educação de jovens e adultos e ausência do

terceiro grau formal, aqui em Saquarema tem uma FATEC que tem cursos de Meio Ambiente,

Eletromecânica, Hospedagem, Petróleo e Gás, Segurança do Trabalho, Edificações que forma

profissionais bastante aptos para o desenvolvimento das atividades que o próprio município

tem como forte. Está em a implantação agora uma escola técnica em Maricá vinculado ao

Instituto Federal Fluminense.

Bom o Turismo: ele é caracterizado aqui por dois fatores principais, associados

principalmente os recursos naturais do município, em parte a mata atlântica que dá potenciais

para turismos de aventura, ecoturismo e a parte de praias com esportes náuticos em

destaque para o Surf, esses dois tipos de turismo, eles são turismo sazonais, principalmente a

parte das praias na que dependem muito das condições climáticas e eles são ativos uma parte

do ano e eles praticamente não existem em outras épocas do ano

Bom, entrando em arqueologia, com destaque em beachrocks, é um material de interesse

cultural em superfície, então esses beachrocks tiveram uma menção importantes do Charles

Darwin em 1882 quando ele aportou aqui que região pra descrever o bioma da região dos

lagos; a maior concentração desses beachrocks está fora da área do empreendimento ,como a

gente vai ver no slide seguinte, é tão gente consegue ver no canto esquerdo é o promontório

ali de Ponta Negra, quando a gente caminha pra direita tem essa linha verde, essa linha verde

é o limite empreendimento, é o quebra mar leste.

Ele foi inclusive deslocado um pouco mais para esquerda cerca de 30 metros por que ele

originalmente interferia naquele maior agrupamento, esses pontinhos azuis marcados na tela

são esses agrupamentos desses beachrocks, ele tinha uma interferência maior nesse

agrupamento mais significativo isso fez com que o empreendimento se ajustasse para diminuir

essa interferência; agora o que a gente vê, também foram mapeados Beach Rock até 2km de

distância do costão da Ponta Negra , a gente vê que a maior parte deles está do lado de fora

do empreendimento, está mais a leste do empreendimento e a gente consegue ver na imagem

abaixo , essa imagem em preto e branco que é uma reprodução das anotações do Darwin, os

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Beach Rocks que ele anotou na caderneta são os beachrocks que estão fora da área do

empreendimento e mais em direção a Saquarema .

Considerando então a manutenção de atividades tradicionais, o destaque para pesca

artesanal, então são cerca de 50 associados de atividades pesqueiras na comunidade de Ponta

Negra, foram entrevistados três associações de pescadores e o destaque foi para a

comunidade de Ponta Negra, que é a comunidade que está mais próxima do empreendimento.

O que foi mais relatado por todos os pescadores entrevistados é a concorrência com a pesca

industrial principalmente quando eles chegam muito próximo do litoral e o formato da pesca

é mais agressivo e diminui bastante a quantidade do pescado que fica disponível para os

pescadores artesanais; ocorre também que essa pesca ela foi desenhada pelos pescadores

quais seriam as áreas de atuação e ela ocorre principalmente em alto mar, em alguns casos

principalmente quando as marés são tão favorável ela pode ocorrer também dentro das lagoas

que ocorrem na região.

Podemos passar para o próximo:

Da Colônia Z 27 que fica em Maricá praticamente na divisa com Niterói, essa foi a área

delimitada pelos pescadores como a área que eles atuam para pesca e essa setinha são as

principais rotas que eles usam para pescar nessa área. A gente vê em destaque - marcado ali

em vermelho e roxo - qual é o tamanho do empreendimento em relação à área ao tamanho

da área de pesca, e que não tem uma interferência a sobreposição da área do

empreendimento direta com a área de pesca. Essa é a Associação de Pescadores de Ponta

Negra , a gente vê também quais são as áreas de pesca dele e as rotas principais e depois é

tem a Colônia Z 24 aqui de Saquarema , a gente vê então que também tem essa área em

verde marcado, que é área de pesca e as principais rotas, essas áreas tem então sobreposição

bastante grande, são áreas indicadas pelos próprios pescadores e mais para frente a gente vai

falar da interferência do empreendimento sobre as rotas e área de pesca.

Meio Biótico: para o meio biótico foram abordados flora, fauna e as áreas de preservação . Da

flora foram considerados os levantamentos dos tipos de vegetação que ocorre na área, qual é

a cobertura vegetal sejam aonde um desses tipos de vegetação ocorre, o levantamento das

espécies, espécies raras endêmicas e ameaçadas extinção e unidades de conservação.

Da fauna foram abordados grupos de aves, anfíbios, répteis, mamíferos e peixes, e os micro

organismos aquáticos e para os dois grupos foi solicitado um parecer sobre a sobrevivência das

espécies sensíveis no entorno da área do empreendimento.

Para Flora foi feito levantamento da vegetação na área do empreendimento e no entorno

foram consideradas espécies desde capins até as árvores considerando inclusive as

trepadeiras e as herbíferas como as bromélias e orquídeas, e de resultado a gente deve ter

praticamente 370 espécies identificadas e dessas quatro espécies são ameaçada de extinção

pela lista oficial do Ministério do Meio Ambiente além disso tem 8 espécies que foram

consideradas raras, endêmicas ou sensíveis pelos profissionais jardim botânico que fizeram

esse estudo.

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Esse é o mapa que mostra a cobertura vegetal, em linha gerais ele é bastante complexo que

não vamos entrar em detalhes aqui, que mais próximo da costa a gente tem os ambientes de

restinga conforme vai caminhando para de serra mais na parte de cima da apresentação são

os ambientes de mata atlântica principalmente de vegetação de montanha, a gente vê

também que ir na área mas a esquerda de empreendimento que está desenhada em roxo já

tem uma área bastante alterada que era a área que antigamente era ocupada pelo Campo de

Golfe do Roberto Marinho, nesse gráfico embaixo a gente vê a quantidade de cada tipo de

vegetação que vai ser suprimido para implantação de empreendimento, então tem um pouco

mais da metade que é área já alterada que foi ocupada pelo campo de golfe principalmente

depois a gente 34 % de área mata atlântica ainda sobra é toda parte da serra inclusive o que

tá ainda protegido na unidade de conservação e 11% da área de restinga.

Falando da unidade de conservação, o empreendimento ele não tem interferência direta com

nenhuma unidade de conservação tanto federal, estadual ou municipal; as unidades de

conservação mais próximas são duas: Área de Proteção Ambiental Municipal da Serra de

Maricá, que é uma unidade de conservação de uso sustentável e o Refúgio da Vida Silvestre da

Serra de Maricá, que é uma unidade conservação de proteção integral. A APA, ela foi criada

em volta do refúgio da vida silvestre funcionando como uma zona de proteção, uma zona

tampão que a gente diz os primeiros efeitos chegariam na APA e deixariam o refúgio da vida

silvestre mais intacto.

Falando de Fauna: foram identificadas 120 espécies de aves dentre elas o formigueiro do

litoral que é uma espécie ameaçada de extinção que ocorrem em restinga justamente por

conta do tipo de ocupação de restinga ela é praticamente toda habitadas essa espécie e

considerada como ameaçadas extinção.

Anfíbios e répteis: foram identificadas 35 espécies de anfíbios e 16 espécies de répteis, sendo

9 lagartos e 7 serpentes, dentre elas tem uma rã que foi descrita a 25 anos atrás e depois disso

nunca mais eu tinha sido visto. Ela foi encontrada no estudo e o lagarto, leo lemos que ocupa

estes ambientes de praia, bastante característico e também encontrado ameaçado de extinção

Falando de mamiferos então: foram 23 espécies de mamíferos sendo 9 morcegos e 14

mamíferos não voadores e o destaque foi dado para o roedor Trinomes que é uma espécie

também ameaçada de extinção e conhecida por habitar outras regiões de restinga

principalmente unidades de conservação são pouco mais preservado e pra peixes foram

identificadas 37 espécies de peixes continentais, 35 espécies de peixes marinhos encontrados

na região de peixes anual Rivolidiu que é ameaçado de extinção e também um outro cação que

é uma espécie marítima que também é ameaçado de extinção.

A biota aquática que a gente chama de liminologia, principalmente os micro organismos

foram identificados praticamente 150 espécies de planqueton e invertebrados, associados ao

fundo foram identificadas 15 espécies. A leitura que a gente faz desse grupo principalmente já

dá para perceber que esses ambientes principalmente das lagoas eles já indicam sinais de

indicação principalmente por conta da jogada de esgoto não tratado nessas áreas de lixo

também mas apesar dessas áreas mostrar sinais de alteração a qualidade da água não tá

comprometida

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Bom é no final do meio biótico então que a gente apresentou um parecer, dois pareceres na

verdade, um para a flora que foi feito pelo departamento de silvicultura da Universidade

Federal Rural do Rio De Janeiro, que atesta que as espécies que foram encontradas e que são

ameaçadas de extinção elas ocorrem também fora da área do empreendimento. Então a

implantação de empreendimento não acarretaria com a extinção desta espécie na região e de

forma semelhante pra a fauna, foi feito um parecer pelo diretor do centro de biologia marinha

da universidade de São Paulo falando a mesma coisa que é que essas espécies principalmente

animais porque eles andam, eles ocorrem em toda a região ali além da área do

empreendimento e que as medidas que estão previstas nos estudos são as medidas cabíveis

para garantir a permanência dessas espécies dentro desta área na região.

Bom falando do meio físico: foi abordado o clima, meteorologia, ruído toda a parte do meio

físico duro como a gente chama, como a geologia geomorfologia que fala dos relevos tipos de

solos geotecnia e também os recursos hídricos, a quantidade à qualidade das águas tanto

superficiais no sítio lagoa quanto as subterrâneas e também pro meio físico marinha foi

avaliada a qualidade da água do mar e dos sentimentos

Bom, falando em qualidade da superficialidade mentos foi como eu disse né pelo meio biótipo

também conseguimos ver foi verificado que é que boa parte desses recursos já apresentam

índices de poluição por esgoto doméstico e lixo existe bastante erosão e assoreamento nestes

corpos de agua né, ou seja, houve a remoção da vegetação na margem de seus corpos da

água e toda a areia e terra começa a cair pra dentro desses corpos d'água e provocam essa

assoreamento na lagoa de Jaconé que é o maior destaque o a mais próxima do

empreendimento os padrões de qualidade da água atendem a legislação federal que

estabelece os padrões para consumo humano

Os usos, principalmente da lagoa de Jaconé que, como eu falei, é mais perto o destaque é pra

recreação pesca artesanal e amadora turismo é principalmente pela beleza cênica e também e

habitat para a fauna e para a flora nativa.

Bom, aqui a gente tem a costa incluindo os dois municípios de Maricá e Saquarema a gente

ver o canto mais esquerdo da tela a praia da barra são os arcos praiais ou seja são os

segmentos da costa, tem o arco praial da barra e tem o arco praial da praia de Jaconé eles são

praticamente isolados um do outro funciona de forma independente. Ali em rosa a gente tem

a área destacada por empreendimento e está série de pontinhos colocadas foram pontos que

foram utilizados para fazer medições e simulações pode passar. Considerando o ponto mais

esquerda número 1 e o ponto mas a direita, o número 12 tenho alguns gráficos que mostram

simulação que foi feita, considerando o ritmo de ondas né, antes e depois do empreendimento

então cada gráfico é pra 1 ponto, a esquerda antes da implantação do empreendimento e à

direita como a implantação do empreendimento. Então no ponto 1 e no ponto 12 a gente

consegue ver é aqui o sentido dessas barras que vocês veem nos gráficos é como se fosse uma

rosa dos ventos na então a gente ver qual a direção predominante das ondas e a gente

consegue ver que elas são de sul e sudeste e elas praticamente a diferença de cores que

mostra a intensidade da altura de cada uma destas ondas, então a gente consegue ver que no

ponto 1 ao ponto 12 praticamente não existe alteração com a implantação do

empreendimento ela se comportam de maneira idêntica a antes da implantação do

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empreendimento, com as ondas e sudeste praticamente não variando na intensidade do

tamanho Já no ponto 8 que ele é localizado no limite do empreendimento a gente vê que

existe ali, alguma alteração que é, as ondas não mudam o sentido predominante continua

sendo sul e sudeste mas eu tenho uma diferenciação no tamanho das ondas então as ondas de

surf fica um pouco menor do que elas são hoje né então isso significa que os impactos

associados à ondas e aos sedimentos que elas carregam são muito restritos a área do

empreendimento que eles não têm capacidade para assim dizer de ir muito longe.

Principais impactos e programas ambientais – Aqui a gente tem uma lista da totalidade dos

impactos ambientais então eles são separados fase de planejamento que a fase que a gente tá

agora enquanto o empreendimento não existe, depois a gente passa pra frente receber a

licença de instalação que seria um ainda pra frente dessa que a gente tá no momento, ele

começa a ser construído ai inicia-se a fase de implantação, uma vez que ele foi totalmente

implantado se inicia as fases. Eles também são apresentados para o meio sócio econômico

bióticos e físico. Com a leitura destes impactos foram então previstos 36 programas

ambientais que estão divididas em duas categorias de gestão ambiental, controle,

monitoramento e relacionamento tão principalmente associadas a todos os interlocutores e

partes envolvidas interessadas e também os programas de mitigação e compensação. Dois

desses programas merecem destaque o programa eles atravessam praticamente todos os

outros no programa de gestão ambiental de guarda chuvas que faz com que todos os

programas funcionem, se articulem e garantam a gestão ambiental do empreendimento em

outro programa que merece destaque é o programa de comunicação social, ele é a porta que

tem ficar sempre aberta de comunicação entre toda sociedade que o empreendedor, ele faz

esta interface entre as partes envolvidas todos os representante sociais das entidades que são

diretamente ligada e o empreendedor, eles também atualizam os outro programa da evolução

de todos os problemas que acontecem com público alvo. Da uma dinâmica e como estes

programas duram bastante tempo eles vão começar a previsão do início deles bem pra frente

então ele traz todas informações de atualização pra que esses programas sejam efetivos e

acompanhantes desta dinâmica.

Dos impactos ambientais e as medidas - No meio sócio econômico a gente tem alteração nas

nossas finanças públicas municipais por meio da geração de tributos municipais e pelas gerado

pelas obras de implantação do Terminal Ponta Negra. Esses tributos podem ser de ordem

direta e indireta e eles chegam nos municípios da área de influência direta, Maricá/Saquarema

.

As medidas associadas são medidas de potencialização visto que é um dos impactos positivos

então é uma plantação de medidas para capacitação da gestão do poder público para que eles

consigam trabalhar melhor com essa renda do município que alimenta

Existe também o impacto de intensificação e animação da economia dos municípios não só de

Maricá/Saquarema como também nos municípios vizinhos e ao incremento na recepção de

royalties de petróleo porque destacadamente Maricá passa a participar da cadeia produtiva do

petróleo então ela entrou de uma forma diferenciada. Para isto também existe ações de

comunicação social voltada a pequenos empreendedores que eles possam aproveitar essa

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nova movimentação da economia e se estruturar de forma melhor para garantir a qualidade

de serviço.

Além disto tem alterações no mercado de trabalho por conta da contratação de trabalhadores.

Para a fase de implantação de empreendimento está previsto um pico de 450 trabalhadores na

obra e pra fase de operação como foi dito são mais de 10 mil empregos diretos indiretos

gerados pela implantação e operação de empreendimentos.

Medidas associadas a esse é a capacitação da mão de obra local seja para garantir que boa

parte da mão de obra que vai ser empregadas neste empreendimento sejam de moradores

locais nesse ponto como a gente falou nada parte de educação do diagnóstico Saquarema sai

com um pé na frente por conta principalmente dos cursos que já capacitaram moradores pra

atuar nas áreas que um empreendedor deve precisar.

Além disso, tem outro impacto, este já negativo que é a atração da população induzida

justamente pela criação dessas vagas de emprego, ou seja, é anunciado que vai se implantar

um empreendimento e operar. Sabe-se que vai ter emprego, que algumas pessoas podem vir

pra cá procurando estes emprego. Isto como a gente se viu no crescimento da população é

uma coisa que já ocorrem na região, tanto Maricá como Saquarema , eles crescem acima da

média Estado justamente porque as pessoas estão chegando por conta das movimentações

vindo do pré-sal do Comperj e de outros empreendimentos

Outro impacto então: pressão sobre equipamentos públicos na fase de implantação operação

e também deriva desse aumento de pessoas e as medidas estão previstas então são medidas

de mitigação e compensação por meio de um programa de acompanhamento e identificação

de potenciais impactos sobre estes serviços de infraestrutura e também desenvolvimento de

programa específico para apoio suporte destes equipamentos públicos com destaque para a

saúde e educação é além disso tem interferência com imóveis localizados na área do

empreendimento.

Não falei àquelas 63 propriedades, foi instaurado já tá em andamento do processo de

negociação para aquisição dessa propriedade, e existe algum programa com medidas de

assessorias as famílias para que ela conseguiu estabelecer de forma igual ou melhor aquelas

que elas estão hoje além disso existe uma alteração no mercado imobiliário que pode fazer a

variação de preços de imóveis na região e como o preço pode ir para cima ou para baixo na

verdade dependendo do ponto de vista, este impacto pode ser considerado positivo ou

negativo.

Ainda no sócio econômico tem alteração da paisagem, desocupação do solo por conta da

implantação desse empreendimento estão associadas algumas medidas como a recuperação

de áreas degradadas tanto nas áreas que o empreendimento eventualmente tenha usado e

não vai ocupar na operação, ele usou para implantar mas não vai ocupar na operação como de

algumas áreas ali no entorno do empreendimento que já tenham sido degradado no passado,

e hoje dentro da propriedade e que possam ser recuperadas.

O aproveitamento da estrutura do quebra mar para o desenvolvimento do turismo na região é

uma proposição de área verde no entorno do empreendimento. Além disto, existe o risco de

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interferência comprometimento da integridade física de patrimônio geológico ai com destaque

aos beachrocks, então como foi dito, uma pequena porção destes beachrocks deve sofrer

interferência deste empreendimento, ou seja, quando ele estabelece e formar o aterro

hidráulico eles vão ficar embaixo dessa areia, eles não seriam perdidos, eles ficam não

acessíveis por assim dizer, então foram previstas medidas que prevêm associação comercial de

pesquisa pra que neste momento das obras possa se estudar mais profundamente esses

beachrocks pra ver se mais alguma informação pode ser gerada, apesar deles já terem sido

estudados. E ação também de educação ambiental para a valorização do património então

tem alguns que vão ser aterrados por assim dizer, mas a maior parte deles fica do lado de fora

então a valorização de patrimônio, que continua disponível para a população

Tem também a interferência com tráfego no sistema viário da região tanto durante as obras

por conta da movimentação de caminhões e maquinas como também durante a fase de

operação. Então, para isto estão previstos treinamento dos condutores de veículos que

estiverem à serviço do Terminal Ponta Negra e a interrupção dos fluxos do terminal portuário

nos dias em que tiver maior movimentação de trânsito de carros principalmente nos período

de veraneio além disso a implantação de um trevo de acesso ao terminal Ponta Negra

conforme a especificação do DR do Rio de Janeiro.

Finalizando: meio sócio econômico: pode haver a redução ou interferência nas áreas de pesca.

Nas rotas de pesca, a área de exclusão de pesca prevista para o empreendimento, por

enquanto ela é simplesmente dentro dos quebra mares e à área prevista pra dragagem do

canal de navegação que se estende por 2 KM, então é uma área bastante reduzida que ela em

si não interfere diretamente com as áreas de pesca, mas o fluxo dos navios que entram e saem

desta área podem causar interferência, para isto então está previsto o desenvolvimento de

ações participativas junto aos pescadores da região pra que eles possam garantir que a

atividade permaneça e que eles consigam tirar ainda parte do sustento deste tipo de

atividade.

Além disso o impacto mais importante positivo neste empreendimento que é o incremento na

oferta regional de serviços portuários específicos, que é a razão de ser desse tipo de

empreendimento.

Agora a gente entra no meio biótico - é previsto então a redução da cobertura vegetal nativa

cerca de 110 hectares de vegetação natural que correspondem a 45% da área do

empreendimento junto com isso existe perda de habitat para a fauna durante a supressão da

vegetação e a terraplanagem.

Estão previstas uma série de medidas e de programas para esses tipos de impactos, por

exemplo: o resgate das espécies ameaçadas da retirada dos animais de laia soltura em áreas

que não serão suprimidas, como as áreas de restinga ao lado do empreendimento,

eventualmente, até unidades de conservação desde que previamente acordado.

O afugentamento também dá fauna durante o processo de vegetação, de remoção da

vegetação para que eles corram afugentados para esta áreas que não vão ser suprimidas e

também a captura e soltura especialmente da fauna ameaçada extinção.

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Além disso, é prevista então a perturbação da fauna e da das comunidades terrestres durante

a operação do TPN principalmente por conta de ruído e vibração, os animais percebem de

uma forma bastante diferente do que os humanos, o ruído e vibração, então o que é prevista e

a realização de manutenção periódica das máquinas/equipamentos pra que eles trabalhem

sempre dá melhor forma possível emitindo as menores quantidades de gases e de ruído e

vibração.

Além disso é previsto um monitoramento e um controle da fauna no entorno do

empreendimento, e como eu falei antes a captura e soltura dos animais nas áreas que não são

afetadas, além disso da mesma forma que para a fauna terrestre existisse este tipo de

impacto pra fauna aquática também pode existir, então tá associado um programa de

monitoramento e controle desses organismos aquáticos

Bom, entrando no meio físico tem o impacto que é a intensificação dos processos de erosão e

assoreamento que já existem na região por conta principalmente da movimentação de terra e

alteração do regime de escoamento superficial de água. Então, quando chove, a água escoa

por cima do terreno e como a gente vai mudar o terreno com a implantação do

empreendimento, se ele vier a ser licenciado, este regime fica alterado, então existe uma série

de medidas associadas algumas criação de projeto e outras foram propostos é uma delas é a

realização da terra das obras de terraplanagem no período de estiagem porque aí a

quantidade de chuvas e menor. Então quando cai a chuva, a terra já foi removida e ela foi

acumulada, tá sendo movimentada a chuva pode levar esse sentimento pra dentro dos copos

d'água. E a implantação de um sistema de drenagem superficial que é projetado para que essa

água que corria pelo terreno ela caia no sistema de drenagem e vai ser direcionada sem que

ela seja perdida na área.

Outro impacto então é a alteração da qualidade das águas superficiais por conta do

lançamento de efluentes então está previsto o sistema de tratamento de efluentes, então todo

efluente gerado dentro do empreendimento será tratado e a saída deste tratamento tem que

estar de acordo com a legislação federal se ela não tiver isso é um crime não pode haver,

então este efluente é tratado, ele é monitorado e depois é lançado através de um emissário

que acompanha aquele quebra mar do leste a cerca de dois quilômetros da costa, existe um

programa de monitoramento da qualidade da água nesse ponto pra ver se o potencial de

depuração está de acordo.

E também tem programa de gestão dos resíduos que não são os afluentes podem alterar

qualidade da água mas também resíduos lixo caso eles venham cair na água poderá alterar a

qualidade, existe já é uma política nacional de gestão de resíduos sólidos e o empreendimento

deve seguir essa política.

Bom, falando de qualidade do ar; pode haver a alteração da qualidade do ar por conta da

emissão de particulados, poeira, principalmente por conta da circulação de caminhões, então é

previsto que haja uma equação da vida ou seja vão borrifar agua sobre essas vias de terra para

que a poeira não suspenda. A alteração da qualidade da água tendo em vista a operação dos

navios ela é controlada e vão existir pontos de monitoramento que vão me mostrar se os

níveis de emissões estão dentro do padrão permitidos, se eles estiverem chegando próximo

padrão permitido é disparado uma série de ações de controle, inclusive e desligado a máquina

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do navio, temporariamente, para evitar que esses padrões não sejam ultrapassados e também

um aumento nos níveis de ruído e vibração principalmente durante a implantação do

empreendimento quando se tiver o desmonte de rocha que ser feito com o uso de explosivos.

Então, ali na região de empreendimento não existem muitos receptores mesmo que os ruídos

sejam gerados, não tem tanta gente pra ouvir mas de qualquer forma é feito um plano de

fogo, com aviso das explosões para que todos saibam quando elas vão correr de que forma

elas vão correr quanto tempo elas vão durar

Chegando então na conclusão do estudo ambiental: a implantação e operação dos terminais

Ponta Negra poderão ocasionar uma série de modificações ambientais e sociais tanto positivas

quanto negativas para as quais foram apresentadas algumas soluções considerando mitigação

monitoramento e controle pra que elas são negativas e as medidas de potencialização pra que

elas são positivas a equipe técnica responsável pelo estudo de impacto ambiental do projeto

terminais Ponta Negra concluí que o empreendimento é viável ambientalmente e todas as

ações de gestão dos impactos previstos neste estudo elas passam a ser um compromisso do

empreendedor, ou seja, a partir de agora o entendimento ele deixa de ser simplesmente um

projeto de terminal portuário ele é um projeto terminal portuário associado a todas as ações

voltadas a minimizar os impactos regionais, os impacto que acontece na região tantos

impactos simplesmente ambientais assim como também os impactos sociais é isso. Eu

agradeço atenção de vocês

(Apresentador) Obrigado Norberto, gostaríamos de registrar a presença do presidente da

Câmara municipal de Saquarema , o senhor Romacartt Azeredo e também do vereador Chico

Peres, Matheus da colônia presidente da colônia de pescadores e também vereador, o

presidente do Comitê Baía de Guanabara, Vice Presidente do Comitê do Lago São João

Engenheiro da CEDAE o Sr Jaime Azulai, a senhora Silvana Azulai assessora da presidête da

cedae, da subsecretaria executiva da Secretaria de Estado do Ambiente e à senhorita Ana

Carolina assessora, obrigado

Obrigado pela participação de todos seguindo rito da audiência, faremos um pequeno

intervalo de cerca de 20 minutos mas já estamos com cerca de 40 perguntas escritas

encaminhada a mesa e 10 descrições de usar a palavra. Vocês ainda tem tempo durante esses

20 minutos, e neste intervalo será servido lanche aqui a direita no salão enquanto isso a mesa

vai fazer o agrupamento por temas das perguntas encaminhadas à mesa

Gostaria de pedir a todos que se acomodem para que a gente possa dar continuidade a

Audiência Pública

A partir desse momento não será mais aceito as perguntas, se alguém ainda tá terminando,

por favor, seja breve.

Gostaria de registrar a presença do Secretário De Economia Solidária do município de Maricá,

o Sr Miguel Moraes, e aproveitar e convidá-lo para fazer parte da mesa.

Gostaríamos de registrar a presença do chefe do Departamento de Análise Geoambiental da

UF, o professor Sergio Ricardo Silveira Barros, também registrar a presença do ambientalista

Luiz Lopes, vice-presidente da associação de moradores e amigos de Jaconé.

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Passo a palavra para o presidente dessa audiência o seu Mauricio Couto,

(Presidente da Mesa) Bom senhores, passando para a segunda parte da Audiência Pública, eu

gostaria de passar a palavra para o secretário Miguel que quer fazer a explanação antes de

entrarmos nas perguntas.

(Sérgio) Boa noite a todos da mesa boa noite a todos presente a todas, nossas lideranças do

meio ambiente as associações presente primeiro, quero primeiro tecer um comentários

respeito do que penso como cidadão de Maricá era de são Gonçalo hoje estou em Maricá tem

uma casa em Maricá 15 anos sou metalúrgico fui dirigente sindical, fui coordenador da câmara

setorial naval e vive a minha vida toda até me aposentar o setor naval, tive a felicidade de ser

uma das pessoas coordenou programa de recuperação do setor naval do estado do Rio de

Janeiro e hoje no brasil. Naquele momento nós tínhamos apenas três mil trabalhadores e hoje

passamos mais de 80.000 até no nordeste hoje nós temos estaleiros, quero dizer a vocês que

essa atividade portuária ela é fundamental para o desenvolvimento econômico e social de

qualquer cidade hoje muitas cidades gostariam de estar recebendo o que essas duas cidades

estão recebendo hoje por conta da geração de emprego. Não se faz sociedade não se constrói

nada sem que tenha formação profissional, não se constrói nada sem que a sociedade tem a

condição de sobrevivência. Não se vive de discurso, se vive de atividade se vive do trabalho da

produção e eu sou uma testemunha viva, eu fiz parte da comissão de elaboração do projeto do

COMPERJ fui com a Petrobras para ver o gasoduto Brasil-Bolívia e vi o sucesso que foi depois

daquele gasoduto pronto para aquela região de Campo Grande e Mato Grosso Do Sul, eu

acompanhei isso e vi o crescimento, minha gente.

A atividade portuária, não só o transporte do petróleo, mas também o transporte de carga é

fundamental é uma atividade específica onde se precisa ter profissionais qualificados e aí eu

aproveito a oportunidade para pedir a empresa DTA , que se preocupe na formação

profissional do nosso povo, é uma atividade específica e nós precisamos ter portuários

formados nestas cidades daqui próximas pra poder exercer atividade portuária que não seja

importados trabalhadores de foram sem que primeiro priorize...

(Presidente da Mesa) Ordem por gentileza... a audiência está sendo gravada, portanto é a vez

dele falar eu gostaria portanto de pedir a ordem...

(Miguel) Eu gosto da Vaia pq a vai também é democracia, tem gente que aplaude e tem gente

que vaia, isto é normal, eu estou acostumado com isto, fiquem tranquilos... Desde que a vaia

seja ordeira, educada e respeite o ser humano o cidadão ela pode ser feita os aplausos então

primeiro vamos ouvir o que eu estou colocando. Estou falando aqui do futuro da nossa

juventude tô falando aqui a formação profissional na área portuária que é fundamental para

esta região como se trata de estaleiro minha gente foram 25 anos trabalhando dentro do

estaleiro atividade, aqui foi dado uma demonstração, de que pra cada um emprego no setor

naval, você tem três empregos da mão de obra direta indireta. Vocês sabem o que é obra

indireta? A mão de obra indireta começa lá no restaurante, a mão de obra indireta é na

indústria de confecção, a mão de obra indireta é na indústria de metal e mecânica, a mão de

obra indireta é na indústria de eletro e eletrônica, a mão de obra indireta e da indústria de

nave e peças, este setor aqui do Rio de Janeiro é tão importante para o nosso Estado como é a

indústria automotiva para São Paulo e vocês precisam perceber que a sociedade ela se

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desenvolve, sim. Agora tem que ter respeito sim tem que ter controle ambiental, essa

preocupação é correta a gente não pode desenvolver nenhuma cidade sem se preocupar com

o meio ambiente, eu acho que isto é corretíssimo, agora quero pedir a vocês, quero pedir a

vocês, nós precisamos que estas duas cidades comecem antes que o porto fique pronto, antes

que os estaleiros fiquem prontos, é preciso que a gente tenha aqui nossos jovens formados

para prestar serviços, isto é fundamental que aconteça eu quero dizer a vocês o seguinte: eu

trabalhei em Macaé e só para concluir eu quero dizer o seguinte...

(Presidente da Mesa) Conclua Miguel. Vcs todos terão o direito de se manifestar. Por favor

conclua Miguel.

(Miguel) Só gostaria que respeitassem isso. Quero dizer o seguinte: não se faz em lugar

nenhum do mundo política de relação de empresa e renda sem que tenha indústria, e a gente

precisa ter os nosso engenheiros, os nosso advogados, os nossos técnicos as pessoas que hoje

estão dentro das escolas com o espaço para ocupar serviço parabéns a DTA , parabéns ao

INEA pela presença e vamos ao porto e vamos ao estaleiro! Muito obrigado.

(Presidente da Mesa) Então agora, dando continuidade aqui as perguntas encaminhada a

mesa por escrito, por favor gente, vamos respeitar o plenário...Pergunta sobre

desapropriação...A mesa tem a prerrogativa... tem secretário que está inscrito aqui para fazer

o uso da palavra? Fica registrado a questão de ordem! Tem secretário escrito aqui vai fazer o

uso da palavra, como todos aqui que se escreveram. Vamos dar continuidade porque nós

estamos com cerca de 60 perguntas por escrito encaminhadas à mesa e temos ainda 20

pessoas inscritas para fazer o uso da palavra

Primeira pergunta é sobre à desapropriação, a Cristiane ela pergunta: gostaria de saber o que

vão fazer com as casas que ocupam a área que provavelmente será um dia parte do porto,

todos serão indenizados? Pergunta ainda: quanto tempo será feita esta desocupação das áreas

pelos moradores? Empresa:

(Mauro) A proposta da DTA é a aquisição dos 60 imóveis para isto já fazem dois anos que

gente mantém contatos com essa comunidade, somos conhecidos, são todos cadastrados e já

fizemos 4 ou 5 reuniões ou talvez 6 reuniões presenciais e estamos guardando, Cristiane, a

emissão da licença prévia para a gente aprofundar essa discussão de aquisição dos imóveis, a

DTA é uma empresa privada então ela não vai desapropriar ninguém não uma empresa

privada não pode apropriar ela vai adquirir, fazer contrato de compra e venda depois de um

processo de negociação com estes moradores

(Norberto) Eu só queria complementar que o estudo, como apresentei, prevê um programa de

apoio às famílias durante o processo de negociação para que fique garantida que elas

consigam viver de forma igual ou melhor do que elas estão hoje.

(Presidente da Mesa) A pergunta agora do Ricardo Assunção: Entendo que hoje no Brasil,

devido a falta de infraestrutura costeira e de refino do petróleo muito do nosso petróleo é

exportado sem nenhum refinamento, o que diminui a receita que poderá ser agilizada no

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Brasil, está correto isto? E me preocupa com o caso de vazamento de óleo na praia de Jaconé,

este óleo é relevante em relação ao vazamento e o impacto que causaria na praia de Jaconé?

(Mauro) Respondendo, nós esperamos, de fato, que com a evolução do projeto iniciativas que

não são exatamente essa do porto mas que vão estar associadas a essa, façam a interligação

do porto com a nova refinaria que está se construindo pra que a gente não exporte petróleo

mais sim exporte produtos com valor agregado isto também é o nosso desejo, não é objeto

deste licenciamento ambienta. E quanto ao ao vazamento a gente mostrou nas exposições a

cortina pra segurar o vazamento, quer dizer, esse tipo de projeto de porto é o que oferece a

maior segurança possível na questão do vazamento, é o porto em terra, on shore, como a

gente mostrou, com uma única passagem entre o mar aberto e o porto, passagem essa que

pode ser fechada no caso de uma eventual acidente

(Presidente da Mesa) Nós recebemos diversas manifestações aqui para serem lidas por. O

Richard Udeuf: “Sou contra o porto “. Cláudia Udeuft, ela diz: “Saquarema precisa de valorizar

as suas riquezas naturais ganhar com o turismo sustentável e ecológico, temos praias lindas,

lagoas e e ainda mata atlântica com fauna e flora riquíssima montanhas e não precisamos de

poluição, fora porto.”.

Bruno Rocha pergunta: É legal colocar concreto e mais um monte de resíduos tóxicos na praia?

É pergunta isso Bruno? Não, presidente do INEA não está presente, tem um representante do

INEA no grupo de trabalho e tem eu que sou o representante da CECA, em relação a

ilegalidade você tem que seguir diversos procedimentos, por exemplo, como eu disse do

licenciamento prévio da atividade no início da Audiência Pública tem que passar por diversas

fases. Quando eu digo ao final do parecer técnico do grupo de trabalho ele é encaminhado a

procuradoria jurídica do INEA, a procuradoria jurídica fez exatamente esta função de ver se

todo o rito legal referente ao licenciamento foi cumprido, então nós estamos na fase

preliminar do licenciamento, então, hoje se você me perguntar se esta obra é legal fazer este

tipo de atividade, nenhum de nós poderia responder em função das alternativas e da

legislação e dos pontos que são facultados para a implantação deste tipo de empreendimento

que a legislação prevê, então é isto.

Diz Bruno Verissimo – Porque o projeto não pode ser feito em áreas degradadas e com

logística tipo porto Itaboraí, porto Itaborai Comperj? Sabemos que existem áreas como

Sepetiba e Guaratiba que podem viabilizar o projeto. Sairíamos de uma área de preservação

ambiental com características próprias já em Sepetiba poderia se adequar através de uma rede

Comperj e Itaboraí e o porto de itaguaí com a nova malha moderna, ligando até Itaborai

facilitando o escoamento da demanda de petróleo. Ai vem a posição que em Saquarema seria

mais valioso, praias como foi colocado ante, costa aberta e o mar revolto, tornando a corrente

marítima difusa e forte, dizendo dos empecilhos com relação a implantação do

empreendimento, e conclui: não queremos o porto, pois o fim do petróleo é por pouco tempo

e temos outras modalidades de empreendimento, tipo quebra mar, sol, enfim novas

modalidades irão surgir e mais limpas balneabilidade sim, porto não.

Diz Luiz Inácio – Já que se fala em fazer empregos diretos e indiretos por que então não se

passar fazer um mega resort em vez de poluir o canto da praia aonde existe porto sempre há

poluição, além de poluição provavelmente um maior impacto será na corrente marítima

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prejudicando as grandes ondulações que ocorre na orla de Saquarema propiciando aqui as

melhores ondas do Brasil. É só se manifestar em relação a dinâmica costeira e alteração de

ondas por favor

(Norberto) Conforme eu apresentei, foi feito um estudo de modelagem das ondas e foi

verificado que mesmo na região próxima do empreendimento, as únicas alterações verificadas

de onda, são muito próxima ao empreendimento onde se teve uma diminuição das alturas das

ondas de sul colado ao quebra mar já as distâncias muito pequenas empreendimento logo do

outro lado do promontório da Ponta Negra e muito pouco depois à esquerda caminhando em

direção a Saquarema , mas ainda dentro de Maricá não houve alteração nessas ondas, então

dificilmente, não é possível que qualquer alteração de ondas aqui na região de Saquarema

venha acontecer por conta da implantação do empreendimento

(Presidente da Mesa) E depois nós vamos aprofundar o debate na hora do debate oral.

A Jaqueline Zaguini: - A grande maioria dos moradores Jaconé Ponta Negra comunica aos olhos

do governo federal estadual municipal bem como a empresa DTA o seguinte: o atraso no

início das obras do porto TPN nos desbenificia 100% e afeta as seguintes prioridades de

urgência e emergência: falta de emprego e capacitação, atividade econômica e negócios

beirando a marca zero, turismo nacional e internacional zero, campeonato de surf em Jaconé a

Ponta Negra: zero, lagoas e canais todos contaminados e manto aquífero contaminado por

fora devido à falta de saneamento e estações de tratamento, queimada de áreas na restingas e

matas adjacente destruindo nossa vegetação e exterminando nossa fauna, ruas sem asfaltos

sem ponte dos canais de acesso às praias afetando a circulação mobilidade e liberdade de

nossos cadeirante, idosos, crianças, grávidas e pessoal com deficiência física motora. Coleta

seletiva de lixo e criação de uma usina de reciclagem, sem área de lazer, praças, centros

esportivo e calçadão da beira mar Jaconé Ponta Negra. Necessitamos farmácias bancos outros

serviços ligados à nossa equipe social; falta de posto de saúde e maternidade hospital,

eliminação total de contaminação causada pelos lixões, abandono de nossas praias e toda orla

e ruas sem asfalto, falta água potável estação de tratamento para Jaconé Ponta Negra e falta

segurança pública mais policiais e bombeiros, ciclovias em toda a Ponta Negra. Alerto que os

moradores de Jaconé Ponta Negra reclamam diariamente pela imediata construção do porto

TPN a fim de sanar e resolver todos esses os problemas já mencionados que para os

ecologistas parece irrelevante mas são a parte ativa e importante na realização da qualidade

de vida em nossa comunidade Jaconé Ponta Negra. E unidos venceremos pelo progresso.

Urgente, porto, imediatamente

Edson Moura Cavalcante – Na avaliação da DTA , podemos observar que os pontos positivos e

negativos não demonstram que temos a maior avaliação positiva. Impactos socioeconômicos

e sim nos meios biótipos, quanto aos impactos bióticos e físicos observamos que as avaliações

são negativos. Muito bem, não foi feita a divulgação da avaliação sócio econômica em torno

do TPN e onde vão todos, onde virá para a regeneração, vamos esperar após ao término da

instalação do TPN a revitalização de toda a área do entorno e é um projeto ganancioso que só

oferece vantagem ao meu ver para o empreendedor , para melhor avaliação gostaria de saber

do volume de petróleo que será refinado para o mercado conforme palavras do apresentador

do projeto.

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Então ele faz a explanação dele a manifestação e no final ele pergunta: em relação ao volume

de petróleo que será refinado.

(Mauro) Não é possível nesse momento eu responder exatamente que volume é esse. O que

se sabe é que o Comperj tem a capacidade de refinar 650 mil barris de petróleo por dia. O

projeto do porto não prevê refinamento de petróleo na área do porto.

(Norberto) Eu gostaria de fazer uma observação no que refere ao estudo de impacto

ambiental, não é o número de impactos que define a qualidade do impacto ambiental, para

qualquer tipo de estudo de impacto ambiental o empreendimento dificilmente vai trazer

impactos positivos pro meio biótico e físico até porque eles têm que cumprir legislação, uma

vez que eles cumprir a legislação para a preservação eles tem que respeitar áreas de

preservação permanente o reflorestamento das áreas que eles mataram então se desmatou

10 hectares tem que replantar 10 hectares, isto é cumprimento da lei, então não pode ser

considerado um impacto positivo apesar de que em muitos casos por conta da interferência

em áreas que já estão degradadas mais que tinham áreas de preservação permanente já sem

vegetação, eles tem que repor essas áreas de preservação permanente por que passa a ser um

passivo ambiental na área que eles adquiriram então no final a região acaba tendo mais

vegetação do que tinha quando, antes do empreendimento mas isso não é considerado um

impacto positivo, porque é o comprimento da lei.

(Presidente da Mesa) Obrigado Paulo.

Paulo Cesar Alves – No complexo deste porte como fica segurança das famílias o seu bem estar

social na sua qualidade de vida e no impacto de vizinhança já deveria ser na sua qualidade de

vida e no impacto de vizinhança, já deveria ser questionado isto em âmbito geral e seu

recursos, solicito aos governantes estaduais cuidar da segurança pública e dos governos locais

cuidar para que o meio ambiente continue preservado, saneamento básico, iluminação pública

são prioridades.

A empresa pode falar alguma coisa sobre segurança pública?

(Mauro) O empreendimento ele não é nem será responsável pela segurança pública isso é

função do Estado.

(Presidente da Mesa) Vocês perguntaram e a empresa respondeu, de qualquer forma fica

registrado aqui a solicitação,

(Norberto) Eu acho que eu posso complementar; o estudo avaliou sim ele tem um diagnostico

bastante extenso sobre quais são as estruturas que os dois municípios apresentam tanto

Maricá como Saquarema , isso inclui a parte de segurança pública, foram quantificados e

qualificados estruturas que estão disponíveis existe sim um impacto previsto e existem as

medidas associada. Tem um programa, que é o programa de monitoramento dos indicadores

socioeconômicos e entre eles existem também os indicadores de saúde, de segurança de

educação é que devem ser monitorados e este programa também prevê um acordo com as

prefeituras uma vez que a premissa de ação é só dessas prefeituras. O empreendedor não

pode atuar diretamente sobre nenhuma dessas áreas então ele pode monitorar isso e

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apresentar os indicadores para o poder público em convênio conseguir indiretamente

interferir na melhoria dessa situação.

(Presidente da Mesa) Tem duas perguntas aqui sobre benefício que o porto trará do Claudio

Almeida: pergunta o que Jaconé Saquarema serão beneficiados com a construção do porto?

Pergunta ainda que os administradores responsável pelo porto faram para coibir favelas que

poderão aparecer com o empreendimento? Ainda fala se as estradas estão preparados para o

tráfico da obra e o Sr Pedro Costa pergunta: - Conforme informado ontem o empreendimento

gera benefícios econômicos e sociais em Maricá, o prefeito Quaquá falou que os impactos e os

impostos da cidade, recolhidos com o projeto viabilizariam outras intervenções físicas no

município e falou também na geração de empregos para os habitantes daquele município

pergunto: os benefícios ficam em Maricá e os impactos ambientais fica em Saquarema ? Quais

as contrapartidas econômicas e financeiras que a DTA vai dar ao Município de Saquarema ?

(Mauro) Bom é quando a questão das favelas vale a mesma colocação que o Beto fez

anteriormente, ou seja, o empreendimento ele vai ser parceiro do poder público local na

questão de monitoramento, de prevenção e de apoio as ações de urbanização de favelas ou

de construção de novos conjuntos habitacionais. Quanto à questão das estradas no período de

obras como nós temos a situação particular de ter a maioria dos elementos minerais

importantes da obra na própria área do empreendimento é o fluxo de caminhões no período

da obra, vai ser bastante pequeno, bastante minimizado. A pedra, a rocha está dentro da área

do empreendimento, o material de aterro está dentro da área do empreendimento são os dois

grandes que demandariam fluxo de caminhões, este fluxo de caminhões será interno a área

do empreendimento. Este é um fator positivo muito importante nessa tomada de decisão por

fazer esse empreendimento.

Quanto a questão do emprego é compromisso nosso tá nos programas ambientais que é

assim que nós venhamos a obter licença prévia a gente comece um processo de interação com

a sociedade de Maricá e Saquarema no sentido de cadastramento de treinamento de mão de

obra visando o aproveitamento máximo da mão de obra local no empreendimento.

Quanto à questão dos recursos que foi colocado, de fato empreendimento por situar em

Maricá ele vai gerar mais recursos para Maricá do que para Saquarema , mas nossa conversa

que a gente já está iniciada com a Prefeitura de Saquarema , nós vamos procurar trazer

empreendimentos colocalizados pra Saquarema até também haver um significativo aumento

de recursos para Saquarema .

(Presidente da Mesa) Humberto eu acho que o Marrones ele pergunta: - A rota 3 foi cancelada

conforme a informação do governo federal, sem a rota 3 como vai sobreviver o TPN?

(Mauro) Ai então nós temos duas questões, a primeira é que não existe uma relação direta

entre o funcionamento do TPN e o gasoduto rota 3, simplesmente o gasoduto rota 3 quando

ele sai do mar e entra no continente ele entra pelo terreno que pertence a DTA engenharia a

relação é uma relação fundiária. Uma relação onde você vende uma parte do terreno para a

petrobrás para passar gasoduto rota 3 e a segunda questão pelo menos eu posso afirmar

presentemente de que a Petrobras está lá nesse local que foi negociado fazendo sondagem

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trabalhando no Projeto do gasoduto rota 3. Isso está ocorrendo essa semana antes do carnaval

eu fui pessoalmente visitar estas obras.

(Presidente da Mesa) O Gabriel Moreira pergunta como seria a integração do projeto, com a

principal vocação da região, o turismo?

(Norberto) Bom, como eu falei na apresentação o município sim apresenta potencial turístico

e ele explora até melhor que em Maricá. principalmente focada em duas atividades né: o

turismo ligado a parte de mar e o turismo ligado a parte de mata atlântica que é um turismo

mais de aventura. Como eu falei também, esses dois tipos de turismo eles são mais sazonais o

que é possível fazer com o empreendimento está até previsto no estudo das quadras

prospectivos ou seja a gente compara não o futuro com a implantação de empreendimento

com agora a gente compara o futuro com a implantação do empreendimento com o futuro

sem a implantação de empreendimentos. Essa é a forma técnica de trabalhar e o futuro com a

implantação de empreendimento que se previu é assim por mais que possa ter alguma

alguma alteração ou prejudicar o turismo pontualmente na região de Ponta Negra você vai ter

uma ampliação até por estruturas do porto. Áreas que estão focadas no turismo e também

pelo desenvolvimento do turismo de negócios que é algo que, por exemplo, em São Paulo é

absurdamente importante, e é um turismo que é menos sazonal e ele e mais estruturador

porque ele demanda serviços especializados. Ele é demanda estruturas permanentes então

você tem hotéis que atuam ao longo do ano inteiro e não simplesmente no período sazonal

em que as pessoas precisam receber todos os recursos que elas precisam para sobreviver e

atravessar o período que que não tem turistas

(Mauro) Quero só complementar, afirmando que as principais cidades que têm portos no

mundo inteiro são pólos turísticos mundiais então existe o convívio do porto com turismo e

falar de duas estruturas especificas, a utilização do quebra mar como uma atrativo turístico e

as atividades que está em pleno desenvolvimento que ao lado do quebra mar é fazer uma

bancada artificial para a formação de ondas e também desenvolver o turismo é o surf na

região.

(Presidente da Mesa) Por favor senhores, vamos respeitar a plenária, o senhor Elder ele faz

primeiro umas perguntas para a empresa DTA , pergunta se a empresa DTA está envolvida na

operação lava jato. Depois pergunta: se a empresa está envolvida, se essa obra será mais uma

obra sem término no prazo acordado e além de ter mais aditivos para esta obra faraônica,

concurso absurdos e atingindo os cofres do erário nacional e depois no final ele faz uma

pergunta: Como se desenvolveu o estudo que determina Saquarema com 65 por cento de sua

população econômica economicamente ativa tem empregos efetivos?

(Mauro) Vamos responder em duas etapas a DTA engenharia não estar envolvida na operação

lava jato. Esta é a primeira resposta. A segunda resposta em relação aos recursos é

importante citar que este empreendimento e privado, portanto não vai utilizar recursos

públicos, ele vai utilizar recursos privados. Quanto à questão do emprego vou pedira a

colaboração do Raul, que é o coordenador de socioeconomia do estudo que é quem

desenvolveu a pesquisa e é quem tem esta conclusão.

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(Presidente da Mesa) Por favor senhora, vocês irão fazer o uso da palavra, favor respeitar os

oradores.

(Raul) Boa noite meu nome é Raul e este dado se refere basicamente a estatísticas do IBGE e a

estatística do Ministério do Trabalho, ele quer dizer que do pessoal que tem emprego formal,

65% estão ocupados com os direitos trabalhistas, são empregos formais. Isso diferencia muito

de Maricá, onde você tem uma taxa de sub emprego muito grande e é um dado que indica que

em Saquarema você vê um mercado trabalho muito mais estruturado e desenvolvido.

(Presidente da Mesa) Ricardo Gonçalves – Com a vinda do porto, será que vai melhorar os

salários dos funcionários públicos de Saquarema ? Macaé paga sempre o dobro e as vezes o

triplo de Saquarema será que vai melhorar financeiramente ou só querem desfrutar do nosso

Município, mas sem melhorias para a população. Concluiu tem que haver melhoria no

município.

Marcio André – É com este crescimento populacional de Saquarema, como fica o saneamento

básico e se existe algum projeto para construção de uma nova ETE, e ainda fala, os moradores

de Saquarema iram ter um certo privilégio na hora do preenchimento do quadro de

funcionários e até mesmo estágios?

(Mauro) Bom, reiterando o que já foi falado na questão do preenchimento de quadros do

nosso programa de comunicação é social nós vamos fazer todo uma interlocução com a

sociedade de de Saquarema e de Maricá pra procurar o aproveitamento máximo da mão de

obra local isso é compromisso do empreendedor, faz parte do estudo de impacto ambiental,

não são palavras, está escrito agora quanto à questão do saneamento básico em Saquarema

eu não sei responder não sei se tem alguma coisa a respeito.

(Norberto) Na verdade o saneamento básico associado ao crescimento populacional é o que

foi dito, o saneamento básico em praticamente qualquer cidade do Brasil - não é não é uma

característica única de Saquarema - ele é deficiente. Ele tem uma demanda maior do que a

qualidade do serviço. Isso aqui em Saquarema e também Maricá fica mais evidente porque

são cidades que já recebem pessoas, o crescimento dela como mostrei aqui em Saquarema é

3,5% sendo Rio de Janeiro é 1% em Maricá chega a 5% isso já causa uma demanda maior, e o

que a gente viu no estudo é que tendo em vista que é uma região que recebe pessoas a

própria criação do empreendimento ela não tem capacidade de alterar quadro de forma

significativa porque já é uma cidade que recebe esses imigrantes. Não é um empreendimento

que vai causar a maior demanda ou vai causar piora na qualidade, mas é a situação em que

esses dois Municípios estão inseridos na série numa região com essa com essa tendência.

(Presidente da Mesa) A Gilza Cruz - também ela fala perguntas sobre o saneamento ela diz: a

DTA dará inicio a uma obra deste porte mesmo sabendo que em Jaconé não tem saneamento

básico não tem rede de esgoto, não tem água encanada . E ainda pergunta além do

saneamento com o aumento acelerado da população quais as providências serão tomadas

com relação à segurança e transporte público e área de saúde, está previsto alguma medida

compensatória nesse sentido?

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(Norberto) Bom, como eu falei então o principal programa associado a isso que é

característico de praticamente todos os empreendimentos de grande porte é um programa de

monitoramento dos indicadores socioeconômicos que a primeira etapa dele é fazer uma

parceria com as prefeitura de Saquarema e de Maricá pra que possa ser feito a investigação

da qualidade de serviço de quais são as novas demandas que surgem no período de

implantação e de operação do empreendimento para que possam ser tomadas medidas como

apoio do próprio empreendedor então é as principais medidas. Por exemplo que eu consigo

citar: temos monitoramento da percepção social - é importante saber como é que a sociedade

percebe o que tá acontecendo, monitoramento da atividade econômica e do mercado pra

saber se isso tem mudado, de que forma pode ser melhorado e melhor aproveitado

monitoramento da qualidade sócio econômica, educação e qualificação de mão de obra e

esses dados servem colocar quais são as prioridades e as emergências para as ações que

devem ser tomadas sempre contando com o apoio não só desse empreendedor porque como

foi dito ele é um empreendimento que atrai outros empreendimentos de logística então toda

essa cadeia vai fazer parte do município gerando impostos direcionando esses recursos para

melhor qualidade.

(Presidente da Mesa) Por favor, vcs também farão o uso da palavra. Emilio Carvalho - ontem

em Maricá não ficou claro a relação que o empreendimento tem com o Comperj uma vez que

o gasoduto rota 3 que vai ligar o gás principal do Comperj foi utilizado como uma das

justificativas do empreendimento. Já foi dito ontem, mas por favor empresa explicar.

(Mauro) Em relação a rota 3 que foi dito ontem, reforçando então é um fator positivo você ter

uma rota interligando a refinaria ao porto todos os portos eles estão interligados a refinaria

como refinarias são interligados a portos e são produtos que caminham por dutos e que tem

integração com portos isso acontece com os portos que já existem e tem esse tipo de coisa.

Então o fato de haver o gasoduto ele cria um caminho lógico de integração entre o porto e à

refinaria. Agora o reforço que eu já falei, não existe um compromisso claro entre porto e

gasoduto a não ser este compromisso fundiário, ou seja, um pedaço do terreno que é da DTA

foi vendido para Petrobras para a Petrobrás entrar com o gasoduto. A Petrobras que procurou

aquele local independente de ser da DTA ou se fosse de outro proprietário como local mais

lógico para entrada do gasoduto no ponto de vista da engenharia e daí da questão ambiental e

de outras questões que a petrobrás deva ter estudado isso cria uma possibilidade de sinergia

grande mas não existe esse compromisso é assinado legal em nenhum tipo de tratativa no dia

de hoje em relação através do gasoduto entre Petrobras e o porto.

(Norberto) Uma complementação rápidas também, é importante lembrar que os terminais

Ponta Negra eles não tem como única operação o petróleo, tem dois outros empreendimentos

que estão associados que é: o estaleiro naval e o terminal de carga geral conteinizado ou não

e além disso o COMPERJ seria um dos possíveis receptores do petróleo. O petróleo também

pode outros receptores nacionais como também outros receptores internacionais ele não é

uma condição necessária para existência do empreendimento

(Presidente da Mesa) Agora em relação a pesca, nós temos aqui o Altamir Scarpan: - Uma

única baleia come em cada refeição aproximadamente 1000Kg de sardinha não é mais

prudente e preservar as sardinhas?

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O Marcos Portela diz: - Você omitiu os mamíferos marinhos já vi várias baleias jubarte, orca

golfinhos perto da praia. Vocês vão fazer um desvio na rota de migração deles, ele pergunta.

Uma vez que o empreendimento impacta diretamente e significativamente a pesca artesanal

em Maricá e Saquarema , como o INEA e a empresa explicam a ausência dessa categoria nas

duas audiências públicas, Maricá e Saquarema, é notável a falta de divulgação das duas

cidades da realização de Audiência Pública, então principalmente nas instituições que

representam a pesca artesanal. Não seria esse é um dos motivos para anulação das duas

audiências públicas?

Então primeiro responder sobre cetáceos

(Norberto) Nós não omitimos como eu disse na apresentação como a gente tem um tempo

reduzido para apresentar foram apresentados os principais resultados daqueles impacto mais

significativos, o estudo é bastante completo e bastante amplo e como eu falei são mais de

2000 páginas e foram sim feitos, levantados tantos dados primários de observações como

também dados bibliografia especializada quando a presença desses mamíferos. Eu queria

chamar o Ricardo aqui que foi quem coordenou os estudos e que pode dar informações mais

precisas inclusive sobre as rotas das baleias.

(Ricardo) Boa noite, realmente nas observações de bordo que a gente fez a gente não

observou nenhum tipo de cetáceo

(Presidente da Mesa) Por favor senhora, vamos respeitar o orador. Vocês farão o uso da

palavra.

(Ricardo) na área direta entretanto a gente deixa bem claro no estudo que quase 40 espécies

de cetáceos ocorrem nesta região e são passiveis de ocorrer na área do porto, então não foi

omitido mas falamos que existem rotas já bem conhecidas da baleia jubarte, da baleia franca

do sul duas espécies que tem no segundo semestre as suas rota já bem definida de migração

até o banco de Abrolhos, então salientamos bem isto sobre as interações delas com as

embarcações não só essa tem várias outras espécie que ocorrem na região, mencionamos

apenas que não registramos através de um ponto fixo uma área fixa de residência e de uso

contínuo das espécies ali no entorno de Ponta Negra não queremos dizer que elas ocorram na

região, o estudo foi bem categórico e dizendo que é uma área de ocorrência de quase 40

espécies de cetáceo, podem ocorrer na região passando ou parando momentaneamente.

(Presidente da Mesa) Isso é questão técnica. Vocês farão o uso da palavra.

(Ricardo) Conforme eu falei não existe uma concentração de baleias ali, parando pra poder

viver...

(Presidente da Mesa) Esta é uma contestação com relação e vocês tem todo o direito de se

manifestarem na vez de vocês, ele tá explicando e deixa ele concluir o posicionamento dele.

(Ricardo) Bom então finalizando, como eu falei; é rota migratória consideramos esse impacto

dentro do estudo existe programa de monitoramento para isto, consideramos que a rota das

baleias jubarte e franca estão ali e foram consideradas no descrito do impacto ambiental e foi

classificado na descrição de impactos

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(Norberto) Eu queria complementar com duas informações, o trabalho que é feito com fauna

ele é um trabalho de amostragem, ou seja, você vem na região e você amostrando o que existe

aqui a partir dessa leitura você extrapola os dados e consegue a leitura dos impactos, a

amostragem da fauna ela parte de um documento inicial que é submetido ao órgão colocando

qual é o esforço amostral quais são os métodos são utilizados para aprovação do órgão, a

partir dessa aprovação é emitido uma autorização e esta autorização foi submetida ao INEA, a

equipe do INEA especializado na parte de fauna aprovou e os métodos foram realizados

conforme isso. Os dados sempre são complementados com a bibliografia, porque um período

que a gente faz uma amostragem não necessariamente levanta as informações que são

necessárias então são utilizados também os dados secundários e os dados que foram

apresentados pelo Ricardo, que embasaram a parte de baleias tem uma complementação ao

EIA-RIMA que fala de um programa de monitoramento de cetáceos que justamente é baseada

em dados secundários.

(Presidente da Mesa) Obrigado pelo esclarecimento senhores vou querer lembrar vocês que

além da fase vocês...

(Terceiro) tem que vir alguém aqui para falar algo contra.

(Presidente da Mesa) Com certeza. Só para esclarecer que estamos na fase de perguntas

encaminhadas a mesa, nós estamos na fase de perguntas encaminhadas à mesa não sendo

respondidas pelo representante da empresa e que a empresa consultora, estamos nesta fase,

depois que passarmos para a fase oral tem 20 pessoas escritas aqui que farão uso da palavra.

Determinado período acredito que você seja uma delas, todos poderão explanar a sua posição

em relação ao projeto eu lembro ainda que qualquer questionamento em relação ao estudo

de impacto ambiental além das colocações está sendo feitas aqui, vocês tem 10 dias para

encaminhar o INEA e a CECA, esta manifestação citando a página que está dito, onde existe a

controvérsia do que foi dito na audiência do que está escrito no EIA-RIMA, vocês tem até 10

dias pra fazer essa manifestação.

Retornando aqui aos questionamentos da divulgação da Audiência Pública... ele respondeu

sim... Não amigo quem está presidindo a Audiência Pública sou eu, não não, ele vai falar na

hora que estiver escrito para fazer uso da palavra, a Audiência Pública segue o rito conforme

resolução Conama...ele está querendo ajudar a mesa. Silêncio enquanto as pessoas falam

muito obrigado muito obrigado pela sua participação espontânea.

Voltando aqui a questionamento da divulgação como já tinha reclamado aqui a Patrícia, a

Mariana Morais pergunta: o que os senhores tem a dizer sobre a divulgação do evento? O que

eu tenho a dizer, ela diz, foi péssima, de Saquarema a Bacará são no mínimos três faixas que

aliás estão muito mal sinalizadas e não teve anúncios em rádios locais ou carros divulgado por

isso grande parte dos interessados não estão presentes nessa noite. Então, para a Márcia

Patrícia... É o seguinte, existem normas para fazer a divulgações da Audiência Pública, a

empresa seguiu as divulgações previstas na resolução Conama 035 de 2011, mas de qualquer

forma fica registrada a posição de vocês aqui dizendo que foi insuficiente.

Luciana Caldeira – Será possível fazer mais dois pareceres de EIA RIMA feita por outras

empresas? Bom como é que funciona: a empresa proponente do projeto pela legislação ela

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tem que contratar uma empresa para apresentar um estudo de impacto ambiental, quem

análise este estudo de impacto ambiental, além do própria INEA e do grupo trabalho

responsável pela análise ele é distribuído em diversos órgãos, por exemplo, o Ministério

Público Federal que pede o apoio da 4ª câmara de Brasília pra fazer as análises, o Ministério

Público estadual que conta com um grupo de apoio técnico especializado, o GATE que emite

também pareceres, se não me engano o parecer do GATE está no site do Ministério Público

Estadual então vocês podem ter acesso e um dos canais pra vocês questionarem esse tipo de

análise é justamente o MP que teve ontem presentes lá em Maricá o promotor Doutor Fabrício

fez as perguntas, falou sobre falhas identificadas no EIA-RIMA, mas este é o objetivo da

Audiência Pública, ele foi lá e identificou os pontos e vai encaminhar em 10 dias o parecer

técnico do GATE para o INEA juntar nos autos do processo para o grupo de trabalho possa

tomar uma posição.

Pergunta: qual o motivo de se cantar o hino nacional para apresentação de empreendimento

particular isso consta na resolução Conama 0 35 2011 que a necessidade de se fazer o hino? -

Não é por ser um empreendimento privado é porque quem está realizando a audiência pública

é o governo do estado, diga-se de passagem, este é o instrumento mais democrático existente

hoje na sociedade, que é a Audiência Pública do licenciamento ambiental.

Pergunta ainda: está sendo levado em consideração as mudanças de correntes marítimas ao

longo de Jaconé, com o passar dos anos? E a outra pergunta sobre crescimento populacional

também e a carência de águas e esgoto, mas acho que a empresa poderia se manifestar em

relação à alteração das correntes marítimas ao longo de toda a praia com o passar dos anos.

Alteração na dinâmica costeira, do arco praial de Jaconé.

(Mauro) A DTA , usa equipamentos de monitoramento de corrente e ela mede a corrente e as

ondas nos últimos 3 anos. Outros dados passados em relação a esse, logicamente que no

estudo se utilizou dados bibliográficos, ou seja estudos técnicos que têm sido realizados foram

comparados com os dados importantes dos últimos três anos.

Eu quero só reforçar que a divulgação do rendimento foram 15 faixas colocadas no município

de Saquarema, ela esteve no todos os sites da empresa tanto quanto de INEA, nos jornais

regionais e no jornal local, esta ai com você do jornal hoje, além de carro de som em 3 dias,

essa foi a divulgação que nós fizemos, de fato.

(Presidente da Mesa) Agora em relação à dinâmica costeira.

(Mauro) Nós monitoramos a dinâmica atual e comparamos ela através de dados de biografia

com a dinâmica passada é se houve alguma observação de alteração de corrente, não existe

registro disso no estudo ambiental.

(Presidente da Mesa) O Daniel Justim pergunta também sobre arrecadação de imposto acho

que já foi respondida, mas vamos registrar: - Como seria feita a divisão de impostos e lucros

gerados, sendo que o porto pertence a Maricá mas a parte mais afetada seria Saquarema? O

Paulo, costa também diz: - Qual o tributo que vem para Saquarema se o projeto fique em

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Maricá onde vai ser recolhido o ISS e Saquarema? Esse impacto positivo não é verdadeiro para

Saquarema conforme afirma a ARCADIS (consultora que elaborar o estudo).

O Valdecir Araujo - Diz ainda, como foi exposto, o maior prejudicado pelo TPN são meio

ambiente e pescadores, onde a arrecadação fica para Maricá e o ônus fica para Saquarema.

Mas se tratando de uma Audiência Pública quero que as autoridades do Ministério Público,

Prefeitura Secretaria se colocassem sobre essa posição? Então em relação aos impostos.

(Norberto) Eu vou começar pela outra parte é que o maior impacto em Saquarema e o porto

fique em Maricá. Não é verdade como vocês viram na definição das áreas de influências que

são as áreas que recebem os impactos pro meio físico meio biótico elas estão todas

concentradas em Maricá, ou seja, os maiores impactos do meio físico meio biótico são

sentidos em Maricá em Saquarema vocês têm também impacto mais são em áreas mais

distantes do porto, ou seja, são os menos evidentes.

Agora quanto aos impostos, o porto está em Maricá o imposto municipal vai ser recolhido em

Maricá, mas tem uma série de outros impostos, tem impostos estaduais e tem também toda a

movimentação financeira que é gerada direta e indiretamente, Saquarema é um município

muito mais estruturado do que Maricá então ele é muito mais apto pra oferta de serviços que

vão ser comprados durante a fase de operação e além disso você tem a produção de mão de

obra com a faetec que pode ser absorvida tanto na fase de implantação como na frase de

operação. E em Maricá isso ainda precisa ser gerado está em implantação uma escola técnica

que também pode produzir mão de obra que vai ser aproveitada, ou seja, Saquarema parte na

frente como eu falei na apresentação, na hora de empregar pessoas que vai gerar os

benefícios e os empregos que a gente chama de efeito renda, ou seja, as pessoas aqui de

Saquarema terão uma renda maior associada porque vão ter mais emprego e isso faz

movimentar uma animação econômica aqui no município de Saquarema.

Então, existem sim, impactos positivos econômicos em Saquarema mas eles são com certeza

como vocês disseram diferentes daqueles de Maricá.

(Presidente da Mesa) O Alexandre Montijo do Instituto De Eventos Ambientais, pergunta: O

RIMA não faz nenhuma referência a borboleta da restinga bota aqui o nome científico

“paredes áscaris” que encontra-se inclusa na lista oficial de espécies ameaçadas o que a

empresa propõe a conservação e preservação dessa espécie que hoje é habita a área de

influência direta?

(Mauro) O Beto vai responder.

(Norberto) Foi feito um estudo sim da parte de entomofauna foi dedicada a borboleta da

restinga ele tá no estudo de impacto ambiental se vocês conseguirem checar. Como eu falei:

tanto RIMA quanto o EIA, desculpa, tanto o RIMA como a apresentação eles são resumos das

principais características dos estudos principais resultados ele não trazem a totalidade agora

no estudo técnico que é encaminhado para o INEA para dar suporte a tomada de decisão todas

as informações técnicas estão contidas.

(Presidente da Mesa) Ainda em relação às espécies de extinção... Igor Souza, pergunta:.....

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(Norberto) Faltou um complemento a uma resposta: o que vai ser feito com ela. Tem uma

serie de programas que estão previstos nos estudos de impacto ambiental associados a

diversidade, que foi onde foram encontrados impactos fortes, está previsto a recuperação de

algumas áreas do empreendimento quando ele desmata a vegetação nativa se mata a

vegetação nativa ele é brigado a replantar tendo em vista que ele vai ocupar a área ele não

pode replantar na mesma área, ele vai ter que plantar em áreas adjacentes e existem algumas

áreas adjacentes que já estão degradados e que podem ser utilizadas na recuperação ainda

está previsto o resgate de fauna, principalmente de espécies ameaçadas e a soltura nestas

áreas, a borboleta está associada a algum tipo de bromélia específico que cresce na restinga,

capim, perdão.

Precisa ser uma planta que gere néctar para a borboleta estar associada.

(Presidente da Mesa) Eu estava lendo a outra pergunta que fala exatamente sobre o seguinte:

- São ao todo 9 espécies ameaçadas de extinção exatamente quais as medidas para minimizar

os impactos sobre elas é o Igor Souza, que também perguntou.

(Norberto) Bom, é importante a gente lembrar que nesta fase do licenciamento em que o

projeto é um projeto conceitual, ou seja, é uma proposta de projeto, a gente identifica os

impactos e faz uma série de propostas de programas, são as ideias dos programas que devem

ser executados.

Na fase seguinte do licenciamento caso ele caminhe pra lá, na solicitação da licença de

instalação tem que ser entregue pelo empreendedor o PBA, o plano básico ambiental, que

apresenta o detalhamento destes programas do empreendedor onde ele detalha o

empreendimento, ele faz o projeto executivo e essas medidas tem que ser detalhadamente

como elas vão ser implantadas o nível de detalhamento é muito maior de cada uma das

medidas: quantas pessoas vão fazer, como vão fazer tudo mais a gente tem agora não lembro

de cabeça são 5 ou 7 programas associados a biodiversidade desde o afugentamento da fauna

nos processos de supressão de vegetação e movimentação de terra para que os indíviduos

sejam afugentados para uma áreas que não você ser interferidas pra que eles não sejam

perdido nesse processo existe também o processo de resgate de fauna tem alguns indivíduos

que eles tem a movimentação eles não caminham e não correm tão bem ou tão fácil, então

esses indivíduos podem ser resgatados e colocados nas áreas que não vou ser suprimidas.

Existe um programa de monitoramento para verificar se estes indivíduos consegue estabelecer

essas populações continuam viáveis dentro destas áreas, então tem uma série de medidas

que são propostas nessa etapa que vão ser detalhadas na etapa seguinte.

(Presidente da Mesa) Agora Mariana Martins ela pergunta: - Qual a garantir que o solo não

será contaminado com a salinidade do descarte da areia dragada e ultilizado para construção

do aterro sobre a área? Haverá algum tipo de bombeamento para retirar a água salgada?

(Norberto) Isso foi abordado no estudo, foi algo que já tinha acontecido no passado no porto

do açu teve um problema semelhante né. Então foi cuidado tomado até em conversas com

pessoal da engenharia pra que esse material dragado não fosse depositado sobre o

continente, foi isso que aconteceu no Açu que provocou a salinização de lagoas do continente,

esse material ele vai ser aplicado sobre a lâmina da água e vai fazer o aterro hidráulico ou seja,

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é material tirado do fundo da praia aplicado na praia, eu gostaria de chamar o Roger aqui que

foi nosso coordenador do meio físico que pode detalhar um pouco mais a parte técnica disso.

(Roger) Boa noite, meu nome e Roger eu sou geólogo e coordenei o meio físico desse projeto,

área que vai ser implantada o terminal, é uma área que já foi degradada, por atividades

anteriores então já ouve uma série de alterações e a terraplenagem que vai ser feita vai utilizar

os materiais contidos na área são saibreras e materiais que serão esses materiais são utilizados

no aterro dela, e são materiais inertes eles não vão causar qualquer problema nem ao solo

nem a água.

(Presidente da Mesa) Em relação, tem várias perguntas do Genesis, que eu vou ler e vocês vão

respondendo. A experiência no porto do Açu, porto 100 % privado, se mostrou uma grande

tragédia tais como: desaparecimento de algumas espécies de peixes, privatizações de uma

parte do mar, canteiro de obras construídas sobre restinga, mão de obras de outro estados,

aumento de prostituição, inclusive infantil, ele cita ainda que as grandes navegações afastam

os peixes. Qual é o real impacto para esse local está sendo plantado o porto? E o que há de

diferente entre o porto da OSX e a DTA ? Pergunta ainda: que com a queda das commodities

do petróleo para as cidade para arrecadação, como Rio Das Ostras não tem tido verba para

pagar o funcionamento público, o empreendimento segura a repremorização da economia

brasileira que já vem mostrando sinais de fracasso aos representantes públicos e ao

empreendimento. Como pensar modelos de desenvolvimentos sustentáveis sobre oscilação

desses commodites do petróleo?

Então as duas primeiras perguntas, comparando com o porto lá do Açu, e depois se o

empreendimento está preparado essa variação das commodities do petróleo.

(Mauro) Bom, são colocações é muito boas, muito bem feitas né. Primeiro que os dois projetos

tipos de projeto de porto são bastante diferentes, o Porto Do Açu e ele é um projeto que cria

um canal artificial que adentra no continente e para os grandes navios justamente por ser uma

área muito rasa ali, foi feito um grande pier que avança quilômetro mar adentro até chegar na

profundidade onde podem aportar navios de maior parte no caso do TPN é o contrário, a

gente encontrou é uma área onde a gente considera porto natural, quer dizer existe uma

grande profundidade muito perto da costa o que permite então fazer o que a gente mostrou

um porto on shore um porto na costa que tem um modelo completamente diferente de

construção e de custo de funcionamento em relação ao Açu.

Quanto à questão ambiental é nós temos 33 programas ambientais compromissados pelo

empreendedor que a gente acredita que a aplicação desses programas são a garantia de um

compromisso de mitigação é de impacto sobre a compensação de impactos.

Quanto a terceira questão que eu acho que é muitíssimo bem colocada a questão é da

commodity do petróleo é importante a gente ver o seguinte que contém a menor

rentabilidade do petróleo projetos que têm um custo de manutenção pequeno como o TPN

tendem a ter maior importância porque eles conseguem conviver com esse custo menor mas

eu quero completar isso com uma coisa que eu acho que é o fundamental o TPN ele é um

porto, esse porto ele pode movimentar durante 30 anos petróleo daqui a 40 anos tá bom

então do outro tipo de mercadoria ele é um porto que ele vai mudando o tipo de mercadoria

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ao longo da sua existência conforme a economia e sócio economia vai se movimentando, isso

é natural de todos os portos

O TPN depois de instalado ele tende a ser um porto que vai durar séculos e séculos. É o tipo de

mercadoria que ele vai movimentar, ele vai mudar ao longo desse tempo conforme a

economia mudar, a gente prevê que a extração de petróleo vai durar 30 a 40 anos, no ano 41

ele deixa de ser porto, ele somente vai mudar o tipo de mercadoria que vai movimentar então

ele não é totalmente dependente do petróleo ele nasce do petróleo nesse momento em que a

economia demanda o pré-sal.

(Presidente da Mesa) As outras perguntas aqui do Genesis são: sobre o beachrocks, ele faz

uma comparação já pensaram em construir um muro de 30 metros do pão de açúcar e os

beachrocks dentro do empreendimento em patrimônio da humanidade será propriedade

privada da DTA ? E pergunta ainda qual a quantidade de água privada pelo empreendimento,

deve ser em termos de área, a projeção da área do aterro. Pergunta ainda ao INEA: após

liberar a construção de um resort sobre o mapa após liberar a praia de Icaraí para o banho, a

instituição ainda barra algum projeto? Bom acho que esse resort sobre APA que, ele está se

referindo deve ser o projeto da IDB de Maricá que não foi licenciado ainda, está em fase de

licenciamento, agora quanto o banho de mar, Icaraí existe um programa de monitoramento

qualidade de alga habilidade que da os sinais sobre o uso ou não da área. E pergunta ainda: o

Comperj prometeu centenas de empregos para população Itaboraí, que não aconteceram mais

de 90% dos empregados sempre vieram de fora de Itaboraí, como empreendimento da DTA

pretende reverter essa lógica, a população local ocupará novamente sub empregos pela mão

de obra não qualificada, ou melhor por ser mão de obra desqualificada? Ai depois pergunta

sobre impactos, acho que isso já foi dito do fluxo de peixe pelo movimento de navios se não, o

senhor pode responder. Pergunta de novo dos beachrocks dentro do empreendimento

viraram uma propriedade privada? Faz perguntas sobre a população, qual é a projeção do

aumento da população futura de Saquarema ? Pergunta ainda: e se a população não quiser o

empreendimento? Então, por favor vamos pontuar, em relação se a população não quiser o

empreendimento estão se manifestando em Audiência Pública além dos próximos 10 dias

todos estão convidados a encaminhar as suas solicitações, quanto aos pontos que eu citei

antes desse, por favor. Os beachrocks, população e a parte da mão de obra do Comperj como

é que vocês podem reverter esse quadro que aconteceu no Comperj?

(Mauro) Bom, eu vou começar pela mão de obra, depois eu vou passar a palavra para o Beto

para os temas de beachrocks e população. Como eu já disse vou reiterar após a licença

ambiental esse processo a empresa TPN a empresa DTA elas se comprometem a criar um

programa de comunicação com as populações de Maricá e Saquarema em especial, para o

cadastro das pessoas interessadas. A gente perceber qual a qualificações dessas pessoas, qual

é a possibilidade de trabalho nelas no empreendimento para gente preparar junto com as

instituições locais, cursos para essas pessoas poderem se qualificar mais.

Agora quero falar que eu conheço: FAITEC já teve lá duas vezes e Saquarema hoje tem um

centro de excelência de formação de mão de obra pra trabalho esse futuro empreendimento,

ela já tem esse centro as pessoas já estão se formando já estão sendo formados e tive a

informação agora intervalo de que Araruama também tem um centro de excelência de

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formação de profissionais capacitados para trabalhar no porto, então a gente tá com uma

relação muito positiva na questão de aproveitamento de mão de obra local e aí vou passar

aqui pro Beto pra ele complementar a resposta na questão dos beachrocks e do crescimento

da população.

(Norberto) Bom, é quanto os beach rocks é importante lembrar aquilo que apresentei no

mapa a maior parte dessas formações não é, não vai ser impactada pelo empreendimento

inclusive aquelas que foram destacadas pelo Darwin, elas não estão na área do

empreendimento, ela tá muito mais próximo aqui de Saquarema do que da área do porto

propriamente dita, então existem sim, algumas dessas formações dentro da área prevista pelo

empreendimento, o número a bastante é menor daquela que estão do lado de fora, e está

previsto dentro dos programas associados arqueologia uma vez que é do ponto de vista

geológico ele é tão importante quanto a outra formação geológica. Mas a importância dele é

sócio econômica justamente por ser patrimônio associado a história do município dos

municípios no caso então está previsto dentro dos programas de astrologia uma associação

com uma entidade científica que tenha interesse em fazer a pesquisa nesses beachrocks que

ficam dentro da área do empreendimento, no momento das obras pra que se for o caso posso

fazer extração levada para laboratórios pra fazer estudos que ainda não tenham sido feitos,

uma vez que vários estudos já foram feitos nesses beachrocks. Então essa é seu ponto. Quanto

à população como eu falei tanto Maricá quanto Saquarema, estão dentro de uma área que

tem recebido muita gente, o crescimento populacional dos dois municípios como eu falei

algumas vezes, está acima da média do estado e do e do Brasil, eu gostaria de chamar o Roger

mais uma vez desculpa, o Rau,l mais uma vez o microfone pra falar é sobre as tendências.

(Raul) Como o Beto falou existem taxas de crescimento dos últimos 40 anos muito elevadas

tanto em Maricá quanto Saquarema , ou seja uma crescimento muito acima da média, esse

crescimento ele veio vem vindo muito em função do transbordamento metropolitano

principalmente para Maricá, e também de um movimento de pessoas que querem deixar a

cidade para uma ambiente mais marítimo ou um ambiente diferente, então dois tipos de fluxo

e que o mais importante é o transbordamento mesmo da metrópole, em relação às etapas do

projeto existe uma ideia a programação aqui em o projeto sendo aprovado ele levaria 3 anos

paa ser implementado, seria implementado essa infraestrutura para esses 3 anos, está

projetado uma mão de obra de 450 pessoas, digamos os empregos são gerados pra essa fase

de implantação da infraestrutura, nós acreditamos que a possível chegadas de pessoas para

esta fase, seria bem reduzida dentro de um contexto de um fluxo que já existe, e sendo

implantado as fases posteriores especialmente o estaleiro naval é o que emprega mais mão de

obra mais isso é uma projeção pra 5, 6, 7, 10 anos pra frente, então é uma projeção de longo

prazo, se estima que em pleno funcionamento dessas estruturas você poderia ter chegado até

de 10 mil pessoas considerando os trabalhadores que poderiam que poderiam vir e suas

famílias e etc... isso no caso você pegar sim pelo Município com pouco habitantes como

praticamente a totalidade da mão de obra fosse necessário vir de, a ideia que se tem aqui

muito pelo contrário é que se minimize a chegada de pessoas pela qualificação pelo, a

preferência objetivos dentro do programa de dar preferência ao trabalhador local, então não

temos uma projeção matemática mas o que se estima é que o crescimento no contexto do

crescimento da cidade, agora isso não é agora isso não é real em termos territoriais, ou seja a

região do empreendimento o município de Ponta Negra e nisso pega uma parte do município

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de Saquarema que é vizinha, há uma tendência de uma maior adensamento pra lá, na

realidade você poderá ter maior densidade que já ocorre nas sedes municipais, pro seu vizinho

Niterói e que se reflete pouco na Ponta Negra tendera a ser trazido pra lá então nós temos pra

isso um programa de monitoramento para acompanhar este crescimento nacional e

desenvolver as medias serão necessárias para compensar e organizar este tio de crescimento.

(Presidente da Mesa) Está ok, O vereador Chico Peres, ele pergunta: o estudo apresentado diz

que o empreendimento é de baixo impacto então significa que haverá impacto, a grande

preocupação do município Saquarema é o impacto que sofrerá com o aumento

desproporcional da população sem infraestrutura água esgoto, segurança pública, saúde

pública, também e questão ambiental com a poluição das praias oceânicas que são

propulsores do turismo de Saquarema ele pergunta: essas questões estão sendo analisadas

através do estudo de impacto de vizinhança? Pergunta ainda: quais as providências

mitigadoras propostas para impedir consequências tão nefasta para o município de

Saquarema?

Com relação ao estudo de vizinhança queria explicar para o vereador que realmente existe

uma previsão legal no estatuto da cidade mas essa é uma exigência que é feita pela pelas

prefeituras e no caso estudo de impacto ambiental ele é muito mais complexo e complexo do

que o estudo entorno dos impactos em relação aos diversos meios físico biótico e antrópico,

agora por favor empresa em relação às providências proposta mitigadora, o que que está

sendo proposto para o município para impedir essas consequência tão nefastas.

(Mauro) Praticamente a gente volta a colocação que o Raul acabo de fazer, né? Não estamos

falando de uma região que já tem um fluxo de crescimento população muito grande e só são

dadas do censo do IBGE é que tem registrados EIA RIMA e as empresas mitigadoras que a DTA

se propõe a fazer, elas são em parcerias com as prefeituras no sentido de monitorar e apontar

caminhos de melhoria de infraestrutura nas áreas mais carentes, eu só queria complementar,

na experiência de urbanista que eu sou, de que como o aumento da densidade de lugares que

são vazios no ponto de vista de cidades a tendência é de melhoria de infraestrutura e de

melhoria de serviço não é verdade essa relação entre lugar vazio e serviço infraestrutura de

qualidade na prática da maioria das cidades que posso estudar conforme você vai tendo o

adensamento a prefeitura vai tendo condição sim de melhor urbanização e prestar melhores

serviços, é isso que observa e muitas e muitas cidades que a gente estuda.

(Presidente da Mesa) O Jonas Leite pergunta: é a favelização do entorno das lagoas de Maricá

e Saquarema causará a poluição extrema das mesmas por esgoto doméstico e no RIMA não

foram considerados todos os pescadores que vivem da pesca em todas essas lagoas, porque a

DTA não assumiu esse impacto? Pergunta ainda: a DTA já é dona do terreno da TPN isso faz

com que as avaliações das áreas do EIA seja totalmente tendenciosa, a DTA compraria o

terreno sabendo que existe a possibilidade dos órgãos ambientais não darem autorizações? E

ele pergunta ainda: a profundidade do local é considerado um ponto favorável para o TPN mas

o porto é privado e visa lucros, os prejuízos sociais e ambientais do empreendimento privado

não podem ser jogados para a população e para o estado, o terminal do porto do Açu tem 26

metros de calado e está apto para receber os maiores navios do mundo o menor custo de

aprovação por conta da baixa necessidade de dragagem visa única e exclusivamente o lucro de

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uma empresa privada, essa característica não pode ser considerada como justificativa

máxima, as características ambientais e sociais são menos importante que o lucro de uma

empresa privada e desenvolvimento a qualquer custo? Ele está falando sobre escolha da

alternativa locacional e pergunta também: tudo sobre a compra do terreno cidade e do

resultado da avaliação das outras áreas?

(Norberto) Eu vou começar então pela favelização do entorno das lagoas a processo que já

ocorre. Como a gente viu nos resultados da parte do meio biótico do da comunidade aquática

elas indicam que as lagoas recebe lixo e efluente não tratados que, por enquanto, não

comprometeram a qualidade da água mas já mostra o índice de alteração eles foram os

resultados do estudo com os laudos recolhidos, é previsto esse tipo de adensamento urbano.

É previsto sim isso foi colocado no estudo de impacto ambiental, como eu falei para vocês, que

é mais complexo mais completo do que do que o RIMA é e o que acontece isso é uma questão

de gestão do espaço público não cabe ao empreendedor ser responsável pela gestão do

espaço do espaço público, como eu falei pra vocês, como vendedor pode agir mas

indiretamente através do monitoramento sócio econômico em parceria com a prefeitura ele

vai monitorar também as condições de moradia no torno do empreendimento não é nem

interessante para empreendedor que exista a favelização então não é algo que vai ser

incentivado criado pelo empreendimento.

Agora falaram também que não foram estudados os pescadores, foram sim como eu

apresentei para vocês, foram entrevistados representantes das 3 colônias na verdade duas

colônias e uma associação, e são pescadores que atuam tanto em alto mar em condições

favoráveis eles pescam de maré desfavorável, eles pescam dentro das lagoas também, então

foram consultados.

(Mauro) Quanto à questão do empreendimento e da compra do terreno é primeiramente o

empreendedor ele pela própria definição ele sempre vai correr algum risco, isso em todo

empreendimento não busco todo empreendimento ele implica em risco, a DTA que trabalha

com seu próprio dinheiro ela fez uma grande análise de alternativas locacionais antes de

tomar decisão pela compra de determinada área e é óbvio que ela procurou comprar uma

área onde ela percebesse melhor condição para implantação de um porto do menor risco do

negócio que ela está empreendendo, é a lógica inversa você vai trabalhar com seu próprio

dinheiro você vai compra aquela área em que você mais tem clareza das possibilidades de

sucesso do empreendimento.

(Presidente da Mesa) Tem uma pergunta que é bastante parecida, acho que é Marinaldo

Gomes, é mesmo com essa audiência é certo que o porto vai ser construído? Não. Petróleo

está cada vez mais barato se continuar assim vai valer a pena a construção do porto? Eu acho

que o doutor Mauro já respondeu, existe uma comporta protegendo a área dentro do porto,

mais para o lado de fora dele vocês têm alguma previsão tipo de imprevisto? Pergunta ainda:

que os pescadores de Saquarema pescam com barcos de pequeno porte como vocês irão

fazer para não acontecer acidentes e não atrapalhar a pesca e também do peixe?

(Mauro) Para lado de fora foi mostrado na exposição o sistema de monitoramento por radar e

satélite e as boias pra você ter o direcionamento dos barcos no sentido de evitar riscos, além

disso é uma operacional você ter um sistema de rápido atendimento para algum problema que

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ocorrer fora do porto, mas a gente tem que insistir, o local de risco se que a gente pode falar

desse jeito, ele tá dentro do porto no momento em que você faz o carregamento e

descarregamento dos navios e pra esse tipo de risco operacional a gente tem uma solução de

muita qualidade que a barreira fora do porto navio simplesmente navegando eles não são

registrados os acidentes de navios que estão navegando sem tá carregando e descarregando a

área de exclusão de pesca foi mostrada pelo Beto área do próprio porto e a aérea de

aproximação no canal de navegação e vão ser áreas de máxima atenção, inclusive dos

pescadores.

Fora disso o convívio entre barco de pesca e navegação é uma coisa comum se a gente olha a

ilha do Guanabara você tem uma grande fluxo de navios e um grande fluxo de barcos de pesca

é diariamente.

(Presidente da Mesa) Floriano Reis, ele fez diversas perguntas, que nós vamos lendo e vamos

passando, algumas já foram feitas a gente pode até informar, Arcadis declara algum tipo de

conflito de interesses? Com que frequência os estudos dos RIMAS é contra o que indicam o

empreendimento?

(Mauro) Acho que essa pergunta é feita pro INEA né? Eu não sei se o INEA tem esse dado,

acredito que seja assim, quantas vezes um estudo de impacto ambiental em uma foi contrariar

para implantação do empreendimento deve ser isso que ele quis dizer não sei se o Dr

Reckmaier.

(Reckmaier) Nós tivemos vários empreendimentos que foram negados pelo INEA, inclusive

alguns, e todos os empreendimentos que são apresentados eles não são muitas vezes

aprovados como os empreendedores querem, muitas vezes eles são muitos deles são

reduzidos as suas propostas, então o INEA cabe simplesmente fazer a avaliação do estudo e

dizer que o que ele pode fazer, a decisão que concede uma licença ambiental onde determina

a no escopo da licença o que é apresentar os tipos de futuro e à decisão de implantar ou não

impedimento fica por conta dele de acordo com o parecer que foi apresentado pelo INEA, quer

dizer então que o estudo impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental muitas vezes

ele apresenta é as suas conclusões o grupo técnico avalia e ele é avaliado também pela

procuradoria do INEA pela comissão estadual de controle ambiental que diz o que que pode

ser plantado. Muitas vezes o empreendedor pede várias coisas e dessas coisas são reduzidas

para que o meio ambiente seja preservado este é o nosso papel.

(Norberto) Eu tenho uma complementação, dificilmente um estudo vai ser apresentada como

a recomendação não rima de negação o que acontece nesse casos é que se apresenta para

empresa de consultoria um empreendimento que é próprio preto não seria não não

simplesmente a não viabilidade do empreendimento mas como não poderá para

empreendimento pra que se torne viável nesse caso do próprio projeto da DTA houve

alteração do projeto inicial então houve um afastamento em relação ao costão houve uma

redução para que ele não atingisse o maior acampamento dos beachrocks, houve alteração

para aqueles que não seguisse mais pra trás em cima da área de mata atlântica, então existe

sim no papel da consultoria a ideia de interferir no projeto para poder melhorar a viabilidade

ambiental dele além das próprias medidas além disso o que já aconteceu inclusive na Arcardis

quando um empreendimento nem com possíveis alterações ele passa dos olhos da empresa de

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consultoria ser viável dificilmente empreendedor levar pra frente porque se apresenta o órgão

ambiental um documento de uma empresa de consultoria que diz que o empreendimento não

é viável já está negada a licença praticamente, né? Então o próprio empreendedor nesse caso

que a gente teve experiência ele desacreditou do empreendimento não seguiu mais em frente.

(Presidente da Mesa) Segunda pergunta do Floriano por favor, tá sendo gravado vai ser

transcrito dos autos do processo. Pode fazer a pergunta por favor, no microfone.

(Terceiro) Eu perguntei em relação ao conflito de interesse. É uma linguagem de cientista né

acho que você deve saber o que eu estou falando, se o estudo é inviável você deve uma

responsabilidade a empresa a partir do momento que ele te dizer ou de arrumar uma maneira

de dizer que é viável, porque a gente não tem como prova que você tá falando a verdade né?

Então assim qual é a garantia que a gente tem da tua isenção enquanto empresa que fornece

consultoria?

(Norberto) Claro, não há conflito de interesses tem é uma colocação extremamente pertinente

acho que é muito importante entender como é que isso funciona, não há conflito de interesse

a gente tem obviamente uma relação econômica eu sou pago para fazer um trabalho e eu

assino por esse trabalho eu assino uma anotação de responsabilidade técnica no meu

conselho, no meu caso no CRBIO porque eu sou biólogo, mas outros, como eu falei são muitos

pesquisadores e especialistas que trabalham nessas áreas todos eles são registrados nos seus

conselhos de classe e assinam suas anotações de responsabilidade técnica de

responsabilidade técnica para isso inclusive é um documento necessário anexar ao processo.

Então se, por exemplo se chega um momento em que obviamente o empreendimento não é

viável e a consultoria vendida, é uma coisa muita dita ela assinou dizendo que era viável esses

profissionais podem ser caçados ter o seu direito de exercer a profissão caçados, então é dessa

forma que funciona eu assino estudo comprometendo a minha profissão não só o meu

emprego, vai além disso.

(Presidente da Mesa) obrigado. O Floriano Reis pergunta ainda: qual a previsão de exploração

da camada do pré sal no período contemplado pelo porto? já há extração? Isso de fato é uma

argumento que justifique o empreendimento?

(Mauro) Sim já extração e foi mostrado hoje que na semana é passada o cuidado online da

petrobrás era de 650 mil barris dia de extração do pré sal é uma extração do pré sal ela é uma

realidade aumentada diariamente com toda essa crise quem tá assistindo a petrobras tem

batido recordes de extração de petróleo ano a ano, inclusive ela bateu no passado o record do

ano retrasado.

(Presidente da Mesa) ele pergunta aqui: desculpa. Flaviana. Ela pergunta ainda: qual o

parecer do instituto Chico Mendes? O EIA foi encaminhado ao instituto Chico Mendes, mas

ainda como eles tem ainda até 10 dias após Audiência Pública normalmente as manifestações

são entregues nesse período então deve estar pra chegar tanto Chico Mendes quanto IPHAN

também receberam o IBAMA também. Faz pergunta aqui: qual o intervalo de confiança da

modelagem de ondas e sedimento nos pontos 1 e 12?

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(Mauro) Eu não sou oceanógrafo mais o intervalo foi de 4 anos o estudo não é isso então acho

que o Daniel.

(Presidente da Mesa), Flaviano?

(Noberto) eu sei a parte de intervalo de confiança e de 4 anos é um atributo estático assim é

que aqui é utilizada nas modelagens eu pra ser bem sincero não tem informação nesse

momento tá aqui no estudo e vou procurar não atrasar o processo e apresento resposta na

sequência, pode ser?

(Terceiro) Estou falando isso porque dependendo do intervalo de confiança que você usou na

tua modelagem, atua modelagem não é confiável, então não necessariamente não vai haver

afetação das ondas e do sedimento no arco praial e por isso que você precisa informar o isso

porque não adianta você mostrar uma gráfico bonitinho dizendo que nada muda se teu

intervalo de confiança for absurdo não adianta você vai mostrar uma figura bonita mas na

verdade você vai ter alteração sim porque é modelagem é só por computador.

(Presidente da Mesa) Obrigada pela informação

(Norberto) Eu vou procurar essa informação precisa para te passar mas acho que uma coisa

importante dizer essa modelagem foi encaminhado para o INPH que é o Instituto Nacional De

Pesquisas Hidroviárias e eles ratificaram essa modelagem e disseram inclusive que ela foi

conservadora pra se dizer que é modelagem que eles fizeram apresentaram resultados ainda

menos evidente mas eu vou procurar a informação pra te passar.

(Presidente da Mesa) outra pergunta: ela faz qual o percentual de postos quais ser royalty a

políticas pergunta ainda há políticas habitacionais para contratar pra completar a mão de obra

da geração de vagas em escolas e hospitais? Quais são os projetos e objetivos para reduzir o

impacto sobre a pesca proveniente das rotas dos navios? Eu acho que eles já falaram sobre

isso. Os projetos objetivos, se existe algum.

(Mauro) Nós temos um programa é de compensação e diálogo com a comunidade de pesca

que tá é descrito também no estudo só que nessas fases do licenciamento preliminar ele não

chega a chegar no objetivo final, ele fala de uma metodologia de trabalho com os pescadores

da definição de objetivos é praticados na implantação e operação de empreendimentos o

programa ele se ele tem como como centro a metodologia participativa ele coloca algumas

linhas que vão ser as linhas de condução desse diálogo dos pescadores mas ele deixa

objetivação pra esse diálogo ele não impõe objetivos dos pescadores.

(Noberto) Isso faz parte da definição do próprio programa então como eu falei anteriormente

não é uma definição a ser feita durante o desenvolvimento do programa nesse momento

como eu falei isso proposta programas nessa inclusive elas podem ser arredondada ampliadas

diminuídas durante o parecer do órgão ambiental como o que é ainda mais isso isto aquilo

então nas condicionantes pode vir assim.

Então o programa ele é detalhado na fase seguinte no PBA que vão indicar, agora esse tipo

de programa participativo, ele não é o detalhamento dele é feito durante a própria evolução

do programa por que feito com os participantes ele não é delimitado previamente

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estabelecido e depois aplicado como a maioria dos programas de gestão de efluentes e de... se

ele for uma condicionante da licença como deve ser a garantia essa licença só é válida se for

atendido

(Presidente da Mesa) O que ele tá dizendo que o detalhamento né dos programas vão ser

feito quando apresentação do PBA mas de qualquer forma dentro do período manifestação se

vocês quiserem encaminhar algum tipo de manifestação sugestão para inclusão dos planos e

programas exatamente o que a gente espera dessa Audiência Pública é ainda pergunta: os

resíduos lançados no emissário submarino tem de alcançar o arco praial de Saquarema até

Itaúna?

(Mauro) Não, veja existe no emissário submarino existe um as estações de tratamento a água

vai passar sempre pelo processo de reuso né pode ser que que haja algum excesso que vai ser

lançado e lançado dentro das condições é que é conama permite que a gente fez um estudo de

diversão da pluma e ela desperta bem no entorno do empreendimento nos estamos a

dezenas de quilômetros da praia de itaúna não existe nenhuma possibilidade de isso chegar na

praia de Itauna.

(Noberto) Só complementando, existe também um programa um dos programas da metade

proposta programa de monitoramento dessa a pluma depois do lançamento da efluente

tratado né então esses programas eles visam justamente verificar se a capacidade de

depuração que foi ante visto ela tá sendo atendida ou se preciso de algum tipo de correção na

no tratamento esse programa é continuo não feito um determinado momento paz para o ano

que vem volta né o programa de monitoramento ele monitora a saída da fonte tratado tem

que tá de acordo com a resolução federal com a solução conama e depois você tem que ter

aumento do tratamento do monitoramento de efluentes tratados primeiro ponto pois ele

lançado você também tem o monitoramento da pluma né então isso verificar o processo está

correndo como um cão bem sim algum momento dá um alerta tudo isso é previsto só vai ser

feito alguma coisa se tiver fora da normatização prevista e se tiver alteração de padrão de

qualidade.

(Presidente da Mesa) Quais as medidas de mitigação depende da intervenção do gestor

público municipal? e pergunta: quais as medidas relacionadas à segurança nas cidades

afetadas?

(Mauro) É a partir da medida relacionada à segurança não sei se acreditar está respondido a

gente falou algumas vezes é a agora que depende de intervenção do gestor público na verdade

as medidas em grande parte elas são obrigações do empreendedor e são a partir do momento

que se foi concedido uma licença ela são compromissos do empreendedor já nesse momento

elas passam a ser para frente do projeto pra frente do licenciamento agora a fiscalização é

feita tanto pelos órgãos públicos quanto pela população então qualquer incoerência que a

população perceba ela pode denunciar isso no órgão responsável para que ele tome a são

necessárias então o licenciamento é feito pelo por um órgão público que é responsável

também pela fiscalização diretamente.

(Presidente da Mesa) Eu vou ler aqui agora umas perguntas, do Pedro Mariano Matos, ele faz

três perguntas: eu vou passar para o empreendedor e uma por uma tá, para ser mais objetivo.

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Ela fala o seguinte: com a construção TPN desejo fazer alguns questionamentos, primeiro qual

é o entendimento público privado em relação a pressão antrópica do empreendimento já que

o mesmo se localiza junto ao futuro Geopark , costões e Lagunas entre dois parque de mata

atlântica que são tiririca e costa do sol vila tur Saquarema.

(Mauro) Nós entendemos que o TPN ele pode conviver com o Geopark não existe uma

antítese é possível existir um empreendimento dentro do geopark e quantos parques

ambientais os estudo de ambientais mostram que são as leis de conservação existem na serra

que não existe interferência nessa unidade intervenção direta nessa unidade de conservação.

(Noberto) eu queria só complementar s no estudo também falará prevista que as medidas de

compensação de plantio compensatório do mais ela seja feita na área de restinga adjacente

pra que essa área seja potencializada inclusive incluir a preservação da incluindo trecho de

praia que contém alguns beachrocks vídeos que hoje ele não recebe algum tipo de proteção

legal.

(Presidente da Mesa) A segunda pergunta: em 2006 outra empresa se interessou pelo mesmo

local mas desistiu porque o plano o diretor não previa a instalação de um terminal, pois a área

era para expansão urbana, como a mudança do plano diretor voltou-se a carga a empresa

acima está construído o terminal em Macaé com muito elogios a logística do local e o que é

pressionou foi falta de luta da mesma que acabou optando por outra cidade e será que Maricá

não é adequada para estar na região metropolitana já bastante castigada por problemas

socioambientais?

(Mauro) O inverso né, por estar na região metropolitana M aricá ela no nosso entender é

muito mais adequada do que Macaé agora é importante citar que atividade que se desenvolve

em Macaé e a atividade chamada de apoio offshore são pequenos barcos que dão apoio às

plataformas submarinas de exploração de petróleo não se faz transporte de petróleo

transporte petróleo existe grandes navios esses meus navios não existem condições naturais

em Macaé para portas para grandes navios são portos que trabalham com pequena

profundidade para pequenos navios o nosso caso nós temos grande profundidade a gente

pode ter é a oportunidade de trabalhar com grandes navios são duas atividades

complementares mas uma não rivais a coordenação motora também era tão diferente tão

diferente mercado diferentes atividades.

(Presidente da Mesa) E a última pergunta: o porto do Açu está praticamente pronto e contará

com toda a proteção ambiental já apresentam problemas pois os moradores do barra do Açu,

estão sofrendo com excessiva engordamento das praias e também com a pressão atmosférica,

ameaçando as casas. Pergunto: com este empreendimento em Maricá o quê Saquarema

sofrera com os impactos ambientais? Pois como sabemos poluição do ar e marítima não tem

fronteiras.

(Mauro) Então na verdade ele está preocupado com o excessivo engordamento das praias né?

A questão da movimentação praial e também com a pressão atmosférica. Então como já dito

os impactos no meio físico eles ficaram restritos todo empreendimento no município de

Maricá nenhum de uma análise que foi realizada é mostra que esse impacto posso se estender

até o município de Saquarema.

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(Presidente da Mesa) Bom senhores as perguntas, por escrito, encerraram? Nós vamos passar

para inscrições horais, eu lembro que tinham 20 pessoas inscritas, então nós vamos limitar o

tempo, seremos bastante rigorosos com isso, em 3 minutos que provavelmente poderemos ter

alguma réplica, então por favor o rapaz que controla o tempo, gamos chamar primeiro a

senhora Anna Cristina, do FRAIER, Anna se vc quiser uma cola:

(Ana) Boa Noite, o presidente da DTA em 2012 ele colocou sobre essa tecnologia que seria

até patenteada pela DTA essa cortina, não sei se continuo isso, acredito que sim porque no

rima não está colocado da forma da entrevista que ele dava em 2012, e diz que não existe

nada no mundo, então é isso que eu gostaria de saber, nós seremos cobaia, vocês tem

certeza? De que esse procedimento é garantido? Para o caso de um vazamento de óleo, muito

bem colocado né você tem no mundo o tanto que a gente tem foto na nossa disposição, a

cortina enrolada e puxada por uma barco e fecha e é inflada, isso existe no mundo é essa que

está no nosso sistema no nosso processo de licenciamento, a DTA é uma empresa que

desenvolve tecnologia, então ela acredita que é possível ter uma cortina muito mais eficaz do

que essa, mas o que ela está colocando hoje no projeto pra n ninguém ser cobaia é um tipo

que já está testado e que já existem muitos outros exemplos, é essa que consta no estudo

ambiental. – então a que ele falou na época não vai acontecer mais, que ele falou que era um

tecnologia que vocês tinham criado que até iriam patentear, o que ele falou na época caso

essa tecnologia nova venha ser homologada, testada e aprovada, por institutos técnicos ela

poderá ser utilizada é uma avança técnico. Agora existe hoje no estado da arte e engenharia

hoje solução que dá o menos efeito. Só que em vez de ativar em dois minutos para fechar a

área vai levar 5, 5,10,15 , mini. É uma diferença pequena de eficácia Mais é possível que eu

tenha que um e quanto ao instituto Chico Mendes é sobre a reserva extrativista marinha de

Arraial do Cabo que é uma preciosidade é um município também de praias lindíssimas então

eu acho uma temeridade, eu não acredito, não tenho conhecimento, não sou profissional da

área mas eu acho que de repente a poluição chega lá, porque não é possível que um

empreendimento faraônico desse jeito não irá alcançar arraial do cabo? Nós não estamos tão

distante assim justamente o nome é arraial do cabo filar uma reserva da marinha e lá é uma

reserva extrativista marinha. Então eu acho que a preocupação principalmente do INEA tem

que ser muito grande , porque está sendo colocado em risco o projeto de uma reserva criada

pelo governo federal em 1997.

O negocio já vem de anos eles tem projetos lá que já vem sendo aplicados a anos, isso tudo

pode vir por terra, aliás por mar né! mas não é só Saquarema , não estou pensando só no meu

município, estou pensando só no meu município pensando no município que é lindíssimo e

que preciso também ter um cuidado que o que acontecer aqui não tem como ir também não

tem o seu acredito que vocês não têm a garantia de que não irá acontecer com baixo impacto

ambiental o que pra vocês que foi parece que foi o governo do estado também fez de vocês é

também afirma que é o que significa civil assim que é de baixo impacto ambiental é o impacto

ambiental pela prova resolução conama que institui licenciamento ambiental além de uma

série de critérios que precisam ser apresentados em pontos positivo negativo temporário

permanente e uma dessas um desses critérios, a magnitude, a magnitude do impacto pode ser

definida como a alta, média, ou baixa então isso é para cada impacto, eu não digo que o

empreendimento tem baixo impacto ambiental não é isso, cada impacto tem uma avaliação

alto, médio e baixo no RIMA está apresentado qual é essa avaliação associado a isso tem as

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medidas que a gente coloca, então a natureza o impacto por definição de uma determinada

magnitude quando a gente aplica medida o resultado do impacto pode diminuindo ou ele

pode ser ampliado por uma medida potencializadora. O impacto positivo então você não disse

que o empreendimento ele tem espaço pra tentar o alto impacto ambiental você pode dizer

que um determinado impacto ambiental de empreendimento é alto ou baixo em relação à

magnitude e não é verdade não é muito grande. É mais dá a entender de que minimizou a

situação, entendeu, que o impacto ambiental é a degradação ambiental ela é mínima é baixa,

e não é verdade é muito grande, muito alto , quem está vai pagar um preço muito alto. E como

eu ainda tenho um tempinho, eu já estou nesse caminho já desde 2012 e eu gostaria de fazer

uma consideração porque nós estamos sofrendo né, o meio ambiente, nós estamos com uma

falar de agua, isso é no Brasil inteiro nós estamos com esse problema, pedindo muito ao povo

que colabore, mas eu acho que o governo o poder público, principalmente o estado ele tem

que colaborar também, possibilidade de um empreendimento ser realizado em outro lugar

que já foi impactado que já foi degradado, porque o governo não vai permitir que seja

impactado um lugar que não tem problema? Se é para colaboração nós estamos com

problema ambiental, a água é um problema ambiental, então se tem oportunidade de ir para

angra, de ir para qualquer outro lugar o governo tem a obrigação de colocar este caminho não

destruir o que não foi impactado, essa é minha opinião.

(Segunda pergunta de Voz) Sr.Presidente, o meu questionamento como está ai é sobre o

impacto de vizinhança, o impacto de vizinhança é previsto no Estatuto da cidade. Saquarema

está impactado pelo impacto de vizinhança porque é vizinho, no plano diretor do município de

Saquarema o questionamento anterior do vereador vossa Excelência respondeu, que o

impacto de vizinhança seria feito pelo município, o impacto de vizinhança, tão importante

quanto o impacto ambiental, porque o impacto da cidadania a cidade e a nação, é constituídas

não de consumidores mas, de cidadão. O impacto de vizinhança tem que ser apresentado pelo

dono do empreendimento, assim como e impacto ambiente então na explanação feita pelo o

presidente da DTA nas outras explanações não fez nenhuma referência ao ser humano, falou-

se na fauna, na flora na baleia, mas não falou de um bicho, que se chama o ser humano. Se o

município de Maricá, não fez o impacto de vizinhança, o município de Saquarema exige o

impacto de vizinhança.

Única referência feita ao ser humano, no estudo do impacto ambiental que não embutir no

estudo de impacto ambiental o impacto de vizinhança que são dois impactos diferentes foi

referente a Saquarema foi o pertinente aos pescadores, e foi feita uma analogia entre a pesca

do Rio de Janeiro que os pescadores lá estão pescando e a pesca de Saquarema, analogia foi

bem feita a Bahia de Guanabara está para o Rio de Janeiro assim como a lagoa de Sacarome

está Saquarema , no debate radiofônico uma ambientalista disse tratando do porto maravilha

foi dourar a alça mais o pinico que é a bahia de Guanabara continua tanto é que os pescadores

que pescam aqueles mariscos na ponte e lavam naquela agua poluída estão e vende na região

dos lagos, estão matando o povo da região dos lagos, estou falando também aqui como

cidadão e também como presidente da comissão de segurança pública de Saquarema , tive a

oportunidade de emitir um parecer sobre a TPN e entrego cópia deste parecer, a Vossa

Excelência, ao INEA e DTA. E o INEA não pode dar licença ambiental para o empreendimento

sem o impacto de vizinhança ou então o INEA rasga o estatuto da cidade e aqui a gente não.

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(Terceira Pergunta de Voz) Boa noite a todos: plano de ação nacional do formigueiro do litoral

é um plano de ação que prevê a conservação do formigueiro do litoral a quarta mais ameaçada

de extinção do planeta do mundo inteiro. Só existe entre Jaconé e Cabo Frio e esse plano aqui

o INEA é parceiro em todas as ações, esse plano foi elaborado pelo ICMBIO o mesmo e INEA

tem uma campanha que diz que proteje as 10 mais e dentre estas 10 espécies está o

formigueiro do litoral. Eu pergunto como INEA manda proteger essa espécie em extinção no

planeta que liberar licenciar o empreendimento no habitat do infeliz aqui! Do pobrezinho! Ou

então fazer como o Mauro olha só você a partir de hoje não vai poder mais morar aqui aí você

vai botar numa área de restinga uma superpopulação de indivíduos e superpopulação a gente

acredita, a gente sabe acarretar uma favelização! Vai haver uma favelização do formigueiro do

litoral é o que vocês querem fazer eu vou entregar esse exemplar aqui pra entregar ao

Ministério Público ele que vai fazer o questionamento ao INEA.

(Presidente da Mesa) Obrigado a todos o andamento muito pertinente a colocação.

(Quarta Pergunta de Voz) Dene Fardin boa noite todo mundo, também sou biólogo como

nosso amigo al,i antes de mais nada eu não quero que se torne como se fosse um jogo de

população contra empresa, eu acho que a gente tem que se despir do nossos egos pessoais e

tratar dessa questão que é muito sério que é a perda de um de um refúgio de lazer de

patrimônio material dentro do colchão coloridos. O patrimônio lúdico patrimônio espiritual e o

patrimônio de lazer propriamente dito que ama que é uma questão não é o meio ambiente

que é porque às vezes tratado também aquela região ali como todo mundo que vive aqui sabe

aonde é uma região que ela pelo lazer pela tranquilidade pelo corpo de poucos lugares no

mundo de parecidos, mas enfim, deixa eu fazer algumas perguntas aqui que é que me vieram

que são bem sérias uma delas eu gostaria de mais detalhe sobre a mudança do zoneamento ali

daquela área pelo prefeito de Maricá, o que o ministério público tem a dizer sobre isso. Outra

coisa que eu queria dizer para o INEA eu trabalhei no Porto Do Açu durante um ano e meio eu

fui gestor ambiental lá e uma das empresas infelizmente vi pouca atuação do INEA lá eu

gostaria que caso acontecesse isso aqui que fosse muito atuante se possível que que nem se

faça esse porto aqui eu não sou a favor do porto aqui e deixa eu ver mais coisa aqui, eu falei

essa retroarea do porto e todo o suporte que vai se fazer necessário para esse porto funcionar

essa rodovia que se liga a via Amaral Peixoto RJ106 me parece muito absurdo. É a estrutura

que ela tem pra suportar as forças para suportar o tráfego esperado pra lá enfim dentro os

outros problemas da quantidade de mão de obra que é esperada para trabalhar no porto me

parece enorme também a mobilização de isso vai ser um problema possivelmente é

favelização. O tempo de prático não não me parece o suficiente eu sei que é intensão dos

senhores é séria que tem estudos mas tem que enxergar. Pra finalizar já que a DTA comprou

essa que é um grande risco enorme do porto, se vocês têm alguma outra alternativa

sustentável no agronegócio estava ali pra região poderia me sugerir agroflorestal parque

temático alguma coisa.

Antes de passar quero fazer uma complementação, uma manifestação prudente que em

relação ao ministério público, ontem ele estava na audiência, mas hoje eles não puderam vir,

mas eu acredito que tenha uma ação que está em curso uma ação movida pelo ministério

público em relação a esta empresa.

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(Mauro) Bom quanto ao zoneamento... é uma legislação que cabe ao município e a própria

constituição do Brasil assim o define e o zoneamento de todos os lugares eles são mutantes ao

longo do tempo, o zoneamento não é uma uma lei que é para ser criada numa determinada

época é congelada para todo o sempre né? Zoneamento foi alterado seguindo todos o rito

legal pra alterar zoneamento cabe ao município propor zoneamento município fazer consultas

públicas conforme está ocorrendo aqui tem um rito e depois cabe a câmara municipal

aprovação no zoneamento, então a alteração zoneamento é que ocorreu em Maricá ela é uma

prerrogativa da prefeitura e ela foi realizada seguindo todos os seus ritos que a lei assim o

manda então é uma coisa que ocorre em muitos municípios todo o tempo os municípios estão

alterando o zonemanto. Quanto à questão das rodovias eu queria ver se o Venon, não quer

fazer uma contribuição né? E quanto Venon está se movimentando ali quero dizer que a DTA

particularmente, o projeto que ela tem pra área é do TPN ela não tem um outro projeto pra

essa área

(Venon) Boa noite, quanto a rodovia o acesso na fase de operação, ainda não houve um

esclarecimento, já houve sobre a fase de implantação e que o impacto é menor, como o

Mauro já explicou a movimentação de material rochoso fica confinado dentro do

empreendimento, sem afetar via pública, para ser dentro de uma área e não é para os demais

usuários, ao contrário da fase de operação que sim, deve se prever que haverá a utilização ou

da 106 como foi mencionado e uma eventual possibilidade de utilizar RJ 114 que liga o núcleo

urbano de Maricá até itaboraí 101

Ainda que não haja ligação a estrada hoje não está em condição de receber tráfego, ela tem

um bom alinhamento mas ela não tem um bom tratamento com geometria e não tem a

interligação com a 101. Quanto a 106, ela tem interesse em pista dupla que vende Niterói até

o louco do bando de Maricá no segundo trecho de uma simples com alguma duplicação mais

recente entre o trecho em pista dupla desde Niterói até núcleo urbano de Maricá e um

segundo trecho de pista simples com alguma duplicação mais recente entre o núcleo urbano

até continuando a Saquarema, depois continuando chegando na 118 que também vai ser

usada para acesso e empreendimento e que também é uma pista simples, uma faixa por

sentido. O que o estudo considera movimentação prevista na fase de operação plena, ou seja,

já com todos aqueles três grandes empreendimentos terminais operando na infraestrutura

sendo licenciada agora, deve gerar na hora pico, algo como 400 veículos por hora e

aumentando cerca de 200 veículos por hora em cima de 200 que já existem por ai. Isso é uma

hora pico de um dia normal de um dia útil normal e não é uma hora pico de um período de um

fim de semana carregado de verão ou fim de ano, ou de um destes dias específicos que

ocorrem, mas são importante para o turismo, e já adiantando então a medida mitigadora não

se prever que haja movimentação operacional de caminhões do empreendimento nestes dias,

e mais isto não é só uma ação benemérito do empreendedor, esta é uma ação para preservar

custo de transporte que os caminhões iam ficar parado no meio de todo mundo aí só te

atrapalhando e atrapalhando mais os outros.

Agora então a pergunta é o seguinte: Cabe o trafego a mais a ser gerado pelo

empreendimento a mais nessa rodovia de pista simples a resposta pelos padrões

internacionais adotados no brasil e em outros lugares de capacidade nível de serviço diz que

sim 425 veículos por hora, é na ordem de 25% do volume de 1600 veículos por hora de uma

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rodovia deste tipo comporta, concluindo sim há capacidade de se observar o seguinte, aquilo

que já foi colocado aqui, toda a região está sujeita, independente deste empreendimento, está

sujeito ao crescimento populacional e por tanto um crescimento de atividades para que essas

pessoas consigam morar e sobreviver aqui, e isso vai ocorrer ao longo do tempo este pleno

desenvolvimento da operação do porto também vai ocorrer ao longo do tempo ou seja toda

essa região vai precisar de um equacionamento do seu sistema viário também além de

saneamento transporte e educação e outros

(Presidente da Mesa)Ok Obrigado, Edson jornalista, Edson Pedroso

(Mauro) Eu gostaria que o Pedro viesse a frente, é o biólogo né

(Quarta pergunta de Voz) Bem, uma questão se falou aqui, dos golfinhos e quando você fez a

explanação dos golfinho você me disse que ele era suscetíveis a abalos sonoros, correto? Sim,

sim, foi dito aqui, foi falado aqui, isso, e que ondas sonora. Então eu diria a você o seguinte,

eu sei que vocês dois são pessoas inteligentes, e eu diria que eles não vão sentir e vocês não

vão diminuir o impacto, eles simplesmente abandonam o nosso litoral, então o estudo de

vocês está errado e isto já me deixa em suspenção o que vocês fizeram porque eu afirmei isto,

há estudos pela universidade católica feito em Santa Catarina, inclusive foi tese de mestrado

que simplesmente bastou a movimentação no porto para que eles sumissem da região e nunca

mais voltar nem foram vistos, então eu acho que quando você chegam aqui eu tô em dúvida se

porto é legal ou não agora não quero ser enganado, quero estudo sério porque eu já

acompanho essa história do porto a muito tempo desde da primeira declaração feita pelo

presidente da DTA o Senhor Oliveira neto e afirmou ao jornal O globo que nada impediria a

implantação do porto e se está escrito a não ser que existisse baleias jubarte de papo amarelo

brincou então quer dizer será que esta indagação dele mostrar que já havia já havia coisas,

gente no bolso dele e que já estava tranquilo é uma afirmação estranha depois quando fizer

Audiência Pública - aliás desculpe não foi Audiência Pública f- oi a mudança zoneamento. A

primeira mudança de zoneamento foi feito durante o natal recesso do ano novo uma coisa

assim, se não me falha a memória e foi feita de portas fechada na prefeitura de Maricá e isso

tornou totalmente vale o processo e atrasou a empresa porque nós já estamos falando de 4

anos e isso atrasou depois retornaram fizeram novamente zoneamento e conseguiram

aprovar, o que eu quero deixar claro que é concordar com o Ministério Público Estadual e

concordar que o seu Frederico Bastos que afirmou que o estudo de um pacto ambiental feito

não corresponde com os fatos ele afirmou isso, mas eu acho que eu não sei se já entrou com

parecer contrário ao que foi feito e só pra finalizar presidente, eu quero dizer o seguinte: nós

não temos órgãos INEA, IBAMA, que possam fiscalizar essa obra, eles não tem fiscal nós temos

hoje empreendimento em Saquarema e nesse momento eu posso até fazer esta denúncia que

é o campo de grama de Sampaio correia que está consumindo toda a água do nosso lençol

freático e que hoje muita gente não sabe disso. Eu quero saber como é que isto está

funcionando e como que o INEA e o IBAMA estão perante isso quero que anote esta denúncia

nesse momento porque consumindo a área, existe vazamento tem poços cavados

irregularmente, então só para finalizar tá eu quero só transparente depois eu vou dizer se eu

sou contra ou a favor da transparência e da verdade, então não minta, nunca.

(Presidente da Mesa) Obrigado jornalista Edson

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(Norberto) Eu acho que a primeira coisa a dizer ratificar a qualidade do estudo, somos

profissionais sérios somos uma empresa tem mais de 20 anos de atuação no mercado na área

de meio ambiente já fizemos e números impactos ambientais e nunca tivemos problemas com

os nossos impactos ambientais, isso essa parte é eu considero inquestionável, somos uma

empresa seria e fizemos um estudo de impacto ambiental de qualidade e o INEA e todos os

outros órgãos estão avaliando todas as contribuições e questionamentos que você fazem são

contribuições valorosos mas eu acho que tem que partir da premissa que ninguém tá

brincando né? É um estudo de impacto ambiental sério.

Quanto a parte dos golfinhos se não me falha não lembrava de ter falado de golfinhos aqui,

mas existe um impacto ele foi diagnosticado e apresentei o impacto na comunidade dos

aquático e só não lembrava de ter falado da palavra golfinhos, mas enfim, detalhe. Existe um

programa de monitoramento de cetáceos que está previsto para o empreendimento para

verificar se o que foi previsto vai acontecer ou não, eu gostaria de chamar o Ricardo pra falar

um pouco mais até da presença de outros cetáceos em portos já existentes, aqui no Rio de

Janeiro inclusive.

(Ricardo) É só a confirmação de o próprio fato de a gente ter visto de ter sugerido que deve

existir um programa de monitoramento especifico para cetáceos já é válida que a gente

considerou que eles estão na área, então a gente falou da bibliografia secundária, a gente

utilizou o trabalho de pessoas da região e que trabalha no pontal de Atalai, que trabalha na

baia de Guanabara, que fizeram estudos na região e o programa de monitoramento

justamente ratifica que a gente considerou a presença deles e vamos monitorar ele ao longo

de toda a fase deste empreendimento se vier a ser licenciado ele será monitorado da fase de

instalação até a fase de é operação e de acordo com os dados que vão estar sendo levantados

e observado dentro desse período é a questão do monitoramento já se define pela própria

palavra condição do órgão regulador, estar observando se realmente não tem ou tem impacto

e fazer as medidas que devem ser feitos a partir dos resultados gerados .

(Presidente da Mesa) Ok muito obrigado pelos esclarecimentos.

(Edson) Vocês não vão conseguir fazer o monitoramento tá porque eles não vão estar aqui pra

vocês monitorar é esse que é o negócio, gente, vocês entram na internet qualquer um de

vocês, entra lá, golfinhos, vocês vão dar de cara o estudo que tem a tese de mestrado do

que mostrei, bateu o primeiro prego, eles somem e não voltam mais, é isso queria ouvir de

você hoje né, no caso dos golfinho vão subir essa e realidade vocês não vão monitorar nada

porque não tem nada pra ser monitorado porque eles não vão estar aqui, era só pra concluir.

(Norberto) Só finalizando o programa de monitoramento, ele prevê um momento zero, ou

seja, o momento em que vai ser feita a campanha antes de qualquer empreendimento pra ver

como é que funciona antes do empreendimento, e só depois deste zero é que tem as ações do

empreendimento então a gente vai verificar se eles estão presentes ou não e como acontece

as alterações. Não sei se tem e-mail digital aqui.

(Edson) Eu ia pedir para não contar o tempo porque faz parte de uma pergunta

anteriormente. Não adianta de nada fazer o monitoramento se não tem ação prevista pra isso,

não existe ação prevista para isto, os cetáceos vão sair dali porque o trafego dos navio vai

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interferir na rota deles, então a partir do momento que o porto for instalado não se tem mais

como voltar. Vocês já falaram 15 vezes que vai ter o monitoramento vai dizer que eles saíram e

ponto. Eu queria saber se realmente identificasse que eles vão sair se o porto sairia de lá,

monitoramento não serve para gente entendeu.

(Presidente da Mesa) Ok está entendido. Vitor Frias por favor.

(Vitor Farias) Presidente, serei breve, qualquer um pode ser surfista, pescador, veranista

professor um estudante sabe muito claramente que existe uma dinâmica muito íntima entre o

costão Jaconé, Saquarema, Itaúna, em arraial do cabo. Como a Ana falou, muito questionável

essa questão, não há influencia em Saquarema, tipo, como que não existe as influências se

qualquer um aqui sabe que existe aqui uma relação muito íntima, qualquer onde de sul que

entra, sudoeste, sul a gente acha na praia em qualquer ponto de boqueirão barra nova, é lixo

que vem da baia de Guanabara o tempo todo então não precisa ser nenhum especialista e

principalmente o INEA deve ter muita lisura neste processo. A gente está pedindo lisura por

favor, pelos nossos filhos, pela nossa praia, pela nossa dinâmica social e ambiental, lisura é só

isso que a gente pede porque se for honesto não vai passa,r o que é muito impactante para a

nossa realidade, não cabe para a nossa realidade.

(Presidente da Mesa) Obrigado Vitor pode ficar tranquilo que vai ter total de lisura e total

transparência durante todo o licenciamento. Luiz Rafael Musse, por favor.

(Luiz Musse) Boa noite, a minha pergunta é simples, quantos projetos na área portuária a DTA

já fez?

(Mauro) Bom, é como a gente já citou, a DTA tem 17 anos de experiência em projetos na área

portuária certo ela tá é próxima de 1000 entre estudos e projetos preliminares e conceituais o

projeto executivo detalhado estudo diferentes de portos tanto marítimos quanto fluviais é no

mundo inteiro né, especialmente no brasil e na américa latina e tem muita experiência na área

por isso a gente escolheu esse local e estamos trabalhando com tanto e tanta fé nesse projeto.

Isso não é uma atividade que começou e acaba no TPN é uma atividade que faz parte do dia a

dia da DTA nesse momento na DTA , tem parte de técnicos trabalhando nesse projeto em

partes trabalhando em um projeto de porto em Guarujá, em Cubatão, estudando porto em

Paranaguá todo dia na DTA tem diversos portos transitando pelas mesas de trabalho dos

diferentes técnicos é o nosso cotidiano é o projeto de portos.

Eu queria chamar o Daniel Campagnolo que está aqui presente que esta nestes 17 anos

atuando na área para ele falar de projetos prontos de gestão do dia a dia do trabalho no DTA .

(Daniel Campagnolo) Boa noite, como o Mauro salientou a DTA tem 17 anos na área

portuária a empresa que antecedeu a DTA tem em 13 anos de trabalho nessa área e antes de

se fundar a DATA engenharia que é a percursora da DTA , quer dizer, eu trabalho nesta área a

47 anos, desde criança e o presidente da DTA também vem desta área e a maioria desses

técnicos vem junto a 40 e poucos anos. Não é um não, são vários anos, tem o terminal de

granéis do Guarujá por exemplo, que é um terminal mais moderno do brasil com um

ferroviário enorme, terminal de juruti da dalcoa, então estamos fazendo o terminal da vale

em Cubatão que é um grande terminal de importação de fertilizantes, eu aconselho que vocês

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entrem no site da que é uma quantidade enorme de clientes, muito grande, nós trabalhamos

em 30 portos: no brasil, portos na argentina é o nosso dia dia é a nossa atividade é o nosso

ganha pão, e este é um projeto muito especial porque ele é nosso.

Eu acho que tá respondido. eEstamos com um projeto em são Francisco do sul projeto lápis

que está em andamento

Nós trabalhamos para todos os clientes na área portuária, este é o primeiro porto que a DTA

vai construir, acabamos de ganhar uma concorrência de dragagem no porto de Paranaguá, que

é a maior concorrência do brasil é uma obra monumental de aprofundamento, fizemos o

aprofundamento do porto de santos, nos executamos obras de dragagem de grande porte...

(Presidente da Mesa)Daniel por favor, você já respondeu com relação a operação portuária e

ela já fez a pergunta, a flaviana já perguntou se vocês já construíram.... Vamos lá Marley, por

favor

(Marley) Boa noite, vocês conseguiram alcançar 472 pessoas em 2 anos nas reuniões que

vocês fizeram na comunidade, então é um péssimo né? Porque de 2 anos pode setenta e duas

pessoas e um mês né meu amor de deus Saquarema tem 80 mil habitantes e vocês

conseguem 432 pessoas em Maricá e Saquarema. Isso mostra a péssima divulgação que foi

feita nos municípios é não é não teve divulgação em Saquarema, eu moro na avenida principal

e eu só vi duas faixas porque a terceira que eu tinha visto sumiu os 7 dias atrás e as faixas tem

estão em locais que não tem visão e ainda mais em preto e branco algumas letras minúsculas

que ninguém consegue ver primeiramente, as faixas deveriam estar escrito audiência porto de

Jaconé estava Terminais Ponta Negra, não dá para entender quem mora aqui não dá pra

entender as pessoas conhecem como porto de Jacone entendeu, é a minha pergunta fica a

DTA disponibilizou o transporte para a população?

(Mauro) Sim, disponibilizou, o transporte infelizmente o ônibus hoje veio um vazio sem uma

pessoa de ontem à noite 5 pessoas só utilizaram o ônibus, apesar de a gente ter feito a

divulgação e avisado pra pessoas é que atuam perto da área deste ônibus para poder

regimentar pessoas e trazer no ônibus.

(Marley) E claro que só teve 5 pessoas, não teve divulgação ninguém sabe da onde saiu o

transporte que horas dá onde, ninguém sabe, foram disponibilizados quantos ônibus?

Ninguém sabe, nem nas faixas tinha isto. Cadê os carro de som? Também não tinha.

Entendeu, eu moro na avenida principal eu não vi um carro de som, ok não houve informação

nas rádios, então aí eu queria mais clareza nas audiências públicas tem que ter uma

divulgação maior, a população precisa saber com certeza da próxima vez vai vir uma pessoa

porque não tem esta divulgação e eu gostaria de saber aonde foi feito a divulgação do

transporte.

(Presidente da Mesa)Este pedido em relação a divulgação da Audiência Pública foi realizada

por eles seguindo a seguindo o regulamento do Ceca, então você está fazendo um pedido para

a Ceca para que as próximas audiências sejam realizadas que altere o regimento que tem,

várias pessoas estão solicitando isso e a contribuição importante nós levaremos o conselho da

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Ceca para que coloque outros meios de mídias de comunicação para convocar mais gente da

Audiência Pública.

(Marley) E a onde foi divulgado este transporte?

(Mauro) Foi publicado editais no jornal o globo, jornal o dia, tá foi divulgado no diário oficial,

foi divulgado um carro de som 03 dias aqui em Saquarem,a foi divulgado quanto à colocação

de 15 faixa Saquarema, tá no jornal saqua ,que esta aqui, que é um jornal que circula em

todas as bancas aqui de Saquarema, tem uma chamada na capa está dentro do jornal. A gente

fez um esforço grande divulgação a gente passou e-mails pra pessoas essas pessoas podem

ser seguidas e divulgação umas pra outros então a gente fez a divulgação maior do que aquela

que a CECA define qual é a divulgação mínima de uma audiência, a gente fez mais do que é

colocado como obrigatório.

A gente está bastante tranquilo quanto a divulgação, o que não quer dizer que todas as

pessoas tenham visto, é claro que não, mas foi feito uma divulgação bastante ampla é mais

ampla do que o estado define que a gente precisa fazer.

(Marley) Tente se esforçar mais da próxima vez favor.

(Presidente da Mesa) Ta bom Marley não fica registrado a sua manifestação.

É Sílvio Ricardo por favor – Já foi.

Vereador Matheus Alves e presidente da colônia de pescadores da Z 26

(Matheus Alves) Boa noite a todos eu vim aqui primeiro que a palavra porto para mim já me

assusta, pra mim já é impacto direto porto são palavras ruins a gente vê a baía de Guanabara

já vê o que acontecendo e não sei porque escolher nossa costa maravilhosa que é de itaipu

até arraial do cabo por que que o porto tem que ser nesta costas porque que não pode ser na

baia de Guanabara.

Eu não entendo isso, qual o propósito de ser no Roberto Marinho que é o impacto vem direto

no município de Maricá e o impacto direto fica na Saquarema , Araruama e arraial do cabo,

vocês são biólogos e estudaram e não tenho muito estudo, mas sou do saco do saco do

pescador e eu gosto de pescar o peixe, limpar o peixe e fritar o peixe e come o peixe e se

possível futuramente, voltar a viver do peixe e pelo jeito está acabando porque o estudo que

vocês fazem você não sabe o que que é, água leste ela vem de sul para leste tras o lixo da baia

de Guanabara tudo que o mar joga aqui na praia de Saquarema na areia, vocês não sabem

que nós temos três lagoas 1 no município de Maricá 3 no município Saquarema que é a lagoa

de Jaconé a lagoa da mombacia e a lagoa do centro e em Araruama iguaba são pedro e são as

mulheres do mar todo homem que tem uma mulher para poder reproduzir a criança e quando

o mar bota a maré dentro da lagoas onde cria o peixe que sai.

Ai nós temos aqui, então eu vou falar só um pouquinho só das espécies que nós temos aqui: a

anchova, o pampo ,a corvina, a tainha, o marimba, a pescad,a o robalo, a garoupa, o sherne, o

pargo, camarão, o marisco, o tatuí, o salambi e várias outras espécies que nós temos aqui isso

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tudo é produzido e sai nesta costa aqui até Itaipu Ponta Negra no berçário que cria para o

nosso pesqueiro aqui.

Eu quero ver o estudo que diz que a partir do porto quando for feito aqui as nossas praias

daqui 5 anos já está com gosto de óleo, não precisa nem estourar barril nem nada não, o

próprio óleo do navio já vai, quando a gente der um mergulho nossas praias já vai estar.., a

gente vai sair com cheiro de óleo. Por que o porto tem que ser feito nesta costa? A baia de

Guanabara poluíram e já estão querendo despoluir e agora porque que não jogam perto do

gasoduto? Porque que tem que ser aqui se tem uma rota que vocês vão produzir no pre-sal,

não sou contra, então cria-se mais navio e leva o petróleo para lá são estas as minhas palavras.

(Presidente da Mesa) Obrigado vereador, está registrado as palavras pela sua posição

contrária à implantação do porto

(Sérgio Paschoal) Por favor. O pessoal, primeiro vocês estão de parabéns porque quando eu

cheguei aqui a casa estava cheia e vocês que ter a terceira visão, o que está acontecendo com

a nossa cidade, eu sou de Macaé eu passei a juventude em Macaé eu conheci a praia da

Imbitiba era considerado a princesinha do atlântico a melhor praia do estado do Rio, sabe o

que aconteceu, o progresso arrebentou aquela praia colocou quebra mar acabou com os

nossos peixes entendeu pessoal, agora ela ganhou uma compensação, é a primeira praia do

brasil que não precisa usar protetor solar porque está cheio de óleo é assim que vai acontecer

com a nossa cidade de Saquarema , Jaconé, Maricá e Ponta Negra, eu sei pessoal. Eu lembro,

eu servi o Exército lá em Macaé, aquela praia linda e vai arrebentar a nossa cidade e este

pessoal aqui fizeram lá igual ao rodoanel, acabou com tudo, acabou com a areia, acabou com o

macaco acabou com tudo como aqui no mar não tem macaco não tem aranha, mas vai acabar

com os nosso peixes, vai acabar vai destruir e tem um projeto para vim 20 mil pessoas pra

trabalhar pra montar esse porto e só vai dar emprego para cinco mil, onde vai ficar os 15 mil

ou vai ficar nas costas de quem teve um presidente ai que disse: deixa de ser metalúrgico e vai

vender pipoca, não se desfazendo de pipoqueiro que eu fui pipoqueiro entendeu pessoal,

então não podemos ter este porto aqui, é como o nosso vereador falou tem que ir para a baia

de Guanabara para Camaçari, mas não na nossa área, daqui a pouco vai acabar com o cabo frio

vai acabar o arraial do cabo que é a beleza que nós temos olha eu tive lá no museu de santos,

pessoas eu levei uma estrela deste tamanho, ai o rapaz perguntou da onde vc trouxe esta

estrela eu falei de Saquarema e ele falou, eu tenho um negócio aqui de Saquarema ai ele

mostrou para mim um vidro cheio de areia a melhor areia que tem é a nossa cidade limpinha,

clara, depois vem Cabo Frio e depois vem Rio Grande Do Norte. Desculpa de me empolgar,

mas eu estou com 67 anos eu não quero ver os nossos filhos nossos netos comendo bosta.

Obrigado.

(Presidente da Mesa) Muito obrigado pela manifestação. Dr Jonas Leite, por favor.

(Dr. Jonas Leite) Boa noite, agradeço a presença de todos aqui até agora eu sou doutor em

oceanografia sou crescido em Saquarema 33 anos eu vivo aqui nesta cidade é eu tenho

algumas perguntas sobre o EIA e algumas de âmbito geral pra fazer, a primeira gostaria que

parasse o tempo que em relação à pergunta anterior que não correspondido de maneira

correta em relação de legislação básica no país inteiro que é uma lei federal que faz com que a

as restingas sejam uma área de preservação permanente e a gente tem todo o

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empreendimento do TPN sendo feito por cima da restinga então gostaria que um dos dois da

mesa respondesse em relação a isso, como é que uma área de preservação pode ser é

permanentemente destruindo com um empreendimento exclusivamente privado?

(Norberto) As áreas de preservação permanente são delimitadas legalmente ela tem duas

possibilidades de uso não é assim quando o que de permissão de uso social utilidade pública

esse empreendimento, como Mauro já demonstrou, ele já recebeu uma declaração de

utilidade pública pelo Governo Do Estado então ele tem permissão pra tuas sobre estas áreas.

(Dr. Jonas Leite) Já puxando em relação a isto, eu gostaria só de apontar três coisas, uma que

eu já fiz em uma pergunta anterior eu queria deixar registrado que fosse avaliado pelo

Ministério Público, IBAMA, ICM BIO e pelo INEA que tanto a compra do terreno quanto à

mudança do plano diretor de maneira incorreta no apagar das luzes a primeira e declarações

uma que foi citada e declaração da época de 2013 em que o Julio Bueno que na época era

secretário de óleo e Gás se não em engano do estado do rio, falou que a prefeitura de Angra

que na época estava brigando que este dinheiro fosse investido lá para que ele pudesse

receber toda essa carga que vai receber daqui e eu lembro exatamente e está registrado por

uma reportagem em que o Júlio Bueno falou não vão consegui tirar esse impacto de um

paraíso, eles preferem tirar de angra dos reis pra botar aqui pra ele é paraíso lá pq eles são

milionários e a gente aqui não tem isto.

Eu gostaria de deixar registrado estes três pontos, são muito importantes para a avaliação da

má fé com quem vem sendo levado este projeto ao longo dos anos. Não é a toa que ele está

atrasado a quase dois anos, mas vamos lá. Em relação ao EIA-RIMA, mais especificamente, não

sei se estão sabendo mas em dezembro do ano passado foi publicado uma lista com as novas

espécies de espécies de peixe a o EA-RIMA não tá atualizado com essa lista sobre mais de 10

espécies de peixes ameaçados já se for atualizado eu peço que o INEA se atente sobre isto um

exemplo garopaba badejo Raias Caçoes, hoje entram na lista e constam na lista do EIA e o EIA

só diz que tem uma espécie de arais que é o cação viola que está em extinção e está errado.

A praia de Jaconé apresenta um perfil de granulometria e de acumulação de malacofauná,

primeiro, estudo de fauna na areia e não foi feito no EA-RIMA e nem no RIMA eu li as duas mil

e trezentas páginas, isto o INEA também tem que cobrar e não foi feito o estudo de meia

fauna. 2º No EIA, em diversos parágrafos Arcadis logos ressalta que aquele cantinho de praia

tem características específicas de todo estado do Rio de Janeiro isso não é dito em nenhum

momento no RIMA, ou seja um documento que é feito para entendimento mais fácil a

população não pegou os parágrafos mais importante que são as frases mais de três momentos

do EIA, Arcadis logos com seriedade fala que aquela região tem carácter diferente de tudo o

resto estado ou seja é um lugar único, onde puxando este assunto a granorometria da praia

de Jaconé é diferente de toda a granorometria da areia, tem um estudo geológico muito

completo da parte que vai ser a retro área, a parte da restinga para cima agora da restinga

não tem, isso é muito importante hoje nós temos uma espécie de Sarnambi que é uma espécie

de molusco que ocorre la é não ocorre mais na região e vai acabar acabando pq não está no

estudo de impacto ambiental.

(Mauro) Eu vou solicitar a questão da legislação, é importante falar que o governo do Estado

Do Rio, através de um grupo de estudos que trabalhou com diversas secretarias incluindo a

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secretaria de meio ambiente ele realizou um planejamento estratégico para localização de

novas instalações portuárias para atender o pré sal visto que ele entende essa necessidade de

mais uma instalação portuária nova para atender o pré sal, e a região aqui dessa costa que vai

de niterói até essa Saquarema e prioritária para este tipo de instalação na região de angra dos

reis é por uma série de fatores em que vc citou ela foi considerada como inadequada então

existe diretrizes estratégicas que não é de nenhuma secretaria de isolada, mas que que a

governo do estado Rio de Janeiro pra indicando essa região, isto dai aí foi um estudo feito pelo

próprio governo, as outras questões eu vou passar a palavra pro beto pessoa específica do

IARM

(Norberto) Primeiro eu queria agradecer o interesse eu acho que é sempre muito legal quando

alguém se debruça sobre e o estudo e analisa e assim fez um elogio a eu gostaria de falar que

você fez a parte de estudo geológico está bastante completo a parte terrestre. Quanto a

definição dos temas de estudo ela é feita a partir da instrução técnica que ficou inclusive

disponível no site do INEA pra comentários então a partir de instrução técnica em caminho pra

empresa de consultoria pra falar quais são os temas que devem ser abordados no estudo que

vai dar origem ao processo de tomada de decisão então a instrução técnica foi seguida foi

atendida isso é inclusive necessário comprovar pra que o estudo seja feito no órgão ambiental

então todos os itens solicitados na IN foram atendidos de forma séria.

(Dr. Jonas Leite) Mas o modelo cenográfico não pode ser aplicado que você não fez um estudo

da granulometria toda da parte do modelo ocenográfico e da movimentação.

(Norberto) Foi como eu falei antes, foi validada pelo INPH que é o instituto nacional de

pesquisas hidroviárias inclusive dizendo que o estudo foi mais conservador do que o que ele

fariam. É um orgão notório que validou o estudo que foi feito, eu ressalto então por aí que

estudos feitos a partir de modelos matemáticos de computador que ninguém foi ele pisou e

avaliou que a granometria e completamente diferente do resto da praia e isto é fundamental

para este estudo ser feito de maneira correta uma coisa importante dizer também é que o

porto ele não toma a totalidade da praia.

(Dr. Jonas Leite) Toma da praia de areia grossa tomar um 1,7 Km ele toma assim. Desculpa

mas ele toma. Vamos lá professor, é então ressalta a questão estudo de fauna, ele não foi feito

a questão das espécies ameaçadas

(Norberto) Desculpa esqueci de comentar: o estudo foi protocolado em dezembro de 2013

então essa foi a nossa última atualização do estudo então realmente de lá pra cá saiu uma

nova lista super recente nos novos estudos que a gente executa na empresa a gente já

trabalha com esta, mas esses dados mesmo por exemplo socioeconômicos de lá pra cá

também houve alguma alteração os dados do novo estudo eles são atualizados para a época

que foi protocolado, mas está registrado aqui.

(Dr. Jonas Leite) Um ponto muito importante que eu acho que por ele só já travaria a todo o

processo é que nem no EIA e no RIMA se fala na introdução de espécies invasoras hoje o

mundo inteiro trabalha contra isso é uma dos impactos que mais causas perda de fauna no

mundo e vocês vão fazer um preenchimento monstruoso é o que maior faz da reintrodução de

espécies ameaçadas tanto pela água de lastro pelo pelo como os organismos encostados vocês

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vão ter um no estaleiro de grande porte que vocês nem sinto isso no EIA como é que pode,

você desculpa, mas um biólogo como vc apresentou um monte de biólogos aqui nenhum de

vocês falaram, vamos acrescentar ou não independente se tivesse na nossa terra técnicas

então eu deixo de novo registrado ao INEA, que não cita o assunto de bio introdução de

espécies exóticas hoje tem um problema a gente tem um coral sol na baía de ilha grande, o

peixe leão do caribe e vocês vão trazer água de lastro de mar aberto pra quê região costeira

fora a movimentação de navios que vão vir de fora.

(Norberto) A questão da agua de lastro é tratado assim na parte do capítulo legal então se

você for ver existem leis que proíbem a soltura da água de lastro a que encosta tem que ser

feito em mar aberto então isso não é tratado no estudo porque seria um crime ambiental

considerar que o empreendimento vai fazer isso eu não posso partir da emissão.. e os

incrustantes... Os incrustantes tem também projetos associados e a legislação também prevê

agora no estaleiro esse material retirado justamente para poder fazer.. Então não é

responsabilidade da dpa os bichos que vão vir incrustados estados nos navios como vão trazer

petróleo e nos navios como ser consertado aqui... os bichos que vão incrustado de quem é a

responsabilidade destes organismos

(Presidente da Mesa) O Jonas tá registrado, já acabou, concluiu? Não...então, conclua.

(Dr. Jonas Leite) Eu peço atenção ao INEA também pela questão da lagartixa de praia é uma

espécie tem uma das menores área de vida do mundo, era da praia da macumba até arraial do

cabo hoje não é mais a região tem a presença desse lugar é impossível tirar ele de levar pro

lado dele se então uma toca mais de 2 metros profundidade então vai perder ou seja a DTA

está assumindo, quanto custa o risco de perder uma espécie altamente ameaçado de extinção

a nível global para um empreendimento 100% privado, queria que ele ficasse registrado.

Concluindo agora, nenhum empreendimento deste porte nos últimos 20, 30 anos do brasil

cumpriu com todos os planos de mitigação sócio ambiental apresentado, você se apresentou

pra gente aqui é o que li nos estudo é perfeito e parece que a gente vai viver um mundo

perfeito e não é assim que acontece a gente tem exemplos como Macaé porto açu e a próprio

Comperj Bielo Monte, em que tem todo este estudo de impacto ambiental, e levasse isto em

consideração, o estado hoje tem que assumir que não tem condições de obrigar que as

medidas mitigadoras e todos estes planos que vocês apresentaram sejam realmente feitos, o

estado tem que assumir isto é muito bonito ver, isto não aconteceu em nenhum dos

empreendimentos, portasul a gente tem problema em bielo monte, Comperj está

praticamente parada, os caras estão fechando a ponte, toda essa questão ambiental e social

de planos de mitigação não acontece no brasil está na hora dos órgãos assumirem que não

tem condição

(Presidente da Mesa) Brigado Jonas, agora a última vez...

(Dr. Jonas) Eu queria deixar registrado também que é muito difícil ver os prefeitos das duas

cidade tanto Maricá quanto Saquarema indo contra a vontade da população como eles

apresentaram, eles tem só 400 pessoas que conseguiram contactar daqui a 4 anos a gente não

sabe onde é que estes prefeitos e estes políticos vão estar mas os nossos filhos e os nossos

netos vão continuar aqui por muito tempo eu gostaria que ficasse registrado o apoio como o

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presidente da dpa e apresentou esse eu queria lembrar pra todo mundo é um porto privado

nós não teríamos nenhum benefício, visa exclusivamente o lucro lucro daqueles senhor que

apresentou ele e ele ainda citou os dois prefeitos.

(Presidente da Mesa) Obrigado, obrigado Joana se você puder devolver a sua pergunta

(Telma Cavalcante) Boa noite amigos parabenizar os biólogos maravilhosos ao presidente

Júlio, minha querida amiga e a todos os presentes ao mega empreendimento a empresa e aos

grandes empresários envolvidos não é, e me apresentar eu sou Telma Cavalcanti artista

plástica de história cultural presidente fundadora dos da organização não governamental

cirúrgico e cultural de Saquarema atua na área e represento biólogo e os artistas e mestres de

notório saber artesãos é e toda a comunidade de Saquarema hoje que não qué o porto no

nosso município porque nossa trabalho é especificamente voltado para que Saquarema

estruture engate a memória cultural patrimonial artística do nosso município hoje nós estamos

numa catástrofe em relação a isso nós não temos trabalhos voltados no resgate da memória

nós não temos o que é um museu a não ser o sambaqui então veio o momento que nós não

tem, nós não conseguimos fazer um trabalho dentro do município para a própria população

não acredito que uma empresa privada que visa realmente o lucro, nós somos uma

organização não governamental sem fins lucrativos interessados em fazer um trabalho para o

município em prol do município no desenvolvimento das ações patrimoniais em prol do

esporte. Nós acreditamos que Saquarema tem a entidade ecoturistica e é por isso vamos lutar

em nome de todos os associados às pessoas que nos acompanham que eu realmente estou

interessado nesse processo nós estaremos atuantes criando projetos maravilhoso de vocês

têm que parabenizar um projeto de auto nível realmente é digno realmente de parabenizar a

todos vocês, mas precisamos de projetos e destes mega projetos voltados para as nossas

condições para preservar a nossa restinga os nossos animais as nossas raízes, o nosso

patrimônio culturais tudo envolvido com tudo, então para Saquarema o porto não significa

nada o que essas contrapartidas que foram apresentadas para a nossa instituição não

corresponde nem um pouco o que nós almejamos pra Saquarema que é o desenvolvimento

eco turístico esportivo e cultural com a preservação do patrimônio cultural e quero

parabenizar todas as instituições que aliás eu compreendo que as instituições deveriam estar

aqui presente em maior número e não estão nós estamos aqui com o MAMAS que representa

as mulheres de Saquarema , nós estamos com o Mateus que representa os pescadores de

Saquarema nós estamos aqui pra associação de moradores de Jaconé, que tem um trabalho

maravilhoso em Jaconé e nós estamos com o Caquis aqui representado e que trabalha esta

área aqui em Saquarema temos 80 mil habitantes e não conseguimos dar conta.

Eu tengo uma pergunta de um amigo que diz qual a experiência que os senhores têm em

trabalhar em condições de mar de 4 a 5 metros de uma onda qual é o seu plano de

contingência nessa situação. O senhor sabe que Saquarema é reconhecida mundialmente

como sendo a capital do surf. Nós estamos também com a associação de surf de Saquarema é

com essa preocupação foi falado que alguma coisa mas essa pergunta gostaria que fosse meu

amigo que se colocou e me pediu pra ser porta voz.

(Mauro) Quanta a pergunta específica também queria que o Daniel viesse contribuir mas já

adiantando falar que o quebra mar ele foi é objeto de estudos internacionais de

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dimensionamento justamente pra essa dimensão de ondas e no mundo inteiro existem

situações de mar é mais severas do que essa que convivem com quebra-mares e com baia

artificiais não sei se o Daniel quer contribuir que é colaborar mas o mais importante do que eu

disse é que o quebra mar deste porto justamente quebra mar para segurar estas ele trabalhou

com condições muito severas com ondas de até 5 metros de altura quer dizer ele que ele tá

projetado justamente por essa condição de mar e ele é o grande item de custo desse projeto é

grande obra de engenharia do projeto é justamente o quebra mar.

(Presidente da Mesa) Emidio de Souza por favor -

(Emidio de Souza) Boa noite a todos eu faço parte do projeto núcleo de educação ambiental

da região da bacia de campos o MEA BC, eu gostaria de saber se a área de manobra destes

navios que foram citados nesse vídeo que foi passado pela empresa é está sendo considerado

no EIA e esse até onde vai essa área desse dessa área de manobra e se essa área e dita

também como a área de exclusão de pesca.

(Mauro) Quanto a ser de exclusão de pesca marinha assim vai definir e provavelmente vai

haver uma área de fundeio que será também definida como de exclusão de pesca, mas o mais

importante é citar que fora essa área que foi mostrada na exposição naquele canal de

evolução, a partir dali em profundidade para navegar em qualquer direção esse porto em

especial ele tem canal de navegação muito pequeno devido justamente a profundidade

natural e o tipo de logística do porto por seu empreendimento que ter um controle maior

operacional ele vai te mandar é muito pouco o navio em área de fundeio geralmente navio vai

chegar do mar e entrar diretamente no porto, quer dizer que existe uma área de manobra é

especialmente pequena extensão de área de manobra que área de fundeio.

(Emidio de Souza) É porque na verdade ali até o presidente da empresa diz que é um dos

maiores navios do planeta então tendo em vista que não vai ser só apenas 1 ou 2 serão vários

então tem que levar em consideração essa quantidade de navios e a proporção de até que

praia vai chegar esta área. Tchau.

(Valdeci Professor Francisco Carreira) Bom dia a todos, inicialmente parabenizar ao INEA, a

CECA pela excelente condução da audiência pública, me entristece não encontrar aquele

público estava aqui o início desta audiências deveriam todos estar aqui mas não podia deixar

iniciar a minha pergunta perguntando a vocês que realizaram um estudo que estiveram em

Jaconé que pesquisar já sentaram na areia da praia de Jaconé e tiveram a oportunidade de se

incomodar com as pulguinhas que saltam depois que vem, já teve essa oportunidade quando

que vale para um município uma imagem de um recurso natural, o brasil hoje discutir o

pagamento por serviços ambientais a conferência nacional dos municípios em abril onde todos

os prefeitos estarão presentes através da frente nacional discute ideias de serviço ambiental

urbano e ao mesmo tempo natural Jaconé tem muitos recursos naturais a segunda maior

moeda do planeta hoje só perde pra água e à biodiversidade e o município que souber investir

neste valor da biodiversidade para a sua própria municipalidade pra quem mora em jaconês

Jaconé em Saquarema com certeza vai saber muito bem administrar isso e mais uma, os

royalties, isto é uma valoração do ambiente então eu vejo aqui na leitura do próprio RIMA eu

não encontrei um peixe que vulgarmente chama de peixe das nuvens que é um kile-fish fiz, é

rivolidio que o professor Wilson Costa da UFRJ a maior autoridade no mundo descreveu em

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2007 e um peixinho que a UCN refere-se a espécies ameaçadas traz na lista da sua descrição

de seu site o nome do município de Saquarema dizendo que é endêmica e é um olótipo ou

seja não há nenhum outro lugar do mundo esta pequena espécie quando a proposta do IMA

faz a captura soltura nas áreas remanescentes e faz também referência a alteração da

qualidade de águas superficiais este peixe faz uso da bacia hidrográfica da força durante o

verão depois do inverno aquilo seca fica em dia pausa no próximo verão os novos filhotes

virem a nascer.

Cada peixe come 300 larvas de mosquito por dia segundo professor Nilson Costa, ou seja,

combatendo a dengue, combatendo as guria e outras doenças que o mosquito transmite

então gostaria de saber que maneira né já que vocês fazem referência ao manejo de fauna, de

se este animal e um olotipo se ele só ocorre ali e se ele tem uma função sócio ambiental pro

local, como vocês vão fazer este tipo de manejo, de que maneira será feito este manejo, se no

próprio local pela descrição do empreendimento, há um campo de golf , com certeza não é ali

que ele ocorre, ele ocorre a beira quase na faixa marginal de proteção da lagoa de Jaconé,

então eu gostaria de que empresa esclarecesse de que forma bem técnica e o próprio INEA

questionasse este tipo de valoração e ao mesmo tempo de manejo, de que maneira isto será

feito porque o instituto tem esta preocupação é o município que tem que comprar esta ação

tem que ser cobrada no local, isto vale muito.

(Norberto) Eu queria começar com um esclarecimento, o olotipo ele é um indivíduo que foi

coletado utilizada para descrição da espécie, então o olotipo ele é morto por definição e ele é

depositado no museu aquele é o logotipo então, qualquer outro que venha ser oletado ele vai

ser comparado com outro indivíduo pra ver se ele é daquela mesma espécie ou não isso não

significa que só existe em Saquarema significa, que olotipo é de Saquarema.

E os rivolidius foram sim diagnosticado eu apresentei na na apresentação tinha até uma foto

dele ele é uma espécie.

(Valdecir) Não... aquela que vc apresentou e um impsonichthys os impsonichthys ocorre

inclusive no parque no Rio de Janeiro não ocorre somente em Saquarema esta espécie que eu

fiz referência ela ocorre somente as margens da lagoa de Jaconé e as margens do rio mato

grosso o consultor responsável que foi inclusive é daqui do Rio de Janeiro que já trabalhou na

região e que anteriormente já tinha identificado essa espécie que é uma espécie de Rivolidiu

ameaçada de extinção ele foi contratado pra gente pra fazer esse trabalho ele achou

novamente as experimentam houve até um problema de identificação por que esses

organismos são pouco conhecidos até por conta do formato de reprodução agora essa mesma

espécie que hoje é quinta considerada de extinção muitas delas são comercializadas como pó

de peixe são ovos que aguentam a dessecação por longos períodos, mas se você colocar na

agua simplesmente eclodem e vão morrer em pouco tempo que dura um período chuvoso.

Hoje ministério do meio ambiente, proíbe a comercialização de qualquer tipo de rivolidiu até

porque está listado na lista do meio ambiente como espécie ameaçada está também na UCN,

mas eu não vi no estudo de vocês a referência a este peixe, que é a cryptolestes gracilis a

espécie encontrada lá que é um rivolidio, que ocorrem em Barra De São João São Pedro da

aldeia Rio de Janeiro na área do empreende nada a crepto elis gracides, esta espécie não está

listada no estudo. Esta espécie não foi encontrada na região do estudo se não está no

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levantamento feito pelo estudo, agora foi feito também um levantamento bibliográfico ou

seja, se ele foi feito na bibliografia ele foi feito pelo estudo. Eu não vi na bibliografia pelo

professor Wilsom costa desta descrição de 2007, então só recomendaria a empresa, que

providenciasse este tipo de pesquisa pq esta espécie é mito importante principalmente para a

localidade

(Fabio Lombado) Boa noite a todos eu vou pedir licença ao nobre companheiros da banca, eu

quero ficar de costa para eles para eu falar para vocês, eu sou arquiteto e professor de seu

representante da associação de surf de Saquarema é todos os argumentos da DTA são

facilmente derrubados centenas de pessoas já demonstraram.

O relatório da empresa pelo RIMA e pelo EIA é parcial e tendencioso, lógico porque eles têm

que atender os objetivos do cliente então é pra mim não ficar redundante repetindo tudo que

foi repetido aqui diversas vezes nós temos que ter em mente duas coisas: a primeira é que

existe uma tentativa de persuasão psicológica da população de que esse empreendimento

realmente favorece a cidade é o problema de Maricá. De Maricá tá vamos cuidar, de

Saquarema eu moro aqui há 35 anos e até hoje eu lembro encanada na minha casa eu não

tenho esgoto na minha casa eu não tenho um policial que passa na minha casa durante 4 5

meses e as pessoas estão achando que está certo é conforme falou aqui o próprio

representando da DTA estão em busca de uma solução portuária a de 500 anos desde que

cabral chegou no brasil está um porto na baía de guanabara todo mundo sabe que essa região

desde do pontal da praia do forte na saída da baía de guanabara até o pontal do atalaia arraial

do cabo essa é a hora mais perigosa para circulação de barcos navios devido exatamente as

ondulações que incidem aqui proveniente do pólo sul então nós temos um ondulações de 4, 5,

6 metros que vão com certeza provocar danos das navios. naves outra coisa que não foi falado

sobre impacto ambiental e impacto ambienta a população humana se estala e causa impactos

no meio ambiente ou meio ambiente devolve esse impacto causando desastres na população

instalado nós temos o exemplo mais radical disso como está a usina de fukushima onde foram

construídos de 6 metros de altura e à onda ultrapassou 6 metros de lucena hoje aniversário de

fukushima é um exemplo as pessoas têm noção de que quando nosso excelente biólogo ele

falou planejamento drástico só as pessoas terem noção de que o excelente biólogo ali falou,

planejamento é a minha área, na hora de planejamento é muito fácil tudo lindo tudo perfeito é

tudo dá certo, na hora de implementar e executar é que surgiu os problemas o INEA me

desculpe o puxão de orelha, mas o INEA tem sido extremamente relapso nós temos aqui um

mini porco da barriga nós temos aqui um exemplo prático do que tá acontecendo a empresa

que está responsável pela obra cometeu um erro grosseiro a obra está parada por um erro da

empresa tá e a curva que deveria ser realizada pra contar na igreja foi feita de forma errada se

a curva continuasse deixaria o canal a cerca de 50M de onde ele está então a obra terá que ser

refeita isso gera é o cristão porque nós estamos recebendo de pessoas que trabalharam

inclusive dentro do escritório da empresa essa informação pode se incluir confidencial do INEA

nós não sabemos a empresa carioca engenharia se recusou a dar mais informações dizendo

que necessitava de autorização do cliente que neste caso nós e o INEA nós temos funcionários

que trabalharam dentro da obra e que nos informaram que a obra está parada em virtude de

um erro crasso de engenharia da empresa carioca então para concluir para vocês o caminho

pra nós eliminar os deveres de porto daqui é vocês irem encima dos a gente os públicos não

adianta não adianta a gente debater com eles não adianta debater com o INEA, o INEA é

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subverniente ao prefeito, governador, presidente do, governador Pezão, dizer bota o porto, o

INEA bota o porto, não importa o que o relatório diz então vocês tem que pressionar os seus

representantes públicos vereadores prefeitos deputados quem quer que sua seja, este porto

não pode ser instalado aqui. Nós temos dois exemplos de que isto so traz desgraça, é o Porto

do Açu e à cidade de Macaé. Então eu peço a todos vocês que se mobilizem e busquem seus

representantes públicos para quem impeçam a construção do porto obrigado.

(Presidente da Mesa) Fabio, está registrada registrar aqui a sua manifestação mas quanto a

superveniência do INEA isso aí a gente não pode concordar muito, mesmo da CECA porque

além de sermos estaduais, nós somos independentes, a gente tem que seguir o que diz a

ligação tá ai o Ministério Público que nos faz ser e verificar o cumprimento da lei porque pela

forma, pelo INEA é e pela CECA e a Secretaria Do Estrado E Meio Ambiente.

Bom senhoras e senhores todas as perguntas encaminhadas a mesa foram respondidas todas

as pessoas que se escreveram fizeram uso da palavra eu gostaria de... espera ai.... Desculpa

procurador

(Alexandre Augusto) Boa noite sr presidente eu quero agradecer primeiramente pelo convite

pra integrar a mesa inicialmente em nome do senhor eu cumprimento a todos os demais

integrantes da mesa, comprimento a todos os moradores e ambientalistas que estão até essa

hora pra me ouvir e certamente demonstrando interesse que deve ser o interesse que

norteiam os atos da administração pública é. Eu quero rapidamente, dado o avançado da hora

registrar principalmente em relação à colocação do nosso amigo que diferentemente do

secretário de Maricá, que veio defender os interesses do município dele é a prefeita de

Saquarema que registre que ela vai ouvir a população estou aqui vou levar a demanda da

população até a ela que dizer registrar seu município de Saquarema até agora só visualizou os

impactos que nós vamos ter que absorver e o deputado Paulo Melo, ainda pouco me ligou e

pediu pra que eu registrar que ele acompanhar de perto e vai cobrar que os órgãos públicos

municipais acompanha embora acredite na lisura do processo de licenciamento perante aos

órgãos competentes do estado os órgão municipais estarão incumbido de acompanhar o

processo de licenciamento e dizia para o representante da empresa dpa que muito embora

jornais locais que é noticiado que a prefeita de hoje recebi um gabinete, isto não quer dizer de

maneira alguma que ela já tem abraçado assumir um compromisso de abraçar o projeto da

empresa é ela assim o fez como sempre o faz, é sempre que é uma proposta de geração de

empregos e que essa proposta de geração de emprego através de uma empreendimento

partícula é possa nos causar é um crescimento sustentável sem impactos negativos

obviamente a eu diria que não existe isso haverá um impacto negativos e eu quero dizer que m

nome da prefeita que me pediu que levasse todas as demandas colocadas pela nossa

população pelos moradores e diferentemente do interior do interesse de Maricá, nós vamos

postular junto ao governo do estado que assim o faça e que a gente não fique aqui

simplesmente sendo só absorvendo o impacto negativos sem que a em empresas se

comprometa a minimizar só colchão que nós temos problemas de infraestrutura tanto

problemas que eu acho que a gente tem que se preocupar com a da ordem ambiental mais

problema de infraestrutura urbana também que hoje já existe já existia no passado e que a

gente vai cobrar tanto das instituições quanto da empresa que assim um fato e apresente

compromisso para nós está certo, muito passear muito obrigado.

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(Presidente da Mesa) Obrigado Dr Alexandre Augusto procurador geral de Saquarema , então

tão agradeço a presença de todos informando que o endereço do INEA e da CECA esta atrás do

folder. Aguardarão por 10 dias às manifestações que poderão ser encaminhadas aos 2 órgãos.

Eu agradeço a participação de todos e decreto encerrada Audiência Pública, boa noite.