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Carola) alunota),

Este Caderno apresenta temas e contedos da Filosofia poltica para que voc tenha oportunidade de entrar em contato com questes importantes da sociedade contempornea: a desigualdade, a democracia, os direitos humanos e a ideologia. Os procedimentos de leitura, compreenso e interpretao propostos enfatizam o estudo

da Filosofia a partir do cotidiano vivido, mas sem abrir mo das contribuies de pensadores clssicos como Karl Marx e John Rawls. No caso da Declarao Universal dos Direitos Humanos, voc poder compreender como a Filosofia dos sculos XVII e XVIII influenciou a construo e a sistematizao dos valores fundados nos direitos individuais. Dessa maneira, tomando como base elementos da vida cotidiana e contribuies da

tradio filosfica, voc poder exercitar o pensamento suas opinies sobre os temas propostos neste Volume.

crtico, repensar sua condio e rever

Espera-se que os estudos aqui propostos contribuam para ampliar seu repertrio de conhecimentos e habilidades e, assim, aprimorar sua atitude cidad. Bom estudo!

Equipe Tcnica de Filosofia rea de Cincias Humanas Coordenado ria de Estudos e Normas Pedaggicas - CENP Secretaria da Educao do Estado de So Paulo

Filosofia - 1a srie - Volume 4

SITUAAo DE APRENDIZAGEM 1 DESIGUALDADE SOCIAL E IDEOLOGIA

o objetivo desta Situao de Aprendizagem compreender as questes associadas condio de pobreza material, do ponto de vista da emancipao humana, e por meio da reflexo filosfica. Esse tema tambm ser trabalhado em Sociologia, especialmente no campo da discusso sobre desigualdade social, mas a Filosofia proporcionar outra leitura, com base em uma abordagem diferenciada de algumas questes, como: Por que a maioria das pessoas vive em condies precrias? A que se deve a permanncia dessas pessoas nessa situao?De incio vamos propor duas questes de natureza filosfica, uma vez que estas so amplas e ao mesmo tempo fundamentais para a reflexo sobre o tema deste Volume. 1. O que ser pobre? Ou, perguntando materialmente pobre? de outro modo, quais as caractersticas de uma vida

2.

Por que grande parte dos brasileiros pobre e parece aceitar isso como natural? Quais hipteses voc apresenta para responder a esta questo?

Leitura e Anlise de Texto Ser pobre , principalmente, ter acesso precrio ou no ter acesso a bens materiais e culturais que permitam o desenvolvimento integral do ser humano. Entre as condies materiais, sobretudo nos centros urbanos, podemos destacar a renda, a alimentao, a moradia, o transporte, a sade e o trabalho. Os aspectos culturais abrangem, principalmente,3

Filosofia - P srie - Volume 4

a renda per capita alta.

O Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) considera o fator moradia como um dos critrios para dizer se uma pessoa pobre ou no. Nesse caso, o Pnud verifica se h gua encanada e rede de esgoto, luz eltrica, banheiro, telefone, carro, televiso, computador; se na casa vivem, no mximo, duas pessoas por quarto; se a casa prpria (documentada) ou alugada; e se a ocupao desordenada. As ocupaes urbanas no regularizadas, como favelas e cortios, so indicadores bastante evidentes de pobreza. Outro critrio o da sade: H pessoas doentes na famlia? Como a famlia tem acesso a mdicos e enfermeiros? No atendimento mdico, qual o tamanho da fila e quanto tempo se leva para fazer um exame? O atendimento prestado prximo casa? Quando a locomoo impossvel, quanto tempo demora o atendimento? Qual o gasto com medicamentos? A alimentao ajuda na manuteno da sade? O tipo de trabalho prejudica a sade? Para o Pnud, associa-se sade o critrio educao. A famlia apresenta algum nvel de escolarizao? Quantas vezes as pessoas da famlia faltam aula? O desempenho escolar positivo ou no? Sobre a renda, o Pnud investiga se crianas e adolescentes so obrigados a trabalhar para ajudar nas despesas da famlia, uma vez que o trabalho infantil sinal claro de pobreza, pois crianas devem, principalmente, estudar e brincar, j os adolescentes devem estudar e se preparar para uma profisso, alm de participar de atividades artsticas e esportivas. Pergunta-se, tambm, se a renda mensal per capita da famlia maior do que meio salrio mnimo e se o grupo familiar recebe ajuda em dinheiro do governo. Agora vamos refletir sobre as causas da pobreza.

comum ouvirmos que a pobreza deriva da falta de estudos ou da falta de emprego. Mas o rigor filosfico exige que perguntemos ainda: "Seriam estas as causas da pobreza, no Brasil e em outros pases?"Algumas pessoas que nunca foram escola so bem-sucedidas comercialmente ou no esporte, ou, ainda, como artistas. Outras existem, poucas, claro, que nunca trabalharam e vivem de herana ou do sustento de quem trabalha. De modo que a falta de estudo e a falta de emprego no so causas vlidas para explicar a pobreza em todos os casos, pois estas aparecem algumas vezes associadas a pessoas que no so pobres. Alm disso, grande nmero de pessoas que trabalham e que puderam estudar vive tambm em condies de pobreza, segundo qualquer critrio adotado. A situao de pobreza decorre de distribuio injusta de renda, em que poucos concentram a maior parte da riqueza de um pas e a maioria no tem acesso aos bens materiais. Superar ou eliminar a pobreza no algo possvel de acontecer, simplesmente, por meio da educao e do trabalho, mas pode ser resultado de polticas sociais decorrentes de maior participao de todos na vida poltica e econmica.Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

5

Filosofia - 1 srie - Volume 4

5.

Qual a causa mais importante

para a existncia de pobreza?

Leitura e Anlise de Texto "O valor da fora de trabalho era determinado no apenas pelo tempo de trabalho necessrio para manter um trabalhador adulto individualmente, mas tambm pelo tempo necessrio para manter sua famlia. O maquinrio, ao jogar todos os membros dessa famlia no mercado de trabalho, expande o valor da fora de trabalho do homem para toda a sua famlia, depreciando, assim, sua fora de trabalho. Comprar a fora de trabalho de uma famlia de quatro operrios custa, talvez, mais caro do que comprar a fora de trabalho do chefe de famlia no passado, mas, em compensao, quatro dias de trabalho substituem o de um dia, e seu preo cai em proporo ao excedente de trabalho de quatro do que em relao ao excedente de trabalho de um operrio. Para que a famlia possa viver, quatro pessoas precisam agora no apenas trabalhar, mas consumir trabalho excedente para o capitalista. Vemos assim que o maquinrio,ao aumentar o material humano que forma o principal objeto da fora exploradora do

capital, ao mesmo tempo eleva o grau de explorao."MARX, Karl. Capital: a critique of political economy - v. 1. p. 431-32. Traduo Maria Eloisa Pires Tavares. Disponvel em: . Acesso em: 16 jun. 2010.

De que forma o maquinrio

pode aprofundar

ou ampliar a explorao?

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Filosofia - 1d srie - Volume 4

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Filosofia - 1d srie - Volume 4

3.

Leia a seguinte afirmao, de Karl Marx: "O maquinrio, ao jogar todos os membros dessa famlia no mercado de trabalho, expande o valor da fora de trabalho do homem para toda a sua famlia, depreciando, assim, sua fora de trabalho". Agora, assinale a frase que corresponde s ideias do filsofo. a) b) c) As mquinas valorizam os homens, criando um trabalho mais fcil. As mquinas no colaboram necessariamente para o fim da explorao. As mquinas e a tecnologia so uma maneira de dar emprego a todos e criar a felicidade para as famlias. Os capitalistas inventaram as mquinas para ajudar os trabalhadores, pois eles eram muito explorados no sistema feudal. Com as mquinas, todo mundo sai lucrando, trabalhadores e capitalistas; afinal, a tecnologia resolvendo os problemas dos homens.

d)

e)

, ! Livros

PARA SABER MAIS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionrio de Filosofia. So Paulo: Martins Fontes? 2000. Dicionrio que traz excelente histrico do conceito de ideologia, com informao abrangente e esclarecedora. CHAUI, Marilena de Souza. O que ideologia. So Paulo: Brasiliense, 1981. (Primeiros Passos). Livro de fcil compreenso para iniciantes e que auxilia quem deseja pesquisar mais sobre o tema a buscar outras referncias.

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Filosofia - Ia srie - Volume 4

Sob uma ditadura, as pessoas perdem a liberdade, como aconteceu no Brasil entre 1937 e 1945 (Estado Novo) e 1964 a 1985 (Ditadura Militar). Do mesmo modo, sob um regime poltico governado por ideias religiosas, aqueles que no aceitam a religio dos governantes tambm no so livres. O multiculturalismo, entretanto, indcio de que as pessoas esto sendo respeitadas segundo os pilares da democracia. Cada um pode seguir o caminho que constri para si e cooperar com a sociedade segundo as capacidades individuais, que so diferentes. Dessa forma, o primeiro fruto do sistema democrtico o pluralisrno''. Mas, se cada um tem o direito de ser, como possvel conviver com pessoas diferentes? Para Rawls, devemos ter em mente as seguintes ideias elementares: a violncia o nico modo de eliminar o pluralismo; valores dos outros uma violncia; qualquer ao contra os

o verdadeiro poder poltico de uma democracia est com todos os cidados.

Somente essas duas certezas se sobrepem aos valores particulares e devem nortear todas as instituies. Assim, a liberdade, que consiste na ausncia da escravido, deve compreender o respeito s diferenas entre as pessoas. Sem isso, vive-se em uma sociedade de dominao. Por mais que no concordemos com os outros, necessrio respeit-los. Do mesmo modo que no queremos que uma doutrina alheia nos governe, no podemos querer governar os outros com nossa doutrina. A resposta a esta questo a cooperao social. A possibilidade de que todos possam progredir s possvel se h cooperao social. Cada indivduo tem uma percepo sobre o que o bem. Por isso, a ju~tia deve estar acima da concepo metafsica de bem. A cooperao social consiste em trs aspectos: no um poder central que vai governar as aes sociais nem as individuais, mas, sim, uma construo coletiva; na construo coletiva de convvio, cada indivduo deve participar de maneira equitativa do processo de regramento social, com base na reciprocidade. S h cooperao se as aes forem pautadas pela reciprocidade: "O que no quero para mim no quero para os outros"; a construo coletiva de convvio racional, pois as pessoas nela engajadas esto ali procura do seu prprio bem. Para consegui-Io, preciso respeitar os outros indivduos.

Alm dessas caractersticas fundantes da cooperao social, vale ressaltar suas regras bsicas: justia, consenso e discusso pblica. Justia: a busca pela igualdade de oportunidade.

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Filosofia - 1a srie - Volu~e 4

os cidados, assim como para permitir que o dilogo, a cooperao e o respeito mtuo sejam caractersticas basilares da convivncia social, est em impedir que a sociedade se torne oligrquica; em outras palavras, impedir grandes desigualdades de riqueza. A concentrao do poder econmico fatal para a justia social. Seu efeito imediato - sua exigncia basilar - a concentrao do poder poltico. [...] Uma sociedade democrtica justa uma democracia igualitria e deliberativa, na qual os rumos do sistema poltico e econmico - da sociedade como um todo - so construdos coletivamente. Nela, os cidados tm seus direitos e suas liberdades bsicas respeitados e realizados; eles tm oportunidades para se desenvolver e para produzir [...] e, o que muito importante, o sistema poltico e econmico justo e, por conseguinte, estabelece uma cooperao social baseada no dilogo, na cooperao e no respeito mtuo. Assim, para que as pessoas precisariam roubar? Elas j no passam fome; elas j no so excludas e marginalizadas; e, por outro lado, h mecanismos de combate violncia classista, concentrao do poder poltico e econmico por oligarquias. Em uma sociedade justa, portanto, j no h motivo para a violncia dos excludos, porque a violncia classista (isto , a violncia poltica e econmica) est destruda."DANNER, Leno Francisco. Democracia ejustia social: um argumento a partir da utopia realista de John Rawls. Dissertao de Mestrado. Ponrifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Porto Alegre, 2006. Disponvel em: chttpc//www. dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?seleccaction=&co_obra=35757>. Acesso em: 23 abro 2010.

Muitas vezes, ouve-se dizer que o Brasil precisa crescer, mas o crescimento e o desenvolvimento de que tanto se fala est, quase sempre, associado tecnologia e ao dinheiro. Porm, para John Rawls, crescimento significa justia, e deve incluir necessariamente justia e igualdade social. Assim, o Brasil s vai progredir, de fato, quando todo o seu povo tiver seus direitos respeitados. Com base nessas observaes e no texto apresentado, do professor, algumas questes essenciais. 1. Por que a democracia no apenas o ato de votar? discuta com os colegas, sob orientao

2.

Por que, segundo John Rawls, a justia social pode reduzir a violncia?

15

Filosofia - 1 srie - Volume 4

2.

Escreva o que voc entende da afirmao feita com base no pensamento de Rawls: "Em uma sociedade democrtica justa, o poder coercitivo do Estado nunca precisar ser acionado, porque as pessoas tm sua disposio os bens sociais primrios, necessrios ao seu desenvolvimento".

3.

Leia o texto:

"Um dos grandes desafios, na verdade, para se manter a efetividade e o valor da liberdade e da igualdade entre os cidados, assim como para permitir que o dilogo, a cooperao e o respeito mtuo sejam caractersticas basilares da convivncia social, est em impedir que a sociedade se torne oligrquica; em outras palavras, impedir grandes desigualdades de riqueza. A concentrao do poder econmico fatal para a justia social." (DANNER, 2006).

Agora, assinale as frases que resumem as principais ideias do texto. a) O desafio da democracia fazer que a riqueza no se concentre nas mos de poucos e seja dividida entre todos. A concentrao de poder econmico significa que h uma maioria desprovida de bens, pois estes esto concentrados nas mos de poucos. Na democracia, no importa que algumas pessoas sejam extremamente haver riqueza para todos. ricas, pois no pode

b)

c)

d)

Para impedir grandes desigualdades de riqueza, necessrio que as pessoas trabalhem mais e usem as suas liberdades democrticas para ganhar mais dinheiro. Os pobres devem entender que algumas pessoas nasceram para ser ricas, e outras, para trabalhar. Essa a nica igualdade possvel, cada um vivendo em sua condio social, respeitando a condio dos outros, inclusive a dos ricos.17

e)

Filosofia - 1J srie - Volume 4

Leitura e Anlise de Texto Declarao Universal dos Direitos Humanos ''Adotada e proclamada pela Resoluo n 217 A (Ill) da Assembleia Geral das Naes Unidas em 10 de dezembro de 1948. Prembulo Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da famlia humana e de seus direitos iguais e inalienveis o fundamento da liberdade, da justia e da paz no mundo, Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos brbaros que ultrajaram a conscincia da Humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crena e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspirao do homem comum, Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem no seja compelido, como ltimo recurso, rebelio contra tirania e a opresso, Considerando naes, essencial promover o desenvolvimento de relaes amistosas entre as

Considerando que os povos das Naes Unidas reafirmaram, na Carta, sua f nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condies de vida em uma liberdade mais ampla, Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, em cooperao com as Naes Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a observncia desses direitos e liberdades, Considerando que uma compreenso comum desses direitos e liberdades da mais alta importncia para o pleno cumprimento desse compromisso, A Assembleia Geral proclama A presente Declarao Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as naes, com o objetivo de que cada indivduo e cada rgo da sociedade, tendo sempre em mente esta Declarao, se esforce, atravs do ensino e da educao, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoo de medidas progressivas de carter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observncia universais e efetivos, tanto entre os povos dos prprios Estados-Membros quanto entre os povos dos territrios sob sua jurisdio.19

Filosofia - 1 srie - Volume 4

Artigo XToda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audincia justa e pblica por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusao criminal contra ele. Artigo XI 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente at que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento pblico no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessrias sua defesa. 2. Ningum poder ser culpado por qualquer ao ou omisso que, no momento, no constituam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco ser imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prtica, era aplicvel ao ato delituoso.

Artigo XIINingum ser sujeito a interferncias na sua vida privada, na sua famlia, no seu lar ou na sua correspondncia, nem a ataques sua honra e reputao. Toda pessoa tem direito proteo da lei contra tais interferncias ou ataques.

Artigo XIII1. Toda pessoa tem direito liberdade de locomoo e residncia dentro das fronteiras de cada Estado. 2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer pas, inclusive o prprio, e a este regressar.

Artigo XIV1. Toda pessoa, vtima de perseguio, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros pases. 2. Este direito no pode ser invocado em caso de perseguio legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrrios aos propsitos e princpios das Naes Unidas. Artigo

:xv

1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.

2. Ningum ser arbitrariamente mudar de nacionalidade.

privado de sua nacionalidade,

nem do direito de

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Filosofia - i' srie - Volume 4

Artigo XXIII1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, livre escolha de emprego, a condies justas e favorveis de trabalho e proteo contra o desemprego. 2. Toda pessoa, sem qualquer distino, tem direito a igual remunerao por igual trabalho. 3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remunerao justa e satisfatria, que lhe assegure, assim como sua famlia, uma existncia compatvel com a dignidade humana, e a que se acrescentaro, se necessrio, outros meios de proteo social. 4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteo de seus interesses.

ArtigoXXNToda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitao razovel das horas de trabalho e frias peridicas remuneradas.

Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padro de vida capaz de assegurar a si e a sua famliasade e bem-estar, inclusive alimentao, vesturio, habitao, cuidados mdicos e os servios sociais indispensveis, e direito segurana em caso de desemprego, doena,invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistncia fora de seu

controle. 2. A maternidade e a infncia tm direito a cuidados e assistncia especiais. Todas as crianas nascidas dentro ou fora do matrimnio gozaro da mesma proteo social.

Artigo XXVI1. Toda pessoa tem direito instruo. A instruo ser gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instruo elementar ser obrigatria. A instruo tcnico-profissional ser acessvel a todos, bem como a instruo superior, esta baseada no mrito. 2. A instruo ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instruo promover a compreenso, a tolerncia e a amizade entre todas as naes e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvar as atividades das Naes Unidas em prol da manuteno da paz. 3. Os pais tm prioridade de direito na escolha do gnero de instruo que ser ministrada aos seus filhos. 23

Filosofia - 1" srie - Volume 4

Com um colega, escolha dois artigos da Declarao Universal dos Direitos Humanos e analise sua realizao prtica no Brasil. Para tanto, responda se os artigos so cumpridos ou no, e apresente as hipteses ou informaes para justificar este no cumprimento. Aponte tambm algumas sugestes para a efetiva realizao dos artigos. Registre a seguir o contedo desta anlise.

LIO DE CASA 1. Selecione imagens de revistas, da internet e de jornais e, ainda, poesias ou letras de msica sobre a violao dos Direitos Humanos no Brasil. Com esse material, voc poder elaborar cartazes para serem afixados em diferentes espaos da escola, contribuindo, assim, para visualizao e conscientizao dessas violaes. Faa uma anlise dos programas de televiso a que voc gosta de assistir e verifique se eles colaboram ou no para a reflexo sobre a violao dos Direitos Humanos. Registre a seguir seus comentrios.

2.

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PARA SABER MAISVisite os sites aqui listados e confira informaes Situao de Aprendizagem. Sites BIBLIOTECA Virtual de Direitos Humanos. humanos.usp.br. Acesso em: 23 abro 2010. Disponvel em: . Acesso em: 23 abro 2010.

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