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Sábado, 17 de Setembro de 2016 - ano 2 - nº 608 Acompanhe a Prefeitura Diário Oficial do Município de Franca Lei Complementar 233 de 20/12/13 Decreto 10.115, de 12/03/14 Produzido pela Assessoria Especial de Comunicação da Prefeitura Keila A. P. Fradique - Assessora Especial de Comunicação Social e Jornalista Responsável - Mtb 46.013/SP José Turqueti - Redator Samuel Cintra Gomes - Chefe do Setor de Design e Marketing Benchlei Vasconcelos - Chefe do Setor de Publicidade e Eventos José Comparini - Fotógrafo www.franca.sp.gov.br/diariooficial - [email protected] Rua Frederico Moura, 1517 - Cidade Nova - Franca/SP (16) 3711.9090 Poder Executivo: Alexandre Augusto Ferreira - Prefeito Fernando Luiz Baldochi - Vice-Prefeito Humberto Mazza - Secretário de Recursos Humanos Gislaine Alves Liporoni Peres - Secretária de Ação Social José Conrado Dias Netto - Secretário de Saúde Neide Aparecida Souza Lopes - Secretária de Finanças Ismar R. Tavares - Secretário de Serviços e Meio Ambiente Nicola Rossano Costa - Secretário de Planejamento Urbano Sérgio Buranelli - Secretário de Segurança e Cidadania Carlos Arantes Corrêa - Secretário de Desenvolvimento Joviano Mendes da Silva - Procurador Geral Cynthia Milhim Ferreira - Presidente do Fussol José Marcos Bertelli - Presidente da FEAC Silvio de Oliveira - Presidente da EMDEF Maria Moreira - Chefe de Gabinete Expediente: Poder Legislativo (Mesa Diretora): Presidente: Marco Antônio Garcia Vice Presidente: Adérmis Marini 1º Secretário: Luiz Carlos Vergara Pereira 2º Secretário: Miguel Laércio Matias (Laercinho) EDITAIS GABINETE DO PREFEITO LEI Nº 8.435, DE 14 DE SETEMBRO DE 2016. Institui o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Franca, e dá outras providências. ALEXANDRE AUGUSTO FERREIRA, Prefeito Municipal de Franca, Estado de São Paulo, no exercício de suas atribuições legais, FAZ SABER que a Câmara Municipal APROVOU e ele PROMULGA a seguinte LEI: Art. 1º - Fica aprovado o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Franca, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas na Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Parágrafo único - O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Franca encontra-se descrito no Anexo Único, que integra e incorpora a presente Lei. Art. 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Prefeitura Municipal de Franca, aos 14 de setembro de 2016. ALEXANDRE AUGUSTO FERREIRA PREFEITO ANEXO ÚNICO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO MUNICÍPIO DE FRANCA – SP ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO 12 2. DEFINIÇÕES 13 3. NORMAS E LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS 1 6 4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 1 7 4.1. Localização Geográfica 17 4.2. Histórico 19 4.3. Geologia, Bioma e Climatologia 20 4.4. Hidrografia 22 5. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS 24 5.1. Território e População 24 5.2. Estatísticas Vitais e Saúde 25 5.3. Condição de Vida 27 5.4. Habitação e Infraestrutura Urbana 28 5.5. Educação 29 5.6. Economia, Emprego e Rendimento 30 6. ASPECTOS LEGAIS, POLÍTICOS, INSTITUCIONAIS, FINANCEIROS E DE GESTÃO DOS SERVIÇOS 33 6.1. Aspectos Legais 33 6.1.1.Legislações Municipais 33 6.1.2.Constituição Estadual 34 6.1.3.Leis e Decretos estaduais 34 6.1.4.Resoluções e Portarias 35 6.1.5.Legislações Federais e Resoluções 36 1.2. Aspectos Políticos e Institucionais 38 1.3. Aspectos Financeiros 41 1.3.1.Receitas 41 1.3.2.Despesas 41 7. INFRAESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 41 8. DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS 43 8.1. Coleta domiciliar regular (RDO) 43 8.2. Coleta domiciliar seletiva 44 8.3. Varrição de vias e logradouros 44 8.4. Limpeza de feiras livres e eventos 45 8.5. Capina 45 8.6. Roçada e poda de árvores 45 8.7. Limpeza de praças 45 8.8. Limpeza e desobstrução do sistema de drenagem 46 8.9. Resíduos de serviços de saúde 46 8.10. Resíduos de serviços da Construção Civil 47 8.11. Resíduos Industriais 47 8.12. Coleta de resíduos especiais (lâmpadas usadas, pneus inservíveis, pilhas, baterias, eletroeletrônicos e óleo de cozinha) 49 8.13. Coleta de resíduos órfãos - descartados irregularmente 50 8.14. Limpeza de terrenos baldios 51 8.15. Lodo de Saneamento 51 8.16. Resíduos Cemiteriais 51 8.17. Animais Mortos 51 8.18. Grandes Geradores de Resíduos Sólidos 52 8.18.1. Caracterização 52 8.18.2. Responsabilidades 52 8.18.3. Responsabilidade socioambiental 52 8.18.4. Regramento 52 8.19. Manejo, Tratamento e Destinação Final 53 8.19.1.Unidade de Triagem – UT 53 8.19.2.Aterro Sanitário 57 8.19.3.Passivos Ambientais 61 8.20. Mobilização Social e Divulgação 62 8.21. Ponto de Entrega Voluntária e Eco pontos (PEV e LEV) 64 9. PROJEÇÃO DE CENÁRIOS 64 9.1. Cenário Previsível – C1 65 9.2. Cenário Normativo – C2, C3 e C4 65 9.3. Cenário C2 6 9 9.4. Cenário C3 6 9 9.5. Cenário C4 6 9 10. PROGNÓSTICO, METAS, DIRETRIZES, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES 71 10.1. Resíduos Sólidos Domiciliares 7 3 10.1.1.Prognóstico 7 3 10.1.2.Metas, Diretrizes, Programas, Projetos E Ações 74 10.1.2.1. Resíduos Domiciliares - Secos - Poder Concedente e Geradores Públicos 74 10.1.2.2. Resíduos Sólidos Domiciliares – Secos – Gerador Privado 8 5 10.1.2.3. Resíduos Sólidos Domiciliares – Úmidos - Poder Concedente e Geradores públicos .. 90 10.1.2.4. Resíduos Sólidos Domiciliares – Úmidos - Poder Concedente e Geradores públicos 103 1.2. Rejeito 105 1.3. Resíduos Sólidos Da Construção Civil – RCC 106 1.3.1.Prognóstico 106 1.3.2.Metas, Diretrizes, Programas, Projetos e Ações 107 1.4. Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – RSS 116 1.4.1.Prognóstico 116 1.4.1.1.Metas, Diretrizes, Programas, Projetos e Ações 118 1.5. Resíduos Sólidos Industriais 121 1.5.1.Prognóstico 121 1.5.2.Metas, Diretrizes, Programas, Projetos e Ações 125 1.6. Lodos De Saneamento 126 1.6.1.Prognóstico 126 1.6.2.Metas, Diretrizes, Programas, Projetos e Ações 128 1.7. Óleos Comestíveis 129 1.8. Resíduos de Medicamentos Vencidos 130 1.9. Resíduos de Filmes Radiológicos 130 1.10. Resíduos Sujeitos a Logística Reversa 130 1.11. Resíduos Sólidos Cemiteriais 134 1.12. Outros Tipos de Resíduos 134 1.13. Passivos Ambientais 135 1.13.1.Prognóstico 135 1.13.2.Metas, Diretrizes, Programas, Projetos e Ações 135 Em relação ao cumprimento das metas, ressalta-se que os prazos estabelecidos serão contados a partir da aprovação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos por meio de instrumento legal, bem como as ações que dependem de recursos financeiros deverão estar previstas na dotação orçamentária do Município 135 11. ASPECTOS DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 139 11.1. Área de Disposição 139 11.2. Indicadores de Desempenho 139 11.2.1.Considerações Gerais 139 11.2.2.Conceitos 140 11.3. Política Municipal de Educação Ambiental Formal e Informal 143 11.4. Sistema de Remuneração de Cooperativas 147 11.5. Sistema Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 148 11.5.1.Autodeclaração Obrigatória 148 11.5.2.Inventário Anual de Resíduos Sólidos com Avaliação de Desempenho 149 11.5.3.A Gestão da Prestação dos Serviços 149 11.5.4.Equipe de Controle E Fiscalização 150 11.5.5.Regramento para os planos de gerenciamento que estarão sob responsabilidade da Prefeitura Municipal de Franca 152 11.5.6.Periodicidade de sua Revisão 153 ANEXO I – PEÇAS GRÁFICAS 154 ANEXO II – AUTODECLARAÇÃO 160 ANEXO III – MODELO DE INVENTÁRIO 163 Matérias-primas e Insumos 166 Nome da Etapa 168 LISTAGEM Nº 1 - RESÍDUOS PERIGOSOS DE FONTES NÃO ESPECÍFICAS 175 K104 177 K105 177 K102 179 ANEXO IV PROPOSTA DE UM MODELO DE GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS PARA O SETOR CALÇADISTA DE FRANCA/

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  • Sábado, 17 de Setembro de 2016 - ano 2 - nº 608 Acompanhea Prefeitura

    Diário Oficial do Município de FrancaLei Complementar 233 de 20/12/13Decreto 10.115, de 12/03/14

    Produzido pela Assessoria Especial de Comunicação da PrefeituraKeila A. P. Fradique - Assessora Especial de Comunicação Social e Jornalista Responsável - Mtb 46.013/SPJosé Turqueti - RedatorSamuel Cintra Gomes - Chefe do Setor de Design e MarketingBenchlei Vasconcelos - Chefe do Setor de Publicidade e EventosJosé Comparini - Fotógrafo

    www.franca.sp.gov.br/diariooficial - [email protected] Frederico Moura, 1517 - Cidade Nova - Franca/SP(16) 3711.9090

    Poder Executivo:Alexandre Augusto Ferreira - PrefeitoFernando Luiz Baldochi - Vice-PrefeitoHumberto Mazza - Secretário de Recursos HumanosGislaine Alves Liporoni Peres - Secretária de Ação Social José Conrado Dias Netto - Secretário de SaúdeNeide Aparecida Souza Lopes - Secretária de FinançasIsmar R. Tavares - Secretário de Serviços e Meio AmbienteNicola Rossano Costa - Secretário de Planejamento UrbanoSérgio Buranelli - Secretário de Segurança e CidadaniaCarlos Arantes Corrêa - Secretário de DesenvolvimentoJoviano Mendes da Silva - Procurador GeralCynthia Milhim Ferreira - Presidente do FussolJosé Marcos Bertelli - Presidente da FEACSilvio de Oliveira - Presidente da EMDEFMaria Moreira - Chefe de Gabinete

    Expediente:

    Poder Legislativo(Mesa Diretora):Presidente: Marco Antônio Garcia Vice Presidente: Adérmis Marini 1º Secretário: Luiz Carlos Vergara Pereira2º Secretário: Miguel Laércio Matias (Laercinho)

    EDITAISGABINETE DO PREFEITO

    LEI Nº 8.435, DE 14 DE SETEMBRO DE 2016.

    Institui o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Franca, e dá outras providências.ALEXANDRE AUGUSTO FERREIRA, Prefeito Municipal de Franca, Estado de São Paulo, no exercício de suas atribuições legais,FAZ SABER que a Câmara Municipal APROVOU e ele PROMULGA a seguinte LEI:Art. 1º - Fica aprovado o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Franca, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas na Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010.Parágrafo único - O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Franca encontra-se descrito no Anexo Único, que integra e incorpora a presente Lei.Art. 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

    Prefeitura Municipal de Franca, aos 14 de setembro de 2016.ALEXANDRE AUGUSTO FERREIRA

    PREFEITOANEXO ÚNICO

    PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO MUNICÍPIO DE FRANCA – SPÍNDICE1. APRESENTAÇÃO 122. DEFINIÇÕES 133. NORMAS E LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS 1 64. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 1 74.1. Localização Geográfica 174.2. Histórico 194.3. Geologia, Bioma e Climatologia 204.4. Hidrografia 225. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS 245.1. Território e População 245.2. Estatísticas Vitais e Saúde 255.3. Condição de Vida 275.4. Habitação e Infraestrutura Urbana 285.5. Educação 295.6. Economia, Emprego e Rendimento 306. ASPECTOS LEGAIS, POLÍTICOS, INSTITUCIONAIS, FINANCEIROS E DE GESTÃO DOS SERVIÇOS 336.1. Aspectos Legais 336.1.1. Legislações Municipais 336.1.2. Constituição Estadual 346.1.3. Leis e Decretos estaduais 346.1.4. Resoluções e Portarias 356.1.5. Legislações Federais e Resoluções 361.2. Aspectos Políticos e Institucionais 381.3. Aspectos Financeiros 411.3.1. Receitas 411.3.2. Despesas 417. INFRAESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 418. DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS 438.1. Coleta domiciliar regular (RDO) 438.2. Coleta domiciliar seletiva 448.3. Varrição de vias e logradouros 448.4. Limpeza de feiras livres e eventos 458.5. Capina 458.6. Roçada e poda de árvores 458.7. Limpeza de praças 458.8. Limpeza e desobstrução do sistema de drenagem 468.9. Resíduos de serviços de saúde 468.10. Resíduos de serviços da Construção Civil 478.11. Resíduos Industriais 478.12. Coleta de resíduos especiais (lâmpadas usadas, pneus inservíveis, pilhas, baterias, eletroeletrônicos e óleo de cozinha) 498.13. Coleta de resíduos órfãos - descartados irregularmente 508.14. Limpeza de terrenos baldios 518.15. Lodo de Saneamento 518.16. Resíduos Cemiteriais 518.17. Animais Mortos 51

    8.18. Grandes Geradores de Resíduos Sólidos 528.18.1. Caracterização 528.18.2. Responsabilidades 528.18.3. Responsabilidade socioambiental 528.18.4. Regramento 528.19. Manejo, Tratamento e Destinação Final 538.19.1. Unidade de Triagem – UT 538.19.2. Aterro Sanitário 578.19.3. Passivos Ambientais 618.20. Mobilização Social e Divulgação 628.21. Ponto de Entrega Voluntária e Eco pontos (PEV e LEV) 649. PROJEÇÃO DE CENÁRIOS 649.1. Cenário Previsível – C1 659.2. Cenário Normativo – C2, C3 e C4 659.3. Cenário C2 6 99.4. Cenário C3 6 99.5. Cenário C4 6 910. PROGNÓSTICO, METAS, DIRETRIZES, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES 7110.1. Resíduos Sólidos Domiciliares 7 310.1.1. Prognóstico 7 310.1.2. Metas, Diretrizes, Programas, Projetos E Ações 7410.1.2.1. Resíduos Domiciliares - Secos - Poder Concedente e Geradores Públicos 7410.1.2.2. Resíduos Sólidos Domiciliares – Secos – Gerador Privado 8 510.1.2.3. Resíduos Sólidos Domiciliares – Úmidos - Poder Concedente e Geradores públicos .. 9010.1.2.4. Resíduos Sólidos Domiciliares – Úmidos - Poder Concedente e Geradores públicos 1031.2. Rejeito 1051.3. Resíduos Sólidos Da Construção Civil – RCC 1061.3.1. Prognóstico 1061.3.2. Metas, Diretrizes, Programas, Projetos e Ações 1071.4. Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – RSS 1161.4.1. Prognóstico 1161.4.1.1. Metas, Diretrizes, Programas, Projetos e Ações 1181.5. Resíduos Sólidos Industriais 1211.5.1. Prognóstico 1211.5.2. Metas, Diretrizes, Programas, Projetos e Ações 1251.6. Lodos De Saneamento 1261.6.1. Prognóstico 1261.6.2. Metas, Diretrizes, Programas, Projetos e Ações 1281.7. Óleos Comestíveis 1291.8. Resíduos de Medicamentos Vencidos 1301.9. Resíduos de Filmes Radiológicos 1301.10. Resíduos Sujeitos a Logística Reversa 1301.11. Resíduos Sólidos Cemiteriais 1341.12. Outros Tipos de Resíduos 1341.13. Passivos Ambientais 1351.13.1. Prognóstico 1351.13.2. Metas, Diretrizes, Programas, Projetos e Ações 135Em relação ao cumprimento das metas, ressalta-se que os prazos estabelecidos serão contados a partir da aprovação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos por meio de instrumento legal, bem como as ações que dependem de recursos financeiros deverão estar previstas na dotação orçamentária do Município 13511. ASPECTOS DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 13911.1. Área de Disposição 13911.2. Indicadores de Desempenho 13911.2.1. Considerações Gerais 13911.2.2. Conceitos 14011.3. Política Municipal de Educação Ambiental Formal e Informal 14311.4. Sistema de Remuneração de Cooperativas 14711.5. Sistema Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 14811.5.1. Autodeclaração Obrigatória 14811.5.2. Inventário Anual de Resíduos Sólidos com Avaliação de Desempenho 14911.5.3. A Gestão da Prestação dos Serviços 14911.5.4. Equipe de Controle E Fiscalização 15011.5.5. Regramento para os planos de gerenciamento que estarão sob responsabilidade da Prefeitura Municipal de Franca 15211.5.6. Periodicidade de sua Revisão 153ANEXO I – PEÇAS GRÁFICAS 154ANEXO II – AUTODECLARAÇÃO 160ANEXO III – MODELO DE INVENTÁRIO 163Matérias-primas e Insumos 166Nome da Etapa 168LISTAGEM Nº 1 - RESÍDUOS PERIGOSOS DE FONTES NÃO ESPECÍFICAS 175 K104 177K105 177 K102 179ANEXO IV – PROPOSTA DE UM MODELO DE GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS PARA O SETOR CALÇADISTA DE FRANCA/

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    SP COM VISTAS À POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 185AnexosANEXO I – PEÇAS GRÁFICAS 154ANEXO II – AUTODECLARAÇÃO 160ANEXO III – MODELO DE INVENTÁRIO 163ANEXO IV – CARTILHA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 185Índice de TabelasTabela 1: Quadro de Indicadores - População 25Tabela 2: Doenças de transmissão hídrica 26Tabela 3: Quadro de Indicadores - Saúde 27Tabela 4: Quadro de Indicadores – Condições de Vida 28Tabela 5: Quadro de Indicadores – Habitação e Infraestrutura Urbana 28Tabela 6: Quadro de Indicadores – Educação 30Tabela 7: Quadro de Indicadores – Economia, emprego e rendimento 32Tabela 8: Contratos de Prestação de Serviços 39Tabela 9: Despesas – Serviços Prestados das tercerizadas 41Tabela 10: Resíduos Gerados no Município de Franca 59Tabela 11: Metas do PLANARES para Região Sudeste 65Tabela 12: Quantidade de Catadores Necessários em Cada Cenário 69Tabela 13: Projeção dos Resíduos de acordo com os Cenários Propostos 70Tabela 14: Quantidade de Catadores Necessários em Cada Cenário 71Tabela 15: Cenários propostos 71Tabela 16: Estratégia de ação – RSD – Secos – Limpeza Urbana 77Tabela 17: Metas RSD Secos – Limpeza Urbana 78Tabela 18: Estratégias de Ação – RSD – Gerador Privado 85Tabela 19: Metas – RSD Secos – Gerador Privado 85Tabela 20: RSD Úmidos – Limpeza Urbana 93Tabela 21: Metas RSD Úmidos – Limpeza Urbana 95Tabela 22: Metas – RS Úmidos – Gerador Privado 103Tabela 23: Metas – RSD – Rejeito 106Tabela 24: Estimativa de geração de RCC 107Tabela 25: Estratégia de Ação - RCC - Serviços Públicos de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos 109Tabela 26: Metas - RCC – Serviços Públicos de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos................................................................................................................................................ 109Tabela 27: Estratégia de Ação - RCC - Gerador Público e Gerador Privado 114Tabela 28: Metas – RCC – Gerador Público e Gerador Privado 114Tabela 29: Estratégia de Ação - Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – Gerador Público e Gerador Privado 118Tabela 30: Metas - Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – Gerador Público e Gerador Privado 118Tabela 31: Resíduos de Saneamento Básico 128Tabela 32: Metas de Resíduos de Saneamento Básico 128Tabela 33: Resíduos sujeitos à logística reversa 131Tabela 34: Áreas Degradadas 135Tabela 35: Metas de Resíduos de Saneamento Básico 135Tabela 36: Estratégia de ação – Educação Ambiental 144Tabela 38: Metas Regulação e Fiscalização 152Índice de FigurasFigura 1: Localização Geográfica 17Figura 2: Região Administrativa de Franca 18Figura 3: Mapa dos municípios limítrofes 18Figura 4: Ilustração da atitude local 21Figura 5: Hidrografia do Município de Franca 23Figura 6: Organograma - SESMAM 40Figura 7: Eco ponto – Armazenamento de pneus 50Figura 8: Unidade de Triagem – Descarte de Eletroeletrônicos 50Figura 9: Visão Geral Unidade de Triagem 52Figura 10: Fardos para comercialização 52Figura 11: Enfeites de Natal com PET 53Figura 12: Esteira para separação dos materiais 54Figura 13: Esteira em condições insatisfatórias 54Figura 14: Prensa 54Figura 15: Rejeitos 55Figura 16: Trator para recolher os rejeitos 55Figura 17: Placa da Entrada do Aterro Sanitário e Sede Administrativa da EMDEF 56Figura 18: Balança – Controle de Pesagem 56Figura 19: Vista Geral do Aterro Sanitário 57Figura 20: Descarte dos rejeitos 57Figura 21: Área de acumulação de líquidos percolados – Lagoa de acumulação de chorume58Figura 22: Passivo ambiental: Aterro da Fazenda Municipal 61Figura 23: Passivo ambiental: Aterro das Maritacas 61Figura 24: Distribuição percentual de alunos que tem acesso às informações sobre o meio ambiente 62Figura 25: Distribuição percentual dos alunos que tem interesse pelo meio ambiente, suas ações e participação nos programas de educação ambiental 63Figura 26: Pontos de Entrega Voluntária – PEV’s (Eco pontos) 76Figura 27: Situação atual e como deverá ser configurado a Unidade Triagem 89Figura 28: Resíduos Particulados 1 27Figura 29: Resíduos de Capina de Sarjeta 1 27Figura 30: Lodo de ETA e ETE 1 27Figura 31: Mapa Geral das Estratégias, Programas e Ações 137Índice de GráficosGráfico 1: Gráfico de Climatologia - Características Climáticas 22Gráfico 2: Gráfico da Evolução Populacional Total 24Gráfico 3: Quadro de Indicadores - População 25Gráfico 4: Estabelecimento de Saúde 26Gráfico 5: Números de Escolas por série 29Gráfico 6: Porcentagem de Escolas por série 29Gráfico 7: Produto Interno Bruto – PIB 32Gráfico 8: Iniciativas de Coleta Seletiva nos Municípios 2012 – Regiões e Brasil 42Gráfico 9: Destinação Final dos RSU Coletados no Brasil 42Gráfico 10: Proporção dos Resíduos que chegam à Unidade de Triagem 53Gráfico 11: Proporção dos Resíduos gerados, coletados e encaminhados para o aterro sanitário 60

    1. APRESENTAÇÃOO objetivo central do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) é o atendimento ao que dispõe a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Portanto, o PMGIRS aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, contemplando os aspectos referentes à não geração, redução, reutilização, reciclagem e disposição final ambientalmente adequada do rejeito.O PMGIRS contém ainda a estratégia geral dos responsáveis pela geração dos resíduos para proteger a saúde humana e o meio ambiente, conforme dispõe a Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010 (PNRS) e o Decreto Federal que a regulamenta.A PNRS estabelece princípios, objetivos, instrumentos – inclusive instrumentos econômicos aplicáveis - e diretrizes para a gestão integrada e gerenciamento dos resíduos sólidos, indicando as responsabilidades dos geradores, do poder público, e dos consumidores. Define ainda, princípios importantes como o da prevenção e precaução, do poluidor-pagador, da eco eficiência, da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, do reconhecimento do resíduo como bem econômico e de valor social, do direito à informação e ao controle social, entre outros (BRASIL, 2010b).Um dos objetivos fundamentais estabelecidos pela Lei 12.305 é a ordem de prioridade para a gestão dos resíduos, que deixa de ser voluntária e passa a ser obrigatória: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.A Lei estabelece a diferença entre resíduo e rejeito: resíduos devem ser reaproveitados e reciclados e apenas os rejeitos devem ter disposição final.A visão que norteará o futuro do setor é a seguinte:

    2. DEFINIÇÕESPara o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Franca são adotadas as seguintes definições:• Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos: instrumento da política municipal que estabelece princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos, as responsabilidades dos geradores, do poder público, e dos consumidores, bem como os instrumentos econômicos aplicáveis, conforme estabelecido na Lei Federal nº 12.305/10.• Controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos;• Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei;• Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política,econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável;• Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição;• Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do SISNAMA, do SNVS e do SUASA, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;• Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;• Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo;• Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos

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    produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;• Padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras;• Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrõesestabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA;• Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei;• Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA;• Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;• Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;• Serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei nº 11.445, de 2007, ou seja, conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte,transbordo, tratamento e destino final do resíduo doméstico e do resíduo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;• Salubridade ambiental: qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrência de doenças veiculadas pelo meio ambiente e de promover o aperfeiçoamento das condições mesológicas favorável à saúde da população urbana e rural;

    3. NORMAS E LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS• Lei Federal Nº 12.305, de 02 de agosto de 2010;• Decreto Federal Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010;• Decreto Federal Nº 7.405, de 23 de dezembro de 2010;• Lei Estadual Nº 12.300, de 16 de março de 2006, que Instituiu a Política Estadual de Resíduos Sólidos;• Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;• Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA;• Disposições Normativas dos Órgãos de Gestão Ambiental em níveis Federal, Estadual e Municipal;• Lei Federal Nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007;• Lei Federal Nº 9.974, de 06 de junho de 2000;• Normas Estabelecidas pelos Órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) e do Sistema Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Sinmetro).4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO4.1. Localização GeográficaFranca é um município brasileiro no interior do Estado de São Paulo, sede da microrregião de Franca. Localiza-se a 20º32’19” de latitude sul e 47º24’03” de longitude oeste, distante 401 km da capital estadual e a 676 km de Brasília. Possui uma área de 605,681 km² e densidade demográfica de 526,09 hab/km². Segundo o IBGE – Censo 2010 a população do município é de 318.640 habitantes. É conhecida em todo Brasil como “A Capital Nacional do Calçado Masculino”.Figura 1: Localização Geográfica

    Fonte: WikipédiaFigura 2: Região Administrativa de Franca

    Fonte: Governo do Estado de São PauloO município localiza-se na região nordeste do Estado de São Paulo e é sede da 14° Região Administrativa do Estado de São Paulo. Faz limite com cidades paulistas: Cristais Paulista, Restinga, Patrocínio Paulista, Ribeirão Corrente, Batatais e divisa com as cidades mineiras de Ibiraci e Claraval.Figura 3: Mapa dos municípios limítrofes

    Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)4.2. HistóricoFranca, inicialmente conhecida por Arraial Bonito do Capim Mimoso, começou a se formar a partir do desvio da rota dos bandeirantes que buscavam o ouro de Goiás, por causa dos conflitos entre paulistas e emboabas no início do século XVIII. O povoado, com o passar do tempo, foi ganhando importância comercial em razão de sua localização. O sul paulista, predominantemente agrícola, e o sertão central, criador de gado, tinham um ponto de contato em Franca que naturalmente se transformou em entreposto, fornecendo sal – o chamado sal de Franca – para toda a região central. O desbravamento do sertão paulista e a abertura do Rio Paraguai ao comércio das províncias brasileiras, motivada pela guerra do Paraguai, mudaram o curso do comércio de sal, provocando, a partir de 1870, a decadência da economia do município. O comércio ganhou novo impulso com a inauguração da estação Mogiana em Franca, no ano de 1887. Com a chegada dos trilhos, a cidade novamente concentrou o comércio entre São Paulo e Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Depois de 1920, o desenvolvimento econômico de Franca mudou sua condição de entreposto comercial para a monocultura de café, tendendo posteriormente para a policultura e a indústria (com destaque para a indústria de couros, principalmente a de calçados). (Fonte: IBGE)Com o tempo, tornou-se um dos principais centros produtores e exportadores de calçados do País. A evolução político-administrativa do atual município de Franca acompanhou o desenvolvimento econômico da região e, em 1804, teve o seu povoado elevado à condição de freguesia em terras de Moji Mirim. (Fonte: IBGE)Em 31 de outubro de 1821, foi criada a nominação de Vila Franca d’El Rey, cuja instalação foi decretada por portaria de 14 de outubro de 1824, alterando-lhe a denominação para Vila Franca do Imperador. Em 24 de abril de 1856, quando recebeu foros de cidade, passou a se chamar Franca. (Fonte: IBGE)4.3. Geologia, Bioma e ClimatologiaO município de Franca, assim como toda a região que abrange o Planalto Ocidental é constituído basicamente por terrenos mesozóicos, que se formaram por volta de 220 milhões de anos.Os terrenos mais antigos da região são representados por dois tipos de rocha bem diferentes entre si, ou seja, são rochas dos tipos: sedimentar (arenito) e a magmática (basalto). Os arenitos avermelhados denominados de Arenito de Botucatu, são originários de um clima desértico, correspondente ao Deserto de Botucatu, que cobria a região em questão. Associados ao arenito, encontram-se rochas magmáticas, principalmente o basalto, que representam derrames de lavas vulcânicas originárias de grandes desertos. A agricultura da

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    região se estabeleceu nas vertentes menos inclinadas e nos sopés da Serra de Franca, onde os solos são os melhores. Nas partes mais baixas e planas das margens dos rios, onde há bastante água, aparecem os chamados solos hidromórficos, que são bons para o desenvolvimento da horticultura. Esses terrenos ocupam áreas reduzidas no Município, dificultando o estabelecimento de grandes hortas.Franca durante muito tempo ficou conhecida como Cidade das Três Colinas por ter se desenvolvido sob três colinas, a da Estação, Centro e a Colina da Santa Rita, as quais são separadas pelos principais córregos da cidade. Entretanto Franca vive um rápido crescimento urbano e, devido à isso, tem se espalhado para fora das famosas três colinas agregando outros relevos de mesmas características no entorno.No município de Franca aparecem duas associações: vegetais típicos de cerrado ou típicos de floresta ou mata.Cerrado: cobre a maior área ocupando as partes mais elevadas do relevo com solos mais pobres (arenitos). Essa vegetação foi bastante modificada pela ação do homem, através de coleta de madeiras para queimas ou construção de casas, móveis, cercas, dormentes de estradas de ferro, etc. Muitos cerrados desapareceram deixando o lugar aos campos cerrados ou aos campos limpos, cobertos com capim barba-de- bode e pequenos arbustos. Portanto, a vegetação de campo em Franca é uma associação vegetal secundária, resultante da destruição do cerrado que corresponde à formação primária.• Mata: em Franca a formação vegetal da mata domina todos os meios-encostas e as partes mais baixas do relevo, principalmente os vales fluviais de solos mais ricos, chegando, às vezes, até os solos pobres do cerrado.A vegetação da mata de Franca é classificada como floresta tropical, muito parecida com a floresta do litoral brasileiro, embora algumas árvores sejam diferentes, às vezes com folhas caducas, isto é, que caem durante a estação seca, como é o caso do conhecido Ipê.A cidade apresenta um relevo bastante elevado, com altitude próxima a 1.040 metros, sendo a 4ª cidade mais elevada do estado. Campos do Jordão é a mais alta, construída a 1620 m acima do nível do mar, seguida por Pedra Bela, com 1120 m e Pedregulho, com 1060 m.Figura 4: Ilustração da atitude local

    Fonte: USP São Carlos

    A zona urbana de Franca aparece entre a curva de nível de 1.000 m, portanto, na parte mais elevada do município que corresponde à Serra de Franca. Essa área mais alta, também chamada de Espigão, foi aproveitada para o estabelecimento de ferrovias e rodovias, antigas e modernas, devido à facilidade de construção destas estradas em áreas quase planas. Fora do espigão da Serra da Franca, os vales profundos dificultaram as vias de circulação, prejudicando, assim, o desenvolvimento regional.As menores altitudes, correspondentes à curva de nível de 800 metros, estão situadas na margem direita do Rio Sapucaí (sul) e na margem esquerda do Rio Canoas (nordeste). Nota- se que quase todas as nascentes dos cursos d’água estão nas áreas mais altas, acima de 500 metros de altitude.Franca situa-se numa região de planalto, o que resulta num clima tropical de altitude, com invernos secos, verões chuvosos e temperaturas moderadas durante todo o ano. A temperatura média anual é de cerca de 18 °C. De acordo com a classificação climática de Köppen, o clima do município de Franca é Cwb.Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura mínima registrada em Franca foi de 1,2 ºC, ocorrida no dia 21 de agosto de 1965. Já a máxima foi de 36,3 ºC, observada dia 16 de outubro de 2009. O maior acumulado de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de 128,4 mm, em 27 de janeiro de 2010.O gráfico apresentado a seguir é a média climatológica calculada a partir de uma série de 30 anos de dados observados, segundo a Climatempo Meteorologia.(www.climatempo.com.br/climatologia).Gráfico 1: Gráfico de Climatologia - Características Climáticas

    Fonte: Climatempo Meteorologia – média dos últimos 30 anos

    4.4. HidrografiaNa hidrografia, destaca-se a bacia do Rio Canoas, maior manancial de abastecimento de água do Município.O planalto francano por ser uma área bastante elevada (além de 1.000 metros de altitude), funciona como divisor de águas, abrigando as nascentes e cursos de água (córregos e ribeirões).O Rio Sapucaí se desloca na direção Sudeste, indo depois para Noroeste, onde está a sua confluência com o Rio Grande. Juntando-se com o Rio Paranaíba, o Rio Grande forma o Rio Paraná, que toma a direção do sul, recebendo água de outros rios até chegar no Rio da Prata, entre a Argentina e o Uruguai, onde deságua no Oceano Atlântico. Portanto as águas dos córregos dos Bagres, Cubatão, Espraiado e Coqueiros, que cortam a cidade de Franca, vão ser despejadas no Oceano Atlântico, depois de atravessar vários estados e Países.A seguir é apresentada a figura que ilustra a hidrografia do município.

    Figura 5: Hidrografia do Município de Franca

    Fonte: USP São Carlos5. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS5.1. Território e PopulaçãoA população francana, segundo censo demográfico do IBGE, atingiu um total de 318.640 habitantes em 2010.O município possui um alto grau de urbanização, onde a população urbana representa 98,24% e a rural 1,76% em 2010, sendo a densidade demográfica igual a 538,31 habitantes por quilômetro quadrado.Durante as últimas décadas o referido município passou por um crescimento populacional, tendo em vista que a população total aumentou aproximadamente em 37% entre 1991 e 2010.

    Gráfico 2: Gráfico da Evolução Populacional TotalFonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)Alguns indicadores e variáveis que concernem aos aspectos demográficos do município de Franca são apresentados na Tabela 1, juntamente com a Região de Governo

    1 e Estado de São

    Paulo para se ter um comparativo.1 O IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística possui outro modelo de divisão de regiões. De acordo com a divisão do Brasil adotada pela Fundação IBGE, vigente a partir de 1995, o Estado de São Paulo divide-se em 15 mesorregiões geográficas e essas, por sua vez, dividem-se em 63 microrregiões geográficas.Tabela 1: Quadro de Indicadores - População

    Indicadores e Variáveis Ano Município Reg. Gov. Estado

    Área 2013 605,68 7.119,76 248.223,21

    População 2013 326.042 571.119 42.304.694

    Densidade Demográfica (Habi-tantes/km2)

    2013 538,31 80,22 170,43

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    Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População – 2010/2013 (Em % a.a.)

    2013 0,8 0,72 0,87

    Grau de Urbanização (Em %) 2010 98,24 94,15 95,94

    Índice de Envelhecimento (Em %)

    2013 60,14 62,77 61,55

    População com Menos de 15 Anos (Em %)

    2013 20,78 20,76 20,35

    População com 60 Anos e Mais (Em %)

    2013 12,5 13,03 12,52

    Razão de Sexos 2013 95,52 96,96 94,79

    Fonte:

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Fundação SEADE Gráfico 3:

    Quadro de Indicadores - População

    5.2. Estatísticas Vitais e SaúdeA saúde é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma condição de bem-estar físico, psíquico e social. No Brasil, esse problema está relacionado a um desenvolvimento urbano equivocado e ao problema da distribuição de renda, que é uma das piores do mundo.A vigilância é hoje a ferramenta metodológica mais importante para a prevenção e controle de doenças em saúde pública. É consensual no discurso de todas as entidades de saúde pública mundo afora, desde as de âmbito internacional até as de abrangência local que não existem ações de prevenção e controle de doenças com base científica que não estejam estruturadas sobre sistemas de vigilância epidemiológica.Segundo a Organização Mundial de Saúde - Portal São Francisco, cerca de 80% de todas as doenças que se alastram nos países em desenvolvimento são provenientes da água de má qualidade. As doenças mais comuns, de transmissão Hídrica, são destacadas no quadro que segue:Tabela 2: Doenças de transmissão hídrica

    DOENÇAS AGENTES CAUSADORES

    Febre Tifoide Salmonella typhi

    Febres Paratifoides (3) Salmonella enterica paratyphi

    Disenteria Bacilar Shigella sp.

    Disenteria Amebiana Entamoeba histolytica

    Cólera Vibrio colerae

    Diarreia Enterovírus, E.coli

    Hepatite Infecciosa Vírus Tipo A

    Giardiose Giardia lamblia

    Fonte: Organização Mundial da Saúde – OMS apud Portal São Francisco (2010)Franca, na área da saúde, destaca-se dos demais municípios da região, devido aos equipamentos e quadro de profissionais de que dispõe. Ela representa um polo de referência no atendimento médico-hospitalar para a região Nordeste de São Paulo e parte de Minas Gerais.O município conta com 99 estabelecimentos de saúde, sendo 34 público municipal e 65 privados, segundo o IBGE 2009.

    Gráfico 4: Estabelecimento de Saúde

    Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2009)Alguns indicadores e variáveis que concernem aos aspectos vitais à saúde do município de Franca são apresentados no quadro a seguir, juntamente com a Região de Governo e o Estado de São Paulo para se ter um comparativo.Tabela 3: Quadro de Indicadores - Saúde

    Indicadores e Variáveis Ano Município Reg. Gov. Estado

    Taxa de Natalidade (Por mil habitantes) 2011 13,56 12,96 14,68

    Taxa de Fecundidade Geral (Por mil mulheres entre 15 e 49 anos)

    2011 48 47 52

    Taxa de Mortalidade Infantil (Por mil nascidos vivos)

    2011 12,64 12,47 11,55

    Taxa de Mortalidade na Infância (Por mil nasci-dos vivos)

    2011 14,71 14,12 13,35

    Taxa de Mortalidade da População entre 15 e 34 Anos (Por cem mil habitantes nessa faixa etária)

    2011 95,82 97,75 119,61

    Taxa de Mortalidade da População de 60 Anos e Mais (Por cem mil habitantes nessa faixa etária)

    2011 3709 3671,54 3611,03

    Mães Adolescentes (com menos de 18 anos) (Em %)

    2011 6,02 7,36 6,88

    Mães que Tiveram Sete e Mais Consultas de Pré-Natal (Em %)

    2011 80,45 80,91 78,33

    Partos Cesáreos (Em %) 2011 59,72 64,1 59,99

    Nascimentos de Baixo Peso (menos de 2,5kg) (Em %)

    2011 8,98 9,11 9,26

    Gestações Pré-Termo (Em %) 2011 9,4 8,83 8,98

    Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Fundação SEADE

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    5.3. Condição de VidaQualidade de vida é o método usado para medir as condições de vida de um ser humano. Envolve o bem espiritual, físico, mental, além de relacionamentos sociais e também a saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento básico e outras circunstâncias da vida.O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, expectativa de vida, natalidade e outros fatores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil. O município de Franca possui o IDH de 0,82, o que significa um alto desenvolvimento humano, segundo os três níveis de desenvolvimento baixo: até 0,5, médio: entre 0,5 e 0,8 e alto: acima de 0,8.Alguns indicadores e variáveis que concernem aos aspectos de condições de vida do município de Franca são apresentados no quadro abaixo, juntamente com a Região de Governo o e Estado de São Paulo para se ter um comparativo.Tabela 4: Quadro de Indicadores – Condições de Vida

    Indicadores e Variáveis Ano Município Reg. Gov.

    Esta-do

    Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS – Dimensão Riqueza

    2008 33 ... 42

    2010 35 ... 45

    Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS – Dimensão Longevidade

    2008 69 ... 68

    2010 68 ... 69

    Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS – Dimensão Escolaridade

    2008 45 ... 40

    2010 58 ... 48

    Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS

    2008

    Grupo 3 - Municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indica-

    dores nas demais dimensões

    2010

    Grupo 3 - Municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indica-

    dores nas demais dimensões

    Índice de Desenvolvimento Humano – IDH 2000 0,82 ... 0,814

    Renda per Capita (Em reais correntes) 2010 716,39 682,29 853,75

    Domicílios Particulares com Renda per Capita de até 1/4 do Salário Mínimo (Em %)

    2010 4,23 4,96 7,42

    Domicílios Particulares com Renda per Capita de até 1/2 Salário Mínimo (Em %)

    2010 14,13 16,67 18,86

    Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Fundação SEADE5.4. Habitação e Infraestrutura UrbanaOs indicadores socioeconômicos apresentam importância fundamental no desenvolvimento das cidades, o que confere à habitação e ao saneamento básico (sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo e destinação de resíduos sólidos e drenagem) condição participadora da infraestrutura, indispensável ao crescimento sustentável das cidades.Alguns indicadores e variáveis que concernem aos aspectos da habitação e infraestrutura urbana do município de Franca são apresentados no quadro abaixo, juntamente com a Região de Governo o e Estado de São Paulo para se ter um comparativo.Tabela 5: Quadro de Indicadores – Habitação e Infraestrutura Urbana

    Indicadores e Variáveis Ano Município Reg. Gov. Estado

    Coleta de Lixo – Nível de Atendimento (Em %) 2010 99,96 99,86 99,66

    Abastecimento de Água – Nível de Atendimento (Em %)

    2010 99,76 98,97 97,91

    Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento (Em %) 2010 99,31 98,9 89,75Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Fundação SEADE

    5.5. EducaçãoFranca conta com importantes instituições de ensino técnico e superior (UNESP, UNIFRAN, Uni-FACEF, FATEC, CEFET, ETEC, SENAI E SENAC), e é considerada uma cidade universitária. Com relação às escolas de ensino fundamental, médio e pré escolar, conta com 112, 48 e 110 escolas, respectivamente, conforme o gráfico a seguir (Fonte: IBGE, 2012).

    Gráfico 5: Números de Escolas por série

    Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2012) Gráfico 6: Porcentagem

    de Escolas por sérieFonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2012)

    Como pode ser observado no gráfico acima, Franca apresenta grande número de Pré- escolas, acima do padrão nacional e estadual, mas deixa a desejar na quantidade de escolas de Ensino Fundamental.Alguns indicadores e variáveis que concernem aos aspectos da educação do município de Franca são apresentados no quadro abaixo juntamente com a Região de Governo o e Estado de São Paulo para se ter um comparativo.Tabela 6: Quadro de Indicadores – Educação

    Indicadores e Variáveis Ano Município Reg. Gov. Estado

    Taxa de Analfabetismo da População de 15 Anos e Mais (Em %)

    2010 3,44 5,11 4,33

    População de 18 a 24 Anos com Ensino Médio Completo (Em %)

    2010 63,57 58,21 58,68

    Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Fundação SEADE5.6. Economia, Emprego e Rendimento• Setor primárioDestaca-se pela agricultura, sendo uma das mais importantes regiões produtoras de café do mundo, conhecida como a “Alta Mogiana”. O café produzido nessa região possui alta aceitação nos mercados nacional e internacional, devido ao clima, solo e altitudes favoráveis tornando-se uma das mais importantes na produção de café brasileiro de alta qualidade.Grande parte da produção local de café é comercializada através da COCAPEC - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas, que reúne agricultores da região e participa das diversas etapas de produção e de distribuição do café.

    • Setor secundárioCidade primordialmente industrial, Franca é a maior produtora de calçados do Brasil e da América Latina, possui mais de 1000 indústrias de grande e médio porte, entre elas: Calçados Netto, Calvest, Ferracini, Estival, Samello, Vitelli, Carmen Steffens, Amazonas, Mariner, Laroche, PG4, Sândalo, Bull Terrier, Democrata e Opananken, importante ressaltar que tais indústrias estão muito bem instaladas e estruturadas, seguindo todas as normas ambientais e também sociais sem a participação de mão de obra infantil, tendo um dos maiores centros de ensino e pesquisa no setor coureiro-calçadista contando com centros de Design e formação profissional que são considerados os maiores e mais modernos neste setor, sendo referência nacional e internacional.Com produção em grande parte voltada à exportação, a cidade leva seus produtos para várias partes do mundo, como EUA, Europa, Ásia e América Latina. Os calçados fabricados em Franca são tidos como referência mundial em quesitos como conforto, qualidade,tecnologia e design, desenvolvidos para diversos segmentos - infantil, feminino e principalmente masculino, e também como acessórios de moda, enfeitando vitrines da alta moda em todo o mundo, além de destacados pelo alto giro de vendas e lucro para seus revendedores.• Setor terciárioFranca é um importante centro na região, de produção e difusão de conhecimento tecnológico, tendo atraído investimentos na melhoria dos processos de desenvolvimento de softwares comerciais, com a instalação de dezenas de pequenas empresas vindas de outras regiões e empresas francanas formadas por ex-estudantes de Cursos de Tecnologia oferecidos por Instituições de Ensino situadas na cidade.O comércio também se destaca na cidade. Além da população local, grande parte dos moradores da região dependem do comércio francano. Tem importantes empresas como Atacadão, WalMart e Makro, dentre outras, e dois shoppings: Franca Shopping e Shopping do Calçado de Franca.O Shopping do Calçado de Franca atualmente figura como o segundo maior shopping da categoria em toda a América Latina. Possui cerca de 76 lojas com mais de 300 marcas para vendas no atacado e varejo. Encontra-se em Franca a sede do Magazine Luiza, uma das maiores redes varejistas do país.O Produto Interno Bruto é a principal medida do crescimento econômico de uma região, seja ela uma cidade, um estado, um país ou mesmo um grupo de nações. Sua medida é feita a partir

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    da soma do valor de todos os serviços e bens produzidos na região escolhida em um período determinado.São medidas as produções na indústria, na agropecuária, no setor de serviços, o consumo das famílias, o gasto do governo, o investimento das empresas e a balança comercial. Entram no cálculo o desempenho de 56 atividades econômicas e a produção de 110 mercadorias e serviços.

    Gráfico 7: Produto Interno Bruto – PIB

    Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2013)Alguns indicadores e variáveis que concernem aos aspectos de economia, emprego e rendimento do município de Franca são apresentados quadro abaixo juntamente com a Região de Governo o e Estado de São Paulo para se ter um comparativo.Tabela 7: Quadro de Indicadores – Economia, emprego e rendimento

    Indicadores e Variáveis Ano Município Reg. Gov. Estado

    Participação dos Empregos Formais da Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura no Total de Empregos Formais (Em %)

    2011 1,40 7,00 2,70

    Participação dos Empregos Formais da Indús-tria no Total de Empregos Formais (Em %)

    2011 38,70 34,00 20,90

    Participação dos Empregos Formais da Cons-trução no Total de Empregos Formais (Em %)

    2011 3,60 3,80 5,50

    Participação dos Empregos Formais do Comércio Atacadista e Varejista e do Comér-cio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas no Total de Empregos Formais (Em %)

    2011 26,00 22,90 19,30

    Participação dos Empregos Formais dos Servi-ços no Total de Empregos Formais (Em %)

    2011 30,30 32,30 51,60

    Rendimento Médio dos Empregos Formais da Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (Em reais correntes)

    2011 928,98 1071,92 1234,37

    Rendimento Médio dos Empregos Formais da Indústria (Em reais correntes)

    2011 1198,59 1359,04 2548,90

    Rendimento Médio dos Empregos Formais da Construção (Em reais correntes)

    2011 1291,18 1402,83 1903,48

    Rendimento Médio dos Empregos Formais do Comércio Atacadista e Varejista e do Comér-cio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (Em reais correntes)

    2011 1225,23 1174,11 1590,37

    Rendimento Médio dos Empregos Formais dos Serviços (Em reais correntes)

    2011 1724,64 1645,99 2309,60

    Rendimento Médio do Total de Empregos Formais (Em reais correntes)

    2011 1364,75 1391,03 2170,16

    PIB (Em milhões de reais correntes) 2010 5038,84 9691,06 1247595,93

    PIB per Capita (Em reais correntes) 2010 15827,05 17339,21 30264,06

    Participação no PIB do Estado (Em %) 2010 0,40 0,78 100,00

    Participação da Agropecuária no Total do Valor Adicionado (Em %)

    2010 1,06 6,97 1,87

    Participação da Indústria no Total do Valor Adicionado (Em %)

    2010 24,61 24,31 29,08

    Participação dos Serviços no Total do Valor Adicionado (Em %)

    2010 74,33 68,72 69,05

    Participação nas Exportações do Estado (Em %)

    2012 0,307318 0,477505 100

    Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Fundação SEADE6. ASPECTOS LEGAIS, POLÍTICOS, INSTITUCIONAIS, FINANCEIROS E DE GESTÃO DOS SERVIÇOS6.1. Aspectos LegaisNa área de limpeza pública e principalmente no que se refere ao gerenciamento dos resíduos

    sólidos, a legislação figura como principal instrumento de ordenação, planejamento, controle e fiscalização das atividades do setor.Os aspectos legais relativos aos resíduos sólidos têm sido disciplinados pela União, que legisla sobre normas de âmbito geral, pelos Estados, que legislam de forma complementar à União e, pelos Municípios de forma detalhada quando se tratam de assuntos ligados aos resíduos sólidos domiciliares e aos serviços de limpeza pública.Para orientar a correta destinação dos diversos resíduos gerados no Município de Franca, elaborou-se o PMGIRS de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010 e as principais normas técnicas.A definição dos padrões, das responsabilidades, dos custos, do sistema de financiamento dos mecanismos de operação, controle e fiscalização agrupados em lei específica de limpeza pública, torna-se fundamental para o gerenciamento adequado e sustentável dos resíduos sólidos no Município.A seguir é possível identificar as principais leis, decretos, portarias, resoluções e normas, que condicionam e regem as atividades lesivas ao meio ambiente, com vistas a ordenar e punir aqueles que de alguma forma promovam degradação e impactos ao meio ambiente, no que interessa a este estudo.1.1.1. Legislações Municipais• Lei Orgânica do Município de Franca, de 05 de abril de 1990;• LEI Nº 4.322, DE 15 DE JUNHO DE 1993 - Disciplina o serviço de caçambas para remoção de entulhos no Município de Franca.• LEI Nº 7.100, DE 31 DE JULHO DE 2008 - Altera dispositivos da Lei nº 4.322, de 15 de junho de 1993 e Lei nº 6.458, de 08 de novembro de 2005, que tratam da disciplina doserviço de caçambas para remoção de entulhos no Município de Franca, e dá outras providências.• LEI Nº 2.047, DE 07 DE JANEIRO DE 1972 - Institui o CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO DE FRANCA e dá outras providências.• LEI COMPLEMENTAR Nº 09 DE 26 DE NOVEMBRO DE 1996 – Institui o Código do Meio Ambiente do Município.1.1.2. Constituição Estadual

    A Constituição do Estado de São Paulo, de 1990 faz referência direta ao papel dos Municípios nas ações que envolvem a proteção ambiental a exemplo do capítulo referente ao Meio Ambiente e Saneamento Básico: “Artigo 191 – O Estado e Municípios providenciarão, com a participação da coletividade, a preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente natural, artificial e do trabalho, atendidas as peculiaridades regionais e locais e em harmonia com o desenvolvimento social e econômico.”1.1.3. Leis e Decretos estaduais

    • Decreto nº 52.497, de 21 de julho de 1970 – Proíbe o lançamento dos resíduos sólidos a céu aberto, bem como a sua queima nas mesmas condições;• Lei nº 997, de 31 de maio de 1976 - Dispõe sobre a prevenção e o controle do Meio Ambiente, estabelece padrões técnicos de qualidade e emissão, instituem instrumentos de proibição e exigências gerais para licenças e registros dos estabelecimentos geradores de material poluente, procedimentos administrativos e amplia competências da CETESB;• Decreto nº 8.468, de 08 de setembro de 1976 - Regulamenta a Lei nº 997, de 31 de maio de 1976 – Dispõe sobre o Controle da Poluição do Meio Ambiente (com redação dada pela Lei nº 8.943, de 29.09.94). Artigos 51 a 57;• Lei Estadual nº 9.509, de 20 de março de 1997 – Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação;• Lei nº 9.477, de 30 de dezembro de 1997 – Dispõe sobre alterações da Lei n° 997/76, Artigo 5°, com relação ao licenciamento de fontes de poluição, exigindo as licenças ambientais prévia, de instalação e de operação;• Decreto n° 47.397, de 04 de dezembro de 2002 – Dá nova redação ao Título V e ao Anexo 5 e acrescenta aos Anexos 9 e 10, ao regulamento da Lei n° 997, de 31 de maio de 1976, aprovado pelo Decreto n° 8.468, de 8 de setembro de 1976, que dispõe sobre a Prevenção e Controle da Poluição do Meio Ambiente;• Decreto n° 47.400, de 04 de Dezembro de 2002 – Regulamente dispositivos da Lei Estadual n° 9.509, de 20 de março de 1997, referentes ao Licenciamento Ambiental, estabelece prazo de validade para cada modalidade de licenciamento, estabelece prazo de análise e do licenciamento, institui procedimento obrigatório de notificação de suspensão ou encerramento de atividades e o recolhimento de valor referente ao preço de análise;• Lei nº 12.300, de 16 de março de 2006 – Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes.1.1.4. Resoluções e Portarias• Resolução Estadual SMA nº 01, de 02 de janeiro de 1990 – Dispõe sobre a apresentação do EIA/RIMA de obra ou atividade pública ou privada, que se encontre em andamento, ou ainda não iniciada, mesmo que licenciada, autorizada ou aprovada por qualquer órgão ou entidade pública;• Resolução Estadual SMA nº 19, de 09 de outubro de 1991 – Estabelece procedimentos para análise de EIA/RIMA, no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente;• Resolução Estadual SMA nº 25, de 06 de maio de 1996 – Estabelece programa de apoio aos Municípios que pretendam usar áreas mineradas, abandonadas ou não, para a disposição de resíduos sólidos - classe III;• Resolução SMA nº 50, de 25 de julho de 1997 – Dispõe sobre a necessidade de elaboração do RAP – Relatório Ambiental Preliminar;

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    • Resolução SMA nº 13, de 27 de fevereiro de 1998 – Dispõe sobre a obrigatoriedade da atualização anual do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos;• Resolução SMA nº 9, de 27 de março de 1998 – Dispõe sobre o Anteprojeto de Lei que institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos para amplo debate junto aos Municípios, às entidades públicas e privadas, às organizações não governamentais e às sociedades civis. Este anteprojeto está em discussão nos Conselhos Estaduais – COHIDRO, CONSEMA, CONESAN;• Resolução SMA nº 42, de 29 de dezembro de 1994 – Aprova os procedimentos para análise do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente e institui o Relatório Ambiental - RAP conforme roteiro de orientação estabelecido pela SMA;• Resolução SMA n° 48, de 05 de dezembro de 2002 – Fixa o valor do custo das horas técnicas despendidas em análises para expedição de licenças e outros documentos na forma do Decreto n° 47.400/02;• Resolução SMA n.º 34, de 27 de agosto de 2003 – Regulamenta no Estado de São Paulo os procedimentos a serem adotados no processo de Licenciamento Ambiental de empreendimentos potencialmente capazes de afetar o Patrimônio Arqueológico;• Portaria Conjunta CPLA/CPRN, de 22 de março de 1995 - Estabelece como o empreendedor deve publicar em jornal nota informativa sobre a apresentação do RAP na SMA;• Deliberação CONSEMA nº 20, de 27 de julho de 1990 – Aprova a norma “Critérios de Exigência de EIA/RIMA para sistemas de disposição de Resíduos Sólidos Domiciliares, Industriais e de Serviços de Saúde”.1.1.5. Legislações Federais e Resoluções• Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 – Estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, compras, alienações e locações no âmbito dos poderes da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;• Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 – Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no artigo 175 da Constituição Federal;• Lei nº 11.107/05, de 06 de Abril de 2005 – Dispões sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos;• Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências;• Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010 – Regulamenta a Lei no 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências;• RESOLUÇÃO CONAMA nº 006, de 19 de setembro de 1991 – Desobrigada a incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos provenientes dos estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos e da outras providências;• RESOLUÇÃO CONAMA nº 008, de 19 de setembro de 1991 – “veta a entrada no país de materiais residuais destinados à disposição final e incineração no Brasil e da outras providências”;• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 257, de 30 de junho de 1999 – dispõe sobre: “a necessidade de se disciplinar o descarte e o gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas, no que tange à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final”;• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 258, de 26 de agosto de 1999 – considera: “que os pneumáticos inservíveis abandonados ou dispostos inadequadamente constituem passivo ambiental, que resulta em sério risco ao Meio Ambiente e à Saúde Pública” e da outras providências;• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 275, de 25 de abril 2001 – considera: “que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais não-renováveis, energia e água” e da outras providências;• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 301, de 21 de março de 2002 – Altera dispositivos da Resolução CONAMA nº 258, de 26 de agosto de 1999, que dispõe sobre Pneumáticos;• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 307, de 5 de julho de 2002 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil;• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 313, de 29 de outubro de 2002 – Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais;• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 316, de 29 de outubro de 2002 – Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos;• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 348, de 16 de agosto de 2004 – Altera a Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos;• RESOLUÇÃO CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005 – Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências;• RESOLUÇÃO CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005 – obrigatoriedade do recolhimento e destinação adequada de todo óleo lubrificante usado ou contaminado, de forma a não afetar negativamente o meio ambiente e da outras providências.6.2. Aspectos Políticos e InstitucionaisO município de Franca integra o Consórcio de Municípios da Alta Mogiana - COMAM, composto por outros 28 municípios da região de Franca e Ribeirão Preto: Altinópolis, Aramina, Batatais, Brodowski, Buritizal, Cravinhos, Cristais Paulista, Guaíra, Guará, Ituverava, Igarapava, Itirapuã, Ipuã, Jardinópolis, Jeriquara, Miguelópolis, Nuporanga, Orlândia, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Ribeirão Corrente, Rifâina, Restinga, Santo Antônio da Alegria, São Joaquim da Barra, São José da Bela Vista, Sales Oliveira e Serrana, foi criado em 20 de agosto de 1.985, a partir da necessidade de lutar pelos interesses dos municípios que fazem parte destas regiões administrativas, incluindo a questão da gestão dos resíduos que precisa ganhar escala e avançar para a gestão associada entre vários municípios.Os municípios, mesmo os de menor porte, podem dividir o esforço para a construção da instituição que venha a assumir a gestão em uma escala mais adequada. A formação de Consórcios Públicos está sendo incentivada pelo Governo Federal e por muitos dos Estados, para que aconteça o necessário salto de qualidade na gestão. Este é o caminho que a PolíticaNacional de Resíduos Sólidos define como prioritário nos investimentos federais, pois nãoserá possível cumprir os seus objetivos gerindo os resíduos da mesma forma que antes, cada município por si só.A Comissão de Limpeza Urbana é responsável pela gestão do serviço de limpeza da cidade , sendo que inclui a coleta e destino final do resíduo domiciliar (incluindo o comercial) e hospitalar, varrição das ruas e logradouros públicos, varrição e lavagem de feiras livres.Os serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos são terceirizados e realizados pela empresa Seleta Meio Ambiente Ltda para os seguintes tipos: domésticos; recicláveis; varrição; poda e capina; limpeza de feiras livres e praças; limpeza de bocas de lobo, galerias, canais e córregos. Os serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos de serviços de saúde são realizados pela empresa terceirizada Ambitec S/A.Tabela 8: Contratos de Prestação de Serviços

    Fonte: SESMAMO Município de Franca possui um aterro sanitário que é operado pela empresa municipal EMDEF – Empresa Municipal de Desenvolvimento de Franca, onde existe o contrato entre a EMDEF e a Prefeitura de Franca para a operação do mesmo.Não há regulação dos serviços, e sim a fiscalização que até o ano de 2013 foi realizada pela Secretaria Municipal de Serviços e Meio Ambiente do Município de Franca, e posteriormente pela Comissão de Limpeza Urbana, consoante ao que determina o art. 67, da Lei nº 8.666/93.“Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.§ 1o O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.”Para abordar as novas diretrizes estabelecidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos o Município necessitará de aprimoramento do modelo gestor dos serviços de limpeza urbana, envolvendo principalmente o cadastramento e organização dos diferentes geradores privados que precisarão se adequar às novas regras e obrigatoriedades legais e técnicas, passando o orgão municipal gestor dos serviços de limpeza urbana a ser o doutrinador e fiscalizador deste modo diferenciado de organizar a limpeza urbana, revendo inclusive as formas de reaproveitamento dos resíduos de responsabilidade do Município segundo a Lei Federal 11.445/2007.A seguir é apresentada a estrutura organizacional da (SESMAM).

    Figura 6: Organograma - SESMAM

    Fonte: SESMAM6.3. Aspectos Financeiros1.1.1. ReceitasO serviço é todo custeado com verbas públicas, porém a Prefeitura não cobra tarifa da população referente ao serviço limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, portanto não possui uma fonte de receita específica para tal fim.1.1.2. DespesasDe acordo com os dados fornecidos pela SESMAM, não ocorreram investimentos nos últimos anos, visto que os serviços são terceirizados. Com relação as despesas identificou-se as despesas relacionadas aos serviços tercerizados, conforme tabela a seguir.Tabela 9: Despesas – Serviços Prestados das tercerizadas

    �Fonte: SESMAM7. INFRAESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOSConforme dados do Panorama dos Resíduos Sólidos elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) em 2012, o crescimento e enriquecimento geral da população e avanços tecnológicos na indústria alimentícia e na indústria de embalagens trouxeram impactos ao setor de limpeza urbana. Portanto, no Brasil houve aumento de descartes de restos e objetos, proveniente de um novo comportamento social e de novos produtos derivados do petróleo.Estima-se que no Brasil são geradas diariamente 201.058 toneladas de resíduos sólidos urbanos e que desse montante 10% não são coletados, segundo a ABRELPE. Atualmente praticamente a totalidade dos municípios brasileiros recebe o serviço de coleta de resíduosdomiciliares porta-a-porta com regularidade e de maneira contínua, considerando sua área urbana.No que se refere à coleta seletiva, segundo o documento elaborado pela ABRELPE (2012), no ano de 2012 dos 5.565 dos municípios existentes no Brasil, cerca de 60% indicaram a existência de iniciativas de coleta seletiva, conforme mostra o gráfico abaixo. Convém salientar que muitas vezes estas atividades resumem-se à disponibilização de pontos de entrega voluntária ou

    Seleta Meio Ambiente

    Ltda

    Seleta Meio Ambiente Ltda

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    convênios com cooperativas de catadores, que não abrangem a totalidade do território ou da população do Município.

    Gráfico 8: Iniciativas de Coleta Seletiva nos Municípios 2012 – Regiões e Brasil

    Fonte: Pesquisa ABRELPE 2012O cenário - 2012 das condições técnicas de disposição de resíduos no solo apresenta percentuais de 58% dos municípios com sistemas de destinação final adequada e 42% dos municípios apresentando sistemas de destinação final não-adequado.

    Gráfico 9: Destinação Final dos RSU Coletados no Brasil

    Fonte: Pesquisa ABRELPE 2012A quantidade média coletada de resíduo diariamente por habitante do País é de cerca de 0,96 kg e de geração percapita de 1,05 kg. Sendo que a região Sudeste apresenta coleta e geração, ambas percapita, de 1,255 kg/hab/dia e 1,295 kg/hab/dia, respectivamente (Segundo dados da ABRELPE, 2012).O município de Franca apresenta 100% de cobertura de manejo e destinação de resíduos sólidos gerados na zona urbana, ou seja, coleta todos os resíduos sólidos gerados na zona urbana do município. Na zona rural que representa uma fatia pequena da população total (~1,77%), algumas comunidades tem coleta regular e em outras, os resíduos são depositados em containers comunitários.8. DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJOS DE

    RESÍDUOS SÓLIDOSNesta etapa do trabalho está sendo apresentado o diagnóstico dos serviços e os parâmetros mais significativos, a percepção mais significativa sobre a geração, coleta, atualmente sob responsabilidade da Comissão de Limpeza Urbana .8.1. Coleta domiciliar regular (RDO)

    A coleta domiciliar regular é executada por empresa terceirizada contratada pela Prefeitura, a Seleta Meio Ambiente Ltda, efetuada porta a porta, diariamente na área central (exceção dos domingos) e dias alternados nos bairros. A coleta domiciliar regular é executada com caminhão e sua frota conta com 09 caminhões para realização do serviço.O número de funcionários envolvidos nessa atividade é de aproximadamente 111 funcionários, todos tercerizados. O serviço é fiscalizado pela Comissão de Limpeza Urbana, consoante ao que determina o art. 67, da Lei nº 8.666/93.Estima-se um total de 73.790 t/ano de resíduos sólidos domiciliares (RDO) coletados. Todo o resíduo domiciliar coletado é encaminhado para o aterro sanitário do Município.No Anexo I – “Peças Gráficas” está sendo apresentado o mapa de rota da coleta regular na área central e dos bairros.8.2. Coleta domiciliar seletivaA coleta domiciliar seletiva, executada por empresa terceirizada contratada pela Prefeitura, a Seleta Meio Ambiente Ltda, é efetuada porta a porta, diariamente na área central (exceção dos domingos) e semanalmente nos bairros. No serviço de coleta domiciliar seletiva são utilizados 05 caminhões baú com 04 ajudantes cada.O número de funcionários envolvidos nessa atividade é de aproximadamente 25. O serviço é fiscalizado pela Comissão de Limpeza Urbana, consoante ao que determina o art. 67, da Lei nº 8.666/93.Estima-se um total de 2.653 t/ano de resíduos sólidos domiciliares seletivos coletados. Todo o resíduo seletivo domiciliar coletado é encaminhado para o Centro de Triagem do Município.

    No Anexo I – “Peças Gráficas” está sendo apresentado o mapa de rota da coleta seletiva na área central e dos bairros.8.3. Varrição de vias e logradouros

    A varrição, executada por empresa terceirizada contratada pela Prefeitura, a Seleta Meio Ambiente Ltda, é efetuada diariamente por meio de varrição manual apenas ao longo da sarjeta, cabendo ao ocupante do imóvel, a limpeza do passeio situado à frente do lote. O resíduo da varrição é acondicionado em sacos, coletado e encaminhados ao aterro sanitário.O número de funcionários envolvidos nessa atividade é de aproximadamente 115. O serviço é fiscalizado pela Comissão de Limpeza Urbana, consoante ao que determina o art. 67, da Lei nº 8.666/93.Estima-se um total de 125.982 km/ano de variação de vias e logradouros. Todo o resíduo coletado na varrição é encaminhado para o aterro sanitário do Município.No Anexo I – “Peças Gráficas” está sendo apresentado o mapa das rotas de varrição no município de Franca por regiões.8.4. Limpeza de feiras livres e eventosA limpeza de feiras livres e eventos é realizada por empresa terceirizada, a Seleta Meio Ambiente Ltda, e ocorre por meio de varrição manual e lavagem com caminhão pipa. A frequência desse serviço é realizada de terça-feira a domingo e estima-se uma quantidade de 1.200 kg/dia de resíduos gerados e coletados, que são encaminhados para o aterro sanitário do município.O número de funcionários envolvidos nessa atividade é de aproximadamente 09. O serviço é fiscalizado pela Comissão de Limpeza Urbana, consoante ao que determina o art. 67, da Lei nº 8.666/93.8.5. CapinaO serviço de capina no município é executado pela empresa terceirizada, a Seleta Meio Ambiente Ltda, e ocorre conforme a necessidade do serviço. O resíduo de capina é recolhido com caminhão carroceria e destinado a área de deposição na Fazenda Municipal.O serviço é fiscalizado pela Comissão de Limpeza Urbana, consoante ao que determina o art. 67, da Lei nº 8.666/93.8.6. Roçada e poda de árvoresO serviço de roçada é realizado com equipe própria dividindo-se a cidade por região para execução dos serviços de forma sistêmica. Com relação à poda de árvores são realizados mediante a solicitação dos munícipes e executados pela empresa terceirizada contratada pela Prefeitura - Seleta Meio Ambiente Ltda. Este serviço também é de responsabilidade da SESMAM. Todos os resíduos são recolhidos com caminhão carroceria e destinados para deposição na Fazenda Municipal.8.7. Limpeza de praçasA limpeza de praças, executada por empresa terceirizada contratada pela Prefeitura, a Seleta Meio Ambiente Ltda é efetuada de segunda-feira a sexta-feira. O resíduo da limpeza de praças é encaminhado para deposição na Fazenda Municipal.O número de funcionários envolvidos nessa atividade é de aproximadamente 21.O serviço é fiscalizado pela Comissão de Limpeza Urbana, consoante ao que determina o art. 67, da Lei nº 8.666/93.8.8. Limpeza e desobstrução do sistema de drenagemA limpeza e desobstrução do sistema de drenagem, executada por empresa terceirizada contratada pela Prefeitura - Seleta Meio Ambiente Ltda, é efetuada de acordo com a necessidade.O número de funcionários envolvidos nessa atividade é de aproximadamente 33. O serviço é fiscalizado pela Comissão de Limpeza Urbana, consoante ao que determina o art. 67, da Lei nº 8.666/93.Todos os resíduos de limpeza e desobstrução do sistema de drenagem são encaminhados para o Aterro Sanitário de Franca.8.9. Resíduos de serviços de saúdeA coleta de resíduos de saúde municipais, executada por empresa terceirizada contratada pela Prefeitura, a Ambitec S/A, é efetuada em estabelecimentos cadastrados e realizados de segunda-feira a sábado. Com relação aos resíduos gerados pelo serviço de saúde particulares, esses são gerenciados por uma associação.Relação dos 22 pontos de coleta dos resíduos de saúde no município de Franca:

    O número de funcionários envolvidos nessa atividade é de aproximadamente 03. O serviço é fiscalizado pela Comissão de Limpeza Urbana, consoante ao que determina o art. 67, da Lei nº 8.666/93.Estima-se um total de 7,4 t/ano de resíduos de serviços de saúde coletados.Todo o resíduo de serviços de saúde coletado é encaminhado para o Município de Guará, onde ocorre o tratamento adequado por se tratar de resíduo infectante.

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    8.10. Resíduos de serviços da Construção CivilA coleta de resíduos de serviços de construção civil é realizada por empresas particulares, ou seja, a Prefeitura Municipal não faz a coleta, sendo que a fiscalização do serviço é feito pelo Divisão de Fiscalização de Obras e Posturas da Prefeitura que está ligado à Secretaria de Planejamento Urbano. Estima-se um total de 450 t/dia de resíduos de serviços de construção civil coletados. Todo o resíduo de serviços de construção civil coletado é encaminhado para os dois aterros particulares existentes, Codrate Locação de Maquinas e Caçambas Ltda. EPP e André Luiz Zaninelo.Hoje é o grande problema do município, no que diz respeito aos pequenos geradores, que com a falta de opção de descarte, acabam depositando, irregularmente, nos terrenos baldios. Segundo, informações da SESMAM, foi elaborado um projeto de recebimento de pequenos volumes (Projeto Ecopontos), visando solucionar essa questão.E ainda, a EMDEF possui projeto para implantar uma usina de RCC para resolver o problema dos pequenos geradores.8.11. Resíduos IndustriaisEste tipo de resíduo, por sua peculiaridade, demanda um acompanhamento específico. E esta situação particular é ampliada em Franca, tendo em vista as características do Município – grande número de empresas de pequeno e médio porte, especialmente as calçadistas e de seus suprimentos.Em 1820 Franca já possuía 14 sapateiros, começava a nascer um dos mais respeitados parques calçadistas brasileiros. Mas foi apenas em meados de 1950, a partir da pecuária e da cafeicultura, que começou o aparecimento, direta e indiretamente, das primeiras fábricas de calçado em Franca.Já em 1960 a cidade teve uma crescente e próspera industrialização, dirigida para a fabricação do calçado de couro, ainda hoje, a identidade da cidade. Na década de 1970, viveu-se o maior momento de euforia, quando o polo passou a participar do mercado externo.Houve modernização das máquinas, mudanças no processo de produção, maior racionalização do trabalho, ganhos de produtividade e consideráveis melhorias na qualidade de nossos produtos. Assim, a fabricação de calçados passou a ser a principal fonte econômica do município, com 360 indústrias e 8.500 mil trabalhadores.Em 2010, foi amplamente divulgada pela mídia nacional, que Franca era a primeira em criação de vagas de emprego, ficando abaixo apenas das capitais com população bastante superior, em 2011, o feito se repetiu, Franca permaneceu no topo do pódio da geração de empregos, ocupando a 9º colocação nacional, e a terceira no estado de São Paulo, ficando atrás, apenas de Campinas, hoje com mais de um milhão de habitantes e da Cidade de São Paulo. O polo emprega hoje mais de 28 mil funcionários diretos.E a importância de Franca não se resume apenas à criação de empregos, através de um estudo realizado pelo SEBRAE com 37 municípios que se dedicam à “fabricação de calçados de couro”, Franca se classificou como a cidade que apresenta o maior grau de especialização regional, com um quociente de localização – QL, que é o instrumento que permite comparar a média de especialização econômica dos municípios em determinada atividade e identificar quais apresentam especialização econômica muito superior à média brasileira, e o resultado de Franca foi de 36,7 vezes superior à média brasileira, garantido à cidade a posição de principal cluster brasileiro da atividade em questão.O pólo é hoje uma cadeia de 1.015 empresas, sendo que 283 são fornecedoras, 265 são prestadoras de serviços e 467 são produtoras de calçados. Incluindo todos os segmentoscitados, o polo emprega mais de 32 mil funcionários diretos e indiretos.• 79% das vendas das empresas fornecedoras de insumos/matérias-primas locais são destinadas às indústrias instaladas no próprio pólo de Franca e Região;• 95% das empresas prestadoras de serviços ofertam seus serviços exclusivamente às empresas calçadistas do pólo;• 58% dos insumos e matérias-primas consumidos pelas indústrias de calçados da região são produzidos dentro da própria região.O Sindifranca, como um dos responsáveis pela gestão dos resíduos das indústrias de calçados do Município, ofereceu ao Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Franca valiosa contribuição por meio de apresentação do trabalho científico Proposta de um modelo de gestão de resíduos industriais para o setor calçadista de Franca com vistas à Política Nacional de Resíduos Sólidos de autoria do Prof. Dr. Francisco de Assis Breda para o Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (ANEXO IV).Com relação ao meio ambiente existe uma preocupação, por isso, o Aterro Municipal “Professor Ivan Vieira” foi licenciado para receber os descartes dos resíduos das indústrias calçadistas, que hoje é citado pela CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, como parâmetro para outras regiões. No inicio de 2011, o Sindifranca deu entrada no processo de Indicação de Procedência do Calçados de Franca, junto ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial.Para8.12. Coleta de resíduos especiais (lâmpadas usadas, pneus inservíveis, pilhas, baterias, eletroeletrônicos e óleo de cozinha)São coletados no município de Franca os seguintes resíduos especiais:1. Óleo de Cozinha: este resíduo é coletado nas escolas muncipais e Franca e encaminhados à cooperativa de catadores que posrteriormente os vende para empresas licencidas para reciclagem.2. Pneus: estes resíduos são recebidos e armazenados no eco ponto localizado no aterro sanitário do Município de Franca e recolhidos pela Reciclanip (Entidade sem fins lucrativos criada pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone, Continental, Goodyear, Michelin e Pirelli).

    Figura 7: Eco ponto – Armazenamento de pneus

    Portanto, para os demais resíduos especiais, como por exemplo, lâmpadas, pilhas e baterias, não existem tratativas especiais de descarte para os mesmos.Já com relação aos equipamentos eletroeletrônicos notou-se que esses resíduos são separados na unidade de triagem, conforme se observa na foto a seguir.

    Figura 8: Unidade de Triagem – Descarte de Eletroeletrônicos8.13. Coleta de resíduos órfãos - descartados irregularmenteA coleta de resíduos órfãos, ou seja, resíduos descartados irregularmente, é executada pela SESMAM, utilizando pá carregadeira e dois caminhões e são realizados diariamente (exceto aos domingos) dentro da programação de serviços da Secretaria.O número de funcionários envolvidos nessa atividade é de aproximadamente 03 funcionários, todos da SESMAM.A SESMAM não possui levantamento estatístico ou controle dos principais pontos e/ou bairros de ocorrência destes depósitos irregulares. Estima-se um total de 50 t/dia de resíduos órfãos coletados. Todo o resíduo coletado é encaminhado para o Aterro Sanitário do Município de Franca.8.14. Limpeza de terrenos baldiosO município faz a limpeza dos terrenos quando o proprietário não o faz e cobra do proprietário. Quem efetua este atividade é a Secretaria de Serviços e cabe à Secretaria de Saúde a fiscalização da limpeza de terrenos, no sentido de combater vetores de doenças.8.15. Lodo de SaneamentoO lodo de saneamento (ETE e ETA) é encaminhado para o aterro o que vem ocasionando problemas devido ao seu elevado teor de umidade (80%).8.16. Resíduos CemiteriaisOs resíduos inertes (construção) são descartados nas caçambas disponíveis no interior do cemitério e encaminhadas para os aterros particulares de resíduos inertes.As exumações, ou seja, os restos mortais, permanecem dentro das gavetas ou sepulturas dos cemitérios.Endereços dos cemitérios do Município:• Cemitério da Saudade: Rua Simão Caleiro, 1450 – Centro / Telefone: (16) 3723- 9103 e,• Cemitério Santo Agostinho: Avenida Presidente Vargas, 2445 – Jardim Petraglia / Telefone: (16)3727-3830.8.17. Animais MortosA coleta e destino de animais mortos são efetuados em conjunto com os resíduos de Saúde.8.18. DOS GRANDES GERADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS8.18.1. CaracterizaçãoSão considerados grandes geradores, para efeitos desta lei: I - os proprietários, possuidores ou titulares de estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços, comerciais e industriais, entre outros, geradores de resíduos sólidos caracterizados como resíduos da Classe 2, pela NBR 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em volume superior a 200 (duzentos) litros diários; II - os proprietários, possuidores ou titulares de estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços, comerciais e industriais, entre outros, geradores de resíduos de construção civil, com massa superior a 50 (cinquenta) quilogramas diários;III – os condomínios de edifícios não residenciais, cuja soma dos resíduos sólidos, caracterizados como resíduos Classe 2, pela NBR 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, gerados pelas unidades autônomas que os compõem, seja em volume médio diário igual ou superior a 1.000 (mil) litros.8.18.2. ResponsabilidadesOs grandes geradores arcarão com os custos e ônus decorrentes da coleta, transporte, destinação, tratamento e/ou disposição final ambientalmente adequada de seus resíduos.Ademais, com vistas à efetividade do controle de resíduos, os grandes geradores deverão manter em seu poder registros e comprovantes de cada coleta feita, da quantidade coletada e da destinação dada aos resíduos, devendo apresentar referidos documentos à Fiscalização, quando solicitados.8.18.3. Responsabilidade socioambientalA disposição final ambientalmente adequada impede, por consequência lógica e elementar, a destinação dos resíduos por parte dos grandes geradores nos locais próprios da coleta de resíduos domiciliares ou de serviços de saúde, bem como em qualquer área pública, incluindo

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    passeios e sistema viário.8.18.4. Regramento O Município de Franca, na forma em que dispuser a regulamentação específica sobre a matéria, disponibilizará modelagem para o cadastro dos grandes geradores de resíduos, os quais deverão seguir a sistemática delineada.1.19. Manejo, Tratamento e Destinação Final1.19.1. Unidade de Triagem – UTO serviço de triagem é realizado pela Cooperativa de Catadores, onde a Prefeitura Municipal de Franca cede a infraestrutura e arca com as despesas de água/esgoto e energia elétrica do local.Figura 9: Visão Geral Unidade de Triagem

    O Planejamento da atividade é de responsabilidade dos membros da Cooperativa de Catadores, sendo os resíduos recicláveis destinados à venda.Figura 10: Fardos para comercialização

    Figura 11: Enfeites de Natal com PET

    No gráfico a seguir são apresentados os resíduos que chegam à unidade de triagem e suas quantidades.

    Gráfico 10: Proporção dos Resíduos que chegam à Unidade de TriagemFonte: SESMAM

    A Cooperativa hoje conta com aproximadamente 40 cooperativados, na sua maioria mulheres, que hoje fazem a separação e triagem em um espaço que necessita de melhorias para que o trabalho se desenvolva de maneira satisfatória.

    Figura 12: Esteira para separação dos materiais

    Figura 13: Esteira em condições insatisfatórias

    Figura 14: Prensa

    Figura 15: Rejeitos

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    Figura 16: Trator para recolher os rejeitos

    1.19.2. Aterro SanitárioDenominado Aterro de Resíduos Sólidos Domiciliares e Indústrias de Franca – Ambientalista Professor Ivan Vieira, a unidade possui licença de operação parcial nº 27003791 emitida pela CETESB que autoriza a atividade de destinação de resíduos sólidos urbanos e de resíduos industriais classificados como classe II (pela norma NBR 10.004/2004) em aterro sanitário a receber 200t/dia de resíduos domiciliares e 100t/dia de resíduos industriais de classe II. A licença de operação atual é válida até 06/07/2017.O aterro sanitário de Franca é operado e administrado pela empresa municipal EMDEF – Empresa Municipal de Desenvolvimento de Franca.

    Figura 17: Placa da Entrada do Aterro Sanitário e Sede Administrativa da EMDEFO serviço ocorre da seguinte forma: os caminhões de coleta de resíduo industrial e doméstico devidamente cadastrados que chegam no Aterro Sanitário são conduzidos à balança para controle de pesagem. Após a pesagem, seguem até a área de descarte orientada pelo funcionário responsável pelo controle e fiscalização do descarte onde o resíduo é despejado em local previamente preparado com impermeabilização do terreno, sendo composta por camada compactada com estabilizante químico sólido, geomembrana PEAD 2 mm e camada de solo para proteção mecânica. O aterro possui sistema de drenagem de gáses e chorume, sendo o último armazedo em lagoas apropriadas e transportado para a estação de tratamento de esgoto (ETE).Figura 18: Balança – Controle de Pesagem

    Figura 19: Vista Geral do Aterro Sanitário

    Figura 20: Descarte dos rejeitos

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    Figura 21: Área de acumulação de líquidos percolados – Lagoa de acumulação de chorumeVale ressaltar, que o serviço é controlado na entrada do aterro sanitário, onde todos os caminhões que entram são pesados e o local de descarte, assim como a orientação aos motoristas, é fiscalizado por funcionário destinado para este serviço.O Aterro Sanitário tem toda a sua área cercada e não é permitido a entrada de pessoas sem autorização e que a finalidade não seja o descarte de resíduo com caminhões devidamente cadastrados. É proibida a entrada de catadores de resíduo e não é permitido aos funcionários recolher resíduo dentro da área do Aterro Sanitário.No local do atual aterro existe um posto de recebimento de bombonas de produtos químicos utilizados na agricultura.Além do resíduo doméstico e do lodo de tratamento de esgoto, o Aterro Sanitário recebe o

    resíduo industrial proveniente das indústrias de calçado e lodo do tratamento das indústrias curtumeiras.O resíduo doméstico de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Franca é coletado por empresa contratada, a Seleta Meio Ambiente Ltda, especificamente para este fim, e os caminhões de coleta são cadastrados previamente para terem autorização de descarte no Aterro Sanitário.Quanto ao resíduo industrial, de responsabilidade do gerador, é solicitado o cadastro da empresa transportadora e a apresentação do respectivo CADRI.A média atual de resíduos sólidos domés