saúde e lesões na prática de taekwondo

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  • 8/18/2019 Saúde e Lesões na Prática de Taekwondo

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     ADTC – Associação Distrital de Taekwondo de Coimbra

     ACM – Associação Cristã da Mocidade

    Saúde e Lesões na Prática de Taekwondo

    João Fernandes Gomes da Silva

    Fevereiro de 2016 

    Tese graduação para a obtenção do 1º Dan

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    Indice

    1.  Introdução ....................................................................................... 3 

    2.  Saúde ............................................................................................. 5 

    2.1.  Doenças associadas à obesidade e sedentarismo .................. 5 

    2.2.  Doenças cardiovasculares ....................................................... 6 

    2.3.  Saúde Mental ........................................................................... 8 

    3.  Lesões ............................................................................................ 9 

    3.1. 

    Prevenção de lesões .............................................................. 11 

    4.  Conclusão ..................................................................................... 13 

    Bibliografia ............................................................................................. 15 

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    1.Introdução 

    Neste trabalho propormo-nos a fazer uma reflexão sobre a dualidade

    entre benefícios e malefícios (lesões) associados à prática de desporto, e do

    Taekwondo em especial, e o impacto que pode ter no percurso do atleta. Ainda

    vamos abordar uma reflexão desta dualidade no que concerne ao desporto

    amador e profissional.

    Estruturamos este trabalho com uma abordagem ao conceito de saúde e

    a sua correlação com a prática do desporto. Aqui remetemos para a

    especificidade do Taekwondo.

    “A prática regular de exercício físico (e nutrição adequada) ajuda a reduzir

    a gordura corporal e a proteger contra doenças crónicas associadas à

    obesidade” (Schmdt 2012).

    Frases como esta remetem-nos para o tratamento do corpo no combate

    à obesidade e às doenças a ela associadas, mas o exercício físico estruturado

    tem uma abrangência na saúde e bem-estar que ultrapassa em muito o combate

    à obesidade.

    Na vertente de combate, o Taekwondo é visto puramente como um

    desporto, portanto terá benefícios semelhantes a um exercício

    predominantemente aeróbio. No entanto, Taekwondo tem influência no carácter

    do praticante pois engloba aspetos filosóficos e uma doutrina que pode ser

    refletida pelos 5 princípios do Taekwondo: cortesia, integridade, perseverança,

    autocontrolo e espírito indomável.

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    O combate de Taekwondo é um desporto de contacto físico e, como tal, o

    atleta fica exposto a agressões que estão sujeitas a muitas variantes como idade,

    sexo e experiência, mas que podem culminar em lesões crónicas.

     Após refletir, pretendemos aperfeiçoar o conhecimento acerca dos

    benefícios dos treinos de Taekwondo ou dos combates em contraste com os

    aspetos negativos associados a lesões.

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    2.Saúde 

     A “Organização Mundial de Saúde” (OMS) define a saúde como “um

    estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência

    de doença e enfermidades” (http://www.who.int , 9/2/2016).

    O Taekwondo é uma arte marcial que ensina muito mais do que

    habilidades de combate físico, é uma modalidade completa com várias vertentes

    que permitem desenvolver aspetos físicos e mentais. (http://www.atlisboa.pt,

    9/2/2016).  Desta forma a prática de Taekwondo promove o bem-estar doindivíduo como um todo. 

    Segundo Schmidt (2012) são muitas as alterações que podemos sentir

    quando iniciamos a prática regular de uma atividade física e que passam pelo

    aumento da resistência cardiovascular e redução da gordura corporal. Estes

    fatores contribuem para a diminuição do risco de doenças crónicas associadas

    à obesidade e ao sedentarismo como por exemplo doenças cardíacas, Diabetes

    Mellitus tipo 2, osteoporose e alguns tipos de cancro.

    2.1.  Doenças associadas à obesidade esedentarismo 

    Com a prática de exercício regular são obvias alterações metabólicas

    como o aumento do colesterol HDL (efeito protetor) e diminuição do colesterol

    LDL. A junção destes fatores irá diminuir a probabilidade de acumulação de

    placas de gordura em artérias (aterosclerose), fenómeno responsável pelo

    aumento da probabilidade de enfarte agudo do miocárdio (Schmidt 2012).

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    De acordo com Parr B. (2012), outra doença que pode ser prevenida com

    exercício físico é a diabetes Mellitus tipo2. Esta é uma desordem metabólica

    caracterizada por glicémia (níveis de glicose no sangue) alta causada por uma

    falta de produção de insulina (tipo 1) ou dificuldade de ação (tipo 2-tolerância à

    insulina). Se não tratada, os níveis altos de glicose podem causar danos em

    vasos e nervos resultando em problemas de visão, perda de sensibilidade nos

    membros, insuficiência renal e dificuldades de cicatrização. Desta forma a

    diabetes é das principais causas de cegueira, amputações, diálise renal e

    transplantes.

    Exercício físico é importante para o controlo de níveis de glicose

    porque promove a captação de glicose para as células musculares e melhora a

    tolerância à glicose e a sensibilidade à insulina.

    Em associação com dieta e medicação, exercício físico melhora o

    controlo da glicémia, prevenindo o aparecimento da doença ou diminuindo a sua

    progressão, contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida.

    2.2.  Doenças cardiovasculares 

    Segundo John E. Hall 2016 durante o exercício físico o sistema

    cardiovascular sofre várias modificações e tem como principal função aumentar

    o aporte de oxigénio e nutrientes aos músculos, desta forma e como se pode

    verificar na tabela 1, o fluxo sanguíneo aumenta drasticamente durante o

    exercício.

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    Tabela 1. aumento do fluxo sanguíneo num indivíduo treinado

    ml/100 g Músculo/min Fluxo sanguíneo em repouso 3.6Fluxo sanguíneo em esforço máximo 90

    Se o exercício for regular, o sistema cardiovascular aumenta a sua funçãotornando este aporte mais eficaz. Como se pode verificar na Tabela 2, a função

    cardíaca aumenta nos indivíduos treinados, aumentando o volume de ejeção e

    diminuindo a frequência cardíaca, tanto em descanso como em esforço máximo.

    Tabela 2 - Comparação da função cardíaca entre um indivíduo não treinado e um maratonista

    Volume de ejeção Frequência cardíaca

    (bat/min)Em descanso Indivíduo não treinado 75 75Maratonista 105 50Máximo Indivíduo não treinado 110 195Maratonista 162 185

     Avaliando a informação anterior podemos concluir que os maratonistas

    conseguem alcançar débitos cardíacos 40% maiores que indivíduos não

    treinados. Estes resultados advêm do facto que tanto os ventrículos, aurículas e

    massa cardíaca sofrem um aumento de 40% ou mais, permitindo concluir que

    não apenas os músculos esqueléticos sofrem hipertrofia, mas o coração

    também. Este estudo permite concluir que os indivíduos treinados, apesar de

    possuírem um débito cardíaco em repouso semelhante a indivíduos não

    treinados, este é conseguido através de uma frequência cardíaca menor. Assima eficácia de cada batimento é 40-50% em indivíduos altamente treinados,

    contribuindo para um melhor controlo da pressão arterial e aumento da

    longevidade e incidência de doenças cardiovasculares e renais.

     A hipertensão é um problema que se agrava com a idade uma vez que o

    processo natural de envelhecimento causa o aumento da rigidez dos vasos, fator

    que favorece o aumento da pressão arterial. O exercício físico tem também um

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    papel relevante no controlo da pressão arterial (Fujie S. et al ) a nível dos vasos

    uma vez que diminuiu a rigidez induzida pela idade.

    2.3.  Saúde Mental Segundo o estudo de Costarelli e Stasmou (2009) a prática de desportos

    de combates como Taekwondo e Judo têm impacto na inteligência emocional e

    níveis de ansiedade do praticante. Este estudo mostrou que atletas de

    Taekwondo e Judo têm níveis de inteligência emocional maiores e uma melhor

    imagem corporal. Este estudo foi feito através da comparação de parâmetros

    como auto-confiança, auto-realização e capacidade de adaptação em atletas e

    não atletas do mesmo sexo, revelando diferenças mais pronunciadas no sexo

    feminino.

    Estes achados são importantes devido ao facto de que no desporto,

    emoções negativas como depressão, ansiedade e raiva tem impacto na

    prestação do atleta. Particularmente em desportos de combate, como o

    Taekwondo, existem variáveis ligadas à melhoria de prestação, como

    concentração, relaxamento, controlo da ansiedade, confiança e motivação.

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    3.Lesões 

    Lesões desportivas acontecem durante a prática de um desporto ou

    atividade física, podendo ter múltiplas razões e condicionantes. Estas podem ser

    acidentes, falta de treino ou equipamento adequado e descuido na prática de

    exercícios de aquecimento alongamento.

    Em particular no Taekwondo como desporto de combate, o risco de lesão

    deve receber especial atenção, pois as demandas físicas do atleta envolvem

    técnicas violentas que o submetem a uma maior probabilidade de lesão.

    É plausível afirmar que um atleta mais treinado tem menor risco de lesão

    e isto é apoio num estudo que mostrou uma relação significante em entre a

    graduação de crianças praticantes de Taekwondo e as lesões que sofreram.

    (Skelton, Berta e Glynn 1991). A graduação do atleta deve refletir as

    competências do atleta, logo a melhoria da correção das técnicas executadas

    em combate deveria diminuir o risco de lesão durante o combate. No entanto, Á

    medida que o nível de aptidão aumenta, as demandas físicas e a força das

    técnicas também, ou seja, um atleta mais treinado, tem maior probabilidade de

    executar técnicas mais complexas e técnicas comuns com maior força e

    velocidade. Desta forma seria de esperar que a incidência de lesões será maior

    em atletas de elite. Um estudo recente em lesões de atletas de karaté

    demonstrou que a incidência aumenta quanto maior for a graduação e anos de

    treino do atleta (Destombe 2006)

    No estudo de Kazemi et al. 2009, vários atletas foram estudados para

    discernir a incidência de lesões de acordo com a sua localização como é

    demonstrado pela Tabela 3 (organizada em partes do corpo lesadas de acordo

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    com número e percentagem) e avaliar o efeito da experiência dos atletas no tipo

    de lesão, como é demonstrado pela Tabela 4 (organizada em tipos de lesão de

    acordo com a graduação dos atletas e respetivas percentagens)

    Tabela 3 - Localização das lesões

    Localização Frequência Percentagem

    Cabeça 169 18.86Pé 144 16.16Coxa 84 9.43Joelho 75 8.42Tornozelo 71 7.97Costas 68 7.63Perna 55 6.17Pescoço 39 4.38Dedos dos pés 39 4.38Mão 26 2.92Tronco 19 2.13Anca 19 2.13Dedos das mãos 17 2.02Pulso 17 1.91Ombro 14 1.57Antebraço 13 1.46Braço 11 1.23

    Cotovelo 11 1.23Total 891 100

    Tabela 4 - Tipo de lesão e graduação

    Tipo de lesão  Kups  Percentagem(%) 

    Dans  Percentagem(%) 

    Concussão 7 4.55 31 8.99Laceração 5 3.25 3 0.87

    Contusão 74 48.05 100 28.99Entorse 27 17.53 71 20.58Luxação 20 12.99 55 15.94Fratura 9 5.84 26 7.54Deslocação 0 0.00 4 1.16Irritação/disfunçãoarticular

    2 1.30 38 11.01

    Sangramento do nariz 2 1.30 6 1.74Outros 8 50.19 11 3.19Total 154 100 345 100

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     A Tabela 5, também retirada deste estudo, demonstra o número de lesões

    (simples ou múltiplas) de acordo com a graduação dos atletas.

    Tabela 5  – Número de lesões e graduação

    Número deLesões 

    Kups  Percentagem(%) 

    Dans  Percentagem(%) 

    Simples 140 90.91 245 71.01Múltiplas 14 9.09 100 28.99

    Total 154 100 345 100 Após análise dos dados é possível notar algumas discrepâncias entre

    atletas de Kup e Dan e fazer algumas especulações. É de notar que ambos os

    grupos de atletas sofreram lesões semelhantes sendo as principais contusões,

    entorses e luxações, no entanto, descobriu-se que os atletas Kup sofreram

    bastantes mais contusões que os Dan. Segundo os autores este acontecimento

    será devido à tentativa de os atletas menos experientes serem mais agressivos,

    resultando em técnicas menos controladas, podendo causar lesões aos

    oponentes e a eles mesmos.

    Outra discrepância a apontar será a maior incidência de

    disfunção/irritação articular e lesões múltiplas em atletas Dan. Estes atletas

    mostraram uma correlação no ressurgimento da lesão no mesmo local,

    provavelmente devido ao enfraquecimento da zona e à prática continuada da

    modalidade. De forma a evitar esta tendência e através da experiência passada,

    os atletas devem minimizar a exposição da área de lesão prévia.

    3.1.  Prevenção de lesões 

    Tendo abordado o tipo e número de lesões podemos prever o impacto

    que estas terão na qualidade de vida e limitação do treino no atleta. Apesar de

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    muitas ocorrerem por acidente e dificilmente poderem ser evitadas, é importante

    tomar as devidas precauções na sua prevenção, em especial nos atletas de elite.

     As principais noções básicas de prevenção de lesões são o aquecimento

    e o arrefecimento. Segundo Nadelen M. (2012), um correto aquecimento deve

    consistir num exercício cardiovascular de baixa intensidade e ter uma duração

    de 5-10 minutos até que o atleta comece a suar. De seguida deve-se proceder à

    execução de movimentos específicos para a modalidade. Enquanto que um

     jogador de futebol deve correr com a bola e rematar, um atleta de Taekwondo

    deve fazer sequências de técnicas e “steps” antes do combate ou treino.   A

    flexibilidade é uma parte essencial do aquecimento, podendo-se optar por

    flexibilidade estática ou dinâmica, com o intuito de preparar os músculos e

    tendões para a amplitude de movimentos.

     Ainda segundo Nadelen M. (2012), da mesma forma que o aquecimento

    faz a transição para um estado ativo, o arrefecimento fá-lo para um estado

    normal. Após gastar 10 minutos de atividade cardiovascular procede-se para

    exercícios de alongamento diminuindo desta forma dores musculares e

    aumentando a velocidade de recuperação.

    Segundo Hoffman J. o treino de resistência muscular é uma boa forma de

    prevenir lesões em atletas recreativos e de competição. Este benefício é ainda

    acompanhado pelo aumento da força e tamanho musculares e pela melhoria da

    prestação. Do ponto de vista fisiológico o treino de resistência muscular tem

    maior efeito em tecidos como osso, músculo e tecido conjuntivo.

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    O osso é um tecido vivo e como tal responde a estímulos do ambiente,

    dessa forma, o treino de resistência terá um efeito osteogénico (aumento de

    densidade óssea) resultando em menor risco de fratura.

    O aumento da massa muscular associado ao treino de resistência irá

    contrariar os problemas associados à falta da mesma (sarcopenia), como a

    perda de habilidade funcional e aumento do risco de quedas e fraturas. Outro

    papel importante é na prevenção de lesões associadas ao desequilíbrio entre

    músculos agonistas e antagonistas (efetuam movimentos contrários). O treino

    de resistência tem ainda um papel relevante na diminuição de dores de costas

    devido ao reforço dos músculos lombares.

    O tecido conjuntivo é composto essencialmente por água, células e fibras

    de colagénio e serve de suporte à aos tecidos do corpo. Apesar de existirem

    poucos estudos acerca dos efeitos do treino de resistência, estes têm indicado

    que resulta num aumento da força e tamanho dos tendões, que é acompanhado

    pelo aumento da massa muscular.

    4.Conclusão 

     Após a realização deste trabalho podemos compreender melhor os efeitos

    que a prática de Taekwondo tem no atleta. Por um lado, temos inúmeros

    benefícios como a prevenção de doenças cardiovasculares, associadas à

    obesidade e sedentarismo e melhoria da saúde mental. Por outro lado, vemos

    que esta é uma modalidade com alguma incidência de lesões. Estas podem ser

    simples ou múltiplas e consoante a sua gravidade, podem comprometer a

    carreira dos atletas ou mesmo a sua qualidade de vida a longo prazo.

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    O meu parecer como praticante e após ter explorado conhecimentos

    nesta área, que o Taekwondo é uma modalidade com algumas singularidades

    que podem ser bastante benéficas como é o caso da atenção dada à

    flexibilidade, o treino aeróbio e os seus cinco princípios que devem ser aplicados

    no quotidiano e que vão muito além de qualquer desporto. Apesar do cinturão

    negro refletir experiência, o combate é exigente tanto a nível físico como

    psicológico e necessita de treino e estudo direcionado de forma a prevenir

    lesões.

    Dado a sua incidência e risco de lesão penso que qualquer atleta que faça

    competição deve fazer treinos específicos e ter especial atenção aos métodos

    de prevenção de lesões para assegurar um estado de saúde equilibrado. Desta

    forma é possível controlar o percurso como praticante ou atleta de competição

    sem que este seja comprometido.

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    Bibliografia 

    Kazemi, M., Chudolinski, A., Turgeon, M., Simon, A., Ho, E., & Coombe,

    L. (2009). Nine year longitudinal retrospective study of Taekwondo injuries. The

    Journal of the Canadian Chiropractic Association, 53(4), 272 –281.

    Schmidt S. (2012). Obesity and Exercise. American College of Sports

    Medicine

    Nadelen M. (2012). Basic Injury Prevention Concepts. American College

    of Sports Medicine.

    Parr B. (2012). Living With Diabetes. American College of Sports

    Medicine.

    “Sports Injuries” (2014). National Institute of Arthritis and Musculoskeletal

    and Skin Deaseses.

    kelton DL, Glynn MA, Berta SM. Aggressive behaviour as a function of Tae

    Kwon Do ranking.Perceptual & Motor Skills. 1991;

    Destombe C. Revue Du Rhumatisme: Incidence and nature of karate

    injuries. Joint Bone Spine.2006

    Hoffman J. Resistance Training and Injury prevention. American Collegeof Sports Medicine.

    Fujie S., Hasegawa N., Sato K., Fujita S., Sanada K., Hamaoka T., Lemitsu

    M., “ Aerobic exercise training-induced changes in serum adropin level are

    associated with reduced arterial stiffness in middle-aged and older adults”,

     American Journal of Physiology. 2015