saude bucal da gestante e bebe

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LOURENÇO ODONTOLOGIA Dra. Bárbara Galletti Lourenço CRO 105037

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LOURENÇO ODONTOLOGIADra. Bárbara Galletti Lourenço

CRO 105037

Saúde bucal da gestante e do bebê

Alterações decorrentes da gravidez:

Durante o período gestacional muitas alterações metabólicas vão ocorrer. Mudanças hormonais como um aumento da concentração dos hormônios progesterona e cortisol podem trazer conseqüências para a saúde bucal.

As alterações hormonais não levam à inflamação, mas agravam problemas preexistentes, caso a mulher seja portadora de algum processo inflamatório (inflamação gengival por exemplo) ele se intensificará durante a gestação.

A alteração de rotina (cuidados com pré-natal, diminuição da carga de trabalho, preparo do quarto do bebê, etc) podem provocar um descuido da gestante quanto aos cuidados com a boca, a dieta pode se modificar, aumentando a ingestão de alimentos entre as refeições, muitas vezes para diminuir a ansiedade ou mesmo amenizar náuseas.

È comum preferir alimentos ácidos, o que acaba por desequilibrar o pH da saliva. Nos primeiros meses, por conta dos enjôos e vômitos, e na fase final da gravidez, com o cansaço e a dificuldade de se movimentar, pode haver uma falta de atenção à higiene e à dieta, o que pode acarretar no aparecimento da cárie ou da inflamação gengival.

Durante a gestação o acompanhamento odontológico deve ser realizado. Após o nascimento do bebê, a boa condição bucal da mãe já deve ter sido alcançada, evitando a transmissibilidade de bactérias causadoras da cárie e da doença periodontal ao bebê. Hábitos saudáveis de higiene e dieta devem ser desenvolvidos pela gestante para que ela possa transmiti-los ao bebê.

A Alimentação:

Para a gestante, é de extrema importância que a alimentação supra as necessidades do seu próprio corpo e as do bebê em formação. A dieta deve ser balanceada e rica em vitaminas, proteínas, minerais, além de equilibrada em carboidratos e gorduras.

Escolha alimentos frescos e naturais: leite e seus derivados, carnes, aves, peixes, ovos, verduras, legumes, frutas e cereais.

Evite os alimentos industrializados eles contém aditivos químicos como conservantes, corantes, aromatizantes, emulsificantes que podem trazer conseqüências para a saúde da mãe e do bebê. Evite a formação da placa bacteriana não ingerindo balas, chicletes, refrigerantes, café,chá, bolachas, chocolates, bolos, sorvetes.

Uma dieta equilibrada proporcionará à gestante uma gestação saudável, minimizando a ocorrência de problemas de saúde, como febre e infecções, que podem afetar a saúde do bebê e a formação de seus dentes.

O cálcio dos dentes da mãe não passa para os futuros dentes do bebê, o cálcio provém da alimentação materna, não haverá perda de conteúdo mineral da gestante, durante a gravidez.

A presença de sangramento é sinal de inflamação. Intensifique a higienização e procure o dentista.

A suplementação de flúor não é recomendada em cidades com água de abastecimento já fluoretada (como na grande São Paulo).

A gestante pode e deve receber tratamento odontológico durante a gestação, preferencialmente durante o segundo trimestre.

Anestésicos e medicamentos podem ser utilizados, segundo a prescrição do dentista ou do médico.

Bochechos com soluções anti-sépticas estão indicados para se evitar a transmissão de bactérias da mãe para o bebê.

As radiografias devem ser evitadas durante a gestação.

As bactérias responsáveis pelo aparecimento da cárie e

da inflação gengival são transmissíveis, não

beije seu bebê na boca, não assopre

a comida que será

destinada ao bebê.

Amamentação:O leite materno é um

composto natural que possui todas as substâncias que faltam ao recém-nascido, protegendo-o de agressões diversas, como as provocadas por doenças causadas por vírus e bactérias. Além disso, possui os nutrientes necessários ao seu crescimento até o sexto mês de vida.

Contém anticorpos que o protegem contra doenças infantis, neuropsicomotoras, alérgicas ou infecciosas, possui elementos antiinfecciosos. Crianças amamentadas no peito resistem melhor às infecções, desenvolvem uma dentição mais saudável e são mais seguras emocionalmente.

O vínculo afetivo entre mãe e filho, estabelecido no ato de amamentar é insubstituível . Permite a aproximação dos corpos, jogos de olhares e prazer, havendo uma troca de amor e doação, é muito mais do que a nutrição de seu filho.

A amamentação estimula a musculatura e o desenvolvimento da articulação temporo-mandibular (ATM), favorece o crescimento dos ossos da face, desenvolve a respiração nasal, promove o crescimento da mandíbula, facilitando o nascimento dos dentes de leite. A mãe pode assim evitar futuros problemas de respiração, mastigação, deglutição, fonação e ortodônticos para seu filho.

Aleitamento Artificial - MamadeirasA principal alegação para a interrupção do

aleitamento materno é a ausência de leite, os especialistas dizem que tal problema ocorre apenas em 1% dos casos. Causa mais freqüente para tal interrupção são as questões emocionais relacionadas com a gestação, parto e cuidados com o recém nascido. Muitas mães estressam, ficam ansiosas e entram em depressão o que cria um ambiente desfavorável para a amamentação. Quando dificuldades surgirem a mãe deve procurar ajuda com o ginecologista, pediatra e psicólogo.

Quando o uso da mamadeira é inevitável é importante cultivar uma relação de intimidade com a criança, dando a ela atenção e carinho. O ritual para o uso da mamadeira deve ser o mais parecido possível com o da amamentação natural.

O Uso da Mamadeira: A mamadeira deve ser

utilizada como se fosse o próprio peito. O bebê deve mamar de um lado do colo, até a metade e então do outro lado, isso evitará a ocorrência de assimetrias nos músculos da face.

A posição do bebê deve ser semelhante à do aleitamento materno.

A cabeça do bebê deverá ficar mais alta que o seu corpo, isso previne a ocorrência de otites, do mau posicionamento da língua ao deglutir e da ingestão de grandes quantidades de leite, evitando o sufocamento.

O aleitamento deve ser feito com o bebê acordado, para que se tenha certeza de que o leite está sendo deglutido.

A eliminação da mamadeira durante a madrugada deve ser feita antes do nascimento dos dentes. A mamadeira noturna pode provocar o aparecimento de cárie precoce de evolução rápida.

Não use açúcar ou mel na alimentação do bebê. Água, leite, sucos e chás não devem ser adoçados. A criança não conhece o sabor do açúcar, portanto não sentirá sua falta, apreciando assim o sabor natural dos alimentos.

O bico deve ser anatômico, funcional, ortodôntico, com pequeno furo. Com a mamadeira na posição vertical o leite não deve jorrar e sim pingar lentamente. Esse pingamento deve ser de 40 a 50 gotas por minuto. Quando o furo é maior diminui o esforço muscular e altera a deglutição, a sucção e a respiração. O orifício do bico deve estar voltado para

a parte superior da boca.

Desmame:

Deve ser iniciado quando do nascimento dos dentes de leite (do 6º ao 9º mês de idade). A erupção dos dentes é o indicativo de que o bebê está preparado para se iniciar numa dieta sólida. O desenvolvimento fisiológico e psíquico da criança poderá ser prejudicado com uma amamentação prolongada. O processo de aprendizado da utilização da alimentação sólida é de extrema importância para o desenvolvimento correto dos maxilares.

Para administrar alimentos líquidos, a mamadeira pode ser substituída inicialmente por copos com bicos, que podem ter desenhos criativos preferencialmente de algum tema que seja de interesse da criança

Mais que retirar o leite materno da dieta, desmamar quer dizer desatar o primeiro laço emocional entre mãe e filho, quebrar uma relação especial de dependência. Os momentos de carinho e ternura, o toque da pele com o bebê

são vividos deliciosamente pela mães. O desmame faz, muitas vezes, com que elas se sintam inseguras, gerando uma saudade antecipada desses instantes de intimidade tão difíceis de romper.

O desmame deve ser feito de modo lento e progressivo, com muito amor e firmeza, uma interrupção brusca pode levar à substituição do peito pela sucção do dedo, o que, poderá trazer malefícios para a dentição.

Alimentação de transição

De 6 a 12 meses: suco de papa ou papa de frutas, nos intervalos do leite nos horários das refeições principais;

Aos 6 meses e meio: primeira refeição (ALMOÇO) – papa de cereais e tubérculos, sempre amassados. Alterna-se com leite, frutas e sucos nos intervalos;

Aos 7 meses: segunda refeição (JANTAR) – mesma papinha, com acréscimo de proteínas, aumentando a quantidade aos poucos;

Aos 8 – 9 meses: a dieta será a mesma, aumentando a consistência dos alimentos, de amassados para aos pedaços;

Aos 12 meses: a alimentação dada será a mesma da família. Os alimentos não devem ser muito condimentados e os intervalos entre as refeições devem estabelecer uma rotina;

Chupeta

Para a criança a sucção é importante, pois ajuda a satisfazer as necessidades psicológicas e nutricionais. Os bebês não têm apenas satisfação nutricional durante a alimentação, mas também experimentam o estímulo progressivo dos lábios, língua e mucosa bucal e aprendem a associar esses estímulos a outras sensações agradáveis:

o carinho, o aconchego e a voz da mãe.

A sensação de fome e a necessidade de sucção surgem ao mesmo tempo e portanto, o ideal seria que a sucção e a fome fossem saciadas ao mesmo tempo, mas nem sempre isso acontece.

Há bebês que se satisfazem apenas com as mamadas e existem outros que necessitam de mais tempo de sucção. Isso também ocorre quando o bico da mamadeira tem furo aumentado, fazendo com que o esvaziamento da mamadeira ocorra muito rapidamente,

impedindo o bebê de satisfazer a necessidade de sucção, podendo causar choro ou inquietação logo a seguir.

Quando o uso da chupeta se fizer necessário ela deve ser ortodôntica, de silicone e sem argolas, o tamanho deve ser adequado à idade da criança.

A chupeta pode ser importante, desde que a mãe saiba o momento certo de oferecer.

Os pais, em geral, transformam a chupeta em vício, usando-a para calar a criança.

O melhor é tentar descobrir por que o bebê está chorando.

Oferta de chupeta a todo instante ou penduradas na roupa da criança devem ser evitadas.

Na maioria das vezes o choro do bebê quer comunicar fome, calor, frio, desconforto, falta de companhia e de aconchego.

O uso da chupeta pode se transformar em um vício extremamente prejudicial à mastigação, respiração, fala e posição dos dentes.

O hábito de sucção de chupeta é muito prejudicial quando permanece além do segundo ano de vida.

A remoção do hábito da

chupeta deve ser realizada

até os dois anos de idade.

A criança deve ser motivada

até que se sinta segura o

suficiente para a mudança.

A remoção da chupeta deve

ser realizada de maneira

sensível, suave e gradual.

Atitudes agressivas poderão

tornar a criança mais insegura, pondo em dúvida o amor

dos pais e trazendo-lhes outros problemas de natureza psicológica.

No início negocie o tempo e a freqüência de uso, retire-a após adormecer.

Higienização

Escova de cerdas macias e cabeça pequena e fio dental.

Ao mínimo 3 vezes ao dia a partir do aparecimento dos primeiros dentes.

Pasta floretada com ao menos 1000 ppm de flúor por mg de pasta.

Para crianças com menos de 3 anos, a escovação deve ser sempre supervisionada. Caso a criança goste de brincar com a escova deve ser oferecida uma pasta sem flúor para esse fim.

Para crianças que ainda não apresentam dentes, a higienização pode ser realizada com uma gaze ou fralda umedecida para remover os resíduos de leite na cavidade oral. Existem, ainda, dispositivos no mercado chamados dedeiras, que também podem ser usados para este fim.

Técnica de escovação

Parte que mastiga: movimento de trenzinho

Parte de trás: movimento de vassourinha

Parte da frente: movimento de bolinha

Movimentos curtos

10 segundos de escovação a cada dois dentes

www.lourencoodontologia.com.br

OBRIGADA !!!