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Saúde 2.0 Impulsionando transformações na saúde

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A Web 2.0 traz consigo novas ferramentas de colaboração e troca de conhecimento, responsáveis pela revolução dos mais diversos serviços. A sua influência sobre o segmento de saúde no Brasil e no mundo foi objeto de um profundo estudo da TerraForum - www.terraforum.com.br

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Saúde 2.0

Impulsionando transformações na saúde

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Sumário

SUMÁRIO ................................................................................................................................ 2

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3

1. DESAFIOS PARA O SETOR DE SAÚDE ................................................................................. 5

2. SAÚDE E INTERNET ........................................................................................................... 7

3. E-HEALTH E HEALTH 2.0 .................................................................................................... 9

4. CASOS DE DESTAQUE ..................................................................................................... 12 Redes sociais usadas para alertas de asma ............................................................................ 15 Relacionamento com pacientes ............................................................................................. 17 Educação em saúde para os consumidores ........................................................................... 18 Influenciando o senso coletivo ............................................................................................... 19 Compartilhar para melhorar.................................................................................................. 20 Melhorando o sistema de saúde com as opiniões dos pacientes ........................................... 21 Medicine social network .......................................................................................................... 21 Estimulando a criação de redes relacionadas às informações em saúde............................. 22 Conteúdo em vídeo para saúde .............................................................................................. 25 Desenvolvimento de conhecimento científico de saúde ....................................................... 25 Conectando pesquisadores clínicos ....................................................................................... 26 Blog para discussão de casos de medicina clínica ................................................................ 27 Blog de referência ................................................................................................................... 28 Compartilhando informações técnicas pelo wiki .................................................................. 29 Colaboração e troca de informações médicas pelo wiki ....................................................... 30 Rede social para compartilhamento de notícias e histórias sobre saúde ............................. 31 Pharma 2.0 ............................................................................................................................... 31 Discutindo especialidades médicas ....................................................................................... 32 Central médica online ............................................................................................................ 33 Registros compartilhados ...................................................................................................... 33

5. BOAS PRÁTICAS ............................................................................................................. 35

6. CUIDADOS A SEREM TOMADOS ...................................................................................... 38

CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 40

SOBRE A TERRAFORUM ......................................................................................................... 41 ÁREAS DE ATUAÇÃO ......................................................................................................................... 41 CLIENTES TERRAFORUM .................................................................................................................... 43

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Introdução

Os surpreendentes níveis de adesão da população mundial às ferramentas

sociais da Web 2.0 posicionam as redes digitais como instrumentos

mediadores das relações sociais dos mais diversos setores da sociedade.

É possível perceber que a incorporação desses recursos e ferramentas

tecnológicas ao cotidiano dos cidadãos inaugura uma nova arena social em

si, e o impacto gerado a partir desse fenômeno é de natureza distinta

daquele ocasionado pela introdução de outras tecnologias de informação e

comunicação, como jornais, rádios e televisões.

Uma das mais significativas diferenças decorre do fato de que essas

tecnologias possibilitam e impulsionam o engajamento dos cidadãos como

atores ativos na dinâmica de fluxos de comunicação multidirecionais -

engajamento este que ocorre de forma intensa, no qual os cidadãos não são

apenas convidados a se colocar como “emissores”, reproduzindo, na direção

contrária, a lógica unidirecional dos fluxos de comunicação.

Antes, desenvolvem-se novos padrões de sociabilidade, que se sustentam em

uma perspectiva de coletividade. Nesse universo, quanto maior o nível de

integração dos internautas como participantes ativos dos fluxos

relacionais, maior é a relevância dos espaços e canais específicos que

proporcionam tais fluxos.

A partir dessa realidade, observamos um aumento vertiginoso na velocidade

de disseminação de informações e conhecimentos, na geração de novos

conhecimentos e na ampliação da abrangência das relações sociais entre

indivíduos.

Isso influencia diretamente a forma como se realizam os mais diversos

serviços na sociedade, contemplando a maneira como eles são divulgados,

como se realizam as transações econômico-financeiras, questões

relacionadas à gestão das atividades, relacionamento com clientes e/ou

público-alvo, entre outros. Praticamente todos os segmentos comerciais e de

serviços do mercado são afetados por esses fenômenos.

De que forma tais fenômenos afetam os serviços na área de saúde? Como é

possível incorporar as tecnologias sociais da Web 2.0 aos fluxos de pesquisa,

atendimento e prestação de serviços de saúde? Quais os riscos e benefícios

decorrentes dessa incorporação?

As transformações estão ocorrendo a todo vapor por todo o mundo, e as

respostas a essas questões ainda não podem ser conclusivas. Entretanto,

muito se tem estudado a esse respeito, assim como muito se tem

experimentado, de modo que é possível observarmos algumas tendências e

melhores práticas.

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Considerando essa perspectiva, a TerraForum empreendeu uma análise em

diversas iniciativas da área da saúde realizadas por meio das tecnologias da

Web 2.0. Essas iniciativas vêm sendo qualificadas como parte de um

movimento mais amplo, chamado de Health 2.0 ou Medicine 2.0, ou mesmo

e-Health (na Europa).

Apresentamos a seguir um relatório consolidado dos principais resultados

dessa pesquisa.

Esperamos que a leitura seja inspiradora!

José Cláudio Terra

Presidente

TerraForumConsultores

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1. Desafios para o Setor de Saúde

INTEGRAÇÃO EM ÂMBITO GLOBAL

O setor de serviços de saúde possui tradicionalmente uma estrutura

altamente complexa em vários aspectos. De um lado, são necessários

profissionais com alto nível de expertise, de outro, as estruturas tecnológicas

hospitalares envolvem vultosos investimentos.

Não menos complexos são os desafios da saúde como política, seja ela

pública ou privada, independente dos países em que se pratiquem essas

políticas.

Em países menos desenvolvidos ainda se enfrentam epidemias, muitas vezes

já erradicadas em diversos países desenvolvidos. Nos países desenvolvidos,

por sua vez, o envelhecimento populacional aumenta a necessidade de uma

estrutura hospitalar e de saúde cada vez mais cara.

Além desses desafios mais específicos, existem os problemas de saúde

pública que acometem o mundo todo, como as pandemias (como a Aids, a

gripe aviária e, mais recentemente, a gripe suína), o câncer e o alto custo do

tratamento de saúde relacionado a doenças provocadas pelo tabaco, entre

outros.

Um panorama como este exige a organização de ações em âmbito mundial,

o que por si só demanda um alto nível de integração de informações e

conhecimentos entre as agências e ministérios de saúde das diferentes

nações.

Nesse cenário, ganham relevância as agências internacionais como a

Organização Mundial de Saúde (OMS), a qual coordena esforços na área da

saúde em âmbito global, para os quais é de fundamental importância a

agilidade na transmissão de dados e informações entre todos os países, que é

impulsionada cada vez mais pela estrutura das tecnologias em rede.

Considerando essas necessidades, diversos países têm desenvolvido

estruturas de portais que possibilitam a integração de sistemas de gestão da

saúde em nível municipal, estadual e nacional, além da disseminação de

informações relevantes à população, como alertas específicos, endereços e

outras informações sobre a estrutura disponível e campanhas preventivas.

Entretanto, a maioria dessas ações não tem explorado as redes digitais em

todo seu potencial, para o que é necessário o estabelecimento de uma nova

perspectiva para o tratamento de saúde.

UMA NOVA PERSPECTIVA PARA O TRATAMENTO DA SAÚDE

Há muito tempo tem se desenvolvido na sociedade a compreensão de que as

instituições de saúde tradicionais normalmente focam a maior parte dos

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seus esforços no tratamento dos “sintomas” das doenças em vez da

prevenção.

Mesmo hoje em dia, quando os benefícios da prevenção são largamente

conhecidos em todo o mundo, os sistemas de saúde dos países da OCDE

destinam apenas 3% de seus orçamentos para tratamentos preventivos.

Como aspecto inerente a essa perspectiva de tratamento da saúde, existe um

alto número de internações, o que aumenta ainda mais os custos envolvidos,

além do risco de infecções hospitalares, comprometendo substancialmente a

qualidade de vida dos pacientes tratados.

Outro dado alarmante é o alto número de mortes causadas por acidentes

médicos, muitas das quais ocasionadas por falta de informações sobre o

histórico do paciente ou por dificuldades de comunicação durante o

processo de tratamento.

Segundo relatório divulgado nos Estados Unidos1 em 2000, o número de

mortes associadas a erros nas decisões médicas chegava a ser maior que as

causadas por acidentes, câncer de mama ou Aids.

A superação de todos esses obstáculos deve necessariamente passar pelo

reposicionamento dos sistemas de saúde, de modo que seja possível, de

modo geral:

1. Estimular ações preventivas voltadas para a saúde dos pacientes, por

meio de:

o estruturação de canais de relacionamento entre profissionais de

saúde e pacientes;

o mobilização dos pacientes de forma coletiva, na busca de

melhor qualidade de vida e pela superação dos desafios.

2. Viabilizar a integração completa entre as bases de informações, muito

além dos relatórios numéricos, propiciando:

o bases comuns de informações sobre históricos médicos dos

pacientes;

o intensa troca de conhecimentos entre profissionais de saúde.

Diversas iniciativas têm sido empreendidas buscando alcançar a esses

propósitos, especialmente por meio dos recursos da Web 2.0, inaugurando

um novo campo de ação, designado Health 2.0 ou, especificamente na

União Européia, E-Health.

1 To Err is Human: Building a Safer Health System, Washington DC, Institute of Medicine, 2000.

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2. Saúde e Internet

RELACIONAMENTO MÉDICO-PACIENTE

Antes de falarmos a respeito dos movimentos da Health 2.o e e-Health, é

importante entendermos de forma mais aprofundada que relações podem

ser estabelecidas entre os procedimentos de saúde e a internet. Como isso é

possível? De que forma isso vem sendo conduzido?

O relacionamento entre médico e paciente vem se modificando ao longo do

tempo. Os pacientes, até então posicionados como indivíduos passivos

perante os cuidados médicos, tornam-se indivíduos ativos e participantes no

cuidado com a saúde. Hoje em dia, cada vez mais os pacientes tomam para si

a responsabilidade de cuidar de sua saúde.

Antigamente o médico era visto como uma autoridade inquestionável sobre

o paciente. Com o passar do tempo, os próprios médicos retiraram essa

obrigação de si e passaram a trabalhar em conjunto com o paciente,

educando-os nos cuidados com sua saúde.

Hoje, podemos ver pacientes “independentes” que pesquisam e procuram

saber sobre determinado assunto, participam de grupos de discussões

através da internet e se apresentam aos médicos para debater e confirmar as

informações encontradas.

Porém, como os pacientes estão utilizando a internet com o propósito de

buscar informações relacionadas à saúde? Que barreiras eles podem

encontrar nessa busca? Como isso afeta a relação médico-paciente?

Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos, podemos encontrar em

torno de 100.000 sites de saúde na internet, divididos em sites acadêmicos,

comerciais, governamentais, periódicos online, entre outros. No ano de

2002, 110 milhões de americanos utilizaram a internet para obter

informações relacionadas à saúde.

A maioria das pessoas utiliza a internet na busca por informações que os

ajude a esclarecer alguma dúvida, a acompanhar novidades sobre doenças

crônicas e para se comunicar com seu médico. Porém, alguns ainda não

sentem a internet como um instrumento totalmente confiável em razão da

procedência e qualidade da informação que é fornecida da privacidade no

que tange ao relacionamento médico e da própria desaprovação de alguns

médicos.

Quando falamos apenas de médicos, a utilização da internet é crescente. A

pesquisa por artigos, notícias e novas tendências, divulgadas em tempo real,

vem crescendo, tendo em vista que os profissionais precisam se atualizar ágil

e continuamente. Na internet, é possível encontrar novidades que não estão

em livros e debater com outros profissionais casos e procedimentos,

independente de onde estejam.

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Ainda que muitos profissionais de saúde afirmem que utilizam a internet,

muitos deles ainda têm certa resistência e estão preocupados com a

possibilidade de o paciente não buscar ajuda profissional em razão das

consultas que realiza pela internet.

Devemos considerar positivas as possibilidades de acesso às informações disponíveis na rede, o que torna a troca mais intensa e fundamentada entre médicos e pacientes, uma vez que os próprios médicos usam a rede pra ler artigos científicos e divulgar trabalhos. O importante para quem tenta se informar sobre a sua saúde é reconhecer as fontes confiáveis e saber que o computador não substitui uma consulta médica. O importante é termos sempre o bom senso de buscar informações consistentes de diferentes fontes, de forma que se evitem alarmismos e especialmente atitudes perigosas e de alto risco, como o autodiagnóstico e a automedicação. O aumento da frequência com que o público se informa sobre saúde facilita

o acesso à informação, colabora para a redução da distância entre médicos e

pacientes e preenche carências emocionais dos pacientes. A internet

funciona como uma atenção personalizada, compreensão dos problemas

pessoais e apoio afetivo, exercendo, assim, uma função complementar aos

serviços de saúde.

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3. E-Health e Health 2.0

E-HEALTH

E-Health é a denominação utilizada pela União Européia para as políticas

que impulsionam a incorporação das tecnologias em rede nos sistemas de

saúde dos seus diversos países. O conceito envolve diversos serviços, que

podem ser classificados nas seguintes categorias:

Função Descrição

Registros Médicos Eletrônicos

Facilitam a comunicação de dados dos pacientes entre os profissionais de saúde.

Telemedicina Envolve diversos procedimentos que podem ser feitos sem que o paciente precise ir ao encontro do profissional de saúde.

Serviços de informação em saúde

Disponibilizados para pacientes e profissionais de saúde.

Gestão do conhecimento em saúde

Compartilhamento de boas práticas, informações científicas e bases de conhecimento, entre outras soluções.

Equipes virtuais Formadas por profissionais que trocam informações e trabalham em conjunto nos seus pacientes mediados pelas mídias digitais.

m-Health Monitoramento de sinais vitais do paciente em tempo real, agregação de informações técnicas via equipamentos de comunicação móvel.

Recursos analíticos Auxiliam na realização de pesquisas médicas científicas.

Sistemas de informação em saúde

Soluções para agendamento de pacientes, gestão

de informações dos pacientes, gestão de jornadas

de trabalho e também questões administrativas.

HEALTH 2.0

Health 2.0, ou também Medicine 2.0, é um movimento que envolve

iniciativas de saúde mediadas pelas tecnologias da Web 2.0. O movimento

recebe diversas definições, a maioria delas relacionadas ao objetivo de

propiciar maior integração entre pacientes e profissionais por meio das

ferramentas sociais.

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Iniciado em 2006, o movimento reúne integrantes que atuam no desenvolvimento dos mais diversos aplicativos de Web 2.0, que foram classificados Brian Kepler e Jane Sarasohn Kahn2 da seguinte forma:

Função Descrição

Fontes de dados Dados clínicos, uso de drogas, informações de laboratórios que podem ser capturadas e mapeadas para um formato comum.

Repositório de dados

Repositórios centralizados, que recebem e agregam grandes volumes de dados.

Gestão de fornecedores

Instituições de saúde precisam gerenciar a aquisição dos mais diversos tipos de produtos e serviços, desde insumos médicos a benefícios para funcionários. Os recursos da Health 2.0 podem favorecer a transparência e facilitar a tomada de decisões.

Gestão de saúde

Ferramentas que podem ser usadas para gerenciar a saúde dos pacientes de forma distinta dos padrões clínicos, por meio de ações como:

1 – Monitoramento do estado de saúde e vetores que o influenciam;

2 – Auxílio nas mudanças positivas de comportamento;

3 – Coordenação de diferentes profissionais e/ou instituições que estejam prestando serviços a um paciente.

Registro de Saúde Eletrônico

Registro das informações de histórico clínico dos pacientes, acrescido de recursos de suporte à tomada de decisões, regras de planos de saúde e preços de produtos e serviços, entre outros.

Registro pessoal de saúde

Uma versão mais simples do registro eletrônico, com informações destinadas à gestão do próprio paciente, inclusive com orientações a respeito de quando procurar auxílio médico.

Essas ferramentas contam também com funcionalidades para o registro de informações pelo próprio paciente, notificando sobre o desenvolvimento de determinada condição de saúde ou tratamento.

Classificações Analíticas

Recursos que combinam os diversos dados dos registros eletrônicos e repositórios de dados, propiciando a realização de análises mais complexas, relacionadas a preços relativos entre diferentes regiões, identificação de pacientes com riscos específicos e mesmo identificação de melhores práticas médicas.

Monitores de risco dos pacientes

Pacientes em condições crônicas específicas ou com predisposições genéticas poderiam ser notificados em seus registros pessoais, ou nos registros eletrônicos de seus médicos, para que pudessem receber intervenções, quando necessário.

2Adaptado de http://health20.org/wiki/Klepper-Kahn_Health_2.0_Whitepaper

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Conteúdo especializado

As ferramentas de análise podem contemplar também espaço para a inserção de impressões e conhecimentos específicos por especialistas, favorecendo a tomada de decisões pelos profissionais de saúde ou pacientes.

IMPULSIONANDO A HEALTH 2.0

O movimento da Health 2.0 tem crescido em relevância, ocasionando o

surgimento de organizações que buscam impulsionar a adoção de práticas

de saúde centradas nos consumidores dos serviços, conforme algumas das

características já mencionadas. Entre elas, podemos destacar as seguintes:

HEALTH 2.0 ACCELERATOR (HTTP://WWW.H2ANETWORK.ORG/DEFAULT.HTM) Organização não governamental, que reúne empresas de tecnologia e instituições de saúde, voltada à integração dos recursos tecnológicos de diferentes fornecedores em soluções completas de saúde.

HEALTH 2.0 CONFERENCE (HTTP:// WWW.HEALTH2CON.COM) Organização que realiza uma conferência anual de Health 2.0, a qual em 2009 se dará em São Francisco, no mês de Outubro, promovendo discussões e o compartilhamento de práticas e soluções entre as instituições envolvidas no movimento.

HEALTH 2.0 ADVISORS (HTTP:// WWW.HEALTH2ADVISORS.COM /) Grupo que oferece um serviço de consultoria completa apoiando organizações que tenham interesse em modificar suas práticas, tornando-se parte do movimento da Health 2.0.

Diversos governos e outras organizações têm desenvolvido aplicativos de

Health 2.0 e E-Health. A seguir, apresentamos os resultados da pesquisa

realizada pela TerraForum, que identifica alguns dos principais cases de

projetos e serviços baseados nas tecnologias de E-Health e, principalmente,

Health 2.0.

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4. Casos de Destaque

As ferramentas sociais da Web 2.0 têm proporcionado resultados muito

positivos nas iniciativas de saúde, principalmente levando-se em conta o

poder de mobilização e engajamento que exerce sobre os internautas.

A dinâmica colaborativa impulsiona a troca de conhecimentos entre

profissionais e pacientes, propiciando a disseminação de informações que

favorecem a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, além da criação de

novos conhecimentos, importantes no desenvolvimento de novos

tratamentos e soluções para a saúde, em uma perspectiva muito mais

voltada para a atuação preventiva.

Com base nos casos analisados, pudemos perceber que a atuação conforme

essa perspectiva contempla diferentes nuances da prática da saúde,

potencializadas pelos recursos da Web 2.0, que abrangem projetos e/ou

funcionalidades cujos objetivos são:

Informação e educação

Informações técnicas e educacionais, na forma de portais informativos e vídeos, classificados em categorias específicas ou pelos próprios usuários, voltados para:

Profissionais de saúde;

Pacientes.

Relacionamento e colaboração

Redes e comunidades que permitem a formação de grupos e a participação de discussões temáticas de interesse, envolvendo:

Pacientes entre si;

Profissionais de saúde entre si;

Pacientes e profissionais de saúde.

Mobilização Movimentos específicos, relacionados a causas e/ou temas importantes, que estimulam o engajamento dos cidadãos.

Registros online Registros de informações médicas dos pacientes em bases de dados que podem ser posteriormente compartilhadas.

Monitoramento das condições de saúde

Registro de informações e recebimento de diagnósticos online e/ou alertas com relação às condições de saúde e/ou a novas descobertas relacionadas a enfermidades específicas.

Considerando essas categorias, podemos classificar os sites analisados da

seguinte forma:

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Classificação

Sites analisados

Categorias

Informação e educação

Colaboração

Mo

nit

ora

men

to d

as

con

diç

ões

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saú

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Iniciativas de governos

Aids.Gov

Brasil Livre da Rubéola

Arizona Repuplic

Iniciativas de instituições voltadas para a saúde

Mayo Clinic

Cleveland Clinic

J&J Channel

Comunidades de Pacientes

Health World Web

Livestrong

Patients like me

Patient Opinion

Medicine 2.0

Public Health Information

Interatividade com pacientes

Revolution Health

Holistic Real

IC You

Pesquisa Médica

Bireme

Plos

Clinical Cases

Science Roll

Construção Coletiva entre médicos

Wikisurgery

Radiopaedia

Ask Dr. Wiki

Informações sobre Saúde

Health 2 Info

World Pharma

Health Channels

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Registro de dados dos pacientes

Google Health

Ihealth Record

Health Vault

Legenda Benefício associado

Benefício não associado

A seguir, apresentamos uma descrição detalhada dos cases analisados.

4.1 Iniciativas de governos

Ferramenta estatal de combate à Aids Portal do governo norte-americano sobre Aids (http://aids.gov )

Objetivos:

Informação e educação da população

Mobilização

Um exemplo marcante de como a Web 2.0 tem servido para a realização de

trabalhos estratégicos de conscientização e serviço social é o portal Aids.gov, do

governo dos Estados Unidos. Com

informações fornecidas pela Casa

Branca, além do Departamento de

Saúde e Serviços Sociais, entre outros

órgãos, o portal promove ampla

interação entre o público e o governo.

Para isso, o site conta com uma ampla

gama de ferramentas de Web 2.o,

como blog, podcast, twitter, além de links para as páginas no MySpace e

Facebook.

Porém, o que torna o portal diferenciado é a maneira como gerencia o grande

montante de informações sobre Aids. Enquanto outros portais apenas

disponibilizam uma ampla coleção de links sobre o assunto, o Aids.gov prefere

organizá-los em várias editorias, cada uma contando com suas respectivas áreas

de interação, como dúvidas frequentes e espaço para feedback onde o usuário

pode enviar qualquer tipo de mensagem para os especialistas desenvolvedores

do portal.

É evidente também a preocupação em utilizar a Web 2.0 como ferramenta de

educação da população. Podcasts em áudio e vídeo, além de ferramentas de

busca por CEP para postos de realização de testes de HIV, tornam a pesquisa

mais rápida e fácil.

Outro diferencial que torna o portal um benchmark no setor é o fato de se

preocupar também em munir seus usuários com ferramentas para

conscientização de mais pessoas. Prova disso são os panfletos sobre o tema,

disponibilizados gratuitamente em formato PDF de alta resolução, e os cartões

postais. Além disso, o portal já conta com um link em sua home para o portal do

governo norte-americano sobre gripe suína (H1N1), reforçando o interesse do

governo em usar o site como ferramenta de educação na área da saúde.

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Potencializando campanhas de saúde pública Campanha Brasil Livre da Rubéola (http://www.brasillivredarubeola.com.br/)

Objetivos:

Informação e educação da população

Mobilização

Em território brasileiro também é

possível acompanhar algumas dessas

boas práticas. Durante uma campanha

de vacinação organizada pelo

Ministério da Saúde, entre agosto e

setembro de 2008, foi lançado o site

oficial Brasil Livre da Rubéola, que

busca aproximar o usuário com um

formato informal e pessoal, unindo

ferramentas de internet e estratégias

consagradas de comunicação.

Um exemplo dessa estratégia é o uso de arquivos de áudio. Os organizadores

publicaram declarações de pessoas influentes na sociedade falando sobre a

campanha e a doença. Em outras palavras, tais personalidades auxiliam na

construção do site e trazem mais peso ao conteúdo. A única diferença para um

podcast é que (à exceção de uma declaração na página principal) o internauta

tem de baixar o conteúdo para ouvi-lo.

Outra ferramenta interessante é a fácil pesquisa sobre onde se vacinar. O

usuário pode filtrar todas as unidades de vacinação disponíveis no Brasil por

meio de seleção de estados, cidades e postos de saúde (ou hospitais) e tem

disponível um mapa via satélite de como chegar ao local. Mas um elemento

que realmente chama a atenção é a presença de uma das mais conhecidas e

eficientes ferramentas de Web 2.0: um blog.

Enquanto ocorreu a campanha, a ferramenta teve uma editora inteiramente

dedicada a publicar novidades e a responder aos internautas, com uma

linguagem amigável e diferenciada. Dessa forma, além do estímulo à

vacinação, os organizadores da campanha (principalmente o Ministério da

Saúde) ganham o reconhecimento e a simpatia dos cidadãos pelo fato de,

democraticamente, permitirem a participação direta do usuário, com direito a

perguntar e opinar. Ou seja: o conteúdo é colaborativo. É uma prova de que a

Web 2.0 também se mostra eficiente e benéfica para órgãos públicos e

potencializa campanhas de saúde.

Redes sociais usadas para alertas de asma (http://www.azcentral.com/arizonarepublic/news/articles/2009/05/04/20090504asthmaalert0504.html)

Objetivos:

Informação e educação da população

Colaboração entre pacientes

Mobilização

Segundo o jornal The Arizona Republic, os profissionais de saúde do estado do

Arizona, nos Estados Unidos, estão trabalhando em um sistema de alerta de

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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asma que enviaria mensagens para diferentes redes sociais, como Facebook,

Twitter e MySpace, bem como mensagens por celular via SMS, quando partículas

de poluição, em uma determinada área, atingissem níveis que poderiam

desencadear um ataque de asma. Seria o primeiro de seu tipo no país e poderia

ser um ”salvador” para algumas das 600.000 pessoas (estimativa) que sofrem de

asma no Arizona.

A ideia surgiu após uma pesquisa que identificou que o estado do Arizona tem

um dos maiores índices de pessoas que sofrem de asma nos EUA. Os

idealizadores pretendem elaborar um modelo que informe a crianças e adultos

que sofrem de doenças respiratórias as condições favoráveis ou desfavoráveis de

cada dia em relação à poluição e qualidade do ar e, como isso, preveni-los de

maiores complicações.

Inicialmente o plano era que os alertas fossem feitos por divulgações em escolas

e iniciativas individuais por telefone e e-mail, porém o projeto identificou as redes

sociais como uma grande oportunidade de alertar a população.

“Por algum motivo, as pessoas enquanto trabalham podem não ter acesso a

radio e televisão, mas mensagens via celular e redes sociais podem ajudar na

disseminação dessa informação e principalmente atingir pessoas jovens”, disse

Patrick Cunningham, diretor do departamento da qualidade ambiental do

estado.

As redes sociais têm tido um crescimento considerável nos últimos anos,

principalmente no que tange a relacionamentos de pessoas com interesses em

comum, compartilhamento e disseminação de informações. Redes sociais,

especialmente o Twitter, são boas para receber informações atuais sobre um

tema, e usá-las para alertas de saúde faz todo o sentido.

4.2 Iniciativas de instituições voltadas para a saúde

Web 2.0 em prol da saúde pública Clínica Mayo (www.mayoclinic.com)

Objetivos:

Informação e educação da população e dos profissionais de saúde

Uma das mais importantes

organizações de saúde nos EUA e uma

das instituições mais respeitadas do

mundo, a Mayo Clinic é especializada

em diagnóstico e tratamento de

enfermidades aliando três áreas:

prática, pesquisa e ensino. Além de

artigos e notícias sobre medicina e

saúde, o site municia os médicos de

ferramentas para auxiliar nas decisões

sobre tratamento e responder dúvidas dos pacientes, utilizando vídeos e slides.

O portal possui uma área exclusivamente dedicada a blogs, na qual

especialistas tratam de assuntos como genética, stress, fumo, nutrição,

depressão etc. Cada tema tem um blog exclusivo, mantido por um responsável.

Alguns tópicos, por exemplo, “Como um médico deve divulgar o diagnóstico de

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doenças graves”, geram grande número de comentários, tanto de pacientes

quanto de médicos interessados em discutir o assunto.

A Clínica Mayo oferece um número grande de podcasts que tratam de assuntos

variados dentro da medicina, como novas técnicas de diagnósticos e dicas de

como os pacientes devem lidar com a quimioterapia.

Com o surgimento das notícias sobre a Gripe Suína, uma das primeiras atitudes

da clínica foi criar uma área dedicada a responder questões básicas sobre o

assunto, o Swine Flu FAQ. As perguntas são respondidas por um especialista

em doenças infecto-contagiosas e estão disponíveis para download em

formato .wmv, .mp3 e em vídeos no YouTube, autorizando os jornalistas a

utilizarem essas informações em suas reportagens.

A Clínica Mayo é um exemplo de como instituições médicas podem utilizar a Web 2.0 para oferecer um serviço melhor e mais humanizado para seus pacientes e, ao mesmo tempo, prover a comunidade com informações relevantes sobre o tratamento de doenças.

Relacionamento com pacientes Podcasts, webcasts e chats (https://my.clevelandclinic.org)

Objetivos:

Informação e educação da população e profissionais

Colaboração entre profissionais e pacientes

A Cleveland Clinic é um centro acadêmico

multiespecialista que integra cuidados médicos

clínicos e hospitalares com pesquisa e educação,

que hoje se destaca como um dos maiores e mais

respeitados hospitais dos Estados Unidos.

Sempre buscando evolução e inovação, desde 1997

a Cleveland Clinic dispõe de um site direcionado

para seus pacientes, médicos e público em geral.

No site, o paciente pode encontrar uma série de informações médicas, locais

especializados e informações sobre profissionais e até marcar consultas pela

internet.

A grande inovação é a forma como a Cleveland Clinic

se relaciona com seu paciente com recursos da Web

2.0. O portal apresenta dezenas de podcasts,

vodcasts e webcasts, com os quais o paciente pode se

atualizar sobre os diversos assuntos em pauta.

A clínica intensifica o relacionamento com os seus

pacientes também por meio de chats, quase diários,

que exploram temas variados, contando com convidados de referência que

interagem com as pessoas cadastradas. Todos os usuários cadastrados possuem

uma conta que os permite participar das discussões online.

A Cleveland Clinic é um exemplo de que a utilização da web 2.0 favorece o

relacionamento das instituições de saúde com seus pacientes. O site recebe 1,2

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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milhão de visitas por mês e, no ano passado, recebeu o prêmio eHealthcare

Leadership Awards de melhor conteúdo médico na web.

Educação em saúde para os consumidores Johnson & Johnson Health Channel (http://www.youtube.com/user/JNJhealth)

Objetivos:

Informação e educação da população

Algumas empresas de bens de consumo também têm se utilizado dos recursos da Web 2.0 para a prestação de serviços de saúde aos seus consumidores. Um caso interessante é o da Johnson e Johnson, que preparou um canal exclusivo no portal de vídeos Youtube a partir do qual disponibiliza vídeos com orientações, depoimentos e histórias, todos relacionados a questões de saúde. No canal, os consumidores têm acesso a listas de reproduções de vídeos que são avaliados e qualificados pelos próprios internautas. Cada vídeo pode também receber comentários dos visitantes, e é possível que se formem grupos de interesse entre os usuários do canal.

Lançado em 6 de maio de 2008, o canal conta atualmente com 934 usuários cadastrados e já teve 73250 exibições de vídeos3.

4.3 Comunidade de pacientes

Rede social de apoio à saúde Health World Web (www.healthworldweb.com)

Objetivos:

Colaboração dos pacientes entre si

Colaboração entre pacientes e profissionais de saúde

Combater e prevenir as doenças não são

as únicas práticas importantes quando se

fala em trabalhar pela saúde. Fazem parte

desse pacote também ações de

aconselhamento, de ajuda emocional e

conselhos não ligados diretamente à

medicina.

Com o objetivo de potencializar essas

práticas, foi criada a Health World Web,

uma rede social de comunidades de pacientes que oferece aconselhamento a

pessoas com diferentes problemas de saúde, além de recomendações e críticas

a médicos e dentistas.

3 Dados de 11/05/2009

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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O portal faz uso amplo das ferramentas de Web 2.0. O foco é em comunidades

– são centenas delas, classificadas normalmente de acordo com a doença em

questão. O usuário pode também criar suas próprias comunidades e fazer parte

de quantas redes sociais quiser.

Os usuários podem também cadastrar médicos no sistema, incluindo dados

diversos sobre suas especialidades e informações básicas. Assim, os demais

usuários podem escrever no perfil dos médicos suas experiências com tais

profissionais e disponibilizá-las para que os demais possam ver.

O espaço conta também com um recurso para avaliação dos profissionais de

saúde, cujo resultado é demonstrado na forma de um ranking Top 10, dos

melhores médicos nas diferentes áreas.

Influenciando o senso coletivo Lance Armstrong Foundation (www.livestrong.com)

Objetivos:

Colaboração entre pacientes

Monitoramento das condições de saúde/diagnósticos online

Mobilização

O site Live Strong não se prende a apenas um aspecto da saúde, já que aborda o tema com olhar holístico e fala sobre alimentação, tratamento de doenças, atividades físicas, dicas de beleza para diversas idades, entre outros assuntos.

Além de ter informações em texto e vídeo sobre diversos assuntos ligados ao bem-estar, o Livestrong tem algumas ferramentas de

diagnóstico interessantes, como cálculo da porcentagem de gordura corporal, monitoramento dos batimentos cardíacos, calendário de ovulação e detector de sintomas. O portal oferece funcionalidades para o estabelecimento de redes sociais, como uma página de perfil, fóruns e grupos temáticos específicos. Uma das aplicações mais interessantes das propriedades da Web 2.0 no Livestrong é a seção de Desafios (Dares) relacionados à Saúde e Bem-Estar. Nesta seção encontram-se temas como parar de fumar, passar mais tempo com a família, dormir melhor, perder peso, manter-se sóbrio e até economizar dinheiro, entre outros. Vinculando-se a esses desafios, o usuário pode definir metas, acompanhá-las diariamente e, mais importante que isso, compartilhar os desafios com amigos, familiares e/ou outros membros da comunidade, criando assim um senso de comprometimento coletivo, aspecto que certamente favorecerá o alcance das metas estabelecidas.

No que se referem ao conteúdo, todos os itens disponibilizados no site podem ser avaliados, comentados, impressos ou compartilhados com outros usuários, favorecendo a geração de tráfego e a constante atualização do material do site. No portal também são disponibilizados alguns blogs de colunistas especializados em temas específicos.

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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Compartilhar para melhorar Patients Like Me (www.patientslikeme.com)

Objetivos:

Colaboração entre pacientes

Monitoramento das condições de saúde/diagnósticos online

"Patients Like Me" é uma comunidade que tem como objetivo aproximar pessoas com doenças degenerativas e fatais, como a esclerose múltipla e o mal de Parkinson. Ao se cadastrar no site, é possível preencher um perfil extremamente detalhado que exibe o grau de evolução dos sintomas, frequência de atendimentos médicos e tipos de tratamento utilizados. Esse perfil é comparado ao de outras pessoas que sofrem da mesma doença.

Os usuários podem então se unir a comunidades temáticas ou mesmo criar novas comunidades para sintomas e/ou doenças específicas, nas quais podem trocar informações a respeito de tratamentos, alívio de sintomas e medicamentos, além de escrever mensagens de apoio, fortalecendo os laços de amizade e ajuda mútua.

O portal conta também com uma seção destinada a pesquisas e com um time de especialistas que, em colaboração com pacientes, acadêmicos e fabricantes, desenvolve estudos específicos que contribuem para a compreensão das doenças mencionadas pelos membros da comunidade.

Nessa área são disponibilizadas informações sobre pesquisas em andamento para cada tipo de doença, assim como opiniões de especialistas e notícias sobre o desenvolvimento de novos tipos de drogas que ainda não chegaram ao mercado. "Patients Like Me" é um site que utiliza avançadas funcionalidades Web 2.0 e é um exemplo de como a tecnologia pode ajudar a aliviar o sofrimento de milhares de pessoas.

As propriedades da Web 2.0 que proporcionam a colaboração em âmbito coletivo são de grande valia para o estabelecimento de redes sociais direcionadas às temáticas da saúde e do bem-estar.

Com base nesses recursos, é possível ampliar o alcance da interação entre pacientes, médicos, profissionais e pesquisadores, criando novos vínculos e disseminando informações que favorecem a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos engajados nas redes.

Certamente se poderá ainda fazer muito e, em um futuro próximo, talvez seja possível contar com diagnósticos mais sofisticados por meio de videoconferências, históricos de pacientes compartilhados com vários médicos em tempo real e em colaboração online com especialistas do mundo inteiro durante uma consulta, além de vários outros serviços.

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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Melhorando o sistema de saúde com as opiniões dos pacientes Patient Opinion (http://www.patientopinion.org.uk/)

Objetivos:

Colaboração entre pacientes

Fundado por um profissional que atuou na área pública de saúde, o Patient Opinion tem sido bastante útil para a melhoria dos serviços na área de saúde em toda a Inglaterra.

Funcionando de forma semelhante ao Patients Like Me, mas mais amplo, o Patient Opinion é um canal em que os cidadãos podem compartilhar histórias e opiniões a respeito de fatos relacionados a serviços, tratamentos e quaisquer outras questões de

saúde, ocorridos nos mais diversos estabelecimentos pelo país. O serviço de busca por opiniões é aberto para todo e qualquer internauta, mas para compartilhar suas opiniões é preciso que o usuário se cadastre. Não somente os usuários se beneficiam com as informações do portal, mas diversos hospitais já puderam melhorar os serviços oferecidos aos cidadãos a partir das opiniões publicadas no portal, conforme depoimentos publicados no site. O portal conta também com um blog que é utilizado pela equipe do site para notificar o público sobre as ações que estão se realizando com relação ao serviço. Nele, os cidadãos podem comentar e expressar suas posições, opinando para o melhor direcionamento do serviço.

Medicine social network How social network and Web 2.0 change health, healthcare and biomedical research (http://medicine20.crowdvine.com)

Objetivos:

Colaboração entre profissionais de saúde e pacientes

Medicine 2.0 é uma comunidade que reúne

pessoas interessadas em discutir assuntos

ligados à medicina de forma geral.

Funcionando nos mesmos moldes dos

principais sites de relacionamento, como o

Facebook, o Medicine 2.0 tem como objetivo

propiciar o encontro e a conexão entre pessoas

que possuam interesse em temas comuns.

Cada membro pode criar sua própria rede de

conexões, adicionando outros membros ao seu perfil.

Podemos encontrar no site uma forma diferente de organização dos assuntos.

Entre as opções dadas, o membro deve escolher qual seu interesse na

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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comunidade, quais tópicos estão no seu radar, ou seja, temas de seu interesse,

qual sua área de expertise e qual o seu papel na comunidade. A partir de então,

são formadas pequenas comunidades, dentro dos tópicos selecionados, em que

são geradas discussões em torno de determinados temas em comum.

Na página principal, aparecem as principais movimentações na comunidade para serem visualizadas por todos os membros, impulsionando o nível de interatividade. Há também um feed de notícias para sites como twitter, sobre medicine 2.0.

Estimulando a criação de redes relacionadas às informações em saúde Public Health Information Network (http://www.cdc.gov/phin)

Objetivos:

Informação e educação da população e profissionais

Colaboração entre profissionais e pacientes

O Communicable Disease Center (CDC) é um centro de controle e prevenção de doenças que reúne variadas informações sobre saúde. O site foi criado para reunir e disponibilizar informações, buscando destacar-se como uma agência baseada em desempenho, com foco na melhoria da saúde global.

O CDC.gov, que no período de um ano teve mais de 489 milhões de page views, é destinado a profissionais da área de saúde, pesquisadores, estudantes e pessoas em geral que estejam interessadas em casos de saúde.

Com base nesse objetivo, foi criado o PHIN (Public Health Information Network), uma iniciativa que busca oferecer recursos para que o público da área de saúde possa utilizar e trocar informações eletronicamente. Para isso, o site do PHIN oferece recursos para o compartilhamento de informações como fóruns e comunidades de prática.

Os fóruns suportam o diálogo aberto nos vários aspectos da PHIN. É uma estrutura que promove um ambiente para o debate e troca de ideias, identificando desafios, barreiras e também soluções para a saúde.

As comunidades da prática foram criadas para fortalecer a rede de informação da saúde pública (PHIN). As comunidades propiciam um ambiente colaborativo e participativo que promove a aprendizagem, o compartilhamento de expertises e o desenvolvimento de soluções que possibilitam melhorar a capacidade da saúde pública.

As comunidades de prática foram criadas após ter sido constatado que esse ambiente facilita a aproximação colaborativa entre os usuários, necessária para que seus membros possam trabalhar juntos na identificação de melhores práticas e padrões para a saúde pública e tecnologia de informação enquanto se relacionam.

As 5 comunidades existentes estão abertas a todos, com fácil acesso, permitindo que cada pessoa se comprometa conforme o seu nível de interesse.

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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4.4 Interatividade com os pacientes

Controle da saúde e dos medicamentos via Internet Revolution Health (www.revolutionhealth.com)

Objetivos:

Informação e educação da população

Monitoramento das condições de saúde/diagnósticos online

Registros online

Com a explosão das empresas.com na

segunda metade da década de 90,

muitas foram as ideias e os portais que

sugiram tendo a medicina como foco.

Porém, praticamente a totalidade

desses empreendimentos fracassou,

em grande parte porque não havia

ainda ferramentas – nem maturidade

quanto ao uso da Web - que dessem

suporte a ideias ligadas a uma

interação maior entre médicos e pacientes.

Atualmente, porém, com o advento da Web 2.0, tais sonhos têm se tornado

possíveis. Um exemplo disso é o portal Revolution Health, criado em outubro

de 2008 pela Waterfront Media, uma das maiores companhias de saúde online

do mundo.

O que faz o portal diferente dos outros é o vasto número de inovações no que

diz respeito a ferramentas de Internet criadas para aumentar a interação com

os seus usuários. Só para se ter uma ideia, por meio do site, o internauta pode

checar quais os medicamentos que se aplicam a cada doença. Cada uma das

drogas é listada no portal com seus detalhes e aplicações, além de contar com

uma nota baseada em críticas dos usuários do site.

Já para quem quer saber mais sobre um sintoma que está sentindo sem ter de ir

ao médico, também é possível fazê-lo por meio de um sistema que lista tais

condições e as relaciona a eventuais doenças e tratamentos.

Além disso, o portal conta com um sistema que permite ao usuário controlar

seus registros médicos. Neste espaço, o internauta se cadastra e tem acesso a

um banco de dados onde insere suas informações e, a partir daí, pode cruzá-las

com eventuais diagnósticos e tratamentos.

É possível também ter acesso a um sistema que mede se o usuário está fora do

peso e, a partir disso, apresenta opções para uma dieta saudável.

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O portal dos tratamentos alternativos Holistic Care and Alternative Medicine (www.holisticreal.com)

Objetivos:

Informação e educação da população

Colaboração entre pacientes

Não só de portais com dicas e

ferramentas para tratamentos ortodoxos

se faz a Internet. Um dos destaques de

colaboração e interação na internet

quanto a tratamentos alternativos é o

site Holistic Real. Trata-se de um portal

com informações para o amplo público

interessado em tratamentos que fujam

do convencional e não agridam o

organismo.

Além de contar com informações básicas sobre cada um desses tratamentos e

suas aplicações em relação a diferentes enfermidades, o portal faz uso de

ferramentas de Web 2.o não apenas para aproximar o público interessado

nesse tipo de medicina, como também para indicar profissionais e melhores

locais onde se possam realizar esses tratamentos.

Ao clicar em uma “condição” – no caso, a palavra usada para designar as

enfermidades -, o usuário é remetido a uma lista com essas doenças. Ao

escolher uma, terá acesso a um amplo leque de tratamentos alternativos

indicados para tal problema.

Uma vez escolhido o tratamento, o internauta poderá ainda escolher um local

ou profissional que tenha interesse de conhecer para poder dar início ao

processo.

A interação, porém, não para por aí. O usuário pode ainda navegar por

diferentes comunidades e participar delas gratuitamente por meio de um

rápido cadastro.

Ao entrar no site, o internauta é convidado imediatamente a se logar. Uma vez

logado, terá acesso a conteúdo personalizado e a links diretos para as

comunidades das quais participe.

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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Conteúdo em vídeo para saúde IC You (http://www.icyou.com/)

Objetivos:

Informação e educação da população

Colaboração entre profissionais de saúde e pacientes

Vídeos online certamente são alguns dos recursos mais impactantes e mobilizadores da Web 2.0. O IC You – Intensive Content for Your Health – aposta na colaboração baseada no compartilhamento de vídeos relacionados à saúde. O portal se organiza de forma bastante amigável e oferece, além de uma taxonomia básica, recursos para atribuição de tags aos vídeos pelos usuários, assim como uma classificação automática dos conteúdos com base nos termos utilizados no serviço de buscas. Altamente flexível, o IC You permite que o usuário, ao se cadastrar, personalize sua área de acesso, selecionando canais favoritos e ordenando a exibição dos vídeos por temas no espaço da página de acordo com o seu interesse pessoal. A distribuição do conteúdo do site é impulsionada com recursos de feeds em que os usuários podem se inscrever e receber alertas diretamente nos seus agregadores de conteúdo. Em reconhecimento ao seu sucesso, este ano o portal recebeu uma indicação

para o Webby Awards, prêmio que recebe mais de 10.000 inscrições e seleciona

apenas 15% dos sites, na categoria de websites de saúde.

4.5 Pesquisa médica

Desenvolvimento de conhecimento científico de saúde Biblioteca Virtual em Saúde (www.bireme.br)

Objetivos:

Informação e educação dos profissionais de saúde

Colaboração entre profissionais

A Bireme se destaca pelo riquíssimo acervo digital, composto por diversas bases científicas (LILACS, MEDLINE, Cochrane, entre outras) categorizadas em uma taxonomia específica, permitindo o acesso a outras redes científicas, como Scielo e ScienTI. O portal oferece também serviços de cópias de documentos, newsletter periódico, possibilidade de compartilhamento de eventos entre os usuários e navegação

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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por meio de mapas digitais para o acesso a endereços e dados de contato das unidades da rede de bibliotecas físicas. Um dos principais serviços oferecidos pela Bireme é o acesso a comunidades virtuais, às quais os usuários podem se associar e interagir entre si, favorecendo o desenvolvimento de seus trabalhos. O portal reúne comunidades próprias e também outras desenvolvidas por entidades científicas de destaque, como a Scielo, ScienTI, Telessaúde Brasil e várias outras.

Conectando pesquisadores clínicos PLoS Hub for Clinical Trials (http://clinicaltrials.ploshubs.org/home.action)

Objetivos:

Informação e educação dos profissionais de saúde

Colaboração entre profissionais

A prática científica se desenvolve por meio da colaboração entre pares. É a partir da interação com os pares, por meio da correspondência e publicação em periódicos científicos, que os cientistas e pesquisadores conseguem aprimorar suas descobertas e achados.

O Plos funciona efetivamente como um hub, que possibilita a conexão entre pesquisadores clínicos, favorecendo o desenvolvimento de suas pesquisas por meio de recursos da Web 2.0 que permitem a avaliação e a inserção de comentários pelos pares.

O portal representa em si uma rede social que reúne pesquisadores interessados em estudos sobre ensaios clínicos. A interação é realmente estimulada e favorecida, tanto que, a partir dos artigos publicados, é possível iniciar discussões online e publicar posts em blogs voltados a temas específicos. O usuário conta ainda com uma funcionalidade de RSS para o recebimento automático de mensagens relacionadas a novos artigos que venham a ser publicados.

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Blog para discussão de casos de medicina clínica Currículo baseado em casos de medicina clínica (http://clinicalcases.org)

Objetivos:

Informação e educação dos profissionais e população

Colaboração entre profissionais

Após algumas semanas da prática clínica, estudantes e residentes de medicina

percebem que frequentemente existem diferenças entre as descrições de

doenças nos casos em que trabalham e as encontradas em livros e materias de

estudo. Como preencher essa lacuna entre a teoria e a prática?

O ClinicalCases.org é um site destinado ao

público médico, mas aberto para o público

em geral, que busca alcançar esse objetivo.

As informações presentes no site são

disponibilizadas pelos autores, apenas para

fins educacionais, sem pretensão de

divulgação ou propaganda médica.

No site, os médicos cadastrados discutem por meio de um blog diversos casos

clínicos das mais diversas especialidades. Nas descrições dos casos, os dados do

paciente real são preservados de forma sigilosa pelo uso de nomes e

características fictícias, similares às descrições encontradas em materiais de

estudos para provas de títulos, por exemplo.

Cada especialidade possui um espaço no site onde são apresentados casos e

informações sobre preocedimentos postados pelos próprios médicos, que

emitem sua opinião também pelo uso de podcasts, imagens e vídeos sobre os

assuntos.

É possível encontrar uma rica coleção pré-selecionada de material para médicos

ocupados que não possuem tempo para navegar pela internet. Assim como nas

dicussões de casos, o blog possibilita a conexão, por meio de links, com as

principais manchetes médicas, através da agência Reuters e com utilização do

Flickr, uma ferramenta gratuita de compartilhamento de fotos, para troca de

imagens que apoiam o entendimento dos casos.

Segundo The British Medical Journal: “Um dos melhores blogs na medicina é o

Clinical Cases.org. É um laboratório virtual para os doutores e pesquisadores

médicos interessados na Web 2.0.“

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Blog de referência Science Roll (http://scienceroll.com)

Objetivos:

Informação e educação da população e profissionais

Autodefinido de “A medical student´s journey inside genetics and medicine through web 2.0” e vencedor do prêmio Medical Blog Awards de 2007, o site Science Roll vem se destacando como um dos principais blogs na área de saúde.

A informação fornecida no site está disponível para todos os leitores interessados nos mais novos resultados de pesquisas médicas publicados em fontes de reputação científica. É desenhado para suportar o relacionamento que existe entre um paciente/visitante do site e seu médico.

Ao contrário de outros blogs de medicina, em que a inclusão de posts é aberta a todos, o Scienceroll permite que os visitantes apenas comentem o que foi postado pelo fundador do blog. As discussões são baseadas em tópicos definidos por uma única pessoa, e cada post é diretamente relacionado à fonte da informação.

O visitante é capaz de identificar claramente o tipo de informação fornecida (publicação original ou opinião pessoal do autor), garantindo assim a veracidade das informações.

Neste blog, o objetivo é tornar a medicina genética mais compreensível a todos, mesmo para aqueles que não possuem muito interesse nesse assunto específico. O site trabalha, também, no relacionamento entre a web 2.0 e a medicina, fornecendo índices úteis, ferramentas e serviços que podem facilitar o trabalho de médicos, estudantes, enfermeiras e pesquidadores médicos.

O site contabiliza mais de um milhão de visitas e mais de 300 blogs médicos linkados a ele como fonte de pesquisa e referência.

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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4.6 Construção coletiva entre médicos

Repositório de pensamentos e experiências compartilhadas Wikisurgery (http://www.wikisurgery.com)

Objetivos:

Informação e educação da população e profissionais

Colaboração entre profissionais

Wikisurgery é uma das enciclopédias mais confiáveis e de fácil entendimento

sobre cirurgias através de construção colaborativa para cirurgiões e seus

pacientes. Possui mais de 14000 artigos de cirurgiões e pacientes, incluindo

notícias, artigos, descrições de operações, biografias e imagens.

O site funciona como uma wiki que permite

edição e construção colaborativa do conteúdo.

As contribuições e edições podem ser feitas por

qualquer usuário, a qualquer hora e em

qualquer lugar no mundo. A leitura é aberta a

todos, porém, para poder colaborar, é preciso

que o usuário seja aprovado pela administração

do site, garantindo assim sua confiabilidade.

Os artigos são divididos por categorias, cujo tópico procurado pelo usuário é

encontrado fácilmente. Além disso, existe um espaço para vídeos, onde são

compartilhadas imagens sobre procedimentos cirúrgicos.

Na leitura, em cada artigo selecionado, links levam o usuário a outros artigos

associados, frequentemente com informação adicional. Em caso de colaboração

ou edição, o site conta com uma equipe que revisa costantemente possíveis erros

encontrados e os corrige, se necessário.

O propósito da Wikisurgery é bem claro. Se utilizarmos cada conhecimento

individual para construir anos de leituras, exames, relacionamentos,

treinamentos e experiencias é possível beneficiar a todos mediante a criação de

uma base de conhecimento compartilhada de alta qualidade.

Wikisurgery é mais do que apenas um repositório de conhecimento cirúrgico.

Não há só artigos sobre fatos, mas também assuntos controversos que geram

discussões e debates, sem nenhuma restrição de uso do espaço. Espera-se que

seja um repositório de pensamentos, experiências e progressos cirúrgicos.

Compartilhando informações técnicas pelo wiki Wiki de Radiologia (http://radiopaedia.org/)

Objetivos:

Informação e educação dos profissionais

Colaboração entre profissionais

O site radiopaedia.org nasceu no final de 2005, a partir de um espaço criado por

um médico radiologista que percebeu que poderia ter muito mais informações

que o ajudassem do que apenas a troca com pessoas mais próximas. Quando

precisava de alguma informação para uma apresentação, por exemplo, recorria à

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internet, porém encontrava artigos com erros e direitos restritos de utilização de

imagens.

A idéia era simples: reunir uma pequena fração do conhecimento e bibliotecas

coletivos em um único local que pudesseser como uma referência digital, sem

taxas de assinaturaou direitos, um local onde os erros pudessem ser encontrados

e corrigidos e onde pudessem ser compartilhadas informações e imagens

mesmo nas discussões mais difíceis ou nos tópicos controversos.

O princípio do site é desenvolver um recurso online com informações atualizadas

e relevantes às necessidades da radiologia, sejam de médicos ou pacientes, de

forma colaborativa e com habilidade de

responder às necessidades dos usuários.

O Radiopaedia.org funciona com um wiki.

Qualquer usuário pode criar um artigo ou

editar algum outro já existente. As

contribuições permanecem vinculadas ao

nome do usuário e podem ser incluídas em

seu currículo, junto a sua página.

Devido à vigilância atenta dos usuários, a informação nova pode ser

compartilhada assim que é introduzida no site. Os erros podem ser corrigidos

imediatamente, sem necessidade de esperar a publicação de uma nova edição

sobre o assunto.

O site já conta com 1200 usuários e mais de 3000 listas criadas que atualizam

casos de radiologia de diversas especialidades médicas.

Colaboração e troca de informações médicas pelo wiki Ask Dr. Wiki (http://www.askdrwiki.com)

Objetivos:

Informação e educação dos profissionais

Colaboração entre profissionais

O Ask Dr. Wiki é uma encicolpédia médica, baseada em plataforma wiki. É um

site educacional feito por médicos para médicos, estudantes de medicina e

pessoas ligadas à área de saúde. Sua finalidade é servir como um repositório de

informação médica online acessível a qualquer usuário.

O site funciona com um wiki tradicional

voltado para profissionais da saúde.

Qualquer pessoa que tenha um background

médico pode publicar e editar artigos de

revisão, inserir vídeos, notas clínicas e

imagens médicas. Todos são convidados a

contribuir, editar ou adicionar artigos no

askdrwiki.com.

Para poder atuar no site, o usuário é convidado a criar um username e uma

página pessoal onde ele colocará suas informações curriculares e qualificações

disponíveis para visualização. Essa página será ponto de referência na busca de

informação relacionada a sua atuação no site, inclusive via pesquisa do Google.

O Ask Dr Wiki vem sendo elogiado como uma forma interessante e confiável de

colaborar e encontrar informações relacionadas à saúde.

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4.7 Informações sobre saúde

Rede social para compartilhamento de notícias e histórias sobre saúde A Web 2.0 health information plataform (http://health2.info)

Objetivos:

Colaboração entre profissionais de saúde e pacientes

O Health2.info é um site que reúne

informações sobre notícias e

histórias relevantes de saúde

encontradas na internet.

O diferencial do Health 2.0 é que as

histórias são colocadas

gratuitamente pelos membros e

revisadas pela própria comunidade.

A notícia ou história não vai direto

para a página principal: ela deve

receber um determinado número de votos, o suficiente para ser promovida para

tal.

A melhor forma de ter sua notícia ou história promovida é fazendo amigos na

comunidade, ou seja, participando, comentando outras notícias, concordando ou

sugerindo outras opiniões aos demais membros.

O site deseja estabelecer uma rede social sobre cuidados com a saúde em

diferentes grupos de interesse, onde existam uma grande quantidade de

conhecimento e boas ideias.

É possível incluir histórias ou notícias em mais de um idioma (inglês e espanhol),

o que o diferencia dos demais sites informativos. Cada notícia está classificada

em uma das 15 diferentes categorias, que podem ser facilmente encontradas por

meio de tags.

O Health2.info ainda conta com espaços onde os membros podem compartilhar

vídeos em uma lista semelhante à de um quadro de tarefas em um hospital,

permitindo aos membros visualizar o que está acontecendo na comunidade em

tempo real.

Pharma 2.0 The First Web 2.0 Pharmaceutical News Portal (www.worldpharmanews.net)

Objetivos:

Colaboração entre profissionais de saúde

A comunidade farmacêutica está seguindo a

estratégia da Web 2.0 de hospedar, suportar

e motivar a troca de conteúdo online entre

seus membros. Em função disso, o portal

worldpharmanews.com, que reúne as

principais notícias da indústria farmacêutica,

estendeu suas atividades e lançou uma nova

plataforma de notícias 2.0 voltada para a

troca de conhecimento orientada para um

networking social e colaboração na indústria

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farmacêutica.

O site permite que os membros compartilhem notícias sobre a indústria

farmacêutica, classificando-as em diversas categorias. Cada notícia publicada

pode ser comentada e também disponibilizada em sites de social bookmarking,

como Digg e Yahoo, pelos membros. O site permite, também, que todas as

notícias publicadas sejam direcionadas para o seu e-mail de preferência.

Um dos destaques é a tag cloud do site, que permite aos usuários que

classifiquem as histórias e notícias conforme seus próprios conceitos, oferecendo

uma boa visão das preferências e dos conceitos compartilhados pelos usuários.

A comunidade acredita que o site é uma iniciativa muito ambiciosa, mas confia

no poder e na flexibilidade das soluções da Web 2.0. É esperado que, em um

futuro próximo, o termo “Pharma 2.0” soe também apropriado como os termos

Web 2.0 e Saúde 2.0.

Discutindo especialidades médicas Health Channels (http://www.healthcommunities.com/)

Objetivos:

Informação e educação da população

Colaboração entre profissionais e pacientes

Com o intuito de se tornar um dos principais desenvolvedores e monitores de informações médicas e de fornecedores de cuidados de saúde para pacientes e profissionais, o Healthcommunities.com criou em seu site os Health Channels.

Os Health Channels (HC) são mini sites, divididos em diversas especialidades, que oferecem aos visitantes instruções online sobre saúde de fácil compreensão para qualquer usuário. Cada HC funciona como uma comunidade, na qual é encontrada uma estrutura com artigos e notícias sobre determinado tema, serviços de busca por médicos próximos e principalmente um fórum em que são discutidos assuntos relacionados ao tema do HC.

O Healthcommunities.com possui 30 health channels e tem ampliado cada vez mais a rede de membros médicos. Os visitantes podem encontrar médicos, estudar melhor o perfil dos profissionais, baixar formulários e obter uma variedade de recursos que facilitam sua tomada de decisão com relação ao cuidado com sua saúde.

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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4.7 Registros de dados dos pacientes

Central médica online Google Health (https://www.google.com/health/p/)

Objetivos:

Registros online

Monitoramento das condições de saúde/diagnósticos online

Conforme foi informado no início deste

relatório, uma das principais causas de

morte nos hospitais se relaciona a erros

médicos causados, muitas vezes, por

falta de informações a respeito do

histórico médico dos pacientes. Algumas

organizações têm se empenhado em

superar este desafio, entre as quais está

o Google, com o Google Health.

Neste aplicativo, cada usuário cadastrado no Google pode inserir informações

sobre o seu histórico médico, preenchendo desde informações genéricas, como

idade, sexo, altura e peso, a informações específicas, como alergias,

enfermidades, cirurgias já realizadas e outras mais. É possível, inclusive, importar

registros médicos de arquivos em outros formatos de bases de dados.

O serviço oferece opções para que o usuário cadastre os médicos de confiança e

compartilhe, tanto com médicos quanto com quaisquer outros usuários, as

informações do seu registro médico e também disponibiliza uma relação de

serviços médicos, oferecidos por empresas parceiras.

O Google Health integra ao serviço de registro médico diversos outros

aplicativos, disponibilizados por sites parceiros, para a realização de diagnósticos

e monitoramento das condições de saúde do paciente, como aplicativos para

monitoramento de diabetes, condições cardíacas e diversas outras informações

médicas.

Certamente, iniciativas como esta favorecerão em muito a integração de

informações entre os profissionais de saúde, a partir de uma base única,

prevenindo o risco da falta de informações.

Registros compartilhados I Health Records (https://www.ihealthrecords.org)

Objetivos:

Registros online

De forma semelhante ao Google Health,

mas um pouco mais restrito, o Ihealth

Records oferece o serviço para

compartilhamento dos registros médicos,

agora inclusive de forma integrada ao

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Saúde 2.0 Impulsionando Transformações na Saúde

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Google Health.

Neste aplicativo, além do cadastro para a inserção das informações médicas, o

usuário conta também com um Education Center, no qual encontra diversos

programas de orientações médicas específicas sobre os mais diversos assuntos.

O site oferece também uma área de mensagens e uma rede por onde é possível

pesquisar por médicos específicos.

Dinamizando os registros online Healthvault (http://www.healthvault.com)

Objetivos:

Registros online

Monitoramento das condições de saúde/diagnósticos online

Para competir com a Google, a Microsoft lançou o HealthVault, que funciona

como um serviço seguro que permite aos usuários armazenar e organizar de

forma central documentos e informação sobre sua saúde.

Neste serviço, além de procurar por

assuntos específicos relacionados a

doenças, medicamentos ou pesquisas

médicas, o usuário pode importar seus

registros médicos, hospitalares,

laboratoriais, receitas médicas e outras

informações relativas a sua saúde. Pode

ainda fornecer informações pessoais de saúde, tais como monitoração da glicose

ou da pressão sanguínea.

O serviço deseja fazer que o usuário tenha uma forma mais fácil de tratar seus

documentos, fazendo que ele passe a ter o controle do fluxo de informação de

sua saúde, inserindo dados de vários médicos e permitindo a visualização para

quem lhe interessar.

Atualmente, os registros de doenças e enfermidades ficam trancados com os

médicos, hospitais ou clínicas onde o paciente é atendido. Não existe um ponto

comum de depósito e acesso, o que facilitaria em muito o atendimento,

diagnóstico e tratamento futuro.

O HealthVault permite que o paciente tenha todos os prontuários médicos

disponíveis ao ir a uma consulta. Essa iniciativa ajuda, a princípio, os médicos a se

guiar para um diagnóstico mais preciso, com informações adicionais,

prevenindo-se contra prescrições conflitantes.

Para se cadastrar no site, o usuário precisa ter um Live ID do windows e, ao

entrar, ele cria uma página pessoal com seus dados. Nessa página, pode-se

adicionar documentos e entrar com informações prévias de sua saúde. Uma vez

completo, o usuário escolhe com quem ele quer compartilhar essas informações.

Amigos, familiares e médicos. Além disso, o site proporciona dicas de saúde por

meio de notícias e vídeos.

O objetivo da HealthVault é tornar o sistema de informação de saúde dinãmico,

fazendo conexões onde atualmente isso não acontece.

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5. Boas Práticas

A partir da análise dos cases demonstrados acima, foi possível identificar boas

práticas de utilização efetiva, manutenção e controle dessas ferramentas na área

de saúde. São elas:

1. Os sites devem apresentar uma estrutura clara e alinhada com seu público-

alvo. A usabilidade dos sites potencializa o interesse do usuário em

compreender e participar.

O site http://aids.gov/ consegue organizar sua grande quantidade de conteúdo para a população por meio de editoriais e sistemas fáceis de busca, estimulando o internauta a participar.

2. Para que o resultado dos projetos web 2.0 seja só positivo, é importante que

a sua proposta esteja alinhada com o seu público-alvo. Identifique o

público-alvo que você deseja envolver e proporcione benefícios alinhados às

suas expectativas.

O site Healthworldweb é destinado a pacientes que recebem aconselhamento de pessoas com diferentes problemas de saúde pelo site, além de consultar uma espécie de ranking dos principais médicos, alimentado por eles mesmos.

3. As ferramentas web 2.0 representam meios para chegar aos objetivos dos

indivíduos envolvidos. Defina claramente a proposta de valor que deverá

guiar o seu público-alvo e motivá-lo para a colaboração.

O site patienslikeme.com tem uma proposta bem definida de aproximar pessoas com doenças degenerativas e fatais, unindo pessoas de um mesmo interesse para compartilhar informações.

4. O relacionamento com o seu público-alvo deve ser o mais claro e humano

possível. Os usuários estão buscando sites em que se sintam valorizados e

parte dele.

A Clínica Mayo é um exemplo de como instituições médicas podem utilizar a Web 2.0 para oferecer um serviço melhor e mais humanizado para seus pacientes e, ao mesmo tempo, prover a comunidade com informações relevantes sobre o tratamento de doenças.

O portal revolutionhealth.com possui várias inovações que permitem a interação entre portal e usuário, entre elas, a aplicação de notas para determinadas drogas, baseadas em críticas do site.

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5. Os projetos web 2.0 devem contar com articulação constante para garantir

a dinâmica e atualização do espaço virtual. Para que haja maior interação

entre os usuários, é preciso que haja um estímulo ao compartilhamento de

informações e à discussão e comentários sobre os assuntos que estão sendo

tratados.

O site brasillivredarubeola.com.br, em 2008, durante a campanha de vacinação, utilizou um blog com uma profissional inteiramente dedicada a publicar novidades e responder dúvidas dos internautas de forma amigável, garantindo assim o apoio da população, que estava livre para perguntar e opinar.

6. Compartilhe o conhecimento – Nas iniciativas colaborativas, a interação

entre os próprios usuários pode auxiliar em vários aspectos, desde opiniões

até a busca por conteúdos ou orientação de determinadas atividades.

O Medicine 2.0 é uma comunidade que reúne pessoas interessadas em discutir assuntos ligados à medicina de forma geral. Os membros das comunidades formam redes sociais e discutem assuntos de mesmo interesse, estimulando a troca de conhecimento e a colaboração.

7. Em se tratando de colaboração na web, muitas informações podem ser

colocadas sem nenhuma ligação direta com o tema em pauta. É preciso

preocupar-se com a qualidade e relevância da informação.

Para tratar a relevância das informações, os sites health2.info e worldpharmanews.net adotaram o mesmo sistema de controle das informações postadas. Ao serem inseridas no site, elas não vão diretamente para a página principal. A notícia deve ser votada pelos membros e só vai para a página principal caso receba um determinado número de votos que a habilite.

8. A interatividade e o uso de recursos tecnológicos já fazem parte do dia a dia

dos usuários, portanto a utilização de recursos inovadores é de grande

utilidade e chama a atenção do usuário.

O site aids.gov faz uso de recursos como podcasts, em que o usuário pode salvar a informação e escutá-la em seu mp3 player.

Já o site ICYou.com se utiliza da exibição de vídeos para chamar atenção do usuário e transmitir informações relevantes de uma forma dinâmica.

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9. É importante definir políticas e termos de uso para o site. As informações

sobre o uso que será feito dos dados inseridos na página pelo usuário e sobre

os direitos de uso sobre os conteúdos ali apresentados devem estar

facilmente acessíveis.

A maioria dos sites possui um espaço para divulgação da política e termos de uso. Isso é bem definido no worldpharmanews.net que disponibiliza na seção ‘about” a descrição de seus serviços, uso pessoal, direitos de propriedade intelectual, privacidade, entre outros.

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6. Cuidados a serem tomados

A popularização do acesso à Internet e a grande quantidade de informações

sobre temas relacionados à saúde presente na rede vêm modificando

notavelmente o conhecimento dos usuários sobre doenças e seus tratamentos.

Paralelamente ao crescimento do número de informações confiáveis, baseadas

em critérios científicos, podemos encontrar informações dúbias, inconsistentes,

sem fontes de referência e, consequentemente, sem credibilidade.

A Internet é considerada um instrumento fundamental para a divulgação de

informações sobre medicamentos e tratamentos, mas é primordial garantir a

qualidade da informação prestada e sua validação. Ela pode ser uma ferramenta

útil, veiculando informações e orientações de saúde de caráter educativo,

abordando a prevenção de doenças, promoção de hábitos saudáveis, bem-estar,

cuidados pessoais, qualidade de vida, utilidade pública e solução de problemas

de saúde coletiva.

O paciente, no entanto, precisa estar atento ao fato de que as informações

publicadas na internet são genéricas e não levam em conta particularidades nem

situações concretas que possam modificar as necessidades de um determinado

tratamento em seu diagnóstico. Cada paciente é diferente, devendo ter

abordagem individualizada.

A Internet permite ainda acesso a organizações e instituições mundiais

destinadas à saúde, universidades, bibliotecas e outras fontes confiáveis de

informação. Cabe ao usuário certificar-se da veracidade das informações

obtidas.

A informação de saúde apresentada na Internet deve ser exata, atualizada, de

fácil entendimento, em linguagem objetiva e cientificamente fundamentada. A

informação científica sobre doenças e tratamentos evolui com grande rapidez,

portanto, a data da publicação ou da revisão da informação deve estar visível a

fim de que o usuário tenha certeza da atualização da fonte.

A informação médica via Internet pode complementar, mas nunca substituir, a

relação pessoal entre o paciente e o médico. A Internet pode ser uma ferramenta

útil, veiculando informações e orientações de saúde. Pelas suas limitações, não

deve ser instrumento para consulta médica, diagnóstico clínico, prescrição de

medicamentos ou tratamento de doenças e problemas de saúde.

A consulta pressupõe diálogo, avaliação do estado físico e mental do paciente,

sendo necessário aconselhamento pessoal antes e depois de qualquer exame ou

procedimento médico.

Tradicionalmente, existe uma relação muito forte entre médicos e pacientes. É

preciso compreender que esse poder está se equilibrando. Os profissionais estão

trabalhando com o paciente em vez de para o paciente. Quando utilizada de

forma correta, o médico confirma que a Internet pode ser um fator positivo na

busca de informações sobre medicamentos e doenças.

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É preciso tomar cuidado com o que se encontra na rede. Muitas páginas podem

ser escritas e opiniões emitidas sem nenhum embasamento. A internet é uma

ferramenta importantíssima para se complementar informações, conhecer

pessoas, mas não para ser tomada como referência e verdade absoluta sem que

antes se cheque a veracidade das informações ali obtidas.

No entanto, quando bem utilizada, a Internet pode ser um grande impulsionador

de novas descobertas, fontes de informações e trocas de experiências que

auxiliem profissionais da área de saúde e pacientes a se comunicar e construir um

relacionamento mais aberto e participativo.

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Conclusão

Os casos analisados nos permitem identificar a Saúde 2.0 como uma tendência que vem ganhando cada vez mais espaço e relevância. Tendência que, já de início, transforma a dinâmica de prestação de serviços neste setor ao retirar dos profissionais de saúde o monopólio do conhecimento médico, considerando as inúmeras bases de informações disponíveis de forma livre para todos os cidadãos.

Além disso, a Web 2.0 possibilita a formação de redes envolvendo profissionais da área de saúde e pacientes de todo o mundo, que buscam soluções para seus problemas cotidianos e se engajam coletivamente em movimentos e comunidades, compartilhando experiências e expectativas.

A TerraForum acredita que esses recursos, adequadamente configurados e direcionados, propiciam a transferência e o compartilhamento de informações de forma mais eficaz, acelerando com isso a geração de novos conhecimentos, assim como sua disseminação.

O conhecimento gerado a partir destas interações contínuas, realizadas em uma perspectiva coletiva, agrega substancial valor à prestação de serviços oferecida neste segmento, resultando na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

De fato acreditamos que as ferramentas sociais da Web 2.0 favorecem significativamente a superação dos desafios de integração e agilidade na disseminação de informações, mencionados na introdução deste relatório.

Entretanto sabemos que ainda existem importantes obstáculos a serem superados para que essas ferramentas sejam adotadas de forma mais ampla, tanto pelos profissionais quanto pelos pacientes.

Obstáculos de diferentes naturezas, desde aqueles representados pelo baixo nível educacional da população - e mesmo pela necessidade de capacitação dos profissionais de saúde - até os relacionados à falta de infraestrutura adequadamente preparada para a constituição das redes, dificultam o acesso da população a estes serviços.

Este relatório apresenta alguns dos benefícios obtidos com a aplicação destas tecnologias. Com isso, a TerraForum espera contribuir no debate público para a melhoria dos serviços de saúde prestados à população e se prontifica a auxiliar na implementação de soluções que propiciem esta melhoria.

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Sobre a TerraForum

A TerraForum foi fundada em agosto de 2002 e conta atualmente com cerca

de 80 colaboradores. O crescimento da empresa tem se pautado por

contínuo investimento no desenvolvimento de sua equipe, metodologias e

infra-estrutura. Hoje possui escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro,

Curitiba, Porto Alegre e em Toronto, no Canadá.

Nossa equipe de consultores e associados consiste de profissionais com

bastante experiência no Brasil e no exterior nas áreas de atuação da

TerraForum. Eles contam com experiências executivas e gerenciais em

importantes empresas nacionais e multinacionais e também em algumas da

melhores empresas de consultoria mundial.

A TerraForum se distingue de forma acentuada no mercado brasileiro em

função de seu notório acesso aos maiores especialistas mundiais em suas

áreas de atuação. Estes especialistas têm atuado tanto em programas de

treinamento,como em projetos de consultoria.

ÁREAS DE ATUAÇÃO

A TerraForum possui 7 áreas de atuação:

Gestão do Conhecimento: voltada a estratégia de criação,

disseminação e proteção de conhecimentos importantes para a

organização;

Portais Corporativos: voltada à colaboração, comunicação,

arquitetura de informação, design e usabilidade em ambientes

web;

Gestão de Inovação: voltada para estratégias de inovação com

base no ambiente interno e externo;

Educação Corporativa: dedicada a desenvolver projetos e

ferramentas voltadas para o aprendizado nas organizações;

Gestão de Stakeholders: voltada para a análise e

monitoramento de seus públicos objetivando a melhora no

relacionamento e informações para tomadas de decisão mais

efetivas;

Tecnologia de Informação: voltada à construção de Portais,

sistemas web e desenvolvimento de software;

Design: dedicada a oferecer soluções de alta qualidade para

identidade visual de sites, portais, produção de vídeos e

materiais gráficos.

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GESTÃO DO CONHECIMENTO

Diagnóstico

Programa Corporativo

Modelos de Governança

Comunidades de Prática

Desenvolvimento de Taxonomias

Memória Empresarial

Storytelling

Mapeamento de Competências

Mapeamento de Processos

Aplicação em Gestão de Projetos

Replicação de Boas Práticas

Análise de Redes Sociais

Proteção de Conhecimento

PORTAIS CORPORATIVOS & DESIGN

Planejamento Estratégico

Seleção de Tecnologias

Arquitetura de Informação

Avaliação de Usabilidade

Web 2.0

Design de sites, portais e intranets

Produção de vídeo

Material Gráfico

Identidade Visual

GESTÃO DA INOVAÇÃO

Estratégia de Inovação

Programa de Ideias

Gestão de Portfólios

Redes de Inovação

Technology Roadmap

Método Delphi

Cultura de Inovação

Inovação Radical

Auditoria Tecnológica

Monitoramento Tecnológico

Inovação com Fornecedores

Parques Tecnológicos

TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

Portais, sites e intranets

Gerenciador de conteúdo

Business Intelligence

Gestão de Idéias

Gestão de Documentos

Business Process Management

Monitoramento de notícias

INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL

Inteligência Competitiva

Business Intelligence

EDUCAÇÃO CORPORATIVA

Estratégia e Gestão de Educação

Corporativa

Metodologias e Ferramentas de

Educação Corporativa

Desenvolvimento de Conteúdos

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CLIENTES TERRAFORUM

Os clientes da TerraForum são grandes organizações públicas, privadas e do

terceiro setor. Desde 2002 foram mais de 200 projetos, muitos deles de

escopo internacional.

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SÃO PAULO +55 (11) 3088-6021

CURITIBA +55 (41) 3233-8891

RIO DE JANEIRO +55 (21) 2103-7699

PORTO ALEGRE +55 (51) 2102-0304

TORONTO +1 905-919-2301

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